Disciplina de Saúde

da Mulher, da Criança
e do Adolescente.

Enfª Nayane Andrade

II- A ENFERMAGEM NA ASSISTÊNCIA
CLÍNICO-GINECOLÓGICA
Enfª Nayane Andrade
A consulta clínico-ginecológica tem por objetivo identificar o mais
precocemente possível distúrbios que afetam especialmente os órgãos
reprodutores femininos e as mamas, além de olhar para a saúde da
mulher de uma maneira geral.
Os principais sintomas que levam as mulheres a buscarem atendimento
são:

. DOR

É um sintoma muito freqüente em ginecologia, quase sempre subjetiva e

inconstante, portanto, havendo necessidade de identificar a origem, o tipo,
à intensidade e em que momento e situação ocorrem;
A capacidade de suportar a dor varia de acordo com o humor, a
personalidade e as circunstâncias de cada indivíduo.
 • Modificações ou perturbações dos ciclos menstruais:

- Menorréia- fluxo de sangue normal que varia de 3 à 8 dias entre 24 e

34 dias, obtendo como perda de 30 à 80 ml de líquido.

- Hipermenorréia– fluxo sanguíneo + de 8 dias (sangramento excessivo).

- Hipomenorréia– fluxo sanguíneo dura menos de 3 dias (pouco
sangramento).
- Polimenorréia- Aumento anormal da frequência das menstruações,
quando elas passam a ocorrer com intervalos menores que 21 dias.
- Oligomenorréia- diminuição da quantidade do fluxo e dos dias.
- Menorragia - não se altera período, mas é grande quantidade de fluxo.
- Metrorragias- Sangramentos que aparecem fora dos ciclos menstruais.
- Disminorréia- É a dor uterina por volta do período menstrual. A dor
pode ocorrer com a menstruação ou precedê-la em 1 a 3 dias. A dor
tende a alcançar a intensidade máxima 24 h após o início da
menstruação e diminuir após 2 a 3 dias.
- Dismenorreia Primária- Cólica menstrual sem nenhuma doença
pélvica. Principais sintomas: cólicas suprapúbicas, náuseas, vômitos,
fadiga, nervosismo, dor lombar com irradiação para a coxa, diarréia,
tonturas, cefaléia, ansiedade.

- Dismenorreia Secundária- Cólica menstrual relacionada àdoença

pélvica (endometriose, mioma uterino) ou uso do DIU.
 Sindrome da Tensão Pré-Menstrual

A TPM é o período que precede a menstruação. Durante esse

período, podem aparecer sintomas psicológicos e físicos, que podem
desaparecer no primeiro dia do fluxo menstrual e, em algumas
mulheres, somente com o fim do fluxo.
A principal causa da TPM é a alteração hormonal durante o período
menstrual, que interfere no sistema nervoso central. Parece existir
uma conexão entre os hormônios sexuais femininos, as endorfinas
(substâncias naturais ligadas à sensação de prazer) e os
neurotransmissores, tais como a serotonina.
 Secreção Vaginal
Nomal: Secreções normais não têm odor. Geralmente, são esbranquiçadas
ou ralas e claras. No decorrer da idade fértil, a quantidade e o aspecto
podem variar durante o ciclo menstrual. Por exemplo, no meio do ciclo,
quando ocorre a liberação do óvulo (na ovulação), o colo do útero produz
mais muco, que é menos espesso.
Anormal: Também chamado de leucorréia, é representado pela saída de
secreção de coloração e abundância variável. A leucorréia pode ser pode
ser fisiológica, ou normal, quando em pequena quantidade, na época da
ovulação, ou antes, da menarca, ou ligada a inflamações vulvovaginais.
 PRINCIPAIS AFECÇÕES GINECOLÓGICAS

Vulvovaginites
• Todas as manifestações inflamatórias e/ou infecciosas, de caráter agudo ou
crônico que podem acometer a vulva, vagina, ou o colo uterino.

• Caracteriza-se por uma irritação vaginal ou um corrimento anormal que pode

ou não ter odor desagradável.

• A coloração pode variar de branca, até amarelo-esverdeado, dependendo do

agente causador da infecção. O corrimento pode vir acompanhado de
prurido, ou ardor na vagina, edema vulvar e frequência miccional.
 Candidíase
• A Candida é um fungo chamado de Cândida Albicans que faz parte da
flora natural de germes da vagina, pele e intestinos.
• A Candida vive normalmente na nossa pele e não costuma causar
sintomas.
• Sempre que há algum desarranjo nas condições habituais do nosso
organismo, como uso excessivo de antibióticos, estresse, doenças como
diabetes, imunossupressão, traumas, etc., a Candida pode começar a
multiplicar-se excessivamente, passando a causar sintomas.
 A candidíase vaginal normalmente se manifesta com prurido (coceira)
e/ou ardência na vulva, dor para urinar, dor durante o ato sexual e um
corrimento espesso, sem odor forte e esbranquiçado, muitas vezes
comparado com queijo cottage.

Tratamento:
Miconazol 2% ou Nistatina
100.000UI
creme
 Tricomoníase
É uma vulvovaginite causada por um protozoário denominado Trichomonas
Vaginalis, que apresenta: corrimento abundante de coloração amarela ou
amarela esverdeada, com odor fétido, prurido, dor pélvica, disúria (dificuldade de
urinar), polaciúria (micção frequente), mucosa vaginal com placas avermelhadas.
irritação da vulva e sangramento/dor durante o coito.
O diagnóstico é feito por meio de exame microscópico direto. Pacientes e
contatos sexuais são tratados com metronidazol ou tinidazol.
 . Vulvovaginites por Bactérias
Vaginose Bacteriana
• É causada por uma bactéria, sendo mais frequente a estafilococos,
estreptococo (apresenta corrimento amarelo leitoso), quando causada por
gonococos, (apresenta corrimento amarelo purulento).
• A vaginose bacteriana é a principal causa de corrimento vaginal anormal.
• É uma infecção causada por alterações na flora natural da vagina.
• Existe redução no número de lactobacillus (bactérias “boas”) e um
excessivo crescimento de bactérias aeróbicas (bactérias “ruins”) como
Gardnerella vaginalis, Mycoplasma hominis, Prevotella, Porphyromonas,
Bacteroides, Peptostreptococcus, Fusobacterium e Atopobium vaginae.
• Os sintomas incluem odor forte, semelhante ao de peixe podre, e
aumento da secreção vaginal, que pode ser de cor branca ou meio
acinzentada.