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O que é?
- Atualmente, segundo a OMS, a maioria dos animais suscetíveis a este tipo de varíola
são roedores, como ratos e cão-da-pradaria.
Histórico
É transmitida quando alguém tem contato próximo com as lesões de pele, as secreções
respiratórias ou os objetos usados por uma pessoa que está infectada.
O vírus ainda pode ser passado de mãe para filho durante a gestação, através da
placenta.
Sintomas
A partir do início dos sintomas, a infecção pode ser dividida em dois momentos.
Primeiro, acontece o período de invasão, que dura até 5 dias. Neste momento, o paciente
pode apresentar:
Febre;
Dores musculares;
Falta de energia intensa.
A segunda etapa é marcada por feridas na pele. Geralmente, essas marcas cutâneas
surgem depois de 1 a 3 dias do início da febre.
Os médicos relatam que, no surto atual, as lesões têm sido mais frequentemente
encontradas na região do ânus e dos genitais.
Elas surgem como feridas planas e, com o passar do tempo, formam pequenas bolhas
com líquido. Depois, ganham uma casquinha. Mas o paciente pode ter apenas uma
vermelhidão na pele que se assemelha a uma irritação.
Na maioria das vezes, é um quadro autolimitado. Isso significa que, após duas a quatro
semanas, os sintomas passam e a pessoa fica bem.
Os casos mais severos acontecem com mais frequência em crianças e têm a ver com a
condição de saúde e uma grande exposição ao vírus. As complicações também são mais
comuns em pacientes com problemas no sistema imunológico.
Historicamente, calcula-se que a taxa de mortalidade por varíola dos macacos varie
entre 3 e 6% nos pacientes infectados. No surto atual, foram confirmadas até o momento
5 mortes.
Em linhas gerais, pessoas com mais de 40 ou 50 anos parecem estar mais protegidas.
Isso acontece porque elas foram vacinadas contra a varíola no passado — sabe-se que
esse imunizante também confere uma boa proteção contra o vírus monkeypox.
Tratamento
O tratamento da varíola dos macacos envolve o suporte clínico e o alívio dos sintomas,
como dor e febre.
A OMS também destaca que existe um antiviral chamado tecovirimat, que foi
desenvolvido especificamente para tratar a varíola dos macacos. Ele já foi liberado pela
Agência Europeia de Medicamentos, mas não está disponível de forma mais ampla.
Vacina
A doença ainda não tem uma vacina específica, mas três vacinas contra a varíola
humana podem ser usadas contra a varíola dos macacos. Dados iniciais apontam que o
imunizante produzido pela Bavarian Nordic tem efetividade de 85% contra a varíola dos
macacos.
O vírus da varíola dos macacos é da mesma família da varíola comum, mas menos
grave e prevalente, e por isso as chances de infecção de grandes populações é
considerado baixo.
Já houve um surto nos EUA em 2003 — a primeira vez que o vírus foi visto fora da
África —, com 81 casos registrados, mas nenhuma morte.
O maior surto já registrado foi em 2017, na Nigéria: houve 172 casos suspeitos.
No momento atual, não está claro o motivo por trás do avanço da varíola dos macacos
na Europa, América do Norte e Austrália.
Uma possibilidade é que o vírus tenha mudado de alguma forma, mas até o momento
não há evidências de que esteja em circulação uma nova variante.
Outra possibilidade é de que, com a redução da cobertura vacinal para a varíola (que é
considerada erradicada no mundo desde 1980), o vírus tenha encontrado condições
propícias para se propagar mais do que antes.
Atualizações
- Brasil confirma 1.369 casos de varíola dos macacos
- São Paulo concentra 75% dos infectados
- O Brasil permanece como 6º país com mais confirmações da varíola dos macacos,
sendo os EUA o 1º com 4.630.
- A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) liberou nesta sexta-feira (19) a
importação de medicamentos e vacinas contra a monkeypox sem registro no Brasil. A
medida foi aprovada em caráter excepcional e temporário.
- A medida não dispensa de fato o registro, mas estabelece uma forma de autorizar
produtos para monkeypox de forma mais rápida no país.