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- FITOTERAPIA
● Hibisco: exerce efeito negativo na espermatogênese. reduz o fluxo sanguíneo
do testiculo
● Pau-tenente: é uma planta que atrapalha a fertilidade masculina. diminui o
peso do testiculo, do epidídimo e da vesícula seminal, refletindo a contagem
de espermat.
● Melão de são caetano : reduz a fertilidade. modifica a arquitetura dos túbulos
seminíferos contribuindo com a redução espermatogênese e dilata a prostata.
redução da motilidade e anormalidades morfológicas.
● sementes de mamão: causa anomalias no espermatozóides, redução na
densidade da cauda, redução no Nº de cel. viáveis e redução da motilidade.
causa também supressão da espermatogênese
● maca peruana: contribui positivamente para o funcionamento do testiculo e
da espermatogênese, melhora a qualidade do semen.
● Tribulus terrestris: associada ao aumento da testosterona.
● curcuma longa: grande potencial antioxidante e anti inflamatório
● withania somnifera (ginseng indiano): contribui para a fertilidade, pois libera
cortisol, ajuda positivamente a produção dos hormonios sexuais e com o
funcionamento do sistema reprodutor masc.
- EXAMES LABORATORIAIS
● perfil hormonal, perfil tireoideano, perfil inflamatório, perfil nutricional(selenio,
zinco , eritrocitário e 25 OH, vit D)
● Os homens devem ser acompanhados nutricionalmente por pelo menos 3
meses antes da fecundação
● o ajuste alimentar e a redução da exposição ambiental a xenobióticos são
pilares importantes na prevenção e tratamento da infertilidade masc.
-1.2 FERTILIDADE FEMININA
- CICLO MENSTRUAL
● As mulheres são movidas por grandes variações hormonais durante o mês,
esse processo denominado ciclo menstrual, inicia-se na puberdade e finaliza
na menopausa, nesse intervalo há a fertilidade feminina. As fases são
controladas pelos hormônios esteroidais estradiol e progesterona +
substâncias não esteroidais. A liberação de hormônios pode ser influenciada
pela alimentação e estresse.
● A primeira fase do ciclo é a folicular, que inicia-se do primeiro dia da
menstruação até o dia da ovulação. ocorre subida e pico de estradiol sérico,
propiciando o crescimento do folículo, e baixa concentração de progesterona
e inibina B, que contribuem para o controle da secreção de hormônios
luteinizantes (LH) e hormônio foliculo-estimulante (FSH) que faram pico na
ovulação.
● Na passagem da fase folicular para a lútea, ocorre a ovulação. periodo
associado a mudança hormonal e proliferação do tecido mamário.
● A fase lútea é caracterizada pelo pico da progesterona e aumento na
secreção de prostaglandinas que aumentam a temperatura corporal e
produzem gelatinase B no endométrio, uma enzima que fará a descamação
desse tecido ao término do ciclo caso não ocorra a fecundação. é importante
destacar que a progesterona aumenta a utilização do carboidrato como
substrato energético, podendo mudar as preferências alimentares nesse
período. ocorre também aumento da fadiga, acúmulo de gordura corporal e
retenção de líquidos, como resposta há uma suposta gestação.
● Se não houver fecundação nessa fase lútea, entre ciclos, o FSH voltará a
subir porém sem pico, o que causará mudanças nas substâncias esteroidais
e não esteroidais durante a transição lútea - folicular.
● o ciclo menstrual tem o intuito de preparar o óvulo para a fecundação. o
ovário feminino tem um número finito de folículos primordiais desde o
nascimento da mulher. Á partir da puberdade, a cada ciclo um oócito
amadurece tornando-se um óvulo maduro atraves da foliculogênese.
- FERTILIDADE FEMININA NOS DIAS ATUAIS
● A infertilidade feminina pode ocorrer por desequilíbrio hormonal, síndrome
plurimetabólica, estresse psicológico, ou induzido por xenobióticos.
● fisiologicamente há uma redução de 50% da fertilidade em mulheres após 30
anos em comparação com a faixa etária dos 20 anos.
● A resistencia a insulina pode acarretar o aumento do estresse oxidativo,
gerando danos as mitocondrias nas células ovarianas, reduzindo o
desempenho reprodutivo da mulher, e também aumenta o risco de
hemorragias e defeitos congênitos caso a gestação ocorra.
● quando o homem ou a mulher apresenta diabetes, ocorre a diminuição no
sucesso da gestação.
- EXPOSIÇÃO A XENOBIÓTICOS
- OBESIDADE
● A presença da obesidade na mulher quanto no homem tem grande influencia
no sucesso da gestação espontânea, na mulher contribui na redução da
fertilidade, quando no homem caso não tenha disfunção metabólica, não
atrapalha.
● mulheres obesas podem apresentar alterações no eixo hipotálamo-pituitária-
ovários que levam as disfunções menstruais que podem resultar em
anovulação e infertilidade.
● na obesidade os adipócitos atuam como órgão endócrino, liberando
adipocinas, que interagem com múltiplas vias moleculares de resistencia a
insulina, inflamação, hipertensão, diferenciação e maturação do oócito.
● a obesidade pode aumentar, durante a gestação, os riscos de hipertensão e
diabetes gestacional, influenciando as alterações na programação metabólica
do bebê.
- FITOTERAPIA
● Hibisco: possui fitoquímicos que podem inibir o crescimento de células
trofoblásticas, promovendo a regressão do corpo lúteo e a diminuição da
progesterona. O efeito reverte quando o consumo é suspendido.
● Melão de São Caetano: promove redução nos níveis de estradiol e
progesterona, alterando o ciclo menstrual. reduz o efeito quando é
suspendido o consumo.
● Vitex Agnus Castus: Reduz a secreção da prolactina e atua na normalização
da fase lútea, atraves do aumento do estradiol. com a retomada do ciclo
menstrual, há o favorecimento na ovulação e aumento nas chances de
fecundação. resultado positivo com mulheres que possuem SOP. Reduz os
efeitos lesivos do envelhecimento no sistema reprodutor feminino. o consumo
deve ser interrompido quando ocorrer a gestação.
● Medicago sativa (alfafa): possui no seu perfil fitoquímico aminoácidos,
minerais e fito hormônios, dessa maneira , podem aumentar a secreção de
LH e estradiol, estimulando assim os folículos ovarianos e a formação do
corpo lúteo. contra indicado durante a gestação.
● Glycyrrhiza glaba (alcaçuz): devido a presença de fitoestrógenos, estudos
apontam que o extrato de alcaçuz induz á ovulação e a gravidez. não pode
usar mais que 15 dias.
● Angelica sinensis : regulação do ciclo menstrual
- EXAMES LABORATORIAIS
● É importante acompanhar o perfil hormonal (sexuais e também os
responsivos ao estresse, como o cortisol)
● Perfil nutricional - ferro (hemoglobina, transferrina, ferretina) , complexo B
( B12, B9, hemocisteína) painel de minerais no eritrócito e vit D
2. A BIOQUIMICA DA GESTAÇÃO
- Terceira semana
Inicio do desenvolvimento do embrião.
Desenvolvimento da notocorda, e diferenciação das três camadas
germinativas, que irão formar todos os tecidos e órgãos do embrião
(ectoderma , endoderma, mesoderma)
É importante considerar a disponibilidade de nutrientes vindos da mãe,
sobretudo tetrahidrofolato ( forma ativa do ácido fólico) que ajudará em todo
o processo de metilação e desenvolvimento de cada um dos folhetos
embrionários. Em caso de deficiência, pode ocorrer má formação do tudo
neural.
O sistema cardiovascular é o primeiro a ser formado, os pulmões não
funcionam na vida fetal, portanto o sistema cardiovascular é projetado para o
sangue ser oxigenado na placenta.
Sistema imunológico do feto está diretamente relacionado com que o
sistema i. da mãe fornece aos seus tecidos.
-PARTO
266 dias ou 38 semanas.
Diversos órgãos são amadurecidos após o parto, de tal modo que até os 21
anos o corpo maduro esteja finalmente formado , finalizado e resistente ao
ambiente.
