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EMBRIOLOGIA

DESENVOLVIMENTO DA FACE
Professora: Sinara Gazola
EMBRIOLOGIA
• Embriologia é o estudo do desenvolvimento de
um organismo, que tem início com a fertilização
do ovócito (unicelular) e termina com o período
da organogênese – formação dos sistemas de
órgãos.

• PERÍODO EMBRIONÁRIO – 3ª a 8ª semana;


• PERÍODO FETAL – 9ª semana até nascimento
EMBRIOLOGIA
• O desenvolvimento humano inicia com a
fertilização, a junção do espermatozóide (gameta
masculino) com o óvulo (gameta feminino). Da
união destas duas células, surge uma única célula, o
zigoto, que contém informações genéticas
provenientes do pai e da mãe.
• Etapas da embriogênese: segmentação,
blastulação, gastrulação, neurulação, e
organogênese.
EMBRIOLOGIA
• Etapa de Segmentação ou Clivagem do zigoto
1ª SEMANA: é o processo de sucessivas divisões mitóticas,
que resultam em um rápido aumento de células. O zigoto
primeiramente se divide em duas células, chamadas de
blastômeros, e estes se dividem em quatro blastômeros, estes
quatro se dividem em oito e assim sucessivamente. Estas
divisões ocorrem enquanto o zigoto atravessa a tuba uterina,
em direção ao útero, e geralmente iniciam 30 horas após a
fertilização. As repetidas divisões formam uma esfera
compacta de células, denominada mórula.
Trompa de falópio
Fecundação

1º dia
Implantação
Endométrio

2º dia

3º dia

Parede uterina Trofoblasto


Estágio de
4º dia Mórula
Botão
embrionário
Estágio de
Estágio de Blastocisto
5º dia
Blastocisto Cavidade do
blastocisto

Cavidade uterina
Células tronco embrionárias
DESENVOLVIMENTO CRÂNIO-FACIAL
• São encontradas células-tronco em vários locais do
corpo, como no cordão umbilical, na medula óssea, no
sangue, no fígado, na placenta e no líquido amniótico.
• As células-tronco embrionárias podem ser divididas em:
• Totipotentes: podem produzir todas as células
embrionárias e extra embrionárias;
• Pluripotentes: podem produzir todos os tipos celulares do
embrião, menos placenta e anexos(âmnio, saco vitelino);
DESENVOLVIMENTO CRÂNIO-FACIAL
• A diferença essencial entre uma célula totipotencial e outra
pluripotencial é o fato de que a primeira (totipotencial) poderia até
originar um novo indivíduo, enquanto que a segunda
(pluripotencial) não teria essa capacidade. Ambas, têm a
capacidade de gerar qualquer outra célula.
• As totipotentes são aquelas presentes nas primeiras fases da
divisão, quando o embrião tem até 16 - 32 células (até três ou
quatro dias de vida, blastômeros). As pluripotentes ou
multipotentes surgem quando o embrião atinge a fase de
blastocisto (a partir de 32 -64 células, embrioblastos
aproximadamente a partir do 5.o dia de vida)
EMBRIOLOGIA
• Etapa de Blastulação: Aproximadamente quatro dias
após a fertilização, a mórula penetra no útero, e nesse estágio
surgem espaços entre os blastômeros, que são preenchidos
por líquidos provenientes da cavidade uterina. Com o aumento
de líquido, as células são divididas em duas camadas, uma
camada interna (ou embrioblasto) e uma camada externa (ou
trofoblasto). Logo os espaços se fundem, e dão origem a uma
só cavidade, denominada cavidade blastocística. A partir
deste momento, temos o blastocisto
embrioblasto

Cavidade
blastocística
EMBRIOLOGIA
• Etapa de Blastulação:

