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NA INFÂNCIA:
COMO SE DESENVOLVE
E COMO SE PODE MOLDAR
ESTRATÉGIAS ORIENTADORAS
PARA PAIS E CUIDADORES
ÍNDICE
Apetite na infância:
como se desenvolve e como se pode moldar
Comportamentos do apetite na infância................................................................ 6
Estratégias Orientadoras para Pais e Cuidadores reconhecerem,
Glossário........................................................................................................................... 7
respeitarem e responderem aos sinais de fome e saciedade,
O papel dos genes e do ambiente............................................................................. 9
individuais de cada Criança
Ambiente alimentar no início de vida...................................................................... 11
Autores Consumo e comportamentos alimentares...........................................................15
Andreia Oliveira, Alexandra Costa, Sarah Warkentin, Rita Pereira, Práticas de alimentação............................................................................................. 19
Pedro Moreira, Alison Fildes, Marion Hetherington Peso infantil.................................................................................................................... 23
Além do peso.................................................................................................................25
Editor
Comportamentos do apetite: da teoria à prática..............................................28
Instituto de Saúde Pública da Universidade do Porto
Estudos da GERAÇÃO XXI..........................................................................................33
Rua das Taipas, nº 135, 4050-600 Porto
www.ispup.up.pt Outras fontes de informação usadas neste e-book..........................................35
ISBN 978-989-99644-7-1
A decisão sobre o que comer, quando e em que quantidade é um O estudo de coorte GERAÇÃO XXI tem contribuído com informa-
processo complexo, influenciado por diversos fatores interligados. ção relevante para a investigação nesta área. A GERAÇÃO XXI é a
Os comportamentos alimentares relacionados com o apetite (ou, primeira coorte de nascimentos portuguesa e inclui 8647 crianças
de forma abreviada, comportamentos do apetite) desempenham nascidas no Porto, entre 2005/2006, que têm vindo a ser avaliadas
um papel fundamental neste processo. Estes refletem uma combi- ao longo do tempo, em diferentes janelas de idades: aos 4, 7, 10 e 13
nação complexa entre os sinais internos de fome e/ou saciedade (es- anos.
tado em que a pessoa se sente plenamente satisfeita no seguimento
do ato de comer) e fatores do ambiente em que o indivíduo se insere, Este e-book apresenta uma visão geral sobre o desenvolvimento
como as atitudes e os aspetos psicossociais relacionados com a se- dos comportamentos do apetite durante a infância, os seus prin-
leção e a escolha dos alimentos. Os comportamentos do apetite dis- cipais determinantes e efeitos na saúde, com foco na evidência
tinguem-se dos hábitos alimentares pois contemplam, para além das produzida a partir de dados da coorte GERAÇÃO XXI. O e-book foi
variáveis relativas ao tipo de alimentos consumidos, os fatores que desenvolvido por uma equipa de investigadores e profissionais de
determinam o início e o fim dos episódios de ingestão alimentar. saúde com interesse e motivação nesta temática.
Há um vasto número de estudos focados em compreender a origem O e-book tem como objetivo orientar os pais e cuidadores no sen-
e as causas dos comportamentos do apetite e como estes se asso- tido de os auxiliar a reconhecer, respeitar e responder aos sinais de
ciam às variações da ingestão energética e do peso e, particular- fome e saciedade da criança. Aqui, apresentamos diversas estra-
mente, ao seu excesso na infância. Porque algumas crianças mostram tégias para os ajudar a compreender melhor estes sinais e formas
mais interesse pela comida ou por que nunca se sentem saciadas? alternativas de responder às características individuais da criança.
Estas são algumas das preocupações atuais de pais e cuidadores.
