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ANDROLOGIA
E MANIPULAÇÃO DE
SÊMEN EQUINO
2014
05-12
ÍNDICE
4. EXAME ANDROLÓGICO 12
4.1 INTRODUÇÃO 12
4.2 MATERIAL NECESSÁRIO 12
4.3 SEQUÊNCIA DO EXAME 13
7 COLHEITA DO SÊMEN 28
7.1 ANÁLISE DO SÊMEN 29
7.1.1 EXAMES IMEDIATOS 29
7.1.2 EXAMES MEDIATOS 29
7.1.3 CÂMARA DE NEUBAUER 30
7.2 PADRÕES DE PATOLOGIAS ESPERMÁTICAS 32
7.3 PRINCIPAIS CAUSAS DAS PATOLOGIAS ESPERMÁTICAS 35
7.4 MODELO DE LAUDO DE EXAME ANDROLÓGICO 38
7.5 CARACTERÍSTICAS MORFOLÓGICAS DE SÊMEN DE
GARANHÕES DESCRITOS POR VÁRIOS PESQUISADORES 40
9. CONGELAÇÃO DE SÊMEN 41
9.1 INTRODUÇÃO 41
9.2 MATERIAL NECESSÁRIO 41
9.3 SEQUÊNCIA PARA CONGELAÇÃO 42
9.4 LAUDO PARA SÊMEN CONGELADO 45
2
9.5 PROVAS LABORATORIAIS DE INTEGRIDADE DA MEMBRANA
PLASMÁTICA 46
9.5.1 COLORAÇÃO SUPRA-VITAL UTILIZANDO EOSINA 46
9.5.2 CHOQUE OSMÓTICO 47
9.5.3 SONDAS FLUORESCENTES 48
11. AUTORES 53
12. REFERÊNCIAS 55
3
2. ENDOCRINOLOGIA DA REPRODUÇÃO DO
GARANHÃO
Para que os testículos possam produzir espermatozóides de maneira contínua é
necessário que o eixo hipotálamo – hipófise – gônadas, esteja em sincronia, de tal forma
que os hormônios envolvidos para esta finalidade sejam liberados em quantidades
adequadas.
O hipotálamo é uma região cerebral localizada no diencéfalo, responsável pela
liberação de GnRH. Este hormônio peptídico via sistema porta hipofisário vai até a
hipófise, onde é reconhecido pelas células lá presentes desencadeando a secreção das
gonadotrofinas (FSH e LH) que através corrente da sanguínea se dirigem até os testículos,
resultando na produção de esteróides (estrógeno e testosterona), que participam da
formação dos espermatozóides.
Os hormônios envolvidos na reprodução são liberados através de retroalimentação
positiva ou negativa, conforme a necessidade. Sua produção é estimulada ou inibida, de
maneira a se manter concentrações adequadas para a plena produção espermática.
Nos testículos há a presença de dois tipos de células. As células de Leydig que
produzem testosterona pelo estímulo do LH, testosterona esta que é “ligada” por uma
proteína ligadora de andrógenos (ABP) a luz das células de Sertoli (estimulada pelo FSH)
produtoras da ABP e responsáveis pelo controle da espermatogênese.
Conforme há um aumento das concentrações de testosterona circulante, ocorre
uma retroalimentação negativa no hipotálamo resultando numa diminuição dos pulsos de
liberação de GnRH desencadeando uma menor liberação de gonadotrofina (LH) que
diminui a produção de testosterona pelos testículos. Quando existe a necessidade de uma
maior produção deste hormônio ocorre uma retroalimentação positiva e os níveis
testosterona são novamente restabelecidos.
Outro hormônio que participa dos processos de regulação da secreção de GnRH é
a inibina produzida pelas células de Sertoli, ela promove uma maior ou menor liberação dos
pulsos de GnRH que diminuem ou aumentam a secreção do FSH afetando a produção da
ABP e da própria inibina.
É de grande importância o conhecimento deste mecanismo para um bom
diagnóstico de alterações reprodutivas que possam vir a afetar o macho prejudicando sua
função reprodutiva e qualidade espermática.
