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Impetigo
Epidemiologia
Etiologia
Factores de Risco
As lesões mais comuns que precedem, e que constituem factores de riscos, para o INB
são:
Quadro clínico
Complicações
Diagnóstico diferencial
Conduta
Tratamento medicamentoso
Epidemiologia
Etiologia
Quadro clinico
Figura 2: Impétigo
Bolhoso
Fonte Esquerda: http://pt.wikipedia.org/wiki/Impetigo
Complicações
Diagnóstico Diferencial
Infecção herpética;
Síndrome da pele escaldada inicial
Conduta
Etiologia
Factores de risco
Quadro Clinico
Sintomas gerais são de início súbito febre elevada (39-40º), com calafrios e mal-estar
geral. Seguem-se sinais locais onde há a destacar:
Fonte: http://www.google.co.mz/searchcelulite+infecciosa
Complicações
Abcesso subcutâneo;
Fasceíte necrosante (vide abcesso);
Septicémia;
Osteomielite e artrite séptica;
Tromboflebite;
Endocardite;
Linfangite ou glomérulonefrite em caso de infecção com Streptococcus
pyogenes.
Diagnóstico diferencial
Conduta
São infecções do folículo piloso representadas pela foliculite, infecção localizada a nível
da porção superficial do folículo e pelo furúnculo, infecção que que envolve também a
porção profunda do folículo.
Etiologia
Factores de Risco:
Má higieneMaceração da pele;
Imunodepressão (Infecção pelo HIV, diabetes mellitus, terapia com
corticoesteróides);
Drenagem de abcessos
Quadro clínico
Foliculite
Existem várias formas clínicas de apresentação de foliculite, sendo que os locais mais
afectados são a face, couro cabeludo, membros e nádegas:
Com lesões típicas que iniciam com uma pápula, que evoluem para pequenas
pústulas individualizadas, com base eritematosa situada no centro do folículo
piloso. O crescimento do pelo não fica afectado. Quando a lesão cura não deixa
cicatriz.
Nos pacientes com HIV a infecção por Staphylococcus aureus pode produzir
áreas eritematosas confluentes com pústulas superficiais no couro cabeludo,
axilas e virilhas.
Causada por organismos Gram+ (Klebsiella, Enterobacter e E. coli), acontece
em pacientes que são portadores de acne vulgaris tratados por muito tempo com
antibióticos. Nestes surgem pústulas à volta do nariz que se alastram para o
queixo
Furúnculo
Essa lesão folicular profunda pode se originar da uma foliculite precedente ou pode
surgir inicialmente a partir de um nodulo eritematoso perifolicular profundo. Os locais
mais afectados são a face, axilas, nádegas, região cervical
Conduta
Tratamento medicamentoso/cirúrgico
Limpeza e desinfecção local (ver impétigo)
Antibioticoterapia tópica (ver impétigo)
Antibioticoterapia sistémica: geralmente no caso de foliculites múltiplas (mais
de 5 lesões) ou furúnculos grandes ou múltiplos: amoxicilina e ácido clavulânico
20-50mg/kg/dia de 8 em 8 horas ou eritromicina na dose de 50mg/kg/dia de 6
em 6 horas durante 7 a 10 dias.
A aplicação frequente de compressas húmidas quentes pode facilitar a drenagem
dos frúnculos. Os furúnculos grandes podem ser drenados através uma incisão
pequena.
5. Abcesso
Etiologia
Modo de transmissão
Factores de risco
Quadro clínico
Os sintomas gerais, que por vezes precedem os sinais e sintomas locais, são:
Febre;
Arrepios de frio;
Mal-estar geral.
Os sinais e sintomas locais, nos casos de abcesso, incluem:
Eritema;
Tumefacção localizada dura com aumento da temperatura local. A
tumefacção evolui para flutuação com formação de material purulento;
Dor local;
Adenopatia regional.
Figura 4: abcesso
Complicações
Conduta
Tratamento medicamentoso/cirúrgico
Eczema ou Dermatite
Eczema atópico
Epidemiologia
É a doença cronica da pele mais comum observada em lactentes e crianças. Afecta entre
10 a 20% das crianças no mundo inteiro. Cerca de 50% dos pacientes desenvolvem a
doença antes do 1° ano de vida sendo 30% diagnosticados entre 1 a 5 anos.
