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Cuidados de Enfermagem nas

alterações da saúde das


crianças

Sub-modulo 6

Curso de Enfermagem Geral


Principais problemas
 Hematológicos; os distúrbios hematológicos são
causadas por anormalidades quantitativas ou qualitativas
dos elementos figurados do sangue, das proteínas
circulantes ou da parede vascular.
 As doenças do sangue podem ser congénitas e
adquiridas

 As congénitas, resultam na produção reduzida de


células pluripotenciais função anormal da membrana
celular (esferocitose hereditária trombastenia).

 As adquiridas; são aquelas que a criança adquire


depois de nascer
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Problemas hematológicos
 As doenças do sangue adquiridas; são aquelas que a
criança adquire depois de nascer.

 As causas secundarias da doença hematológica


abrangem de infiltração de estruturas normais (leucemia,
neuroblastoma).

 Os distúrbios hematológicos apresentam manifestações


clínicas relacionados ao componente ao factor especifico.
Tais manifestações não são diagnostica da causa do
distúrbio, porem certos sinais e sintomas estão
associados a etiologias especificas. (Anemia por
deficiência de ferro).
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Problemas hematológicos (Cont.)
 Anemia; a presença de anemia e determinada por nível
de hemoglobina do paciente com os valores normais
para sua idade e sexo.

 A anemia e uma complicação comum que pode agravar


outras disfunções orgânicas.

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Problemas hematológicos (Cont.)
 A anemia quantitativa e o valor de hemoglobina ou
hematócrito de desvios de padrões (limites de confiança),
abaixo da media para a idade e o sexo. Esse valor e
menos directo em crianças do que em adultos.

 Fisiopatologia; As consequências fisiológicas da


anemia são determinadas a partir do exame físico. Pode
manifestar-se por frequência do pulso elevado, sopros
hémicos intolerância aos exercícios, cefaleias. sono
excessivo especialmente em lactentes, até recusa
alimentar-se

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Problemas hematológicos (Cont.)
 Etiologia; os mecanismos comuns responsáveis por
anemia são feitos a partir do anamnese e exame físico
cuidadoso.

 No recém-nascido , a história de icterícia, palidez,


ingestão materna de drogas ou perda excessiva de
sangue no momento do nascimento.

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Problemas hematológicos (Cont.)
 Manifestação clínica; o exame físico sugere a presença
de anemia. A presença de icterícia sugere hemólise,
petéquias púrpuras, indicam tendências hemorrágicas.

 Avaliação laboratorial; visa determinar a intensidade de


anemia para seguir a fase de investigação (hemograma
completa com a contagem de plaquetas).

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Problemas hematológicos (Cont.)

 Tipos de anemias;

 Anemia microlítica e hipocromica, e causada por


deficiência da produção de hemoglobina.
 A anemia por deficiência de ferro alimentar e mais
comum a lactentes alimentadas por mamadeiras que
recebem grande volume e recebem poucos alimentos
ricos em ferro, (carne, verduras).

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Problemas hematológicos (Cont.)

 Anemia normocitica; são causadas pela produção


inadequada de hemácias, abrangem grande variedade de
distúrbios das hemácias.

Anemia microlítica;
Anemias hemolíticas;
Anemia aplástica;

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Hemoderivados mais usados

 Concentrado de hemacias;

 Concentrado de plaquetas;

 Plasma fresco congelado;

 Crioprecipitado.

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Avaliação de Enfermagem nas
reacções transfusionais
Tipo de Reacção Sinais Clínicos
Hemolise intensa Choque agudo, rubor, febre precoce,
(Incompatibilidade) hemolise intravasculares
Febre Febre no fim da transfusão, urticária,
calafrios, por sensibilização antigénios
Alergia Febre, urticária reacção anafilactoide,
sensibilidade a proteínas plasmáticas
do doador.

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Intervenções de Enfermagem nos
sinais clínicos

 Interromper a transfusão, devolver o sangue ao banco de


sangue com amostra fresca do sangue do doente.

 Hidratar com líquidos IV, manter a PA e fluxo urinário.

 Verificar a presença de hemoglobinémia, hemoglobinúria


e hiperpotassémia.

 Verificar icterícia, anemia.

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Problemas Dermatológicos
 Distúrbios dermatológicos; são patologias que ocorrem
a nível da derme.
 Causas: anormalidades que ocorrem dentro da pele e
nos linfócitos dos pacientes.
 Principais manifestações:
1. Prurido;
2. Morfologia e distribuição típicas;
 Envolvimento facial e das faces extensoras em
lactentes e crianças pequenas;
 Liquefacção flexural
3. Dermatite crónica ou cronicamente recidivante
4. História pessoal ou familiar de atopia.

