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Biologia

Fecundação:

1º- Os espermatozoides 2º Os espermatozoides


depositados na vagina atravessam as células da
deslocam-se até às trompas camada granulosa do oócito
de Falópio. II.

3º Reação acrossómica: um 4º A membrana plasmática do


espermatozoide liga-se a espermatozoide liga-se a recetores
recetores membranares na zona
presentes na membrana celular do
pelúcida, libertando as enzimas oócito II.
contidas no acrossoma. Estas
enzimas digerem a zona pelúcida,
formando um poro.

6º Forma-se a membrana de fecundação,


5º A fusão das membranas do que impede a entrada de mais
espermatozoide e do oócito espermatozoides. Esta membrana resulta
permite a entrada do da fusão de vesiculas corticais presentes
espermatozoide no citoplasma

- Após a ovulação, oócito II é conduzido no sentido do útero,


por contrações musculares e pela vibração dos cílios das células.
Alguns espermatozoides podem chegar às trompas de Falópio
poucos minutos depois de terem sido depositados na vagina. A
maioria dos espermatozoides não alcança as trompas de Falópio.
- A fecundação (união de um oócito II com um espermatozoide)
ocorre numa das trompas de Falópio na proximidade do ovário
resultando na formação de um zigoto.
- Um espermatozoide tem de reconhecer o oócito II, de seguida,
atravessar a zona pelúcida e a membrana celular do oócito. Este
reconhecimento ocorre quando a cabeça do espermatozoide entra
em contacto com a zona pelúcida, isto faz com que o espermatozoide
sofra a reação acrossómica (libertação de enzimas que digerem a
camada pelúcida do oócito II, de modo a permitir a entrada do
espermatozoide).
- Se o espermatozoide entrar, o oócito II é estimulado fazendo
com que complete a divisão II da meiose, formando então um óvulo
e o segundo glóbulo polar (sendo ambos haploides), o glóbulo polar
pode vir a degenerar. O invólucro nuclear do óvulo vai se desintegrar
após 12 horas, permitindo a fusão dos 23 cromossomas do óvulo e
os 23 cromossomas do espermatozoide, formando o zigoto com 46
cromossomas (célula diploide).
- Para evitar a fecundação por mais do que um espermatozoide,
logo a seguir à fusão das membranas dos dois gâmetas, irá ocorre a
exocitose de vesículas entre a zona pelúcida e a membrana
plasmática, formando então a membrana de fecundação. A
fecundação por mais do que um espermatozoide chama-se
polispermia e é letal para o óvulo.
- O sistema reprodutor feminino produz secreções que podem
facilita ou dificultar o movimento dos espermatozoides, estas
secreções são essencialmente constituídas por glicoproteínas, sais
e água. O volume e a sua constituição varia de acordo com o ciclo
ovárico e também com as alterações hormonais.
- O aumento de estrogénio no 12.º dia estimula o colo do útero
(cérvix) a produzir grandes quantidades de muco pouco viscoso e
com uma percentagem de água mais elevada. Neste muco ocorrer a
associação das glicoproteínas em fibras alongadas que facilita nos
canais a passagem dos espermatozoides no cérvix, criando assim,
condições mais favoráveis à fecundação.
Fases da gravidez:

- Desde a formação do zigoto até ao parto a gravidez divide-se


em 3 fases:
Fase pré-embrionária: corresponde às 2 primeiras
semanas. Inicia-se com a divisão do zigoto, através de mitoses
sucessivas, resultando então na mórula. Esta move-se lentamente
pela trompa de Falópio até ao útero, o volume desta é contante, ou
seja, cada uma das células fica menor a cada mitose. Quando chega
ao útero, a mórula é formada, por 48 células e é nutrida por secreções
uterinas até formar o blastocisto.

- No blastocisto identificam-se 2 estruturas:


Botão embrionário: Corresponde a uma massa celular
interna, dará origem ao embrião e é posicionada para o endométrio.
Trofoblasto: é preenchido por líquido e é formado por
células trofoblásticas, apresentando microvilosidades à superfície.
Interdigam-se com as células endometriais e produzem moléculas
adesivas e enzimas proteolíticas criam então cavidades nos tecidos
maternos que são preenchidas por sangue, formando então a
placenta.

Fase embrionária: Ocorre entre a segunda e a oitava semana


após a fecundação. Há um aumento do nº de células e do volume do
embrião. As células do embrião posicionam-se em camadas distintas
e inicia-se a diferenciação celular em que as células se tornam
estrutural e bioquimicamente adquirindo funções específicas.
Fase Fetal: Corresponde ao período entre a nona semana e o
parto. Nesta fase ocorre o desenvolvimento e a maturação dos
órgãos e um crescimento muito rápido do feto. A diferenciação celular
ao longo de todas as fases permite formar os anexos embrionários
que existem apenas na gravidez, sendo expulsos no parto.
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Anexos embrionários:

Cordão Alantoide e saco


Placenta Âmnio Córion
umbilical vitelino
Estrutura Órgão ou anexo Anexo Membrana Estruturas com
tubular com embrionário que embrionário extraembrionário dimensões
vasos apresenta que permite o que existe durante reduzidas que
sanguíneos lacunas que se amortecimento a gravidez e se contribuem para a
que liga a preenchem de de choques forma na parede formação do cordão
placenta ao sangue, mecânicos e a externa do umbilical. Contêm
feto. permitindo o proteção blastocisto e cuja algumas
estabelecimento contra a função é formar substâncias de
de trocas entre o desidratação. uma extensa reserva.
feto e a mãe, tem superfície de
também a função trocas.
de produzir
hormonas.
Ovulação
•um oócito II é libertado do ovário para a trompa de Falópio
Fecundação
•Um espermatozoide penetra no oócito II, ocorrendo depois a fusão dos
núcleos, da qual resulta o zigoto.
Mitoses
•O zigoto sofre divisões mitóticas rápidas e move-se ao longo da trompa de
Falópio no sentido do útero.

