Você está na página 1de 60

Fecundação e

Fisiologia da gravidez
Paula Lukoki zau, MD, MSC

23/06/2018
SUMARIO
• Fecundação
• Desenvolvimento embrionário e fetal
• Formação e implantação do blastocisto
• Formaçao e funçoes dos anexos fetais ( placenta, cordão e âmnio)
• Trocas materno-ovulares
• Trocas feto-placentárias e útero-placentárias
Fecundação (gametas masculino e feminino)
Fecundação
Fecundação
• Ejaculação cerca de 300 milhoes de
espermatozoides na vagina
• Somente cerca de 100 entram em cada tuba
uterina
• Cada espermatozoide possui um acrossoma
(vesicula grande cheia de enzima).
• Em contacto com a zona pelucida do ovocito
ocorre a reação acrossomica(rompe vesicula e
liberaçao de enzimas)
• Membrana do esperma entra em contacto com
membrana do ovulo, tornam-se continuas e
nucleo do sptz penetra no citoplasma do óvulo.
• Alteraçoes impedem que outros
espermatozoides fertilizem mesmo
ovocito( polispermia).
Fecundação
• Após fecundação ovócito secundário
completa 2ª divisão, produz uma óvulo
maduro e um 2º corpo polar.
• Em 12 horas a membranna do óvulo
desaparece e o numero haploide de
cromossomas (23) do ovulo se une ao
número haplóide de cromossomas do
espermatozóide e formam o ovo ou zigoto.
• Ovulo não fertilizado se desintegra 12 a 24
horas após a ovulação, enquanto sptz
sobrevive até 3 dias no sistema genital
feminino.
Desenvolvimento (1ª semana)

• Transito do ovo até a cavidade uterina


• Segmentação do ovo (blastomeros)
• Formaçao da morula (3º dia)
• Formação do blastocisto (4º dia)
• Embrioblasto (Massa de celulas interna)
• Cavidade blastocistica ou blastocele
• Trofoblasto (camada de celulas externas)
• Blastocisto livre na cavidade ( 4º e 5 º dia)
• Invasão do endometrio pelo trofoblasto e sua
diferenciaçao em 2 camadas (7º dia)
• Citotrofoblasto (interna)
• Sinciotrofoblasto (externa)
• Final da 1ª semana → ovo superficialmente
implantado (penetra o endometrio e invade o
estroma).
Desenvolvimento (2ª semana)
• Formação do disco embrionario bilaminar
• Trofoblasto sofre rapidas transformaçoes:
• Organiza-se em 2 camada bem diferenciadas
citotrofoblasto e sinciciotrofoblasto
• Formam-se lacunas no sinciciotrofoblasto que
se fusionam formando a rede lacunar
• O trofoblasto erode os sinusoides maternos e o
sangue flui para dentro da rede lacunar
formando a circulaçao uteroplacentaria
primitiva
• A implantação se completa e o ovo totalmente
mergulahdo no endometrio
• As alteraçoes endometriais resultantes da
adaptaçao dos tecidos maternos a implataçao
são conhecdas por reação decidual.
2ª semana
• Formação de vilosiades primárias.
• Mesoderma extraembrionario se
origina, ↓ a cavidade blastocistica →
vesicula vitelina primitiva
• Celoma extraembrionario se forma ↓
a vesicula vitelina primitiva e origina
a vesicula vitelina secundaria,
constituindo o restante o saco vitelino
• Celoma extraembrionario se forma ↓
a vesicula vitelina primitiva e origina
a vesicula vitelina secundaria,
constituindo o restante o saco vitelino
Desenvolvimento
• O embrioblasto se diferencia em disco
bilaminar
• Epiblasto (ectodermo embronario)
relacionado a cavidade amniotica
• Hipoblasto (mesodermo embrionario)
forma o teto da cavidade exocelomica
junto com a membrana exocelomica
formam a vesicula vitelina.
• O celoma extra embrionario será a
cavidade corionica ( na gravidez
chamado saco gestacional)
• O mesodermo somatico extra-
embrionario e as 2 camadas do
trofoblasto(cito e sincicio)
formam o cório.
• O corio constitui a parede da
vesicula amniotica, dentro do
qual o embriao com as
vesiculas vitelina e amniotica
estao suspensos pelo
pediculo.
Desenvolvimento (3ª semana)