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Manifestações Secundarias
1. Xerose;
2. Fissuras periauriculares;
3. Ictose ou ceratose pilar;
4. Dermatite nas mãos ou nos pés
5. Quelite
6. Dermatite do couro cabeludo
 Manifestações Clínicas
1. Lesões cutâneas que são pruriginosas, secas,
descamativas e muitas vezes eritematosas.
2. Lesões em distribuição típica;
3. Evolução crónica recidivante;
4. História familiar positiva da doença da pele.
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Avaliação de Enfermagem;

 O pessoal de enfermagem deve avaliar as manifestações


principais e secundarias, de modo a tomar decisões para
a sua intervenção, em relação a terapêutica prescrita pelo
clínico e a intervenção nos cuidados de enfermagem.

 Notificar ao clínico sempre que ocorrer alguma alteração


no paciente relacionado com administração de
medicamentos.

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Intervenções de Enfermagem
 O pessoal de enfermagem tem uma participação
importante no tratamento dos pacientes com problemas
da pele.
 As principais intervenções de enfermagem devem
basear-se nos seguintes aspectos:
 Prestar os cuidados de enfermagem nos pacientes
com problemas dermatológicos;

 Monitorar as características da pele, presenca de


infecção da pele;

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Intervenções de Enfermagem
 Verificar as possíveis alterações relacionados com a
irritabilidade, sensibilidade a certos alimentos;

 Aconselhar os familiares a remover os vestem que


irritam a pele

 Descrever os tipos de lesões, sua configuração e


localizado.

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Infecções Fúngicas

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Infecções Fúngicas

 Os fungos são maiores e mais complexos do que as


bactérias.
 Podem ser unicelulares (ex. fermentos), ou
multicelulares (bolores)
 Muitos tipos são patogénicos para o ser humano,
causando doenças de pele comuns ou doenças
sistémicas sérias.

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Candidíase

 A Candida albicans é um fungo tipo fermento,


geralmente habita o tracto gastrointestinal, a boca e
a vagina, mas não está geralmente presente na
pele.
 A Candidíase (monolíase), é a inflamação
associada ao crescimento do microorganismo na
pele, é causada pelas toxinas que são libertadas.

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Candidíase cutânea

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Factores predisponentes

 Gravidez;
 Uso de pílula contraceptiva;
 Malnutrição;
 Antibioterapia;
 Diabetes Mellitus;
 Outras doenças endócrinas;
 Inalação de corticosteróides;
 Doenças imunosupressoras.

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Fisiopatologia

 desenvolve-se num ambiente quente e húmido como o


períneo, espaços interdigitais.
 A candidíase das mucosas tem um aspecto de aftas.
As lesões são brancas e podem estender-se até ao
esófago (“sapinhos”)
 Ao nível vaginal causa prurido intenso, com corrimento
vaginal branco e espesso

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Fisiopatologia (cont)

 A candidíase da pele aparece como áreas de erupção,


pruriginosas, húmidas, inflamadas, com vesículas e
pústulas e ocorre mais frequentemente nas pregas
cutâneas, como sulco infra mamário e sulco intra-
nadegueiro, ou na região inguinal.

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Tratamento

 Manter a pele seca, para evitar maceração

 Usar roupas larga e de algodão

 Aplicação dos medicamentos tópicos:

 Nistatina
 Anfotericina
 Clotrimazol
 Ciclopirox
 Quetoconazol
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Intervenções de Enfermagem

1. Informar acerca da candidíase;

2. Instruir/treinar/assistir/supervisionar/avaliar
implementação do regime medicamentoso;

3. Estabelecer relação com o doente;

4. Escutar o doente;

5. Informar acerca do curso da doença;

6. Vigiar a pele e executar tratamento à ferida;

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Intervenções de Enfermagem

7. Gerir ambiente físico;

8. Ensinar para o uso de roupas largas;

9. Ensinar acerca de regime medicamentoso;

10. Ensinar acerca de regime terapêutico:


 Gerir ambiente físico;

 Ensinar acerca de regime terapêutico;

 Aplicar água fria;

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Intervenções de Enfermagem

 Prevenção;

 Eliminação de factores como o ambiente quente e


húmido;
 Ensino para a detecção precoce (ensinando a pessoa
a avaliar as mucosas e as pregas cutâneas);
 O doentes imunodeprimidos devem receber terapia
preventiva.

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Dermatofitoses

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Dermatofitoses Tinea capitis - etiologia

 Inadequadamente designada por tinha do couro


cabeludo.
 Pode ser causada por:

 Microsporum

 Trichophyton

 Microsporum audouinii.

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Dermatofitoses Tinea capitis -
Fisiopatologia
 A lesão característica é redonda com eritema, uma ligeira
descamação e algumas pústulas que aparecem nos
bordos da lesão.
 Queda de cabelo temporária

 Pode desenvolver-se uma situação inflamatória–Quérion.

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Dermatofitoses Tinea capitis – diagnóstico
e tratamento

 Quando colocados sob uma luz de Wood os cabelos


aprecem com cor azul-esverdeada fluorescente.
 Tratamento

 Griseofulvina (500mg P.O)

 Tolnaftato (1%) aplicado 2x dia

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Dermatofitoses Tinea capitis – Ensinos ao
utente
 Compreender a razão do tratamento

 O couro cabeludo deve ser lavado pelo menos 2x por


semana
 Se ocorrer inflamação o couro cabeludo deve ser lavado
diariamente.