- Placenta
Após a fecundação, ocorrem modificações no endométrio, que passam a
ser denominado decídua, o qual dará origem à placenta.
A placenta é constituída por componentes fetais e maternos
Exerce função metabólica, endócrina, e de proteção e trocas entre a
corrente sanguínea da mãe e do feto.
Local principal de produção de hormônios responsáveis pelo crescimento
fetal
A placenta sintetiza nutrientes como glicogênio, colesterol e ác. Graxos ,
principalmente no inicio da gestação.
A má nutrição da mãe interfere na transferência de nutrientes para o feto.
Para o feto ela é a única via pela qual os nutrientes, oxigênio, e resíduos
podem ser intercambiados. Os processos podem ser:
Difusão simples: transporte ocorre do meio mais concentrado para o meio
menos concentrado, até obter um equilíbrio. Por esse processo é possível o
transporte de O2, gás carbônico, sódio, cloreto, ác. Graxos, vit lipossolúveis
(vit A D E K)
Difusão facilitada: não tem gasto energético porem necessita da presença de
um carreador, tornando a passagem mais rápida e eficiente. Esse
mecanismo é pelo qual as moléculas de glicose e ác. Lático atravessam.
Transporte ativo: realizado por um transportador de membrana, envolve
gasto energético e independe do gradiente de concentração. Por esse
mecanismo são transportados cálcio, ferro, iodo, fosfato, aminoácidos, vit.
Hidrossolúvel. Pode ser inibido por álcool e nicotina.
Filtração: transporte rápido de nutrientes dissolvidos na água devido ao
gradiente de pressão hidrostática ou osmótica
Pinocitose: ocorre a invaginação da membrana que engloba os nutrientes, e
assim cruzam a célula e são liberados do outro lado. Ocorre com moléculas
grandes, como as imunoglobulinas, lipoproteínas, e fosfolipídios.
- Mamas
Nas primeiras semanas da gravidez, surgem sintomas como a tensão
mamária e dor. Após o segundo mês, as mamas aumentam de tamanho e
tornam-se nodulares por causa da hipertrofia dos alvéolos mamários. Os
mamilos tornam-se maiores, mais pigmentados e evertidos. Ao fim dos
primeiros meses sai um liquido amarelo e espesso denominado colostro.
- MASSA ERITROCITÁRIA
Também se eleva consideravelmente, porem em proporções menores que o
volume plasmático.
Essa hemodiluição é uma adaptação para otimizar a oferta de oxigênio para
o feto.
A gestação aumenta a necessidade do transporte de oxigênio em torno de
16%
- METABOLISMO DO FERRO
O ferro é necessário para o desenvolvimento do feto, placenta e cordão
umbilical e para suprir a perda sanguínea que ocorre durante o parto e
puerpério.
Para compensar esse aumento da necessidade, há uma indução para
absorção máxima de ferro dietético pelo intestino, e para a mobilização das
reservas de ferro pelo organismo da gestante
No excesso de ferro, há um bloqueio na absorção .
Após a absorção, o ferro é transportado das células mucosas para o sangue,
para então ser carreado por um proteína transportadora até a medula óssea,
onde produz eritrócitos.
A absorção intestinal de ferro aumenta conforme a evolução da gestação
Durante a gestação cerca de 300 mg são transferidos para o feto e placenta
A expansão eritrocitária também consome cerca de 500 mg ferro.
As necessidades de ferro tornam-se aumentadas na segunda metade da
gestação , sendo 6 a 7mg/dia
A produção de hemoglobina no feto não é prejudicada visto que a placenta
obtém ferro da mãe em quantidades suficientes para o feto manter a
concentração de hemoglobina normal, mesmo a mãe sendo anêmica.
Porem a deficiência de ferro pode aumentar o risco de parto pré-termo e
abortamento.
Níveis inferiores a 11g/dl já são indicativos de anemia em gestantes.
Exames laboratoriais: níveis de hemoglobina, hemácias, hematócritos, VCM,
CHCM, ferritina, ferro sérico, vit B12, ác. Fólico, transferrina, e capacidade
total de fixação de ferro no sangue periférico.
É importante utilizar 2 critérios como hemoglobina + VCM, aumentando a
especificidade do diagnóstico
Um fato que pode mascarar o resultado é a hemodiluição, que ocorre por
redução dos níveis de hemoglobina e hematócritos, em função da expansão
do volume plasmático maior que a expansão da massa eritrocitária.
- SISTEMA HEMOSTÁTICO
As concentrações de proteínas plasmáticas (ex.albumina) diminui, gerando
redução da pressão oncótica do sangue com o aumento da filtração
glomerular e perda de líquidos para o espaço extracelular, formando edema.
- APARELHO CARDIOVASCULAR
O aumento da volemia induz adaptações morfológicas do coração e grandes
vasos: hipertrofia do miocárdio, aumento da contratilidade e do débito
cardíaco em cerca de 40%. Aumento do fluxo sanguíneo uterino, das mamas,
renal, e para a pele (especialmente para os pés e mãos )
- APARELHO RESPIRATÓRIO
Há o aumento na frequência respiratória , com o aumento do consumo de
oxigênio, podendo atingir 15-20%.
- APARELHO URINÁRIO
Durante a gravidez cada rim aumenta de comprimento por causa da
vascularização e expansão do espaço intersticial. Porem aumenta a
frequência de micções, por ser comprimida pelo útero.
Em algumas mulheres pode ser detectado a presença de glicose na urina,
por função da excreção renal, isso deve ser acompanhado, visto que pode
aumentar os riscos de infecções urinárias.
-APARELHO GASTROINTESTINAL
Aumento do apetite, principalmente a partir do segundo trimestre
Transtorno Picamalácia: ingestão intencional e desejo de consumir
substancias incomuns. Não sabe a causa, sugere-se que seja por causa de
deficiência nutricional.
As náuseas e vômitos que ocorrem no primeiro trimestre tem sido
relacionado ao aumento do hormônio gonadotrofina coriônica.
Aumento da saliva devido ao estimulo nervoso, dificuldade de deglutir
associada as náuseas, e se o pH da cavidade oral estiver diminuído, pode
haver degradação dentária.
a motilidade do trato gastrintestinal, vesícula biliar e a tonicidade dos
esfíncteres são diminuídos pelo aumento da progesterona, desta forma
prolonga o esvaziamento gástrico, e aumenta o contato dos nutrientes com a
mucosa absortiva ( pode causar constipação por aumentar a absorção de
agua- a constipação pode causar hemorroida)
O peristaltismo esofágico está diminuído favorecendo a ocorrência do refluxo
gástrico por conta do lento esvaziamento gástrico e dilatação
- Progesterona
Fonte primária de produção: placenta
É o hormônio que prepara o endométrio para a implantação e manutenção do
feto na cavidade uterina, sendo produzido pelo corpo lúteo para manter a
gestação até que a placenta inicie a produção de hormônios .
A progesterona estimula a secreção de nutrientes para a manutenção do
zigoto, e também modula a secreção de hCG e Lactogônio placentário
humano (hLP)
Reduz a motilidade do trato gastrintestinal
Favorece a deposição materna de gordura
Aumenta a excreção renal de sódio
Estimula o apetite materno na 1ª metade da gestação
Inibe as contrações uterinas
Estimula o desenvolvimento dos sacos alveolares mamários
Inibe respostas imunológicas, protegendo o feto
Estimula o centro respiratório da gravida
- Estrogênio
Produzido na placenta
Inicialmente também é produzido pelo corpo lúteo
É responsável pela promoção da angiogênese placentária e vasodilatação
das artérias uterinas. Favorece o crescimento uterino. Também estimula o
desenvolvimento do sistema ductal mamário , do qual se desenvolverão os
alvéolos . Relaxamento pélvico para o parto
Causa hiperpigmentação cutânea
Reduz as proteínas séricas
Afeta a função da tireoide
Promove alterações no tecido conjuntivo e vascular
Diminui o apetite na segunda metade da gestação
Junto com a progesterona, estimula a decida do leite.
