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Primeira Semana do Desenvolvimento

FECUNDAÇÃO→ ACONTECE NO PICO DE LH E ESTROGÊNIO NO SANGUE.


A tuba uterina é dividida em três partes: ISTMO, AMPOLA E INFUNDÍBULO.
A tuba uterina aproxima as fímbrias perto do período de ovulação até o ovário, até que elas possam varrer o óvulo
que será liberado para dentro do infundíbulo. O óvulo irá até a parede da tuba uterina (no infundíbulo), por
intermédio de movimentos peristálticos, ele sobe até a ampola, onde ocorre a fecundação. O espermatozóide
passa pela Corona Radiata (FLAGELO E ENZIMA HIALURONIDASE) e chega na Zona Pelúcida. Ao encostar na
Zona Pelúcida, uma glicoproteína chamada ZP3 se liga ao espermatozóide e vai fazer com que o ACROSSOMA
libere enzimas. Essas enzimas vão entrar em um processo de reação enzimática (REAÇÃO ACROSSÔMICA→
enzima ACROSINA) e vão fazer com que se abra um canal de passagem pela Zona Pelúcida. Quando esse canal
é aberto, o espermatozóide chega até a membrana do oócito, encostando a membrana do oócito junto a
membrana do núcleo do espermatozóide.
Será liberada uma proteína que vai estar na parede do núcleo, chamada Fertilizina, essa proteína vai fazer com
que a polaridade da membrana seja totalmente invertida, fazendo com que os espermatozóides eletricamente não
consigam ser atraídos pelo oócito. Essa mudança no potencial elétrico da membrana vai fazer com que alguns
grânulos (REAÇÃO ZONAL) que estão na superfície do oócito liberam enzimas digestivas que vão mudar a
estrutura da proteína ZP3, fazendo com que ela não se ligue a nenhum outro espermatozóide (BLOQUEIO DA
POLISPERMIA).
A membrana do espermatozóide se une a membrana do ovócito. As estruturas do espermatozóide acabam
entrando no interior do ovócito. Fusão entre as membranas→ Integrina CD9 e Proteína Izumo.
Fusão dos Pró-Núcleos:
•O ovócito conclui a segunda divisão meiótica
•Forma-se o pronúcleo feminino e masculino
•Origina o ZIGOTO

CLIVAGEM DO ZIGOTO→ ocorre a caminho do útero


∟30 horas após a fecundação

Formação do Blastocisto
Quando a mórula cai na cavidade uterina, ela vai se transformar em blastocisto.
A mórula (ainda está envolvida na Zona Pelúcida) quando chega ao útero, se transforma em blastocisto. O
líquido do útero começa a atravessar a Zona Pelúcida e a se concentrar entre as células. A entrada desse
líquido é tão intensa que vai movimentando essas células, e acaba por se organizar de outra forma. Um
grupo de células vai formar um envoltório e o outro grupo de células vai se concentrar em apenas um pólo.
A cavidade formada conterá o líquido uterino, à medida que o líquido vai entrando ele vai perfurando a zona
para entrar e a Zona pelúcida vai desaparecendo. A partir do sétimo dia, o blastocisto vai se conectar
superficialmente na parede do útero, ele se adere ao endométrio → início da implantação.
•NIDAÇÃO→6 dias após a fertilização o blastocisto adere ao epitélio endometrial. O trofoblasto do blastocisto é o
responsável por este processo.

• Ao aderir ao epitélio, o trofoblasto se diferencia:


→Citotrofoblasto: camada interna de células
→Sinciciotrofoblasto: camada externa
•O sinciciotrofoblasto atravessa o epitélio e invade o tecido conjuntivo → REAÇÃO DECIDUAL
Segunda Semana do Desenvolvimento

• Diferenciação do trofoblasto
•Diferenciação do embrioblasto
•Término da implantação

Quanto mais o embrião se implanta, mais o trofoblasto se expande:


•Sinciciotrofoblasto: as células continuam proliferando e puxando o blastocisto para dentro do útero.
Essas células produzem o hormônio Gonadotrofina Coriônica Humana (hCG)

•Citotrofoblasto: camada interna que forma novas células trofoblásticas.