Factores de risco
Os factores de risco nestas crianças é o facto de serem familiares de pessoas com asma,
renite alérgica, e alergias alimentares e outras doenças atópicas. Por outro lado os
lactentes com eczema são mais predispostos a desenvolver na vida adulta asma, rinite
alérgica, e alergias alimentares e outras doenças atópicas
Quadro clínico
Fase aguda: as lesões são caracterizadas por hiperémia, edema, calor da pele
afectada, presença de vesículas com conteúdo claro/seroso, com ou sem lesões
descamativas, exsudação por ruptura das vesículas (eczema húmido), abrasões,
crostas. Estas lesões são intensamente pruriginosas.
Fase subaguda: é caracterizada pela atenuação da inflamação acima descrita,
esta fase pode estar ou não presente.
Fase crónica: é caracterizada por pápulas, placas, liquenificação,
hiperpigmentação, descamação e hiperqueratose, fissuras, especialmente nas
regiões palmo-plantares.
Complicações
As complicações incluem:
Infecções bacterianas;
Linfadenite das regiões adjacentes;
Disseminação das lesões
Diagnóstico diferencial
Eczema de contacto;
Eczema seborreico;
Outras dermatites e doenças inflamatórias e infecciosas da pele (eczema
seborreico, escabiose, picadas de insectos, dermatite herpetiforme,
dermatofitoses).
Conduta
Tratamento hidratante
Hidratação da pele: depois de um banho morno de 20 minutos seguido de
aplicação de um emoliente como o creme aquoso ou óleo de amêndoas doces
ou oléo de coco, para alívio da xerose típica destes pacientes
Tratamento anti-inflamatório
Aplicação tópica de corticoesteróides, tendo-se atenção para evitar efeitos
secundários do uso prolongado dos mesmos, que são mais graves nos
lactentes e crianças pequenas. Lembrar que os corticoesteróides são de nível
3.
Face e regiões das pregas: Hidrocortisona 1%, creme, pomada ou loção
dependendo do tipo e/ou localização das lesões. 2-3 aplicações por dia.
Quando as lesões melhoram passar para 2 aplicações/dia, depois reduzir
para 1/dia e finalmente e aplicação em dias alternados até ã cura
completa das lesões.
Não usar os corticoesteróides de alta potência na face e nas regiões das
pregas.
Extremidades e tronco: Dexametasona 0.1 % creme ou pomada
dependendo do tipo de lesão, 2-3 aplicações/ dia por 5 dias com
desmame gradual.
Usa-se creme se as lesões forem húmidas (fase aguda), pomada se as lesões forem secas
(fase crónica), loção se as lesões forem a nível do couro cabeludo. Usar os corticóides
com muita precaução em crianças, procurando que o tratamento não supere 2-3
semanas, pois as crianças são mais susceptíveis aos seus efeitos adversos.
Tratamento do prurido
Tratamento antiinfeccioso
Pensos com solução de permanganato de potássio aplicado por 30 minutos, 2-3
xs/ dia.
Em casos de sobreinfecção bacteriana deve-se administrar antibióticos orais:
Eritromicina 50mg/kg/dia de 6/6h durante 7 dias
É preciso identificar eliminar os factores desencadeantes tanto nas fases agudas como na
fase cronica par tentar de prevenir as recidivas.
Eczema seborreico
Epidemiologia
Etiologia
Factores de risco
Quadro clínico
Um principal factor agravante é representado pela infecção pelo HIV. Neste caso o
eczema pode ser disseminado e superinfectado.
Diagnostico diferencial
Dermatite atópica;
Psoríase.
Conduta
É uma doença crónica e não existe medicação que cure definitivamente a dermatite
seborreica porém seus sintomas podem ser controlados. O objectivo é de reduzir e
remover as crostas, reduzir a inflamação e prevenir as infecções da pele.
Em crianças:
Shampoo oleoso e delicado para crianças e creme com hidrocortisona a 0,5
%;
Em caso de lesões crostosas usa-se loções de ácido salicílico ao 10% em óleo
mineral.
Em adolescentes:
Lesões no couro cabeludo: shampoo de zinco-piridone, solfo, ácido salicílico
1-2 vez por semana até o desaparecerem as lesões;
Lesões descamativas no couro cabeludo ou na pele: loções com
corticoesteróides até desaparecerem das lesões;
Lesões na cara: Creme com hidrocortisona ao 1% ou creme de Ketoconazole
a 2%;
Nas sobre-infecções tratar com antibiótico.
Critérios de referências/transferência
Todos os eczemas que não melhoram após 2 semanas de tratamento devem ser
encaminhados ao médico para reavaliação e/ou continuação do tratamento por mais
tempo.
Eczema de contacto
Etiologia
Substâncias irritantes comuns são a saliva, sucos cítricos, espuma de banho, detergentes,
materiais abrasivos, sabonetes, acetona, medicamentos. A híper hidratação da pele,
fricção, maceração, contacto prolongado da pele com urina e fezes e sabões retidos na
fralda são factores casuais da dermatite da fralda.
