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Objectivos de Aprendizagem
Até ao fim da aula os alunos devem ser capazes de:
Estrutura da Aula
Bloco Título do Bloco Método de Ensino Duração
1 Introdução à Aula
2 Celulite e Fleimão
3 Gangrena
4 Pé Diabético
5 Pontos-chave
Trabalhos para casa (TPC), exercícios e textos para leitura – incluir data a ser entregue:
2.1 Celulite
2.1.1 Definição:
É uma infecção e inflamação superficial da pele e do tecido celular subcutâneo com ligeiro
envolvimento da derme. Os locais mais afectados são os membros, face e região perianal
Fonte:http://www.bing.com/images/search? celulite+infeccao
BLOCO 3: GANGRENA
A gangrena é geralmente uma manifestação tardia de uma insuficiência arterial, potencialmente fatal
que deve ser prevenida e reconhecida precocemente. É a 1ª causa de amputação no Mundo (incluindo
Moçambique).
3.1 Definição – é o termo usado para a descrição de tecido morto (necrose), geralmente devido a
perda de suprimento sanguíneo.
As áreas mais frequentemente acometidas são as extremidades dos membros, dos dedos e áreas
submetidas a pressão (Hálux, Calcâneo).
3.2 Etiologia
A causa primária da gangrena é a redução do suprimento sanguíneo aos tecidos. As causas
mais comuns são:
o Traumatismos com lesão arterial
o Síndrome compartimental
Sistema Músculo-Esquelético e Tecidos Moles
Versão 2.0 6
o Infecções (clostrídeo perfringens)
o Diabetes, tabagismo, aterosclerose, embolismo, frio intenso, insuficiência arterial
aguda
Fonte: Wikipedia
http://en.wikipedia.org/wiki/Gangrene
Figura 2. Grangrena no pé
3.3 Classificação e Quadro Clinico
Do ponto de vista fisiopatológico e sindromático a gangrena pode ser classificada em: seca, húmida e
gasosa
Gangrena seca – também chamada de gangrena não infectada. Os sintomas iniciam com o
aparecimento de uma linha eritematosa ao redor do tecido afectado, que com o tempo torna-
se fria e edemaciada, e quando o tecido necrosa é possível a existência de dor. Logo a
seguir, o tecido necrosado torna-se duro, enrugado, de cor negra e insensível, terminando
com o seu desprendimento e formação de uma úlcera. Não há sinais de inflamação.
Gangrena húmida – também chamada de gangrena infectada, o tecido necrosado de cor
negra é mole, húmido, por vezes com pús e odor fétido. Febre alta e aparência tóxica são
achados comuns. Pode evoluir para sépsis e morte. Constitui uma urgência cirúrgica.
Gangrena gasosa – é causada pelo Clostridio perfrigens e outras espécies (produtoras de
gás), e caracteristicamente apresenta-se com edema, bolhas e vesículas serohemorrágicas,
odor fético e com crepitação à palpação (pela presença de gás). O exame da pele deve ter
crepitações. Pode evoluir rapidamente para sépsis e morte. Constitui uma urgência cirúrgica.
Gasosa
3.5 Diagnóstico
O diagnóstico é clinico baseado na anamnese e no exame físico.
3.7 Conduta
A gangrena húmida e gasosa apresentam elevado risco de complicações, podendo até mesmo levar a
morte. Em ambos casos, o manejo específico será descrito na aula de emergências. Abaixo,
descrevem-se os princípios para o manejo da gangrena seca, que incluem:
Estabilizar o paciente: estabilização dos sinais vitais, fluídoterapia de acordo com as
necessidades
Tratamento sintomático: AINES (ex: ibubrofeno ou diclofenac nas doses habituais)
Iniciar antibióticoterapia: penicilina cristalizada 3.000.000 UI de 6/6h associada a
gentamicina 80mg de 8/8h)
Transferir logo que possível para uma unidade com capacidade cirúrgica.
BLOCO 4: PÉ DIABÉTICO
O pé diabético é uma complicação grave da diabetes mellitus que, geralmente, resulta em mais tempo
de internamento que as outras complicações. É uma importante causa de amputações não traumáticas.
4.1 Definição
É o pé de um indivíduo diabético, que apresenta infecção, ulceração e ou destruição dos tecidos
profundos associados com anormalidades neurológicas e/ou vários graus de doença vascular periférica
no membro inferior.
4.4 Complicações
Artrite séptica
Sépsis com insuficiência renal e ou respiratória
Amputação
Risco elevado de permanência prolongada em regime de internamento ou
imobilizado, com consequente surgimento de trombose venosa profunda e outras
úlceras de decúbito
4.6 Conduta
Todos os casos de pé diabético deverão ser referidos ao Cirurgião para controlo da úlcera e ao clínico
superior para o controle da glicemia (diabetes).
De forma geral, a conduta perante a presença da úlcera do pé diabético é:
BLOCO 5: PONTOS-CHAVE
5.1 A celulite é uma infecção da pele e tecidos moles, geralmente causada pelo Stafilococos aureus,
resultante de traumatismos que podem ser microtraumas (picadas, lacerações…) e estados de
imunodepressão.
5.2 O eritema com bordos mal definidos e não elevados, associado a uma linfagite e linfadenopatia são
as bases do seu diagnóstico e, excepto nos casos ligeiros, o seu tratamento é geralmente
conduzido em internamento.
5.3 O fleimão é um tipo de abcesso do tecido conjuntivo subcutâneo, em que o mais frequente é o
fleimão da mão. Sua etiologia é similar a da celulite, porém ao contrário desta, sua conduta exige a
drenagem cirúrgica, além da antibioticoterapia.
5.4 A gangrena, que é a morte dos tecidos, afecta geralmente as extremidades dos membros e áreas
submetidas a pressão, e tem como causa primária uma redução do fluxo sanguíneo aos tecidos.
Ela pode ser seca (não infectada), húmida (infectada), ou gasosa (infectada por clostrídio spp).