-Prolactina
Produzido no adeno – hipófise
Principal efeito é a síntese de leite e manutenção da lactação.
É o estrogênio que inibe a prolactina durante a gestação, iniciando a lactação
após o parto
- Relaxina
Produzido pelo corpo lúteo
Está relacionado com a adaptação materna do sistema cardiovascular
durante primeiro trimestre
Influencia no amolecimento da cintura pélvica , amadurecimento cervical e na
contratilidade uterina
Age como um relaxante uterino, impedindo o abortamento espontâneo , e
auxilia na passagem do feto
- OUTROS HORMONIOS QUE MERECEM DESTAQUE
- Insulina
As ilhotas pancreáticas tem papel central na manutenção da glicemia durante
a gestação, por meio de mudanças adaptativas e antecipatórias para
aumentar a produção e secreção de insulina.
As gestantes possuem resposta normal à glicose e síntese de insulina no
inicio da gravidez, mas à medida que o período gestacional avança, a
resistência tecidual materna aumenta e mais insulina é necessária para o
controle glicêmico.
A resistência a insulina é importante para garantir maior disponibilidade de
glicose para o embrião/feto. No entanto a resistência a insulina pode evoluir
para diabetes mellitus gestacional (DMG) .
A DMG predispõe à ocorrência de DM tipo 2 ao longo da vida ( a obesidade
aumenta o risco para 70%)
- Leptina
Durante a gestação ocorre a resistência a leptina, é importante para garantir
maior consumo alimentar, e aumentar a deposição de gorduras como forma
de reserva energética para o crescimento fetal e subsequente lactação ( fato
que coloca a gestação como fator de risco para o desenvolvimento de
obesidade e doenças metabólicas )
- Hormônios tireoidianos
As funções tireoideana normal é essencial para o desenvolvimento fetal, a
disfunção pode gerar problemas para a mãe e o feto
Durante a gestação a tireoide fica hiperplásica com aumento da
vascularização tornando-se facilmente palpável
Principais eventos :
A gravidez induz um aumento dos níveis da globulina ligadora de tiroxina
(TBG)
São produzidos alguns estimuladores tireoidianos de origem placentária
A gravidez acompanha-se de uma diminuição da disponibilidade de iodo
para a tireoide materna devido ao aumento do clearance renal e perdas para
o feto
A calcitonina, hormônio produzido pela tireoide, atua na fixação de cálcio nos
ossos, a sua concentração esta aumentada na gestação
- Aldosterona
Sua concentração esta aumentada a partir da 14° semana , sugere-se que
elevados níveis de aldosterona se destina a proteção contra os efeitos
natriuréticos da progesterona.
- ALTERAÇÕES DA PELE
A grande maioria das mulheres apresentam algum grau de escurecimento a
pele durante a gestação
Sabe-se que o estrogênio tem a propriedade de estimular a melanogênese
As principais áreas são aréola, mamilo, períneo, vulva, umbigo, axilas e
região interna das coxas.
- ALTERAÇÕES METABÓLICAS
Uma das alterações metabólicas mais importantes é o aumento do volume
sanguíneo
Aumento do débito cardíaco
Em relação a retenção de gordura corporal materna, esta se apresenta
aumentada na gravidez e diminuída na lactação , devido à ação da lipase
lipoproteica, enzima importante para a captação de triglicerídeos.
Na primeira metade da gestação não apresenta uma sobrecarga nutricional
significativa, na segunda metade elevam as necessidades calóricas à custa
do maior metabolismo materno.
- METABOLISMO ENERGÉTICO
O custo energético da gestação inclui a energia depositada nos tecidos
maternos e fetais, e aumento no gasto para a manutenção e pratica de
atividade física
A taxa metabólica basal (TMB) é considerada valor base para o
estabelecimento das necessidades energéticas na população em geral e
também na gestação, sendo observado um aumento nos seus valores
durante a gestação, principalmente se a gestante mantem o padrão de
atividade física semelhante ao do período pré gestacional
-AUMENTO PONDERAL
O aumento de peso durante a gestação é atribuído ao feto, útero e seus
conteúdos, mamas, além do volume plasmático e fluido intersticial
Uma fração menor corresponde as reservas maternas de agua intracelular e
deposição de gorduras e proteínas
Maior parte do aumento de peso é nos dois últimos trimestres
- METABOLISMO DA ÁGUA
O aumento da retenção hídrica é uma alteração fisiológica da gravidez,
sendo mediado em parte pela diminuição da osmolaridade plasmática
- METABOLISMO PROTEICO
Os aminoácidos são indispensáveis para a síntese tecidual e das estruturas
maternas
A hemodiluição e a maior captação placentária de aminoácidos promove
redução das proteínas plasmáticas, principalmente a albumina, contribuindo
para o desenvolvimento de edema
- METABOLISMO GLICÍDICO
A gestação é caracterizada pelo desenvolvimento de resistência a insulina,
resultando em intolerância a glicose e maior risco de desenvolver diabetes
A gravidez normal caracteriza-se por uma leve hipoglicemia em jejum ,
hiperglicemia pós-prandial e hiperinsulinemia
Logo no inicio da gestação a glicemia materna pode diminuir cerca de 10 a
20% , á medida que as exigências fetais vão aumentando, as reservas
maternas de glicose são mobilizadas através da glicogenólise hepática
- METABOLISMO LIPÍDICO
Durante a gestação ocorre armazenamento de gorduras com aumento de
colesterol e triglicerídeos havendo um significativo aumento das lipoproteínas
de densidade muito baixa (VLDL), a qual tem sua concentração aumentada
em três vezes a partir da decima quarta semana de gestação . além disso
tem há diminuição da atividade hepática da lipase levando ao aparecimento
das lipoproteínas de baixa densidade (LDL) principalmente no final da
gestação
- PROGRAMAÇÃO METABÓLICA
Existe uma associação entre os estímulos ao ambiente fetal e o
desencadeamento de mudanças permanentes na fisiologia do organismo,
tornando-se os principais fatores de risco para doenças cardiovasculares,
diabetes e síndrome metabólicas na vida adulta
Termo “Programação metabólica” é utilizado para descrever os processos
pelos quais estímulos externos desencadeiam ou “programam” adaptações
fisiológicas nos filhos durante as chamadas fases criticas do
desenvolvimento, sendo elas o período da gestação e o inicio da vida.
- MECANISMOS EPIGENÉTICOS
As mais comuns são: metilação do DNA e modificações de histonas
Alguns nutrientes influenciam os mecanismos de metilação do DNA através
de seu envolvimento com o metabolismo cíclico do grupamento metil, como
os aminoácidos glicina, histidina, metionina, serina, vit. B6 e B12 e ác. Fólico.
Pais com índice de massa corporal (IMC) elevado podem gerar impacto
negativo na quantidade, qualidade e integridade do DNA do esperma e no
desempenho reprodutivo masculino
Pais e mães influenciam semelhantemente a vida futura da prole
- Vitaminas do complexo B
A literatura nos últimos anos tem demonstrado que a deficiência de grupos
metil (B9, B12, metionina, colina e betaína) durante a gestação pode levar a
complicações, o que desencadeou a pratica da suplementação .
Evidencias clinicas demonstram que baixo nível de folato aumenta o risco de
defeitos no tubo neural, outros defeitos congênitos, desfechos adversos da
gravidez e baixo peso a nascer. Além disso em longo prazo a ingestão de
folato materno pode influenciar no desenvolvimento cognitivo e linguagem,
risco de autismo, incidência de alguns câncer, aumento do risco de síndrome
metabólica, adiposidade e resistência a insulina e obesidade.
O ácido fólico possui papel importante na síntese, reparação e metilação do
DNA.
Estudos evidenciam que gestantes ingerindo multivitamínicos aumenta a
ingestão alimentar, obesidade e características da síndrome metabólica na
prole
- Colina
A colina é uma molécula de amina quaternária reconhecida como doadora de
metil, e necessária à síntese de fosfolipídios das membranas celulares, para
sinalização colinérgica, sinalização transmembrana e metabolismo e
transporte de colesterol.