• Gastrulação (formação disco trilaminar)


• Periodo de rapido desenvolvimento e falha
menstrual.
• Aparecimento da 3ª camada germinativa
(mesodermo intraembrionario) apartir de células
do epiblasto
• Células do epiblasto deslocam o hipoblasto
formando o endodermo embrionario
• As celulas que permanecem no epiblasto
formam o ectodermo embrionario
• Ectoderma →tubo neural (primórdio SNC)
• Mesoderma intraembrionario
Pericárdica (coraçao)
• Somitos→(vertebras, costelas e musculatura axial) Pleural (pulmao)
• Celoma intraembrionario →cavidades do organismo Peritoneal ( vísceras
3ª semana

• Primeiros vasos sanguineos aparecem no mesodermo


extraembrionario da vesicula vitelina, do pediculo embrionario e do
cório. Dois dias depois vasos embrionarios.
• Hemangioblastos→ilhotas sanguineas
• Espaços dentro das ilhotas →endotelio que se unem e formam
sistema cardiovascular primitivo →tubos cardiacos→coraçao primitivo
• As celulas sanguineas são originadas dos hemangioblastos agrupados
na vesicula vitelina e vesicula alantoide
• Formaçao do sangue começa do 2º mês e ocorre no figado, baço,
medula ossea e ganglios linfaticos
• O sistema cardiovacular é 1º a funcionar (fim da 3ª semana)
• As vilosidades primárias tornam-
se secundárias (mesoderma no
interior) e terciárias(capilares no
seu interior)
4ª á 8ª semana (embrionario)
• Os 3 folhetos germinativos se diferenciam nos vários orgaos e
sistemas
• As curvaturas longitudinais (cefalico e caudal) convertem o
embriao achatado em cilindro feitio C.
• Parte da vesicula vitelina se incorpora no embriao durante a
curvatura e dando o intestino primitivo.
• A conexao do intestino e a vesicula fica pediculo ou canal
vitelino
• a curvatura cefalica determina que o coraçao se situe
ventralmente e o cerebro a parte mais cranial
• A curvatura caudal obriga o pediculo umbilical a se mover par
regiao ventral.
• Final da 7ª semana quase todos orgaos estão formados.
• A morfologia externa esta bastante influenciada pela formaçao
do cerebro, membros, orelhas, nariz e olhos.
• A imagem vai adquirindo figura humana
• Fase critica do desenvolvimento onde surgem malformaçoes
congenitas (teratogenicos)
9ª semana ao nascimento (período fetal)

• Organogênese está quase completa


• Crescimento e maturação de tecidos e orgãos já formados
• Os orgaos não desenvolvem com rítmo idêntico, nem maturam ao
mesmo tempo
• Os aparelhos respiratório, circulatário, urinario, digestivos estão
prontos para vida extrauterina no feto a termo.
• Os tecido nervosos e ósseo permanecem imaturos, e sua
diferenciação prossegue por muito tempo após o nascimento.
Factos salientes período fetal

• 9ª a 12ª semana- ↓ crescimento da cabeça em relação ao corpo, genitalia externa