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APETITE NA INFÂNCIA: COMO SE DESENVOLVE E COMO SE PODE MOLDAR Estratégias Orientadoras para Pais e Cuidadores
COMPORTAMENTOS GLOSSÁRIO
DO APETITE NA INFÂNCIA
APETITE: Inclui um conjunto de processos que influenciam a in-
gestão de energia (ou seja, o consumo de alimentos) e impulsos
Os comportamentos do apetite manifestam-se na infância e têm motivacionais, como a sensação de fome. Pode ser considerado
sido relacionados com o peso das crianças. Em estudos de base um sistema que reflete uma complexa interação entre os proces-
populacional, estes comportamentos têm sido medidos através sos biológicos, psicológicos e ambientais inerentes ao consumo
de questionários reportados pelos pais e são, frequentemen- alimentar.
te, agrupados em comportamentos de ‘Aproximação à Comida’ e
comportamentos de ’Afastamento à Comida’. FOME: Relaciona-se com os sinais que têm como objetivo o início
do ato de comer ou de uma refeição. Estes sinais podem incluir ton-
Comportamentos de ‘Aproximação à Comida’ refletem um apetite turas, fraqueza ou sensação de estômago vazio.
maior ou mais ávido. Aqui, estão incluídos comportamentos como
uma maior resposta a estímulos alimentares externos, ou seja, pro- SACIAÇÃO: Inclui um conjunto de processos complexos que levam
venientes do ambiente (por exemplo, sentir vontade de comer quan- ao término de um episódio de ingestão alimentar. Está relacionada
do se sente o cheiro ou se vê alimentos deliciosos), comer mais em com o controlo do tamanho das refeições.
função de emoções negativas (por exemplo, quando se está triste
ou ansioso), ou ter dificuldade em reconhecer quando se está cheio/ SACIEDADE: Contempla os processos que ocorrem após o tér-
saciado e parar de comer (estes sinais internos são chamados de mino de uma refeição e que inibem o consumo de mais alimentos,
sinais de saciedade). resultando da distensão gástrica e da produção de hormonas que
sinalizam o processo digestivo. Inclui a sensação de saciedade e/
Os comportamentos de ‘Afastamento à Comida’, por outro lado, ou inibição das sensações de fome que ocorrem após o término do
estão relacionados com um menor apetite. Estes incluem com- ato de comer, controlando o intervalo entre episódios de ingestão
portamentos como comer devagar durante as refeições, mostrar e refeições.
pouco interesse nos alimentos ou no próprio ato de comer, mani-
festar pouca vontade em experimentar novos alimentos, e comer COMPORTAMENTOS ALIMENTARES RELACIONADOS COM
menos em resposta às emoções (por exemplo, comer menos quan- O APETITE (aqui designados por comportamentos do apetite):
do se está preocupado ou chateado). Referem-se a um conjunto de predisposições relacionadas com os
alimentos e com o início e término das refeições. Refletem aspectos
A explicação e a definição de alguns destes comportamentos e de como a fome, o apetite, a saciedade e a resposta a estímulos ali-
outros conceitos relacionados com o apetite estão descritas em mentares. Os comportamentos do apetite interagem com fatores
GLOSSÁRIO. ambientais e influenciam a seleção e as escolhas alimentares.
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Figura 1. Fatores associados ao desenvolvimento de comportamentos Para além disto, no período de vida fetal, as exposições intrauterinas
alimentares na infância. Adaptado de: De Cosmi V, Scaglioni S, Agostoni C, 2017. (no útero) parecem, também, ter alguma influência nas preferências
alimentares futuras da criança. O feto tem as suas primeiras expe-
riências de sabor através do líquido amniótico, o qual contém al-
guns componentes de sabor provenientes da alimentação da mãe.
Esta exposição, ainda no útero da mãe, potencia a aceitação de ali-
mentos com um perfil de sabor semelhante durante a infância.
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como o bebé é alimentado pode ser, também, relevante. Fornecer o das técnicas mais eficazes para promover a sua aceitação, incluin-
leite diretamente da mama, em vez de usar um biberão, parece ter do aqueles alimentos que são comumente rejeitados devido ao seu
efeitos positivos. sabor amargo (sabor caraterístico de alguns produtos hortícolas).
