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alimentares
alimentares
para
para aa casa
casa
Lidando com a
Seletividade Alimentar
Como usar esse e-book @clinicainclusive
Este material foi escrito com base nas dúvidas que mais recebemos
dentro da clínica. Trabalhamos na Seletividade Alimentar desde 2017,
e durante estes anos, ajudando as famílias, vimos de perto muitas
dificuldades passadas dentro de casa!
O objetivo deste projeto é te ajudar, com
DICAS PRÁTICAS, a mudar o seu dia a dia
e reduzir batalhas na hora da alimentação!
Mas lembrem-se que seletividade alimentar não é frescura e que
@clinicainclusive
precisa de acompanhamento! Procurem sempre profissionais
capacitados para te ajudar nesse caminho!
Quando?
O horário e
O que?
momento que a
Escolher o que vai ter refeição/lanche vai
na mesa é de ser apresentada é
responsabilidade dos de
pais, se vai ser responsabilidade
macarrão gravata ou dos pais
arroz branco, são os
pais que decidem! @clinicainclusive
Onde?
Se vai ser na
Quando sala, na mesa, na
mudamos os Quanto e se vai comer? escola ou na
papéis, a A quantidade e se vai casa da avó,
refeição se comer ou não, isso é também é uma
torna uma responsabilidade da decisão dos pais!
barganha e criança, confie no seu
quem perde? filho, estabeleça as
Todos perdem! responsabilidades e
entenda que eles
também podem opinar
no que vai comer!
O mais importante de tudo:
@clinicainclusive
@clinicainclusive
Você é mais
que a
alimentação
do seu filho!
Releia essa frase sempre que precisar!
"Mas
Se você está passando pela situação filho menin
nem as, m
ao lado, saiba que antes de implantar do c cheg eu
mes a de a pe
a tarefa de se sentarem à mesa é a de irão ou rto
tant d
importante ressignificar à ida à mesa! om a
edo!
"
Para isso, vamos utilizar a mesa como
apoio para outras tarefas como pintar,
@clinicainclusive
jogar, desenhar, brincar, o que mais a
criança gostar. Isso fará ela entender
que aquele não é um lugar de tortura,
e que os tempos de obrigação em
estar alí por um certo período de
tempo, já não existirão mais!
Qua
l
de c a melho
oloc
Como servir à mesa
@clinicainclusive
sua
ar a r forma
com
mes ida na
a?
Não existe uma forma correta, mas vamos te
mostrar uma forma que vai poder te ajudar na
apresentação dos@clinicainclusive
alimentos ao seu filho.
Lembrando que o ideal sempre terá seus dias de
exceções!
Modelo Self-Service:
Vamos começar por levar os
alimentos até a mesa,
o modelo self-service é um modelo que
proporciona oportunidades de
aproximação com o alimento, passem os
alimentos de pessoa para pessoa, deixando
que cada um se sirva. Note que nesse
modelo, mesmo os preparos especiais,
feitos só para a criança, entram na dança
e podem estar no prato de quem mais
quiser. Isso é bem importante para
retirarmos a atenção que o preparo
especial proporciona!
@clinicainclusive
NOTA:
Esse modelo é o ideal! Mas se a
criança nem aceita a comida à
mesa ainda, comece por
deixando no fogão e levando o
que for mais aceito à mesa!
Como servir à mesa
@clinicainclusive
Prato da aprendizagem:
@clinicainclusive
"Eu deixo
ele à mesa para ver se ele
come mais, ele não come
nada na primeira hora
mesmo!"
ATENÇÃO
Mas atenção, se seu
filho permanece à
mesa, comendo
(mastigando) por mais
que 30 minutos
procure um
profissional para
realizar uma
avaliação, alguns
quadros podem levar
a criança a
permanecer à mesa
por mais tempo!
ele n "Mas
e
pela m se i
Estimulando a autonomia com
com
er s
id
nter
a! Co essa
m
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ozin o vai
ho?"
"É necessário
mesmo, uma
rotina alimentar
meninas?"
Pode não ser para você, mas uma rotina alimentar ajuda
o seu filho a se organizar e comer melhor durante a
refeição. Parece um bicho de sete cabeças, mas estamos
@clinicainclusive
aqui pra te mostrar que essas sete cabeças são sete
fases que você vai conseguir implementar na sua rotina
alimentar!!!!
Rotina Alimentar
@clinicainclusive
3. Autonomia no comer
4. Momento de
alimentação/refeição
descontraído e leve
5. Finalizando a refeição com avisos
verbais como, ‘você já está
satisfeito?”, ”estamos terminando
a refeição, você também?”