Mórula
•Das sucessivas divisões ao longo de cerca de 4 dias, resulta a mórula, uma
massa de células que chega ao útero.

Blastocisto
•Ao 6º dia, aproximadamente forma-se um blastocisto, cujas células se
reorganizam, formando uma cavidade preenchida por fluido.
Nidação
•O blastocisto liga-se ao endométrio e começa a digerí-lo, de forma a
implantar-se

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Controlo hormonal da gravidez:

-A gravidez além dos efeitos visíveis, desde os seus estádios


iniciais, profundas alterações no organismo materno. A gravidez
propriamente dita começa na nidação. Assim o blastocisto implanta-
se, iniciando a produção da hormona hCG ao nível do trofoblasto.
- A hCG é a 1ª hormona embrionária a ser produzida e atua de
uma forma semelhante à LH, mantendo o corpo lúteo a produzir
estrogénios e progesterona, que este não regride, como acontece
caso não haja fecundação.
- Atuam no útero, impedindo a fase menstrual e permitindo a
nidação do blastocisto. O aumento de estrogénios e de
progesterona inibe o complexo hipotálamo-hipófise, por um
mecanismo de retroalimentação negativa. É importante para
garantir baixos níveis de FSH e de LH, bloqueando assim o ciclo
ovárico durante a gravidez.
(imagem pág. 38)
- Entre o 1º e o 2º mês, as células da placenta iniciam a
síntese de estrogénios e de progesterona. A partir do 3º mês de
gestação, a placenta passa a produzir quantidades adequadas
destas hormonas, mantendo os níveos altos na restante gravidez.
Neste primeiro período, o corpo lúteo regride.
- Ocorrem ao longo da gravidez alterações no metabolismo.
As mulheres por norma tendem a ganhar peso durante a gravidez,
durante os dois últimos trimestres. Um 1/3 do aumento de peso
corresponde ao feto e à placenta o resto deve-se a alterações no
corpo da mãe e à preparação para a lactação subsequente.

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Parto:
- Com o crescimento do feto o útero é distendido aumentando
a sua contractilidade.
- No inicio do trabalho de parto, o estímulo mecânico causado
pela cabeça do feto contra o colo do útero, inicia um reflexo hormonal
que aumenta a libertação de oxitocina pela hipófise posterior. Esta
hormona irá aumentar as contrações fazendo com que haja mais
pressão no colo do útero, e assim vá aumentando a libertação de
oxitocina, numa retroalimenta positiva. Isto faz com que as
contrações passem a ser cada vez mais fortes e expulsivas.
- A oxitocina estimula o útero a produzir prostaglandinas. Estas
promovem as contrações do músculo do útero. Na ausência de estas
o colo do útero não dilata de maneira adequada impedindo então que
a mulher entre em trabalho de parto normal.
- A hormona relaxina é secretada inicialmente pelo corpo lúteo,
fazendo então com que este amoleça e desencadeie o trabalho de
parto no final do período de gestação, facilitando desta forma a
atuação da oxitocina. Para além de amolecer o corpo lúteo, amolece
também o tecido conjuntivo entre os ossos da cintura pélvica
facilitando então a abertura pélvica e permitindo que o bebe saía mais
facilmente.
- Como a progesterona inibe as contrações uterinas, dias antes
do parto esta deixa de ser produzida, fazendo com que as hormonas
responsáveis pelo parto atuem.

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Regulação hormonal do parto (pág. 41)

- Durante o nascimento, o bebé continua ligado à mãe através


do cordão umbilical. Passado alguns minutos, após o parto, os vasos
sanguíneos do bebe e da mãe contraem-se interrompendo a troca de
substâncias. A placenta separa-se do útero e é expulsa pelas
contrações uterinas após o parto.
Aleitamento:

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- Os estrogénios, a progesterona, as prostaglandinas e a


prolactina, estimulam o desenvolvimento das mamas. Durante a
gravidez, a mama aumenta de tamanho, contendo 15 a 25 lóbulos
com pequenos alvéolos e ductos (canais) que permitem a saída do
leite materno.
- As elevadas concentrações de estrogénio e progesterona
impedem a síntese de prolactina, desta forma não é produzido leite
materno. Após a expulsão da placenta durante o parto, a
concentração de estrogénio e progesterona diminui, permitindo então
a estimulação da prolactina na síntese do leite materno.
- A prolactina influencia também o direcionamento do leite para
os ductos, que se encontram circundados por musculatura lisa, esta
musculatura atua no encaminhamento do leite dos ductos até ao
mamilo.
- A cada amamentação ocorrem picos de secreção de
prolactina. A sucção do bebé provoca uma estimulação da hipófise
anterior libertando prolactina. O pico de concentração pode durar
certa de 1 hora, produzindo-se leite e armazenando-o para a
amamentação.
- A prolactina tal como a oxitocina é libertada em resposta aos
momentos do aleitamento, estimulando a ejeção de leite, num
mecanismo de retroalimentação positiva. Se não ocorrer
estimulação, deixa de se produzir leite ao fim de 7 dias (+/-). Em
condições normais, verifica-se diminuição de produção de leite entre
o 7º mês e o 9º mês após o nascimento do bebé.
- A amamentação é muito importante em termos de nutricionais
e imunológicos e também para o estabelecimento de uma
proximidade afetiva entre a mãe e o bebé.

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