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Resumo GO - integrada

Câncer de Colo uterino

● Carcinoma de células escamosas (HPV 16)→ mais comum


● Principal fator de risco: infecção pelo papilomavírus (HPV) → 16 e 18
● Outros fatores de risco: tabagismo, imunossupressão, fatores genéticos,
comportamento sexual, número de parceiros sexuais, idade, multiparidade,
desnutrição, má higiene genital, agentes químicos e exposição à radiação
ionizante.
● Manifestações clínicas: maioria é assintomático.
● Lesões subclínicas (inaparentes) visíveis apenas após aplicação de
reagentes, como o ácido acético e a solução de Lugol, e por meio de
técnicas de magnificação (colposcopia).
● Ao exame especular: sangramento, tumoração, ulceração e necrose no colo
do útero.
● Prevenção primária: diminuir o risco de contágio pelo HPV → uso de
preservativos, vacina anti-HPV bivalente e quadrivalente (no início da vida
sexual).
● Prevenção secundária: rastreamento e diagnóstico precoce → anamnese e
EF.
○ Inspeção cuidadosa da vulva, vagina e colo, toque vaginal e toque
retal.
● O que acontece no câncer de colo é a disseminação local, por via linfática,
ou hematogênica.
● Única evidência que realmente ajuda no rastreamento de CAs: Mamografia
a partir dos 40 anos (para mamas) e Papanicolau a partir dos 21
● Biópsia de CA de colo = Depois do papa der algo alterado, temos sempre
que fazer biópsia
● Saber: Ia e Ib

O estádio 4 sempre tem metástase!


● Corte é IB2 - até ele, eu penso em fazer cirurgia.
● A partir do 2, o tumor vai até o terço inferior da vagina, então eu não
consigo operar
○ A partir disso é quimio e radio
● Se a mulher não tiver desejo de engravidar = faz histerectomia total - retira
útero e o colo
● Jovem e quer engravidar = faz cirurgia de ressecção, opera o colo e deixa o
útero intacto.
● Traquelectomia → retirada toda do colo do útero.
● CAF (cirurgia de alta frequência): faz um círculo e retira parte do colo do
útero → alça de metal que conecta ao bisturi e secciona o tecido.

● CONE: entra com o bisturi e corta o tecido diretamente

Rastreamento do Câncer de Colo Uterino - Colpocitologia

● Colposcopia → exame preventivo → papanicolau (é uma biópsia dirigida)


○ O exame é realizado pelo método convencional = espátula de Ayre e
escova endocervical
● Colpocitologia oncótica → Tem como objetivo identificar células negativas
ou positivas para neoplasia intraepitelial ou malignidade na ectocérvice e
endocérvice de mulheres com colo aparentemente normal.

Rastreamento:

● Acima de 25 anos → anual por 2 anos


● Acima de 27 com 2 exames anteriores normais → 3/3 anos
● Acima de 64 anos com 2 exames negativos em 5 anos → não fazer mais
papanicolau
● 64 sem nunca ter feito papanicolau → fazer 2 exames a cada 3 anos.

Importante: exame

● Conduta: sempre colposcopia com biópsia se necessário


● Negativo
● ASC – US: significado indeterminado (possivelmente não neoplásico)
○ 25 a 29 → repetir colposcopia em 12 meses
○ Acima de 30 anos → repetir em 6 meses → depois de ter feito a
colposcopia realiza coleta de material do canal endocervical e
proceder para investigação endometrial
● ASC-H: não afasta alto grau → fazer colposcopia
● LIEBERG: repetir em 6 meses → colposcopia
● LIEAG: colposcopia com biópsia
○ Biópsia = ver se é cervicite, NIC I, NIC II, NIC III, carcinoma in situ e
carcinoma invasor
○ Se for cervicite e NIC1 = repetir em 6 meses a colposcopia
■ Se der o mesmo resultado e continuar com NIC 1 → repetir por
6 meses o papanicolau e colposcopia por 2 anos.
■ Se tinha cervicite e depois de 6 meses virar NIC1 → pode repetir
em 6 meses → se continuar faz CONE
○ Se continuar com o NIC1 por 2 vezes positivo, aí faz o CONE.
■ Se depois de 6 meses continuar NIC1 e não regredir à aí faz
CONE
■ Sempre faz o cone antes da cirurgia
○ Se for NIC2, NIC3, carcinoma in situ, CA invasor = CONE
● Carcinoma in situ: colposcopia com biópsia
● CA invasor: colposcopia com biópsia
● ACG - células glandulares atípicas: colposcopia com biópsia → se tiver
atipia → investigar endocérvice e endométrio
○ Então msm q venha colposcopia negativa, não pode ficar de boa
○ tem q avaliar o endométrio por US
○ Se for câncer faz conização - CAF → cirurgia de alta frequência → faz
um círculo e retira parte do colo do útero → alça de metal que
conecta ao bisturi e secciona o tecido.
● ACI: colposcopia com biópsia
CLASSIFICAÇÃO DE RICHART - Agrupou as lesões precursoras em três graus:

● NIC I: presença de células atípicas em até 1/3 do epitélio


● NIC II: presença de células atípicas em 1/3 a 2/3 do epitélio;
● NIC III: presença de células atípicas em mais de 2/3 do epitélio. Quando a
atipia celular atinge toda a espessura do epitélio, mas não ultrapassa a
membrana basal, a lesão é denominada de carcinoma in situ.
○ É importante perceber que, nesta classificação, NIC III engloba
displasia acentuada e carcinoma in situ.

Tratamento lesões precursoras

● NIC I (neoplasia intracervical) → tratamento expectante → 75% das lesões


sofrem regressão
● CONIZAÇÃO – CAF (Cirurgia de Alta Frequência) → Quando tem NIC II ou
NIC III

Câncer de Mama
● Proliferação maligna das células epiteliais que margeiam os ductos ou os
lóbulos. A proliferação incontrolável de células anormais surge em função
de alterações genéticas, sejam elas hereditárias ou adquiridas, por
exposição a fatores ambientais ou fisiológicos.
● Principal causa de morte por câncer entre as mulheres no mundo
● O câncer de mama demora de 8 a 10 anos para atingir 1 cm - crescimento
lento → diagnóstico tardio
● Metástases → principalmente fígado, pulmão, cérebro e osso
● Estratégia diagnóstica: detecção precoce

Sobrevida

● Estadio 0 = Sobrevida de 100% → Quando o diagnóstico é feito antes do CA


ser palpável
● Estadio 1 = Até 2 cm → Sobrevida de 95%
● Estadio 2 = Tumores entre 2 a 5 cm → Sobrevida de 80-60%
● Estadio 3 = Maiores que 5 cm → Sobrevida 45 - 32%
● Estadio 4 = Sobrevida de 18% → Quando já tem metástase

Fatores de risco:

● menarca precoce, menopausa tardia, uso de contraceptivo oral combinado,


etilismo, obesidade pós menopausa, história familiar positiva, antecedentes
pessoais de câncer de mama, radiação local, densidade mamária alta.
● Portador de gene BRCA1 risco vitalício 55 - 65%
● Portador de gene BRCA2 risco vitalício 45%.