A betaína é derivada da oxidação da colina ou da ingestão dietética e é
fundamental para o desenvolvimento embrionário e fetal. A deficiência de
betaína esta associada a uma serie de distúrbios metabólicos e a sua
suplementação dietética pode prevenir a esteatose hepática induzida por
dieta obesogenica, e melhorar o desempenho de crescimento
O fornecimento gestacional de colina através da alimentação pode influenciar
o desenvolvimento do cérebro fetal por migração e morte celular no
hipocampo e na região septal
- Antioxidantes
A nutrição materna inadequada pode aumentar o estresse oxidativo,
causando doenças na prole
Flavonoide e outros polifenóis tem a habilidade de varrer as espécies reativas
de oxigênios do organismo (semente de uvas, na partícula das uvas pretas, e
no vinho tinto)
O açaí também exerce efeito benéfico em função da sua composição rica em
antocianinas, proantocianidinas e ouros flavonoides
- Bisfenol A
Mais amplamente utilizado no mundo , encontrado nos plásticos, em
produtos de consumo incluindo o revestimento de latas de metal,
brinquedos, cremes, resinas epóxis, tubulações de ar condicionado,
mamadeiras, garrafa plástica.
Capaz de cruzar a placenta, atingir o feto e afetar seu crescimento
O BPA pode alterar o desenvolvimento e maturação de células imunes
O BPA pode interferir na ação dos hormônios tireoidianos, alterando o seu
metabolismo
O bisfenol S e F tem o mesmo efeito – estão presentes no shampoo,
maquiagem, escova de dente, produtos a base de papel e alguns alimentos
como leite, carnes vegetais e cereais
-Ftalatos
Confere flexibilidade e elasticidade ao plástico
Os ftalatos podem interferir na ação ou metabolismo de androgênios,
hormônios tireoidianos e glicocorticoides não há estudos suficientes que
correlacione os ftalatos ao risco de obesidade
A exposição pré-natal aos ftalatos podem causar prejuízo no comportamento,
como redução no quoeficiente de inteligência (QI) infantil, associado ao
aumento das concentrações de ftalato na urina da mãe.
- Dietilstilbestrol (DES)
na década de 70 ele foi prescrito para gravidas no intuito de prevenir aborto
porem estudos comprovaram que o DES esta associado a obesidade adulta
também esta associado a menarca precoce e menopausa precoce
- RECOMENDAÇÕES
Para calculo da TMB para gestantes com IMC pré-gestacional normal: usar o
peso aceitável/desejável ou o peso pré- gestacional
Mulheres de baixo peso pré-gestacional: usar o peso aceitável/desejável
Mulheres com sobrepeso ou obesidade: usar o peso pré-gestacional
Peso aceitável/desejável : a partir do IMC aceitável que varia de 18,5 a 24,9
kg/m2
- ADICIONAL PERSONALIZADO
Para ganho de 12kg acrescenta-se 77000 kcal em toda a gestação, para o
ganho de X (meta) tem -se o adicional de y (variável da regra de 3)
O resultado será o adicional para toda a gestação e deve ser dividido pelos
dias que restam
- DRIs
Propõe as necessidades calóricas totais a partir do EER (recomendações
estimadas de energia) segundo a formula:
- EER: EER pré gestacional + adicional 1 + adicional 2
- 1° trimestre: os adicionais são 0
- 2° e 3°: adicional 1 = 8kcal * IG (em semanas) adicional 2 = 180 kcal
- MACRONUTRIENTES
- carboidratos
Devem representar 46% a 65% das calorias diárias (6 – 9 porções no dia)
A glicose é o principal substrato energético para crescimento fetal
A quantidade e qualidade dos carboidratos influenciam a concentração de
glicose no sangue materno.
A ingestão de carboidratos com baixo IG predispõe os filhos a um peso
normal de nascimento e ao ganho de peso materno dentro do esperado
A recomendação de fibras durante a gestação é a mesma da população
saudável, 25 a 30 g/dia
Os prebióticos também afetam beneficamente o hospedeiro, e para a mãe os
benefícios estão relacionados a melhora dos sintomas de constipação,
prevenção de diabetes e hipertensão gestacional, menor retenção de peso
pós parto, maturação do sistema imunológico na prole e proteção contra
alergias.
O consumo excessivo de açúcar tem relação com o aumento de IMC e
percentual de gordura corporal na infância.
- Proteínas
Deve constituir de 10% a 35% das calorias diárias
O desenvolvimento fetal saudável é dependente da disponibilidade de
proteínas, as quais fornecem substrato necessário para a formação de
enzimas, anticorpos, músculos e colágeno.
A proteína também é necessária para o crescimento de tecidos maternos
como o coração, sangue, mama, útero, tecidos de suporte fetal (placenta,
membranas extraembrionárias)
Dieta hiper proteica e pobre em carboidratos, aumenta o risco de desenvolver
DMG
Recomendação da FAO: 1g, 9g, 31g/dia no 1° 2° 3° trimestre, adicionados
0,8 a 1 g/kg/dia
Dris: 0,88 e 1,1g/kg/dia
- Lipídeos
a ingestão total deve constituir de 20% a 35% das calorias diárias
nos dois primeiros trimestres da gestação o corpo materno acumula lipídeos,
enquanto que no final a atividade lipolítica no tecido adiposo materno é
aumentada.
A exposição fetal aos ác. Graxos trans, promove efeitos deletérios precoces
na saúde da prole, aumentando o risco de desenvolver doenças metabólicas
a longo da vida.
Os ác. Graxos poli-insaturados (PUFAs) de cadeia longa desempenham um
papel fisiológico importante e benéfico na prole durante os períodos críticos
de desenvolvimento
- ÔMEGA 3 E 6
Fundamental para o desenvolvimento cerebral e visual
São ac. Graxos poli-insaturados de cadeia longa
- Recomendações
No mínimo 200mg de DHA por dia (1-2 porções de peixe na semana )
- Fontes
Existem poucas fontes vegetais de DHA e EPA, sendo encontrados em
peixes de agua fria, suplementos de óleo de peixe, leite materno e fórmula
infantil suplementada
A suplementação é uma boa estratégia por causa do mercúrio presente nos
peixes
- MICRONUTRIENTES
Determinados pelos dados de RDA
As mulheres gravidas estão em risco aumentado de múltiplas deficiências
-ÁCIDO FÓLICO
-Metabolismo do nutriente
Absorvido pela mucosa intestinal
É necessário para a síntese de purinas e do timidilato, tornando-se essencial
para a síntese de DNA RNA, elemento fundamental na eritropoiese
Tem importante papel na produção e manutenção de novas células,
maturação e formação de glóbulos vermelhos e brancos na medula óssea
A deficiência pode levar a malformação congênita (lesão no tubo neural,
fendas orofaciais, anomalias cardíaca) anemia e complicações durante a
gravidez (aborto, sangramento, pré -eclampsia...) e trombose venosa.