A: Embrioblasto

B: Trofoblasto

C: Cavidade Blastocística
EMBRIOLOGIA
• https://youtu.be/aW4oHGjx2Cs?list=PLeYkpBc
MgM4gL5GuyBNsZUigu6WgQhOlQ
EMBRIOLOGIA
• Ao fim da primeira semana, o blastocisto já está implantado,
surgindo então, entre o embrioblasto e o trofoblasto, uma
nova cavidade, a cavidade amniótica, e simultaneamente,
surge nesta região um disco bilaminar, conhecido como disco
embrionário. Este disco é formado por duas camadas: o
epiblasto, camada de células voltadas para a cavidade
amniótica, e o hipoblasto (endoderma primitivo), voltado para
a cavidade blastocística. A partir deste momento, a cavidade
blastocística passa a ser chamada de saco vitelino primitivo.
epiblasto

hipoblasto
EMBRIOLOGIA
• DISCO BILAMINAR OU DISCO EMBRIONÁRIO
A: Sinciciotrofoblasto
B: Citotrofoblasto

C: Hipoblasto
F
D: Cavidade Amniótica
E: Epiblasto
F: Saco Vitelino
EMBRIOLOGIA
• Por volta do décimo dia, estágio em que o embrião já está
totalmente implantado no endométrio surge uma grande
cavidade que envolve o âmnio e o saco vitelino primitivo,
chamada celoma extra-embrionário.
EMBRIOLOGIA
• DISCO BILAMINAR OU DISCO EMBRIONÁRIO
D: Celoma Extra-
embrionário
E: Saco Vitelino
F: Âmnio
G: Epiblasto
H: Hipoblasto
EMBRIOLOGIA
• Por volta do 14° dia, o embrião ainda apresenta a forma de um
disco bilaminar, e células hipoblásticas (células do hipoblasto)
formam uma área espessa circular, denominada placa pré-
cordal, que indica o futuro local da boca, na região cranial do
embrião
EMBRIOLOGIA

• https://www.youtube.com/watch?
v=QyfLKes2k2A&list=PLeYkpBcMgM4gL5GuyB
NsZUigu6WgQhOlQ&index=3
EMBRIOLOGIA
• Etapa de Gastrulação 3ª SEMANA
• A linha primitiva
• O aparecimento da linha primitiva inicia a gastrulação, ela é
resultado de uma proliferação de células do epiblasto que
migraram para o meio (região mediana) do disco embrionário. Ao
mesmo tempo forma-se também o nó primitivo em sua
extremidade cranial.
EMBRIOLOGIA
• Enquanto há o alongamento da linha primitiva na sua
extremidade caudal, em sua extremidade cranial há a
formação do nó primitivo.
EMBRIOLOGIA
• Tão logo a linha primitiva começa a produzir células
mesenquimais, a camada epiblástica passa a chamar-se
ectoderma embrionário, e o hipoblasto, endoderma
embrionário. As células mesenquimais produzidas pela linha
primitiva logo se organizam numa terceira camada
germinativa, o mesoderma intra-embrionário.
EMBRIOLOGIA
• Etapa de Gastrulação 3ª SEMANA
• Na terceira semana grandes mudanças ocorrem no embrião
com a sua passagem do disco embrionário bilaminar para um
disco embrionário trilaminar, composto de três camadas
germinativas (ectoderma, endoderma e mesoderma). Este
processo de formação de camadas germinativas é denominado
gastrulação.
EMBRIOLOGIA
• O processo notocordal se forma a partir de células
mesenquimais que migram do nó primitivo e cresce
cefalicamente entre o ectoderma e o endoderma. Nesse
momento do desenvolvimento, o disco embrionário já é
constituído pelos 3 folhetos, exceto nas membranas
bucofaríngea e cloacal.
EMBRIOLOGIA
• O processo notocordal se consolida para formar a notocorda que.
A notocorda é a estrutura da qual se forma a coluna vertebral, será
o mecanismo inicial de sustentação longitudinal do corpo. A
notocorda induz a transformação de parte do ectoderma em
Sistema nervoso
• 3ª Semana
• Formação da linha primitiva, torna possível identificar o eixo
cefálico-caudal do embrião,
• Formação do mesoderma embrionário
• Formação do processo notocordal ( a partir do nó primitivo)
• União do ecto e do endoderma: membrana buco-faríngea e
membrana cloacal.
EMBRIOLOGIA
• https://www.youtube.com/watch?v=sUuX-
4fEF3A&list=PLeYkpBcMgM4gL5GuyBNsZUigu
6WgQhOlQ&index=4
EMBRIOLOGIA
• Neurulação 3ª e 4ª semana
• Placa neural: origina-se de um
espessamento do ectoderma na região
mediana da porção cefálica.
• Sulco neural: depressão limitada pelas
pregas neurais (com cristas neurais).
• Tubo neural: origina-se da fusão das pregas
neurais, separa-se do ectoderma e fica
envolto por mesoderma. Origina encéfalo e
medula espinhal.

