Oogénese
 Os ovários são glândulas de
forma ovóide com cerca de 5
cm de comprimento:
Zona medular –interna,
apresenta elevada
vascularização (numerosos
vasos sanguíneos e nervos);
Zona cortical –periférica, com
numerosos folículos ováricos
em diferentes estádios de
desenvolvimento;
 Folículos ováricos são
constituídos por:
o Uma célula da linha
germinativa, que vai
originar o oócito;
o Uma ou mais camadas de
células foliculares que
protegem e fornecem
nutrientes à célula
germinativa;
o Cada folículo demora 4
meses a atingir a fase
madura;
A oogénese é constituída por 3 fases:
Fase de Multiplicação
 Formação do oogónias (2n), por
mitoses sucessivas;
 Ocorre durante alguns meses
durante o desenvolvimento
embrionário formando-se
milhões de oogónias (Uma
grande parte dessas oogónias
degenera, antes do nascimento);
Fase de Crescimento
 As oogónias aumentam de
volume com o armazenamento
de substâncias de reserva
originando os oócitos I (2n),
que se rodeiam por células
foliculares, formando os
folículos primordiais;
 Muitos oócitos I degeneram
durante a vida intrauterina;
Fase de Maturação
 Nos ovários de uma recém-
nascida, inicia-se a maturação
com a 1ª divisão da Meiose que
para na Prófase I.
 Até à puberdade, muitos oócitos
I degeneram, fincando somente
de 400 Mil;
 A meiose continua a partir da
puberdade com o começo do
ciclo ovárico;
 A partir da puberdade, e Desenvolvimento Folicular
mensalmente, até à menopausa,
 Aquando do nascimento, cada
um oócito I completa a 1ª
oócito I está envolvido por
divisão da Meiose, com a
células foliculares,
formação de 2 células (n=23),
constituindo os
de dimensões diferentes, pois
folículos
ocorre uma divisão desigual do
primordiais;
citoplasma: oócito II (tem
A partir da puberdade,
maiores dimensões pois
mensalmente, vários folículos
engloba a maior parte do
primordiais iniciam uma série
citoplasma e a outra célula, o
de transformações e apenas um
primeiro glóbulo polar
deles
(dimensões reduzidas);
transforma-se
 O oócito II inica a 2º divisão
num folículo
meiótica que bloqueai em
maduro ou
metáfase II;
folículo de
 Nesse momento ocorre a
Graaf. Os
ovulação, ou seja, a libertação,
restantes folículos que iniciam o
do oócito II, para as Trompas
desenvolvimento degeneram.
de Falópio;
 Em caso de fecundação, a 2ª
divisão da meiose termina Transformações de um
formando o óvulo e um 2º
folículo primordial num
glóbulo polar;
 Se não houver fecundação o folículo maduro
oócito II acaba por sair 1. O oócito I aumenta de tamanho;
juntamento com o
endométrio – menstruação;
2. As células da zona granulosa  Após a ovulação, a parede
(células foliculares) crescem e do ovário cicatriza e o
multiplicam-se, e esta zona folículo transforma-se numa
passa a ser constituída por estrutura glandular, o corpo
várias camadas celulares amarelo ou corpo lúteo;
3. Forma-se uma região  Se não houver fecundação,
transparente, constituída por este degenera ao fim de 10
glicoproteínas, a zona pelúcida, dias;
em torno do oócito;
4. Forma-se uma cápsula com 2
camadas – Tecas – a mais Ciclo Sexual
interior tem função secretora;
5. Aparecem vesículas cheias de  Duração média de 28
líquido entre as células da zona dias;
O Ciclo sexual
compreende 2 ciclos que
ocorrem
simultaneamente:
o Ciclo ovárico;
o Ciclo uterino;

granulosa, que acabam por se

fundir e originar a cavidade
folicular ou antro.

Ovulação
 O líquido produzido pelas
células foliculares faz
aumentar a pressão do
folículo que se expande e
rompe. O oócito II, rodeado
pela zona pelúcida e por uma
camada de células
foliculares, é libertado para
as Trompas de Falópio. A
libertação do oócito II
corresponde à ovulação.
 O corpo lúteo (ou corpo
amarelo) forma-se após a
libertação do oócito na
ovulação a partir das camadas
do folículo que permanecem no
ovário;
 Se não houver gravidez, o corpo
amarelo degenera ao fim de 10
a 12 dias;
 Relação entre a variação do
teor de hormonas no sangue
ao longo de um ciclo
ováricas no sangue ao longo
de u ciclo ovárico com as
evoluções folicular e
luteínica que ocorrem
Controlo Hormonal na
durante o mesmo período
Mulher
 Os estrogénios são produzidos
pelas células foliculares e pela
teca interna. A concentração
desta hormona vai aumentando,
primeiro progressivamente, à
medida que os folículos
ováricos crescem, e depois de
modo rápido, atingindo o valor
máximo um pouco antes da
ovulação. A concentração baixa
no período da ovulação devido,
em parte, à perda de células
 foliculares. A concentração de contraem-se. As células não
estrogénios volta a aumentar recebem os nutrientes
durante a fase luteínica, devido necessários e morrem. Como
à atividade do corpo amarelo; consequência, inicia-se a
 A progesterona é produzida destruição parcial do
pelo corpo amarelo atingindo o endométrio, ocorrendo a fase
máximo de concentração com o menstrual.
pleno desenvolvimento desta  É importante o controlo do
estrutura. Quando o corpo ciclo uterino por parte dos
amarelo regride a concentração ovários pois o útero deverá
de progesterona diminui; estar apto a acolher o embrião
caso ocorra fecundação. O ciclo
uterino tem de estar
sincronizado com o ciclo
ovárico;

De que modo o ovário

controla o ciclo uterino?
 Durante a fase folicular, o
aumento da taxa de estrogénios
ativa o crescimento em
espessura do endométrio, bem
como desenvolvimento das
glândulas e dos vasos
sanguíneos – Fase proliferativa;
 Durante a fase luteínica, a ação
dos estrogénios e da
progesterona continua a
estimular a continuação do
aumento de espessura do
endométrio e da atividade
secretora das glândulas aí
existentes – Fase Secretora;
 Quando a concentração de
estrogénios e de progesterona é
baixa (fim do ciclo ovárico), o  A existência de picos na
endométrio deixa de ser concentração de FSH e de LH,
estimulado e os vasos observados na parte final da
sanguíneos dessa estrutura fase folicular, evidencia que a
 retroação negativa nem sempre
se verifica;
 Algum tempo antes da
ovulação, com o aumento das
células foliculares, os
estrogénios são produzidos em
maior quantidade,
ultrapassando os valores-limite
que desencadeia um
retrocontrolo negativo.