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ENDOMETRIOSE

NA PRÁTICA
1
Endometriose

Condição onde o endométrio, mucosa que reveste a


• Endometriose parede interna do útero, cresce em outros locais do
corpo

Nas lesões típicas da doença, as células crescem,


diferenciam-se do útero e mantêm sua capacidade
de responder a estímulos proliferativos hormonais

Além disso, ↑ de estrogênio estimula a


Promovendo inflamação e,
formação de grandes quantidades
consequentemente, estímulo doloroso
prostaglandinas

Durante a progressão da doença, ocorrem alterações que resultam


em reações imunológicas antígeno-anticorpo anormais, contribuindo
2
para o ↑ de agentes pró-inflamatórios
Endometriose

• POSSÍVEIS CAUSAS

MENSTRUAÇÃO RETRÓGRADA PROCESSOS CIRÚRGICOS

TRANSFORMAÇÃO DE CÉLULAS PERITONEAIS TRANSPORTE DE CÉLULAS ENDOMETRIAIS

TRANSFORMAÇÃO CELULAR EMBRIONÁRIA DESORDEM DO SIST. IMUNOLÓGICO

FATORES GENÉTICOS

3
Endometriose

Porém, outros fatores podem ter impacto no desenvolvimento da endometriose...

• Fatores ambientais e de estilo de vida – desenvolvimento e manutenção


• Mulheres que nunca engravidaram
• Início precoce do período menstrual
• Menopausa em idade avançada
• Ciclos menstruais curtos (por exemplo, menos de 27 dias)
• Fluxo menstrual intenso com durabilidade > que 7 dias
• Níveis mais altos de estrogênio no corpo ou uma maior exposição ao
estrogênio ao longo da vida
• ↓ IMC
• Qualquer condição médica que impeça a passagem normal do fluxo
menstrual para fora do corpo
• Anormalidades do trato reprodutivo 4
Superfície externa
Trompas de Falópio
do útero

Intestino, bexiga, em
outros locais
Ovários
próximos ao
abdome....

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SINAIS E SINTOMAS NA PRÁTICA

• Dor pélvica, frequentemente associada a períodos menstruais – sintoma mais comum


• Dor menstrual muito pior que o normal
• Períodos menstruais com duração > 7 dias
• Dismenorreia
• Dor na relação sexual - durante ou após
• Dor com evacuações ou micção – normalmente no período menstrual
• Sangramento excessivo
• Infertilidade - 35% a 50%
• Fadiga, diarreia, constipação, inchaço ou náusea, especialmente durante os períodos menstruais. 6
“Mulheres com endometriose apresentam ↑ concentração de
marcadores de peroxidação lipídica no sangue líquido
peritoneal, que promove a adesão celular e ativação de
macrófagos. Estes, por sua vez, liberam espécies reativas de
oxigênio e nitrogênio, levando ao EO.”

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ALIMENTAÇÃO E ESTILO DE VIDA, POSSUI RELAÇÃO COM A ENDOMETRIOSE?

Alimentação e
estilo de vida

Ansiedade Toxinas
↓ Nutrientes Estresse Poluição Dioxinas Pesticidas
ambientais

↑ RL E.O

Abortos Menopausa Infertilidade


recorrentes Endometriose prematura inexplicada

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Conduta Nutricional na Endometriose

• METILAÇÃO DO DNA

✓ Vit B9, B12, zinco e colina pode interferir na metilação do


DNA, resultando em anormalidades epigenéticas, uma vez
que altera a expressão ou o silenciamento de certos genes
de CpG

✓ Na endometriose, a hipometilação da CpG pode levar à


superexpressão do SF1 ou do ER-β, com um consequente ↑
dos níveis de estradiol e prostaglandina E2 (PGE2),
favorecendo a inflamação e o crescimento celular

A mudança na metilação de embriões de 5 semanas


pode predispor ao desenvolvimento de
endometriose na idade adulta...
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Conduta Nutricional na Endometriose

• METILAÇÃO DO DNA

Vários tipos de alimentos demonstram a capacidade Vegetais, legumes e grãos integrais - ricos em
de interferir nesses estágios da fisiopatologia folato, metionina, vitamina B6, vitaminas A, C e E

Atuam no genoma, alterando a expressão gênica e


influenciando Metilação do DNA

Dietas deficientes nesses nutrientes mostram alterações no metabolismo lipídico, EO e


anormalidades epigenéticas

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SUPLEMENTAÇÃO DE ÁCIDO FÓLICO (VIT B9)

• FONTES ALIMENTARES
• RDAs, 1998 - Dosagem Diária
Abacate, espinafre, feijão cozido, gérmen de trigo, fígado de
galinha cozido, grão-de-bico cozido, aspargos cozidos, ervilhas
Bebês 0 a 6 meses: 65 mcg
verdes cozidas, banana, laranja
Bebês 7 a 12 meses: 80 mcg
Crianças 1 a 3 anos: 150 mcg
Crianças 4 a 8 anos: 200 mcg
Crianças e adolescentes 9 a 13 anos: 300 mcg • ANVISA, 2018 – Nível máximo de segurança
Adolescentes 14 a 18 anos sexo masc: 400 mcg
Adolescentes 14 a 18 anos sexo feminino: 400 Lactentes: 629 mcg
mcg 6 meses: Não Determinado
Adultos maiores de 19 anos: 400 mcg 7 a 11 meses: Não Determinado
Grávidas 14 a 18 anos: 600 mcg 1 a 3 anos: 150 mcg
Grávidas maiores de 19 anos: 600 mcg 4 a 8 anos: 200 mcg
Lactantes 14 a 18 anos: 500 mcg 9 a 18 anos: 202,31 mcg
Lactantes maiores de 19 anos: 500 mg Adultos: 614,86 mcg
Gestantes: 605 mcg 11
Conduta Nutricional na Endometriose

SUPLEMENTAÇÃO DE ÁCIDO FÓLICO NA PRÁTICA!

