Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
- Etapa Trombocítica: nesta etapa ocorre a ativação da cascata de coagulação que faz com que o
colágeno exposto promova aderência na superfície interna e externa do vaso sanguíneo. São
liberadas substâncias vasoativas, quimiotáticos e plaquetários. Ocorre a formação de trombo, que
juntamente com eritrócitos, forma o coágulo.
- Etapa Granulocítica: esta etapa caracteriza-se pela atuação dos granulócitos, que ao chegarem
ao local afetado liberam enzimas proteolíticas (colagenases, elastases e hidrolases ácidas); ocorre
grande concentração de leucócitos polimorfonucleares. Em conseqüência ocorre fagocitose das
bactérias e sujidades, decomposição do tecido necrosado e limpeza local da lesão.
- Etapa Macrofágica: caracterizada pela atuação dos macrófagos, que ao chegarem ao local
afetado liberam substâncias biologicamente ativas, proteases, que atuam na remodelagem da
matriz extracelular; substâncias vasoativas e fatores de crescimento que atuarão nas fases
subseqüentes desde o desbridamento da ferida, angiogênese, proliferação e diferenciação de
células epiteliais e a migração celular.
TIPOS DE CICATRIZAÇÃO
CICATRIZAÇÃO POR TERCEIRA INTENÇÂO: está associada a lesões que inicialmente foram
submetidas à cicatrização por primeira intenção e que por fatores adversos tornou-se necessário
deixar a incisão aberta para drenagem, sendo posteriormente ressuturada.
FATORES ADVERSOS À CICATRIZAÇÃO
A. FATORES LOCAIS:
Pressão contínua: quando ocorre pressão excessiva ou contínua em área de lesão ou sobre
proeminência óssea a irrigação sanguínea torna-se prejudicada, dificultando a irrigação no local da
lesão.
Ambiente seco: feridas mantidas em ambiente úmido cicatrizam três a cinco vezes mais
rapidamente, pois a migração celular neste ambiente é facilitada. Com quadro álgico (doloroso)
menor, devido à umidificação das terminações nervosas, não ocorre à formação de crostas que
interferem na migração celular, devido à ausência de ressecamento.
Trauma e edema: a cicatrização é retardada quando ocorrem traumas freqüentes ou edema, que
geram uma diminuição/interrupção do fluxo sanguíneo e no transporte nutricional celular.
Infecção: sua presença em nível local ou sistêmico prolonga a fase inflamatória, provoca
destruição tecidual, retarda a síntese do colágeno e impede a epitelização. Quando a lesão é
comprometida em todas as camadas, expondo músculos, tendões ou ossos, com presença de
trajetos é necessário cuidados para prevenir riscos de osteomielite e proliferação de
microorganismos.
· Medicamentos tópicos: são citotóxicos para mitogênese, para a viabilidade celular dos
fibroblastos e queratinócitos e para a atividade funcional dos neutrófilos. Os anti-sépticos em
contato com exsudato e sangue têm sua ação comprometida.
B. FATORES SISTÊMICOS
Idade: o idoso é mais susceptível às lesões e ao retardo das fases de cicatrização, devido a
problemas como deficiência nutricional, comprometimento imunológico, circulatório, respiratório,
ressecamento da pele e fragilidade capilar. Está diminuída a produção de vitamina D, resposta
inflamatória, síntese de colágeno, angiogênese e velocidade de cicatrização. A derme diminui 20%
da espessura.
Drogas sistêmicas: corticóides, agentes citotóxicos e penicilina, entre outras, inibem o processo
de cicatrização. Analgésicos e antiinflamatórios interrompem o processo inflamatório e exsudativo.
• Exsudato seroso: líquido com baixo conteúdo protéico origina-se do soro sangüíneo ou das
secreções serosas das células mesoteliais.
• Exsudato sanguinolento: é decorrente de lesões com ruptura de vasos ou diapedese de
hemácias. É quase sempre, um exsudato fibrinoso, acompanhado pelo extravasamento de grande
quantidade de hemácias.
DEISCÊNCIA