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Objectivos de Aprendizagem
Até ao fim da aula os alunos devem ser capazes de:
1. Descrever as principais urgências das infecções dos tecidos moles.
Gangrena
Fasciite necrotizante
2. Descrever as principais urgências dos traumas ortopédicos:
Fracturas expostas
Síndrome compartimental
Embolia gorda
3. Descrever para cada condição a etiologia, quadro clinico, exames auxiliares de diagnóstico e
conduta.
Estrutura da Aula
Bloco Título do Bloco Método de Ensino Duração
1 Introdução à Aula
4 Pontos-chave
Trabalhos para casa (TPC), exercícios e textos para leitura – incluir data a ser entregue:
2.1 Gangrena
A gangrena é geralmente uma manifestação tardia de uma insuficiência arterial, potencialmente fatal que
deve ser prevenida e reconhecida precocemente. A gangrena húmida e gasosa são as principais formas de
gangrena que constituem emergências médicas.
2.1.1 Definição – é o termo usado para a descrição de tecido morto (necrose), geralmente devido a
perda de suprimento sanguíneo.
As áreas mais frequentemente acometidas são as extremidades dos membros, dos dedos e áreas
submetidas a pressão (Hálux, Calcâneo)
2.1.2 Etiologia
A causa primária da gangrena é a redução do suprimento sanguíneo aos tecidos
o Traumatismos com lesão arterial
o Síndrome compartimental
o Infecções (Clostrídeo perfringens)
o Diabetes, tabagismo, aterosclerose, embolismo, frio intenso, insuficiência arterial aguda
2.1.3 Quadro clínico
Gangrena húmida – também chamado de gangrena infectada, o tecido necrosado de cor negra
é mole, húmido, com pus e odor fétido. Febre alta e aparência tóxica são achados comuns.
Pode evoluir para sépsis e morte.
Gangrena gasosa – apresenta-se com edema, bolhas e vesículas serohemorrágicas, odor fétido
e com crepitação à palpação (pela presença de gás). O exame da pele deve ter crepitações.
Pode evoluir rapidamente para sépsis e morte.
2.1.5 Conduta:
O manejo imediato da gangrena inclui:
A fascite necrosante é uma infecção muito grave e potencialmente fatal, com elevada taxa de mortalidade,
que necessita obrigatoriamente de uma intervenção cirúrgica para a sua resolução.
2.2.1 Definição
É uma infecção extremamente grave dos tecidos moles, caracterizada por necrose rápido e extensa do
tecido celular subcutâneo e fáscias, com compromisso secundário da pele, porém com preservação dos
músculos adjacentes.
2.2.2 Etiologia: É uma infecção causada por bactérias como: Estreptococos grupo A, Stafilococo
aureus, Clostridium spp, Bacteróides fragilis, Enterococos e Streptococcus pyogenes.
Tem também como factores de risco os seguintes:
Imunodeficiência (Diabetes, HIV, alcolismo, desnutrição, neoplasias, Insuficiência renal, uso
de corticosteróides de forma prolongada)
Trauma (cortes, abrasões, queimaduras) e cirurgia prévia
Fonte: www.lookfordiagnosis.com
Exames auxiliares:
Hemograma: com leucocitose, trombocitose.
VS elevada
Bioquímica pode mostrar aumento da ureia e creatinina se houver choque com insuficiência
renal.
Raio x pode mostrar a presença de gás subcutâneo
2.2.5 Diagnóstico Diferencial:
Celulite – eritema com borda mal delimitada associada a linfangite e linfadenopatia
Erisipela – eritema com borda bem delimitada e elevada, associada a linfangite e linfadenopatia.
2.2.6 Conduta: O tratamento cirúrgico é urgente.
A. Caso se encontre numa unidade sanitária que tem um técnico de Cirurgia ou cirurgião – Refira
imediatamente.
B. No caso de não ter técnico de cirurgia na sua unidade sanitária, antes de transferir faça o seguinte:
As fracturas expostas representam um desafio para o clínico tendo em conta a possibilidade de infecção
que pode ocorrer.
3.1.1 Definição – uma fractura é exposta quando há uma ferida da pele comunicando com o foco da
fractura.
3.1.2 Causa – resulta de um trauma directo de alta energia, por acidentes automobilísticos ou quedas
de altura.
3.1.3 Quadro clínico – dificuldade de mobilizar o membro afectado, dor e sangamento no local da
fractura. O osso pode ser visível à inspecção.
Exames auxiliares e diagnóstico – O raio x confirma o diagnóstico evidenciando a fractura.
3.1.4 Conduta
O tratamento das fracturas expostas visa alcançar os seguintes objectivos:
Evitar a infecção (osteomielite, tétano, gangrena gasosa)
Consolidação da fractura em posição funcional
Tratamento não medicamentoso
BLOCO 4: PONTOS-CHAVE