Diagnóstico:

● Auto exame → não é muito confiável


● Exame clínico (confiável) → fase pré-clínica
○ Clínico consegue sentir a partir de 1,7 cm.
○ Leigo consegue sentir a partir de 3 cm.
● Mamografia = consegue identificar desde microcalcificações até lesões
maiores
● USG e RNM = Para complemento ou desempate.
● Mulheres de alto risco a partir dos 30 anos intercalando a cada 6 meses
com RNM (ou USG em caso de impossibilidade da RNM)

Exame físico: Anamnese + inspeção estática + inspeção dinâmica + palpação com


as duas mãos - das mamas, fossas supraclavicular e infraclavicular, região axilar +
expressão (espremer o mamilo na horizontal e vertical para ver se sai alguma
secreção.

Mamografia:

● Mamografia (prevenção secundária): 50 - 69 anos → consenso (todo mundo


faz) - INCA e SBM
● A partir de 5 mm a mamografia consegue detectar - 0,5 cm.
● Então, quando uma mulher de 50-60 anos está com proliferação de ductos,
só tem como ser CA
● Classificação da mamografia - BI-RADS:
● 4 = achado suspeito → faz compressão seletiva com ampliação na
mamografia.
● 5 = biópsia e depois cirurgia
● 6 = pacientes que fazem a biópsia, já tem o CA, faz quimio antes de operar e
depois faz a mamografia para ver como está para a cirurgia

USG: Principais indicações - complementar a mamografia

Procedimentos minimamente invasivos:

● PAAF = Para nódulos benignos e cistos → Coleta CÉLULAS da lesão,


coloca-se em uma lâmina – CITOLOGIA
● CORE-BIOPSY (biópsia no coração - centro - do nódulo)
○ Punção por agulha grossa em propulsão
○ Nódulos sólidos
○ Grande suspeita de malignidade
● Mamotomia
○ Para retirar as microcalcificações
○ Pode ser guiada por US ou mamografia (geralmente é essa).
○ Pode ser diagnóstica ou terapêutica.
● Ressecção segmentar (biópsia excisional)
○ Locais muito grandes que não compensa fazer a biópsia core ou a
mamotomia, fazemos ressecção de um segmento (quadrante)
○ Só nesse caso levamos para o centro cirúrgico

Câncer de Ovário
● Pior câncer na ginecologia
● Neoplasias maligna → cistos funcionais → predominam no menacme

Fatores de risco:

● Câncer de ovário associado ao câncer de mama


○ BRCA1 - 80% Câncer de mama e 40% Ca de ovário pra quem tem
esse gene alterado
○ BRCA2 - 60% CA de mama e 20% CA de ovário
● Síndrome do câncer familiar - Lynch II
○ Ca de cólon não polipóide, endométrio, ovário e mamas
● Idade: 60 anos
● Fatores ambientais: Excesso de peso, Sedentarismo, Tabagismo, Terapia
hormonal, Dieta (gordura animal, leite e derivados e carne vermelha).
● Reprodutivos
● Tumor epitelial mais comum: seroso
● Tumor de células germinativas → mais comum é o teratoma → maioria
benigno.
Quadro clínico:

● Maioria das vezes é assintomático no começo, só dá sintomas quando está


evoluído
● Sintomático: Causa dor, Crescimento do abdome, Emagrecimento,
Sintomas TGI, urinários, Edema de MMII por compressão de sistema
linfático e venoso, Dor lombar, Sangramento pós menopausa, Pode ter
ascite.

Diagnóstico:

● Anamnese
● Malignos: descobre com mais ou menos 63 anos
● Se é bilateral - a chance de ser maligno é maior.
● USG ajuda muito - sensibilidade de 80 - 100% → US pélvico, transvaginal e
abdominal.
○ Provável benigno: massa < 8 cm, cápsula fina, unilateral, anecóico,
sem vegetações, etc.
○ Provavelmente maligno: massa na pré-puberdade ou
pós-menopausa, acima de 8cm, cápsula espessa, bilateral,
multilobular, presença de vegetação, septação grosseira, liquido livre
na cavidade (ascite).

Marcadores tumorais:

Estadiamento:

● Estádio I: tumor limitado aos ovários (IA, IB, IC)


● Estádio II – tumor de um ou ambos os ovários com propagação pélvica
● Estádio III - tumor de um ou ambos os ovários com metástases
intraperitoneais extra pélvicas e/ou linfonodos retroperitoneais inguinais
positivos
● Estádio IV – tumor de um ou ambos os ovários com metástases distantes
Tratamento:

● Só tem uma situação que pode ser tentada cirurgia conservadora: lavado
peritoneal, salpingo-ooforectomia unilateral, linfonodectomia,
omentectomia → apenas no estadio 1A (1 ovário com a cápsula íntegra e
sem lavado peritoneal infectado com células malignas).

Prevenção:

● Exames periódicos após 25 a 40 anos de idade


● Grupo de risco: US periódicos
● Síndrome do CA familiar/BRCA1 ou BRCA2
○ Aconselhamento genético aos 20 anos
○ US de rotina após os 30 anos
○ Salpingooforectomia profilática após 35 anos ou prole constituída
● Salpingooforectomia profilática
○ Mulheres no climatério
○ Cirurgias de câncer do trato digestivo (estômago e cólons)
● ACO para pacientes jovens submetidas a cirurgias conservadoras
● Exerese tumor neoplásico benigno de ovário > 6 cm
● Não tem rastreamento eficaz.

correção de questões

Exames solicitados para gestantes:

● Sorologias: HIV, sífilis, toxoplasmose, hepatite B,


● glicemia de jejum
● urina 1
● urocultura
● Parasitológico de fezes.

Em caso de pré-eclâmpsia grave: Solicitar estes exames → DHL, bilirrubinas totais


e frações, hemograma, creatinina, TGO, TGP, plaquetas.

Doença inflamatória pélvica - tratamento: Internar a paciente e fazer tratamento


antibiótico com ceftrixona, doxaciclina e metronidazol.

Partograma
● A dilatação cervical é representada por triângulos e a descida da
apresentação por uma circunferência;
CARACTERIZAÇÃO DO PARTO DISTÓCICO (DISFUNCIONAL)

A identificação das distócias é feita pela observação da dilatação cervical e da


descida da apresentação:

FASE ATIVA PROLONGADA: manifesta-se com dilatação progressiva, porém


LENTA DEMAIS, com velocidade inferior a 1cm/hora.

● Conduta: ocitocina
PARADA SECUNDÁRIA DA DILATAÇÃO: caracteriza-se pela persistência da
MESMA DILATAÇÃO evidenciada por dois TVs sucessivos com intervalo de 2 horas
ou mais estando a parturiente em trabalho de parto ativo. causa sofrimento fetal.

● Conduta: cesária

PERÍODO PÉLVICO PROLONGADO: DESCIDA LENTA DA APRESENTAÇÃO.


Resulta principalmente da INEFICÁCIA DAS CONTRAÇÕES UTERINAS.

● Conduta: ocitocina ou fórceps.


PARADA SECUNDÁRIA DA DESCIDA: caracteriza-se pela PARADA DA DESCIDA
DA APRESENTAÇÃO MESMO O COLO ESTANDO COM 100% DE DILATAÇÃO no
intervalo mínimo de 1 hora.

● Conduta: cesárea

PARTO TAQUITÓCICO/PRECIPITADO: é o trabalho de parto no qual a dilatação


cervical e descida/expulsão do feto ocorrem em um período de 4 horas ou menos.

● ocorrer espontaneamente ou pelo uso indiscriminado de ocitócitos

No partograma a gente só interfere quando para.