Segue abaixo o esquema do eixo hipotálamo-hipófise-gônadas.
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NEUROENCDOCRINE AND ANATOMY AND FUNCTION. Proposed positive (+)
and (-) feedback control of hormone production and release in the stallion. VNO,
Vomeronasal organ: GnRH, gonadotropin-releasing hormone: LH, luteinizing hormone;
PRL prolactin; FSH, follicle-stimulating hormone; T, testosterone; E, estrogens; I,
inhibin; A, activin. Potencial external influences on hypothalamic secretion are also cited.
(Adaptado de Pickett, B.W., Amann, R.P., McKinnon, A.O., et al: Management of the
stallion for maximum reproductive efficiency. II. Animal Reproduction Laboratory
General Series Bulletin nº 05, Fort Collins, CO: Colorado State University,1989,p1)
(Equine Breeding Management and Artificial Insemination, Juan C. Samper, second
edition).
6
3. PATOLOGIAS DO SISTEMA REPRODUTIVO DO
GARANHÃO
Fimose
Incapacidade de expor o pênis, podendo ser congênito ou adquirido, por traumas ou
infecções. Tratamento: cirúrgico.
Parafimose
Balanopostite
Hematoma peniano
Edema prepucial
Laceração prepucial
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Lesões traumáticas no prepúcio, dependendo da extensão e tempo de evolução,
deve ser realizada a sutura com plastia local para evitar alterações no óstio prepucial, se o
tempo de evolução for maior que 24 horas ferida já contaminada tratamento tópico
(limpeza, agentes desinfetantes, ducha e repelentes), cicatrização por segunda intenção.
3.2 TESTÍCULOS
Degeneração testicular
8
Hipoplasia e aplasia testicular
Orquite
Neoplasias testiculares
Hérnia inguino-escrotal
Rotação testicular
Torção Testicular
EPIDÍDIMO:
a) Defeitos congênitos:
• Aplasia Segmentar: todo ou parte do epidídimo, vasos deferentes ou vesículas seminais
podem estar ausentes.
• Hipoplasia : geralmente acompanha a hipoplasia testicular.
CONDUTOS ESPERMÁTICOS:
GLÂNDULAS ANEXAS:
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Endoscopia: lavagem (5x) da glândula com solução salina e antibióticos (ticarcilina sódica
ou ampicilina sódica).
Remoção Cirúrgica: não é usada rotineiramente, podendo apresentar complicações pós-
operatórias como: hemorragias, infecções e lesões nos nervos pélvicos (ligados à ejaculação).
4. EXAME ANDROLÓGICO
4.1 INTRODUÇÃO
O exame andrológico reflete as atuais condições reprodutivas de um macho. O
potencial reprodutivo do animal deve ser verificado sempre antes do inicio da estação de
monta, para diagnóstico de sub ou infertilidade, na ocorrência da puberdade, para realizar a
criopreservação de sêmen, antes de comercializações, etc.
A avaliação andrológica consiste na observação das condições semiológicas, bem
como as condições de sanidade, alterações genéticas, saúde geral, deficiências na cópula
por alterações locomotoras ou alterações do sistema genital (impotência coeundi) e
problemas espermáticos (impotência generandi).
O laudo de um exame andrológico nunca é definitivo (para o resto da vida
reprodutiva). Deve-se levar em consideração que o animal logo após o exame pode vir a
sofrer de alguma patologia que leve a depreciações de sua qualidade espermática, por isso o
laudo não deve ser emitido com uma validade superior a 60 dias (tempo de duração da
espermatogênese e do trânsito epididimário).