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Tinea corporis e cruris - etiologia

 Infecções dermatológicas
 Tinea corporis - crianças que vivem em climas quentes
e húmidos
 Tinea cruris - mais frequente em homens especialmente
nos que têm pé de atleta (tinha do pé) - Tinea Pedis e
nos que utilizam frequentemente apoios atléticos ou
calções apertados.
 Também ocorre em mulheres que usam collants ou
calças apertadas

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Tinea corporis e cruris - epidemiologia

 As lesões da Tinea corporis ocorrem em partes do corpo que


não têm cabelo e apresentam-se de forma rasa com um
bordo escamoso e eritematoso e um centro mais claro.
 As lesões da Tinea cruris ocorrem nas áreas quentes,
húmidas na região inguinal.
 As lesões são bilaterais e estendem-se para fora, a partir da
região inguinal, ao longo da face interior da coxa. A cor vai do
castanho ao vermelho, não há descamação e geralmente
existe prurido.

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Tinea corporis e cruris – tratamento

 Aplicação de fungicidas tópicos Ex: clotrimazol creme,


ketoconazol, miconazol, etc
 Griseofulvina 10mg/kg/dia

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Tinea corporis e cruris – ensino ao utente

 As áreas afectadas devem ser mantidas limpas e secas;

 Evitar tomar demasiados banhos

 A roupa interior deve ser larga

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Dermatofitoses Tinea pédis
 A forma mais comum é a interdigital (especialmente no
4.º espaço), pode estender-se para debaixo dos dedos ou
para a planta dos pés
 O doente pode:

 estar assintomático,

 ter prurido e queimadura na área afectada

 As unhas podem tornar-se descoloridas, espessas ou


tortas.
 Pode ser confundida com outras patologias.
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Tinea pedis

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Dermatofitoses Tinea pédis – cuidados em
colaboração

 O tratamento depende do estado da infecção

 Geralmente resolve com a aplicação de um anti-


fúngico
 Se as lesões são espessas é necessário aplicar um
unguento para que o anti-fúngico consiga penetrar.

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Tinea pédis – ensinos ao utente

 Ensino acerca:
 Higiene dos pés
 Manter a pele seca, (secar entre os dedos após o
banho)
 Aplicação do anti-fúngico
 Roupa
 As meias devem ser de algodão
 Se possível usar sandálias, ou andar descalço.

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Furúnculo – definição/etiologia

 É uma Infecção bacteriana da pele que causa a necrose


do folículo pilosebáceo.
 Os furúnculos são áreas grandes, elevadas, dolorosas e
inflamadas causadas por uma infecção por
Staphylococcus em torno dos folículos pilosos.

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Furúnculo

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Manifestações clínicas

 A lesão inicia-se por um nódulo muito doloroso,


vermelho, inflamatório, endurecido e quente e centrado
por um pêlo, onde pode aparecer um pequeno ponto de
pus.
 Com a evolução do quadro ocorre o rompimento do
nódulo e a eliminação do seu conteúdo (geralmente,
eles eliminam um exsudado esbranquiçado e
discretamente sanguinolento). deixando a área ulcerada
que vai cicatrizar.
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Manifestações clínicas
 pescoço
 mamas
 face
 nádegas
 virilhas
 particularmente dolorosos quando se formam em torno
do nariz, das orelhas ou nos dedos.
 Quando ocorrem repetidamente, a doença recebe o
nome de furunculose e está associada à uma deficiência
do organismo em evitar a infecção do folículo.
 Quando várias lesões surgem simultaneamente,
próximas e interligadas, o quadro recebe o nome de
antraz, ocorrência mais comum na região da nuca.

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FURÚNCULO

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Furúnculo - Tratamento

 Colecta de uma amostra do exsudado para o exame


laboratorial;
 Prescrição de um antibiótico, local ou sistémico.

 Nos casos muito dolorosos e com superfície amolecida,


pode ser feita a drenagem da lesão, com alívio imediato
da dor.

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 O calor húmido favorece o acúmulo do pus e pode fazer
com que o furúnculo drene espontaneamente.
 À medida que o furúnculo drena, deve haver o cuidado
para manter o conteúdo fora da pele circundante, para
evitar recorrências.

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Furúnculo - Tratamento

 A melhor maneira de se prevenir esta infecção ou a sua


disseminação a outros é a manutenção da pele limpa,
preferencialmente com sabão líquido anti-bacteriano.
 Os indivíduos com furúnculos recorrentes podem ter que
tomar antibióticos durante meses ou mesmo anos.
 Quando ocorre a furunculose, deve-se pesquisar o que
está a favorecer o aparecimento das lesões e estimular a
defesa orgânica do indivíduo.

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Furúnculo – cuidados em colaboração

 Penso quente e húmido até que ocorra drenagem

 Manter a drenagem infectada fora da pele circundante.

 Elucidar o utente relativamente a:

 Prevenção e propagação da infecção;

 Cuidados com a higiene das mãos.