Exemplo de suplementação para mulheres adultas com endometriose:

• L-Metilfotalo 600 mcg.


Excipiente qsp, 1 unidade.

Uso: Consumir 1 dose ao dia.

*Manipular em cáps. vegetais, transparentes, isentas de lactose e corantes artificiais.


Avalie
individualidade!

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SUPLEMENTAÇÃO DE METIONINA

• FONTES ALIMENTARES
• Dosagem usual: 500 a 1.000 mg
Ovos (principalmente a clara), peixes, frango, peru, carne de
• Dose máxima por unidade posólogica: 1.000 mg
gado, carne búfalo e de veado, carne de porco, carne de
• Dose máxima diária: 3.000 mg
coelho, crustáceos, produtos lácteos, castanha-do-pará,
sementes de gergelim, sementes de girassol e aveia

Contraindicações/Toxicidade: Altas doses de


metionina (sobredosagem) pode causar elevação
das concentrações plasmáticas de homocisteína e
efeitos vasculares adversos

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SUPLEMENTAÇÃO DE ÁCIDO RETINÓICO (VIT A)

• RDAs, 2001 - Dosagem Diária


• FONTES ALIMENTARES
Bebês 0 a 6 meses: 400 mcg
Bebês 7 a 12 meses: 500 mcg
Fígado bovino orgânico, salmão selvagem.
Crianças 1 a 3 anos: 300 mcg
Crianças 4 a 8 anos: 400 mcg
Crianças e adolescentes 9 a 13 anos: 600 mcg
Meninos adolescentes 14 a 18 anos: 900 mcg
Meninas adolescentes 14 a 18 anos: 700 mcg
Homens adultos 19 a 50 anos: 900 mcg • ANVISA, 2018 – Nível máximo de segurança
Mulheres adultas 19 a 50 anos: 700 mcg
Homens maiores de 51 anos: 900 mcg Lactentes: 500 UI/kg de peso corporal até o limite
Mulheres maiores de 51 anos: 700 mcg de 5.000 mcg
Gestantes 14 a 18 anos: 750 mcg Crianças: 500 UI/kg de peso corporal até o limite
Gestantes 19 a 50 anos: 770 mcg de 10.000 mcg
Lactantes 14 a 18 anos: 1.200 mcg Adultos: 10.000 mcg
Lactantes 19 a 50 anos: 1.300 mcg 14
Conduta Nutricional na Endometriose

SUPLEMENTAÇÃO DE ÁCIDO RETINÓICO NA PRÁTICA!

Exemplo de suplementação para mulheres adultas com endometriose:

• Vitamina A (Ácido Retinóico) 350 mcg.


Aviar em gotas ou cápsulas lipofílicas.
Uso: Consumir 1 dose ao dia, podendo associado com outras vitaminas
lipossolúveis.

*Manipular em cáps. vegetais, transparentes, isentas de lactose e corantes artificiais.

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SUPLEMENTAÇÃO DE ÁCIDO ASCÓRBICO (VIT C)

• FONTES ALIMENTARES
• DRIs, 1998 - Dosagem Diária
Alfafa, salsinha, brócolis, couve, pimenta vermelha, acerola,
Bebês 7 a 12 meses: 50 mg kiwi, laranja, mamão, goiaba e morango
Crianças de 1 a 3 anos: 15 mg
Crianças 4 a 8 anos: 25 mg
Criannças 9 a 13 anos: 45 mg • ANVISA, 2018 – Nível máximo de segurança
Mulheres 14 a 18 anos: 65 mg
Homens 14 a 18 anos: 75 mg Lactentes: 1.727 mg
Mulheres a partir de 19 anos: 75 mg 6 meses: Não Determinado
Homens a partir de 19 anos: 90 mg 7 a 11 meses: Não Determinado
Grávidas menos de 18 anos: 80 mg 1 a 3 anos: 385 mg
Grávidas mais de 18 anos: 85 mg 4 a 8 anos: 625 mg
Lactantes menos de 18 anos: 115 mg 9 a 18 anos: 1.126 mg
Lactantes mais de 18 anos: 120 mg. Adultos: 1.926 mg
Gestantes: 1.723 mg.
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Conduta Nutricional na Endometriose

SUPLEMENTAÇÃO DE VITAMINA C NA PRÁTICA!

Exemplo de suplementação para mulheres adultas com endometriose:

• Vitamina C revestida 150 mg.


Aviar em cápsulas qsp.
Uso: Consumir 1 dose duas vezes ao dia. Uma dose pela manhã e outra
no período da tarde.

*Manipular em cáps. vegetais, transparentes, isentas de lactose e corantes artificiais.

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SUPLEMENTAÇÃO DE VITAMINA E (ALFA-TOCOFEROL)

• RDAs, 2000 - Dosagem Diária • ANVISA, 2018 – Nível máximo de segurança

Bebês 0 a 6 meses: 4 mg Lactentes: 800 mg


Bebês 7 a 12 meses: 5 mg 6 meses: não determinado
Crianças de 1 a 3 anos: 6 mg 7 a 11 meses: não determinado
Crianças 4 a 8 anos: 7 mg 1 a 3 anos: 200 mg
Crianças e adolescente 9 a 13 anos: 11 mg 4 a 8 anos: 300 mg
Maiores de 14 anos: 15 mg 9 a 18 anos: 600 mg
Grávidas maiores de 14 anos: 15 mg Adultos: 1.000 mg
Lactantes maiores de 14 anos: 19 mg Gestantes: 800 mg

• FONTES ALIMENTARES
Semente de abóbora, pistache, amêndoas, amendoim, avelã,
castanha do Pará/do Brasil, espinafre, óleo de oliva, óleo de
amêndoas, óleo de amendoim.
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Conduta Nutricional na Endometriose

SUPLEMENTAÇÃO DE VITAMINA E NA PRÁTICA!