EMBRIOBLASTO → também se diferencia em 2 camadas


∟ Disco Embrionário Bilaminar

∟ Camada Superior: EPIBLASTO: forma-se uma cavidade denominada Cavidade Amniótica, revestida por
células amnioblásticas que produzem uma substância viscosa (LÍQUIDO AMNIÓTICO→ responsável pela
proteção do embrião)

∟ Camada Inferior: HIPOBLASTO: forma a Cavidade Exocelômica ou Saco Vitelino Primitivo.


Células do Hipoblasto começam a proliferar e a migrar, formando uma membrana colada ao citotrofoblasto.

O blastocisto já está totalmente implantado no endométrio.

No sinciciotrofoblasto começam a surgir várias lacunas, até o momento que atinge os vasos sanguíneos materno.
Quando ele rompe os vasos sanguíneos da mãe, ele rompe e o sangue começa a se acumular nas lacunas. O
sangue e o oxigênio da mãe irão nutrir o embrião. → CIRCULAÇÃO UTEROPLACENTÁRIA.

Também se forma outra estrutura, chamada MESODERMA EXTRA EMBRIONÁRIA (se divide em 2)

→O Mesoderma extra embrionário que está em contato com a membrana exocelômica é o mesoderma extra
embrionário ESPLÂNCNICO
→O Mesoderma extra embrionário que está em contato com o citotrofoblasto é chamado mesoderma extra
embrionário SOMÁTICO

No mesoderma extraembrionário começam a surgir várias cavidades isoladas (extra embrionárias) que crescem e
se fundem, formando a cavidade coriônica. A cavidade coriônica ocupa todo o espaço exceto a região que
originará o PEDÍCULO DO EMBRIÃO, que futuramente dará origem ao cordão umbilical.
Quando se forma a Cavidade Coriônica e diminui de tamanho é chamado de SACO VITELINO SECUNDÁRIO.
Surge no final da Segunda Semana, na região do HIPOBLASTO as células de determinada região começam a se
igualar às células do EPIBLASTO, formando a placa pré-cordal, que origina o futuro local da boca do embrião.
Terceira Semana do Desenvolvimento

GASTRULAÇÃO
∟Processo que estabelece as três camadas germinativas: ECTODERMA - MESODERMA - ENDODERMA

No final da segunda semana surgiram duas membranas no epiblasto. Uma membrana se chama placa pré-cordal
e indica a região cefálica do embrião e a outra chama-se membrana cloacal, e indica a região caudal.

→ A gastrulação inicia com o surgimento da linha primitivo na superfície do epiblasto - ocorre migração
de células do epiblasto para o plano mediano.
As células do epiblasto começam a proliferar e migrar em direção ao centro, no plano mediano, formando a
linha primitiva. Essa linha cresce da região caudal em direção à região cefálica. Ela para em um ponto
formando o nó primitivo e invagina em direção ao hipoblasto, o espaço por onde as células crescem é
chamado sulco primitivo.
Algumas células que estão invaginando vão até o hipoblasto e substituem algumas células. Quando todas
as células são substituídas, e o hipoblasto passa a se chamar ENDODERMA. Outras células se
concentram no centro formando uma nova camada chamada MESODERMA. O que restou do epiblasto é
chamado de ECTODERMA.

FORMAÇÃO DA NOTOCORDA
∟É uma estrutura, semelhante a um bastão, a qual define o eixo do embrião, é a base para formação do
esqueleto axial e indica o futuro local das vértebras.

Como acontece a sua formação?

•Surge o processo notocordal no mesoderma, abaixo do nó primitivo.


•O processo cresce até a placa precordal, onde se dobra e forma a notocorda.
À medida que o processo notocordal vai crescendo, surge uma cavidade chamada canal notocordal que
também vai crescendo. O canal divide o processo em duas partes: a superior e a inferior.
→A parte inferior começa a sofrer apoptose e acaba eliminando o endoderma
→ A parte superior que restou é chamada de placa notocordal. A placa notocordal se dobra e forma uma
estrutura esférica denominada notocorda.

NEURULAÇÃO
∟Processo de formação do tubo neural → SNC

Como acontece a neurulação?

• O ectoderma acima da notocorda se espessa, formando a placa neural.