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Impetigo Definição

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Impetigo Definição

 O impetigo é uma infecção bacteriana cutânea causada


por Staphylococcus ou por Streptococcus B hemolítico
que se caracteriza pela formação de pequenas pústulas.

 Esta doença afecta sobretudo as crianças e pode ocorrer


em qualquer parte do corpo, mas frequentemente as
lesões ocorrem na face, nos membros superiores e
inferiores.

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 O impetigo pode
ocorrer após uma
lesão ou uma doença
que provoca uma
lesão cutânea
(infecção fúngica,
queimadura solar ou
picada de insecto).

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Fisiopatologia
 A doença caracteriza-se pelo aparecimento de vesículas
e bolhas com pus que rapidamente se rompem (muitas
vezes as bolhas nem são vistas) deixando áreas
erosivas recobertas por crostas espessas de aspecto
semelhante ao mel ressecado.
 As bolhas podem ser do tamanho de uma ervilha ou
até de anéis grandes.

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Impetigo - Diagnóstico

 Através do quadro clínico

 Cultura e coloração Gram

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Manifestações clínicas

 As lesões podem evoluir espontaneamente mas muitas


vezes propagam-se às regiões próximas formando
novas lesões.
 Mais frequente nas épocas quentes do ano, a doença
atinge principalmente as áreas de dobra da pele.
 No caso do impetigo Streptocócico, há o risco de
ocorrência de glomerulonefrite, devido a um fenómeno
alérgico.

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Impetigo - Manifestações clínicas

 Como infecção estafilocócica origina frequentemente


lesões localizadas

 As lesões são similares a crostas amarelo- douradas

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Impetigo

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Impetigo – cuidados em colaboração

 O tratamento consiste:
 Na remoção das crostas e limpeza das lesões 2 a 3x
por dia.
 Antibioticoterapia local nos casos mais simples e oral
(ex. penicilina ou cefalosporina) nos casos mais
graves ou com risco de glomerulonefrite.
 O tratamento precoce pode evitar que o impetigo
afecte as regiões mais profundas da pele.

 Raramente, o impetigo causado por Streptococcus pode


levar a uma insuficiência renal.

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Impetigo – ensino ao utente

 Ajudar o utente a compreender como se faz o tratamento

 Na remoção das crostas e limpeza das lesões 2 a 3x


por dia.
 Prevenção da propagação da infecção

 Após o contacto lavar as mãos com sabão anti bacteriano

 Usar toalhas individualizadas

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Herpes

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Herpes Simples- definição
 Um dos vírus mais comuns nos seres humanos é o vírus
do herpes simples (VHS).

 Existem duas estirpes semelhantes, mas


serologicamente diferentes: tipo 1 e o tipo 2.

 O tipo 1 encontra-se principalmente em lesões da face e


da boca, olhos e cérebro

 O tipo 2 está associado a uma lesão dos genitais que


pode ser transmitida por contacto sexual.

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Manifestações

 A reactivação do vírus pode ocorrer devido a diversos


factores desencadeantes tais como:
 exposição à luz solar intensa,

 fadiga física e mental,

 Stress emocional,

 Febre

 Alimentos salgados

 Outras infecções que diminuam a resistência orgânica.

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Epidemiologia
 O herpes é uma infecção causada pelo Herpes simplex
virus.

 Fases da infecção por VHS:


I fase - adquirida por exposição directa ao vírus,
geralmente através do contacto com a pele e mucosas
de um individuo afectado

 O contacto com o vírus ocorre geralmente na


infância, mas muitas vezes a doença não se
manifesta nesta época.

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Epidemiologia (cont)

 II fase - O vírus atravessa a pele e, percorrendo um


nervo, instala- se no organismo de forma latente num
gânglio sensitivo, até que venha a ser reactivado
 A reactivação do vírus provoca recorrência da doença.

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Manifestações clínicas

 Algumas pessoas tem maior possibilidade de apresentar


os sintomas do herpes.
 Outras, mesmo em contacto com o vírus, nunca
apresentam a doença, pois a sua imunidade não permite
o seu desenvolvimento.
 As localizações mais frequentes são:

 os lábios e a região genital, mas o herpes pode


aparecer em qualquer lugar da pele.

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Fisiopatologia

 Uma vez reactivado, o herpes apresenta- se da seguinte


forma:
 Prurido

 Ardência no local onde surgirão as lesões.

 Pequenas vesículas agrupadas como num boquet


sobre área avermelhada e edemaciada, ou como
inflamação da córnea com fotofobia e lacrimejo.
 As lesões do tipo 2 ocorrem na vagina ou no colo do
útero ou na pele do pénis.
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Herpes Simples - Fisiopatologia

 As bolhas rompem-se libertando líquido rico em vírus


e formando uma ferida. É a fase de maior perigo de
transmissão da doença.
 A ferida começa a secar formando uma crosta que
dará início à cicatrização.
 A duração da doença é de cerca de 5 a 10 dias.

 O VHS pode ser identificado pelo teste de Tzanck.