ainda indiferenciada até a 9ª semana, madura na 12ª semana.
• 13ª a 16ª semana: crescimento muito rápido do corpo e aparece centros de
ossificaçao ao RX com 16 sem.
• 16ª a 20ª semana: percepçao do movimentos fetais. Com 20 semanas surge
lanugem e cabelos e a pele coberta por veniz caseoso.
• Até 22-24 semanas: apesar de todos orgãos formados, o feto é incapaz de
existencia extrauterina, principalmente pela imaturidade do sistema
respiratorio.
• Últimas 6 a 8 semanas: desenvolvimento rápido do tecido adiposo,
crescimento dos tecidos e preparaça para transiçao da vida intra para extra
embrionaria.
• Menos vulnerável a teratogênese, porém interferência no desenvolvimento
funcional, especiamente do cérebro.
Alguns aspectos da fisiologia fetal
• Respiraçao
• Com 28 semanas (1000g) os pulmões estão desenvolvidos
• Antes disso não tem superficie de trocas gasosa (superficie alveolar e a
vascularizaçao são insuficientes).
• Complexo surfactante (reduz a tensao- evita o colapso pulmonar)
• Início da respiração
• Antes do nascimento pulmões estão cheios de líquido
• Eliminação feita em 3 vias:
• 1-pressão exercida no torax durante o parto
• 2-absorvidos pelos capilares pulmonares
• 3-passam aos linfaticos que drenam os bronquios e vasos sanguineos
• Após o parto quando os pulmões se inflam cria interface ar-liquido na
superficie da membrana alveolar. A camada liquida produz força que tende
a colapsar os alveolos. O surfactante reduz essa tensao, mantendo ar na
expiraçao.
• Circulaçao
• A veia umbilical carrega sangue rico em O2 e nutrientes provenintes
da placenta e alcança o figado em direção ao coraçao e é distribuido
• Arterias umbilicais carregam sangue de volta a placenta para ser
oxigenado.
Anexos fetais
• Para o embriologista
• Corio
• Amnio
• Vesicula vitelina
• Alantoide
• Para o obstetra
• Placenta
• Cordao umbilical
• Membranas
Placenta: Formaçao da placenta
• Definida como fusão extensa dos orgaos fetais com os tecidos maternos,
com proposito de realizar as trocas fisiológicas.
• Na nidaçao o ovo penetra completamente na mucosa uterina, sepultado e
vai-se desenvolvendo
• Endometrio modificado pela gravidez →decídua ou caduca.
• Até o 3º mês distinguem-se 3 porções da decídua
• Decídua basal: zona de implantação ricamente vascularizada- parte materna da
placenta
• Decídua capsular: levantada pelo ovo, fina e mal irrigada
• Decídua parietal aquela que atapeta toda cavidade uterina(excepto zona de
implantação).
• Componente fetal da placenta deriva do trofoblasto→ vilosidades
corionicas (corio frondoso).
• Apartir do 5º mês a placenta esta definivamente formada.
Estrutura da placenta

• Placa corial: coberta por amnio, onde


correm ramos das arterias e veias
umbilicais, composto pelo corio que
emitem prologamnetos denominados
troncos coriais, vilosos ou troncos.
• Septos deciduais ou placentarios:
dividem a placenta em 15-30 areas
irregulares-cotiledones ou lobulos.
• Troncos coriais
• Placa basal
• Espaço interviloso
Forma , aspecto e dimensão
• Forma variavel, achatada, circular ou discoide ovalada
• Face fetal: corresponde com a cavidade amniotica, coberta
pelo amnio, lisa e brilhante, onde se insere o cordão
umbilical e do qual emergem as ramificaçães das arterias
umbilicais e convergem os componentes da veia umbilcal.
• Face materna: notam 15-30 cotiledones, sulcos
intercotiledonários. A superfície dos cotiledones é coberta
por fragmentos de material fino, acinzentado da decídua
basal(maioria parte fica retida no utero-eliminada como
lóquio).
• A dimensão varia 15-20 de diametro e 1 a 3 cm de espessura
na placenta a termo.
• Peso: 450g no termo, representa 1/6 do peso do concepto..
• Inserção: corporal (ventral ou dorsal) na maioria da vezes.
Podendo prolongar-se ao segmento inferior. Fundica algumas
vezes.
Placenta
Cordão umbilical
• Formado de tecido conjuntivo indiferenciado- geleia de wharton,
revestido de âmnio funicular
• Inserido no centro da placenta, tem diametrio de 1-2 cm e
comprimento de 50-60 com.
• No qual correm os vasos umbilicais (2 arteriais e uma veia)
• Nos frouxos do cordao (falsos) e as circulraes a volta do pescoço ou
tronco, são comuns. Raramente nós verdadeiros.
• Função: troca materno -feto -placentaria
Circulação placentária
• O sangue no útero provem das arterias uterinas, produz multiplas
ramos arqueados e tornam-se espiraladas ao perfurarem o
endometrio
• A circulaçao materna e embrionaria são estabelecidos inicialmente
quando as vilosidades corionicas invadem parte do endometrio
decidualizado, erodem-no formando os espaços intervilosos que se
enchem de sangue materno das arterias espiraladas, e as vilosidades
contendo sangue fetal são circundadadas e perfundidas por sangue
materno.
• As circulaçoes materna e fetal são indepedentes, não havendo
comunicaçoes entre elas.
• Circulação materna ou utero placentaria
• Circulaçao fetal ou feto placentaria
Circulaçao materna ou uteroplacentaria