No entanto, as preferências
por alimentos saudáveis, por
vezes com sabores menos MENSAGEM-CHAVE:
apelativos, podem ser de-
senvolvidas através de es- As exposições intrauterinas (ou seja, no
útero materno) e o ambiente alimentar nos
tratégias como: exposição
primeiros meses de vida desempenham um
repetida (oferecer diversas
papel relevante a nível da regulação futura
vezes o mesmo alimento), do
apetite e dos comportamentos alimentares.
modelação social (obser- Determinadas exposições (por exemplo, uma
var outras pessoas a comer boa alimentação e balanço nutricional duran
te a
e a desfrutar de determi- gravidez, a promoção do aleitamento materno,
e
nados alimentos) e recom- a oferta de alimentos saudáveis e variados ao
bebé
pensa (dar algo simbólico no período de diversificação alimentar) têm
às crianças, que não alimen- um efeito benéfico no desenvolvimento dos
tos, em reconhecimento das comportamentos alimentares na infância.
suas escolhas alimentares
saudáveis). A exposição re-
petida a uma variedade de
alimentos e texturas tem
sido descrita como uma
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Apesar desta relação complexa, existe uma mensagem simples a ● O consumo de alimentos ultra-processados aos 4 anos de idade
reter: a exposição repetida a uma variedade de alimentos nutri- (isto é, alimentos frequentemente hiperpalatáveis e ricos em calo-
tivos é uma das estratégias mais robustas para promover esco- rias, pelo teor de açucares e/ou gorduras) foi associado a um maior
lhas alimentares mais saudáveis e contribuir para o desenvolvi- apetite no geral e maior seletividade alimentar aos 7 anos (6).
mento de escolhas alimentares e de comportamentos do apetite
saudáveis! ● Um maior consumo de bebidas açucaradas em idade pré-escolar
(4 anos) associou-se a comportamentos de maior ‘Aproximação à
Comida’ (em particular Desejo de beber) aos 7 anos de idade (7).
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▶ Os pais/cuidadores devem tentar reduzir a exposição a alimen- Quando percecionam que os seus filhos não comem o suficiente ou
tos não saudáveis e servir de exemplo no que toca à alimentação! É recusam determinados alimentos, os pais ficam, muitas vezes, preo-
também importante evitar o consumo de alimentos pobres a nível cupados pela possibilidade de que estes comportamentos com-
nutricional, promovendo o consumo de bebidas alternativas aos re- prometam a saúde da criança.
frigerantes e sumos, como água ou infusões, assim como limitar a
disponibilidade de opções alimentares menos saudáveis. Na GERAÇÃO XXI, foi avaliada a prevalência de certos comporta-
mentos de acordo com a perceção dos pais:
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Para lidar com as preocupações de que a criança não está a comer NA GERAÇÃO XXI MOSTRÁMOS QUE:
o suficiente ou que está demasiado magra, os pais, frequentemen-
te, tendem a usar estratégias de incentivo ao consumo alimentar. ● Os pais e a criança influenciam-se mutuamente no contexto ali-
Por exemplo, pressionam a criança a comer todos os alimentos que mentar. Os comportamentos alimentares aos 4 anos, como comer
estão no prato ou insistem, repetidamente, para que coma mais grandes quantidades, comer muito lentamente e a recusa alimen-
(mesmo que a criança não tenha fome ou esteja cheia/saciada). Por tar, influenciaram os pais a adotar certas práticas de alimentação
outro lado, quando os pais consideram que os seus filhos comem (como a restrição de alimentos, a monitorização do consumo ali-
demasiado ou que não estão a comer os alimentos adequados, ten- mentar e a pressão para comer). Por outro lado, as práticas usadas
dem a ficar preocupados que a criança possa ganhar peso excessi- pelos pais parecem, também, influenciar os comportamentos das
vamente. Neste caso, geralmente, usam estratégias para tentar con- crianças três anos mais tarde (aos 7 anos) (8).
trolar o consumo alimentar, tais como restringir o acesso da criança
a alimentos pouco saudáveis (por exemplo, alimentos ricos em gor- ● Os pais cujos filhos consumiam grandes quantidades de comida
dura e açúcar) ou limitar o tamanho das porções ou quantidades de reportaram restringir o acesso a alimentos não saudáveis e estar
alimentos que a criança come. preocupados com o peso da criança (8).
