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CÂNCER DE COLO DO ÚTERO

CÂNCER DE COLO DO ÚTERO


• É uma das mais graves ameaças à vida das
mulheres . Uma das formas mais eficazes de
se prevenir é por meio do rastreamento e
tratamento de lesões percussoras.
• O risco estimado é de 15,43 casos a cada 100
mil mulheres. (varia de acordo com a região
do Brasil, com maior incidência na Região
Norte e Nordeste).
CONCEITO
• Afecção (alteração patológica) progressiva
iniciada com transformações intraepiteliais
progressivas;
• Podem evoluir para um processo invasor no
período que varia de 10 a 20 anos.
• Lesões pré-invasivas (pré-malignas), que
levam muitos anos para se desenvolver
Neoplasia Intraepitelial Cervical (NIC).
FATORES DE RISCO
• Infecção pelo Pailomavírus Humano – HPV (principal fator de risco);
• Início precoce da atividade sexual;
• Multiplicidade de parceiros sexuais;
• Tabagismo;
• Baixa condição socioeconômica;
• Imunossupressão;
• Uso prolongado de contraceptivos orais
• Alcoolismo
• Obesidade
• Multiparidade
• Idade
• Existem outros fatores incertos relacionados a imunidade e genética.
Importante!!!
• 99% das mulheres com câncer do colo do
útero apresentam infecção por HPV. Os
principais tipos de HPV oncogênicos são 16 e
18, que correspondem a 70% dos casos.
PREVENÇÃO
• Prevenção primária: Relacionada a
diminuição do risco de contágio pelo HPV.
Vacina ;
Uso de preservativo;
Combate ao tabagismo.
• Prevenção secundária:
Diagnóstico Precoce;
Rastreamento.
VACINA CONTRA O HPV
• 0,5 ml, IM, 2 doses (0 e 6 meses);
• Quadrivalente (6, 11, 16 e 18);
• Meninas de 9 a 14 anos;
• Meninos de 11 a 14 anos;
• Pessoas com HIV/Aids e imunodeprimidos,
entre 9 e 26 anos. (3 doses/0, 2 e 6 meses).
MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS
• Doença de crescimento lento e silencioso;
• Existe uma fase pré-clínica, sem sintomas, com
transformações intra epiteliais progressivas importantes,
que a detecção de possíveis lesões precursoras é por meio
da realização periódica do exame preventivo do colo do
útero (citopatológico)
• Progride lentamente, por anos, antes de atingir o estágio
invasor da doença, quando a cura se torna mais difícil, se
não impossível, nessa fase, os principais sintomas são
sangramento vaginal (espontâneo, depois do coito ou de
esforço), leucorreia (corrimento), dor pélvica e queixas
urinárias ou intestinais nos caso mais avançados.
EXAME CITOPATOLÓGICO
≥ 25 anos, mulheres com até os 64 anos interrompidos, depois de
atividade sexua 64 anos, ≥ 2 negativos
consecutivos nos últimos 5
anos

depois de 2 exames intervalo entre os exames 3 anos


negativos com intervalo
anual

> 64 anos, nunca realizar 2 exames com se ambos forem negativos,


realizaram o exame intervalo de 1 a 3 anos são dispensadas
QUEM COLETA?
• Dentro da equipe de enfermagem a coleta do
citopatológico é privativa do enfermeiro.
Técnicos de enfermagem devidamente
treinados, em locais onde sejam necessários,
visando ampliar o acesso da população alvo
podem realizar a coleta.
COLETA DO MATERIAL
• A coleta da parte externa do colo do útero
(ectocérvice) é feita com uma espátula de madeira
chamada espátula de Ayres.
• A coleta da parte interna (endocérvice) é realizada
com a escova endocervical.
• COLETA EM GRÁVIDAS:
• Realizada em qualquer período, preferencialmente até
o 7° mês, utilizar a espátula de Ayres, não utilizar a
escova endocervical. (em getante com vínculo frágil
realizar coleta completa.)
COLO DO ÚTERO

Imagem: https://blog.paulatostes.com.br/wp-content/uploads/2020/10/anatomia-do-
utero.png
MATERIAL PARA COLETA

Fonte: Google fotos.


Fonte: Google fotos.
CUDADOS ANTES DO CITOPATOLÓGICO
• Evitar uso de lubrificantes, espermicidas ou medicamentos
vaginais por 48 horas antes da coleta, pois essas
substâncias recobrem os elementos celulares dificultando
a avaliação microscópica, prejudicando a qualidade da
amostra para o exame citopatológico;
• Evitar exame de USG vaginal nas 48 horas antes da coleta
devido ao conteúdo do gel para introduzir o transdutor;
• O exame não deve ser feito no período menstrual, pois a
presença de sangue pode prejudicar o diagnóstico
citopatológico. Deve-se aguardar o 5º dia após o término
da menstruação. Porém se for a única oportunidade deve
ser colhido e aplicar ácido acético.
O QUE COLETAR?
• Células da Junção Escamocolunar, também
conhecida como zona de transformação, que é
o encontro entre o epitélio colunar simples da
endocervice e o epitélio escamosos e
estratificado da ectocervice, a JEC é uma linha
que pode estar na ecto ou na endocervice a
depende da condição hormonal da mulher.
90% das lesões percusoras ou malignas do
colo do útero estão na JEC.
Referências
• BRASIL. Ministério da Saúde. Instituto Sírio-Libanês de Ensino e Pesquisa.
Protocolos da Atenção Básica: Saúde das Mulheres. Brasília: Ministério da
Saúde, 2016.
• BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento
de Atenção Básica. Controle dos cânceres do colo do útero e da mama. 2. ed.
Brasília/DF, 2013.
• BRASIL. Instituto Nacional de Câncer. Diretrizes brasileiras para o
rastreamento do câncer do colo do útero. Rio de Janeiro: INCA, 2011.
• BRASIL. Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva. Estimativa
2020: incidência de câncer no Brasil / Instituto Nacional de Câncer José
Alencar Gomes da Silva. – Rio de Janeiro : INCA, 2019.
• BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Instrução
Normativa Referente ao Calendário Nacional de Vacinação 2020. Brasília:
Ministério da Saúde, 2020.

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