Exemplo de suplementação para mulheres adultas com endometriose:

• Alfa-Tocoferol 60 mg.
Aviar em cápsulas ou gotas lipofílicas.
Uso: Consumir 1 dose ao dia, podendo associado com outras vitaminas
lipossolúveis.

*Manipular em cáps. vegetais, transparentes, isentas de lactose e corantes artificiais.

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Conduta Nutricional na Endometriose

• INGESTÃO FRUTAS E VEGETAIS

Quanto > o consumo de frutas (2


porções ou mais vs 1 porção ou menos/d
284 mulheres com
Entre 18 e 49 anos
endometriose
Demonstrou-se maior risco de
desenvolver a doença (p = 0,04)

Esses dados podem ser justificados,


considerando que os pesticidas Esses pesticidas geram EROs e ↓ a
(organoclorados, organofosforados, capacidade antioxidante de frutas e
bipiridínicos) e dioxinas são utilizados vegetais, efeito que pode ser revertido
no cultivo de frutas através da consumo de frutas orgânicas

Além disso, o organoclorado interfere nas vias hormonais, atuando nos receptores de estrogênio e andrógeno
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Conduta Nutricional na Endometriose

“APESAR DESSES FATORES NÃO DEVE-SE CONTRAINDICAR O CONSUMO DE FRUTAS.


ISSO É APENAS UM AVISO PARA PRESCRITORES E CONSUMIDORES, QUE DEVEM PREFERIR
INGREDIENTES ORGÂNICOS E, SEMPRE QUE POSSÍVEL, REMOVER A CASCA DOS ALIMENTOS
QUE ESTÃO CONTAMINADOS...

...O PRESENTE ESTUDO SUGERE QUE COMPONENTES ALIMENTARES ESPECÍFICOS PODEM


ESTAR ASSOCIADOS AO RISCO DE ENDOMETRIOSE”.

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Conduta Nutricional na Endometriose

• INGESTÃO FRUTAS E VEGETAIS

• Antioxidantes e fibras presentes em frutas e vegetais


favorecem o aumento da excreção de estrogênio,
contribuindo para a regulação hormonal

✓ Cálcio, zinco, selênio, vitamina C, vitamina E


✓ > quantidade de fibra não digerida e não
e compostos bioativos como fitoquímicos -
absorvida pode proteger os estrogênios de
carotenóides, flavonóides, indóis e
desconjugação e reabsorção bacterianas
isotiocianatos

Interferem no equilíbrio hormonal, sinalização celular, controle


de crescimento celular e apoptose na endometriose
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Conduta Nutricional na Endometriose
• INGESTÃO DE FRUTAS E VEGETAIS

Dietas ricas em fibras ↓ os níveis séricos de estrogênio, alterando a flora fecal e redução da circulação
entero-hepática de estrógenos

INFLUENCIANDO NA FISIOPATOLOGIA DA Modulação da dieta pode


influenciar o metabolismo
ENDOMETRIOSE do estrogênio em mulheres
na pré-menopausa!

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Conduta Nutricional na Endometriose

• INGESTÃO DE FRUTAS E VEGETAIS

✓ Alimentos (não suplementos) ricos em tiamina, folato,


vitamina C e vitamina E foram relacionados a uma ↓
taxa de diagnóstico de endometriose

✓ Acredita-se que esses dados é pelo fato de ✓ Pois são encontrados na dieta vários
que suplementos não exercem o mesmo nutrientes e compostos bioativos que
efeito que os alimentos interagem entre si

As vitaminas A, C e E são nutrientes antioxidantes que previnem a


peroxidação lipídica, fenômeno que contribui para o
desenvolvimento e progressão de doenças crônicas com
24
características inflamatórias
Conduta Nutricional na Endometriose
• INGESTÃO DE FRUTAS E VEGETAIS

O EO foi identificado no líquido peritoneal e no sangue periférico de mulheres com endometriose, por isso,
mulheres com (WEN, n = 83) e sem endometriose (WWE, n = 80) foram entrevistadas usando um QFA para
comparar sua ingestão de antioxidantes (de vitaminas e minerais)

WEN participou da aplicação de uma dieta controle (n = 35) e rica em antioxidantes (n = 37) por 4 meses. A
dieta ↑ em antioxidantes (HAD) garantiu a ingestão de 150% da ingestão diária de vit A “vegetais” (1050 μg
equivalentes de retinol), 660% da ingestão diária recomendada (IDR) de vit C “frutas” (500 mg) e 133% da RDI
de vit E “sementes” (20 mg)

A comparação da ingestão de antioxidantes entre WWE e WEN mostrou uma menor ingestão de vitaminas A,
C, E, zinco e cobre por WEN

Um ↑ nas concentrações de retinol sérico, alfa-tocoferol, leucócitos e ascorbato plasmático; e atividade de


enzimas antioxidantes (SOD e GSH-Px) foram observadas a partir do 2° mês de intervenção (p <0,001).
Redução nos marcadores de EO (MDA e hidroperóxidos lipídicos) mostrou uma ↓ no grupo HAD no 3° mês 25
de intervenção (p <0,001). Esses fenômenos não foram observados no grupo controle
Conduta Nutricional na Endometriose

