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INDICE

Introdução ....................................................................................................................................... 5

Escabiose......................................................................................................................................... 6

Conceito .......................................................................................................................................... 6

Epidemiologia da Escabiose ........................................................................................................... 6

Fisiopatologia .................................................................................................................................. 6

Causas de Escabiose ....................................................................................................................... 6

Fatores de risco ............................................................................................................................... 7

Sintomas da Escabiose .................................................................................................................... 7

Sarna crostosa (sarna norueguesa) .................................................................................................. 8

Diagnóstico da Escabiose ............................................................................................................... 8

Diagnóstico Diferencial .................................................................................................................. 9

Complicações possíveis .................................................................................................................. 9

Tratamento ...................................................................................................................................... 9

Conclusão...................................................................................................................................... 11

Referências Bibliográficas ............................................................................................................ 12

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Introdução

O presente trabalho é da cadeira de Atenção Básica em Saúde, onde ira se abordar sobre Sarna
ou Escabiose. A sarna desencadeia extrema coceira, causada principalmente pela movimentação
do ácaro nos túneis criados por ele e pela hipersensibilidade desenvolvida pelo paciente em
resposta ao parasita. Os túneis são as principais lesões de pele causadas pela doença e
apresentam em suas extremidades pequenas vesículas. Por causa da coceira intensa,
principalmente no período noturno, é comum o surgimento de escoriações, as quais podem servir
de entrada para bactérias e provocar, dessa forma, infecções secundárias.

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Escabiose

Conceito
Segundo Martins, A escabiose, também conhecida como sarna, é uma doença de pele causada
por um parasita. Essa doença, que é bastante contagiosa, é caracterizada principalmente pela
coceira intensa. De fácil contágio, a sarna também é de fácil tratamento, embora os sintomas
possam demorar um pouco para desaparecer completamente.

Epidemiologia da Escabiose
A escabiose é uma doença disseminada no mundo, ocorrendo cerca de 300 milhões de casos por
ano. Em países de primeiro mundo, ocorre esporadicamente ou em epidemias com pacientes
institucionalizados (como hospitais, prisões, escolas), mas nos países em desenvolvimento a
doença é endêmica e a prevalência pode chegar a 29% da população em geral. ( Martins et all ).

A incidência dessa infestação aumenta muito no inverno, acometendo ambos os sexos


igualmente e sendo mais frequente em crianças. As diferenças étnicas na epidemiologia da
escabiose estão provavelmente relacionadas a diferenças socioeconômicas e de comportamento,
tendo como fatores de risco: pobreza, mau estado nutricional, estados demenciais, desabrigo e
aglomeração populacional.

Fisiopatologia
Trata-se de uma infestação, causada por um artrópode comum, o ácaro Sarcoptes scabiei var.
hominis, que é parasita humano obrigatório (morre entre 5 a 6 dias fora do hospedeiro). Apenas a
fêmea tem capacidade de parasitar o ser humano, uma vez que o macho morre após a cópula.
( Martine et all. ).

Causas de Escabiose
De acordo com Martins, A infecção pelo parasita causador da sarna acontece por meio do
contato íntimo entre pessoas ou mesmo por meio de roupas.

A sarna é causada por um ácaro minúsculo, que só pode ser observado por meio de microscópio:
o Sarcoptes scabiei. Esse parasita se alimenta de queratina, uma proteína que constitui a cama
superficial da pele. Depois do acasalamento, a fêmea deposita seus ovos (seis, em média), que

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eclodem duas semanas depois. A partir daí, as lesões podem se espalhar para outras partes do
grupo a partir do toque – principalmente porque um dos locais mais comuns para o surgimento
das lesões é entre os dedos das mãos. As mãos são, de fato, o principal meio de transporte do
parasita. A coceira característica da sarna é resultado de uma reação alérgica do corpo à presença
dos ácaros.

Fatores de risco
A sarna pode acometer qualquer pessoa, de todas as idades, não havendo, portanto, fatores de
risco específicos para se contrair a doença.