Formação do Sistema
nervoso central
EMBRIOLOGIA
• Ao fim da terceira semana, as pregas se fundem,
transformando a placa neural em um tubo neural,
que é aberto nas regiões caudal e cefálica. Logo,
as extremidades do ectoderma se fundem
recobrindo todo o tubo neural e também, a parte
posterior do embrião. Em seguida, o ectoderma
superficial se diferencia na epiderme da pele. A
neurulação termina com o fechamento das
extremidades caudal e cefálica do tubo.
EMBRIOLOGIA
• Quando a notocorda e o tubo
neural se formam, o mesoderma
se diferencia e se divide em
porções cubóides pares,
chamados somitos, que se
localizam de cada um dos lados
da notocorda e do tubo neural.
• Os somitos dão origem a maior
parte do esqueleto axial (cabeça
e tronco) a musculatura
associada e a derme
EMBRIOLOGIA
• No fim da quinta semana, estão presentes de
42 a 44 somitos, os quais formam elevações na
superfície do embrião. Os pares vão surgindo
em seqüência cefalo caudal. São estas
estruturas que darão origem à maior parte do
esqueleto axial (cabeça, pescoço e tronco) e à
musculatura associada. Assim, o embrião
continua o seu desenvolvimento, sendo que na
última semana do período embrionário (8°
semana) os principais órgãos e sistemas já
estão formados.
EMBRIOLOGIA
• Em consequência aos dobramentos cefálico e
caudal, a cavidade amniótica passa a envolver
todo o embrião.
EMBRIOLOGIA
• https://www.youtube.com/watch?
v=FlAMddF6Nk&list=PLeYkpBcMgM4gL5GuyB
NsZUigu6WgQhOlQ&index=5
EMBRIOLOGIA
• Em torno da 4ª semana, o embrião dividi-se em 3 porções:
cefálica, média e caudal. Na extremidade cefálica,a cavidade
oral primitiva, ou estomodeo, oriunda de uma invaginação do
ectoderma, é separada do intestino primitivo por uma fina
membrana ectodérmica/endodérmica (chamada de
membrana bucofaríngea) que se forma no 22º dia.
• Logo em
EMBRIOLOGIA
seguida, no 27º dia, ocorre a perfuração da
membrana, estabelecendo-se a comunicação entre a cavidade
oral primitiva e o intestino. Na extremidade caudal ocorre
processo semelhante
DESENVOLVIMENTO CRÂNIO-FACIAL
• Aparelho Branquial
• É responsável pela formação da maior parte dos constituintes
da face e pescoço. É composto de arcos, bolsas e sulcos
branquiais. Os arcos branquiais iniciam seu desenvolvimento
no começo da 4ª semana, qdo ocorre a migração das células
da crista neural formadas a partir do ectoderma, que dão
origem aos processos frontonasal, mandibular e maxilar.
DESENVOLVIMENTO CRÂNIO-FACIAL

• Acima da cavidade oral


primitiva vai se
formando o processo
frontal, que na sua
porção anterior constitui
o processo frontonasal.
Esse processo,
juntamente com o
maxilar e mandibular,
delimitam a cavidade
oral.

