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Celulte

É uma infeção e inflamação superficial da pele e de tecido celular subcutâneo com ligeiro
envolvimento da derme. Os locais mais afectados são os membros, face e região perianal.

Etiologia r factores desencadeantes

Geralmente causado por stafilococos aureus e/ou streptoococos pyogenes.

Factores de risco

. Lesões cutâneas ( traumas, queimaduras, picadas de insectos, úlceras, escarificações )

. Imunodepressão ( HIV, diabetes, desnutrição, alcoolismo, corticoterapia prolongada)

. Gravidez

. Doenças vasculares ou estase linfática

Linfadema, veias varicosas, doença vascular periférica

Quadro Clínico

.Na área afectada apresenta – se com eritema,edema,calor,dor localizada e com bordos mal
definidos não elevados.

.Para além dos sinais inflamatórios acima descritos, a pele pode apresentar – se linfagite ( uma fina
linha vermelha que progride) e linfadenopatia associada.

. Podem existir sinais sistémicos: febre, mal estar, anorexia.

Complicações

A infecção pode evoluir para:

● Abcesso subcutâneo
● Osteomielite
● Artrite séptica
● Tromboflebite e sépsis.

Exames auxiliares e diagnóstico

O diagnóstico é essencialmente baseado na clínica.

Suspeitar de celulite sempre que se apresentar um paciente com apresentação clínica compatível e
antecedentes de traumas, escarificação no curadeiro, e de criação de outras partes de entrada.
Hemograma revela leucocitose com neutrofilia.

VS: elevada ajuda no diagnóstico diferencial

Diagnóstico diferencial

Erisipela eritema com bordas bem delimitadas e elevadas.

Tromboflebite – tumefações e vermelhidão marcados ao longo do segmento de veia atingida, que é


extremamente dolorosa a palpação e/ou edema de todo membro afectado.

Alergias (Urticária) – eritema associado a prurido início agudo em minutos e horas, sem sinais
sistémicos. Antecedentes de exposição a alergias.

Fasciíte Necrosante – pode simular a celulite nas fases iniciais o paciente apresenta – se muito
tóxico e debilitado, a lesão evolução para flictenas e bolhas serrohemorragicas, fétidas e posterior
totalidade roxa da pele ( necrose) e crepitação.

Conduta

Não medicamentosa

● Excepto nos casos ligeiros deve – se optar pelo internamento hospitalar ( ter em conta que
os indivíduos infectados muitas vezes apresentam doenças de base e risco de evolução
fulminante)
● Repouso elevação do membro, pachos frios de preferência com solução hipoclorito. É muito
útil demarcar com uma caneta a fronteira para controlar a progressão da celulite.

Medicamentosa

Em ambulatório

Flucloxacileno comprimidos de 250 Mg de 6 em 6 horas ou Amoxicilina e ácido clavulamico 250Mg +


125 Mg 8 em 8 horas

Eritromicina 500 Mg de 6 em 6 horas.

Todos tratamentos devem ser feitos no intervalo de 10 – 14 dias

Em regime de internamento

Flucloxacileno associada a Gentamicina IM/IV 80 Mg de 8 em 8 horas ou Ceftriaxona na dose de 1g


IV/IM de 12 em 12 horas até melhoria clínica e posteriormente mudar para o tratamento oral até
completar 10 – 14 dias.
Gentamicina acarreta risco de ototaxicidade nefrotoxicidade ( sobretudo idosos, pacientes
debilitados com patologia renal e auditiva prévia), sempre que possível usar menos do que 7 dias .
Na gravidez usar apenas se não houver outra alternativa.

Critérios de transferência

Geralmente é facilmente tratável. No entanto o surgimento de complicações como as mencionadas


acima requer atenção especial e necessidade de referir a nível superior.

