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Bases Biológicas II

Segunda semana de desenvolvimento


(Lanna Dávila)

Características da Segunda semana: ocorre a implantação do Blastocisto termina


durante a segunda semana. Ocorre em um período de 6 a 10 dias após a ovulação e
fecundação.
- Com a entrada do Blastocisto as células vão se diferenciando, mudando sua
morfologia.
- Quando o blastocisto se implanta ocorre uma interação das células do trofoblastos com
as epiteliais e do endotélio. Ocorre uma interação química entre as células tanto pelas
microvilosidades, moléculas de adesão, fatores de crescimento, e diversas enzimas
(metaloproteinase), têm o papel de tornar o endométrio mais receptivo.
- O endométrio é o local mais apropriado porque ele sofreu ação do estrógeno e
progesterona, aumentando de tamanho, além de ajudarem a controlar a profundidade
de penetração do blastocisto.
- Quando essas células estão aderidas, temos o trofoblastos e o embrioblastos.
Trofoblastos: camadas de células externas do blastocisto que vão originar a placenta
embrionária.
Embrioblastos: vai formar o embrião.
- O concepto vai ser formado a partir dessas duas células. A partir do momento que
essas células estão interagindo uma com as outras, elas são chamadas de
cintotrofoblastos. Porque está ocorrendo uma interação entre blastocisto e pele
endometrial.
As células do cintotrofoblastos se multiplicam (mitose) e se fundem umas com as
outras formando o sinciciotrofoblastos, porém, somente na região superior.

Sinciciotrofoblastos
- É erosivo e invade o tecido conjuntivo endometrial enquanto o blastocisto
vagarosamente vai se incorporando ao endométrio; as células do endométrio sofrem
apoptose, o que facilita a invasão; ele só para quando invade totalmente o concepto;
- Além disso é responsável pela penetração e implantação do trofoblastos, e pela
produção do hCG.
hCG: é um hormônio glicoproteico, que entra na circulação sanguínea materna através
de cavidades isoladas(lacunas) e mantem a atividade do corpo lúteo no ovário, durante
a gestação.
- A existência de genes no contato do trofoblastos e endométrio impedem que a mãe
rejeite o bebê – são os Genes...
- O sinciciotrofoblastos libera melatoproteinase – é uma combinação de enzimas de
gelatinase e colagenase que permitem a degradação dos componentes do tecido
conjuntivo do endométrio, assim tornando o endométrio mais receptivo, para o
Blastocisto pode penetrar.
Cintotrofoblastos se multiplica cada vez mais para formar Sinciciotrofoblastos. Ou
seja, o sinciciotrofoblastos cresce a cada multiplicação do cintotrofoblastos.
- A massa vai crescendo e quando se aproxima do capilar sanguíneo, rompe os vasos
sanguíneos maternos e o sangue extravasa para dentro de lacunas vasculares,
ocorrendo a nutrição das células, por difusão – estabelecendo a Primeira Ligação
Útero – placentária.
- A parte do endométrio que ocorre toda a implantação, é chamado de decídua.
Ocorrendo toda uma alteração molecular nessa região com a entrada do blastocisto.
Eventos da Segunda Semana: formação da cavidade amniótica, do disco embrionário
e da vesícula embrionária.

Formação da cavidade amniótica,


do disco embrionário e da vesícula embrionária.

- Com a implantação do blastocisto, surge um pequeno espaço no embrioblasto, surge


