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Infecções Dermatológicas –

Fúngicas e Bacterianas
Dra. Amanda Oliva Spaziani
Bacterianas
o Piodermites – Impetigo, SSSS, Ectima, Erisipela e Celulite, Abscesso
e Flegmão, Foliculite, Periporite
o Escarlatina
o Fasciite Necrosante
o Eritrasma
o Tricomicose axilar
o Ceratólise pontuada
o Doença da arranhadura do gato
o Febre maculosa brasileira
Piodermites
o Processos infecciosos primariamente cutâneos.

Classificados:
o Quanto a etiologia podendo ser: Estafilococcias – Staphylococcus
aureus; Estreptococcias – Streptococus Pyogenes ou associação das
duas
Piodermites
Quanto a profundidade da lesão na pele:

o Superficial – Impetigo e SSSS


o Epiderme e Derme – Ectima
o Mais profunda – Erisipela e Celulite
o Profunda e supurativa – Abscesso e Flegmão
o Abertura do folículo piloso – Foliculite
o Folículo piloso e glândula sebácea – Furunculo e Carbunculo
o Glândulas sudoríparas écrinas – Periporite e Abscessos Múltiplos do
lactente
o Unhas e suas dobras – Paroníquia e Panarício
Patogenia
Vários fatores a considerar, entre os principais:
o Perda da integridade da pele;
o Umidade da pele;
o pH da pele;
o Imunidade individual;
o Virulência do germe
CASO 1
Paciente do sexo masculino, 3 anos, trazido pela mãe devido a lesões
maculares eritematosas que evoluíram rapidamente para vesículas
e pústulas, recobertas por uma crosta espessa de coloração
amarelada de início há 5 dias. Relata, ainda, febre há 3 dias.
EFG: BEG, corado, hidratado, acianótico, anictérico, eupneico em aa.
EFCUTÂNEO: lesões crostosas em face e tronco.
EFR: MV presente bilateralmente sem RA.
OTOSCOPIA: sem alterações.
OROSCOPIA: sem alterações.
Impetigos
Impetigos
Impetigos
Impetigos
Impetigos
o Infecção bacteriana mais frequente em crianças (pré escolar e escolar)
o Staphylococcus aureus e Streptococcus pyogenes
o Contagiosa (pode ocorrer através do contato direto com as feridas ou com
gotículas da secreção nasal das pessoas infectadas ou, ainda, por objetos
contaminados)
o Acomete preferencialmente a face e MMSS
o Mais frequente em meses quentes e úmidos
o O período de incubação varia de quatro a dez dias, fase em que o
paciente pode transmitir a doença, apesar de não apresentar nenhum
sinal visível da infecção.
o Má higiene – fator predisponente
o Pode ocorrer sobre lesões anteriores (impetiginização)
o Formas clinicas: Impetigo não bolhoso e Impetigo bolhoso
Impetigos
Impetigo não bolhoso
o 70% dos casos
o Streptococcus pyogenes
o Ocorre em locais de pequenos traumatismos
o Macula eritematosa que evolui rapidamente para vesículas e
pústulas, recobertas por uma crosta espessa de coloração
amarelada.
o Não costumam deixar cicatrizes.
o Localização preferencial em torno do nariz e da boca e nas
extremidades.
o Pode apresentar febre e linfadenopatia regional.
o Não há elevação do aslo.
Impetigo
Impetigo
Impetigo bolhoso
o Staphylococcus aureus,
o Não há necessidade de lesão anterior para o aparecimento das
lesões.
o Com toxinas que favorecem o aparecimento de vesículas maiores,
cheias de líquido amarelado.
o Mais comum em neonatos.
o Lesões vesicobolhosas e erosões circundadas por crosta fina e
acastanhada, pode deixar cicatrizes.
o Locaização preferencial em face, períneo, nádegas e extremidades
o Podem apresentar lesões satélites, febre e linfadenotapia regional.
Impetigo bolhoso
Impetigo bolhoso
Impetigo
o Diagnóstico – clinico e exame bacterioscópico e cultura para
identificação do agente
o Diagnostico diferencial – herpes simples, varicela, candidíase,
escabiose.

