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É uma das infeções virais mais contagiosas, transmite-se quando uma pessoa
inala micro gotas que se encontram em suspensão no ar depois de terem sido
expelidas pela tosse de um indivíduo infetado.
Uma pessoa com sarampo é contagiosa entre dois a quatro dias antes que a
erupção apareça e continua a sê-lo até ao seu desaparecimento. É quase
sempre uma doença benigna embora, em alguns casos, possa ser grave ou
mesmo fatal. As pessoas não vacinadas e que nunca tiveram contacto com o
vírus têm uma elevada probabilidade de contrair a doença.
Dada a sua transmissão ser exclusivamente inter-humana e existir uma vacina
eficaz e segura faz com que o sarampo seja uma doença passível de ser
erradicada, facto que se verificou no continente americano em 2002.
A Organização Mundial da Saúde definiu o ano de 2007 como meta para a sua
eliminação na Europa. Em 2005 esta meta foi alterada para 2010 e foi lançado
o Programa Europeu de Eliminação do Sarampo e Rubéola e Prevenção da
Rubéola Congénita. Apesar destes esforços, a situação agravou-se nos últimos
anos, ocorrendo surtos na maioria dos 29 países europeus, que somaram, em
2011, mais de 32 mil casos.
Atualmente, os surtos de sarampo costumam ocorrer em adolescentes e em
adultos jovens previamente imunizados, em crianças que não tenham sido
imunizados ou em bebés demasiado pequenos para a vacina (menos de 12
meses de idade).
A mulher que tenha tido sarampo ou que tenha sido vacinada transmite essa
proteção ao seu filho e ela dura quase todo o primeiro ano de vida. Depois
desse tempo, a suscetibilidade ao vírus é alta. No entanto, a primeira infeção
protege a pessoa para o resto da vida.
Sintomas
O tempo de incubação é de oito a 13 dias. Assim, é possível ser-se portador do
vírus sem o saber. O contágio ocorre aproximadamente seis dias antes e
quatro dias depois do aparecimento das primeiras placas avermelhadas na
pele.
Os sintomas iniciais são:
Febre
Congestão nasal
Irritação na garganta
Tosse seca
Vermelhidão dos olhos
Causas
É o Morbillivirus. O homem é o único hospedeiro deste vírus, que é transmitido
pela propagação de gotículas ou por contacto com as secreções do nariz e
garganta de pessoas infetadas (tosse e espirros). A transmissão por via indireta
é difícil devido à fraca sobrevivência do vírus fora do hospedeiro.
Nas crianças saudáveis e bem nutridas, o sarampo raramente é grave. No
entanto, pode complicar-se com infeções bacterianas, como uma pneumonia
(sobretudo nos bebés), ou com uma infeção no ouvido médio. Raramente, o
número de plaquetas no sangue pode diminuir, surgindo hematomas e
hemorragias.
A infeção cerebral (encefalite) é uma complicação grave que ocorre em cerca
de um em cada mil ou dois mil casos, causando febre alta, convulsões e coma,
normalmente entre dois dias e três semanas depois de a erupção ter
aparecido. Esta encefalite pode ser breve, recuperando ao fim de
aproximadamente uma semana, mas também pode causar danos cerebrais ou
até a morte.
Diagnóstico
O seu diagnóstico baseia-se nos sintomas típicos e na erupção. Não se fazem
exames especiais, a não ser em casos de dúvida, nos quais se pode recorrer a
estudos laboratoriais.
Tratamento
Não existem medicamentos específicos para tratar o sarampo. O objetivo do
tratamento é proporcionar conforto e alívio até os sintomas desaparecerem, o
que demora cerca de duas a três semanas. Assim, é importante controlar a
febre e as dores musculares, recorrendo a acetaminofeno, paracetamol ou
ibuprofeno, estar em repouso, ingerir muitos líquidos, usar humidificadores para
alívio da tosse e tomar suplementos de vitamina A. Se surgir uma infeção
bacteriana secundária, deve ser prescrito um antibiótico.
Prevenção
A vacina é uma das imunizações que se aplicam sistematicamente na infância,
geralmente em conjunto com a papeira e rubéola. Esta é administrada no
músculo da coxa ou na parte superior do braço. Presentemente, recomenda-se
a primeira dose aos 12 meses e a segunda aos cinco/seis anos, antes da
escolaridade obrigatória.