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Extratégias

Estratégias
alimentares
alimentares
para
para aa casa
casa
Lidando com a
Seletividade Alimentar
Como usar esse e-book @clinicainclusive

Este material foi escrito com base nas dúvidas que mais recebemos
dentro da clínica. Trabalhamos na Seletividade Alimentar desde 2017,
e durante estes anos, ajudando as famílias, vimos de perto muitas
dificuldades passadas dentro de casa!
O objetivo deste projeto é te ajudar, com
DICAS PRÁTICAS, a mudar o seu dia a dia
e reduzir batalhas na hora da alimentação!
Mas lembrem-se que seletividade alimentar não é frescura e que
@clinicainclusive
precisa de acompanhamento! Procurem sempre profissionais
capacitados para te ajudar nesse caminho!

Vamos começar mostrando o que é a


Seletividade alimentar e seu mundo,
passando pela importância dos pais no
tratamento e acompanhamento deste
quadro, finalizando essa parte com a
divisão de responsabilidade na hora da
alimentação!
@clinicainclusive
Como usar esse e-book @clinicainclusive

Esta primeira parte é importante, mas


se vocês estão desesperados,
aconselhamos ir para a segunda parte:
Estratégias alimentares para a casa.

Nessa parte vocês devem começar pelo final, imprimindo a


tabela de mudanças que irão fazer,@clinicainclusive
utilizar nossa régua de
indicação de mudanças, e em conjunto com a equipe que
trabalha com o seu filho, traçar quais estratégias implantar
primeiro!
Depois é só ir lendo as dicas de
cada estratégia e ir implantando na
Boa leitura! E caso tenham sua casa! Utilizamos dúvidas
recebido esse material de recebidas por nós no início de cada
forma clandestina, por tópico, para podermos conversar
favor nos avise! Caso seja, sobre a situação real que cada
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ou conheça alguém que família encontra na sua casa!
não tem condições em
adquirir, entrem em
contato pelos nossos
canais, temos um projeto
de responsabilidade social
que pode te ajudar!
Estratégias alimentares para a casa:
@clinicainclusive

Sim, as vezes vamos comer no sofá, no carro,


em frente a tv, no quarto, afinal toda rotina tem
sua quebra, mas essas situações devem ser
exceções e não regras! Mas meninas... é muito
difícil manter uma rotina! Nós sabemos disso, e
ao longo desse e-book vamos te dar várias
dicas de organização das refeições, elas devem
ser utilizadas em conjunto com a tabela de
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objetivos ao final do e-book, devem ser


selecionadas em conjunto com a equipe que
acompanha o seu filho, e priorizadas conforme
a rotina da casa!
Cada mudança deve Refeições em família
acontecer de forma
isolada, mudar tudo
ao mesmo tempo só
vai gerar estresse e Tempo à mesa
frustração, com isso
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pense na seguinte
ordem: refeições em
família, tempo à Com autonomia
mesa, com autonomia
e sem distratores
(telas).
Retirada de distratores

Ou seja, se vocês comem cada um em um horário, sugerimos


começar por esse hábito. Se isso já acontece, mas em outro
ambiente, por exemplo, o sofá, comece por aí. Se isso também já
acontece, mas seu filho não para sentado, é nesse ponto que
você deve iniciar! Se todos sentam, mas ele precisa que lhe
deem comida, então devemos trabalhar a autonomia, e por fim
retirar distratores.
Mas afinal, o que é Seletividade
Alimentar?
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A Seletividade Alimentar é um quadro diagnóstico,


dentro das Dificuldades Alimentares, que é
caracterizado pela perda de interesse na alimentação
(recusa alimentar), recusa de novos alimentos
(neofobia alimentar) e pouco apetite relatado.