-Recomendação
A suplementação de ác. Fólico deve ser administrada pelo menos 30 dias
antes da data que se planeja engravidar, e deve ser mantida durante toda a
gestação para evitar anemias
Ingestão de 5mg diariamente reduz o risco de DTN em 85%
Essa vit apresenta pouco risco de toxidade em altas doses
Situações que são consideradas de maior risco de DTN e a suplementação
pode beneficiar:
- genótipo específico associado ao maior risco de DTNs
- gravidez anteriores com DTN ou histórico familiar
- distúrbio de má absorção (ex: doença inflamatória intestinal, doença celíaca,
cirurgia bariátrica, doença hepática avançada)
- obesidade com imc >30kg/m2
- diabetes
- uso de antipilético ou antagonistas de folato
- fumantes de usuárias de álcool
Entre as farinhas fortificadas, foi detectado uma grande variância entre as
dosagens, isto pode ser explicado pelo problema durante a adição e
homogeneização da vitamina e possível degradação durante período de
armazenamento , desta forma a população está exposta a dosagens erradas
de ác. Fólico e ferro
- Fontes
O ác. Fólico é a forma sintética do folato
Está presente em frutas cítricas, vegetais folhosos verde-escuro, nozes, e
fígado
A biodisponibilidade do ác. Fólico dietético para a absorção intestinal é de
60% enquanto que para o ác. Fólico dos suplementos ou alimentos
enriquecidos é de 98%
Sinais e sintomas de baixa concentração: anemia macrocítica, fadiga, dores
de cabeça, alopecia, irritabilidade, diarreia, perda de peso, insônia, distúrbio
cognitivo
Análise laboratorial: vitamina b12 no soro, ácido fólico no soro, vitamina B6
no soro e homocisteína
- VITAMINA B12
-Metabolismo do nutriente
É um nutriente solúvel em água
Necessário como cofator para duas enzimas importantes para a fisiologia
humana: a metionina e a mutase
Também é importante para a eritropoiese
Sua síndrome de deficiência clássica é a anemia perniciosa
Como toda vit do complexo B, também é importante para o metabolismo e
manutenção do SNC
- Recomendações
O grupo da população que apresenta menor nível de B 12 são as gestantes
Recomendasse 2,6 ug/dia para gestantes segundo a RDA
- Fontes
Produtos animais, incluindo carnes, aves, peixes, ovos e laticínio.
Vários estudos relatam baixo B12 em vegetarianos e veganos
Alguns medicamentos como inibidores de bomba de prótons e antagonistas
ds receptores de histamina podem também reduzir a produção de ác
gástrico, podendo diminuir a liberação de vit b 12
Sinais e sintomas de baixa B12: glossite, perda de peso, escurecimento da
pele, alterações de pigmentação de unhas
Análise laboratorial: vitamina b12 no soro, transcobalamina, ácido fólico no
soro, vitamina B6 no soro e homocisteína
- VITAMINA A
- Metabolismo do nutriente
Nutriente lipossolúvel, derivado de duas fontes: retinóides pré-formados e
carotenóides provitamínicos
A vitamina A é armazenada no fígado
Nos seres humanos a vit A tem 3 formas ativas: retinal, retinol, ác retinóico e
uma forma de armazenamento: éster retinílico
Acredita-se que a vit A esta envolvida na síntese de hormônios esteroides, e
fi demonstrando que a suplementação pode elevar os níveis de
progesterona , que atua produzindo os ajustes fisiológicos necessários a
desenvolvimento fetal
-Recomendações
770 mcg/dia (RDA)
Embora a maioria dos micronutrientes tenha margem de segurança com
pouca preocupação com efeitos no feto , a vit A é uma exceção.
Doses maiores de 10.000 UI/dia foram associadas a defeitos craniofaciais e
cardíacos.
- Fontes
Dentre os alimentos de origem animal, as principais são: leite humano,
fígado, gema de ovo e leite.
A pró-vitamina A é enconrada em vegetais folhosos verdes (espinafre, couve,
beldroega, bertalha e mostarda) e vegetais amarelos (abóbora, cenoura) e
óleos e oleaginosas (buriti, pupunha, dendê, pequi)
Análise laboratorial: vitamina A no soro e zinco eritrocitário
Sinais e sintomas: ressecamento da pele, alterações imunológicas e
problemas oculares
- ZINCO
- Metabolismo do nutriente
O zinco é necessário para vários processos biológicos, incluindo o
metabolismo de CHO e PTN, síntese de DNA e RNA, replicação celular e
diferenciação e regulação hormonal
A importância do zinco para o crescimento fetal é demonstrada pelo seu
transporte ativo, através da placenta para a circulação fetal
Zinco também tem papel importante na síntese, armazenamento e secreção
de insulina
A suplementação de Ferro reduz a absorção de zinco
Sua deficiência está associada a complicações da gravidez e parto, tais como
pré-eclâmpsia, ruptura prematura de membranas e anormalidades
congênitas.
-Recomendações
Segundo a RDA recomenda-se 11mg/dia
- Fontes
Carnes, leite e derivados, ostras, mariscos, fígado, cereais integrais,
leguminosas, nozes
Analise laboratorial: zinco eritrocitário, cobre eritrocitário, ceruloplamina,
magnésio eritrocitário
Sinais e sintomas: acne, psoríase, unhas fracas, alterações imunológicas,
estrias durante a gravidez
-FERRO
-Metabolismo do nutriente
O ferro é especialmente crítico durante a gravidez devido ao rápido
desenvolvimento celular e tecidual fetal
Quase 300mg de ferro são necessários para o feto, pelo menos 25mg para a
placenta, e cerca de 500mg para o aumento do volume de glóbulos
vermelhos
Até a primeira metade da gravidez, a demanda de ferro não é muito
significativa e a alimentação é suficiente para suprir a perda basal diária. Já
na segunda metade da gravidez, a necessidade de ferro aumenta e a
suplementação torna-se importante
-Recomendações
Segundo a RDA recomenda-se 27mg/dia
Efeitos colaterais da suplementação de ferro: dor no estomago, constipação,
náuseas, vômitos
- Fontes
Alimentos ricos em ferro heme : carne vermelha, carne de porco, peixe e
ovos
A absorção do ferro não heme depende de fatores dietéticos intrínsecos
como ácido ascórbico e carnes em geral.
Dicas:
*estimular o consumo de vit C junto as grandes refeições
*desestimular o consumo de café, chá mate, refrigerante, leite e derivados,
alimentos ricos em fibras junto as grandes refeições , por terem fatores inibitórios
(cafeína e fitato)
Análise laboratorial: ferro no soro, hemoglobina, ferritina, transferrina,
ceruloplasmina, ácido fólico no soro
Sinais e sintomas: boqueira, língua vermelha lisa e colorida, dificuldade de
deglutição, diminuição do apetite, intestino preso, inchaço dos membros
inferiores
- IODO
- Metabolismo do nutriente
O iodo é importante para a produção de hormônios tireoidianos, o feto é
dependente desses hormônios principalmente no primeiro trimestre
A causa mais comum de hipotireoidismo na gestação é a doença auto-imune
tireoidiana (tireoidite de Hashimoto)
Os principais sintomas são: cansaço, ganho de peso, apetite diminuído, mas
o TSH elevado confirma o diagnóstico
-Recomendações
De acordo com a RDA , durante a gravidez é de 220 ug
- Fontes
Mariscos e peixes de alga salgada
Laticínios
O sal iodado
Análise laboratorial: iodo no plasma e urina
Sinais e sintomas: fadiga, pés e mãos frios, queda de cabelo
-CÁLCIO
- Metabolismo do nutriente
A gestação é marcada por mudanças no metabolismo de cálcio que
favorecem a transferência deste elemento para o feto
A taxa de absorção intestinal é aumentada, principalmente no 2º trimestre
Estudos sugerem que a baixa ingestão de cálcio contribui para a pressão
sanguínea elevada
- Recomendações
Recomendado a dosagem diária de 1000 mg/dia
A suplementação de Ca profilática não integra o rol de ações preconizadas
para a atenção pré natal
- Fontes
O leite e derivados são os principais consumidos
Porem o leite apresenta diversas substancias toxicas
Fontes melhores: verduras verde-escuras como brócolis, cuve, além de tofu,
grão de bico e gergelim
O excesso de sódio aumenta a excreção de cálcio, e também o consumo
excessivo de proteínas
Analise laboratorial: cálcio sérico e iônico, PTH