• INGESTÃO DE FRUTAS E VEGETAIS

➢ Primeira identificação do resveratrol: dácada de 1940

➢ O RSV (resveratrol), polifenol encontrado na pele escura de uvas e jabuticaba e


Polygonum cuspidatum, está presente nas fórmulas de medicina tradicional chinesa
e Ayurvédica, prescritas para infecções fúngicas, doenças cardiovasculares,
distúrbios gastrointestinais, diabetes e inflamação

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Conduta Nutricional na Endometriose
• RESVERATROL

Polifenóis (antocianinas, ácidos hidroxibenzóicos, flavonas, isoflavonas, lignanas, resveratrol)


são compostos presente em alimentos com capacidade de modular a atividade de enzimas,
além de fortes propriedades antioxidantes

Administração de 10 mg / kg / dia de resveratrol


em modelo de rato

RESULTADO: Resveratrol demonstrou ação


antineoplásica, anti-inflamatória e antioxidante,
reduzindo o tamanho de implantes endometriais bem
como os níveis de fator de crescimento endotelial
vascular (VEGF) no plasma e no líquido peritoneal de
ratos. Também ↑ a supressão do VEGF no tecido
endometrial e favoreceu alterações histológicas no 27
ponto focal da doença após o tratamento
NA PRÁTICA COM A PACIENTE!

MIX ANTIOXIDANTE DE FIBRAS

Ingredientes:
6 colheres (sopa) de farelo de arroz
3 colheres (sopa) de farinha de linhaça dourada
3 colheres (sopa) de semente de chia
3 colheres (sopa) de cacau em pó
2 colheres (sopa) de farinha de semente de uva

Preparo: Misturar todos os ingredientes, armazenar em


embalagem escura com tampa na geladeira. Usar 1 colher
sopa sobre fruta picada, smoothies ou mingau.

”Fonte em fibras e compostos anti-inflamatórios que auxiliam no controle da


endometriose”

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Conduta Nutricional na Endometriose

• Sugestão de Suplementação de Resveratrol para Endometriose

Resveratrol 99% trans 15 mg


Quercetina 100 mg

Excipiente qsp, 1 unidade.


Uso: Consumir 1 dose 1 a 2 vezes ao dia, longe das refeições.

Obs: Não prescrever para gestantes, lactantes, pacientes em uso de anti


coagulantes e pacientes com CA de mama induzido por estrógeno

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Conduta Nutricional na Endometriose

• INGESTÃO DE CARNES

Além disso contém


Ingestão de carnes vermelhas estão associadas a maiores dioxinas - xenobióticos
concentrações de estradiol e sulfato de estrona que atuam como
desreguladores
endócrinos

Seu consumo contribui para o ↑ dos


Contém ácido araquidônico (ômega 6)
níveis de esteróides circulantes,
que, em excesso, aumenta as substâncias
colaborando com a manutenção da
pró-inflamatórias
doença

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Conduta Nutricional na Endometriose
• INGESTÃO DE CARNES

Ácido araquidônico - ácido graxo


poliinsaturado ômega-6 (ω6)

Derivado de alimentos de origem animal e


decomposto a partir de óleos vegetais

É um substrato para a síntese de


prostaglandinas e leucotrienos de séries pares Acentuada ação inflamatória
(PGE e LTB4)

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Quanto mais W3,
as substâncias menos
inflamatórias são
sintetizadas

Ômega 3 (ω3) - ácido EPA e DHA -


(óleo de peixe, óleo de chia e óleo
Recomendação 2: 1 a 4: 1
de linhaça) é um substrato para a
(ω6: ω3)
síntese mediadores químicos das
séries ímpares (PGE3 e LTB5)

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Conduta Nutricional na Endometriose

Normalmente não se existe carência de ômega 6 na alimentação pois é


encontrada nas carnes, grãos, sementes, oleaginosas

Consumo atual é muito ↑ de ômega 6 do que 3 - 10: 1, 20: 1 e até 50: 1 3

INFLAMAÇÃO
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Conduta Nutricional na Endometriose

A mudança na razão ω6: ω3 está associada ao ↑ da dor menstrual e às alterações


hormonais e autoimunes em mulheres com endometriose

Suplementação com w 3 pode retardar o Reduzir a dor e a inflamação


crescimento de implantes endometriais

Melhorar a qualidade de vida de mulheres com


endometriose nos estágios III e IV

Provável efeito: Suplementação com EPA


promove ↓ na espessura do tecido intersticial do
endométrio
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CONSUMO DE ÔMEGA 3

• IOM, 2005 – Ingestão Adequada Diária • FONTES ALIMENTARES

Bebês 6 meses*: 0,5 g Óleo de semente de linhaça (7,26 g/col sopa),


Bebês 6 a 12 meses*: 0,5 g semente de chia, semente de linhaça, peixes
Crianças 1 a 3 anos**: 0,7 g de água salgada
Crianças 4 a 8 anos**: 0,9 g
Crianças e adolescentes 9 a 13 anos sexo masculino**: 1,2 g
Crianças e adolescentes 9 a 13 anos sexo feminino**: 1,0 g
Adolescentes 14 a 18 anos sexo masculino**: 1,6 g
PORÉM... LINHAÇA E CHIA SÃO FONTES EM
Adolescentes 14 a 18 anos sexo feminino**: 1,1 g
ALA, E NÃO EPA E DHA!
Homens acima de 19 anos**: 1,6 g
Mulheres acima de 19 anos**: 1,1 g
Gestantes 14-50 anos**: 1,4 g
Lactantes 14-50 anos**: 1,3 g

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GARANTIR COFATORES DIETÉTICOS PARA CONVERSÃO DE ALA EM EPA E DHA

B3, B6, Zn, Mg, Vit C

Para garantir conversão de ALA


B6
em EPA/DHA consumir com
alimentos fonte em vit. C, vit B3
B3, Zn, Vit C (feijão, abacate, semente de
girassol...), vit B6 (noz, banana...)
e zinco (girassol) para modular
elongases e desaturases

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Conduta Nutricional na Endometriose

• CONDUTA NUTRICIONAL NA PRÁTICA

✓ Reduzir o consumo de carne vermelha e preferir


utilizar frango orgânico sempre que possível (nível de
hormônio menor).