Embrião 25 dias
DESENVOLVIMENTO CRÂNIO-FACIAL

• No fim da 4ª semana,
visualizam-se 4 pares
bem definidos de
arcos branquiais. O
5º e o 6º pares são
muito pequenos, não
visíveis na superfície
do embrião

Embrião 27 dias
DESENVOLVIMENTO CRÂNIO-FACIAL
• Os arcos são separados externamente pelos sulcos branquiais,
que com exceção do 1º sulco, que contribui para formação do
meato auditivo externo, os outros sulcos obliteram-se e
desaparecem. Internamente pelas bolsas faríngeas. Cada arco
possui uma artéria, um nervo, uma barra de cartilagem e um
componente muscular

Bolsas
faríngeas
Sulcos
branquiais
DESENVOLVIMENTO CRÂNIO-FACIAL
• O primeiro arco
branquial é subdividido
em dois processos:
maxilar e mandibular. O
mandibular é maior e
formará a mandíbula; o
maxilar que é o menor,
formará a maxila, o
arco zigomático e a
porção escamosa do
osso temporal

Embrião 27 dias
DESENVOLVIMENTO CRÂNIO-FACIAL
• Correspondência de cada arco branquial a um
nervo craniano

Nervo trigêmeo

Nervo facial

Nervo glossofaringeo

Nervo vago
DESENVOLVIMENTO CRÂNIO-FACIAL
• O aparelho branquial contribui para a formação do crânio,
face, pescoço, cavidades nasais, boca, faringe e laringe como
mostra na tabela abaixo
DESENVOLVIMENTO CRÂNIO-FACIAL
• As bolsas faríngeas localizam-se nas porções internas dos arcos
branquiais e aparecem em pares, desse modo a 1ª bolsa
localiza-se entre o 1º e o 2º arco. Existem 4 bolsas faríngeas
bem definidas e uma quinta rudimentar.

Bolsas
faríngeas
DESENVOLVIMENTO CRÂNIO-FACIAL
• Estruturas derivadas das bolsas faríngeas
DESENVOLVIMENTO CRÂNIO-FACIAL
• Desenvolvimento da Face
• Em torno da 28º dia, aparecem espessamentos no ectoderma
da região frontal chamados de placódios olfatórios. que
migram anteriormente, formando uma ferradura que delimita
o orifício nasal, estabelecendo os processos nasal lateral e
nasal medial
DESENVOLVIMENTO CRÂNIO-FACIAL
• Desenvolvimento da face
• Os placódios olfatórios migram anteriormente, formando uma
ferradura que delimita o orifício nasal ou fosseta nasal,
estabelecendo os processos nasal lateral e nasal medial, os
elementos da futura mucosa olfatória da cavidade nasal

Embrião 32 dias
DESENVOLVIMENTO CRÂNIO-FACIAL
• Enquanto isso, o processo maxilar funde-se com o
frontonasal, originando o osso maxilar e os tecidos moles
adjacentes, exceto os da região do lábio superior e palato
primário
DESENVOLVIMENTO CRÂNIO-FACIAL
• Desenvolvimento da face
• Os processos nasais mediais dos dois lados e o frontonasal
formam a porção medial do nariz, a porção anterior da maxila
e do palato (palato primário)
DESENVOLVIMENTO CRÂNIO-FACIAL
• O lábio superior é formado pelos processos maxilares e nasais
mediais que vão crescendo em direção da linha mediana,
onde se fundem

Dessa forma o
processo frontonasal é
deslocado, deixando de
ocupar a região do
lábio superior
DESENVOLVIMENTO CRÂNIO-FACIAL
• Desenvolvimento do Palato
• No início do desenvolvimento do palato, as cavidades oral e nasal
comunicam-se e o espaço entre elas é ocupado pela língua em
desenvolvimento e anteriormente delimitado pelo palato
primário.

Embrião de
40 dias
DESENVOLVIMENTO CRÂNIO-FACIAL
• Desenvolvimento do Palato
• No início do desenvolvimento do palato, as cavidades oral e
nasal comunicam-se e o espaço entre elas é ocupado pela
língua em desenvolvimento e anteriormente delimitado pelo
palato primário.