PREMATURIDADE: Trata-se de uma complicação típica de fetos prematuros, que


têm dificuldade de insinuação devido a desproporção cefálica com a pelve

● Conduta: ocitocina.
Correção da prova:

Mulher, 24 anos, vai a consulta de pré natal na UBS. Nessa consulta o médico calculou a
idade gestacional em 41 3/7 semanas de acordo com ultrassonografia de 12 semanas de
gestação e encaminhou a paciente para avaliação na maternidade de referência. Exame
físico: bom estado geral, corada, hidratada, anictérica, acianótica. Sinais vitais: pressão
arterial 110 x 75 mmHg, frequência cardíaca 88 bpm. ACV e respiratório sem alterações.
Abdômen: gravídico, altura uterina 34cm, batimentos cardíacos fetais 136bpm, dinâmica
uterina ausente, tônus uterino normal. Exame ginecológico: especular sem alterações;
toque: colo uterino amolecido e anteriorizado, esvaecido 70%, pérvio para 5 cm,
apresentação cefálica, vértice da apresentação na altura 0 de De Lee. Frente ao
descrito assinale qual a conduta mais adequada?

● Indução do parto com ocitocina.

Mulher, 34 anos, internada na maternidade de referência 2 horas após parto cesárea.


Paciente é portadora do vírus da hepatite B, realizou apenas 5 consultas de pré natal e ao
internar o teste rápido para sífilis resultou positivo. Parto cesárea sem intercorrências.
Exame físico geral: bom estado geral, descorada +/4, eupneica, acianótica, anictérica.
Sinais Vitais: pressão arterial 120/80 mmHg, pulso 88 bpm. ACV e respiratório sem
alterações. Abdômen: globoso, RHA presentes, flácido, útero contraído a nível de cicatriz
umbilical, doloroso a palpação profunda, principalmente em andar inferior do abdômen,
DB negativo. Exame ginecológico: loquiação fisiológica. Aguarda transferência para
enfermaria de puérperas, qual a recomendação?

● Alojamento Conjunto; amamentação natural liberada.

Mulher, 28 anos, está internada na maternidade no alojamento conjunto. Está no segundo


dia pós parto normal e refere dificuldade para amamentar com dor e sangramento do
mamilo e aréola direita. Ao exame físico geral: bom estado geral, corada, hidratada,
anictérica. Sinais vitais: temperatura axilar 38 °C, frequência cardíaca 90 bpm, pressão
arterial 110x70 mmHg. ACV e respiratório sem alterações. Exame das mamas: lesão
superficial até a derme em mamilo e aréola direita com sinais de sangramento com
expressão positiva com colostro. Restante do exame físico compatível com o tempo de
puerpério. Diante do exposto o possível diagnóstico e a conduta mais adequada são
respectivamente:

● Fissura mamária, analgésicos, limpeza, proteção e orientar pega correta.

Mulher de 22 anos. Abdômen: gravídico, altura uterina 34 cm, batimentos cardíacos fetais
136bpm, tônus uterino normal, dinâmica uterina presente. Exame ginecológico: especular
sem alterações; toque colo fino, pérvio para 4 cm, bolsa íntegra, apresentação
cefálico. Foi acompanhada pelo partograma abaixo, qual seria o diagnóstico e conduta?

● Fase ativa prolongada - observação (só interfere quando para).

Apresentação cefálica
CARDIOTOCOGRAFIA

Em azul temos o registro da frequência cardíaca fetal e em vermelho vemos o


registro das contrações uterinas.

DR CONIVADO

● Defina o Risco
● COntrações
● NÍvel
● Variabilidade
● Acelerações
● Desacelerações
● Opinião

1º Passo: Definir quem é a paciente → DR = defina o risco

● Se for uma atleta por exemplo, sem comorbidades, olhamos de uma forma,
já pacientes obesas, cardiopatas, olhamos de outro jeito.

2º Passo: Saber se é cardiotoco intraparto ou anteparto

● Temos que avaliar se tem contrações


● Co = contrações
● É a última linha de onda do cardiotoco (linha de baixo) cada contração é
representada pelo aumento da pressão

3º Passo: Definir a linha de base

● Nível da linha de base - é onde o batimento fetal permanece por mais


tempo
● Normal 160-110 bpm
● É a da linha da onda de cima
● Linha na qual o batimento cardíaco fetal permanece por mais tempo
● Pelo menos por um período de 10 minutos
● É a média de todos os batimentos durante 10 minutos (entre 160-110
normal)
● Bradicardia: FC menor que 110 bpm
● Taquicardia: FC maior que 160 bpm

4º Passo: Olhar as variações a cada batimento que a linha de base ela sofre

● Variabilidade
● Normal = 06-25 bpm de amplitude
● Observa-se um minuto da linha de base, pega-se o maior batimento e o
menor. A diferença entre os dois valores é a variabilidade.
5º Passo: Olhar as acelerações - 15 bpm por 15 seg

● São além da linha de base


● Quando têm elevação dos batimentos de 15 bpm por pelo menos 15 seg -
caracterizado uma aceleração transitória
● Quando a curva sobe é como se o bebe estivesse se exercitando, e a FC
aumentando por isso
● Mas se caso tiver acelerações ausentes, não significa que o bebe ta mal
● Cada linha vale 2.

6º Passo: Olhar as desacelerações

● São além da linha de base tenho queda dos batimentos de 15 bpm por pelo
menos 15 seg - caracterizado uma desaceleração transitória
● Podem ser precoces, variáveis e tardias

Desacelerações Precoces: coincidem com as contrações: usualmente benignas,


relacionam-se com a compressão cefálica (cabeça do bebe é pressionada contra o
colo, ativa resposta vagal para causar desacelerações na FC do bebê)
Desacelerações Variáveis: Variam na forma e relação temporal com as contrações
- podem apresentar “ombros” ○ Quando não bate com o período de contração

● Pode acontecer por compressão do cordão umbilical do bebê

Desacelerações Tardias: começam após o início da contrações, o nadir após o pico


da contração, retorna à linha de base após o final da contração.

7º Passo: Definir o “diagnóstico” - opinião sobre a cardiotocografia - Laudo

Categoria I - Normal - inclui todos os parâmetros

● Linha de base 110-160 bpm


● Variabilidade moderada
● Ausência de desacelerações tardias ou variáveis
● Desacelerações precoces podem estar presentes
● Acelerações transitórias presentes ou ausentes
● Diz que o feto não está em sofrimento fetal agudo
● Linha de base normal
● Variabilidade normais
● Sem desacelerações tardias ou precoces
● As acelerações indicam boa vitalidade fetal - então não tem problema ter
● Conduta: conduta de rotina, ausculta intermitente

Categoria II - Indeterminada

● Lembrar que quando não se encaixa na I nem na III → a 2 não é tão


preocupante mas não tranquiliza
● Conduta: tentativa de melhoria do traçado
Categoria III - Anormal

● Não temos variabilidade


● Padrão Sinusoidal (que diz que o feto está em acidose) → indica óbito
fetal OU
● Ausência de variabilidade associada a:
○ Desacelerações tardias em mais de 50% das contrações
○ Desacelerações variáveis recorrentes em mais de 50% das contrações
○ Se tivermos Bradicardia sustentável - linha de base abaixo de 110
● A pior de todas - o bebê não está bem ele tem que nascer
● Preocupante
● Indica sofrimento fetal
● Se não tiver nada dessas coisas e não se encaixar na I → categoria 2
● Conduta: Considerar parto imediato - preparar para cesárea ou se estiver
mais perto do parto vaginal, vai o vaginal mesmo, o bebê só tem que
nascer logo
● Reanimação Intra Uterina → Objetivo: promover a oxigenação e melhorar o
fluxo uteroplacentário

Mulher, 32 anos, vem ao 6/6 pronto-socorro obstétrico. Apresenta queixa de


parada de movimentos fetais há 5 horas. Secundigesta um parto normal
anterior, idade gestacional de 36 semanas e 5 dias. Antecedentes pessoais:
hipertensão arterial em uso de metildopa 1,5g por dia. Exame físico: bom estado
geral, corada, hidratada. Sinais vitais: pressão arterial 130 x 90 mmHg, frequência
cardíaca 98 bpm. Abdômen: gravídico, altura uterina 33cm, batimentos cardíacos
fetais 136bpm, dinâmica uterina ausente, tônus uterino normal. Exame
ginecológico: especular sem alterações; toque vaginal: colo impérvio. Devido à
queixa de parada de movimentos fetais, foi solicitada cardiotocografia. Qual a
categoria e conduta frente ao observado?

categoria 1 -

correção P1 - orientações e continuar o pré-natal.