@clinicainclusive
n i nas,
a s me
"M r e t irar Existem algumas formas de se fazer esse
como ábito?" processo sem grandes estresses, vamos
h
esse mostrar uma delas, mas o importante é
ter em mente que o processo precisa ser
@clinicainclusive
gradual e não gerar mais batalhas do que
a alimentação atual. Lembrando que não
se pode retirar o tablet anterior a ida
para a mesa! Lembre-se, também, de
colocá-la em prática em uma refeição
apenas, e só quando conseguir nessa
refeição, passar para a próxima!
Troque
a criatividade:
isso...
- Prova um pedaço?
- Experimente um pedacinho?
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- Mas você nunca provou,
como não gosta?
- Dá um lambidinha?
...Por
- Esse alimento é duro ou
@clinicainclusive mole?
isso
- Ele está quente?
- Que cor ele é?
- Com qual alimento ele
se parece?
- Será que é salgado?
E bora
colocar em
prática!
Esperamos
ter ajudado!
Depoimentos reais
Quando começamos a introdução alimentar da L., com 6 meses, era uma frustração
atrás da outra. Não importa se eu caprichava na refeição, se eu passasse horas
insistindo num alimento, era sempre uma frustração, ela aceitava apenas alguns
alimentos. @clinicainclusive
Como ela sempre esteve dentro do peso para a idade dela, acreditávamos que era só
uma questão de tempo, que conforme crescia, ela se interessaria por outros
alimentos. Estávamos completamente errados. Conforme ela crescia, ela selecionava
mais ainda o que comia, principalmente se fosse fora de casa. Lembro dela passar 7
horas todos os dias na escola sem comer absolutamente nada. Meu coração aperta só
de lembrar.
Foi quando comecei a pesquisar na internet sobre o assunto e encontrei a Dra.
Sabrina. Entendi que o que ela tinha era Seletividade Alimentar. Comecei a observar
padrões: ela não tocava nos alimentos, não interagia com eles, não gostava dos
cheiros, não se alimentava sozinha e só comia assistindo desenho. O primeiro passo
foi tirar as telas, que foi a coisa mais fácil do mundo e eu sempre achei que ela não
comeria sem telas, que seria choro e birra, mas foi tão gentil e tranquilo.
Depois começamos a ensinar ela a comer sozinha, o que levou um certo tempo.E
juntas iniciamos as atividades para a interação com os alimentos. Tudo fluiu
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super bem. A Dra. Sabrina foi muito paciente e acolhedora, mesmo o
nosso atendimento sendo 100% on-line. As atividades eram passadas por
ela e explicadas como eu deveria proceder. A L. surpreendeu a todos nós. Cada dia
era uma nova conquista. Hoje, quando vejo ela comendo algo que não comia,
cenoura por exemplo, eu fecho os olhos e agradeço imensamente a Deus, peço
também que abençoe a Dra. Sabrina e que outras famílias possam conseguir tratar
a seletividade alimentar. Sei muito bem que o que importa é a qualidade de
uma refeição, não a quantidade, e por isso tinha medo sobre a saúde da L. no
futuro. Hoje fico muito mais tranquila, pois ela se alimenta muito melhor.
Serei eternamente grata. Vale a pena o investimento e disposição.
Geisy, mãe de L. (3 anos)
Depoimentos reais
SA tem tratamento
Depoimentos reais
Olá, sou a Ludmila, mãe da M.C, uma prematura extrema de 28 semanas e seletividade
alimentar bem severa. Por conta da prematuridade a maioria das coisas foram
diferentes para M. A Introdução Alimentar se iniciou aos seis meses, mas nunca
passamos dos pastosos. Ela aceitava tudo, desde que muito bem amassado. E assim
seguimos, sempre com a justificativa dos atrasos causados pela prematuridade.
@clinicainclusive
Assim que completou três aninhos, ela teve uma infecção de garganta muito forte,
daquelas com muito pus. Com isso, naturalmente ela passou a recusar os alimentos e
passou a comer menos. Acredito que doía muito ao engolir... assim como acontece
com qualquer pessoa, por isso não insistia. Porém, em um dia ela não aceitou nada.
Passou o dia sem comer. No outro dia, a mesma coisa... a medida que eu insistia, ela
se desesperava e não aceitava nada. E foi assim nos próximos dias, semanas, meses,
anos... Exatos 5 anos! Cinco anos sem comer absolutamente nada, além de fórmula
que conseguíamos dar na mamadeira substituindo o leite. É desesperador.
