Você está na página 1de 41

Disciplina de Saúde

da Mulher, da Criança
e do Adolescente.

Enfª Nayane Andrade


Câncer Ginecológico
Profª Enfª Nayane Andrade
Colo do Útero
• O útero é um órgão do aparelho reprodutor feminino que está
situado no abdome inferior, por trás da bexiga e na frente do reto
e é dividido em corpo e colo.
• Essa última parte é a porção inferior do útero e se localiza dentro
do canal vaginal.
• A parte externa é chamada de ECTOCÉRVICE e é revestida por um

tecido de várias camadas de células planas – Epitélio escamoso e

estratificado.

• A parte interna é chamada de canal cervical ou


ENDOCÉRVICE, que é revestido por uma camada
única de células cilíndricas produtoras de muco –
Epitélio colunar simples.
Entre esses dois epitélios, encontra-se a junção
escamocolunar (JEC), que é uma linha que pode estar
tanto na ectocérvice como na
endocérvice,dependendo da situação hormonal da
mulher.
CÂNCER DE COLO UTERINO
• É caracterizado pela replicação desordenada do epitélio de
revestimento do órgão, comprometendo o tecido subjacente
(estroma) e podendo invadir estruturas e órgãos contíguos ou a
distância.

• São alterações celulares que tem uma progressão gradativa e é por


isto que esta doença é curável quando descoberta no início.

• As células se modificam e se reproduzem progressivamente até


atingir totalmente o colo uterino. Daí então, as defesa do organismo
não conseguem “segurar” as células anormais e elas invadem
outros órgãos.
• O câncer do colo do útero está associado à infecção persistente por
subtipos oncogênicos do vírus HPV (Papilomavírus Humano),
especialmente o HPV-16 e o HPV-18, responsáveis por cerca de 70%
dos cânceres cervicais.

• Atualmente é aceito como um fator causal importante no


desenvolvimento de câncer de colo uterino e seu precursor, a displasia
do colo uterino (crescimento desordenado de células anormais);
Fatores de Risco
• Menarca precoce;
• Condição sócio econômica mais baixa;
• Parceiros sexuais promíscuos;
• Relação sexual com homens não-circuncisados;
• Relação sexual sem proteção;
• História de múltiplos parceiros sexuais;
• Tabagismo;
• Estado imunodeprimido;
• Infecção pelo HIV;
• Uso de anticoncepcionais orais;
• Infecção pelo HPV;
• Filhas de mulheres que tomaram dietilestibestrol(DES);
• Infecção crônica por clamídia ou herpes genital
MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS
• Sangramento vaginal após a relação sexual;
• Desconforto vaginal;
• Corrimento fétido;
• Disúria;
• Algumas mulheres não apresentam sintomas;
• Em estádio avançado: dor pélvica, lombar ou nas pernas, perda de peso,
anorexia, fraqueza e fadiga, e fraturas ósseas.
MUDANÇA NO DIAGNÓSTICO DAS LESÕES
PRECURSORAS
• Classificavam-se em três graus: Neoplasia intraepitelial escamosa à NIC

I, NIC II, NIC III;

• Atualmente chama-se de LIE à Lesão intra epitelial escamosa.


Neoplasia Intraepitelial Cervical

LIE de baixo grau (Antigo NIC I)


- Alterações iniciais no tamanho, forma e número de células que
formam a superfície do colo do útero;
- Algumas desaparecem por si próprias;
- Com o decorrer do tempo, as lesões podem se tornar maiores ou
com maior anormalidade, formando uma lesão de alto grau;
- Ocorrem mais frequentemente em mulheres entre 25 e 35 anos.
• LIE de alto grau (Antigo NIC II e III)

- Há um grande número de células pré- cancerosas;

- Ocorrem mais frequentemente entre as idades de 30 a 40 anos;


- Caso as células anormais se disseminem mais profundamente dentro do
colo uterino ou por outros órgãos, a doença é também chamada de câncer
cervical invasivo.
CARCINOMA INVASIVO DO COLO DO ÚTERO
• É um tumor maligno que se instala no colo do útero;
• Pode ser detectado nos estádios iniciais, através da adoção de programas
de rastreamento.
Estadiamento

• O carcinoma invasivo de colo uterino é classificado em 4 estágios (Comitê da Federação Internacional de

Ginecologia e Obstetrícia,1995);

• Para determinar o estadiamento realiza-se o exame físico com palpação de linfonodos, exame vaginal e

examereto-vaginal bimanual.