• O sangue materno chega ao espaço interviloso atraves das arterias


espiraladas endometriais (80-100), o sangue é propulsionado em jatos pela
pressao sanguinea materna e entra com uma pressao muito alta em relaçao
da vilosidade e é dirigida a placa corial. E quando a presao cai o sangue flui
vagarosamente de volta a superficie da vilosidade onde são realizadas as
trocas de produtos metabolicos e gasosa com o sangue fetal. Depois
alcança o assoalho do espaço interviloso e deixa o espaço interviloso pelas
veias endometriais com uma pressao bem superior a das veias.
• O espaço interviloso tem cerca de 150 ml sangue, substituida 3-4x
vezes/min
• O fluxo sanguineo durante a gestaçao cresce de 50ml/min,na 10ª semana,
para 500ml/min no termo.
• A nutriçao da placenta (materna ou ovular) depende da circulaçao materna.
Circulaçao placentaria fetal ou feto placentaria
• O sangue pobre em oxigenio , deixa o feto pelas artérias umbilicais em direcçao a
placenta.
• O cordao se insere na placenta, e suas arterias são divididas em certo numero de
vasos dispostos de forma radiada na placa corial onde se vao ramificando.
• Os vasos compoem extenso sistema arteriolo-capilar-venoso dentro das
vilosidades, colocando o sangue fetal muito perto do materno.
• O sangue fetal oxigenado passa atraves de veias para veia umbilical que o
carrega para o feto.
• O fluxo fetal que se dirige a placenta é determinado pelo débito cardiaco fetal e
resistencia vascular umbilical (arteriola do sistema viloso terminal).
• No termo, a placenta recebe aproximadamente 40% do debito cardiaco fetal.
• No 3º trimestre o fluxo sanguineo umbilical permanece constante entre 110 e
125 ml/min/kg.
Funções da placenta
• Desempenha funções essenciais para manutençao da gravidez
desenvolvimento normal do embriao.
• Tres funçoes principais;
• 1- Metabolica
• 2- Endocrina
• 3- De trocas
Funçao metabolica
• Sintese de glicogenio, colesterol e acidos graxos
• Reservatorio de nutrientes e de energia para o embriao
Funçao endocrina

• Produção de hormonios (a partir de 8-9 semanas de gravidez)