Mulher de 26 anos, vem ao pronto socorro de obstetrícia. Refere dor em baixo
ventre de forte intensidade acompanhado de sangramento vaginal discreto.
Secundigesta com um parto vaginal anterior. Refere atraso menstrual de 3
meses, vida sexual ativa e sem uso de contraceptivo. Relata anteriormente ciclo
menstrual regular. Exame físico: regular estado geral, descorada 3+/+4, acianótica.
Sinais vitais: pressão arterial 80 x 60 mmHg, pulso 146 bpm. Abdômen: plano, RHA
ausentes, doloroso a palpação superficial e profunda, DB positivo. Exame
ginecológico: especular: saída de pequena quantidade de sangue proveniente
de orifício externo do colo; toque colo impérvio, útero de difícil avaliação
devido a dor, principalmente em fundo de saco. O diagnóstico e a conduta
correta são:

● gestação ectópica rota, laparotomia exploradora.

Mulher de 22 anos chega ao pronto socorro de obstetrícia, relata estar há 3 dias


com perda de líquido via vaginal, hoje com 32 semanas de gestação. Refere
diminuição de movimentos fetais. Exame físico: regular estado geral, descorada
++/4, anictérica, acianótica. Sinais vitais: pressão arterial 90 x 70 mmHg, frequência
cardíaca materna 118 bpm, frequência respiratória 20IR/min, temperatura axilar
38˚C. ACV e respiratório sem alterações. Abdômen: gravídico, altura uterina 29
cm, dinâmica uterina presente e fraca, batimentos cardíacos fetais 170 bpm, tônus
uterino normal. Exame ginecológico: especular: presença de líquido amarelado,
espesso provenientes de orifício externo de colo; toque colo previo para 2cm,
apresentação cefálica. Frente ao descrito qual o diagnóstico e a conduta?

● Coriamnionite, antibiótico e interrupção da gestação via vaginal.

Mulher 26 anos, vem ao pronto socorro de obstetrícia. Refere perda de sangue


via vaginal há um dia acompanhada de dor em baixo ventre. Secundigesta
com um parto vaginal anterior, atualmente com 10 semanas de gestação
calculado pela data da última menstruação, apresentava anteriormente ciclos
regulares. Refere ter não ter iniciado pré-natal. Exame físico: regular estado geral,
descorada 2+/+4, eupneica, acianótica. Sinais vitais: pressão arterial 160/110 mmHg,
pulso 120 bpm. Abdômen: plano, RHA presentes, flácido, indolor à palpação
superficial, DB negativo, útero palpável 10 cm acima da sínfise púbica, batimentos
cardíacos fetais não audíveis ao exame físico. Exame ginecológico: especular:
saída de coágulos e sangue proveniente de orifício externo do colo; toque
colo impérvio. Frente ao descrito, qual o diagnóstico mais provável e conduta?

● gestação molar, esvaziamento uterino.

Exame ginecológico: especular: presença de líquido claro com grumos finos


provenientes de orifício externo de colo; toque não realizado. Qual o diagnóstico
e a conduta?

● amniorrexe prematura, conduta expectante.


DM gestacional
● Distúrbios metabólicos caracterizados por hiperglicemia consequente à
deficiência insulínica.
● Diabetes Gestacional: quando faz o diagnóstico já na gestação, e a paciente
não tinha diabetes antes.
● O diabetes causa gestação com bebês macrossômicos → o feto que pesa
mais do que 4 kg
○ A criança não é diabética, então se aumentar a glicemia do feto ele
vai responder com aumento de insulina → hiperinsulinemia →
insulina é um hormônio anabólico → faz o bebê crescer
● Diagnóstico:

● Esse número precisamos decorar (do HAPO) → 75g (92 → 180 → 153) teste oral
da glicose.
● 1 ponto alterado já é diagnóstico de DM
● Diabetes Gestacional
○ GJ ≥ 92 mg/dl e ≤ 125 mg/dl
○ Pelo menos 1 valor do TTOG 75g alterado
○ Jejum: ≥ 92 mg/dl
○ 1h: ≥ 180 mg/dl
○ 2h: ≥ 153 mg/dl e ≤ 199 mg/dl
● Tratamento: mudança do estilo de vida, controle do peso, controle de
dislipidemia, Antecipação do parto: via obstétrica. Se tiver intercorrência faz
cesárea.
● Se a glicemia da gestante estiver alta em jejum → insulina NPH
● Se a glicemia pós prandial estiver alta → insulina regular

Mulher, 27 anos, comparece à consulta de pré natal na UBS. Gestante de 29


semanas e 4 dias e sem queixas. Primigesta no momento sem queixas. Traz
exames laboratoriais solicitados na última consulta: Toxoplasmose IgG reagente,
IgM não reagente; HIV não reagente; VDRL não reagente; TTOG 88/183/151
mg/dL; HbsAg não reagente; Hb/Ht: 11/36; Urocultura negativa. Exame físico: Bom
estado geral, ativa, contactante, eupneica, hidratada. Sinais vitais: pressão arterial
100/70mmHg, frequência cardíaca 78bpm. ACV e respiratório sem alterações.
Abdômen: gravídico, altura uterina 31cm, batimentos cardíacos fetais 136bpm,
dinâmica uterina ausente, tônus uterino normal. Exame ginecológico não
realizado.

● Diagnóstico: DM gestacional - Porque no teste oral de glicose o ideal seria


estar no padrão de 92/180/153.
● Conduta: dieta e exercício físico

Sangramentos 1ª Metade da Gestação


● Abortos, gravidez ectópica e mola.

Abortamento
● Abortamento: Perda de conceptos até 20 semanas completas, 500g ou
16,5cm desde que tenha feto.
● Se perder mais do que 20 semanas → Parto Prematuro. Antes de 20
semanas → aborto.

Tipos de Abortos:

● Ameaça de aborto: sangramento


● Aborto retido → colo fechado → quando não tem expulsão do concepto até
30 dias (4 semanas) após a morte dele.
● Aborto Completo: quando sai tudo
○ Se o colo está fechado → faz US.
○ Curetagem se o colo estiver aberto.
● Aborto Incompleto: quando não sai tudo
○ Conduta: Internação e medidas gerais (hidratação, oxigênio,
analésico e oxitocina intra-venosa)
○ Depois da internação → Curetagem
● Aborto infectado: tem sinais de infecção

Aborto Evitável

● O Colo uterino tem que estar fechado (impérvio) para para ser um aborto
evitável.
● Sangramento uterino antes das 20 semanas
● Conduta: Repouso, abstinência sexual, analgesicos, buscopan composto e
progesterona.