E quais os sinais que podem


ser observados?
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Consumo de menos Evita categorias


de 30 alimentos; inteiras de alimentos;
Chora ou arqueia o
Apresenta vômitos corpo durante as
ou ânsia ao comer; refeições;

Não come sólidos A maioria das refeições


com 1 ano; @clinicainclusive são uma batalha;

Não come pastoso Não toca na comida, ou não


com 10 meses; deixa escovar os dentes;
E quem é responsável pelo o que
na alimentação?
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A divisão de responsabilidades durante a alimentação pode mudar


a sua vida em relação as batalhas na refeição: os adultos decidem
o que, quando e onde, e as criança quanto e se irão comer ou não!

Quando?
O horário e
O que?
momento que a
Escolher o que vai ter refeição/lanche vai
na mesa é de ser apresentada é
responsabilidade dos de
pais, se vai ser responsabilidade
macarrão gravata ou dos pais
arroz branco, são os
pais que decidem! @clinicainclusive

Onde?
Se vai ser na
Quando sala, na mesa, na
mudamos os Quanto e se vai comer? escola ou na
papéis, a A quantidade e se vai casa da avó,
refeição se comer ou não, isso é também é uma
torna uma responsabilidade da decisão dos pais!
barganha e criança, confie no seu
quem perde? filho, estabeleça as
Todos perdem! responsabilidades e
entenda que eles
também podem opinar
no que vai comer!
O mais importante de tudo:
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Tenha resiliência, as estratégias desse e-book podem


não funcionar no primeiro dia, na primeira vez!
Continue tentando!

@clinicainclusive

Você é mais
que a
alimentação
do seu filho!
Releia essa frase sempre que precisar!

Agora que você já


sabe disso, podemos
começar!!!
Sentar à mesa/ Refeições em família
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Vamos começar falando sobre a importância do sentar


à mesa, quando sentamos à mesa aprendemos vendo o
outro comer. Mastigar e morder são comportamentos
aprendidos, por isso é importante ver o outro comendo.
Em estudo recente, ao ofertarem alimentos em três
situações distintas: uma apenas com o pesquisador junto
à criança, outra com o pesquisador comendo um alimento
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diferente e na terceira o pesquisador comendo o mesmo
alimento que foi apresentado para a criança. Na terceira
situação foi observado que a criança comeu mais, provou
mais vezes, ingeriu mais calorias, e reduziu seu tempo à
mesa, mostrando a importância e o impacto do modelo na
hora da alimentação.
Outro fator importante é que ao compartilhar uma
refeição em família, criam-se memórias afetivas, de um
momento social em família, carregado de histórias e
interação.
Sentar à mesa/ Refeições em família
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m eu Calma que existem estratégias para que


,
e n inas ara à isso seja mais fácil! Tudo começa com um
M as m vai p aviso antecedente a situação de ir para a
" n e m !"
filho mesa mesa, pense em você, fazendo o que você
mais ama, e alguém, do nada, retira você
desse momento para te colocar em um
lugar que você nem gosta tanto! Isso é o
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que proporcionamos quando desligamos
uma TV para ir para a mesa, ou
guardamos um brinquedo, etc.

Aviso com marcador de tempo:

Meia hora antes da refeição,


ou 15 minutos, já avise que
haverá a refeição, isso pode
ser medido por intervalos de
desenhos, finais de programa,
rodadas de um jogo ou até
mesmo um cronômetro.
Cinco minutos antes, lembre
novamente e façam o
combinado.
Bônus
A criança pode ser envolvida no
preparo da mesa desde pequeno,
inicialmente levando objetos
pequenos, e que não quebrem,
depois ir evoluindo para objetos
maiores.
Sentar à mesa/ Refeições em família
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"Mas
Se você está passando pela situação filho menin
nem as, m
ao lado, saiba que antes de implantar do c cheg eu
mes a de a pe
a tarefa de se sentarem à mesa é a de irão ou rto
tant d
importante ressignificar à ida à mesa! om a
edo!
"
Para isso, vamos utilizar a mesa como
apoio para outras tarefas como pintar,
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jogar, desenhar, brincar, o que mais a
criança gostar. Isso fará ela entender
que aquele não é um lugar de tortura,
e que os tempos de obrigação em
estar alí por um certo período de
tempo, já não existirão mais!
Qua
l
de c a melho
oloc
Como servir à mesa
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sua
ar a r forma
com
mes ida na
a?
Não existe uma forma correta, mas vamos te
mostrar uma forma que vai poder te ajudar na
apresentação dos@clinicainclusive
alimentos ao seu filho.
Lembrando que o ideal sempre terá seus dias de
exceções!

