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SOP tem correlação com a idade? É normal ter SOP com mais de 35 anos
porque ela está relacionada também com sobrepeso e obesidade. Quanto
mais ela apresenta obesidade mais chances de apresentar SOP. Independente
da idade, se essa paciente teve uma perda de gordura corporal, um
emagrecimento, ela tem uma chance muito grande de não ter mais SOP.
Então tem muito mais haver com a questão do perfil da paciente do que com
a idade de fato. Uma mulher com 35, 40 anos, com obesidade, pode
apresentar SOP. Uma paciente que já tenha entrado na menopausa é outra
história, ela não tem mais uma função menstrual.
A SOP pode não ser apresentada num ultrassom? Sim. Existem alguns
panoramas pra diagnóstico da SOP. Sinais clínicos: acne, insurtismo (pelos no
rosto), alopécia, um ovário com cistos no ultrassom, sinais bioquímicos,
elevação de testosterona, redução de SHBG. Se a paciente tiver 2 desses
panoramas mais desregulação no hormônio testosterona já é critério pra SOP.
Não sendo obrigatório que ela tenha ovários policísticos. Por mais que a sigla
seja SOP muitas vezes ela não apresenta cistos. A avaliação dos sinais
clínicos portanto é muito importante.
Paciente magrinha pode ter SOP. Pode ser uma questão genética, pode ter
uma alimentação com mais açúcar. Não é tão comum, porque é mais comum
em pcts sobrepeso.
Ajuste da alimentação
Redução dos agrotóxicos
Redução de xenobióticos
Cuidado com alimentos crus
Higienização de hortaliças (pra evitar infecção por Estaphilococus durante
a gestação)
Zero álcool
Consumo de água
Controle de sal, alimentos processados e açúcar
Avaliar pra ver se teve melhora dos sintomas. Caso não tenha nenhum
benefício suspende. Se melhorou também suspende pra ver se fica bem sem.
Caso o enjôo volte volta a tomar.
Caso a paciente não aceite bem a cápsula manipulada por ser mais de uma
por dia pode ser o gengibre em pó. Ingerir o pó com uma porcão de fruta. O
gengibre diluído em água pode dar uma sensação ruim na garganta, até
mesmo engasgo. Tem um gosto intenso. Pode usar também a própria raiz
ralada, ou uma rodela batida num suco. Suco de abacaxi com gengibre é
uma boa opção.
Caso clínico:
Idade: 38 anos
Altura: 1,81 m
Peso pré-gestacional: 85 kg
IMC pré-gestacional: 25,91 kg/m²
Sobrepeso
Atenção para IMC em pacientes com massa magra mais desenvolvida. Não é
bom parâmetro pra indicação de obesidade.
No caso de esta paciente ter sido classificada com sobrepeso, seu ganho de
peso total será:
Sobrepeso: 7 - 11,5 kg
92 - 96,5 kg
É preciso orientar a paciente sobre esse ganho de peso, tanto para não ir
muito além dessa faixa quanto pra não ficar muito aquém.
Necessidades energéticas:
P/E² = IMC
Nesse cálculo foi estabelecido o peso ideal mínimo, médio e máximo para a
14ª SG de acordo com a Curva de Atalah. Porém, como estamos calculando
para pct BP é necessário ter bom senso. Se a pct estiver na 14ª SG com um
peso de 55 kg por exemplo será muito calcular suas calorias de acordo com
68,67 kg. Melhor ajustar suas calorias com base em um peso menor pra que
ela consiga tolerar a quantidade calórica.
Necessidade energética:
OMS:
NET: GEB x FA + adicional energético
É importante orientar a pct que ela não irá comer por dois.
No 2º e 3º trimestres são somente 300 kcal a mais e as vezes ela consome
muito mais que isso.
Para gestante com sobrepeso/obesidade não fazer dieta pra redução de peso.
Caso ela venha a emagrecer por estar seguindo uma dieta regrada tudo bem.
Mas se ela quiser uma dieta pra perda de peso não pode.
Quando por ventura a pct consome peixe cerca de 5 vezes por semana não
precisa suplementar.
O ômega 3 precisa ter selo IFOS, pra que seja livre de metais pesados.
Prescrição de polivitamínicos:
O consumo alimentar é suficiente? Ela está seguindo uma dieta? Sim. Neste
caso a suplementação será Ferro: 30 mg/dia.
Ácido fólico: 400mcg/dia. Observação ao polimorfismo, porque assim terá
que ser 800mcg/dia. Iniciar no 1º mês antes da concepção e manter até a
12ª SG.