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Herpes- Manifestações clínicas

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Herpes - Manifestações clínicas

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Herpes - Tratamento

 Os seguintes cuidados devem ser tomados durante um


episódio de herpes:
 Início muito precoce do tratamento

 Deve ser aconselhado a aplicação de aciclovir tópico

 Se as lesões forem graves deve ser ponderada a sua


administração sistémica.

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Herpes – cuidados em colaboração

 Deve-se aconselhar os utentes para :

 evitar furar as vesículas;

 evitar beijar ou falar muito próximo de outras pessoas,


principalmente de crianças se a localização for labial;
 evitar relações sexuais se for de localização genital;

 lavar sempre bem as mãos após manipular as feridas


pois a virose pode ser transmitida para outros locais
do próprio corpo, especialmente as mucosas oculares,
bucal e genital.
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Herpes – Cuidados em colaboração

 Quando as recidivas do herpes forem muito frequentes, a


imunidade deve ser estimulada para combater o vírus.
 Os fenómenos desencadeantes devem ser evitados,
procurando-se levar uma vida o mais saudável possível.

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Herpes Zoster ou zona - Definição

 É causado pelo VZV, o mesmo vírus que causa a


varicela.
 Geralmente este é a resposta num hospedeiro imune ao
VZV.
 É menos contagioso que a varicela.

 Só recorre em circunstâncias raras

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Curso de Enfermagem Geral
Herpes Zoster ou zona -Fisiopatologia
 No Herpes Zoster, as pequenas vesículas geralmente
agrupam-se em linha.

 Seguem o curso dos nervos sensitivos periféricos e


frequentemente, são unilaterais.

 Uma vez que seguem as vias nervosas, as lesões nunca


cruzam a linha média do corpo.

 2/3 das pessoas desenvolvem lesões nos dermatomas do


tórax e as restantes apresentam envolvimento do nervo
trigémeo com problemas da face, olhos e couro cabeludo.

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Curso de Enfermagem Geral
Herpes Zoster ou zona -Fisiopatologia

 O Rash desenvolve-se 1.º


como máculas, mas
rapidamente progride
para vesículas.
 O líquido torna-se turvo e
as crostas desenvolvem-
se e caem em cerca de
10 dias.

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Manifestações clínicas
 Geralmente precedem o aparecimento das lesões:
 Mal-estar
 Febre
 Prurido
 Dor na área envolvida (esta persiste até cerca de 4
semanas)

 Se as vesículas se desenvolverem dentro de 1 a 2 dias


após os sintomas iniciais de dor, geralmente
desaparecem em 2 a 3 semanas, mas se se
desenvolverem durante uma semana, e de esperar um
curso prolongado.

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Herpes Zooster

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Herpes Zoster ou zona – Tratamento

 Aciclovir P.O (400 a 800 mg) de 4 em 4 horas durante 5


– 6 dias.
 Viradabina (tem mais efeitos secundários que o
aciclovir)
 Famciclovir
 Analgésicos (os anti-inflamatórios geralmente não são
eficazes)
 Esteroídes (prednisolona)
 Sedativos
 O desconforto local pode ser aliviado com loções.

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Cuidados em colaboração

Os utentes devem ser alvo de ensinos acerca de:


 Uso de roupa larga

 Prevenir a infecção

 Tratamento e medicamentos

 Auxilio para lidar com a neuralgia pós-herpética.

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Cuidados em colaboração

 Neuralgia pós-herpética ocorre em cerca de 10% das


pessoas após a infecção por herpes zoster.
 A dor pode persistir durante um ano e em alguns casos
pode durar alguns anos.

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Problemas oftalmologicos

87 Curso de Enfermagem Geral


Sinais de uma doença Ocular

 Olho vermelho;

 Lacrimejamento;

 Fotofobia;

 Irritação da conjuntiva podendo provocar prurido e


cessação de corpo estranho;
 Secreção clara ou purulenta.

88 Curso de Enfermagem Geral


CONJUNTIVITE

 Definição : Inflamação da conjuntiva

 Doença ocular mais comum

 Sintomas mais comuns: Sensação de corpo estranho,


peso, prurido e fotofobia quando a córnea esta envolvida
 Origem: Mais exógena que endógena

 Sinais: SECRECAO- clara e transparente, purulenta,


falsa membrana, mucosa

89 Curso de Enfermagem Geral


Cont
HIPEREMIA, EDEMA, FOLICULOS, PAPILAS,
HEMORRAGIAS
 Causas: bacteriana, viral, por clamidia, fungos, alérgica,
parasitaria, química, associação de doença sistémica,
causa desconhecida.

 Tipos: Quanto a duração: aguda, subaguda ou crónica

segundo a etiologia- bacteriana, viral, alérgica, etc.


90 Curso de Enfermagem Geral
CONJUNTIVITE BACTERIANA:

Tipo mais comum


Sintomas- irritação, bilateralidade, secreção purulenta,
aderência palpebral ao acordar, as vezes edema palpebral.
Começa num olho e transmitida para o outro pelas mãos.