Modelo Self-Service:
Vamos começar por levar os
alimentos até a mesa,
o modelo self-service é um modelo que
proporciona oportunidades de
aproximação com o alimento, passem os
alimentos de pessoa para pessoa, deixando
que cada um se sirva. Note que nesse
modelo, mesmo os preparos especiais,
feitos só para a criança, entram na dança
e podem estar no prato de quem mais
quiser. Isso é bem importante para
retirarmos a atenção que o preparo
especial proporciona!
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NOTA:
Esse modelo é o ideal! Mas se a
criança nem aceita a comida à
mesa ainda, comece por
deixando no fogão e levando o
que for mais aceito à mesa!
Como servir à mesa
@clinicainclusive

Prato da aprendizagem:
@clinicainclusive

Ao meio da mesa, ou logo ao


lado do prato da criança,
teremos um prato de
aprendizagem, nesse prato irão
alimentos que a criança ainda
não tolera no seu espaço
pessoal, sempre em quantidades
muito pequenas, mas presentes
nesse pratinho!

Esse modelo oferece proximidade com alimentos que ainda não


estão no prato da criança, incluem o alimento confortável à rotina
da casa, e proporciona momentos de alimentação menos
estressantes. Caso a criança se incomode por ter algo ali, explique
que, aquele alimento está ali, por ele ainda estar em fase de
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aprendizagem de como comer aquilo! Mas lembrem-se! Se o prato
da criança foi feito no sistema self service, dificilmente essa cena
irá acontecer, pois a criança que escolheu o que foi para o prato!
Tempo à mesa
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"Eu deixo
ele à mesa para ver se ele
come mais, ele não come
nada na primeira hora
mesmo!"

É importante que a criança permaneça à mesa se


alimentando do que está acostumada a comer, ainda
que o alimento seja leite, isso deve ser realizado à mesa.
Mas não obrigue a permanecer, e nem exponha a
criança a uma refeição por mais de 30 minutos. Vários
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estudos mostram que o tempo de uma refeição deve
gerar em torno de 20 minutos, e ainda mostram que
esse tempo é elevado em crianças com algum nível de
dificuldade de alimentação, isso ocorre, pois os pais
pensam\estabelecem que só se sai da mesa ao comer
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aquela determinada quantidade, ou que ficando mais
tempo, ele vai comer mais.
Tempo à mesa
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Porém, quando seu filho fica


Tempo ideal a mesa:
mais tempo à mesa, o que
de 20 a 30 ocorre é o contrário, a
minutos no exposição aumentada à

máximo mesa traz um desconforto


para a criança, fazendo com
que ela evite as próximas
refeições, e como deu para
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perceber, isso vira uma bola
de neve!

ATENÇÃO
Mas atenção, se seu
filho permanece à
mesa, comendo
(mastigando) por mais
que 30 minutos
procure um
profissional para
realizar uma
avaliação, alguns
quadros podem levar
a criança a
permanecer à mesa
por mais tempo!
ele n "Mas
e
pela m se i
Estimulando a autonomia com
com
er s
id
nter
a! Co essa
m
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ozin o vai
ho?"

Lembre-se da divisão de responsabilidades, desde muito


cedo, as crianças são capazes de saber a quantidade de
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alimento que proporciona saciedade. Por isso a autonomia
na alimentação é algo importante. Isso vai demonstrar
para o seu filho que você confia nele.
Para os pequeninos, deixem que
m o so toquem na comida e levem a boca
o
E c lar is es ainda com as mãos, esse contato
im u rent também vai ser importante para uma
est s dife es? série de estímulos táteis, além de
na idad favorecer a relação mão/boca.