• Hormonios esteroides
• Progesterona
• Estrogenio
• Hormonios polipeptideos
• Gonadotrofina corionica humana
• Lactogenio placentario humano
• Hormonios neuropeptideos
• Hormonio liberador da gonadotrofina
• Hormonio liberador da corticotropina
• Inibina,ativina
• Proteinas placentarias
• Progesterona
• Importante na implantaçao
• Necessaria para manuteção quiescente do miometro
• Importanta no desenvolvimento mamario
• Estrogenio
• Relevante na implantaçao e desenvolvimento das mamas
• Determina proliferaçao do sistema ductal mamario e em conjunto com a
progesterona promovem o desenvolvimento do tecido glandullar
• Promove crescimento uterino, aumenta o fluxo sanguineo uteroplacentario,
induz vasodilataçao e determina o inicio da contratilidade do utero
• Gonadotrofina corionica HCG
• Aumenta rapidamente 4 semanas apos a implataçao, dobra seus valores apos 2-3 dias, atinge
um pico entre 8 -12semanas e, depois da queda se nivela ate o termo.
• Funçao: similiar ao LH suporte do corpo luteo no início da gravidez
• Responsavel pela produçao de testosterona no testiculo fetal, assim como estimula a zona
fetal do cortex supra renal
• Lactogenio placentario humano (hPL)
• Detectado com 3 semanas de gestaçao e sua concentraçao vai ↑até o termo, atingindo niveis
de 10-16 ul/ml. É a maior produto secretado pela placenta, atingindo a produção de 1 g/dia.
• Funçao:modula o metabolismo materno e fetal ao agir no figado de ambos os organismos e
em outros tecidos.
• Funciona como antagonista da insulina→resistência periferica a esse hormonio; aumenta a
lipolise e a proteolise da mae, promovendo fonte adicional de glicose e de aminoacidos para o
feto.
Neuropeptideos
• Hormonio liberador da gonadotrofia (GnRH) secretada pelo citotrofoblasto, estimulal
o sincicio a produzir hCG e esteroides.
• Hormonio liberador da corticotrofina (CRH) detectado com 20 semanas de gestaçao,
aumenta nas fases finais da grvidez, com crescimento rapido nas semanas que
precedem o parto.
• Função: determinismo do parto ‘’relogio placentario’’ , controla a duração da gravidez
humana. Gravidez complicada com parto pretermo, niveis crescem precocemente.
• Proteinas placentarias: placenta produz inumeras proteinas, exclusivas da gravidez e
não só.
• Exclusivas da gravidez- proteinas plasmaticas associadas a gravidez (PAPP) A,B,C e D.
• Funcões: ainda não desvendadas.
• PAPPA – usado no rastreio bioquimico das aneuploidias 1º trimestre.
Trocas materno placentaria

• Barreira placentária
• Na placenta há 2 camadas entre o
sangue matero e circulaçao fetal
• Sinciciotrofoblasto(epitelio transportador)
• Endotelio do capilar fetal
• Possibilitam passagem irrestrita de
moleculas como glicose e aminoacidos
• Possui 2 membranas plasmaticas no
sinciotrofoblasto (barreiras primárias de
transferência de nutrientes e de ions)
• Membrana microvilosa (em contacto com
sangue materno)
• Membrana plasmatica basal (aponta para
os capilares)
Mecanismo de troca

• Varios mecanismos contribuem para passagem de subst. de um lado ao outro


• Difusão simples: pelo gradiente de concentração. Ex: O2 e CO2
• Difusao facilitada: uso de carreadores. Ex: glicose
• Transporte activo: contra o gradiente, uso de energia ex: amnoacidos e
vitamina hidrossoluveis
• Ultrafiltrado: pressão hidrostática força a passagem de liquido atraves da
membrana. Ex: agua, Na
• Pinocitose (endocitose): a membrana invagina-se engloba pequenas
particulas que cruzam a celula e são liberada do outro lado.
Ex:imunoglobulinas (IgG), grandes moleculas proteicas , lipoproteinas e ferro.
Meanismos de transporte
Passagem transplacentaria de oxigenio

