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Toxinmaster/Shutterstock
Como se pega?
A escabiose em humanos é transmitida por meio do contato direto com pessoas
doentes ou com objetos usados por elas, como roupas, além de relações sexuais, informa o
Ministério da Saúde.
No caso das relações sexuais, o contágio não ocorre devido à troca de fluidos, mas
pelo contato aumentado entre peles e a afinidade do parasita por áreas genitais.
Segundo a Fiocruz, a sarna humana só deixa de ser transmitida depois de o tratamento
destruir todos os ácaros e ovos presentes no corpo.
Fatores de risco da escabiose
A doença é altamente contagiosa, por isso se tornou um problema comum em casas
norte-americanas de repouso e de cuidado com idosos, segundo a American Academy of
Dermatology, órgão de dermatologia dos Estados Unidos.
Nesses lugares, há muito contato entre equipe e pacientes para auxiliar tarefas do dia a
dia de pessoas mais velhas, como andar e se alimentar, e, por isso, a parasitose se alastra
rapidamente. Além disso, a imunidade reduzida naturalmente na terceira idade facilita a
transmissão.
O mesmo processo pode acontecer em salas de aula infantis, famílias e prisões, mas
de maneira mais branda, uma vez que a imunidade dos indivíduos não necessariamente está
comprometida nestes locais.
O sistema imunológico enfraquecido por si só — por exemplo, por doenças
como Aids, leucemia e linfoma — já é suficiente para tornar as pessoas mais suscetíveis à
sarna humana e aumentar chances de complicações.
Sintomas de sarna humana
Mykola Samoilenko/Shutterstock
Os sintomas da escabiose humana se dão principalmente pela movimentação dos
ácaros nos túneis que formam na pele. O principal deles é a coceira, que muitas vezes se
intensifica à noite e chega a atrapalhar o sono.
Diagnóstico
A Mayo Clinic, importante instituição de saúde norte-americana, explica que, durante
a consulta, o médico determina o diagnóstico por meio da queixa de coceira e do exame
clínico, o qual consiste na observação das lesões, caracterizadas pela presença de túneis e
vesículas na pele.
Em alguns casos, o especialista pode colher uma amostra da lesão da pele para análise
em microscópio e confirmação da presença de ácaros e larvas. Essa opção é usada
principalmente para idosos ou indivíduos tratados anteriormente com corticoides, casos em
que o diagnóstico pode ser mais difícil pois o processo inflamatório acontece de forma
diferente da usual.
Tem cura?
A sarna humana tem cura para a maioria das pessoas, basta seguir o tratamento
médico recomendado e manter cuidados rigorosos para evitar reinfecção pelo parasita.
Tratamento da sarna humana
evrymmnt/Shutterstock
Tratamento caseiro
Evite usar métodos caseiros para tratar a doença ou aliviar os sintomas, exceto quando
forem inofensivos, como tomar um banho para amenizar a coceira, ou recomendados por um
médico.
Via de regra, siga à risca o tratamento orientado pelo profissional, limpe bem a casa e
evite passar produtos caseiros, cosméticos ou alimentos sobre as lesões.
Prognóstico
Apesar de matar rapidamente o Sarcoptes scabiei, o tratamento não alivia com a
mesma agilidade a coceira, que pode permanecer por cerca de quatro semanas. Portanto, não
se esqueça de pedir ao médico remédios tópicos para aliviá-la.
Passado esse período, o paciente volta à “vida normal”, mas deve se manter atento a
reinfecções, observando sempre o possível surgimento de lesões nas regiões do corpo mais
suscetíveis à escabiose.
Complicações da escabiose
Uma das principais complicações da sarna humana é causada pelo ato de coçar
intensamente, o que pode causar feridas e abrir portas para novas infestações, como impetigo,
uma infecção bacteriana que atinge as camadas superficiais da pele.
Outra grave consequência é a sarna crostosa ou sarna norueguesa. Mais comum em
pessoas com sistema imunológico comprometido, como aquelas que têm HIV, é caracterizada
por um número elevado de ácaros e pela formação de crostas na pele. Enquanto alguém com
a escabiose típica tem de 10 a 15 micro-organismos vivendo na pele, a pessoa com a
variedade crostosa chega a ser infestada por milhões. Por isso, o tratamento pode ser mais
difícil.
Prevenção
O principal cuidado para prevenir a sarna humana consiste em evitar contato com
pessoas com a parasitose ou objetos contaminados pelo ácaro. Por isso, lave peças de roupa
novas e outros objetos de uso pessoal antes de usar pela primeira vez.
FONTES:
Sociedade Brasileira de Dermatologia
Fio Cruz
Mayo Clinic
Dermatologia na Atenção Básica de Saúde – Ministério da Saúde
American Academy of Dermatology