O toque na comida com as mãos também


traz segurança à criança, quando @clinicainclusive
pequenas, é através das mãos, e boca, que
eles percebem o mundo, manusear a
comida é uma forma de a perceber melhor
sensorialmente, se é quente, frio, mole,
duro, pegajoso, se suja ou não.
Estimulando a autonomia
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Assim que a criança já aceita uma


m o so colher, tenha sempre duas colheres
o
E c lar is es no prato, uma sua e uma do seu filho,
im u rent
est s dife es?
estimule o uso da colher dele,
exemplo “agora é sua vez de pegar
na idad sozinho, será que você consegue?”
”olha só, a mamãe consegue pegar
três grãos de feijão de uma só vez, e
você quanto consegue?”. Aos poucos
vá proporcionando mais e mais
oportunidades até que ele seja capaz
de se alimentar de forma autônoma.
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Mas lembre-se: iniciar o aprendizado
da alimentação é um processo como
todos os outros que a criança passa,
tolerar “bagunça”e sujeira fará parte
deste processo. Inicialmente, a
criança vai derrubar mais alimentos
do que conseguir levar à boca,
continue incentivando seu filho. A
capacidade virá com o treino.
Rotina Alimentar
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"É necessário
mesmo, uma
rotina alimentar
meninas?"

Pode não ser para você, mas uma rotina alimentar ajuda
o seu filho a se organizar e comer melhor durante a
refeição. Parece um bicho de sete cabeças, mas estamos
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aqui pra te mostrar que essas sete cabeças são sete
fases que você vai conseguir implementar na sua rotina
alimentar!!!!
Rotina Alimentar
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1. Aviso antecedente à alimentação (volte no


tópico sentar a mesa para entender a cabeça
da rotina alimentar
2. Servir à mesa no modelo self
service (volte no tópico Como servir
à mesa para entender o pescoço da
rotina alimentar)
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3. Autonomia no comer
4. Momento de
alimentação/refeição
descontraído e leve
5. Finalizando a refeição com avisos
verbais como, ‘você já está
satisfeito?”, ”estamos terminando
a refeição, você também?”
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6. Retirada dos pratos e panelas


7. Final da refeição A rotina pode ser difícil
incialmente, mas a consistência
fará com que vire um hábito,
inclusive para os adultos, comer
deve ser prazeroso, além de ser um
ato social, em que seu filho terá
excelentes memórias dos
momentos em torno da mesa.
Retirada de distratores
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O uso de distratores é comum nos casos de seletividade


alimentar, muitas vezes ele é introduzido pelo fato de que a
distração faz com que a criança coma mais, mas sempre
devemos perguntar:

Será que a criança está realmente


comendo? Sentindo os alimentos, as
texturas? Enfim, criando relações
saudáveis com o alimento?
Se isso ainda não te convenceu, o uso de telas faz com que as
crianças prestem atenção ao que é mais interessante para um
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cérebro em crescimento, informações visuais e auditivas. Com
isso, ao assistir algo, que geralmente é muito colorido e tem
informações auditivas atraentes, a atenção e processamento
nos alimentos, passam para segundo plano, isso pode ser
interessante inicialmente, mas trará problemas ao longo do
desenvolvimento do seu filho.
Retirada de distratores
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n i nas,
a s me
"M r e t irar Existem algumas formas de se fazer esse
como ábito?" processo sem grandes estresses, vamos
h
esse mostrar uma delas, mas o importante é
ter em mente que o processo precisa ser
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gradual e não gerar mais batalhas do que
a alimentação atual. Lembrando que não
se pode retirar o tablet anterior a ida
para a mesa! Lembre-se, também, de
colocá-la em prática em uma refeição
apenas, e só quando conseguir nessa
refeição, passar para a próxima!

Entrega com atraso


Nesse modelo a ideia é ir atrasando a
entrega do tablete até que não precise
mais dele, o atraso é gradual, um minuto
incialmente, no dia seguinte dois, e assim
sucessivamente, até que a criança solicite
o tablete, que começará a ser ofertado
também com delay, exemplo: a criança
pede pelo tablete após 10 minutos sentado
à mesa, atrase incialmente um minuto e
assim até não ser mais solicitado o tablete.
Como apresentar um alimento novo usando a curiosidade e
alimentos familiares
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Muitas famílias se vêm perdidas por onde começar, qual


alimento apresentar e já estão cansadas de ouvir um
NÃO após “experimenta?”, “prova só um pedacinho?!”