Vários estudos demonstraram que os pais adaptam as suas práti- ● Práticas como determinar o tamanho das porções e o tipo de
cas de alimentação infantil em resposta às características da crian- alimentos oferecidos à criança, bem como definir o que a crian-
ça, particularmente o seu peso e comportamentos alimentares. Por ça deve comer ou monitorizar o seu consumo foram associados
outro lado, as práticas que os pais utilizam parecem, também, in- menos frequentemente a comportamentos indesejáveis, como re-
fluenciar os comportamentos alimentares da criança. Apesar de cusa alimentar e comer grandes quantidades (8).
bem-intencionadas, certas práticas podem ser contraproducen-
tes. Práticas autoritárias que visam dominar, pressionar ou impor a ● As crianças que foram pressionadas a comer aos 4 anos mostra-
vontade dos pais sobre as crianças, nomeadamente pressioná-las ram, três anos mais tarde, comportamentos como comer mais len-
a comer ou usar alimentos como recompensa ou para controlar as tamente e recusa alimentar (8).
emoções negativas, parecem ter efeitos indesejáveis nos compor-
tamentos alimentares.
MENSAGENS-CHAVE:
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COMPORTAMENTOS DE
COMPORTAMENTOS DO APETITE: APROXIMAÇÃO À COMIDA
DA TEORIA À PRÁTICA Como os identificar?
● A criança adora comer e interessa-se muito por comida?
Ao longo deste e-book foram explorados os diferentes fatores as- ● A criança não consegue resistir quando sente o cheiro
sociados ao desenvolvimento dos comportamentos do apetite. ou vê alimentos deliciosos?
Destaca-se a sua base genética e a forma como estes podem ser
● A criança não recusa comida e está sempre disposta
moldados pelo ambiente no qual a criança se insere: desde o perío- a experimentar novos alimentos?
do ainda no útero materno, aos primeiros meses de vida e durante
toda a infância, com particular influência do consumo alimentar, do ● A criança pede constantemente por comida ou bebida
ambiente alimentar e familiar, bem como das práticas alimentares (refrigerantes ou sumos)?
utilizadas por pais/cuidadores, entre outras. Deste modo, os com- ● As refeições são momentos de intensa satisfação para a criança?
portamentos do apetite manifestam-se de maneiras distintas de
● A criança apresenta um grande apetite, na maioria das vezes?
criança para criança, e a sua identificação pode nem sempre ser
simples. ● A criança continua a comer mesmo já estando cheia/saciada?
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COMPORTAMENTOS DE
AFASTAMENTO À COMIDA
Como os identificar?
Como agir?
▶ Evitar pressionar a criança a comer e forçá-la a que termine o que
tem no prato.
▶ É importante respeitar a fome da criança e perceber quais são as porções
adequadas para ela (uma criança come muito menos que um adulto).
▶ Oferecer diversas vezes o mesmo alimento (fruta/hortícola) para que se
possa familiarizar com o sabor. Pode ser oferecido juntamente com outros
que a criança aprecie.
▶ Envolver a criança na preparação e planeamento das refeições para que
se sinta mais motivada a comer.
▶ Elogiar a criança quando ela come alimentos nutritivos que tinha relutân-
cia em comer ou provar.
▶ Evitar oferecer alimentos pouco saudáveis que a criança goste (por
exemplo, guloseimas e chocolates) para que ela coma a sua refeição. Em
vez disto, pode ser dada uma recompensa simbólica (por exemplo, um au-
tocolante ou distintivo).
▶ Evitar dar à criança snacks não saudáveis, principalmente, perto do horá-
rio das refeições (por exemplo, bolachas, chocolates, batatas fritas).
▶ Seja um exemplo, coma alimentos saudáveis e mostre o seu agrado!
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APETITE NA INFÂNCIA: COMO SE DESENVOLVE E COMO SE PODE MOLDAR Estratégias Orientadoras para Pais e Cuidadores
Este e-book foi desenvolvido sob a execução científica de projetos fi- 3. Albuquerque G, Lopes C, Durão C, Severo M, Moreira P, Oliveira
nanciados pelo FEDER do Programa Operacional de Competitividade e A. Dietary patterns at 4 years old: Association with appetite-related
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Pública da Universidade do Porto (EPI-Unit) (UIDB/04750/2020; POCI-01- s41430-018-0169-z
0145-FEDER-006862) e do Laboratório para a Investigação Integrativa e
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Um agradecimento especial às famílias envolvidas na GERAÇÃO XXI, a todos appetite and diet quality: A prospective cohort study. Appetite.
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APETITE NA INFÂNCIA: COMO SE DESENVOLVE E COMO SE PODE MOLDAR Estratégias Orientadoras para Pais e Cuidadores
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