• Ciclo respiratorio materno-fetal


• O ar penetra pelas vias aereas e chega aos alveolos
• Passagem do oxigenio atraves da superficie pulmonar
de troca para o sangue materno, onde se liga as
hemacias é carregada como oxihemoglobina,
alcançando todo organismo ate o espaço interviloso
• Libertaçao do oxigenio da hemacia materna, difusao
pela membrana placentaria e combinaçao com a
hemoglobina do feto.
• Transporte do oxigenio por intermedio da hemoglobina
fetal e sua utilizçao com formaçao do anidrido
carbonico (respiração interna).
• Condução do anidrido carbonico combinado com acido
carbonico sob a forma de bicarbonato para a placenta,
transferencia para o sangue materno atraves da
barreira placentaria, para a superficie pulmonar , para
o ar alveolar e eliminação para o exterior.
• Oxigênio nos Vasos umbilicais
• As arterias umbilicais transportam sangue venoso com saturaçao de
25% e PO2 de 15mmHg e a veia umbilical, sangue arterial com 70% e
30mmHg respectivamente.
• Consumo fetal de O2
• A taxa de utilizaçao O2 concepto é cerca de 4 a 5 ml/kg e suas
reservas são bem diminutas
• O suprimento initerrupto de O2 para o feto é indispensavel a sua
sobrevida, aparecendo lesões irreversíveis do SNC após 7-10 minutos
de anoxia.
Passagem de outras substancia
• Nutrientes : glicose e aminoácidos por difusao facilitada
• Água e eletrolitos: difusão simples ou ultrafiltrado (agua,Na e K) , transporte
ativo ( Ca, Mg, fosforo).
• Hormonios: os esteroides migram livremente, os proteicos não
• Anticorpo (IgG) atravessa placenta-imunidade passiva
• Catabolitos fetais: (ureia, acido urico, co2, bilirrubina)
• Medicamentos: a maioria atravessa a placenta como: talidomina
(malfolmações fetais), tetraciclina (lesões diversas), sedativos, analgesicos e
anestesicos (depressão respiratória do RN.)
• Agentes infecciosos: vírus da rubeola, citomegalovirus, parvovirus B e outros,
determinam infecçao no feto e em alguns casos malformaçoes.
Trocas transplacentarias
Sistema amniotico
• É a unidade morfológica e funcional entre o âmnio e o
líquido amniótico.
• As membranas que recobrem a cavidade amniotica são
compostas pelo âmnio e cório.
• A medida que a cavidade amniotica cresce, oblitera
gradualmente a cavidade coriônica, tornando as
membranas intimamente aderidas (cório e âmnio) .
• Partes do amnio: âmnio membranoso (acolado ao cório
membranoso), âmnio placentário (recobre o cório
placentário) e funicular (recobre o cordão).
• Corte do utero revela: amnio-cório-decíduas capsular e
parietal e miometrio.
• Amnio não contem vasos, nem nervos, seus nutrientes
são supridos pelo LA.
Origem e reabsorçao do liquido amniotico