É importante salientar que uma equipe especializada vai


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te ajudar nessa fase de seleção e exposição aos
alimentos, procure ajuda sempre que necessário!

Os alimentos que a criança já comia, devem sempre


estar presentes, mesmo após algum tempo de recusa, e
se eu não posso usar essas perguntas, o que eu devo
usar?
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Como apresentar um alimento novo usando a curiosidade e
alimentos familiares

Frases que não estimulam

Troque
a criatividade:

isso...
- Prova um pedaço?

- Experimente um pedacinho?
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- Mas você nunca provou,
como não gosta?

- Dá um lambidinha?

Frases que estimulam a


criatividade das crianças:
-Será que faz crec?
- Você consegue segurar
com dentes?

...Por
- Esse alimento é duro ou
@clinicainclusive mole?

isso
- Ele está quente?
- Que cor ele é?
- Com qual alimento ele
se parece?
- Será que é salgado?

Dessa forma a criança vai interagir com o alimento e dificilmente irá


negar essa interação! Alimento pode ser brinquedo, uma vez que a
criança aprende brincando!
A importância do preparo
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Por último, e não menos importante: o preparo! Sempre


ouvimos:
“Mas a partir de qual idade
podemos colocar a criança no
preparo?” Ou “Não tenho tempo
para ficar na cozinha!”
Mas quem te disse que para
incluir as crianças no preparo é
necessário tanto tempo assim?

Responda pra gente: você leva a banana já descascada,


amassada ou cortada? Você já apresenta os alimentos
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lavados e higienizados para o seu filho? Os alimentos
chegam à mesa sempre prontos?

Veja: lavar uma fruta, descascar um legume, despejar um


alimento para o cozimento, também faz parte do preparo!
Ao chegar do supermercado higienize as compras com as
crianças, ao servir no horário da fruta, solicite ajuda para
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descascar, amassar ou o que mais farão para a
apresentação dos alimentos.
A importância do preparo
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Preparos mais elaborados fazem as crianças saberem o que


vai dentro de um prato que ela já come, isso facilita a
inserção de alimentos que fazem parte da receita, por
exemplo, a criança que come bolo, mas não consome ovo.
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Ao participar do preparo a criança sabe que aquele
elemento já é consumido por ela em um alimento que é
confortável!
Assim, quando preparar um ovo cozido, por exemplo, o ovo
não será mais um elemento novo, e sim, apenas um
formato diferente!

E bora
colocar em
prática!
Esperamos
ter ajudado!
Depoimentos reais

Quando começamos a introdução alimentar da L., com 6 meses, era uma frustração
atrás da outra. Não importa se eu caprichava na refeição, se eu passasse horas
insistindo num alimento, era sempre uma frustração, ela aceitava apenas alguns
alimentos. @clinicainclusive
Como ela sempre esteve dentro do peso para a idade dela, acreditávamos que era só
uma questão de tempo, que conforme crescia, ela se interessaria por outros
alimentos. Estávamos completamente errados. Conforme ela crescia, ela selecionava
mais ainda o que comia, principalmente se fosse fora de casa. Lembro dela passar 7
horas todos os dias na escola sem comer absolutamente nada. Meu coração aperta só
de lembrar.
Foi quando comecei a pesquisar na internet sobre o assunto e encontrei a Dra.
Sabrina. Entendi que o que ela tinha era Seletividade Alimentar. Comecei a observar
padrões: ela não tocava nos alimentos, não interagia com eles, não gostava dos
cheiros, não se alimentava sozinha e só comia assistindo desenho. O primeiro passo
foi tirar as telas, que foi a coisa mais fácil do mundo e eu sempre achei que ela não
comeria sem telas, que seria choro e birra, mas foi tão gentil e tranquilo.
Depois começamos a ensinar ela a comer sozinha, o que levou um certo tempo.E
juntas iniciamos as atividades para a interação com os alimentos. Tudo fluiu
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super bem. A Dra. Sabrina foi muito paciente e acolhedora, mesmo o
nosso atendimento sendo 100% on-line. As atividades eram passadas por
ela e explicadas como eu deveria proceder. A L. surpreendeu a todos nós. Cada dia
era uma nova conquista. Hoje, quando vejo ela comendo algo que não comia,
cenoura por exemplo, eu fecho os olhos e agradeço imensamente a Deus, peço
também que abençoe a Dra. Sabrina e que outras famílias possam conseguir tratar
a seletividade alimentar. Sei muito bem que o que importa é a qualidade de
uma refeição, não a quantidade, e por isso tinha medo sobre a saúde da L. no
futuro. Hoje fico muito mais tranquila, pois ela se alimenta muito melhor.
Serei eternamente grata. Vale a pena o investimento e disposição.
Geisy, mãe de L. (3 anos)
Depoimentos reais