Aborto Inevitável

● Sangramento uterino acompanhado de cólicas ou sensação de pressão


pélvica
● Colo prévio - Colo uterino dilatado e pode ser visto restos ovulares ou
mesmo o embrião.
● Completo: eliminado todo conteúdo uterino
● Incompleto quando não é eliminado todo conteúdo uterino. (percebemos
coágulos no sangramento e conteúdo ainda intra-uterino
● Tratamento:
○ Correção de volemia, uso de ocitocina ev nos casos que precisa
eliminar conteúdo uterino
○ Esvaziamento Uterino quando o aborto é incompleto (Curetagem)
○ Antibioticoterapia se tiver sinais de infecção

Gravidez ectópica
● Gravidez em que o embrião implanta e desenvolve fora da cavidade uterina
● Pode ser no útero sem ser na cavidade uterina (ex: corno do útero, cervical).
● 90 - 95% dos casos é na tuba uterina
● Sinais clínicos: atraso menstrual, dor abdominal, sangramento genital,
toque com dor discreta na palpação do anexo
● Diagnóstico: Pensar sempre quando tiver dor abdominal → suspeitar de
gravidez ectópica → pedir bHCG e USG transvaginal.
● Tratamento:
○ Cirúrgico radical ou conservador → Quando a gestação está com
sinais vitais instáveis ou hemoperitônio; Gravidez ectópica avançada
○ Tratamento medicamentoso → Fármaco Metotrexato
○ Conduta expectante

Mola
● Mola completa: Feto, cordão e membranas sempre ausentes → mais
intensa
● Mola parcial: Um feto + uma mola.
● Diagnóstico Clínico:
○ Amenorreia
○ Ausência de mov. fetais
○ Hemorragias e sangramentos indolores, intercalados com
corrimento branco, amarelado de odor intenso,
○ Útero num volume maior que o esperado
● Tratamento: Esvaziamento uterino (AMIU, aspiração, CTG), Histerectomia.

Sangramentos 2ª Metade da Gestação


● Após 20 semanas.
● Causas de Sangramento: Placenta prévia, Descolamento prematuro de
placenta, Rotura Uterina e Rotura de vasa prévia.

Descolamento Prematuro da Placenta


● Separação súbito/imprevisto da placenta com o corpo uterino, que implica
em sangramento uterino e reduz o aporte sanguíneo de nutrientes e
oxigênio ao feto
● Grau 0 (assintomático): é assintomático, o diagnóstico é confirmado pelo
exame histopatológico da placenta que revela hematoma
● Grau I (leve): há sangramento vaginal discreto, sem hipertonia uterina
significativa e a paciente não refere dor.
● Grau II (intermediário): Caracteriza-se por sangramento vaginal moderado
e contrações tetânicas (hipertonia uterina), dor abdominal, taquicardia
materna e alterações posturais da pressão arterial.
● Grau III (grave): sangramento vaginal importante com hipertonia uterina
materna e óbito fetal.
● Quadro clínico: sangramento vaginal escuro
● Conduta: parto induzido ou cesárea.
● Feto morto: gestante estável faz parto vaginal, gestante instável faz cesárea

Placenta Prévia
● Implantação total ou parcial de qualquer parte da placenta no segmento
inferior do útero após 28 semanas de gestação
● Sangue vivo, sem outros sintomas associados, sem nenhum motivo, de
início súbito e pode ser reincidente.
● Conduta:
○ Placenta Prévia Total: sempre cesárea
○ Placenta Prévia Parcial: cesariana
○ Placenta Prévia Marginal: parto vaginal é permitido (atentar-se a
quantidade de sangramento)

Rotura Uterina
● Consiste no rompimento parcial ou total do miométrio durante a gravidez
ou no momento do parto
● Quadro Clínico: Quadro de abdome agudo grave, Intensa dor, Hemorragia,
Irritação peritoneal, Pode evoluir para choque hipovolêmico, Alteração da
vitalidade fetal.
● Conduta: Estabilização hemodinâmica, Cirurgia.

Rotura de Vasa Prévia


● Os vasos do cordão umbilical estão passando em frente ao óstio interno do
colo uterino, aí como que faz pra esse bebe passar a cabeça por lá sem
romper esses vasos e causar hemorragia?
● Quadro Clínico: Hemorragia no final da gravidez ou durante o trabalho de
parto
● Cesárea
Distúrbios Hipertensivos na Gestação
● Pré-eclâmpsia: hipertensão e proteinúria que surgem após 20 semanas de
gestação em gestantes que antes eram normais.
○ Pré-eclâmpsia tem a liberação de substâncias vasoconstritoras →
restrição de crescimento do feto
○ Mas não causa vasoconstrição apenas das arteríolas do útero, causa
do corpo inteiro → por isso, causa hipertensão na mãe
○ Pré-eclâmpsia = não destruição da camada média das arteríolas
espiraladas uterinas + liberação de substâncias vasoconstritoras
(sistêmicas)
○ Hipertensão: PAS > ou igual a 140 ou PAD > ou igual 90 em duas
aferições espaçadas, pelo menos 4 horas ○
■ Como as grávidas tendem a ter a pressão mais baixa, um
pouco acima dos valores de referências para não grávidas, já é
diagnóstico de pré-eclâmpsia
■ Proteinúria: ○ Presença de 300 mg ou mais de proteína na
urina de 24h/proteína (+1) ou acima em teste de fita
○ Tríade Diagnóstica = Hipertensão + Edema + Proteinúria
○ Interrompe a gestação só em casos graves.
○ Profilaxia da convulsão: Sulfato de Magnésio → Antídoto do Sulfato de
Magnésio: Gluconato de Cálcio

● Eclampsia: quando ocorre crises convulsivas generalizadas, seguidas ou


não de coma, em uma paciente com pré-eclâmpsia. Pode aparecer antes,
durante ou após o parto
○ A eclâmpsia é uma evolução da pré-eclâmpsia
○ Acontece vasoconstrição de todas as artérias do organismos → Se
ocorrer vasoconstrição nos vasos do cérebro vai promover hipóxia →
cérebro fica edemaciado → Convulsões
○ A pré-eclâmpsia se transforma em eclâmpsia quando convulsiona
○ Quando chega em eclâmpsia, não há outra forma a não ser
interromper a gestação, independentemente da idade gestacional
(porque o problema começou na placenta, então tem que tirar a
placenta)
○ Quadro clínico: crescimento fetal inadequado, proteinúria e edema
(lesão renal).
○ Hidralazina parenteral e sulfato de Magnésio conforme rotina da
Pré-Eclâmpsia Grave.
○ Interromper a gestação 4 horas depois de estabilizado o quadro
clínico, em qualquer idade gestacional.

● SÍNDROME HELLP
○ Hemólise, Elevação Enzimas Hepáticas, Baixa contagem de
plaquetas
○ É uma complicação grave da pré-eclâmpsia
○ Se essa vasoconstrição for no fígado → Isquemia hepática por má
perfusão (a isquemia começa nos espaços periportais) → o fígado
entra em falência → necrose → Ruptura hepática
○ Conduta: internar a paciente grávida

● Hipertensão gestacional: hipertensão (em geral leve) que se desenvolve na


parte final da gestação, sem proteinúria e que retorna aos níveis normais
dentro das primeiras 12 semanas de puerpério.
● Hipertensão agravada pela gravidez: hipertensão essencial crônica
preexistente que se agrava na gestação, após 20 semanas, acompanhada
de proteinúria

Mulher, 32 anos, vem ao pronto-socorro obstétrico. Refere edema de membros


inferiores há três dias. Secundigesta um parto normal anterior, idade gestacional
de 36 semanas e 5 dias. Refere pré-natal sem intercorrências até o momento.
Exame físico: bom estado geral, corada, hidratada. Sinais vitais: pressão arterial
170/110 mmHg, frequência cardíaca 98 bpm. Abdômen: gravídico, altura uterina
33cm, batimentos cardíacos fetais 136bpm, dinâmica uterina ausente, tônus
uterino normal. Exame ginecológico: especular sem alterações; toque vaginal:
colo impérvio.