• Somente qdo o palato secundário se desenvolve é que as


cavidades nasal e oral se separam. A formação do palato
secundário ocorre entre a 7ª e 8ª semana, decorrente de uma
fusão das cristas palatinas, formadas a partir dos processos
maxilares. Cristas palatinas

Cristas palatinas
DESENVOLVIMENTO CRÂNIO-FACIAL
• Desenvolvimento do Palato
• As cristas palatinas inicialmente estão voltadas para
baixo, a cada lado da língua. Com o contínuo
crescimento, após a 7ª semana, ocorre o
rebaixamento aparente da língua, permitindo que
as cristas palatinas sejam elevadas, fundindo-se
entre si e com o palato primário.

Cristas palatinas

Cristas palatinas
DESENVOLVIMENTO CRÂNIO-FACIAL

• Desenvolvimento do palato
DESENVOLVIMENTO CRÂNIO-FACIAL

• https://www.youtube.com/watch?
v=DgZ_tqucdI4&list=PLeYkpBcMgM4gL5GuyB
NsZUigu6WgQhOlQ&index=10
DESENVOLVIMENTO CRÂNIO-FACIAL
• Fissuras Labiais e/ou Palatinas
• Na descrição de Capelozza e Silva (1994) esta
nomenclatura está dividida em 4 grupos, onde:
• Grupo I - Fissura pré-forame incisivo: fissuras localizadas à
frente do forame incisivo, podendo abranger lábio e rebordo
alveolar. Podem ser unilaterais (completas ou incompletas),
bilaterais (completas ou incompletas) ou medianas (fissuras
raras que acometem o filtro do lábio superior);
DESENVOLVIMENTO CRÂNIO-FACIAL
• Fissuras Labiais e/ou Palatinas
• Grupo II - Fissura transforame incisivo: fissuras totais, que rompem a
maxila em toda a sua extensão, desde o lábio até a úvula. Podem ser
unilaterais ou bilaterais;
• Grupo III - Fissura pós-forame incisivo: fissuras isoladas de palato que
se localizam posteriormente ao forame incisivo. Podem ser completas
ou incompletas. (7ª e 8ª semana palato secundário)
• Grupo IV - Fissuras raras de face: fissuras raras de palato e/ou
labiopalatais que envolvem também outras estruturas faciais
denominadas de: fissura naso-ocular, fissura oblíqua (buco-ocular),
fissura horizontal (macrostomia), fissura transversa (buco-auricular) e
fissuras da mandíbula, lábio inferior e nariz.
DESENVOLVIMENTO CRÂNIO-FACIAL

• Fissuras Labiais e/ou Palatinas (Grupo I)


• Fissura unilateral pré-forame incisivo incompleta

Falha no fusionamento dos Pré-forame unilateral


processo maxilar e incompleta
Fonte: Centrinho – USP.
processo nasal medial
DESENVOLVIMENTO CRÂNIO-FACIAL
• Fissuras Labiais e/ou Palatinas (Grupo I)
• Fissura unilateral pré-forame incisivo completa

Lábio: Falha no fusionamento dos processo


maxilar e processo nasal medial Fissura pré-forame unilateral
completa
Palato primário: falha no fusionamento do Fonte: Centrinho – USP.
processo fronto-nasal com o processo nasal
medial
DESENVOLVIMENTO CRÂNIO-FACIAL

• Fissuras Labiais e/ou Palatinas (Grupo I)


• Fissura bilateral pré-forame incisivo incompleta

Pré-forame bilateral
Falha no fusionamento dos incompleta
processo maxilar e Fonte: Centrinho – USP.
processo nasal medial
DESENVOLVIMENTO CRÂNIO-FACIAL
• Fissuras Labiais e/ou Palatinas (Grupo I)
• Fissura bilateral pré-forame incisivo completa

Pré-forame bilateral
completa
Lábio: Falha no fusionamento dos processo Fonte: Centrinho –
maxilar e processo nasal medial USP.
Palato primário: falha no fusionamento do
processo fronto-nasal com o processo nasal
medial
DESENVOLVIMENTO CRÂNIO-FACIAL
• Fissuras Labiais e/ou Palatinas (Grupo II)
• Fissura unilateral transforame incisivo