Flemão

É uma inflamação aguda e , geralmente superativa do tecido conjuntivo subcutâneo. A sua forma de
apresentação frequentemente é o flemão da mão ( abcesso palmar profundo)

Quadro Clínico

. A mão fica tumefeita, com edema da face dorsal

. Os dedos estão imóveis tumefeitos e na posição semi – flectida

. Calor local e uma região da mão está mole e flutuante

. Pode haver edema contíguo do ante – braço e linfadonite axilar

. Sintomas sistémicos ( Febre, mal estar)

Complicações

. Osteomielite

. Artrite séptica

. Sépsis

Diagnóstico

É clínico confirmado com a punção profunda com seringa e agulha na face palmar saída de pus. O
hemograma revela leucocitose

VS pode estar elevado

Conduta

. Iniciar as medidas não farmacológias antibiótica obedecendo os mesmos princípios descritos para
celulite.

. Referir o paciente para drenagem, cirurgica pelo técnico de cirurgia ou médico cirurgião.
Pé diabético

O pé diabético é uma complicação grave da diabete mellitus que, geralmente resulta em mais
tempo de internamento que as outras complicações. É uma importante causa de amputações não
traumáticas.

Definição

É o pé de um indivíduo diabético que apresenta infecção, ulceração e ou desnutrição dos tecidos


profundos associados com anormalidades associados vários graus de doença vascular periférica no
membro inferior.

Etiologia e fisiopatologia

A diabete leva a alteração dos nervos e vasos sanguíneos, bem como a diminuição da imunidade.

Neuropatia – cursa com perda de sensibilidade táctil,térmica , dolorosa e propriceptiva surgindo


úlcera por falta de percepção de pequenos traumas ou queimaduras. Há atrofia e fraqueza dos
músculos intrínsecos do pé causando deformidades que fazem aumentar a pressão em
determinadas áreas ( cabeça dos metatarsos e dedo) , fazendo o surgimento de calor e perfurações.
Há também diminuição ou ausência de suor deixando a pele seca e propensa a fissuras.

Doenças vasculares periféricas como Ateriosclerose e espessamento de uma das artérias e capilares
com a redução de fluxo sanguíneo e consequente Insquemia Tissular.

Às interação destes factores todos levam ao surgimento da úlcera de pé diabético, atraso do


processo de cicatrização, infecção posterior nas formas formas leves- Estafilococos aureus ou
Streptococos e, nas formas Severa- Polimiocrobina com cocos gram positivos, bacilos de gram
negativos e anaeróbicos, Gangrena amputação.

Factores de Risco para pé Diabético

O Risco de desenvolver o pé diabético é maior nós pacientes idosos com estabelecimento de


complicações Neurológicas e vascularização com deformidades nos pés e baixo perfil
socioeconômico.

Quadro Clínico

Forma ligeira
Sinais de celulite (Eritema, Edema) associados ou não a presença de uma úlcera, que não é profunda
e não afecta, ar articulações e ossos. O fluxo sanguíneo é adequado. A febre , quando presente é
mínima.

Formas Severas

Geralmente às infecções e úlcera São profubdas atingindo o músculo malperfurante plantar, os


ossos ( Osteomielite), fascia profunda (fascia oplantar) podendo chegar a Gangrena dos dedos e da
parte distal do pé .Quando a febre está presente é alta.

Complicações

● Artrite séptica
● Sépsis com insuficiência renal ou Respiratória
● Amputação
● Risco elevado de permanência prolongada em regime de internamento ou imobilizada, com
consequente surgimento de trombose venosa profunda e outras ulceras de decubito.

Exames Auxiliares e Diagnóstico

O diagnóstico é clínico baseado em anamnese e Exame físico.O conhecimento dos antecedentes de


Diabetes no paciente e avaliação do estado actual de evolução da doença, São úteis para determinar
o nível de gravidade.

Conduta

Todos os casos de pé diabético deverão ser referidos a cirurgia para o controle da úlcera e ao clínico
superior para o conteúdo da glicemia (Diabetes).

Conduta geral

De forma geral, a conduta perante a presença de pé diabético é:

● Referir o paciente para o técnico de cirurgia ou cirurgião e para o clínico geral;


● Enquanto aguarda a transferência elevca do membro a 30° graus (10 cm do nível do quadril);
● Lavagem da Lesão com hipoclorito ;
● Penso seco ou Húmido (se infectada ou Húmida).