Perdi as contas de quantas vezes preparei o melhor almoço do mundo, e ela chegava a
vomitar só de olhar para a comida. Também perdi as contas de quantas vezes fui
criticada e julgada... a culpa era sempre minha. As pessoas diziam que eu não dava
conta, que minha comida era ruim, que eu não tinha jeito para isso. Ou então a culpa
era da M., falavam para eu deixar ela sem o "leite", passando fome ela comeria.
Até a própria pediatra disse que isso era birra de criança que logo iria passar.
@clinicainclusive
Um turbilhão de informações. Chorei. Me culpei. Enlouqueci. Estudei. estudei muito.
Fiz milhares de pesquisas, e passava noites lendo sobre casos parecidos. Busquei
ajuda
profissional. Passei por inúmeras terapeutas que dava para ver nos olhos a aflição de
não ter a menor ideia de como lidar. Tive a sorte de encontrar profissionais
capacitados e que buscavam mais recursos, e conhecimento para nos ajudar com
algo tão severo. O passo é de formiguinha, e na maioria das vezes imperceptíveis
aos nossos olhos.Quase todos os dias, ao longo desses cinco anos,me questionei
sobre a conduta."Será que estamos no caminho certo?""O que mais posso
fazer?""Será mesmo que esse monte de terapia esta virando alguma coisa?"Sorte
que nunca nos deixamos vencer pelo cansaço.
Ludmila, mãe de M.C. (8 anos), continua....
Depoimentos reais
A resposta que tanto desejávamos veio de uma forma tão natural. Tão leve. Tão
emocionante. Me lembro de todos os detalhes daquele dia, pois volto nele sempre para
agradecer. Havia feito uma gelatina vermelha (despretensiosamente), e depois do jantar
peguei um potinho para comer. A M. estava assistindo o desenho da turma da Mônica
(seu favorito), e eu me sentei ao lado dela para comer gelatina. Acho que fiz isso sem
intenção, mas os recursos que aprendemos com as terapeutas se tornaram parte da
nossa rotina, fazemos automático, talvez por isso achei que fosse despretensioso.
Ela veio ver imediatamente o que eu estava comendo, e ficou maravilhada com a cor
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vermelha. Aproveitei o gatilho para ressaltar que era igual ao vestido da Mônica, e
também a melancia da Magali... isso causou ainda mais interesse, então ofereci e ela
aceitou. Aceitou, e comeu o potinho inteiro. Era a primeira vez que minha filha comia
depois de 5 anos. Imaginem como foi difícil controlar a emoção, e agir naturalmente
para não desestabiliza-la. Rs. Depois disso continuei fazendo gelatinas, e da gelatina
para o danoninho, e do sorvete para o purê... e não paramos mais. A evolução foi muito
rápida. Até assustava. Um dia fui ao varejão comprar coisas vermelha para expandir as
opções, comprei tanta coisa. Cheguei em casa, abri tudo em cima da bancada, e
mostrei para ela, e ela respondeu dizendo: "Mamãe, eu quero banana". Sai correndo
atrás de uma banana em meio a tudo de vermelho que tinha comprado, e então ela
comeu uma banana inteirinha pela primeira vez. Tudo fazia sentido. A sensação que
eu
tinha era que ela absorveu todos os estímulos que foram dados pelas terapeutas,
processou as informações, e havia chegado o momento em que se sentia confortável
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em colocar tudo em prática. (Tanto que pediu banana, fruta que estava sendo usada
nas terapias). E não foi diferente para nós, pais. Soubemos como agir mediante a
situação, pois aprendemos a lidar. Nos sentimos mais preparados e seguros nas
atitudes. Conseguimos colocar todas as dicas, e o conhecimento que adquirimos
com a equipe. E isso fez, e faz toda a diferença. Quando todos nós falamos a mesma
língua, quem ganhou foi a M.
Ludmila, mãe de M.C. (8 anos)
Suas prioridades de mudança
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Prioridade ___
Horário:_________
Dias da semana
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que aplicaremos.
Sobre as autoras
Dra. Sabrina Fontanesi
Fonoaudióloga atuante em Seletividade
Alimentar, referência em Ribeirão
Preto/SP.
É formada pela Universidade de São
Paulo – USP FMRP (2008).
Possui mestrado (UFSCar) e doutorado
(USP-RP).
Realiza Atendimento Clínico e
Supervisão em Seletividade Alimentar
junto com uma equipe interdisciplinar.
Fundadora da empresa Inclusive.
Conviveu com a S.A. durante toda
a vida.
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