o Tratamento – limpeza com agua morna e sabão para retirar


crostas; banho com permanganato de potássio; antibióticos tópicos
como Mupirocina, Retapamulina, ácido Fusídico, bacitracina 2 a 3
vezes ao dia; Antibioticos sistêmicos (em casos intensos) –
Amoxacilina com clavulanato, Dicloxacilina, Cloxacilina,
Cefalexina, Clindamicina.
Ectima – Impetigo
o Acomete crianças
o É considerada a forma mais grave de impetigo – acomete as camadas
mais profundas da pele
o Etiologia – geralmente é causada pelo Streptococcus pyogenes, embora
possa ocorrer uma infecção simultânea com o Staphilococus aureus.
o Pústulas que evoluem para ulceras, recoberta por crosta espessa e aderida
o Pernas
o Únicas ou várias lesões
o Assocoada a linfonodomegalia
o Diagnostico: clinico, bacterioscopia, cultura e antibiograma
o Tratamento: limpeza das crostas, antibióticos tópicos e/ou sistêmicos.
Ectima – Impetigo
Ectima – Impetigo
Sindrome da pele escaldada estafilocócica
(SSSS)
Sindrome da pele escaldada estafilocócica
(SSSS)
Sindrome da pele escaldada estafilocócica
(SSSS)
Sindrome da pele escaldada estafilocócica
(SSSS)
Sindrome da pele escaldada estafilocócica
(SSSS)
o A síndrome da pele escaldada por estafilococos é uma complicação
de uma infecção cutânea por estafilococos, na qual a pele forma
uma bolha e descasca, como se tivesse sido queimada. Além da
pele que se solta, a pessoa sente febre, calafrios e fraqueza.
o Etiologia – Exotoxinas liberadas pelo Staphylococcus Aureus
o Ocorre quase exclusivamente em lactentes e crianças com menos
de 6 anos. A síndrome raramente ocorre em idosos, exceto naqueles
com insuficiência renal ou sistema imunológico enfraquecido.
o Curso benigno na maioria das vezes
o Infecção primaria pode originar na conjuntiva, nasofaringe,
ouvido, trato urinário ou na pele.
Sindrome da pele escaldada estafilocócica
(SSSS)
o Bolhas flácidas em placas eritematosas, originando grandes áreas
exulcerexsudativas e após descamam.
o Os sintomas da síndrome da pele escaldada por estafilococos
começam com uma área isolada de outra infecção da pele -
impetigo.
o Nos recém-nascidos, a infecção pode surgir na zona da fralda ou à
volta do resto do cordão umbilical.
o Em crianças mais velhas, o rosto é o típico local da infecção.
o Nos adultos, a infecção pode começar em qualquer parte.
Sindrome da pele escaldada estafilocócica
(SSSS)
o Em todas as pessoas com esse distúrbio, a pele em volta da infecção
crostosa fica vermelha brilhante em 24 horas. Essas áreas são dolorosas. A
pele pode ficar extremamente macia e enrugada, com consistência
parecida à do papel. Depois, outras áreas grandes da pele distantes da
infecção inicial, geralmente áreas de atrito, como pregas cutâneas, e nas
nádegas, mãos e pés, ficam avermelhadas e formam bolhas finas e
grandes que se rompem com facilidade e começam a descascar.
o Não acomete mucosas
o Febre e mal estar geral
o Localização nas flexuras e ao redor de orifícios
o Sinal de Nikolsky positivo
o Cicatrização rápida
Sindrome da pele escaldada estafilocócica
(SSSS)
o Diagnóstico: Clinico, bacteriológico, anatomopatológico
o Diagnóstico diferencial: Necrolise epidérmica Toxica (NET) e
Síndrome de Stevens-Johson (SSJ)

o Tratamento: hospitalização, antibioticoterapia endovenosa


(oxaciclina 50 a 100mg/kg/dia), suporte hidroeletrolítico, atb
tópicos e lubrificação cutânea.

o Prognostico: bom, cura sem cicatrizes em torno de 1 semana.