• A placa neural se invagina ao longo do seu eixo central formando uma depressão chamada sulco neural
e, consequentemente, ao lado desta depressão serão formadas elevações chamadas de pregas neurais.
• As pregas neurais irão se fundir, formando o tubo neural. O tubo neural se desprende do ectoderma e
fica situado acima da notocorda. Quando as pregas neurais se fundem e o tubo neural se desprende da
ectoderma um grupo de células acaba indo junto, são chamadas de células da crista neural →
posteriormente darão origem à
diversas estruturas, principalmente na região cefálica, elas se separam para dar origem a essas estruturas:

O MESODERMA SE DIVIDE EM 3 PORÇÕES:


→Mesoderma paraxial: começam a surgir estruturas esféricas chamadas SOMITOS, essa estrutura dará origem
aos músculos, vértebras e costelas.
→Mesoderma intermediário:

→Mesoderma lateral:
ALANTÓIDE
∟Começa a surgir uma evaginação na região caudal que cresce em direção ao pedúculo do embrião. Essa
estrutura está relacionada com a formação do ligamento umbilical e também com a formação das artérias e veias
umbilicais.

DA QUARTA À OITAVA SEMANA DE DESENVOLVIMENTO

Fases do Desenvolvimento
•Crescimento - divisão celular
•Morfogênese - desenvolvimento da forma, tamanho e outras características.
•Diferenciação - as células assumem suas funções no tecido.

Dobramento do embrião → ocorre dobramento do disco embrionário trilaminar.

QUARTA SEMANA
∟ O embrião possui alguns somitos e o fechamento do tubo neural ainda está acontecendo, em dois locais ainda
permanece aberto por um tempo.
• A região encefálica → chamada ne neuróporo rostral (fecha primeiro)
• A região caudal → chamada de neuróporo caudal.
Com 24 dias o embrião está maior e possui mais somitos e os neuróporos começaram a se fechar. Surge o
primeiro arco faríngeo que dará origem ao osso maxilar e a mandíbula. Ainda na quarta semana surgem mais
somitos, o embrião se encurva e forma-se mais arcos faríngeos. Com 28 dias surge o futuro local do olho, nariz e
já começa a brotar o membro inferior e o membro superior.

QUINTA SEMANA
∟ O embrião está mais curvado ainda e haverá um grande desenvolvimento craniano e encefálico.

SEXTA SEMANA
∟ Já se formou o olho primitivo e a orelha está se formando. O nariz está se formando, os membros inferiores e
superiores já brotaram, já é possível ver a mão com os raios digitais (futuros dedos) unidos por membranas.

SÉTIMA SEMANA
∟ Os olhos, as pálpebras e a orelha já estão formadas. As membranas que uniam os dedos já estão
desaparecendo e os dedos dos pés estão se desenvolvendo.

OITAVA SEMANA
∟ Já está praticamente tudo formando. E inicia-se o período fetal.

PLACENTA

Como é formada?
A placenta é desenvolvida dentro do endométrio, a camada epitelial do útero, por eventos sucessivos de
erosão, implantação e formação de vilosidades e vasos sanguíneos embrionários e fetais. A placentação
humana inicia-se com a implantação do embrião no útero durante o 7o e o 12 o dia de gestação. Nesse
processo, as células do trofoblasto diferenciam-se em citotrofoblasto e sinciciotrofoblasto. As células do
sinciciotrofoblasto se fundem, formando uma massa celular multinucleada. Essas células erodem o
endométrio, por meio da liberação de enzimas, e migram em seu espaço, formando lacunas. Elas
também rompem vasos sanguíneos, extravasando sangue nesses espaços lacunares. Enquanto isso, o
citotrofoblasto prolifera-se e forma feixes celulares que vão ocupando as lacunas até o contato com a
região basal do endométrio. Tais feixes são chamados de vilosidades primárias. O mesoderma extra
embrionário, formado por diferenciação do embrioblasto (massa celular interna do embrião), cresce em
direção às vilosidades primárias, que evoluem para vilosidades secundárias. Por sua vez, essas
vilosidades secundárias ramificam-se, o mesoderma extraembrionário presente forma vasos sanguíneos
e a partir daí se tornam as vilosidades terciárias. Os vasos sanguíneos das vilosidades terciárias
interligam-se com os vasos embrionários originados no alantoide, assim formam juntos uma circulação
capaz de obter nutrientes para o feto do sangue materno em sua volta presente nas lacunas. Ao final
desse processo, por volta da 12a semana de gestação (três meses) ocorre o estabelecimento completo
da circulação materno placentária. Vasos que ainda estão intactos são desobstruídos e se tornam de
grande calibre, e também ocorre remodelagem dos tecidos. A placenta passa a nutrir o embrião/feto em
todo o seu desenvolvimento.