✓ Intercalar 3 a 4 vezes por semana por preparações de


origem vegetal.

✓ Para substituição de proteína equivalente à uma


porção de carne bovina ou frango: ±200 gramas de
quinoa cozida ou ±200 gramas de amaranto cozido
ou ±3 conchas médias de feijão cozido ou ±2 conchas
média de grão de bico cozido ou ±2 conchas médias
de lentilha cozida ou 1 dose de proteína vegetal.
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NA PRÁTICA COM A PACIENTE!

✓ Otimizar o consumo de ômega 3 acrescentando sementes como chia e farinha linhaça dourada nos
alimentos
✓ Ingestão ou suplementação adequada de Complexo B, Zn, Mg e vitamina C
✓ Consumo de peixes de água salgada – oriente adicionar coentro na preparação do peixe ou
consumir 1 xícara de chá verde 30 minutos após consumo
✓ Peixes pequenos – menor teor de mercúrio
✓ Suplementação de no mínimo 1 grama de EPA proveniente de peixes, krill ou algas
✓ O óleo de peixe pode ter efeitos antiplaquetários em altas doses, mas a maioria das pesquisas indica
que doses de 3-6 g/dia de óleo de peixe não afetam significativamente o status anticoaguante de
pacientes em uso de varfarina → MONITORAR!

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Conduta Nutricional na Endometriose

• INGESTÃO DE FITOESTROGÊNIOS

Compostos difenólicos presentes em cerca de 300 plantas


(especialmente soja e linhaça) e que se convertem em INDIVIDUALIDADE E
substâncias estrogênicas no trato gastrointestinal QUANTIDADES!

Agem como estrogênios fracos, mas Modulador “natural” do receptor seletivo


também podem ter efeitos de estrogênio, competindo por ERs com o
antiestrogênicos estradiol endógeno

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Conduta Nutricional na Endometriose

• INGESTÃO DE GORDURA TRANS

✓ Mulheres que consumiram alimentos que continham mais


gordura vegetal hidrogenada (margarina, alguns pães,
biscoitos, salgadinhos, frituras, produtos processados)
tiveram 48% mais chances de desenvolver endometriose
do que aqueles que consumiram menos (p = 0,001).

✓ Este tipo de gordura está associado a moléculas


metabólicas que participam de processos inflamatórios
(TNFα, receptor IL-6, PCR)

40
Conduta Nutricional na Endometriose
• VITAMINA D

Linfócitos CD4, CD8, macrófagos e células


Ação anti-inflamatória, imunomodulatória e
dendríticas expressam receptores e enzimas que
antiproliferativa
metabolizam e ativam a vitamina D

1,25-di-hidroxivitamina D pode ser produzida localmente, No endométrio, a forma ativa da vitamina D ↓ a síntese de
desempenhando um papel autócrino e parácrino no foco ou IL-6, TNF20 e prostaglandinas, suprimindo a expressão da
na lesão da endometriose COX-2

Altas concentrações de 1,25 (OH) -D inibem a expressão do receptor prostaglandina


41
Conduta Nutricional na Endometriose

VITAMINA D

40 mulheres (18-40 anos) com dismenorreia primária foram randomizadas em 2 grupos: 20


mulheres receberam 1 dose oral única de colecalciferol (300.000 UI 5 dias antes do início do
seu próximo ciclo menstrual), enquanto outras 20 mulheres receberam placebo.

Pacientes tinham que estar com boa saúde e não tomar medicamentos, incluindo cálcio,
vitamina D e contraceptivos orais.
Vitamina D
reduz a síntese
Resultados: ↓ significativa da dor no grupo da vitamina D em comparação com o grupo do
placebo (P<0,001) durante os 2 meses de duração do estudo.
de PGs!
A resposta foi maior nas pacientes que relataram pior gravidade da dor no
o início do estudo (p<0.001).

Não foi registrado uso de AINEs no grupo vit D em 1 e 2 meses, enquanto 40% no grupo
placebo tomou AINEs pelo menos uma vez (P = 0,003). 42
Conduta Nutricional na Endometriose

• VITAMINA D - ATENÇÃO!!!