Iniciar Antibioterapia:

Cassos leves
Flucloxacilina Cp 250mg ou Amoxicilina cp 250mg e Ácido Clavulamico nas doses habituais 10 dias
associado ao Metronidazol 500 mg de 8/8 horas durante 10 dias.

Casos graves

Penicilina Cristalizada 3.000.00 de 6/6horas Ev, Getamicina 240 mg EV dia e Metronidazol 500 mg
até atingir melhoria clínica e depois mudar para o tratamento oral completar 10 dias.

Controle da Diabetes é fundamental.

Prevenção do pé Diabético

● Educação do paciente diabético quanto a doença alimentação e tratamento regular ;


● Vigilância para os antecedentes de lesão pequenas ;
● Monitoria e tratamento adequado das complicações de Diabetes ; e
● Parar hábitos tabágicos ( se for o caso).

Cuidados com os pés :

● Lavar os pés diariamente com água morna e Sabão ver se a pele está seca , se for o caso
esfregar óleo Vegetal ;
● Tratar algumas infecções dos pés como onicomiose, massagear os pés e procurar sinsi de
infecção usar sapatos ou chinelos confortáveis.

Avaliação primária dia Doente politraumatizado

A avaliação do Politraumatizado requer a identificação e tratamento prioritário daquelas


lesões que põem em risco de vida do doente.Esta primeira avaliação pra se fazer
correctamente deverá identificar tais Lesões como :

● Obstrução das vias aéreas ;


● Lesões torácicas com dificuldade respiratória ;
● Hemorragias severas interna e externa ; e
● Lesões abdominais.

Traumatismo é uma lesão produzida por uma acção violenta de natureza externa ao organismo.

Politraumatismo É uma lesão traumática afectandos dois ou mais Sistemas do corpo em que
pelomenos uma, ou a combinação doas lesões constitua com risco vital para o doente.

Contusão é uma lesão traumática aguda aos tecidos moles swm rompimento da pele.

Entorse é a perda momentânea da congruência articular cápsula articular e ou ligamentos.


Luxação é a perda completa de contacto das superfícies articulares. Existe Sempre uma lesão
capsular combinanfo muitas vezes com lesão ligamentosa.

Fractura-luxação é aquela que para além de fracturar um ou mais ossos de uma articulação existe
uma subluxação ou luxação desta.

Redução é a técnica que consiste em colocar os ossos fraturados ou superficies articulares luxadas
na posição anatômica ou muito próximos.

Imobilização é a técnica que consiste em manter imóvel, fixa estável uma determinada região (ossos
ou articulação dessa região).

Reabilitação é o processo de recuperação funcional e limitção do dano de uma determinada região.

Avaliação inicial do paciente com traumatizado

Avaliação inicial

Tem o seu inicial no local do acidente. No entanto geralmente o paciente politraumatizado é trazido
a Unidade sanitária. A abordagem deve ser de forma rápida e sistematizada de modo a fazer uma
avaliação do estado geral do paciente. Estabelecer prioridades e dando atenção imediata aquela
traumatismos que interfere nas funções vitais e põe emnrisco sua vida.

Avaliação do ABC

Efectuada na via aérea respiração circulação, Disfunção Neurológica e exposição está avaliação
primária não deve demorar mais que 2-5 minutos.

A- (airway) : avaliar a respiração das vias aéreas e controle da coluna cervical.

B- (breathing ): avaliar a respiração e ventilação. Se a vítima respira e como se processa essa


respiração.

C- ( circulation ): verificar pulso, hemorragias e risco de estado de choque.

D- (Disability ): verificar se existe uma incapacidade Neurológica.

E- ( Exposwre): Retirar toda a roupa do paciente e fazer a exposição de ferimentos.