Definição: a placenta é um órgão formado durante a gestação, que tem como papel principal promover a
comunicação entre a mãe e o feto e, assim, garantir as condições ideais para o desenvolvimento do feto.

As principais funções da placenta são:

→ Fornecer nutrientes e oxigênio para o bebê

→Estimular a produção de hormônios essenciais para a gestação

→Fornecer proteção imunológica ao bebê

→Proteger o bebê contra impactos na barriga da mãe

→Eliminar resíduos produzidos pelo bebê, como a urina

2. ORGANIZAÇÃO

•PORÇÃO FETAL originada do saco coriônico*

•PORÇÃO MATERNA derivada endométrio - Decídua Basal

FORMAÇÃO

*Córion= Conjunto trofoblástico (citotrofoblasto + sinciciotrofoblasto) + mesoderma extra embrionário.

DECÍDUA→ camada funcional do endométrio que se desprende após o parto.

∟ Regiões da Decídua: Basal, Capsular e Parietal. Sua classificação leva em conta o local de implantação do
blastocisto.

Fusão das Decíduas* → Parietal + Capsular

*A fusão das decíduas capsular e parietal ocorre devido o crescimento do concepto e oblitera a cavidade uterina.

Decíduas BASAL e CAPSULAR

Córion FRONDOSO e LISO


Decídua basal - situada mais distante do concepto, forma o componente materno da placenta - invadida por
vilosidades.

Decídua capsular - parte superficial da decídua - recobre o concepto

Decídua parietal - mucosa de revestimento remanescente no útero - parte restante da decídua.

• Vilosidades associadas a decídua basal→ ramificam-se e aumentam de tamanho → Córion Viloso/ Frondoso

•Crescimento saco coriônico→ vilosidades associadas a decídua capsular comprimidas → reduzindo fluxo
sanguíneo → vilosidades degeneram → forma área avascular →Córion Liso

OBS: Até o início da 8ª semana as vilosidades coriônicas cobrem todo o saco coriônico, porém, com o
crescimento deste último, as vilosidades (associadas a decídua capsular) são comprimidas e degeneram,
formando o córion liso. Já as vilosidades associadas a decídua basal (componente materno da placenta) se
desenvolvem muito, compondo o córion viloso ou frondoso (parte fetal da placenta). Com o crescimento do
concepto, o córion liso depois se funde com a decídua parietal.

→Membrana Placentária ou “Barreira Placentária” = conjunto trofoblástico + endotélio dos capilares fetais

→ CIRCULAÇÃO PLACENTÁRIA → ramificações das vilosidades-tronco→ ocorre troca de


substâncias através da membrana placentária entre feto e mãe.

•CIRCULAÇÃO PLACENTÁRIA FETAL → O sangue pobremente oxigenado passa através


das artérias umbilicais para a placenta → (as artérias se dividem em várias artérias
coriônicas) → se ramificam livremente na placa coriônica antes de entrarem nas vilosidades
coriônicas → o sangue fetal fica extremamente perto do sangue materno → ocorre a troca de
produtos metabólicos e gasosos entre as correntes sanguíneas materna e fetal → O sangue
fetal bem oxigenado vai pela veia umbilical.

•CIRCULAÇÃO PLACENTÁRIA MATERNA → O sangue materno no espaço interviloso


está temporariamente fora do sistema circulatório materno → ele entra no espaço interviloso
através das artérias espiraladas endometriais → ocorre devido a jatos que são impelidos
pela pressão sanguínea da mãe → o sangue flui lentamente pelas ramificações das
vilosidades, permitindo uma troca de produtos metabólicos e gasosos com o sangue fetal→
o sangue retorna pelas veias endometriais para a circulação fetal.

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