Começar a fazer o tratamento da L. com a equipe


multidisciplinar da clínica Inclusive foi um divisor de
águas em nossa vida. Começamos a enxergar a
seletividade alimentar de outra maneira, a entender
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todos os comportamentos da nossa filha, e
principalmente aprender como agir no dia a dia.
Quando começamos o tratamento contava em uma
mão os alimentos que ela comia. Hoje, após um ano e
meio do início dos terapias já temos uma grande
expansão alimentar.
Não é fácil, a evolução depende de comprometimento
e dedicação constante dos pais, ainda temos um
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caminho pela frente para percorrer. Olhando pra trás
me sinto muito agradecida por ter iniciado essa
caminhada e pelos ganhos conquistados pela nossa
família.
Livia, mãe de L. (6 anos)

SA tem tratamento
Depoimentos reais
Olá, sou a Ludmila, mãe da M.C, uma prematura extrema de 28 semanas e seletividade
alimentar bem severa. Por conta da prematuridade a maioria das coisas foram
diferentes para M. A Introdução Alimentar se iniciou aos seis meses, mas nunca
passamos dos pastosos. Ela aceitava tudo, desde que muito bem amassado. E assim
seguimos, sempre com a justificativa dos atrasos causados pela prematuridade.
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Assim que completou três aninhos, ela teve uma infecção de garganta muito forte,
daquelas com muito pus. Com isso, naturalmente ela passou a recusar os alimentos e
passou a comer menos. Acredito que doía muito ao engolir... assim como acontece
com qualquer pessoa, por isso não insistia. Porém, em um dia ela não aceitou nada.
Passou o dia sem comer. No outro dia, a mesma coisa... a medida que eu insistia, ela
se desesperava e não aceitava nada. E foi assim nos próximos dias, semanas, meses,
anos... Exatos 5 anos! Cinco anos sem comer absolutamente nada, além de fórmula
que conseguíamos dar na mamadeira substituindo o leite. É desesperador.
Perdi as contas de quantas vezes preparei o melhor almoço do mundo, e ela chegava a
vomitar só de olhar para a comida. Também perdi as contas de quantas vezes fui
criticada e julgada... a culpa era sempre minha. As pessoas diziam que eu não dava
conta, que minha comida era ruim, que eu não tinha jeito para isso. Ou então a culpa
era da M., falavam para eu deixar ela sem o "leite", passando fome ela comeria.
Até a própria pediatra disse que isso era birra de criança que logo iria passar.
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Um turbilhão de informações. Chorei. Me culpei. Enlouqueci. Estudei. estudei muito.
Fiz milhares de pesquisas, e passava noites lendo sobre casos parecidos. Busquei
ajuda
profissional. Passei por inúmeras terapeutas que dava para ver nos olhos a aflição de
não ter a menor ideia de como lidar. Tive a sorte de encontrar profissionais
capacitados e que buscavam mais recursos, e conhecimento para nos ajudar com
algo tão severo. O passo é de formiguinha, e na maioria das vezes imperceptíveis
aos nossos olhos.Quase todos os dias, ao longo desses cinco anos,me questionei
sobre a conduta."Será que estamos no caminho certo?""O que mais posso
fazer?""Será mesmo que esse monte de terapia esta virando alguma coisa?"Sorte
que nunca nos deixamos vencer pelo cansaço.
Ludmila, mãe de M.C. (8 anos), continua....
Depoimentos reais