CASO 1
Paciente do sexo masculino, 3 anos, trazido pela mãe devido a lesões
maculares eritematosas que evoluíram rapidamente para vesículas
e pústulas, recobertas por uma crosta espessa de coloração
amarelada de início há 5 dias. Relata, ainda, febre há 3 dias.
EFG: BEG, corado, hidratado, acianótico, anictérico, eupneico em aa.
EFCUTÂNEO: lesões crostosas em face e tronco.
EFR: MV presente bilateralmente sem RA.
OTOSCOPIA: sem alterações.
OROSCOPIA: sem alterações.
CASO 2
Paciente do sexo masculino, 50 anos, busca atendimento
devido a hiperemia de membro inferior esquerdo associada a
febre há 4 dias, com piora progressiva. Nega demais
sintomas.
EFG: BEG, corado, hidratado, acianótico, anictérico, eupneico
em aa.
EFMMII: lesão hiperemiada, de bordas regulares e bem
delimitadas em perna esquerda da região intermediária do
pé até poplítea.
Erisipela e Celulite
Erisipela e Celulite
Erisipela e Celulite
Erisipela e Celulite
o Erisipela – infecção aguda da derme com importante
comprometimento linfático (S. pyogenes)
o Celulite – extensão do processo inflamatório até o subcutâneo
(hipoderme) (S. aureus)

o Predominantemente estreptocócica
o Início após perda de barreira cutânea
o Fatores de risco: tinea pedis, insuficiência vascular, diabetes,
tromboflebite, trauma.
o Celulite também pode ser causa por outros agentes como H.
Influenza, Pneumococos, Pseudomonas, Anaerobios e gram
negativos.
Erisipela e Celulite
o Erisipela: placa eritematosa, edemaciada, infiltrada e dolorosa,
com bordas que crescem centrifugamente, bem delimitadas que
avançam rapidamente sobre a pele circunvizinha. Marcando a
borda da lesão com uma caneta, é possível observar a progressão
ou regressão da lesão. A instalação e a evolução do processo são
rápidas, acompanhando-se de sintomas e sinais gerais de infecção.
A apresentação bolhosa confere gravidade ao processo, podendo
evoluir com necrose e ulceração posterior. A erisipela pode se
estender mais profundamente para o tecido subcutâneo e resultar
em celulite. Linfedema muitas vezes está associado e ocorre como
consequência de surtos recidivantes.
Erisipela e Celulite
o Celulite: lesão extremamente dolorosa e infiltrativa, com bordas
mal delimitadas que se estende ao tecido subcutâneo. Sua
demarcação com pele sã é indistinguível e não cresce
centrifugamente. Em alguns casos podem se formar bolhas ou
necrose, resultando em extensas áreas de descolamento epidérmico
e erosões superficiais. A infecção pode se localizar nas partes moles
com formação de abscesso dérmico e subcutâneo, ou fasceíte
necrosante. Linfadenopatia regional pode estar associada à celulite
de extremidades. Como consequência da celulite pode advir
supuração profunda e septicemia. O curso da doença costuma ser
mais indolente com predomínio de complicações locais, contudo, os
efeitos sistêmicos aparecem à medida que a infecção se agrava.
Erisipela e Celulite
o Sintomas gerais como febre, calafrios, mal estar e náuseas
o Linfadenopatia regional e linfangite são frequentes.
o Terço distal de pernas e face
o Recidiva frequente
o Evoluem para linfedema
o Na maioria das vezes não há separação nítida entre elas
o Complicações: nefrite e septicemia
o Mortalidade: baixa
Erisipela e Celulite
o Diagnóstico: clinico, hemograma, cultura e antibiograma
o Diagnóstico diferencial: tvp, tromboflebite, fasceite necrotizante