Sinais e sintomas: cãibras, palpitação cardíaca, pressão arterial elevada,
ossos moles, queda de dentes, dores nas costas e pernas, insônia,
desordens nervosas
VITAMINA D
- Metabolismo do nutriente
Desempenha um papel importante na função imunológica, na diferenciação
celular, no crescimento ósseo e na redução da inflamação
Independente da fonte, ingestão oral ou absorção cutânea, é necessário um
processamento posterior no fígado e rim para dar origem a forma ativa
É comum a deficiência de vit D na gestação (principalmente vegetarianos e
mulheres que moram em lugares frios)
A vitamina D também regula s principais genes associados a adequada
implantação da placenta
O feto é dependente da mãe para adquirir vit D, facilmente atravessa a
placenta
-Recomendações
A suplementação durante a gestação é pratica comum em alguns países,
apesar da própria OMS ainda não apontar neste sentido
A recomendação mais recente da US Endocrine Task Force on Vitamin D,
cita de 1500 a 2000 UI em mulheres gestantes e lactantes com deficiência de
vit D, porem os limites máximos da ANVISA devem ser respeitados
- Fontes
É um pré hormônio passível de ser sintetizado na pele com a ação dos raios
UVB
Porem autores admitem um papel importante da dieta, em especial quando a
exposição ao sol é inviável ou desaconselhada
Recomendado 10ug/dia para gestante
Peixes oleosos com arenque, cavala, sardinha, salmão e atum são fontes
ricas
Também é encontrado no ovo
Fatores de risco para deficiência de vit D:
- pessoas com pele escura
-uso de protetor solar
- danos na pele como queimaduras
- contaminação atmosférica e a nebulosidade
- a estação do ano e a hora do dia influi na produção cutânea de vit D
Análise laboratorial: 25hidroxivitaminaD
Sinais e sintomas: desordens do metabolismo ósseo, doenças inflamatórias,
doenças infecciosas, alterações cognitivas
- COLINA
- Metabolismo do nutriente
É importante quando o cérebro fetal esta se desenvolvendo rapidamente, por
ser um componente da membrana fosfolipídica e precursor do
neurotransmissor acetilcolina
Por estar associada ao metabolismo da homocisteína, sua deficiência
durante a gestação determina o desenvolvimento da espinha bífida
- Efeito do nutriente na gestação
Estudos demonstraram que a suplementação combinada de clina e DHA no
período gestacional é mais eficiente
A ingestão dietética materna elevada de colina aumenta a função do
hipocampo e habilidades cognitivas relacionadas nos filhos
Reduz o risco de autismo
- Recomendações
A ingestão recomendada é de 450 mg/dia para gravidas, e 550mg/dia para
lactantes
-Fontes
Alimentos como leite, ovos e carne
- PROBIÓTICOS
São microrganismos vivos que , quando administrados em quantidades
adequadas, podem conferir um beneficio para a saúde
Presente em iogurtes e suplementos
Melhora a constipação
Melhora o controle da glicose e reduz as taxas de diabetes
Diminui a ansiedade e depressão
- FITOTERAPIA
O uso de fitoterapia sem orientação de um profissional da saúde pode causar
complicações para a mãe e o bebê
- Zingiber officinale
Conhecido popularmente como gengibre
Muito utilizado para diminuir náuseas e vômitos na gestação
O gengibre tem como efeito aumentar a motilidade do trato gastrointestinal,
reduzindo os sintomas
Em dosagem inadequada pode causar malefícios
- Vaccinium macrocarpan
Conhecido como cranberry
O seu uso reduz risco de infecções do trato urinário , que é uma condição
prevalente nas gestantes
Estudos comprovam que o seu uso é seguro
- Vitis vinífera
É uma espécie de videira
As uvas apresentam propriedades fitoterápicas importantes
Observou-se que a sua administração promoveu redução de marcadores
pressóricos que está relacionado com o aumento da pressão arterial
sistêmica acompanhada de bradicardia, promovendo redução da pré-
eclâmpsia
Também foi observado melhora do sistema antioxidante
- composição corporal
A agua corporal total aumenta cerca de 5-8 L
A agua representa o maior componente do ganho de peso gestacional
O aumento de agua corporal total pode alterar a medida de método simples para a
medição de massa gorda, como medidas de dobras simples , como por exemplo
medica de dobras cutâneas
- Introdução
Esses sintomas ocorrem geralmente no primeiro trimestre, sendo mais comuns entre
a sétima e a décima quarta semana gestacional
Dependendo da intensidade e duração, pode afetar negativamente as relações
psicossociais, reduzindo a qualidade de vida da gestante e comprometendo estado
nutricional e a adesão ao planejamento dietético
Essa frequência de vômitos e náuseas podem evoluir para um quadro mais grave ,
chamada de hiperêmese gravídica, caracterizada pela presença de vômitos
incoercíveis que podem estar associados a distúrbios nutricionais, com alterações
hidroeletrolíticas, cetose, cetonuria, perda de peso, distúrbio neurológico, hepático e
renais .
A etiologia das náuseas e vmitos é desconhecida, sugere-se que pode ser níveis
elevados de HCG, aumento dos níveis de estradiol materno, aumento dos níveis de
progesterona, deficiência de vit B6, infecção por H. Pylori
Causas secundárias de náuseas e vômitos durante a gestação:
- estímulo químico, como o uso de medicamentos
- causas centrais, como tumores cerebrais e meningite
-Distúrbios vestibulares como labirintite
- causas de origem gastrointestinais, como gastroenterite
Tratamento recomendado :
- orientação dietética e suporte emocional
- administração de gengibre e ou piridoxina
- administração de outros antieméticos
- avaliação de eletrólitos e corpos cetônicos
- considerar a possibilidade de se tratar de hiperêmese gravídica
- hospitalizar, hidratar, administrar antiméticos IV e corticoides
- nutrição parental
- reavaliação materno fetal
- Tratamento nutricional
As náuseas e vômitos gestacionais podem reduzir substancialmente a qualidade de
vida da mulher, especialmente quando não recebe tratamento apropriado
Antes de utilizar fármacos, recomenda-se usar gengibre e a suplementação de vit
B6
Intervenções dietéticas :
*fracionar a dieta , ingerir pequenas quantidades de alimentos com mais frequência , como
a cada 2-3 h
*beber pequenas quantidades de líquidos , varias vezes ao dia, principalmente agua e
sucos de fruta
*evitar ficar muito tempo sem comer
* evitar odores e textura dos alimentos que desencadeiem náuseas
* evitar líquidos junto as refeições , ofertar líquidos 30 min antes ou 60min depois
* dar preferencia aos alimentos sólidos , secos e ricos em carboidratos pela manhã (frutas,
cereais integrais, bolacha de arroz, tapioca, batata doce, inhame
* evitar frituras, alimentos com odor forte e muito tempero
* evitar deitar após a refeição
* evitar alimentos quentes e o odor durante o preparo da refeição
O sabor cítrico e temperatura gelada são mais bem tolerados
É importante aumentar o consumo de alimentos ricos em vit B6, magnésio, e
potássio:
*VIT B6: cereais integrais, semente de girassol, feijões, soja, amendoim, aves, peixes,
banana, abacate, tomate, espinafre
*Magnésio: oleaginosas, gergelim, linhaça, amendoim, leguminosas, aveia, arroz integral,
melado, espinafre
* Potássio: legumes (batata, cenoura, abóbora, beterraba), verduras (alface, brócolis, couve
e espinafre), frutas (banana, abacate, ameixa seca, cereja, uva passa, maracujá, coco,
melão) oleaginosas (amêndoas, avelã, castanhas, nozes), amendoim, aveia, cogumelos,
feijões, germe de trigo, gergelim e soja
- Gengibre
Gengibre tem sido utilizado como uma das principais intervenções terapêuticas
alternativas aos fármacos convencionais na náusea e vômito gestacional
Sabe-se que o gengibre tem efeito anticoagulante, que pode aumentar o tempo de
sangramento
Porem estudos comprovam que o gengibre não causa prejuízo a gestação
Utiliza-se 1g por dia