● Pré-eclâmpsia grave ou com deterioração clínica


● Conduta: Sulfato de magnésio e Indução do parto.

SÍFILIS
● Doença transmitida por contato sexual
● Sífilis adquirida, sífilis na gestante, sífilis congênita
● Bactéria espiroqueta → Treponema pallidum

Recente < 1 ano

● Sífilis primária: Formação do Cancro duro → lesão única, indolor, que tem a
borda bem delimitada, base endurecida e fundo limpo e não dói, não tem
sinais flogísticos.
○ Some sozinha (3 - 8 semanas). Se tratar, some mais rápido.
○ Altamente infectivas
○ Período de incubação = exposição, infecção, tempo para manifestar
sintoma.
○ Janela Imunológica = exposição, infecção e tempo para aparecer
anticorpos.

● Sífilis secundária:
○ Aparece de 6 semanas a 6 meses depois da resolução do cancro
duro
○ Doenças exantemáticas agudas ou síndromes mono like
○ Síndrome Mono-like = conjunto de sintomas → faringite,
linfonodomegalia e mal estar geral (febre)
○ Rash Cutâneo → erupção cutânea, maculopapular, eritematosa, em
ambos os membros, pode pegar face, e principalmente em palmas e
plantas dos pés.
○ Alopecia e madarose
○ Sífilis secundária se não tratar → sífilis latente.

● Sífilis latente:
○ Esses casos, em até 25%, podem dar um quadro de novos episódios
de sífilis secundária (que passa sozinho).
○ Esses novos episódios tendem a ser menos sintomáticos (mais
fracos)
○ Depois de 1 ano, 2 anos - para reativar o secundarismo.

● Sífilis terciária:
○ É uma doença órgão-específica
○ A sífilis terciária acontece quando o paciente não é tratado
○ Não melhora espontaneamente → doença que dá sequelas
progressivas e destrutivas
○ Manifesta 2-40 anos após infecção primária
○ Principais órgãos:
■ Cardiovascular - aorta torácica
■ Sistema Nervoso Central (principal) → Lesão no corno posterior
da medula → tabes dorsalis (degeneração dos neurônios do
corno posterior da medula responsáveis pela informação
sensorial)
■ Pele (Goma Cutânea)
○ Manifestações Terciárias
■ Cutâneas: goma sifilítica
■ Aneurisma de aorta → pode ocorrer dissecção de aorta ou
insuficiência de válvula aórtica
■ Alterações neurológicas → pode dar goma sifilítica no cérebro
● Avaliação: Testar outras IST → HIV (anti-HIV), hepatite B, C e A (HBV, HCV,
HAV) → Muito importante para diagnosticar, imunizar ou tratar essas outras
IST’s
● Diagnóstico:
○ A primeira sorologia a vir positiva é o teste treponêmico → cerca de 7
dias após o cancro duro
○ O segundo teste que vem positivo é o teste não treponêmico →
detectam anticorpos não específicos do treponema → é quantitativo
→ titulação (mas não infere tempo de infecção ou gravidade)
● Treponêmicos: teste rápido, teste treponêmico (identifica o treponema)
● Não treponêmicos:
○ VDRL (Mostra atividade da doença)
○ Titulações: Geralmente vai até 1:1024 (a partir disso o laboratório só
coloca maior que 1:1024) → Isso significa que quanto maior a titulação
(mais diluída dando reagente) mais anticorpos têm.
● 3 situações de falso negativo no não treponêmico: janela imunológica,
sífilis muito tardia e fenômeno de prozona (anticorpos atrapalham a
reação de aglutinação).
● Diagnóstico de Neurossífilis: VDRL positivo no líquor + Alterações de
celularidade (> 10 células)

Tratamento

● Sífilis recente (primária, secundária ou latente recente) é igual →


Benzilpenicilina Benzatina (Benzetacil)
● Doxiciclina quando tem contraindicação da Benzetacil IM
● O Tratamento é imediato → apenas com Teste Treponêmico.
● Tratamento Neurossífilis: Penicilina Cristalina → Única que atravessa
barreira hematoencefálica.

Clamídia e gonorreia em mulheres


● É um diagnóstico muito difícil - nem sempre é um corrimento. Mas pode
aparecer um pouco de secreção do colo no especular.
● Pode confundir com corrimento não patológico.
● Existem testes imunológicos específicos, mas que nem sempre estão
disponíveis
● Tratamento: ciprofloxacino e azitromicina

Incontinência Urinária
● Incontinência Urinária = perda involuntária de urina
● Incontinência de esforço: quando é submetida a esforço a pessoa perde
urina → tosse, espirro, fazer força
● Incontinência relacionada à urgência → A pessoa sai correndo porque se
não faz xixi na roupa → muito comum no climatério
● Tem pessoas que têm incontinência mista → urgeincontinência
● Incontinência urinária contínua → Lesão da bexiga por fístula (traumas, CA
de bexiga, cirurgias..)
● Prolapso: Descida, queda ou saída de órgãos da sua posição normal.
● Diagnóstico: Estudo Urodinâmico Computadorizado = Padrão ouro
● Tratamento clínico (conservador): medicamentoso e fisioterapia
(reabilitação perineal). Ter bons hábitos.
● Cirurgia: rede - material sintético que suspende
● Injeção de silicone periuretral - para fechar o esfíncter uretral
● Laser Vaginal - está sendo muito usado agora
DOENÇA INFLAMATÓRIA PÉLVICA (DIP)
● É uma consequência da vulvovaginite
● É uma doença que causa inflamação dos órgãos pélvicos
● trichomonas, neisseria ou clamídia, que não foi vista ou não foi tratada →
inflamação da trompa (salpingite) = doença inflamatória pélvica - trompa
estará hiperemiada, edemaciada e com dor.
● Via da infecção: cervicite → endometrite → salpingite/ooforite/ATO →
peritonite
● O que ela realmente precisa ter para eu saber clinicamente que ela está
com DIP: critério maior → dor em baixo ventre espontânea, dor à
palpação anexial, dor à mobilização cervical → faço exame especular:
pode ou não ter corrimento
● USG = para avaliar se tem abscesso no tubo ovariano → se tiver abcesso tem
que drenar e dar antibiótico.
● Se internou e não melhorou: tem que abrir pra ver se tem peritonite, sepse
● Se tiver DIPS de repetição: RM ou TC para ver se tem algo que não vemos
no USG
● Se souber que é por aderências → laparoscopia
● Tratamento:
○ Se for salpingite: casa com antibiótico VO
○ Se não melhorar = interna
● Se avaliou clinicamente, pediu US e veio com abcesso → interna: 4-5h de
antibiótico EV = laparoscopia para retirar o abcesso.
● Se tiver 48h de antibiótico em não e não melhorou → interna – antibiótico
EV por 48h → se melhorar: VO em casa.