o Tratamento: repouso com MMII elevados, cuidados locais como


limpeza e desbridamentos, antibióticos tópicos como Mupirocina e
Acido Fusídico, tratar condições locais e sistêmicas.
o Antibiótico sistêmico: Penicilina G procaína 400 a 600.000 UI IM
12/12h; Penicilina cristalina 3 milhões de UI EV de 4/4h em casos
graves.
Erisipela e Celulite
CASO 2
Paciente do sexo masculino, 50 anos, busca atendimento
devido a hiperemia de membro inferior esquerdo associada a
febre há 4 dias, com piora progressiva. Nega demais
sintomas.
EFG: BEG, corado, hidratado, acianótico, anictérico, eupneico
em aa.
EFMMII: lesão hiperemiada, de bordas regulares e bem
delimitadas em perna esquerda da região intermediária do
pé até poplítea.
CASO 3
Paciente do sexo masculino, 30 anos, busca atendimento devido a
lesão em coxa esquerda há 5 dias, refere quadro álgico intenso.
Nega demais sintomas.
EFG: BEG, corado, hidratado, acianótico, anictérico, eupneico em aa.
EFMMII: hiperemia, edema, calor e dor a palpação em coxa
esquerda. Apresenta lesão de 8 cm com área de flutuação.
Abscesso e flegmão
Abscesso e flegmão
Abscesso e flegmão
Abscesso e Flegmão
o Quadro agudos, de formação circunscrita com conteúdo purulento
na pele ou subcutâneo
o Etiologia: estafilococica, estreptocócica
o Nódulo com sinais flogísticos, dolorosos, com tendencia a flutuação
e posterior drenagem de pus
o Abscesso: circunscrição e supuração
o Flegmão: difusão
o Tratamento: Antibioticoterapia sistêmica, drenagem cirúrgica,
calor local.
CASO 3
Paciente do sexo masculino, 30 anos, busca atendimento devido a
lesão em coxa esquerda há 5 dias, refere quadro álgico intenso.
Nega demais sintomas.
EFG: BEG, corado, hidratado, acianótico, anictérico, eupneico em aa.
EFMMII: hiperemia, edema, calor e dor a palpação em coxa
esquerda. Apresenta lesão de 8 cm com área de flutuação.
CASO 4
Paciente do sexo masculino, 30 anos, busca atendimento devido a
hiperemia na região que faz a barba, refere prurido e quadro álgico
local, nega demais queixas e sinais sistêmicos. Relata, ainda, que o
sintoma iniciou há 2 meses.
EFG: BEG, corado, hidratado, acianótico, anictérico, eupneico em aa.
EFFACE: hiperemia associada a áreas de lesões pustulosas.
Foliculite
Foliculite
Foliculite
Foliculite
o Infecções bacterianas que atingem o folículo pilossebaceo podendo
ser superficiais (osteofoliculite, sicose e hordéolo) e profundas
(furúnculo, carbúnculo e antraz)
o Carbúnculo – conglomerado de furúnculos coalescentes
o Antraz – infecção pelo B. Anthracis
o Furunculose – sucessão de múltiplos furúnculos
o Etiologia: S. Aureus
o Diagnóstico: clinico, cultura e antibiograma
o Tratamento: sabonetes antissépticos e antibióticos tópicos e ou
sistêmicos.
CASO 4
Paciente do sexo masculino, 30 anos, busca atendimento devido a
hiperemia na região que faz a barba, refere prurido e quadro álgico
local, nega demais queixas e sinais sistêmicos. Relata, ainda, que o
sintoma iniciou há 2 meses.
EFG: BEG, corado, hidratado, acianótico, anictérico, eupneico em aa.
EFFACE: hiperemia associada a áreas de lesões pustulosas.
CASO 5
Paciente do sexo feminino, 50 anos, diabética e obesa, é trazida ao
Pronto Atendimento devido a lesão em perna direita e febre.
Familiares referem que a lesão iniciou há 8 dias após trauma na
cadeira, referem que no momento do trauma levaram a paciente ao
pronto atendimento, foram descartadas fraturas e constatou-se
apenas uma pequena lesão escoriativa. EFG MEG, descorada (2/4),
desidratada (2/4), acianótica, anictérica, febril (39 graus). EF Perna
Direita: presença de lesões eritematoedematosas, mal definidas,
dolorosas, violáceas, com crepitação, bolhas e necrose – imagem
abaixo.
Fasciite necrosante
Fasciite necrosante
Fasciite necrosante

o Infecção grave e profunda do tecido subcutâneo que acarreta destruição


progressiva e rápida da fáscia e panículo adiposo com necrose extensa da
pele e tecidos subjacentes
o Etiopatogenia – S. pyogenes, bactérias anaeróbias e aeróbias
o Os fatores predisponentes incluem: doenças crônicas (doenças cardíacas, doença
vascular periférica, doenças pulmonares, insuficiência renal e diabetes mellitus),
abuso de álcool, condições imunossupressoras (uso de corticosteróides sistêmicos,
doenças do colágeno, infecção pelo HIV, transplantes de órgãos sólidos e doenças
malignas em tratamento), uso de drogas endovenosas, cirurgias, varicela em
crianças, úlceras isquêmicas e de decúbito, psoríase, contato com pessoas infectadas
por Streptococcus e traumas cutâneos penetrantes e fechados ou até mínimos.
Fasciite necrosante
o Clínica: lesões eritematoedematosas, mal definidas, dolorosas, que
rapidamente se tornam violáceas, com crepitação, bolhas e necrose.
o Febre e mal estar

o Diagnostico: Clinico, cultura e antibiograma auxiliam.