91 Curso de Enfermagem Geral


CONJUNTIVITE BACTERIANA:

 Transmissão- pessoa /pessoa por toalhas, objectos


contaminados
 TTO: Identificação bacteriológica do agente causal. ATB
tópico- CAF 1gt 3v/d/10d.

92 Curso de Enfermagem Geral


CONJUNTIVITE GONOCOCCICA
Pode ser
1.DO RECEM NASCIDO- Leva a cegueira Inicio 3-4dias
após o parto,
agente: Neisseria gonorrhoeae
Bilateral, edema marcado, pálpebras coladas, pus
abundante amarelo.

TTO: Kanamicina 25mg/kg de peso, 1 dose única IM, mais


NUNCA superior a 75mg. Limpeza com soro fisiológico
de1/1h +pomada de Tetraciclina local de 1/1h =15 dias.
Internar. Tratar os pais. Profilaxia: METODO de CREDE.

93 Curso de Enfermagem Geral


CONJUNTIVITE VIRAL

 São foliculares
Folículo - Saliência arredondada, cor
amarelada ,translúcida com vascularização
periférica,
Conjuntivite das piscinas, das doenças infecciosas
ex: moluscum contagioso, sarampo, rubéola.

TTO: cuidados de higiene

CURA: espontânea

94 Curso de Enfermagem Geral


CONJUNTIVITE ALERGICA:
Proliferação de papilas
Papilas: Saliências vermelhas com eixo vascular central,
forma poligonal.

Forma flictenular- etiologia alérgica a micróbios.

De contacto - cosméticos, medicamentos, produtos


químicos.

Da polinose

Primaveril

TTO: Corticóides locais, eliminar o agente causal,


dessensibilização, anti-histamínico.

95 Curso de Enfermagem Geral


URGENCIAS EM OFTALMOLOGIA

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URGÊNCIA EM OFTALMOLOGIA
Orbita:
1. Traumatismo com fractura
2. Celulite orbitaria

Pálpebras:
1. Feridas com ou sem secreção do canalículo
2. Abcesso
3. Lagoftalmia

Conjuntiva:
1. Conjuntivite Aguda purulenta
2. Corpo estranho
3. Feridas, queimaduras

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URGÊNCIA EM OFTALMOLOGIA
ALERGIA LACRIMAL: Dacriocistite aguda
Córnea:
1. Úlceras
2. Abcessos
3. Queimaduras
4. Ferida perfurante
5. Corpo estranho

Úvea: Uveites

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URGÊNCIA EM OFTALMOLOGIA
Cristalino:
1. Luxação anterior
2. Catarata traumática com massas na câmara anterior.

Retina:
1. Retinoblastoma
2. Oclusão da ACR
3. Trombose da VCR
4. Descolamento

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URGÊNCIA EM OFTALMOLOGIA
 GLAUCOMA: Agudo, secundário e congénito).

 TRAUMATISMO: 1- FPGO
2- Rotura do Globo Ocular
3- CE interocular
4- Hifema

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Problemas Otologicos
 Distúrbios Otológicos: São patologias que ocorrem a
nível da orelha e suas doenças.

 Infecções do ouvido mais comum;

 Otite externo; é uma infecção aguda do canal auditivo


externo.

 Otite média; é uma infecção supurativa da cavidade do


ouvido médio e mais comum nas crianças sadias ou
crianças com outras enfermidades.

101 Curso de Enfermagem Geral


Infeccoes do ouvido mais comum
 Sintomatologia;
 Dores no ouvido as vezes severas, irritabilidade e
interferência na audição. A sucção e a mastigação
tende a aumentar a dor.

 Febres irritáveis vómitos e diarreia zumbido, drenagem


de pus pelos ouvidos.

 Complicações; infecção, perda auditiva, mastoidite, otite


média crónico e meningite.

102 Curso de Enfermagem Geral


Avaliação de Enfermagem
 O pessoal de enfermagem deve:
 Examinar os ouvidos, sua aparência e higiene;

 Investigar a inflamação e a sensibilidade dos ouvidos

 Observar os nódulos linfáticos em torno do ouvido;

 Observar o excesso do cerume ou cera no ouvido

Notificar ao clínico sempre que ocorrer alguma alteração no


paciente relacionado com os aspectos identificados.

103 Curso de Enfermagem Geral


Intervenções de Enfermagem
 O pessoal de enfermagem deve:
 Prestar os cuidados de enfermagem nos pacientes
com distúrbios dos ouvidos;

 Administrar os medicamentos e monitorar as suas


reacções;

 Monitorar as infecções nos ouvidos

 Aconselhar os familiares a não usar os cotonetes para


remover o cerume nas crianças.

104 Curso de Enfermagem Geral


Problemas
Odontoestomatologicos

Curso de Enfermagem Geral


Os Dentes

Curso de Enfermagem Geral


Os Dentes
Durante a vida surgem duas dentições num individuo:
•A decidual “Leite” e a Permanente.
•O inicio é durante a vida intra-uterina: Os deciduais na 7ª
semana e os permanentes no 4ºmes.
•A dentição decidual tem 20 dentes:2+1+2que nascem dos
6 aos 24meses e caiem entre 6 a 12 anos; e a permanente
tem 32dentes:2+1+2+3.
•Apresentam Raiz, coroa e colo; E internamente dentina,
cimento e cavidade polpar.
•Tem a função de mastigar os alimentos, fala na articulação
directa dos sons e função estética.