Transforame incisivo unilateral


Fonte: Centrinho – USP
Lábio: Falha no fusionamento dos processo maxilar
e processo nasal medial
Palato primário: falha no fusionamento do processo
fronto-nasal com o processo nasal medial
Palato secundário: falha no fusionamento das
cristas palatinas dos processos maxilares
DESENVOLVIMENTO CRÂNIO-FACIAL
• Fissuras Labiais e/ou Palatinas (Grupo II)
• Fissura bilateral transforame incisivo

Lábio: Falha no fusionamento dos processo


maxilar e processo nasal medial Transforame incisivo bilateral
Palato primário: falha no fusionamento do
Fonte: Centrinho – USP
processo fronto-nasal com o processo nasal
medial
Palato secundário: falha no fusionamento das
cristas palatinas dos processos maxilares
DESENVOLVIMENTO CRÂNIO-FACIAL
• Fissuras Labiais e/ou Palatinas (Grupo III)
• Fissura pós-forame incisivo completa

Palato secundário: falha no fusionamento das Pós-forame


completa
cristas palatinas dos processos maxilares Fonte: Centrinho
– USP
DESENVOLVIMENTO CRÂNIO-FACIAL

• Fissuras Labiais e/ou Palatinas (Grupo III)


• Fissura pós-forame incisivo incompleta

Palato secundário: falha no fusionamento das Pós-forame


incompleta
cristas palatinas dos processos maxilares Fonte: Centrinho
– USP
DESENVOLVIMENTO CRÂNIO-FACIAL
• Fissuras raras de face (Grupo IV)

Fissuras raras
da face
Fonte: Centrinho
DESENVOLVIMENTO CRÂNIO-FACIAL
• Anomalias na formação da face: período de
maior risco
DESENVOLVIMENTO CRÂNIO-FACIAL

• Fissuras Labiais
Fissura Labial Unilateral Fissura Labial Bilateral
DESENVOLVIMENTO CRÂNIO-FACIAL
• Fissuras Labiais e palatinas
• Fissura unilateral completa pré-forame
DESENVOLVIMENTO CRÂNIO-FACIAL

• Fissura pós-forame completa


DESENVOLVIMENTO CRÂNIO-FACIAL

• Fissura pós-forame incompleta


DESENVOLVIMENTO CRÂNIO-FACIAL

• Fissura unilateral transforame incisivo


DESENVOLVIMENTO CRÂNIO-FACIAL

• Fissura bilateral transforame incisivo


DESENVOLVIMENTO CRÂNIO-FACIAL
• Correção cirúrgica
• 3º mês de vida cirurgia p/ remodelar lábios e
fechamento do palato mole
• 12 e 18 meses fechamento do palato duro
DESENVOLVIMENTO CRÂNIO-FACIAL
• Etiologia multifatorial, com influência genética e ambiental. A
hereditariedade é ainda relatada como o mais importante fator, sendo
considerada um consenso na literatura. O risco de que uma criança, com
um dos genitores com fissura labial e/ou palatina, tenha este tipo de
deformidade, é cerca de 40 vezes maior do que na população em geral.
Com o avanço na genética e da biologia molecular, um maior número de
genes tem sido implicado na etiologia das fissuras lábio –palatinas,
contudo, a maioria dos autores tem encontrado uma correlação entre
genes envolvidos no surgimento da fissura e fatores ambientais
• O tabagismo materno, bebida alcoólica durante a gravidez, carência de
ácido fólico, rubéola, Toxoplasmose, drogas anticonvulsivantes
DESENVOLVIMENTO CRÂNIO-FACIAL
• Desenvolvimento da Mandíbula
• A partir da 6ª semana, o processo mandibular contém no seu
interior a cartilagem de Meckel, como uma barra contínua
desde o ouvido médio até a linha medial. Entretanto, as duas
barras não se encontram anteriormente na linha medial.