Pode ser ingerido na cozinha, com agua ou em infusão
- Vitamina B6 – Piridoxina
A piridoxina é recomendada como um agente antiemético, uma vez que modula a
formação e degradação de neurotransmissores envolvidos com as náuseas e
vômitos gestacionais
Uso de 30-75 mg/dia via oral por 3 -5 dias
Preocupações com toxidade foram relatada cm doses muito elevadas, como 2000 a
6000 mg/dia
- Conceito e classificação
A pré-eclâmpsia pode ser classificada como leve ou grave
Indicadores de pré-eclâmpsia grave:
- pressão arterial > ou igual a 160x110mmHg
- Proteinúria > ou igual a 2g/24h (ou em amostra de urina)
- creatinina sérica > 1,2 mg%
- Sintomas de eclampsia iminente
- Eclampsia (crise compulsiva)
- Dor epigástrica
- aumento de enzimas hepáticas
- Plaquetopenia (<100.000/mm³)
-Anemia hemolítica microangiopática
- Fisiopatologia
a etiologia (causa) da hipertensão que se manifesta na gestação permanece
desconhecida , atualmente sabe-se que é um estado inflamatório com disfunção
endotelial sistêmica , com uma combinação de fatores genéticos, imunológicos e
ambientais
a pré-eclâmpsia compromete todos os órgãos e sistemas maternos, com maior
intensidade nos sistema vascular, hepático, renal e cerebral
pesquisadores propuseram a divisão da pré-eclâmpsia em dois tipos: uma de origem
placentária, justificada pela invasão trofoblásticas deficiente, e uma de origem
materna , mais comum em pacientes com doenças vasculares pré-existentes
ambos os tipos apresentam como mecanismo comum a hipóxia placentária, o
estresse oxidativo e a disfunção endotelial sistêmica , que levariam as
manifestações clinicas da pré-eclâmpsia por induzirem uma reação inflamatória
sistêmica exacerbada
*Cálcio
é apontado que o consumo adequado de cálcio pode reduzir em quase 50%
o risco de pré-eclâmpsia
o cálcio participa da manutenção da pressão sanguínea normal
estudos utilizaram suplementação de 2 g, a partir do segundo trimestre
a OMS recomenda 1,5 – 2 g por dia a partir da 14ª semana
porem a ANVISA recomenda 1,5g/dia
é importante frisar que dosagem acima de 800mg/dia reduzem a absorção de
ferro
*Vitaminas antioxidantes
algumas vit antioxidante também tem sido propostas para a redução do risco
de pré-eclâmpsia
a gestação é um estado fisiológico acompanhado de alta demanda
energética para muitas funções corporais e aumento da necessidade de
oxigênio, desta forma aumenta-se os níveis de espécies reativas de oxigênio
(EROS)
o estresse oxidativo aumentado durante a pré-eclâmpsia resulta em maior
produção de peróxidos lipídicos, espécies reativas de oxigênio e radicais
ânion superóxido, levando à lesão endotelial , disfunção plaquetária e
ativação de neutrófilos. Esses eventos dificultam fluxo sanguíneo em muitos
órgãos e sistemas, incluindo fígado, rim, cérebro, útero, placenta
no entanto, a gravidez pode progredir sem intercorrências se existirem
antioxidantes adequados para equilibrar esse excesso de EROS gerados
há uma associação entre a elevação da pressão arterial e o aumento da
geração de radicais livres
estudos sugerem que uma dieta rica em cofatores nutricionais de enzimas
antioxidantes, como zinco, cobre e manganês, podem ser benéficos nesses
casos
estudo mostra que a suplementação ou ingestão de vit antioxidante, com
destaque para a vit C e E, exerce ação protetora contra o desenvolvimento
de pré-eclâmpsia , assim como reduzir o estresse oxidativo e disfunção
endotelial (existem estudos controversos )
estudos afirmam que a suplementação deve ser inicial, entre 8 – 12ª semana
*Magnésio
apresenta diversos papeis importantes, dentre eles destaca-se o papel na
regulação da pressão sanguínea por modular a reatividade do tônus vascular
e a resistência periférica
mulheres com pré-eclâmpsia apresenta baixa ingestão de magnésio
um possível mecanismo que poderia explicar essa relação , é que o
magnésio atua como agente anti-inflamatório, pois diminui a produção de
citocinas inflamatórias , uma característica da fisiopatologia da pré-eclâmpsia
e eclampsia
*Vitamina D
a vit D aumenta a síntese de citocinas pró-inflamatória
a patogênese da pré-eclâmpsia envolve uma séria de processos biológicos
que podem ser afetados direta ou indiretamente pela vit D , incluindo
disfunção imunológica, inadequada implantação placentária e inadequada
angiogênese, inflamação excessiva e hipertensão
o papel protetor da vit D na pré-eclâmpsia pode ser explicado por múltiplos
mecanismos : papel imunomodulador do calcitriol na regulação da resposta
imune , o controle deficiente da células T efetoras pelas células T reguladoras
pode levar a inadequada invasão placentária
a vit D ajuda na manutenção da homeostase imunológica
a vit D regula a proliferação das células d musculo liso e do endotélio
vascular, podendo desempenhar um papel na regulação da pressão arterial
associação entre a deficiência de vit D e o maior risco de pré-eclâmpsia
*Arginina
o óxido nítrico é um potente vasodilatador derivado do endotélio e defeitos na
sua síntese tem sido documentados na pré-eclâmpsia
a enzima chame na produção de óxido nítrico nas células endoteliais é a
´xido nítrico sintase, que utiliza o aminoácido L-arginina da circulação como
substrato metabólico
a arginina associada as vit antioxidantes reduziu significativamente a
incidência de pré-eclâmpsia
*Chocolate
tem sido investigado o papel do chocolate fico em flavonóides na redução do
risco de pré-eclâmpsia
- Fisiopatologia
as manifestações fisiológicas do diabetes gestacional estão relacionadas as
adaptações metabólicas ocorridas na gravidez para suprir as demandas
aumentadas de nutrientes para o feto-placenta
fisiologicamente a resistência a insulina contribui para elevar a glicemia
materna com maior passagem para o feto e crescimento fetal. Nesse período,
a sensibilidade periférica á insulina cai em 50% e a produção hepática de
glicose é 30% maior do que no inicio da gestação
- Rastreamento e diagnóstico
a investigação deve ser feita em todas as gestantes
na primeira consulta pré-natal deve ser solicitado o exame de glicemia de
jejum , considera-se DMG com valores >126mg/dl
também considera-se DMG com valores de <126 e >92 mg/dl
em ambos os casos deve ser solicitado uma segunda dosagem da glicemia
de jejum para a confirmação
caso seja <92mg/dl a gestante deve ser reavaliada no segundo trimestre
entre 24ª e 28ª semana gestacional, deve ser realizado TOTG (teste oral de
tolerância a glicose com ingestão de 75g de glicose) em todas as gestantes
não diabéticas , para a realização correta do exame , recomenda-se que a
gestante siga uma dieta sem restrição de CHO ou com ingestão mínima de
150g de CHO nos 3 dias que antecedem ,com jejum de 8h
pontos de corte : 92 – 125 mg/dl - em jejum, >180mg/dl em 1h, e 153 –
199mg/dl em 2h
- Complicações
afeta tanto a mãe, quanto o feto
aumenta o risco de desenvolver diabetes tipo 2 após gestação
porem o aleitamento materno pode diminuir esse risco
uso de contraceptivos unicamente a base de progesterona esta relacionado
ao risco aumentado de DM2
o DMG esta associado a quadros de hiperglicemia fetal, a qual pode
aumentar o riscos de prematuridade, hipertrofia das células beta
pancreáticas, hipersulinismo e desenvolvimento de diabetes e obesidade no
neonato
a glicose materna passa para o feto por difusão facilitada, e no momento em
que a mae se encontra hiperglicêmica, o feto também estará hiperglicêmico
- Tratamento
para a redução dos riscos, é essencial que ocorra um adequado
planejamento da gestação, com rastreamento para o DMG e o
acompanhamento por equipe multidisciplinar
de forma semelhante as condutas aplicadas a outros tipos de diabetes, o
tratamento do DMG inclui orientação de dieta individualizada e pratica de AT
física , e uso de medicamento indicado por medico
além de visar a obtenção do bom controle glicêmico, o planejamento