O contágio por sarna se dá unicamente e exclusivamente por meio do contato íntimo com a pele
de uma pessoa infectada ou, também, por meio de roupas. Não há evidências de que sarna possa
ser transmitida pelo compartilhamento de piscinas ou de itens, como toalhas, por exemplo.
Pessoas com imunodeficiência também são mais suscetíveis à sarna. ( Martins et all )

Sintomas da Escabiose
O sintoma clássico da escabiose é uma coceira difusa pelo corpo, que costuma ser mais intensa à
noite.

O período médio de incubação da sarna é de cerca de 6 semanas. Porém, nos pacientes


reinfectados, os sintomas podem surgir em apenas 24 horas. Uma pessoa contaminada é capaz de
transmitir a sarna, mesmo que ainda esteja sem sintomas, no período de incubação.

Os sintomas da sarna humana surgem habitualmente entre três a quatro dias após o contágio e
podem prolongar-se durante várias semanas. Eles são:

 Comichão ou prurido, sobretudo à noite.


 Erupções cutâneas/Pápulas (semelhantes a picadas) em zonas sugestivas do corpo,
sobretudo entre os dedos, nas mãos, axilas, seios, nádegas, genitais e abdómen. Nas
crianças mais novas e nos bebés, podem atingir outras zonas, como a cabeça, as palmas
das mãos e as plantas dos pés.
 Descamação e crostas - A sarna crostosa ou norueguesa, a forma mais grave e rara de
escabiose, corresponde a uma hiperinfestação por Sarcoptes scabie e atinge
essencialmente pessoas com doenças que comprometem o sistema imunitário.

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No caso de crianças, os locais mais comuns de infestação incluem o couro cabeludo, o rosto,
pescoço, palmas das mãos e solas dos pés. ( Dr. Pedro Pinheiro)

Sarna crostosa (sarna norueguesa)


Para Dr. Pedro Pinheiro, Na maioria dos pacientes com sarna, o número total de ácaros presentes
não costuma ultrapassar uma centena. Após um aumento exponencial no início da doença, o
sistema imunológico do paciente consegue frear a multiplicação do Sarcoptes scabiei, mantendo
a sua população mais ou menos estável.

Em pacientes com alguma fraqueza do sistema imunológico, os ácaros podem conseguir se


multiplicar indefinidamente, chegando a alcançar uma população de mais de um milhão em
alguns casos. Esta super infestação de Sarcoptes scabiei é chamada de sarna crostosa ou sarna
norueguesa, que é a forma mais grave da escabiose.

Os pacientes com maior risco são os idosos ou os portadores de problemas, como SIDA (AIDS),
hanseníase, linfoma, síndrome de Down ou outras doenças que provoquem alterações do sistema
imunológico.

A sarna crostosa provoca grandes crostas vermelhas na pele, que se espalham facilmente se não
forem tratadas. O couro cabeludo, mãos e pés são frequentemente afetados, embora as manchas
possam ocorrer em qualquer parte do corpo. As lesões da sarna crostosa geralmente não coçam e
contêm um grande número de ácaros.

Diagnóstico da Escabiose
O diagnóstico da escabiose é essencialmente clínico, sendo o prurido, as características e
distribuição das lesões dermatológicas e a epidemiologia suficiente para fecharem o raciocínio.

No entanto, pode ser realizado o raspado cutâneo (escarificação) de várias lesões, de preferência
da pápula ou vesícula de uma das extremidades do túnel. O material obtido é colocado em
lâmina e examinado ao microscópio para confirmar a presença de ácaros, ovos ou suas fezes,
todavia o resultado do exame negativo não invalida o diagnóstico e deve ser repetido
principalmente nos casos atípicos ou com manifestação leve.

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A biópsia com exame histopatológico não é necessária, pois, além de ser um exame mais
invasivo, somente confirma o diagnóstico quando o ácaro é encontrado no local examinado e
nem todas as lesões de pele têm o ácaro presente.