A resposta que tanto desejávamos veio de uma forma tão natural. Tão leve. Tão
emocionante. Me lembro de todos os detalhes daquele dia, pois volto nele sempre para
agradecer. Havia feito uma gelatina vermelha (despretensiosamente), e depois do jantar
peguei um potinho para comer. A M. estava assistindo o desenho da turma da Mônica
(seu favorito), e eu me sentei ao lado dela para comer gelatina. Acho que fiz isso sem
intenção, mas os recursos que aprendemos com as terapeutas se tornaram parte da
nossa rotina, fazemos automático, talvez por isso achei que fosse despretensioso.
Ela veio ver imediatamente o que eu estava comendo, e ficou maravilhada com a cor
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vermelha. Aproveitei o gatilho para ressaltar que era igual ao vestido da Mônica, e
também a melancia da Magali... isso causou ainda mais interesse, então ofereci e ela
aceitou. Aceitou, e comeu o potinho inteiro. Era a primeira vez que minha filha comia
depois de 5 anos. Imaginem como foi difícil controlar a emoção, e agir naturalmente
para não desestabiliza-la. Rs. Depois disso continuei fazendo gelatinas, e da gelatina
para o danoninho, e do sorvete para o purê... e não paramos mais. A evolução foi muito
rápida. Até assustava. Um dia fui ao varejão comprar coisas vermelha para expandir as
opções, comprei tanta coisa. Cheguei em casa, abri tudo em cima da bancada, e
mostrei para ela, e ela respondeu dizendo: "Mamãe, eu quero banana". Sai correndo
atrás de uma banana em meio a tudo de vermelho que tinha comprado, e então ela
comeu uma banana inteirinha pela primeira vez. Tudo fazia sentido. A sensação que
eu
tinha era que ela absorveu todos os estímulos que foram dados pelas terapeutas,
processou as informações, e havia chegado o momento em que se sentia confortável
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em colocar tudo em prática. (Tanto que pediu banana, fruta que estava sendo usada
nas terapias). E não foi diferente para nós, pais. Soubemos como agir mediante a
situação, pois aprendemos a lidar. Nos sentimos mais preparados e seguros nas
atitudes. Conseguimos colocar todas as dicas, e o conhecimento que adquirimos
com a equipe. E isso fez, e faz toda a diferença. Quando todos nós falamos a mesma
língua, quem ganhou foi a M.
Ludmila, mãe de M.C. (8 anos)
Suas prioridades de mudança

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Prioridade ___
Horário:_________
Dias da semana
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que aplicaremos.
Sobre as autoras
Dra. Sabrina Fontanesi
Fonoaudióloga atuante em Seletividade
Alimentar, referência em Ribeirão
Preto/SP.
É formada pela Universidade de São
Paulo – USP FMRP (2008).
Possui mestrado (UFSCar) e doutorado
(USP-RP).
Realiza Atendimento Clínico e
Supervisão em Seletividade Alimentar
junto com uma equipe interdisciplinar.
Fundadora da empresa Inclusive.
Conviveu com a S.A. durante toda
a vida.

@clinicainclusive

Me. Patrícia T C Iucif


Terapeuta ocupacional atuante em
Seletividade Alimentar, referência em
Ribeirão Preto/SP.
É formada pela Universidade Federal de
São Carlos – UFScar.
Possui mestrado (USP- FMRP).
Realiza Atendimento Clínico e
Supervisão em Seletividade Alimentar
junto com uma equipe interdisciplinar.
É certificada em Integração Sensorial
de Ayres.
Fundadora da empresa Inclusive.
Mãe de um pequeno seletivo em
tratamento.

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