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Fecundação, desenvolvimento

embrionário e anexos embrionários.


Relembra a constituição dos gâmetas masculino e feminino (oócito II)
O que acontece durante a Fecundação?

Milhões de espermatozoides são depositados na


vagina, durante a ejaculação. Apenas alguns (1%)
atingem as Trompas de Falópio;

O encontro dos gâmetas ocorre no último terço da


Trompa de Falópio, já próximo do ovário;

As células foliculares que envolvem o oócito II


segregam uma substância que atrai os
espermatozoides;

Os espermatozoides penetram entre as células


foliculares e atingem a zona pelúcida (1);
O que acontece durante a Fecundação?
Reação acrossómica, em que se libertam enzimas do
acrossoma que degradam a zona pelúcida (2);

A zona pelúcida ao ser degradada permite a fusão das membranas do


oócito II e do espermatozoide (3);

O núcleo do espermatozoide e a peça intermédia penetram no


citoplasma (4);

Libertação de substâncias presentes em vesículas no citoplasma do


oócito II, grânulos corticais, para a região adjacente à zona pelúcida,
formando uma camada impermeável a outros espermatozoides –
membrana de fecundação (5 e 6).
O que acontece durante a Fecundação?

CARIOGAMIA
Quando ocorre a ovulação, o oócito II está “bloqueado” em Metáfase II.

O oócito II é libertado para as trompas de Falópio.

Caso seja fecundado, o oócito II termina a 2ª divisão da Meiose formando duas células
haploides: o óvulo e o 2º glóbulo polar.

O glóbulo polar é de dimensões muito reduzidas e degenera.

O invólucro nuclear do óvulo desintegra-se em 12h, aproximadamente, permitindo a fusão


dos 23 cromossomas do óvulo com os 23 cromossomas dos espermatozoides – Cariogamia.

Forma-se o Zigoto (célula diploide), que possui 46 cromossomas.


Imediatamente a seguir à fusão da membrana
dos dois gâmetas ocorre a libertação de
substâncias presentes nos grânulos corticais para
a periferia do gâmeta feminino, entre a zona
pelúcida e a membrana plasmática, formando
uma membrana de fecundação.
Desenvolvimento
Embrionário

Após a formação do ovo, inicia-se o desenvolvimento


embrionário (embriogénese), o qual termina com o
nascimento.

Apesar de ser um processo contínuo podemos


distinguir dois períodos:

Período Embrionário Período Fetal


(8 semanas) (8-38 semanas)

No final todos os órgão Desenvolvimento dos órgãos e


estão esboçados crescimento do feto
Período Embrionário
1. Segmentação (crescimento)

Ovulação

Fecundação

Segmentação

Ocorre ao longo das Trompas de Falópio.

Corresponde a um conjunto de divisões


mitóticas sucessivas.

Formação da mórula em cerca de 4/5 dias


(48 células).
1. Segmentação
(crescimento)

Quando o embrião (mórula) chega ao útero ou próximo


dele desenvolve-se, passando a blastocisto.

O blastocisto apresenta dois conjuntos de células:

Botão embrionário Trofoblasto

.
E depois da Fecundação?

Resumindo…

Zigoto
Mórula
Sofre a 1ª divisão mitótica, formando-se 2
células;
Estas 2 células voltam a dividir-se,
Blastocisto
formando 4 células e assim sucessivamente;
Move-se lentamente pela Trompa de
A mitose é o fenómeno responsável por Falópio em direção ao útero (contrações e
estas constantes divisões. cílios);
A sua massa mantém-se constante, de
modo que cada uma das células fica menor
a cada ciclo de divisão celular; Constituído por duas estruturas principais:
Ao chegar ao útero ou próximo dele, é . Botão embrionário e o trofoblasto.
formada por 48 células (normalmente). É 5º/6º dia.
nutrida por secreções uterinas. 4/5 dias.
A fase de Segmentação

Massa celular interna, constituída por


blastómeros, que dará origem ao feto e
está posicionada para o endométrio.

Rodeia o botão embrionário e dará


origem à placenta. As células que o
constituem possuem microvilosidades à
superfície que interdigitam as células do
endométrio.
Nidação – fixação do blastocisto ao endométrio (inicia-se, aproximadamente, ao 7º dia)

As células do trofoblasto produzem moléculas e enzimas que criam


cavidades nos tecidos maternos.