assim o primórdio da cavidade amniótica, logo os amnioblastos se separam do
epiblastos e formam o âmnio – que vai revestir a cavidade amniótica.
- O âmnio forma o revestimento epitelial do cordão umbilical, e os amnioblastos formam
o líquido amniótico que vai servir pra medir o crescimento e desenvolvimento do FETO
(que é quando o concepto já tem sistema digestivo funcionando, conseguindo deglutir
pequenas quantidades de líquido amniótico e já tem toda característica humana).
- Ao mesmo tempo ocorre uma mudança morfológica no embrioblasto, formando uma
placa bilaminar – formado por células achatadas. Assim se forma o Disco
Embrionário Bilaminar, que é essa placa bilaminar achatada de duas camadas
celulares que vão formar todos os tecidos e órgãos do embrião.
Epiblasto: camada constituída de células cilíndricas altas, voltadas para a cavidade
amniótica, elas formam o assoalho da cavidade amniótica e é continua com o âmnio.
Hipoblasto: formam o endoderma primitivo por células cuboides pequenos que formam
o teto da cavidade blastocística ou blastocele; assim reveste a vesícula umbilical
primitiva).
Importante: Quem origina o amnioblasto é o epiblasto – pois as células se diferenciam
em amnioblastos e começam a produzir o líquido. Caso as células do epiblastos tenham
uma alteração genética que não permite a diferenciação, então acaba afetando tudo na
criança, já que essas células vão originar alguns tecidos e órgãos do corpo humano,
então o concepto não é formando, ele não vinga.
As células do hipoblastos começam a se multiplicar, forrando (por dentro) a cavidade
blastocísitica – essa cavidade então recebe o nome de cavidade exocelôma – porque
agora tem camada das células do hipoblastos forrando essa cavidade. Essas células
revestem a futura Vesícula Umbilical Primitiva.
- As células do epiblasto ORIGINA CÉLULAS que vão formar o líquido amniótico.
*todos esses processos ocorrem simultaneamente!
Cavidade exocelôma mais adiante vai ser o saco vitelino primitivo.
Âmnio: é a camada de células que forma a cavidade amniótica e que vão produzir o
líquido amniótico (que agora não tem importância nenhuma).
Formação da Vesícula Umbilical Primitiva também chamada de Saco Vitelino
Primitivo (o autor muda o nome de uma hora para outra).
Com a formação da cavidade amniótica, da vesícula umbilical primitiva e do disco
embrionário, ocorre o aparecimento de Lacunas.
Lacunas: são pequenos espaços no Sinciciotrofoblasto, e que vão ser preenchidas por
uma mistura de sangue materno provenientes dos capilares endometriais rompidos e
os restos de glândulas uterinas em erosão, e que por meio de difusão fornece material
nutritivo para as células embrionárias. O fluido nesses espaços é chamado de
embriotrofo. A interação dos capilares rompidos com as lacunas estabelece uma
circulação uteroplacentária primitiva.
- O saco vitelino diminui de tamanho e de forma dando origem a Vesícula Umbilical
Secundária, com isso aparece outra estrutura, o Mesoderma Extraembrionário.
- Formação do Mesoderma Extraembrionário (não faz parte do embrião): que separa
as células que forram a cavidade exocelôma do Sinciciotrofoblastos. Dessa forma o
concepto fica preso por apenas uma parte do mesoderma. O sustento do mesoderma é
por meio do Pedículo de Conexão.
1. Mesoderma esplâncnico extraembrionário: reveste o saco vitelino (vesícula
umbilical primitiva).
2. Mesoderma somático extraembrionário: esse vai forrar a cavidade.

Mesoderma somático extraembrionário + Cintotrofoblasto + Sinciciotrofoblastos =


juntos formam o Córion ou Parede Coriônica.
Córion: é utilizado pelo médico para estimar a idade embrionária e avaliar a evolução
da gravidez.
Caso clínico: O médico ao avaliar a parede verifica que não ocorre o crescimento do
concepto. Qual o motivo? Isso porque a espessura tem que ser ideal para que ocorra a
nutrição correta por meio do sangue para o concepto. Se ocorre a diminuição da parede,
ocorre a diminuição da passagem de sangue e consequentemente a passagem de
nutrientes, assim o concepto não se desenvolve, não evolui.
Saco Vitelino: é importante porque é incorporado como intestino primitivo, que vai se
incorporar no concepto (crianças) com o passar do tempo, tanto no período de embrião
e no de feto - Isso ocorre partir da 4º semana da formação, em que surge o embrião,
que no momento da curvatura, pega pega o saco vitelino e introduz para dentro dele, e
se forma o intestino, por isso pode ocorre uma alteração que acabe não incorporando o
intestino.
Ou seja: o intestino se forma por incorporação, não por diferenciação.
Esses processos ocorrem várias vezes, permitindo a formação de células embrionárias:
1. Multiplicação - mitose
2. Diferenciação – as células se transformam completamente.
3. Mudança Morfológica das células – é apenas uma mudança que é induzida por
sinalização parácrina e que permite a diferenciação de algumas células do
embrião, como para a formação da placa pré- cordal. As células cuboides do
hipoblasto ficam alongadas, somente em uma determinada região, em que uma
sinaliza para a outra, formando uma região chamada de Placa Pré – Cordal.
Placa pré – cordal: uma extremidade é vai ser a calda do embrião e a outra extremidade
é a cabeça. É o centro sinalizador da formação da cabeça.
O final da Segunda Semana é marcado pelo aparecimento das vilosidades coriônicas
primárias. Em que as células do Cintotrofoblastos continuam se dividindo, mas elas
não irão mas se fundir, agora elas irão formar uma saliência celular em alguns pontos,
invadindo o Sinciciotrofoblastos, formando uma vilosidade coriônica, porque está na
parede do córion.
Vilosidade coriônicas: vão permitir as trocas gasosas, sendo importante para o
desenvolvimento humano. Ela se torna primária na 1º semana. Se torna secundária e
terciária na 2º semana do desenvolvimento humano.
Implantações extrauterinas

• Por alguma razão o blastocisto não é deslocado e vai se desenvolver e se


implantar na parede da Tuba Uterina – Gravide Tubária
• Causa: falta de deslocamento do zigoto em clivagem até o útero, que pode
causado pela adesão da mucosa ou por infecção local.
• Dependendo da extensão pode ser necessário a retirada da Tuba Uterina ou
até do Útero.
• O concepto pode chegar até a fase de embrião.
• Na fase do feto, a placenta pode se encontrar associada a órgão abdominais,
causando um grande desconforto para a mãe, isso porque pode ocorrer um
bloqueio da tuba uterina e concepto pode se deslocar para a cavidade
abdominal – Gravide Abdominal.
Gravidez Tubária: não tem como a criança sobreviver.
Gravidez Abdominal: em algumas situações a gravidez pode vigorar.
Aguenta, que ainda tem mais!

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