107 Curso de Enfermagem Geral


Curso de Enfermagem Geral
Doenças mais comuns de interesse
Odontoestomatológico
 Cárie dentária;

 Doenças periodentais: Gengivite e periodontites.

 Estas duas doenças são prioritárias em


estomatologia.

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Cárie Dentária

 É uma doença infecciosa, oportunista que provoca a


destruição dos tecidos duros do dente e esta fortemente
relacionada com o consumo de carbohidratos.

 É uma doença que afecta mais de 99% da humanidade


porque na actualidade regista-se uma cada vez
crescente prevalência devido ao aumento crescente do
consumo de carbohidratos refinados ou processados no
lugar de consumo de açúcares naturais.
Curso de Enfermagem Geral
Causas

Exemplo de açúcares Exemplos de açúcares


processados: naturais:
 O bolo;  Cana de açúcar;
 Rebuçados;  Mel;
 Doces de vários tipos;  Frutas doces.
 Pão;

111 Curso de Enfermagem Geral


Factores causais da Cárie dentária

 Microorganismos: São os primeiros implicados,


streptococus do grupo mutans, lactobacilos acidófilos.

 Dieta que fornece o substrato para o metabolismo


microorganismos (dieta rica em carbohidratos
refinados).

 Dente e Saliva (o dente é o hospedeiro).

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Sinais e sintomas da cárie dentária
 Alteração na coloração da superfície da coroa ou
superfície do dente (mancha branca activa);

 O prognostico da carie dentaria resulta na formação


duma cavidade sobre o dente.

 Nestas etapas não há dor sobre o dente;

 Quando a dor aparece num dente com carie é sinal de


gravidade e extensão da infecção por carie até a polpa.

 A dor é de uma complicação pulpite (inflamação da


polpa).

 O Diagnostico é essencialmente clínico.


Curso de Enfermagem Geral
Tratamento
 Restauração do dente usando materiais dentários
(biomateriais), para a restauração definitiva do dente.
 Este processo de tratamento é obturação do dente, processo
possível com uso dos biomateriais;
 Em caso de complicação como pulpite o tratamento será a
extracção dentaria;
 O outro tratamento nos casos de pulpite de forma a conservar
o dente pode-se fazer um tratamento especializado
designado por pulporadicular – que consiste na remoção da
polpa infectada e restauração do dente.
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Complicações da Cárie Dentária
Pulpites:
Extensão da infecção as estruturas vizinhas do dente e
formação de abcesso dentário;
Abcessos da face que podem ir até tomar formas graves
provocando obstrução das vias aéreas e dificuldades na
alimentação;
A infecção pode se estender a outras estruturas distantes
da cavidade bucal como o mediastino causando
provocando mediastinite ou estender a infecção intra
Craniana produzindo abcessos cerebrais e morte.
Se a infecção estender-se até ao cérebro e caixa torácica
o prognostico é reservado.

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Medidas Preventivas da Cárie Dentária

 Medidas nutricionais: Dieta equilibrada;

 Medidas Mecânicas: Escovagem dos dentes pode ser


feita usando a escova dental e a pasta dentífrica.
 As formas tradicionais para a escovagem dos
dentes são:
 Mulala,

 Cinza,

 Musuaqui “nancapa, ramos de coqueiro, etc.”.

Curso de Enfermagem Geral


 Medidas químicas: Uso do flúor nas águas de consumo
e também adição de flúor na pasta dentífrica o ideal é
usar pastas dentífricas fluoretadas.

NB: A escovagem só é feita usando técnica apropriada


correcta e sempre após as refeições. No entanto
recomenda-se que devem ser feitas duas escovagens por
dia sendo a 1 após ao pequeno almoço e a segunda um
pouco antes de ir deitar-se.

117 Curso de Enfermagem Geral


Doenças periodentais Mais Comuns

 Os dentes estão inseridos nos alvéolos dentários e


recobertos pela mucosa gengival cuja sua função é de
proteger o dente.
 O ligamento periodental serve para fixar o dente e sua
função é de inserção do dente no alvéolo.
 A doença do ligamento periodental é a mobilidade do
dente.

Curso de Enfermagem Geral


Doenças periodentais Mais Comuns

 O periodente é constituído por: gengiva e o ligamento


periodental.
 Falar de doenças periodentais mais comuns queremos
nos referir das doenças infecciosas.
 As estruturas periodentais podem ser podem ser
infecciosas que podem ser bacterianas, virais e fungos.

119 Curso de Enfermagem Geral


GUNA

 G – Gengivite;

 U – ulcera;

 N – Necrotizante;

 A – Aguda.