Questões

Mulher 28 anos chega ao 6/6 pronto-socorro de obstetrícia. Refere dor em baixo


ventre há 3 horas. Abdômen: gravídico, altura uterina 31 cm, batimentos
cardíacos fetais 136bpm, tônus uterino normal, dinâmica uterina presente uma
contração de 35 segundos de moderada intensidade em 10 minutos. Exame
ginecológico: especular sem alterações; toque: colo médio, medianizado, pérvio
para 1 cm, bolsa íntegra, apresentação cefálica. Qual o principal diagnóstico e
conduta?

● Trabalho de parto prematuro, tocolítico e corticoide.

Mulher 28 anos chega ao pronto-socorro de obstetrícia. Refere sangramento


vaginal há 30 minutos em moderada quantidade. Secundigesta com uma parto
cesárea anterior. Idade gestacional 32 semanas. Refere estar fazendo pré-natal de
forma irregular e também já ter apresentado quadro semelhante anteriormente.
Exame físico: bom estado geral, ativa, contactuante, descorada +/4. Sinais vitais:
pressão arterial 110/70mmHg, frequência cardíaca 88bpm. ACV e respiratório sem
alterações. Abdômen: gravídico, altura uterina 31 cm, batimentos cardíacos fetais
136bpm, tônus uterino normal, dinâmica uterina ausente. Exame ginecológico:
especular sangramento vermelho vivo proveniente de orifício externo do colo.
Qual o principal diagnóstico e conduta?

● Placenta prévia, USG transvaginal

Mulher, 32 anos, vem ao pronto socorro de obstetrícia. Primigesta, idade


gestacional de 10 semanas. Queixa-se de dor abdominal tipo cólica, iniciada hoje,
acompanhada de sangramento vaginal moderado. Ainda não iniciou o pré-natal.
Exame físico: bom estado geral, descorada +/4, hidratada. Sinais vitais: pressão
arterial 100/70 mmHg, frequência cardíaca 88bpm. ACV e respiratório sem
alterações. Abdômen: sem alterações. Exame ginecológico; especular:
sangramento em moderada quantidade proveniente de orifício externo do
colo; toque: colo grosso, posterior, pérvio para uma polpa, útero aumentado
para aproximadamente para 9 semanas. Qual é o diagnóstico mais provável?

● Abortamento inevitável.

Mulher, 32 anos, vem ao 6/6 pronto-socorro obstétrico. Apresenta queixa de


parada de movimentos fetais há 2 dias. Secundigesta um parto normal anterior,
idade gestacional de 26 semanas e 5 dias, refere ter realizado três consultas de
prénatal. Antecedentes pessoais: hipertensão arterial em uso de metildopa 1,5g
por dia. Exame físico: bom estado geral, corada, hidratada. Sinais vitais: pressão
arterial 120 x 70 mmHg, frequência cardíaca 98 bpm. Abdômen: gravídico, altura
uterina 25cm, batimentos cardíacos fetais não audíveis, dinâmica uterina
ausente, tônus uterino normal. Exame ginecológico: especular sem alterações;
toque vaginal: colo impérvio. Realizada USG Obstétrica que revela gestação de 29
sem, com ausência de batimentos cardíacos fetais. Diante desta situação
clínica o diagnóstico correto e a conduta adequada será:

● Óbito fetal intra-útero e pode-se aguardar até 4 semanas para resolução.

Mulher, 32 anos, vem ao pronto- 6/6 socorro de obstetrícia. Primigesta, idade


gestacional de 36 semanas. Queixa-se de dor abdominal súbita, intensa, 8/10,
iniciada há 45 minutos, acompanhada de sangramento vaginal discreto e
parada da movimentação fetal. Refere ter iniciado uso de metildopa há uma
semana, prescrito pelo médico do pré-natal. Exame físico, regular estado geral,
descorada 3+/4+, hidratada. Sinais vitais: pressão arterial 100/50 mmHg, frequência
cardíaca 98bpm. ACV e respiratório sem alterações. Abdômen: gravídico, altura
uterina 34 cm, tônus aumentado, batimentos cardíacos fetais 90bpm, com
ausência de movimentos fetais. Exame ginecológico; especular: sangramento
escurecido em pequena quantidade proveniente de orifício externo do colo;
toque: colo grosso, posterior, pérvio para uma polpa. Qual é o diagnóstico mais
provável e qual deverá ser a conduta adotada:

● Descolamento prematuro de placenta e parto cesáreo.

Mulher 28 anos chega ao 6/6 pronto-socorro de obstetrícia. Refere perda de


líquido vaginal há 30 minutos em moderada quantidade. Secundigesta com
uma parto normal anterior. Idade gestacional 30 semanas. Refere estar fazendo
pré-natal até o momento sem intercorrências. Exame físico: bom estado geral,
ativa, contactuante, descorada +/4. Sinais vitais: pressão arterial 110/70mmHg,
frequência cardíaca 88bpm, temperatura axilar 36,5˚C. ACV e respiratório sem
alterações. Abdômen: gravídico, altura uterina 31 cm, batimentos cardíacos fetais
136bpm, tônus uterino normal, dinâmica uterina ausente. Exame ginecológico:
especular líquido claro proveniente de orifício externo do colo. Qual o principal
diagnóstico e conduta?

● Amniorrexe prematura pré-termo, corticoide e conduta expectante.

Correção P3

A mulher de 52 anos vem em consulta na UBS. Refere há 2 anos quadro de


insônia e fogachos intensos. Antecedentes pessoais refere histerectomia total
por leiomioma há 6 anos, Nega doenças crônicas e antecedentes familiares. Traz
exames solicitados na consulta anterior: mamografia BIRADS 2, densitometria
óssea: coluna lombar T-score de –1,5 desvio-padrão e em colo de fêmur T-score
de –1,3 desvio-padrão. Frente ao descrito o plano terapêutico mais adequado é?

● Terapia estrogênica isolada e carbonato de cálcio associado à vitamina D

Mulher de 25 anos, chega ao pronto-socorro de ginecologia. Refere ter sido vítima


de violência sexual há 2 horas caracterizada por penetração vaginal com uso
de preservativo. Nega antecedentes patológicos, a última menstruação foi há 2
semanas e não faz uso de métodos contraceptivos hormonais. Exame físico:
regular estado geral, chorosa, corada, hidratada. Sinais vitais: pre 120x 80 mmHg,
frequência cardíaca 72 bpm, sem sinais de escoriações ou equimoses em
membros. ACV, respiratório e abdominal sem alterações. Exame ginecológico:
hiperemia e escoriações em região vulvar e vaginal; especular sem alterações.
Sobre as profilaxias a serem realizadas podemos afirmar:

● A profilaxia para clamídia e gonococo são recomendadas e são realizadas


com medicações e doses iguais às do tratamento para essas patologias.

Mulher de 22 anos procura o serviço de ginecologia na UBS. Sem queixas


ginecológicas no momento. Refere que o parceiro sexual está apresentando
secreção uretral acompanhada de dor no canal do pênis e para urinar e
fazendo tratamento para gonorreia. Nega uso de camisinha nas relações
sexuais. Tem vida sexual ativa, refere ter relações com o mesmo parceiro há 3
meses. Faz uso de contraceptivo oral. Nega febre. Antecedentes pessoais nega.
Menarca aos 13 anos. Refere ciclos menstruais regulares em intervalo, duração e
fluxo. Exame físico: bom estado geral, corada, hidratada, anictérica, afebril. Sinais
vitais: pressão arterial 110/75 mmHg, frequência cardíaca 80 bpm. Restante do
exame físico geral e ginecológico sem alterações. Frente ao descrito, qual conduta
mais adequada?