Uma exposição de corpo inteiro ao sol de verão durante


21 minutos resulta em pôr, em média, 20.000 UI no
corpo durante 48 horas

Flutuação sazonal de vit. D: latitude, estação do ano e


redução da exposição solar

Recente metanálise, totalizando mais de 42.000


pacientes adultos: cada aumento de 10% no IMC leva a
uma diminuição de 4% nas concentrações de 25 (OH) D
43
SUPLEMENTAÇÃO DE VITAMINA D (CALCIFEROL)

• FONTES ALIMENTARES
ORIENTAR PACIENTE QUANTO EXPOSIÇÃO
AO SOL, não apenas a suplementação Peixes gordurosos (salmão, cavala, sardinha) e
óleo de fígado de bacalhau

• UL (limite de tolerância máxima) para


• RDAs, 2010 - Dosagem Diária
Vitamina D (calciferol). IOM, 2011
Bebês 0 a 12 meses: 400 UI
Bebês 0 a 6 meses: 1.000 UI
Crianças e adolescentes 1 a 13 anos: 600 UI
Bebês 7 a 12 meses: 1.500 UI
Adolescentes 14 a 18 anos: 600 UI
Crianças 1 a 3 anos: 2.500 UI
Adultos 19 a 50 anos: 600 UI
Crianças 4 a 8 anos: 3.000 UI
Adultos e idosos 51 a 70 anos: 600 UI
Crianças e adolescentes 9 a 18 anos: 4.000 UI
Maior de 70 anos: 800 UI
Maior de 18 anos: 4.000 UI
44
Conduta Nutricional na Endometriose

SUPLEMENTAÇÃO DE VITAMINA D NA PRÁTICA!

Exemplo de suplementação para adultos:

Colecalciferol 4.000 UI.


Aviar em gotas ou cápsulas lipofílicas.
Uso: Consumir 1 dose pela manhã ou a noite, podendo ser associado com outras
vitaminas lipossolúveis.

*Manipular em cáps. vegetais, transparentes, isentas de lactose e corantes artificiais.

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Conduta Nutricional na Endometriose
• GENGIBRE

150 mulheres com dismenorreia foram instruídas a tomar ácido


mefenâmico, ibuprofeno e gengibre, durante os 3 primeiros dias do
período menstrual

As estudantes do grupo gengibre tomaram cápsulas contendo 1 grama


de rizoma de gengibre em pó ao dia

Os membros dos outros grupos receberam ác. mefenâmico ou


[6]-Gingerol e
ibuprofeno, respectivamente, no mesmo protocolo
Gingerdiones suprimem a
síntese de prostaglandinas
através da inibição da
O gengibre foi tão eficaz quanto o ácido mefenâmico e o ibuprofeno no COX-1 e COX-2!
alívio da dor em mulheres com dismenorreia primária
46
Conduta Nutricional na Endometriose
• GENGIBRE

• Zingiber officinalis L extrato seco (5%), 500 mg.


• Decocção de gengibre fresco
Excipiente qsp, 1 unidade.
1 colher (sopa) de capim limão
Uso: Tomar 1 dose duas vezes ao dia.
3 fatias de gengibre
3 fatias de cúrcuma
250 ml de água

Preparo: Aquecer a água, quando começar a Oriente combinações


surgir bolhas na superfície do recipiente de com o objetivo de ↑
fervura colocar as plantas, deixando ferver por 5 o poder terapêutico
minutos com o recipiente tampado. Coe o chá em da planta para cólicas
uma peneira de malha fina e o chá estará pronto. menstruais

47
NA PRÁTICA COM A PACIENTE!

• Suchá para Mulheres com Endometriose:

1 copo de infusão de chá verde


1 fatia fina de abacaxi
1 colher (chá) de farinha de linhaça dourada
3 folhas de hortelã
1 fatia de gengibre

Preparo: Bater todos os ingredientes no liquidificador.

“Fonte de compostos que irão auxiliar na redução de cólicas menstruais e o


chá verde vai proporcionar efeito destoxificante de estrogênio”

48
Conduta Nutricional na Endometriose

CHÁ VERDE

Ingestão de chá verde (<1 vez/semana, 1-6 vezes por semana ou mais de 7
vezes por semana).

191 americanas japonesas: 119 mulheres pré-menopausa na fase lútea e 72 na


pós-menopausa.
Ingestão de chá
Mulheres na pré-menopausa: Ingestão de chá verde foi associada a menor verde modifica o
metabólitos de estrogênio (P = 0,01). metabolismo ou
a conjugação de
Mulheres na pós-menopausa: Estrona urinário e estrogênios
estradiol foram aproximadamente 20% e 40% mais baixos nas que bebem chá
verde diariamente em comparação com as que bebem <1x/semana (P = 0,01 e 49
0,05).
Conduta Nutricional na Endometriose

• Camellia Sinensis ES 250 mg

Excipiente qsp, 1 unidade.


Uso: Tomar 1 dose pela manhã e a tarde
Habilitação em
Fitoterapia!

• Infusão de chá verde: 1 col. de chá folha


infusão por 5 minutos em água quente.
Consumir até 5 xícaras ao dia.

Chá verde cuidar: hipotireoidismo, pacientes com ferritina


baixa, pacientes hipertesos e insônia. Não prescrever para
gestantes e lactantes
50
Conduta Nutricional na Endometriose

N-ACETILCISTEÍNA

NAC é a forma acetilada da cisteína (aa)

• Quando suplementada, tem sido mostrado para reduzir o tamanho do endometrioma


• Substituindo comportamento proliferativo com comportamento diferenciador
• Diminuindo a atividade inflamatória e invasiva
• A N-acetil-L-cisteína (fonte de cisteína de melhor assimilação) é um nutriente potente por si só.
• Como a cisteína é tóxica em alta concentração, NAC é comumente usado ​para fornecer cisteína para ↑
síntese endógena de glutationa nas células
51
Conduta Nutricional na Endometriose
• N-ACETILCISTEÍNA (NAC)

Estudo caso-controle, avaliou-se o diâmetro e


volume do endometrioma em mulheres
suplementadas com NAC

47 mulheres suplementaram 1800 mg grupo


NAC (600 mg 3x/d) e 45 grupo placebo
PROVÁVEL EFEITO
Suplementação foi administrada por 3 d em 1) Morfologia mais diferenciada da camada epitelial
1 semana, com um intervalo de 4 d, por um 2) ↑ nas proteínas do complexo de junção celular (E-
período de 3 meses caderina e 𝛽-catenina) indicando uma ↓ no
comportamento invasivo celular
3) Uma ↓ da COX-2 inflamatória
Foi observada ↓ significativa no tamanho do
endometrioma no grupo NAC em comparação 52
as não tratadas (p = 0,001)
Conduta Nutricional na Endometriose

• SUPLEMENTAÇÃO DE N-ACETILCISTEÍNA

• N-Acetilcisteína (NAC) 200 mg

Excipiente qsp, 1 unidade.


