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1 - MENINGITE

1.1 - O que é Meningite?


A meningite é uma inflamação das meninges, que são as membranas que envolvem o cérebro. A
meningite é causada, principalmente, por bactérias ou vírus, portanto são diversos os tipos de
meningites. Nem todas são contagiosas ou transmissíveis. Em princípio, pessoas de qualquer idade
podem contrair meningite, mas as crianças menores de cinco anos são mais atingidas. A meningite
meningocócica é causada por uma bactéria, o meningococo e é contagiosa.

1.2 - Causas
A meningite pode ser transmitida pelo doente ou pelo portador através da fala, tosse, espirros e
beijos, passando da garganta de uma pessoa para outra. Nem todos que adquirem o meningococo
ficam doentes, pois o organismo se defende com os anticorpos que cria através do contato com
essas mesmas bactérias, adquirindo portanto, resistência à meningite. As crianças de 6 meses a
um ano são as mais vulneráveis ao meningococo porque geralmente ainda não desenvolveram
anticorpos para combatê-la. A meningite é uma doença grave e devemos estar alertas para os
sinais e sintomas porque, se diagnosticada e tratada logo, pode ser curada sem deixar sequelas
para o doente. Qualquer caso de meningite precisa ser comunicado às autoridades sanitárias, pelo
médico ou pelo hospital onde o paciente está sendo tratado.

1.3 - Prevenção
Existe vacina contra alguns tipos de Meningite Meningocócica, para os tipos A, C, W135 e Y, porém
elas não são eficazes em crianças menores de 18 meses. Em crianças maiores de 18 meses e

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adultos a proteção da vacina dura de 1 a 4 anos. Outras formas de prevenção da meningite
incluem: evitar aglomerações, manter os ambientes ventilados e a higiene ambiental.

1.4 - Sintomas de Meningite


Entre os sintomas mais comuns da meningite estão:- febre alta; dor de cabeça forte; vômitos (nem
sempre, inicialmente); rigidez no pescoço (dificuldade em movimentar a cabeça); manchas
vinhosas na pele; estado de desânimo, moleza.

1.5 - Tratamento de Meningite


Após a avaliação médica e a análise preliminar de amostras clínicas, o paciente ficará internado e o
tratamento da meningite será realizado com antibióticos específicos.

1.6 - Convivendo/ Prognóstico


 estejam atentos aos sinais e sintomas da meningite, principalmente em crianças menores de 5
anos
 procurem imediatamente um médico para um diagnóstico seguro e tratamento eficiente
 se seu filho tiver febre alta, não o mande para a escola. Procure um médico para saber o motivo
da febre
 avisem a escola se seu filho estiver com meningite
 após a alta do paciente não existe mais perigo de contaminação, portanto essas crianças não
precisam ser evitadas ou discriminadas, voltando normalmente a frequentar a escola
 não há necessidade de fechar escolas ou creches quando ocorre um caso de meningite entre os
alunos, professores ou funcionários da escola, pois o meningococo não sobrevive no ar ou nos
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 a limpeza e a higiene devem ser as habituais. Não há necessidade de inutilizar ou desinfetar
objetos de uso pessoal do doente.

2 - CATAPORA
2.1 - O que é Catapora?
Sinônimos: Varicela
A catapora é uma das clássicas doenças da infância. Uma criança ou um adulto com
catapora podem apresentar centenas de bolhas que causam coceira, se rompem e encrostam. A
catapora é provocada por um vírus.O vírus responsável pela catapora é o varicela-zóster, um
integrante da família do herpes-vírus. O mesmo vírus também causa herpes zóster (cobreiro) em
adultos.

2.2 - Causas
Em um quadro típico, uma criança fica coberta de erupções e não pode ir à escola por
uma semana. Na primeira metade da semana, a criança sofre muito com a intensa coceira; na
segunda metade, sofre de tédio. Desde a introdução da vacina contra a catapora, a doença tornou-
se muito menos frequente.

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A catapora é facilmente transmitida para outras pessoas. O contágio acontece através
do contato com o líquido da bolha ou através de tosse ou espirro. Geralmente, a vacina previne a
doença completamente ou a torna muito moderada. Mesmo aqueles que estão infectados com uma
versão moderada da doença podem ser contagiosos.
Quando alguém é infectado, a catapora leva de 10 a 21 dias para se manifestar. As
pessoas tornam-se contagiosas de 1 a 2 dias antes de a doença irromper no corpo. Elas
permanecem contagiosas enquanto as bolhas encrostadas estão presentes.
A maioria dos casos de catapora ocorre em crianças menores de 10 anos. A doença
costuma ser moderada, embora possam ocorrer sérias complicações em alguns casos.
Normalmente, os adultos e as crianças mais velhas ficam mais gravemente doentes do que
crianças menores.
Os filhos de mães que tiveram catapora ou crianças que receberam a vacina estão
menos predispostas a se contagiar com a doença antes do primeiro ano de vida. Caso a doença
ocorra no primeiro ano de vida, ela costuma ser moderada. Isso se deve aos anticorpos presentes
no sangue da mãe que as protegem. As crianças menores de 1 ano cujas mães não tiveram
catapora nem foram vacinadas podem ter uma versão mais grave da doença.
Os sintomas mais graves da catapora são mais frequentes em crianças com sistema
imunológico problemático. Isso pode ser resultado de uma doença ou de medicamentos, como
quimioterapia e esteroides.

2.3 - Exames
Normalmente, a catapora é identificada através das clássicas erupções na pele e do
histórico médico da criança. Se houver dúvidas, poderão ser realizados exames de sangue e testes nas
próprias bolhas.