• Exames: Colposcopia, histeroscopia, biópsia, conização;raios-x ou cistoscopia, proctomoidoscopia;TC,

USG, RNM.
Colo do Útero Normal
DETECÇÃO PRECOCE
Exame Preventivo
• O exame preventivo do câncer do colo do útero (Papanicolau) é a
principal estratégia para detectar lesões precursoras e fazer o
diagnóstico da doença;
• O exame pode ser feito em postos ou unidades de saúde da rede
pública que tenham profissionais capacitados.
Recomendações prévias para a realização da coleta
• Não utilizar duchas ou medicamentos vaginais ou exames intravaginais, como por exemplo a

ultrassonografia, durante 48 horas antes da coleta;

• Evitar relações sexuais durante48 horas antes dacoleta;

• Anticoncepcionais locais, espermicidas, nas 48horas anteriores aoexame

• O exame não deve ser feito no período menstrual, pois a presença de


sangue pode prejudicar o diagnóstico citológico. Aguarda o 5° dia após o
término da menstruação;
• Mulheres grávidas também podem se submeter ao exame.
• Na inspeção do colo do útero é importante verificar:

-Normal- aparentemente epitelizado (ROSADO);

-Ausente;

-Colo não é visualizado;

-Alterado – ectopia;

• Na dificuldade de visualização do colo sugira que a mulher tussa.


Cuidados
• Colocar a lâmina no recipiente adequado e com a
solução fixadora;
• Não sobrepor células;
• Limpeza leve do colo para a coleta;
• Usar o corante adequado para a preparação da
leitura;
• Não deixar o material exposto a calor DURANTE a
Amostra
• INSATISFATÓRIA
¡Material acelular ou hipocelular
¡Leitura prejudicada por presença de: sangue, piócitos,
artefatos de dessecamento, contaminantes externos ou
intensa superposição celular.
• SATISFATÓRIA
¡Células escamosas;
¡Células glandulares;
Diagnóstico correto
• Anamnese
Deve ser dirigida principalmente aos fatores de risco e
aos sinais e sintomas relacionados ao câncer.
• Exame físico
Deve incluir palpação do fígado, regiões
supraclaviculares e inguinais para excluir metástases
quando se estiver diante de doença localmente
avançada.
• Exame especular
Resultados
• Inflamação sem identificação de agente;
• Atrofia com inflamação à achado normal do
período climatérico;
• Achados microbiológicos à são considerados
achados normais.
¡ Lactobacillussp.
¡Cocos.
¡Outros bacilos.
Tratamento
O tipo de tratamento dependerá do estadiamento
da doença, tamanho do tumor e fatores pessoais,
como idade e desejo de ter filhos.
• A cirurgia e o tratamento com radiação
(intracavitária e externa) são usados com maior
frequência;
• Quimioterapia
• BRASIL. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. Controle
dos cânceres do colo do útero e da mama – Brasília : Ministério da Saúde, 2012;
• CARVALHO, Geraldo Mota de. Enfermagem em Ginecologia. Editora EPU, São
Paulo, 2004;
• SMELTZER,A.BARE P.Brunner & Sturddart- Tratado de Enfermagem Médico-
Cirúrgica 9.ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan,2002;
• RICCI,Susan Scott. Enfermagem Materno – Neonatal e Saúde da Mulher.Editora
Guanabara Koogan,2008.
• Disponivelem:http://www2.inca.gov.br/wps/wcm/connect/tiposdecancer/site/home/c
olo_utero/definicao. Acesso em : 23/03/2012
• Disponivelemhttp://www.medcenter.com/medscape/Content.aspx?id=875. Acesso
em : 23/03/2012

Você também pode gostar