Alérgenos comuns são o níquel (joias, brincos), tintas, fibras, soluções de limpeza
contidas no vestuário, calçados, medicamentos tópicos (por ex. anti-histamínicos)
Patogenia
Dermatite de contacto por irritantes é devida a um dano in específico à pele. O tempo de
aparecimento da lesão está relacionado com o tipo de irritante.
Irritantes débeis: levam vários dias para determinar as lesões visíveis, como
determinados tipos de sabão, detergentes, acetona.
Irritantes fortes: determinam lesões da pele logo que entram em contacto com a
pele (ácidos ou substâncias alcalinas)
Quadro clinico
As lesões podem envolver qualquer área que esteja em contacto com a substancia
irritante ou com o alérgeno. Formas típicas ou comuns da idade pediátrica são:
Dermatite ‘’da saliva’’, que é a mais comum nos lactentes com sialorréia e causa a
dermatite na face e nas dobras do pescoço. Na criança mais velha o hábito de lamber os
lábios provoca um rash perioral
Eritema;
Descamação;
As vezes com lesões papulovesiculares ou bolhosas, com fissuras e erosões;
É comum haver infecção secundária por bactérias ou fungos
A Dermatose plantar juvenil, que ocorre na pré-puberdade e envolve as superfícies de
sustentação do peso, as manifestações são pruriginosas ou dolorosas. A dor é provocada
por fissuras extensas e rachaduras da pele que são causadas por hidratação excessiva e
perda rápida da humidade.
Complicações
Diagnostico diferencial
Eczema atópico;
Dermatofitoses;
Outras dermatites e doenças inflamatórias e infecciosas da pele (escabiose,
picadas de insectos, dermatite herpetiforme)
Conduta
Escabiose
Também conhecida por sarna é uma parasitose da pele (ou infestação) muito
contagiosa, caracterizada por prurido intenso e presença de lesões vesciculo-papulares
superficiais, com tendência a sobre-infecção bacteriana.
Etiologia
A transmissão dá-se por contacto directo com as lesões dos pacientes infestados ou
através das roupas do indivíduo infectado (mais raro) e o factor mais importante que
determina a disseminação da escabiose é a extensão e duração do contacto físico. Os
filhos e parceiros sexuais da pessoa afectada estão sob mais alto risco de contrair a
doença. Os factores de risco para a escabiose são:
Quadro Clínico
Nas crianças mais velhas e nos adolescentes as lesões assemelham-se as do adulto, onde
a palma das mãos e plantas dos pés são poupados, e surgem mais frequentemente nos:
Espaços interdigitais
Áreas flexoras do punho
Pregas axilares
Tornozelos
Nádegas
Umbigo e linha do cinto
Virilha e genitália nos homens
Aréolas mamárias
Se não for tratada, evolui e complica para dermatite eczematosa, piodermite sobretudo o
impétigo, foliculite, celulite e linfadenite. As crianças podem mais tarde desenvolver
uma glomerulonefrite da impetiginização estreptocócicas da escabiose. A escabiose é a
causa número 1 das piodermites em regiões tropicais como Moçambique.
Diagnóstico
Diagnóstico Diferencial
O diagnóstico diferencial faz-se com impétigo quando as lesões forem sobre-infectadas,
urticária papular, exantemas virais, eczema e varicela.
Conduta
Tratamento não-farmacológico
Higiene pessoal: banho com água e sabão.
Higiene da roupa: lavar a roupa de cama, toalhas com água quente e sabão e
expor à luz do sol.
Depois de iniciar o tratamento farmacológico, deve-se retirar a roupa de
cama e pijamas, de manhã e lavar. É necessário desinfectar toda casa, sobre o
risco de infectar outros membros da família.
A pessoa com Sarna, deverá ter a sua roupa exclusiva e dormir numa cama
sozinho até a infestação passar.
Tratamento farmacológico
Hexacloreto de benzeno: aplicar 3 noites seguidas depois do banho (repetir
depois de 1 semana) em toda a superfície cutânea a partir do pescoço até aos
pés, incluindo a cabeça caso esteja afectada. É necessário que o
medicamento esteja em contacto com a pele por pelo menos 12 horas.
Na falta de Hexacloreto, usar Benzoato de Benzilo, durante 3 noites seguidas
Antibióticos sistémicos em caso de impetiginização associada, tal como
descrito para impétigo, para cobertura de Streptococcus epidermidis e Staph.
Aureus.
Figura 3: Escabiose em vários locais do corpo