o Tratamento: desbridamento cirúrgico extenso e precoce do tecido
afetado (essencial); suporte hemodinâmico; antibióticos
intravenosos empíricos de amplo espectro; avaliar necessidade de
novos desbridamento diariamente; amputação pode ser necessário
em casos graves, oxigenioterpaia hiperbárica e curativos a vácuo.
o Prognóstico: ruim – mortalidade global torno de 30%
CASO 5
Paciente do sexo feminino, 50 anos, diabética e obesa, é trazida ao
Pronto Atendimento devido a lesão em perna direita e febre.
Familiares referem que a lesão iniciou há 8 dias após trauma na
cadeira, referem que no momento do trauma levaram a paciente ao
pronto atendimento, foram descartadas fraturas e constatou-se
apenas uma pequena lesão escoriativa. EFG MEG, descorada (2/4),
desidratada (2/4), acianótica, anictérica, febril (39 graus). EF Perna
Direita: presença de lesões eritematoedematosas, mal definidas,
dolorosas, violáceas, com crepitação, bolhas e necrose – imagem
abaixo.
CASO 6
Paciente do sexo feminino, 50 anos, hígida, buscou atendimento
devido a máculas acastanhadas na região cervical e tórax de início
há 2 meses. Nega prurido e sinais flogísticos.
EFG: BEG, corada, hidratada, acianótica, anictérica, eupneica em ar
ambiente.
EFCUTÂNEO: mácula acastanhada em região cervical e tórax.
Eritrasma
Eritrasma
o Infecção superficial e crônica, sem sinais inflamatório
o Etiologia – Corynebacterium Minutissimum
o Comum em clima tropical
o Clínica: maculas acastanhadas e/ou levemente rosadas, bem
delimitadas e com descamação fina
o Assintomáticas
o Inguinocrurais, axilares, submamárias e interdigitais
o Tratamento: queratolítcos, atb tópicos, imidazólicos, atb sistêmico
nas formas extensas.
CASO 6
Paciente do sexo feminino, 50 anos, hígida, buscou atendimento
devido a máculas acastanhadas na região cervical e tórax de início
há 2 meses. Nega prurido e sinais flogísticos.
EFG: BEG, corada, hidratada, acianótica, anictérica, eupneica em ar
ambiente.
EFCUTÂNEO: mácula acastanhada em região cervical e tórax.
CASO 7
Paciente do sexo masculino, 24 anos, busca
atendimento médico devido a massas amareladas
aderidas ao redor dos pelos da axila direita. Não
possui sintomas associados a alteração, notou sua
existência devido ao comentário de um colega no
vestiário. Ao exame físico local apresenta massas
amareladas aderidas aos pelos da axila direita.
Tricomicose axilar
Tricomicose axilar
o Infecção superficial dos pelos
o Massas avermelhadas, negras ou amareladas, aderida ao redor do
pelo.
o Assintomática
o Tratamento: remoção dos pelos e antissépticos
CASO 7
Paciente do sexo masculino, 24 anos, busca
atendimento médico devido a massas amareladas
aderidas ao redor dos pelos da axila direita. Não
possui sintomas associados a alteração, notou sua
existência devido ao comentário de um colega no
vestiário. Ao exame físico local apresenta massas
amareladas aderidas aos pelos da axila direita.
CASO 8
Paciente do sexo masculino, 24 anos, busca
atendimento médico devido lesões erosivas
em nas plantas dos pés há 2 meses. Nega
episódios prévios e demais sintomas. Ao
exame dos pés: pequenas lesões erosivas,
crateriformes e confluentes de coloração
amarelada nas plantas dos pés.
Ceratólise pontuada
Ceratólise pontuada
o Doença crônica
o Infecção não inflamatória na região plantar
o Pequenas lesões erosivas, crateriformes e confluentes de coloração
amarelada ou esverdeada
o Assintomáticas
o Hiperidrose e odor desagradável são comuns
o Comum em atletas e trabalhadores com bota de borracha