Nervo lingual

Nervo
mandibular
Nervo alveolar
inferior
DESENVOLVIMENTO CRÂNIO-FACIAL
• Desenvolvimento da Mandíbula
• Na 6ª semana, ocorre, lateralmente a cartilagem de Meckel, uma
condensação de ectomesênquima, na altura do ângulo de divisão do
nervo alveolar inferior em seus ramos incisivo e mental. Na 7ª
semana, começa a ossificação intramembranosa nessa região, que
continua anteriormente até a linha medial e posteriormente até
onde o ponto onde o nervo mandibular dividi-se nos seus ramos
lingual e alveolar inferior.
DESENVOLVIMENTO CRÂNIO-FACIAL
• Desenvolvimento da Mandíbula
• A formação do osso da mandíbula ocorre em torno do aspecto
lateral da cartilagem. Os centros de ossificação, de cada lado,
ficam separados na região da sínfise até o nascimento. Durante o
desenvolvimento, surge um canal onde fica o nervo alveolar
inferior e os compartimentos que alojam os germes dentários.
Com 10 semanas, a porção intramembranosa já apresenta
aspecto de uma mandíbula rudimentar.
DESENVOLVIMENTO CRÂNIO-FACIAL
• Desenvolvimento da Mandíbula
• Entre a 10ª e a 14ª semana, aparecem 3 cartilagens secundárias:
condilar, coronóide e da sínfise. A cartilagem condilar aparece na
10ª semana, formando um cone que ocupa o ramo da mandíbula
começando a formação de tecido ósseo por ossificação
endocondral(cartilaginoso). A ossificação endocondral continua, até
que na 20ª semana somente uma fina camada de cartilagem resta no
côndilo. Essa cartilagem propicia o crescimento da região condilar até
a 2ª década de vida.
DESENVOLVIMENTO CRÂNIO-FACIAL
• Desenvolvimento da Mandíbula
• A cartilagem coronóide aparece em torno do 4º mês de
gestação, sendo logo após invadida pelo processo de
ossificação intramembranosa do ramo da mandíbula,
desaparecendo, portanto bem antes do nascimento.
• Nas regiões da sínfise, duas cartilagens, uma de cada lado,
aparecem na porção anterior da cartilagem de Meckel e
desaparecem no primeiro ano de vida.
• Assim sendo, a sínfise e o côndilo formam-se por ossificação
endocondral, enquanto que o restante da mandíbula se forma
por ossificação intramembranosa.
DESENVOLVIMENTO CRÂNIO-FACIAL
• Desenvolvimento da Língua
• A língua tem origem em vários arcos branquiais, que são os 1º, 2º,
3º e 4º arcos branquiais.
• Na 4ª semana, duas saliências aparecem no parte interna do 1º
arco branquial, formando as saliências linguais. Atrás e entre essas
saliências, aparece uma eminência medial, denominada tubérculo
ímpar
DESENVOLVIMENTO CRÂNIO-FACIAL
• Desenvolvimento da Língua
• As saliências linguais crescem e fundem-se cobrindo o
tubérculo ímpar, formando parte anterior da língua (2/3
anteriores).
DESENVOLVIMENTO CRÂNIO-FACIAL
• Desenvolvimento da Língua
• A parte medial e mais posterior (perto da epiglote) deriva do
2º, 3º e 4º arcos branquiais, que formam uma elevação
mediana (copula ou eminência hipobranquial)
• A epiglote é formada pela parte posterior do 4º arco branquial.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BERKOVITZ, B. K. B.; HOLLAND, G. R.; MOXHAM, B. J. Anatomia,
embriologia e histologia bucal. 3ª ed. Porto Alegre: Artmed, 2004.
377 p. ISBN 8536302569 (11 LIVROS NA BIBLIOTECA).

GÓMEZ DE FERRARIS, María Elsa; CAMPOS MUÑOZ,


Antonio. Histologia e embriologia bucodental. 2ª ed Rio de Janeiro:
Guanabara Koogan, 2006. 409 p. ISBN 852771096X (11 LIVROS
NA BIBLIOTECA).

KATCHBURIAN, Eduardo; ARANA, Victor. Histologia e embriologia


oral: texto, atlas, correlações clínicas. 3ª ed., rev. e atual. Rio de
Janeiro: Panamericana: Guanabara Koogan, 2012. 282 p. ISBN
9788527721431 (11 LIVROS NA BIBLIOTECA).

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