● Caracterizado pela replicação desordenada ● Dependendo do tamanho e localização
do epitélio de revestimento do órgão, anatômica, as lesões podem ser dolorosas, comprometendo o tecido subjacente friáveis e/ou pruriginosas (estroma) + possibilidade de invasão ● Lesões precursoras: assintomáticas → ● Tipos histológicos detecção pela realização periódica do ○ Escamoso: 75% – subtipo HPV 16 exame citopatológico e confirmadas pela ○ Adenocarcinoma: 25% – subtipo HPV colposcopia + histopatológico 18 ● CA de colo uterino: sintomas em caso ● Terceiro CA mais comum no sexo feminino avançados → sangramento vaginal (após ○ Análise regional: maior incidência na sexo ou espontâneo), leucorreia e dor região Norte (24/100 mil mulheres); pélvica região Centro-Oeste e Nordeste ocupam ○ No exame especular, pode haver a segunda posição sangramento, tumoração, ulceração e ■ Quanto à mortalidade, o Norte é necrose no colo mais prevalente também ○ O toque vaginal pode mostrar alterações ● História natural da doença: a infecção na forma, tamanho e consistência pelo HPV é causa necessária (mas não suficiente) para o desenvolvimento do Prevenção primária câncer do colo do útero ● Consiste em diminuir o risco de contágio ○ Tipos mais oncogênicos: 12 a 18 pelo HPV ■ Alto risco: subtipos 16 e 18 (70% ● Transmissão por via sexual: abrasões dos casos) microscópicas na mucosa ou na pele da ○ Lesões intraepiteliais de baixo grau: região anogenital não são precursoras e regridem ○ Prevenção: uso de camisinha espontaneamente ● Prevenção antes de iniciar a vida sexual: ○ Lesões intraepiteliais de alto grau: vacinação precursoras; mas a identificação e ○ Bivalente: subtipos 16 e 18 tratamento adequados possibilitam a ○ Quadrivalente: subtipos 6 e 11 (não prevenção da progressão para o oncogênicos) e subtipos 16 e 18 carcinoma cervical invasivo ■ Eficazes contra as lesões precursoras ○ A progressão das lesões ocorre de do câncer do colo do útero forma lenta (+/– 10 anos) Prevenção secundária ● Fatores de risco: HPV (mais comum e ● Detecção e diagnóstico precoce: pacientes prevenível); imunossupressão (HIV); com sinais e sintomas tabagismo; sexarca precoce e múltiplos ● Rastreamento: exame citopatológico parceiros; baixo nível socioeconômico; uso de ACs; multiparidade Rastreio de lesões precursoras ● Classificação: neoplasias intraepiteliais Manifestações clínicas cervicais (NIC) ● As lesões clínicas podem ser únicas ou ○ NIC I: displasia leve; NIC II: displasia múltiplas, de tamanho variável, planas ou moderada; NIC III: displasia exofíticas → condiloma acuminado, grave/carcinoma in situ verruga genital ou crista de galo ● Periodicidade: o exame deve ser feito ○ Localizações frequentes: vulva, períneo, anualmente; se dois resultados negativos região perianal, vagina e colo seguidos, o intervalo pode ser a cada 3 anos ○ População-alvo: mulheres > 25 anos químicos → inflamação sem com vida sexual ativa identificação do agente ○ Exame deve seguir até os 64 anos e ■ Achados comuns: ectopias, vaginites serem interrompidos quando, após essa e cervicites idade, houver pelo menos dois exames ■ Queixa de leucorreia → exame negativos consecutivos em 5 anos ginecológico ○ Mulheres > 64 anos e que nunca ○ Metaplasia escamosa imatura: realizam o exame, devem realizar dois apresentação do tipo reparativa exames no intervalo de 1 a 3 anos. Se ○ Resultado indicando reparação: ambos negativos, são dispensadas do decorrente de lesões da mucosa com rastreio exposição do estroma originado de Situações especiais patógenos inflamatórios ● GESTANTES: o rastreamento deve seguir ○ Resultado indicando atrofia com as recomendações de periodicidade e faixa inflamação: achado normal no período etária como para as demais mulheres, de climatério sendo que a procura ao serviço de saúde ■ Atenção ginecológica se associada para realização de pré-natal deve sempre com sintomas de secura vaginal e ser considerada uma oportunidade para o dispareunia rastreio ■ Dificuldade diagnóstica por atrofia: ○ A JEC está exteriorizada na ectocérvice, tratamento com estrogênio dispensando a coleta endocervical ○ Resultado indicando radiação: decorre ● PÓS-MENOPAUSA: sem história prévia do tratamento da radioterapia em CA de de lesões precursoras, apresentam baixo colo uterino (mencionar a realização na risco para desenvolvimento do CA de colo requisição) ● HISTERECTOMIZADAS: se for por ○ Resultado com achados condições benignas e sem história prévia, a microbiológicos: Lactobacillus sp., mulher pode ser excluída do rastreamento coco e bacilos → fazem parte da ● MULHER SEM HISTÓRIA SEXUAL: microbiota: achado normal podem ser desprezadas → risco muito ■ Caso haja sintomas, infecção latente baixo → avaliação ginecológica ● IMUNOSSUPRIMIDAS: intervalo semestral no primeiro ano após início da Exame citopatológico anormal vida sexual; se normais, manter ● Atipia de significado indeterminado: seguimento anual enquanto se mantiver o ○ Células escamosas → conduta: repetir fator de imunossupressão citologia 6m (≥ 30 anos) ou 12m (< 30 ○ HIV positivas com CD4 < 200 anos) → se permanece, colposcopia células/mm³: rastreio de 6/6 meses ○ Células glandulares → encaminhar para colposcopia Exame citopatológico normal ○ Origem indefinida → encaminhar para ● Dentro dos limites da normalidade do colposcopia material examinado → conduta: rotina de ● Atipias em células escamosas: rastreamento citológico ○ Lesão intraepitelial de baixo grau → ○ Alterações celulares epiteliais benignas conduta: repetir citologia 6m → se (reativa ou reparativa): agentes físicos e permanece, colposcopia ○ Lesão intraepitelial de alto grau → encaminhar para colposcopia ○ Carcinoma invasor → encaminhar para colposcopia ● Atipias em células glandulares: ○ Adenocarcinoma in situ → encaminhar para colposcopia ○ Adenocarcinoma invasor → encaminhar para colposcopia
Tratamento – conforme estadiamento
● 0 : excisão tipo 3 é diagnóstico/terapêutico ● IA1: padrão – histerectomia tipo 1; deseja gestar – excisão tipo 3 ● IA2: padrão – histerectomia tipo 2 (Piver II) + linfadenectomia pélvica ● IB 1 e 2: padrão – histerectomia tipo 3 (Wertheim-Meigs II) ● IB3/ IIA1: histerectomia tipo 3 ou quimiorradioterapia ● ≥ IIA2 e tumores ≥ 4 cm: quimiorradioterapia