o Diagnóstico: clínico e bacteriológico direto
o Tratamento: remoção da umidade, antibióticos tópicos e
imidazólicos
CASO 8
Paciente do sexo masculino, 24 anos, busca
atendimento médico devido lesões erosivas
em pés há 2 meses. Nega episódios prévios
e demais sintomas. Ao exame dos pés:
pequenas lesões erosivas, crateriformes e
confluentes de coloração amarelada.
Lesões cutaneas em infeccoes bacterianas sistemicas
o Meningococcemias – vesicopustulas, petéquias e equimoses
o Gonococcemia – erupções vesicopustulosas e hemorragia
o Peste bulbonica – maculas eritematosas, petéquias, vesículas e
pústulas
o Listeriose – lesões eritematosas, pápulas e pústulas nas mãos e
braços e adenopatia satélite
o Febre Tifoide – eritema periumbilical
o Leptospirose – erupção purpúrica em pele e mucosa
Fungos
o Micoses superficiais
o Micoses subcutâneas e sistêmicas
Micoses superficiais
o Doenças provocadas por fungos ou cogumelos
o Localizam na epiderme e/ou seus anexos
o Pode invadir a derme e órgãos internos
o Contagio inter-humano frequente
o Classificação: ceratofitoses, dermatofitoses, dermatomicoses,
candidíases.
Ceratofitoses
o Essencialmente superficiais
o Localizam na queratina da epiderme e dos pelos
CASO 9
Paciente do sexo feminino, 20 anos, busca
atendimento devido a lesões hipocromicas
em dorso há 1 mês. Nega demais sintomas e
episódios prévios. EF CUTÂNEO: máculas
hipocromicas, irregulares e de limites
definidos em dorso.
Pitiríase Versicolor
o Micose superficial crônica
o Adultos jovens
o Baixa contagiosidade
o Climas quentes e úmidos
o Clínica: maculas hipocromicas, eritematosas ou
hipercromicas, descamativas, irregulares,
circunscritas ou difusas, de limites nítidos.
o Diagnostico: clinico, micológico direto, luz de
wood
o Tratamento: Shampoo cetoconazol, hipossulfito
de sódio ou sulfeto de selênio em loções,
antifúngico tópico, sabonetes com enxofre e
acido salicílico, antifúngicos sistêmicos,
recorrências frequentes com profilaxia por 6
meses.
CASO 9
Paciente do sexo feminino, 20 anos, busca
atendimento devido a lesões hipocromicas
em dorso há 1 mês. Nega demais sintomas e
episódios prévios. EF CUTÂNEO: máculas
hipocromicas, irregulares e de limites
definidos em dorso.
CASO 10
Paciente do sexo feminino, 20 anos, atleta,
busca atendimento devido a lesões
interdigitais há 1 mês. EFMMII: eritema,
fissuras, descamação e macerações
interdigitais.
Dermatofitoses
o Também chamada de Tinea.
o Manifestações na pele e seus anexos causadas por fungos
dermatofitos
o Universal
o Climas quentes e úmidos
o Clínica – individualizada conforme região
Tinea Corporis
o Placas arredondadas, eritematoescamosas,
circinadas, uma ou varias, isoladas ou
confluentes
o Crescimento centrifugo, parte externa mais ativa
o Pruriginosas
o Braços, face e pescoço
o Diagnostico – clinico e exame micológico
o Tratamento – antifúngicos tópicos duas vezes ao
dia por 15 a 30 dias
o Em quadros mais extensos – antifúngicos
sistêmicos Terbinafina 250mg VO por 2 a 3
semanas.
Tinea Cruris
o Lesoes eritematoescamosas, bem
definidas
o Pruriginosas
o Prega inguinal, coxas
o Mais comum em regiões quentes e
no sexo masculino
o Diagnostico – clínico e exame
micológico
o Tratamento – antifúngicos tópicos
ou sistêmicos – Terbinafina 250mg
Tinea Pedis
Formas clínicas:
o Aguda – vesículas plantares e digitais
o Intertriginosa – eritema, fissuras,
descamação e macerações interdigitais, pode
também ocorrer por cândida e bactéria.
o Crônica – lesões descamativas, espessas,
pouco pruriginosas, que acomete a planta do
pé.