Exames laboratoriais só devem ser solicitados diante de um paciente com escabiose norueguesa,
uma vez que a principal suspeita é de imunodeficiência a esclarecer. ( Dr. Pedro Pinheiro )

Diagnóstico Diferencial
O diagnóstico diferencial compreende outras dermatoses que cursam com prurido e lesões
disseminadas, eczematizadas ou impetiginizadas, como: dermatite atópica, estrófulo (prurigo
agudo infantil), dermatite de contato, piodermites, tinea corporis. ( Dr. Pedro Pinheiro ).

Complicações possíveis
Para Martins, Coçar as lesões causadas por sarna pode causar problemas à pele, como o
surgimento de pequenos ferimentos que podem ser a porta de entrada para uma infecção
bacteriana, por exemplo.

A forma mais grave de sarna, chamada “sarna de crosta”, pode afetar a certos grupos
considerados de alto risco, incluindo:

 Pessoas com condições crônicas de saúde que enfraquecem o sistema imunológico, como
HIV ou leucemia crônica;
 Pessoas internadas em hospitais;
 Idosos em casas de repouso e crianças em creches;
 Este tipo mais grave de sarna costuma ser ainda mais contagiosa que o tipo normal e pode
ser difícil de tratar.

Este tipo mais grave de sarna costuma ser ainda mais contagiosa que o tipo normal e pode ser
difícil de tratar.

Tratamento
As duas opções mais utilizadas para o tratamento da escabiose são a Permetrina 5% ou a
Ivermectina em comprimidos. ( Dr. Pedro Pinheiro)

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A Permetrina 5% deve ser aplicada em todo corpo do pescoço para baixo (nas crianças pode ser
aplicada no rosto, com cuidado para não atingir os olhos), sendo enxaguada no banho após 8 a 14
horas. Após 1 ou 2 semanas, o processo pode ser repetido.

A Ivermectina por via oral é usada em dose única, com repetição após 14 dias. A taxa de sucesso
dos dois tratamento é semelhantes, mas a Ivermectina é o tratamento mais adequado para surtos
em lares de idosos, presídios ou domicílios com muitos moradores, pois tomar um comprimido é
bem mais simples que aplicar um creme por todo o corpo.

A sarna crostosa é tratada com uma combinação dos dois medicamentos: Permetrina 5% aplicada
diariamente por 7 dias mais Ivermectina, uma dose nos dias 1, 2, 8, 9 e 15. ( Dr. Pedro Pinheiro ).

É importante lembrar a pessoa infectada com o ácaro da sarna costuma demorar até 6 semanas
para apresentar sintomas. Por isso, o tratamento também é recomendado para os membros da
família e contatos sexuais, mesmo que estes não estejam aprestando sintomas de escabiose.

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Conclusão
Conclui-se que é muito importante: escaldar as roupas, lençóis e toalhas ou colocá-las para
congelar. Isso evita uma nova infecção.Toda a família e/ou parceiros devem ser tratados
simultaneamente para evitar a reinfestação.

A escabiose é comum em ambientes de aglomeração populacional, como exército, presídios, etc.


e, principalmente, em locais de má higiene. Havendo necessidades de Trocar de roupas
diariamente porque o ácaro sobrevive horas, às vezes dias, fora do corpo. Lavar as roupas de uso
pessoal, de cama e de banho diariamente.

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Referências Bibliográficas
MARTINS, Milton de Arruda FMUSP-HC ; CARRILHO, Flair José FMUSP-HC ; ALVES,
Venâncio Avancini Ferreira FMUSP-HC ; CASTILHO, Euclides Ayres de. Clínica Médica Vol.
7 – Alergia e Imunologia Clínica, Doenças da Pele, Doenças Infecciosas. Editora Manole.
Barueri – São Paulo, 2013.

Dr. Pedro Pinheiro,..Médico graduado pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), com
títulos de especialista em Medicina Interna e Nefrologia pela Universidade Estadual do Rio de
Janeiro (UERJ), Sociedade Brasileira de Nefrologia (SBN), Universidade do Porto e pelo
Colégio de Especialidade de Nefrologia de Portugal.

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