 A GUNA é uma doença bacteriana cujo os


microorganismos são: Streptococus, bacilos fusiformes,
espiroquetas entre outras.
 É também uma doença oportunista, frequente em
crianças é aguda de sintomatologia marcada.
Curso de Enfermagem Geral
Aspectos Clínicos de Guna
 Lesões múltiplas da gengiva, sangramento no mínimo
toque e muito dolorosa, obrigando a criança em
dificuldade em comer, torna-se muito irritante,
psicologicamente estável e pode cusar e evoluir com:
 Ligeira frebe;

 A nível regional submandibular há linfadenopatia e


progressivamente pode haver compromisso do estado
geral da criança nomeadamente: decaimento físico,
desidratação, nervosismo que pode provocar
perturbações gastrointestinais ex: diarreia.
Curso de Enfermagem Geral
 A GUNA ocorre em bocas geralmente com higiene
deficiente ou pode ser sinal de manifestação de doença
sistémica debilitante.
 Na superfície da pele e das mucosas existem partes
terminais nervosas com funções especificas e quando
existe dor na superfície da pele é porque existe
exposição das terminações nervosas.
 O diagnostico é clínico e laboratorial (colheita de material
estomatológico.)
122 Curso de Enfermagem Geral
Tratamento
Anti-sepsia oral:
Através de soluções diluídas de agua oxigenada ou peróxido
de oxigénio com cloreto de sódio a 0.9% a 3xdia durante 3
dias ou anti-sepsia oral usando solução de clorexidina a
0.02% 3xdia em menos de 1 semana.

Uso de antibióticos oral:


 Amoxicilina e Metronidazol.
 Nos casos graves pode ser usada Penicilina Cristalina e
o Metronidazol EV.
 Administração de analgésicos;
 De acordo com o estado geral pode ser instituída terapia
de suporte : hidratação e cuidados de alimentação.
Curso de Enfermagem Geral
Prognóstico
 O prognostico é bom, mais em situações graves a GUNA
pode complicar até formas mais graves de destruição da
face que é a mutilação doença que se designa por
NOMA.

 O NOMA é uma doença da pobreza associada a outros


problemas como: problemas nutricionais, doenças
debilitantes como a tuberculose associada a infecção do
HIV.

 A prevenção do NOMA é a boa forma de tratamento


através dos bons hábitos alimentares correctos.

124 Curso de Enfermagem Geral


GEHA

 G – Gengivite;

 E – Estomatite;

 H – Herpética;

 A – Aguda.

 É causada pelo vírus do Herpes Simples,


frequentemente pode cursar com infecções bacteriana
complicando o quadro clínico.

Curso de Enfermagem Geral


GEHA

 Aparece em lactentes e crianças com menos de 6 anos


mais também aparece em adolescente e adulto.
 Tem uma frequência igual tanto para homens e mulheres.

126 Curso de Enfermagem Geral


Características Locais

 Sinais bucais: lesão difusa eritematosa e brilhante da


gengiva e mucosa adjacente em graus variáveis de
edema e hemorragia gengival.
 Presença de vesículas, circunscritas esféricas e
acastanhadas da gengiva, mucosa labial e restante
mucosa oral.
 As vesículas rompem-se dando úlceras dolorosas e a
evolução é de 7 a 10 dias.

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Quadro Geral

 Irritação da mucosa oral que impede beber e comer;

 Dor quando as vesículas se rompem sensíveis ao tacto, a


mudança a temperatura e alimentos.
 Irritação dos lactentes e recusa em alimentar-se.

 Ocorre adenite cervical, febre e mau estar geral.

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Tratamento

 A GEHA é contagiosa e os adultos adquirem imunidade.

 O tratamento é semelhante ao da GUNA.

 O prognostico é bom, o herpes labial e da pele repetem-


se. Quando há decaimento imunológico, o processo febril
elevado o vírus manifesta-se.

129 Curso de Enfermagem Geral


Candiase aguda Oral
É a infecção micótica mais comum.
A candida albicans é o microorganismo mais comum.
Aparece no adulto extremamente debilitado com baixa
resistência orgânica, exemplo nas seguintes situações:
Doentes imunocomprometidos;
Em cancerosos que recebem tratamento de radioterapia
ou quimioterapia.
Esta candidíase pode progredir até a faringe constituindo-
se da candidíase orofaríngea.
No RN o fungo pode proliferar e invadir os tecidos orais e
administração de antibióticos elimina a flora bacteriana
normal geralmente.

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Manifestações Clínicas

 Lesões orais: são de coloração branco cremoso que se


a semelham a leite coagulado, são aderentes ao serem
arrancadas deixam pontos sangrantes.
 Diagnostico: É clínico e por análise de Frotis (é uma
amostra) e manda-se ao laboratório de micologia.
 Tratamento: Antimicoticos (Nistatina, Ketoconazol,
Clotrimazol).
 Anfotericina B é usada em situações de micoses
sistémicas.
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Manifestações Orais do HIV/SIDA

 Candidíase Oral;

 Herpes Simples e Zóster;

 GUNA (Estomatite Necrotizante);

 Úlceras bocas recorrentes atípicas;

 Sarcoma de Kaposi;

 Linfomas.

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Bibliografia

133 Curso de Enfermagem Geral

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