o Diagnostico – Clinico e micológico direto


o Tratamento – Manter os pés secos,
antifúngicos tópicos + antifúngicos sistêmicos.
Tinea Imbricata
o Lesões escamosas
o Em círculos concêntricos
o Pruriginosas
o Atinge grandes áreas do corpo
o Diagnostico: clinico e
micológico direto
o Tratamento: antifúngicos
tópicos e sistêmicos como
Terbinafina 250mg
Tinea Unguium - Onicomicose
o Infecção fúngica da lamina, do leito ungueal ou de ambos
o Lesões destrutivas das unhas
o Cor amarelada, aumento da espessura, quebradiças
o Cronica.
o Tratamento: Amorolfina 5% em esmalte/semanalmente ou
Ciclopiroxolamina 8% a cada 3 dias
o Antifungicos sistêmicos – intensos
o Minimo de 6 meses
Tinea da face
o Lesões eritematoescamosas
o Crescimento centrifugo
o Com disposição em asa de borboleta
o Pouco pruriginosas
Tinea Capitis – couro cabeludo
o Lesões eritematoescamosas, arredondadas no couro cabeludo
o Fraturas dos cabelos próximos a pele
o Comum em criancas
o Tratamento: antifúngicos orais por 2 a 3 meses, shampoo de sulfeto de
selênio ou cetoconazol, prednisona ocasionalmente
CASO 10
Paciente do sexo feminino, 20 anos, atleta,
busca atendimento devido a lesões
interdigitais há 1 mês. EFMMII: eritema,
fissuras, descamação e macerações
interdigitais.
Candidiases
o Micoses por Candida Albicans (70 a 80%) ou outras especieis de
cândida
o Acomete pele, mucosas e unhas isolada ou conjuntamente
o Raramente acomete outros órgãos
o Infecção oportunista
o Áreas quentes e úmidas
Candidiases
Quadro clinico
o Oral – lesões erosivas e esbranquiçadas
o Intertriginosa – acomete as dobras naturais – lesões erimatosas, erosivas,
fissurais, úmidas, esbranquiçadas com vesicopustulas satélites.
o Ungueal e periungueal – lesões eritematoedematosa periungueal,
dolorosa, pode levar a onicólise sendo a principal causa de paroníquia.
o Queilite Angular – lesões fissuradas no canto da boca, acumulo de saliva.
o Vaginites e balanites – lesões erosivas, esbranquiçadas, em base rósea,
úmidas e pruriginosas. Corrimento vaginal esbranquiçado, pode ser
adquirida por contato sexual.
Candidiases
Diagnostico: clinico e micológico direto

Tratamento: Reduzir fatores predisponentes comoumidade, obesidade


e diabetes; antigunficos tópicos; antifúngicos sistêmicos; associação do
tópico e sistêmico.
Micoses subcutaneas e sistemicas – Doença do Jorge Lobo
Etiologia: Lavazia Loboi
Cronica
Quadro clinico: Dermatologico
Polimorfismo de lesões cutâneas
Localizacao em região intertropical
Sexo masculino
MMII, MMSS e pavilhão auricular
Exames complementares: histopatológico
Tratamento: retirada cirúrgica ou clofazimina 100mg/dia
Prognostico: bom
Histoplasmose
o Infeccao fúngica de aguda a crônica
o Etiologia: Histoplasma Capsulatum
o Imunossuprimidos
o Quadro Clinico: pulmonar e disseminada
o Manifestação dermatológica: lesões cutâneas
papulosas, papuloacneiformes, descamativas,
ulceradas ou ulcerovegetantes e herpetiformes.
o Exames complementares: Micologico direto, sorologia,
histopatológico, cultura e exame microscópico.
o Tratamento: anfotericina B e itraconazol.
Paracoccidioidomicose
o Doença Infecciosa granulomatosa
o Etiologia: paracoccidioides brasiliensis
o Quadro clinico: formas agudas, subagudas ou crônicas
o Manifestação dermatológica: ulceras com pontilhado hemorrágico,
placas infiltradas papulosas, fistulas e nódulos ganglionares
o Comprometimento da mucosa oral
o Exames complementares: sorologia e histopatológico
o Tratamento: anfotericina B e Itraconazol
Esporotricose
o Micose subcutânea, subaguda ou crônica
o Raramente se dissemina
o Etiologia:
o Quadro Clinico: forma cutânea, cutaneolinfatica e extracutanea
o Exames complementares: cultura para fungos, anatomopatologico,
e intradermorreação de esporotriquina
o Tratamento: Itraconazol, Anfotericina B e Terbinafina.
Obrigada!
Dra. Amanda Oliva Spaziani

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