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PATOS – PB
SETEMBRO - 2023
INTRODUÇÃO
A acne é uma das patologias de pele que ocorrem com mais frequência. Em
todo o mundo, adolescentes e adultos são acometidos pela patologia, desde graus leves
até os mais graves. A maior incidência ocorre nas populações de ambos os sexos, nas
faixas etárias de 14 à 18 anos, contudo, em adultos nas idades superiores a 20 anos, é
observado que os casos ocorrem predominantemente no sexo feminino. (1) A ácne
vulgar é considerada uma doença inflamatória crônica, que chega a afetar 85% da
população jovem.(2) No ano de 1979, uma publicação trouxe informações acerca da
ácne. À época, foi demonstrado que era comum em adultos acima de 18 anos, contudo,
conforme supracitado há uma predominância de casos em mulheres com idade média
de 35 anos, onde foi verificada que eram 76% dos casos. (1)
Sua fisiopatologia ainda não está completamente compreendida, contudo, sabe-
se que sua patogênese tem atribuição multifatorial, ocorrem quando as glândulas
secretoras de óleo, denominadas como sebáceas, tornam-se infectadas ou inflamadas o
que provoca o surgimento de cravos, espinhas, caroços, cistos e cicatrizes. A pele é
considerada como a maior interface epitelial, separando o corpo humano do ambiente
externo. Sua superfície é colonizada por uma comunidade diversificada de fungos,
bactérias e fungos. Tais microrganismos comensais desempenham papéis críticos no
metabolismo lipídico. A imunidade do hospedeiro desempenha um papel importante
nesta patologia, uma vez que está diretamente relacionada aos distúrbios microbianos
de composição e a atividades encontradas em pacientes com acne. (1)
A doença tem etiologia multifatorial e é desencadeada inicialmente durante
adrenarca, que é caracterizada como a fase do desenvolvimento da puberdade em que
ocorre a ativação dos hormônios produzidos pelas glândulas adrenais, em indivíduos
suscetíveis e podendo de ser leve a muito grave no que diz respeito a sintomatologia.
As emoções do estresse, tais como depressão e ansiedade, foram evidenciadas a
hipótese de agravar a acne, alterando a microbiota intestinal e aumentando a
permeabilidade intestinal, contribuindo potencialmente nos casos de inflamação da
pele, bem como, na alteração da produção de sebo e perfis de ácidos graxos. Tais
desregulações estão associadas aos sistemas imunológicos inatos e adaptativos. A
condição cutânea inflamatória crônica é recorrente em casos de acne vulgar. (1)
Uma vez tendo o conhecimento acerca da fisiopatologia da ácne, bem como
sua relação com os fatores pré-disponibilizantes, podemos considerar que se faz
necessária à busca por controle e tratamento da patologia. Em conformidade, podemos
identificar a necessidade de conhecer, administrar e tratar demais patologias
associadas ao surgimento, prevalência e cronicidade dos casos de acne.
Para que haja melhores benefícios no tratamento da acne, o diagnóstico correto
necessita da utilização de exames laboratoriais para que possa ser tratada a patologia
de base, ou seja, o fator pré-disponibilizante para a ocorrência, bem como, os fatores
que fazem com que o tratamento seja ineficiente ou paliativo, fazendo com que o torne
oscilante.
Deste modo, temos por objetivo identificar e descrever a fisiopatologia da acne
e quais exames laboratoriais devem utilizados para que haja tratamento eficaz e
duradouro.
FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
Calvice feminina
Deficiência de Potássio
Uranálise
o Pode ser usada para detectar e medir o nível de diversas substâncias presentes
na urina, como proteínas, glicose (açúcar), cetonas, sangue, avaliação de distúrbios
renais e urinários. (4)
Perfil endócrino
1. GIURGIU, Gheorghe; COJOCARU, Manole. New insights into Skin Microbiota in Acne
Pathophysiology. Ann Romanian Soc Cell Biol, v. 10, p. 12-18, 2021.
3. ADDOR, Flavia Alvim Sant'Anna; SCHALKA, Sergio. Acne da mulher adulta: aspectos
epidemiológicos, diagnósticos e terapêuticos. Anais Brasileiros de Dermatologia, v. 85, p. 789-795,
2010.
4. TEIXEIRA, Sandra Luiza; RIBAS, João Luiz Coelho. A importância dos exames laboratoriais no
auxílio do tratamento de distúrbios estéticos. Saúde e Desenvolvimento, v. 10, n. 18, p. 38-51, 2021.