As cavidades são preenchidas por sangue e invadidas pelas interdigitações


do trofoblasto. É desta forma que se obtém a nutrição para o novo ser –
são as microvilosidades coriónicas.
2. Gastrulação – processo de morfogénese

Continuam as divisões
celulares, com A morfogénese A gástrula é um
rearranjos espaciais de consiste no conjunto embrião formado por
grupos de células, uns de movimentos 3 folhetos
em relação aos outros, celulares, que germinativos
até atingirem permitirá a formação concêntricos: a
determinadas de 3 camadas ectoderme, a
posições, num distintas de células mesoderme e a
processo denominado embrionárias. endoderme.
por morfogénese.
3. Organogénese – diferenciação celular

Organogénese
As células tornam-se estrutural e
bioquimicamente especializadas,
adquirindo funções específicas.
Ocorrem processos de diferenciação
celular.
O aumento do número de células e a
especialização permite formar
diferentes tecidos que, por sua vez, se
associam a órgãos especializados.
Anexos embrionários
• Também, se formam por diferenciação
celular;
• São estruturas que apenas existem durante a
gravidez, sendo expulsas aquando o parto;
• São essenciais na nutrição, manutenção e
proteção da integridade do embrião e do feto
ao longo da gravidez.
Os anexos embrionários

Cordão umbilical

Permite a comunicação entre o embrião e a placenta;

Tem origem no saco vitelino e no alantoide;

Constituído por 2 artérias e 1 veia.


Os anexos embrionários

Saco vitelino

Saco membranoso com reduzida quantidade de substâncias


de reserva. Incorporado no cordão umbilical.

Alantoide

Divertículo da vesícula vitelina. Estrutura rudimentar que


contribui para a formação dos vasos sanguíneos do cordão
umbilical.
Os anexos embrionários

Âmnio

Membrana que delimita a cavidade amniótica,


preenchida por líquido amniótico;

Protege o embrião/feto da dessecação, bem como


dos choques mecânicos ou variações térmicas;

O líquido amniótico é qualitativamente semelhante


ao plasma, diferindo em quantidade (apenas 5%
das proteínas e menos glicose).
Os anexos embrionários

Córion

Membrana com muitas vilosidades (membrana mais


exterior que, com o âmnio, rodeia o embrião);

Forma uma extensa superfície de trocas (vilosidades


coriónicas);

Forma-se a partir do trofoblasto;

Intervém na formação de placenta.


Os anexos embrionários

Placenta

- Resulta da fusão do córion com a mucosa uterina,


funcionando como um local de troca seletivas de
gases e outras moléculas entre o sangue materno e
o fetal;
- Tem por função nutrir e promover a eliminação
das excreções;
- Encontra-se ligada ao embrião pelo cordão
umbilical;
- O sangue materno nunca se mistura com o sangue
fetal, porque os vasos sanguíneos de ambos não se
fundem;
- Tem, também, uma função endócrina. Produz
progesterona e estrogénio.
Os anexos embrionários

A placenta encontra-se ligada ao embrião através do


cordão umbilical.

É através dos capilares da placenta que se efetuam as


trocas de substâncias entre a mãe e o feto/embrião.

O sangue do feto aflui à placenta através das artérias


do cordão umbilical e regressa pela veia umbilical,
passando pelo fígado do feto.
Mais momentos importantes…
6ª semana - Desenvolvimento do
cérebro e dos principais órgãos;
Formação dos olhos; Deteção do
batimento cardíaco.

12ª semana – Formação dos pés e


dos dedos.

24ª e 26ª semana – Formação


dos pulmões

29ª semana – Capacidade de realizar movimentos de


sucção.

30ª e 31ª semana – Maturação


dos órgãos, com
aperfeiçoamento ao nível
funcional.

32ª semana - Crescimento acentuado, o feto pode atingir os


3kg.

33ª semana – Desenvolvimento de respostas


sensoriais.
Após a implantação do blastocisto (NIDAÇÃO), este passa a sintetizar uma
hormona semelhante à LH, a hCG (hormona gonadotrofina coriónica).

A hormona hCG mantém o corpo lúteo a produzir hormonas (estrogénio e


progesterona), impedindo uma fase menstrual, mantendo, assim, o embrião
ligado ao endométrio.

O blastocisto
implanta-se no
endométrio, pela
formação de
projecções
semelhantes a
dedos, que
permitem a fixação
do novo ser.

A nidação e as primeiras fases de gestação encontram-se sob estreito controlo hormonal.


Que modificações ocorrem no organismo feminino durante o parto?

Com o aproximar do parto ocorre um incremento das contrações uterinas, provocadas pelo aumento
da pressão do feto, destacando-se a produção de:

Oxitocina – hormona produzida no Prostaglandinas – substâncias


hipotálamo e armazenada na hipófise produzidas pelo útero/placenta Sinais químicos que inibem a
posterior, que a liberta, provocando o que ajudam na contração dos produção de progesterona, pois
aumento das contrações, segundo um músculos do útero, para que esta hormona impede as
mecanismo de retroação positiva. ocorra o parto. contrações.
Que modificações ocorrem no organismo feminino durante o aleitamento?

Diversas hormonas estão associadas à produção


de leite.

As elevadas concentrações de estrogénios e


progesterona estimulam o desenvolvimento dos
ductos e alvéolos, mas inibem a produção de leite
(durante a gravidez).

A expulsão da placenta no parto provoca uma


diminuição abrupta daquelas hormonas.

A oxitocina e prolactina, produzida pela hipófise


anterior, são as hormonas associadas à ejeção e
produção de leite, respetivamente, com picos de
produção associados a episódios de amamentação.

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