2.4 - Sintomas de Catapora

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A maioria das crianças com catapora apresenta mal-estar, com sintomas como febre,
dor de cabeça, dor de barriga ou perda de apetite de 1 a 2 dias antes das famosas erupções
aparecerem. Esses sintomas duram de 2 a 4 dias após se manifestarem.
Uma criança comum chega a desenvolver de 250 a 500 bolhas pequenas que coçam
sobre os pontinhos vermelhos na pele.

Uma criança comum chega a desenvolver de 250 a 500 bolhas pequenas que coçam sobre os pontinhos
vermelhos na pele.
 As bolhas surgem inicialmente na face, no tronco ou no couro cabeludo e se
proliferam a partir daí. Em geral, o surgimento de pequenas bolhas no couro cabeludo confirma o
diagnóstico.
 Um ou dois dias depois, as bolhas ficam acinzentadas e viram crostas. Enquanto
isso, uma nova onda de bolhas pipoca em grupos. Com frequência, a catapora surge na boca, na
vagina e nas pálpebras.
 Crianças com problemas de pele, como eczema, podem ter mais de 1.500 bolhas.
A maioria das pintinhas não deixa cicatrizes, a não ser que sejam infectadas por
bactérias ao serem coçadas.
Algumas crianças que tomaram a vacina ainda desenvolverão uma versão moderada de
catapora. Geralmente, elas se recuperam muito mais rápido e têm poucas bolhas (menos de 30).
Esses são casos difíceis de serem diagnosticados. Entretanto, essas crianças ainda podem
contagiar outras pessoas.

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2.5 - Tratamento de Catapora
Na maioria das vezes, manter a criança confortável enquanto o corpo combate a
doença sozinho é o suficiente. Banhos de aveia com água morna deixam uma camada cascuda e
confortável sobre a pele. Loções tópicas ou anti-histamínicos orais podem amenizar a coceira.
Corte as unhas rentes para evitar infecções secundárias e formação de cicatrizes.
Já foram desenvolvidos medicamentos antivirais seguros. Para que apresentem a
melhor eficácia possível, eles devem ser ministrados em até 24 horas após o surgimento das
erupções.
 Os medicamentos antivirais não costumam ser usados em crianças aparentemente
saudáveis. Adultos e adolescentes, mais suscetíveis aos sintomas graves, poderão se beneficiar se
o caso for identificado logo no início.
 Os antivirais são muito importantes para indivíduos com problemas de pele (como
eczema ou queimaduras solares recentes), problemas pulmonares (como asma) ou para pessoas
que ingeriram esteroides recentemente. O mesmo é válido para crianças e adolescentes que têm
costume de tomar aspirina frequentemente.
 Alguns médicos também prescrevem antivirais para aqueles que convivem com a
pessoa infectada e, consequentemente, são contagiados com catapora. Devido à elevada
exposição, essas pessoas, normalmente, apresentariam uma versão mais grave da catapora.
NÃO DÊ ASPIRINA para alguém com suspeita de catapora. O uso da aspirina tem sido
associado a uma grave doença chamada Síndrome de Reyes. O ibuprofeno tem sido associado a
infecções secundárias mais graves. O acetaminofeno pode ser usado.
Até que as feridas formem uma crosta e sequem, deve-se evitar brincar com outras
crianças, frequentar a escola ou voltar ao trabalho.

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2.6 - Expectativas
O resultado costuma ser excelente em casos que não sejam graves. Encefalite,
pneumonia e outras infecções bacterianas invasivas são complicações sérias, mas raras,
decorrentes da catapora.

Depois da catapora, o vírus costuma permanecer dormente no organismo pelo resto da


vida. Cerca de 1 a cada 10 adultos apresenta herpes zóster quando o vírus é reativado em
momentos de estresse.

2.7 - Complicações possíveis


 Mulheres com catapora durante a gravidez sofrem o risco de passarem a infecção
congênita para o feto.
 Os recém-nascidos são mais suscetíveis a apresentar infecções graves caso sejam
expostos ao vírus e a mãe não esteja imunizada.
 As bolhas podem causar uma infecção secundária.
 A encefalite é uma complicação grave, mas rara.
 A síndrome de Reye, a pneumonia, a miocardite e a artrite transitória são outras
possíveis complicações da catapora.
 A ataxia cerebelar pode surgir durante a fase de recuperação ou posteriormente.
Esta doença é caracterizada por afetar o equilíbrio do caminhar.

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2.8 - Prevenção
A catapora é uma doença transmitida pelo ar e é altamente contagiosa antes mesmo de
aparecerem as erupções, o que torna sua prevenção difícil. É possível pegar catapora de uma
pessoa que está em outro corredor no supermercado e nem sabe que tem catapora!
A vacina da catapora faz parte da rotina de imunização.
 As crianças recebem duas doses da tradicional vacina contra catapora. A primeira
dose é dada dos 12 aos 15 meses de idade. A segunda dose é recebida dos 4 aos 6 anos de idade.
 Pessoas acima de 13 anos que não foram vacinadas e não contraíram catapora
devem tomar as duas doses da vacina, respeitando um intervalo de 4 a 8 semanas.
Praticamente ninguém que toma a vacina chega a apresentar catapora grave ou
moderada. Do pequeno número de crianças que contraíram catapora após receberem a vacina,
apenas uma criança apresentou um caso moderado.
A vacina da catapora não necessita de um reforço posterior. Entretanto, uma vacina
semelhante, mas diferente, recebida posteriormente reduz a incidência de herpes zóster (cobreiro).

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