• Produçao do líquido
• 1º trimestre: essencialmente do transudato da pele não-queratinizada do
embriao, da superficie placentaria e da decidua. o LA é isomolar (isotonico)
com plasma fetal e materno, Agua e eletrolitos transitam livremente atraves
da pele não queratinizada do embriao. Os rins começam a excretar urina com
10-11 semanas de vida.
• 2º e 3º trimestre: rins são a maior fonte de LA. Debito urinario de 5ml/h
(120ml/dia -20 semanas de gestaçao, aumentado para 51ml/h (1224 ml/dia)
no termo. Problemas na produçao de urina, determinam alteraçao do volume
do LA (oligoamnio). A osmolaridade do LA diminui muito pouco apesar do
grande afluxo de urina diluida, sugerindo mecanismo regulatorio
intraamniotica.
• Origem pulmonar: apartir de 7 semanas a traqueia esta aberta para a faringe
posterior e o fluido se move para fora dos pulmoes. No final da gravidez cerca
de 340ml/dia de liquido deixam os pulmoes pela traqueia, 170ml é deglutida e
o resto vai para LA.
• O concepto apresenta movimentos respiratorios em 30-40% do tempo
(contraçoes do diagfragma associados a incursoes bidirecionais do lquido pela
traqueia).
• Reabsorçao
• Deglutiçao: maior via de reabsorçao na 2ª
metade da gestaçao. Impossilidade de deglutir
(obstruçao do TGI) –polidrâmnio.
• O LA deglutido é significativamente inferior a
produçao de urina fetal.
• Via intramembranosa: atraves do amnio
placentario para os vasos fetais da placa corial. É
responsavel pela absorçao de 200-400ml/dia no
termo da gestaçao.
• Via transmembranosa: através do âmnio
membranosao para o sangue materno, é
diminuta, cerca de 10ml/dia.
Liquido amniotico
• Volume amniótico varia, tendencia ↑progressivo
• No início da gravidez é maior que o concepto
• Igualando em torno do 5º mês pelo acentuado desenvolvimento fetal, Inverte-se
proporçao no final, o concepto ocupando tem maior parte.
• 10 ª semana →30ml ; 20ª semana→ 350ml; próximo ao termo →1000ml e depois
decresce para 150ml/semana.
• No LA estão suspensas: células esfoliativas do âmnio, da epiderme do feto, das vias
urinárias, cavidade oral, das vias aéreas, lanugem, goticulas de gordura e celulas da
vagina→diagnóstico sexo fetal.
• O LA é cristalino no inicio, tornando-se progressivamente opalescente e grumoso.
Ao secar, cristaliza-se com aspecto arborescente comum a outros.
• Coloraçao amarelada,esverdiada ou castanha são anomalos, traduzindo doença
hemolitica, sofrimento ou morte.
Importância do LA
• Proteger o feto de lesão mecanica
• Permitir o movimento do feto, prevenindo contratura dos membros
• Prevenir adesão entre o concepto e o amnio
• Possibilitar o desenvolvimento do pulmão fetal.
• Ausencia de LA – hipoplasia pulmonar.
• Mecanismos de trocas amnioticas
• Da cavidade amniotica para o compartimento materno (transporte
passivo por osmose) atraves da amniocorial mediante gradiente
quimico entre o LA hipotonio e fluidos maternos isotônicos.
• Da cavidade amniotica para os vasos fetais do cordao:
• Fluxo em massa- agua move-se pelos tecidos porosos multicelulares amnio e
o corio, mecanismo não- difusional.
• Fluxo atraves de membrana semipermeavel: ureia, glicose, NaCl pelo tecido
amniocorial com alguma força osmotica
SÍndrome de potter (oligoâmnio)
Vesicula vitelina

• Funçao:
• Transferencia de nutrientes ao ambriao durante 2ª e 3ª semana, ainda
sem circulaçao uteroplacnetaria.
• Desenvolvimento do sangue em suas paredes desde a 3ª -6ª semana,
quando se inicia no figado.
• Constitui o intestino primitivo - sistema digestivo
• Local de aparecimento das celulas germinativas no inicio da 3ª semana,
depois migram para as gonadas.
•.
• Destino da vesicula vitelina
• No fim da 5ª semana se separa do
intestino primitivo
• Com evoluir da gravidez, se ↓, torna-se
sólida e bem diminuta.
• Com 9 semanas a Vesicula vitelina
constitui orgao rudimentar
• Com 12 semanas, a pequena vesicula na
cavidade corionica, entre a vesicula
amniotica e a corionica.
• Pode persitir por toda na superficie fetal
da placenta embaixo do amnio
Alantóide
• Aparece no 16 º dia apos fertilizaçao
• Duranteo 2º mês se degenera
• Funçao:
• Formaçao do sangue em suas paredes nos primeiros 2
meses.
• Transformaçao dos seus vaos em arterias e veias
umbbilicais.
• Destino
• A porçaõ intraembrionaria se estende do umbigo a
bexiga e mantem continuidade
• Quando a bexiga se desenvolve, a alantoide regride
para formar tubo espesso, o uraco, depois do
nascimneto se transforma em cordao fibroso-ligameno
umbilical mediano, que vai da bexiga ao umbigo.
Bibliografia
• DeCharney AH; Nathan L.Obstetricia e Ginecologia:
diagnóstico e tratamento. 9.ed - Rio de Janeiro: McGraw Hill
Interamericana do Brasil, 2004 (Série Current).
• Resende e Montenegro. Obstetricia- 11.ed. –Rio de Janeiro:
Guanabara koogan,2010
• Callen. Ultrassonografia em obstetricia e ginecologia. 4 ed.
Rio de janeiro-guanabara koogan, 2002
• Obrigada pela atençao

Você também pode gostar