Uso: Tomar 1 dose 3 vezes ao dia.

Contraindicações: hipersensibilidade à acetilcolina.


Antídoto: não existem contraindicações ao uso como
antídoto.

53
• MIODESIN™

Composto extraído de plantas amazônica, como a Contribui para o tratamento de miomas uterinos e
Uncaria tomentosa (unha-de-gato) endometriose

Apresenta inibição no crescimento tumoral e metástase,


Apresenta ação inibitória sobre COX-1, COX-2 e fosfolipase
inibição da síntese da citocina próinflamatória TNF-α, IL-4,
A2 (PLA2)
IL-6, IL-1a, IL-1B, IL-17 e NF-κβ

POTENTE EFEITO ANTI-INFLAMATÓRIO.


54
• MIODESIN™

Estudo clínico com 32 pacientes do sexo feminino


com mioma uterino e endometriose

As pacientes foram divididas em 2 grupos: um deles


recebeu Miodesin™ (500 mg/dose) com Gestrinona
Fagron (2,5 mg/2x/semana) em Pentravan®

Enquanto no grupo tratado somente com Miodesin™ teve uma


O outro foi tratado somente com Miodesin™ (500 ↓ significativa do volume uterino de 22%. Os efeitos colaterais
mg/ dose) em Pentravan®, ambos via de foram principalmente androgênicos no grupo tratado com
administração vaginal. Miodesin™ associado à Gestrinona Fagron, enquanto no grupo
tratado com Miodesin™ isoladamente não apresentou reações
adversas significativas
Grupo que recebeu Miodesin™ com Gestrinona
Fagron em Pentravan® foi observado a ↓ do 55
volume uterino de 42%
• SUPLEMENTAÇÃO DE MIODESIN™ - Tratamento de ataque por até 2 meses

• Gestrinona Fagron em Pentravan® por via vaginal

Gestrinona Fagron 5 mg
Pentravan® qsp 1 g
Posologia: Aplicar 1g via vaginal (aplicador vaginal), 2 vezes por semana,
alternando com Miodesin™. Manter pelo tempo determinado pelo médico.

Exclusividade médica
ou farmacêutica

• Miodesin™ em Pentravan® por via vaginal

Miodesin™ 500 mg Pentravan® qsp 3 g


Posologia: Aplicar 1 dose (3g) via vaginal (aplicador vaginal), 5 vezes por
semana, alternando com Gestrinona Fagron, por até 2 meses.
56
• SUPLEMENTAÇÃO DE MIODESIN™ - Tratamento após 2 meses (manutenção)

• Gestrinona Fagron em Pentravan® por via vaginal

Gestrinona Fagron 2,5 mg ou 5 mg


Pentravan® qsp 1g
Exclusividade médica
ou farmacêutica
Posologia: Aplicar 1g via vaginal (aplicador vaginal), 2 vezes por semana,
alternando com Miodesin™. Manter pelo tempo determinado pelo médico.

• Miodesin™ por via oral

Miodesin™ 500 mg
HygroCaps™ qsp 1 un Nutricionistas podem
realizar prescrição
Posologia: Ingerir 1 cápsula ao dia. Manter pelo tempo determinado pelo
médico ou nutricionista. 57
• OPÇÃO DE TRATAMENTO COM SUPLEMENTAÇÃO DE MIODESIN™ V.O

• Miodesin™ por via oral

Miodesin™ 250 a 500 m


HygroCaps™ qsp 1 un

Posologia: Ingerir 1 a 2 cápsulas ao dia. Manter pelo tempo determinado


pelo médico ou nutricionista.

Prescrição por
nutricionistas, médicos
e farmacêuticos

58
Manejo Dietético no MU
• XENOESTRÓGENOS
✓ Possui o potencial de interromper a função estrogênica normal.

✓ Disruptores endócrinos: “Substância química exógena, ou mistura de substâncias químicas, que pode
interferir em qualquer aspecto da ação hormonal. Esses produtos químicos podem se ligar aos
receptores endócrinos do corpo para ativar, bloquear ou alterar a síntese e degradação de
hormônios naturais por uma infinidade de mecanismos que resultam em sinais hormonais “falsos”
ou anormais que podem aumentar ou inibir o funcionamento endócrino normal”.

✓ Bisfenol A: Ação estrogênica, afinidade consideravelmente maior ao receptor de estrogênio

✓ Ftalatos: Ação estrogênica.

NA PRÁTICA:
1) Pacientes com endometriose devem ser aconselhados sobre embalagens plásticas.
2) Ter no ambiente de trabalho sua própria xícara para consumo de bebidas quentes.
3) Não armazenar alimentos quentes em recipientes de plástico.
59
4) Água de boa qualidade.
RECAPTULANDO INTERVENÇÃO DIETÉTICA NA ENDOMETRIOSE!