● Deve tratar como gonorreia sem confirmar diagnóstico

Mulher de 26 anos, procura a UBS para consulta de rotina. Realizou pela primeira
vez, a citologia oncológica na consulta anterior e veio para o resultado. Ela tem
vida sexual ativa há 5 anos e teve 3 parceiros sexuais nesse período. Nega
antecedentes pessoais de outras doenças e cirurgias. Exame físico: bom estado
geral, ativa, contactuante, eupneica. Sinais vitais: pressão arterial 100/70mmHg,
frequência cardíaca 78bpm, frequência respirtória 14IR/min. ACV e respiratório
sem alterações. Abdômen: plano, RHA presentes, ausência de VCM, indolor a
palpação superficial e profunda, DB negativo. Exame ginecológico sem alterações.
O resultado da citologia revela a presença de lesão intraepitelial escamosa de
alto grau. Qual a conduta preconizada?

● Realizar colposcopia e biópsia dirigida.

Mulher de 62 anos, vem em consulta ginecológica na UBS. Refere perda de urina


ao tossir e espirrar há 6 meses. Nega outros sintomas urinários. Paciente refere
ainda que o volume perdido é pequeno, mas atrapalha sua vida social. Exame
físico: bom estado geral, corada, hidratada, acianótica, anictérica. IMC 30 Kg/m2.
Sinais vitais: pressão arterial 140/80 mmHg, frequência cardíaca 81 bpm,
frequência respiratória 15 IR/min. ACV, respiratório e abdominal sem alterações.
Exame ginecológico = Atrofia genital leve, sem sinais de distopia. Já realizou
exames de urina (urina 1 e urocultura) com resultado negativo. Qual principal
hipótese diagnóstica e conduta inicial?

● Incontinência urinária de esforço. Fisioterapia e Mudanças de estilo de vida


→ fazer atividade física para fortalecer o assoalho pélvico

Mulher de 17 anos, vem à UBS para consulta de rotina. Quer iniciar vida sexual e
pretende usar como método contraceptivo, anticoncepcionais orais combinado. A
paciente quer saber como age a pílula. Considere os mecanismos de ação para
marcar (V), se verdadeiro ou (F), se falso nas seguintes situações: (V) Bloqueio da
ovulação. (F) Proliferação endometrial. (F) Aumento da aflição do muco cervical.
(V )Modificação da contratilidade tubária. A sequência CORRETA é

● V,F, F, V

Mulher, 28 anos, procura o pronto-socorro de ginecologia. Refere ferida no lábio


da vagina, que apareceu há 1 semana, nega febre e nega episódios anteriores.
Nega uso de camisinha nas relações sexuais. Faz uso de contraceptivo oral. Nega
febre. Antecedentes pessoais: nega. Menarca aos 13 anos. Exame físico: bom
estado geral, corada, hidratada, anictérica, afebril. Sinais vitais: pressão arterial
100/70mmHg, frequência cardíaca 78bpm, frequência respirtória 14IR/min. ACV e
respiratório sem alterações. Abdômen: plano, RHA presentes, ausência de VCM,
indolor a palpação superficial e profunda, DB negativo. Exame ginecológico:
inspeção: lesão ulcerada na vulva, indolor, de bordas salientes e endurecidas,
base avermelhada não purulenta; palpação linfonodomegalia inguinal
discreta homolateral; especular: conteúdo vaginal normal, sem lesões em colo e
paredes vaginais; toque vaginal: colo uterino de consistência normal e útero em
anteversoflexão móvel de características normais, anexos não palpáveis. O
diagnóstico mais provável e seu agente etiológico são, respectivamente:

● Sífilis - Cancro duro; Treponema pallidum.


Mulher de 18 anos , vem em consulta ginecológica na UBS. Tem queixas de
cólicas menstruais de forte intensidade, que a impossibilitam de realizar suas
atividades normais, refere que os sintomas iniciaram-se logo após a menarca e
são acompanhados de náuseas e cefaléia. Os exames físico e ginecológico são
normais. Frente a principal hipótese diagnóstica, qual a conduta mais adequada?

● Inibidores de prostaglandinas.

Jovem, sexo feminino, 16 anos, vem à consulta na UBS. Refere que as colegas da
mesma idade, todas já tiveram a menstruação e ela ainda não. Nega
tabagismo, uso de drogas. Desenvolvimento escolar normal. Nega relações
sexuais. Nega comorbidades. Antecedentes familiares: pais saudáveis. Ao exame
físico: bom estado geral, ativa, contactuante. Altura de 165 cm, 53 Kg. Sinais vitais:
pressão arterial 110/70 mmHg, pulso 80 bpm. ACV e respiratório sem alterações.
Abdômen: plano, RHA presentes, flácido, indolor à palpação superficial e
profunda, DB negativo. Exame ginecológico: mamas: aréola e papila formam
montículo secundário (M4 de Tunner); inspeção vulvar: pêlos pubianos com
formação igual à de adulto (P4 de Tunner); especular e toque não realizados. Qual
a hipótese diagnóstica mais adequada?

● Evolução puberal normal, aguardar menarca.

Mulher 25 anos, chega ao pronto-socorro de ginecologia. Refere ter sido vítima de


violência sexual há 2 horas caracterizada por penetração vaginal com uso de
preservativo. Nega antecedentes patológicos, a última menstruação foi há 2
semanas e não faz uso de métodos contraceptivos hormonais. Exame físico:
regular estado geral, chorosa, corada, hidratada. Sinais vitais: pre 120x 80 mmHg,
frequência cardíaca 72 bpm, sem sinais de escoriações ou equimoses em
membros. ACV, respiratório e abdominal sem alterações. Frente ao descrito qual
seria a próxima conduta?

● Realizar o exame ginecológico para avaliação de lesões genitais.

Mulher 50 anos vem em consulta ginecológica de rotina.Nega queixas e


antecedentes pessoais. Antecedentes familiares nega. Exame físico: bom estado
geral, corada, hidratada, acianótica, anictérica. Sinais vitais: pressão arterial 120/60
mmHg, frequência cardíaca 80 bpm, frequência respiratória 15 IR/min. ACV,
respiratório e abdominal sem alterações. Exame ginecológico: mamas: mama
direita com nódulo endurecido e pouco móvel de 3cm em QSL, mama
esquerda e axilas sem alterações; restante do exame físico sem alterações. Foi
solicitado mamografia na qual observou-se a imagem em anexo.

● BIRADS 5 - Biópsia ou core biopsy


Mulher de 30 anos, vem ao pronto-socorro de ginecologia. Apresenta queixa de
ferida no lábio da vagina, que apareceu há 1 semana, nega dor e secreção.
Solteira, vida sexual ativa, nega o uso de camisinha nas relações sexuais e nega
antecedentes de DST. Teve relação única durante uma viagem ao exterior há 20
dias. Faz uso de contraceptivo oral. Nega febre. Menarca aos 12 anos. Refere ciclos
menstruais regulares em intervalo, duração e fluxo. Ao exame físico geral: bom
estado geral, corada, hidratada, anictérica, afebril. Sinais vitais: pressão arterial
110/75 mmHg, frequência cardíaca 80 bpm. ACV, respiratório e abdominal sem
alterações. Exame ginecológico: inspeção (vide imagem abaixo); especular e
toque sem alterações.

● Cancro duro. Sífilis primária → Penicilina benzatina

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