Se a pct não come bem é preciso verificar se ela apresenta sinais clínicos de
deficiência, caso não tenha seguimos o mesmo protocolo acima. Caso
apresente algum sinal ou sintoma de deficiência seria interessante fazer uma
dosagem laboratorial? Sim. Pra saber se precisa de alguma suplementação
específica. Nem sempre a pct terá esses exames. Se tivermos acesso à
exames ok, senão ficamos apenas com a referência das RDAs. Vide apostila
em Minerias.
Suplementação de polivitamínicos:
A empresa tem que inserir esses agentes pra estabilizar o produto porque é
algo que vai durar anos. Ao contrário de um formulado que dura em média 2
a 3 meses.
No caso do Ogestan Plus é preciso ter cuidado com quem é vegano porque
tem cochonilhas pra dar cor. Também tem adoçantes, lecitina de soja, é
preciso ter cuidado com quem é alérgica.
Dá pra oferecer uma coisa melhor pra pct, porém custa mais. Dá pra pensar
em formular de acordo com as recomendações de RDA, até prescrever a
mais, tendo cuidado somente pra não ultrapassar a UL. Pode colocar as
quantidades basais da RDA ou colocar a mais algum micronutriente que ela
tenha possível deficiência.
Temos uma UL de 2,5g. 1300mg pra menores de 19, 1000mg pra maiores de
19.
O cálcio suplementado sozinho pode gerar uma calcificação, que pode ser
nos vasos sanguíneos. É preciso estar associado a vitamina D. O cálcio é tão
importante que é interessante que se faça uma prescrição mais separada dos
outros nutrientes. Ou colocar um cálcio mais quelado, que é um cálcio que
tem uma absorção intestinal mais eficaz. A administração deve ser feita de
manhã ou à noite longe das grandes refeições.
Recomendações:
OMS: 30 a 60mg
Ministério da Saúde: 40mg
RDA: 27mg
Nossa UL: 45mg
É importante analisar cada pct, não é pra prescrever 60mg pra todas.
É fundamental ter esse ajuste para evitar parto prematuro, aborto, pré-
eclampsia.
Se caso a pct tem algum histórico de gravidez prévia com alteração no tubo
neural do bebê, uma má formação, mulher que teve DMG, doença celíaca,
IMC acima de 30, e tem esse risco, ou até mesmo calacemia, pode ingerir
5mg/dia.
Ah, mas tem uma chance maior de câncer. Mas de repente pra essas pcts o
ajuste desse ácido fólico por conta do risco que elas tem de aborto, má
formação, pra elas pode ser interessante.
Recomendação canadense:
A mulher tem baixo risco ou não tem risco de mal desenvolvimento fetal:
400mcg/dia.
Se a mãe tem mais risco. A mãe ou o pai tiveram alteração no tubo neural ou
uma gestação prévia que teve alteração no tubo neural. Aqui 4mg/dia, três
meses antes da gestação até 12 semanas. Depois pode baixar.
B1, B2, B3, B5, B6, B12 tem suas necessidades aumentadas de 30 a 40%.
São co-fatores no metabolismo dos macronutrientes.
Cafeína: não é só café, mas qualquer alimento que contenha cafeína. Chá
mate, chocolate. Evitar. No máximo 200mg/dia. Recomendação americana.
Trabalhos mostram que se possível no máximo 150mg/dia. A cafeína passa
para o bebê muito rapidamente. Isso gera má formação fetal, alterações
cardíacas, ansiedade no bebê. A gestante pode tomar o café dela. Desde que
a gente calcule quanto tem de cafeína em cada chícara.
Cacau pode? Sim, cacau puro pode. Se for uma quantidade maior tem que
ver a questão da cafeína.
O bebê já foi formado. Tudo que podia ser aproveitado do ômega 3 já foi
aproveitado. Suspende. Quando voltar a amamentar volta com o ômega 3. É
importante pra prevenção de depressão pós parto, passa pelo leite para o
bebê. É muito bom.
Alguns médicos prescrevem Ferro e Ácido fólico, outros deixam pra gente
prescrever.
Dióxido de titânio: foi proibido na Europa. Aqui ainda não. Não é bom usar.
Algumas formulações apresentam.
E se a pct só puder comprar Centrum? Precisa ver qual ela está tomando.
Precisa ver a quantidade de ácido fólico que ele tem. A quantidade mais
perfeita possível de ácido fólico. Caso precise suplemente pra completar.
Paciente com anticoagulante pode tomar ômega 3? Até pode, mas precisa ter
cuidado porque depende da dosagem. Pra gestante 1g não faz nem
cosquinha. Agora 5g já é muito.
Adoçantes artificiais:
Canela: pode, desde que não seja em excesso. Uma banana com canela por
exemplo pode. Mas colocar prescrição de canela não.