• Estratégias para ajuste da gordura corporal (caso necessário)


• 3 a 4 porções de frutas ao dia (ajustado conforme VET)
• 100 gramas de vegetais cozidos
• 150 a 200 gramas de vegetais crus
• Consumo de fibras 25 a 30 gramas por dia
• Redução de alimentos de origem animal
• Aumentar consumo de W 3
• Modular elongases e dasaturases
• Reduzir consumo de W 6
• Oriente sobre consumo de gordura trans
• Fitoestrógeno avaliar conforme individualidade
• Oriente sobre consumo de resveratrol e fitoquímicos
• Miodesin™
• Oriente sobre exposição solar e Vitamina D
• Oriente sobre Bisfenol A e Ftalatos
• Oriente sobre consumo de chá verde
• Oriente sobre consumo de gengibre 60
“Observe aquele que é bom no que faz, os bons profissionais são solicitados e
admirados e não ficam à sombra de ninguém”.

Provérbios 22:29

Danielle Rocha

61
Referências
1) Trabert B, Peters U, De Roos AJ, Scholes D, Holt VL. Diet and risk of endometriosis in a population-based case-control study. Br J Nutr. 2011;105(3):459-467.
2) He Y, Zeng Q, Dong S, Qin L, Li G, et al.: Associations between uterine fibroids and lifestyles including diet, physical activity and stress: a casecontrol study in China. J Clin Nutr 222,
109–117, 2013.
3) Chachay VS, Kirkpatrick CM, Hickman IJ, Ferguson M, Prins JB, Martin JH. Resveratrol--pills to replace a healthy diet?. Br J Clin Pharmacol. 2011;72(1):27-38.
4) Halpern G, Schor E, Kopelman A. Nutritional aspects related to endometriosis. Rev Assoc Med Bras (1992). 2015;61(6):519-523.
5) C.A. MARTIN et al. Ácidos graxos poliinsaturados ômega-3 e ômega-6: importância e ocorrência em alimentos. Rev. Nutr., Campinas, 19(6):761-770, nov./dez., 2006.
6) Bender NK, Kraynak MA, Chiquette E, Linn WD, Clark GM, Bussey HI. Effects of marine fsh oils on the anticoagulation status of patients receiving chronic warfarin therapy. J Thromb
Thrombolysis 1998;5:257-61.
7) Institute of Medicine, Food and Nutrition Board. Dietary reference intakes for energy, carbohydrate, fiber, fat, fatty acids, cholesterol, protein, and amino acids (macronutrients).
Washington, DC: National Academy Press; 2005.
8) Netsu S, Konno R, Odagiri K, Soma M, Fujiwara H, Suzuki M. Oral eicosapentaenoic acid supplementation as possible therapy for endometriosis. Fertil Steril. 2008;90(4 Suppl):1496-
1502.
9) Mier-Cabrera J, Aburto-Soto T, Burrola-Méndez S, et al. Women with endometriosis improved their peripheral antioxidant markers after the application of a high antioxidant
diet. Reprod Biol Endocrinol. 2009;7:54.
10) Lasco A, Catalano A, Benvenga S. Improvement of primary dysmenorrhea caused by a single oral dose of vitamin D: results of a randomized, double-blind, placebo-controlled
study. Arch Intern Med. 2012;172(4):366-367.
11) Vimaleswaran KS, Berry DJ, Lu C, Tikkanen E, Pilz S, et al.: Causal relationship between obesity and vitamin D status: bidirectional Mendelian randomization analysis of multiple
cohorts. PLoS Med 10(2), e1001383, 2013.
12) Ozgoli G, Goli M, Moattar F. Comparison of effects of ginger, mefenamic acid, and ibuprofen on pain in women with primary dysmenorrhea. J Altern Complement Med.
2009;15(2):129-132.
13) Porpora MG, Brunelli R, Costa G, et al. A promise in the treatment of endometriosis: an observational cohort study on ovarian endometrioma reduction by N-acetylcysteine. Evid
Based Complement Alternat Med. 2013;2013:240702.
14) Puri Farma Informe Técnico NAC. Disponível em: http://www.purifarma.com.br/Arquivos/Produto/N%20ACETIL%20L%20CISTEINA_Nova%20Literatura.pdf
15) Fagron Informe Técnico Miodesin®. Disponível em: https://br.fagron.com/sites/default/files/miodesin_folder_mt_fagronbrasil.pdf
16) Instrução Normativa - IN Nº 28, de 26 de Julho de 2018. Ministério da Saúde – MS, Agência Nacional de Vigilância Sanitária – ANVISA. Disponível em:
http://portal.anvisa.gov.br/documents/10181/3898888/IN_28_2018_.pdf/84235aa6-978d-4240-bc02-1080a0d2cbfd
17) Institute of Medicine, Food and Nutrition Board. Dietary Reference Intakes for Vitamin A, Vitamin K, Arsenic, Boron, Chromium, Copper, Iodine, Iron, Manganese, Molybdenum,
Nickel, Silicon, Vanadium, and Zinc. Washington, DC: National Academy Press, 2001. Disponível em: https://ods.od.nih.gov/
18) Institute of Medicine, Food and Nutrition Board. Dietary Reference Intakes for Calcium and Vitamin D. Washington, DC: National Academy Press, 2010. Disponível em:
https://ods.od.nih.gov/
19) Dietary Reference Intakes (DRIs): Tolerable Upper Intake Levels, Elements. Food and Nutrition Board, Institute of Medicine, National Academies, 1998.
20) Bernardino MJ, Souza VM. A farmacologia do suplemento: Desvendando a prescrição de suplementos e fitoterápicos na prática de nutrição. São Paulo: Pharmabooks, 2010. 62
21) Endometriosis. Disponível em: www.mayoclinic.org/diseases-conditions/endometriosis/diagnosis-treatment/drc-20354661

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