É importante pós a avaliação primária para determinar se o paciente está estável ou na, antes
de passar para a avaliação secundária e posterior referência.
Gangrena

É o termo usado para a descrição de tecido morto (nescrose) geralmente devido a perda de
suprimento sanguíneo.As áreas mais frequentemente acometido São às extremidades dos membros
dos tecidos e áreas submetidas a pressão (halux calcâneo ).

Etiologia

A Causa primária da Gangrena é a redução do suprimento sanguíneo aos tecidos. Às causas mais
comuns são :

● Traumatismos com lesão arterial ;


● Síndrome comportamental ;
● Infecções (Clostrídeo perfringens ) ;
● Diabetes, tabagismo, Ateriosclerose, Embolismo, frio intenso insuficiência arterial aguda.

Classificação

A Gangrena é class em 3 firmas que são:

● Gangrena Seca ;
● Gangrena Húmida e
● Gangrena gasosa.

Gangrena Seca
Também chamada de Gangrena não infectada.os sintomas iniciam com aparecimento de
uma linha fina eritematosa ao redor do tecido infectado, que com o tempo torna se fria e
edemaciada e quando o tecido necrosado é possível a existência de dor.

Gangrena Húmida
Também chamada de Gangrena infectada o tecido necrosado de cor negra é mole húmida
por vezes com pús e odor fétido. Febre alta e aparecia tóxica São achados comuns. Pode
evoluir para sépsis e morte. Constitui uma emergência cirúrgica.

Gangrena gasosa
É causada pelo Clostrídeo perfringens e outras espécies ( produtoras de gás) e
caracteristicamente apresenta -se com Edema, Bolha, e vesículas serohemorragicas odor
fétido com creptação a palpação (pela presença do gás). O exame da pele deve ter
creptações pode evoluir rapidamente para sépsis e morte. Constitui uma emergência
cirúrgica.

Complicações
● Amputação;
● Coagulação vascular disseminada, hemolise generalizada
● Sépsis insuficiência renal e Respiratória ; e
● Morte.

Diagnóstico
O diagnóstico é clínico baseado na anamnese e exame físico.

Diagnóstico diferencial
Gangrena Seca
Gangrena Húmida e
Gangrena gasosa.

Conduta
A Gangrena Húmida e Gasosa apresentam elevado risco de complicações podendo
até a mesmo levar a morte. Em ambos cassos , o manejo específico será descrito na
aula de emergências.Abaixo descrevem-se os princípios para o manejo da
Gangrena Seca que incluem:

● Estabilizar o paciente: estabilização dos sinais vitais, fluidoterapia de acordo


com as necessidades.
● Tratamento sintomático: AINES ( ibuprofeno ou diclofenac nas doses
habituais).
● Iniciar antibioterapia : penicilina Cristalizada 3.000.00UI de 6/6 horas
associada a Getamicina 80 mg de 8/8horas
● Transferir logo que possível para uma únidade com capacidade de cirurgia.
Conclusão
Após o trabalho concluímos que a concluímos que a etiologia da celulite, Fleimão,é similar
elas são infecções da pele que podem provocar necrose dos tecidos.O pé diabético é a
Gangrena tem como complicações amputação do membro afectado, o seu diagnóstico é
clínico baseado na anamnese e exame físico .O mau controle da hipoglicemia com lesões
Nervosas , Vasculares da imunidade contribuindo para a formação de uma úlcera.Na
avaliação primária do paciente politraumatizado o ABC deve ser feito corretamente para
identificar às lesões como Obstrução da via aérea, hemorragias severas interna e externa e
lesões abdominais que não podem durar 2-5 minutos. A avaliação primária é importante
após está avaliação primária determina se o paciente está estável ou não, antes de passar
para a avaliação secundária e posterior referência.
Referências bibliográficas ( usosa para desenvolvimento de conteúdo )
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● Wilson, Walter R.,sande , Mert A.,CURRENT DIAGNOSIS & TREATMENT in
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● Jr, Lawrence M.TIERney ,MCPhee , Strephen J ,Papadakis Maxine A., CMDT-
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