Oleaginosas: pode.
Café descafeinado: pode. Mas precisa ter cuidado porque ele tem mais
solventes orgânicos pra extração desse café. Então são aditivos mais
químicos. Não consumir muito.
Planejamento alimentar, pode ser somente qualitativo? Não, tem que ser
quantitativo.
Quando está com DMG é importante controlar o peso pra não aumentar
muito. Ajuste do cardápio com calorias ajustadas é importante. É preciso
pensar em manutenção do peso corporal. Seguir o máximo possível do
cardápio. Controlar o CHO, não é pra fazer uma dieta Low carb mas restringir
os refinados. Evitar refeições que são somente os CHO isolados. É preciso
associar com uma proteína. Focar em CHO de moderado à baixo índice
glicêmico. Quando for de maior índice glicêmico associar a fibras, gordura ou
proteína. Proteínas em quantidade adequada, pra que haja saciedade e com
isso evitar consumo exagerado de calorias.
Fibras: recomendação: 20 a 35g/dia. Pra toda gestante. Tem que tomar água
também. Não é só colocar uma chia na fruta. É folha mesmo. Alface, acelga,
chicória, brócolis, cenoura, frutas. Sempre pensar em variedade.
Então a conduta bacana pra essa pct não é só restringir CHO, é pensar numa
quantidade ajustada, com qualidade e tentar reduzir a gordura saturada.
1000 dias que estão envolvidos desde a pré concepção, gestação e primeiro
ano desse bebê. É o imprintim metabólico, programação metabólica, até os
2, 3 anos de idade se possível pensar em um acompanhamento completo
dessa criança é muito interessante.
Se a mãe apresenta obesidade na gestação, ela pode ter DMG, tem chance
maior de pré-eclâmpsia, essa obesidade também leva a grande chance dessa
criança apresentar obesidade no futuro. Então há alterações de genes neste
momento da gestação que são regulados ao longo da vida e não há muito
como corrigir. Isso leva à ativação de genes obesogênicos. Genes que
preservam mais a gordura corporal, que estão envolvidos com maior
consumo alimentar, menor gasto calórico. Essa criança pode ter uma ativação
maior de genes envolvidos com glicemia alterada, com pressão arterial
alterada, aumento da circunferência da cintura.
Tem trabalhos que mostram que o parto normal sim é melhor. Tem trabalhos
que mostram que se o bebê encaixou mas o parto foi cesárea esse encaixar
já teve o contato com a microbiota da vagina e já teve os benefícios tanto
quanto num parto normal. O pior é uma cesárea agendada.
Mas o que mais importa mesmo é a microbiota da mãe e não o tipo de parto.
Tentar cuidar da microbiota da mãe com alimentação adequada e adição de
probióticos.
Comparação: uma mãe desde a pré concepção eutrófica tem uma microbiota
melhor. Não estou dizendo que uma pessoa com sobrepeso e obesidade tem
uma microbiota pior, mas pensando em alimentação desregulada, rica em
açúcar, gordura saturada, processados, leva a duas coisas, obesidade e
microbiota intestinal desregulada.
A chance do bebê ter alergias quando a mãe tem alergias é grande, então já
pode se pensar em incluir probióticos. Podemos pensar em combinações de
probióticos, de acordo com a tabela efeitos dos probióticos na gestação e
resultados na infância. Por exemplo: ela tem um peso gestacional maior, pré
eclampsia, pode colocar os probióticos indicados pra essas situações de
forma combinada.
Tâmaras é bom para o parto? Não é mega comprovado mas vale incluir.
Ingerir por volta de 5 tâmaras antes do parto. Maior dilatação. Sem
necessidade de ocitocinas para indução do trabalho de parto. Alguns
obstetras e doulas indicam e costuma ter sucesso. Estourou a bolsa come 5
tâmaras pra facilitar o parto.
Chás que melhoram a lactação: chá da mamãe, mas é caro. Pode fazer umas
misturas de ervas, feno-grego, funcho, erva-doce, Melissa, shatavari. Não
funciona pra todas as mulheres mas pode tentar.
Restrição pra chás com cafeína.
Gestante pode comer fígado bovino mas uma vez ou outra. Tem vitamina A.
Em altas doses é teratogênica.
O probiótico pode ser ingerido desde o início da gestação. Se a pct faz uma
boa alimentação e se ela pode pagar.
Kefir pode, tanto de leite quanto de água. Kombucha não pode porque tem
álcool.
Enzimas digestivas pra gestantes: pode. Mas não todo dia. Quanto mais se
usar de modo exógeno menos o organismo irá produzir enzimas. Deixar pra
ocasiões.