alimentar deve incluir a oferta adequada de calorias e nutrientes para atender
as necessidades da gestação
O valor calórico total prescrito deve ter 40% a 45% de CHO, 15% a 20% de
PTN, e 30% a 40% de LIP
O lanche noturno é de grande importância nos casos de gestantes em uso de
insulina para evitar a hipoglicemia no período da madrugada
O alto consumo de gorduras saturadas e trans , assim como a baixa ingestão
de frutas e vegetais no segundo e terceiro trimestre gestacional, foi associado
com o descontrole glicêmico
Sabe-se que o aumento no consumo de fibras é de grande importância para
indivíduos com diabetes, pois a sua presença na refeição reduz as flutuações
e favorece o controle glicêmico
As fibra também agem como prevenção do DMG
- SUPLEMENTAÇÃO
* Probióticos
São microorganismos vivos que quando administrados em quantidade
adequada, pode conferir benefícios a saúde, esses probióticos consistem em
cepas únicas ou múltiplas de espécies de bactérias
Estudos indicam que a microbiota intestinal possui papel importante no
desenvolvimento da obesidade, na inflamação associada a obesidade e na
resistência a insulina
*Ômega 3
Ainda são desconhecidos os mecanismos exatos pelos quais a
suplementação de ômega 3 pode afetar metabolismo da insulina e o controle
glicêmico
Ter atenção com as fonte de ômega 3, devem ser adequadamente
selecionadas, as quais devem apresentar isenção ou baixos níveis de
mercúrio, e de outros contaminantes prejudiciais
*Vitamina D
Estudos mostram que a suplementação de colecalciferol 50.000 UI dia, reduz
as concentrações plasmáticas da glicemia e insulina de jejum, redução da
resistência a insulina
Tem sido proposto que a vit D na sua forma ativa participa da transcrição
gênica do receptor de insulina e da adiponectina, uma adipocina que
favorece a cascata de sinalização insulínica, além de possuir ação anti-
inflamatória e antiaterogênica
A vit D também poderia atuar na redução da resistência insulínica por reduzir
marcadores de resposta inflamatória. Além disso, poderia influenciar a
secreção pancreática de insulina por estar envolvida no metabolismo do
cálcio e na concentração extra e intra celular desse mineral
Ingestão recomendada: 15 (600UI) , e no max 100 (4000 UI)
De acordo com a anvisa: nutricionista pode prescrever até 800 UI dia
*Mioinositol
É uma isoforma do Inositol, é uma vitamina do complexo B encontrada
naturalmente em cereais, milho, vegetais verdes e carnes
A deficiência de inositol pode desempenhar um papel importante na
patogênese da resistência a insulina
Além disso, a suplementação de mioinositol foi associada com a menor
incidência de hipertensão gravídica , menor proporção de macrossomia fetal,
e menor ocorrência de hipoglicemia neonatal
*Magnésio
Atua como cofator ou ativador em mais de 300 reações enzimáticas
com relação à insulina, o magnésio esta envolvido em múltiplos passos das
vias de sinalização, tais como secreção, ligação e atividade do receptor
estudos mostram que a suplementação de magnésio melhorou controle
glicêmico de mulheres com diabetes gestacional
fontes dietéticas: linhaça, semente de abóbora, castanha do brasil, semente
de gergelim, castanha de caju e amêndoas, feijão, arroz integral e selvagem,
amaranto, cavala (peixe), polaca de alaska, couve, espinafre e folhas de
beterraba
*Zinco
a redução da concentração sérica de zinco é acompanhada pela menor
síntese e secreção de insulina , assim como uma menor ação periférica
desse hormonio
sabe-se que o zinco é um mineral importante que participa da síntese,
estoque e secreção de insulina pelas células pancreáticas
estudos comprovam que a suplementação de zinco melhorou o controle
glicêmico
*Selênio
o selênio é um elemento químico essencial
s estudos tem resultados controversos
estudo mostrou que a suplementação de selênio reduziu a glicemia
plasmática de jejum, os níveis de insulina, e a resistência a insulina
- CONSIDERAÇÕES FINAIS:
a suplementação de probióticos, ômega 3, vit D, mioinositol, magnésio, zinco
e selênio tem mostrado bons resultados
dieta de baixa carga glicêmica, enriquecida com fibras e com redução no teor
de carboidratos (40-45%) tem apresentado resultados favoráveis
- ALTERAÇÕES FISIOLÓGICAS
a idade materna muito jovem tem efeito negativo tanto no crescimento fetal
quanto na sobrevivência infantil
sugere-se que na gestação de mulheres jovens que ainda estão em fase de
crescimento possa ocorrer competição com o feto por nutrientes , podendo
prejudicar o crescimento fetal e resultar em baixo peso ao nascer
há ainda uma associação entre idade materna jovem e anemia, nescimento
prematuro e mortalidade neonatal
as adolescentes deixam de crescer
- RECOMENDAÇÃO NUTRICIONAL
as gestantes adolescentes tem o calculo das necessidades de energia similar
ao de gestantes adultas
os adicionais calóricos nos 3 trimestres de gestação propostos são os
mesmos
lembrar que o calculo de GET para adolescentes tem níveis específicos de
atividade física
o calculo das necessidades de PTN na gestação de adolescente poderá ser
feito conforme a orientação da FAO , que considera 1,5 g /kg de peso ao dia,
ou conforme a ADA que prevê 1,7 g/kg de peso ao dia para gestantes com
até 15 anos, e 1,5g/kg de peso para aquelas com mais de 15 anos
- MICRONUTRIENTES
existem poucos estudos de revisão sistemática disponíveis na literatura
porem indica-se que a suplementação de ferro isolado, zinco e a
suplementação com múltiplos micronutrientes em adolescentes possa
melhorar a concentração sérica de hemoglobina .
a suplementação de zinco em adolescentes gravidas parece ter efeito
benéfico na redução da prematuridade e também no baixo peso ao nascer
- 4.2 GESTAÇÃO MÚLTIPLA
tem risco aumentado de parto prematuro, restrição de crescimento
intrauterino, distúrbio hipertensivo, diabetes gestacional, e parto cesárea,
fatores que aumentam o risco de morbidade e mortalidade neonatal
em números, Há um aumento de 2,7 vezes no risco de morte feral, 4 x no
risco de morte no primeiro mês da vida, e um risco aumentado de 3,5 x de
nascimento pequeno para idade gestacional
- ALTERAÇÕES FISIÓLOGICAS
a taxa metabólica materna é aproximadamente 10% maior do que em
gestações de feto único
as mudanças fisiológicas são exacerbadas em gestações múltiplas, isto inclui
aumento no volume plasmático, que resulta em novas diminuições na
hemoglobina, albumina e vitaminas hidrossolúveis
- RECOMENDAÇÃO NUTRICIONAL
Não há diretrizes nutricionais padronizadas para gestações múltiplas
Uma recomendação para composição dos macronutrientes é 20% proteína,
40% gorduras, 40% carboidratos
Maior consumo de ômega 3, pois diminui as taxas de parto prematuro e baixo
peso ao nascer
Uma ênfase em carboidratos de baixo a médio índice glicêmico ( ex: arroz
integral, produtos de padaria e massas a base de trigo integral, legumes
verdes, feijão e lentilhas)
- MICRONUTRIENTES
A capacidade do suplemento de cálcio em diminuir o risco de parto prematuro
pode ser restrita as populações de alto risco
A taxa de anemia por deficiência de ferro é maior em gestações gemelares
Já anemia por deficiência de folato é 8x mais comum
Dobrar a dose multivitamínica para o 2° e 3° trimestres:
3g de cálcio
1,2 g de magnésio
45 mg de zinco
- MICRONUTRIENTES
Em um estudo, utilizando mulheres gravidas com HIV, descobriram que
utilizando uma formulação de micronutrientes múltiplos ( vitamina do
complexo B, vit C, vit E) resultou em aumentos significantes na contagem das
células CD4, CD8, e CD3, durante e após a gravidez
A vit A desempenha um papel importante no crescimento celular, na
manutenção da integridade epitelial, na reprodução e na função imune
A vit A diminui a transmissão
Baixos níveis de vit D esta associados a progressão da doença