12
4.3. SEQUÊNCIA DO EXAME
A) Identificação do animal:
• Nome, registro, idade, raça
B) Identificação do proprietário:
• Nome, endereço, telefone, nome da propriedade
C) Exame do animal:
Testículos e Bolsa escrotal – Observa-se bem o escroto, se não há feridas, bernes, edema,
varicocele (dilatações vasculares), então se palpa os testículos que no equino têm a
forma ovóide e posicionamento horizontal em relação ao animal. Devem ter mobilidade
dentro da bolsa, ausência de dor a palpação, simetria, consistência fibroelástica. Devem
ser feitas mensurações individuais de cada testículo, que demonstram com maior
exatidão a verdadeira massa testicular, devendo ser realizadas com o auxílio de um
paquímetro. Comprimento normal varia entre 5 e 12cm (do pólo proximal até o pólo
distal do testículo), largura normal varia entre 4 e 8 cm (medida latero-madial, na
porção média do testículo), altura normal varia entre 4 e 8 cm (medida infero-superior,
na porção média do testículo).
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5. ULTRASSONOGRAFIA APLICADA AO EXAME
ANDROLÓGICO EM GARANHÕES
5.1 INTRODUÇÃO
A ultrassonografia é um método diagnóstico não invasivo que fornece importantes
informações sobre a arquitetura interna de órgãos. Embora o exame ultrassonográfico do
trato reprodutivo de éguas seja utilizado há mais de 30 anos, este exame não é
rotineiramente utilizado na avaliação dos órgãos genitais de garanhões durante o exame
andrológico, sendo somente requerido quando há suspeita de algum processo patológico
específico.
A ultrassonografia do trato reprodutivo de garanhões é uma excelente ferramenta no
diagnóstico de inúmeras condições patológicas como granuloma espermático, epididimites,
criptorquidismo, varicocele, estruturas císticas do epidídimo, aumento da espessura da
túnica vaginal e neoplasias testiculares. Além disso, este exame permite aferições exatas de
medidas tais como altura, largura e comprimento, bem como área transversal e
circunferência na parte mais larga de cada testículo, medidas estas utilizadas para estimar
volume testicular e produção diária de espermatozóides.
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Funículo Ducto
Espermático Deferente
Artéria
Testicular
Corpo do
epidídimo
Cabeça do
Epidídimo
Veia central
Cauda do
Epidídimo
Túnica
Albugínea
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Figura 2 – O esquema à esquerda demonstra como o transdutor linear (5 MHz de frequência) foi colocado no testículo
para avaliação da veia central. Na imagem ultrassonográfica (direita) de um testículo normal (corte transversal), a veia
central aparece como uma estrutura anecóica com formato circular (seta).
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A túnica vaginal visceral está intimamente justaposta à túnica albugínea em torno
do testículo, epidídimo e funículo espermático. A próxima camada externa é a túnica
vaginal parietal que é a continuação do peritônio parietal. Entre as duas camadas vaginais
existe uma pequena quantidade de líquido peritoneal (TURNER, 1998).
17
Figura 5 – Exame ultrassonográfico dos testículos e epidídimos.
18
Figura 6 – Exame ultrassonográfico do funículo espermático.
19
Figura 7 – O esquema à esquerda demonstra como o transdutor linear (5 MHz de frequência) foi colocado para avaliação
do funículo espermático. Na imagem ultrassonográfica (direita) a artéria testicular é identificada como estruturas
anecóicas em cortes (seta branca), e o plexo pampiniforme como uma estrutura heterogênea envolvendo a artéria (seta
preta).
Figura 8 – O esquema à esquerda demonstra como o transdutor linear (5 MHz de frequência) foi colocado no testículo
para avaliação da veia central. Na imagem ultrassonográfica (corte longitudinal), a veia central aparece como uma
estrutura anecóica (setas), que diminui em diâmetro à medida que segue para a região caudal.
20
Figura 9 – O esquema à esquerda demonstra que o transdutor linear (5 MHz de frequência) foi colocado na superfície
dorso-lateral do testículo para avaliação do corpo do epidídimo. Na imagem ultrassonográfica o corpo do epidídimo
(setas) apresenta-se hipoecóico em relação ao parênquima testicular normal.
21
22
23
Figura 10 – O esquema demonstra como o transdutor linear (5 MHz de frequência na imagem à esquerda e 7,5 MHz de
frequência na imagem à direita) foi colocado para avaliação da cauda do epidídimo. Na imagem ultrassonográfica,
observa-se a cauda do epidídimo (setas) hipoecóica em relação ao parênquima testicular. A presença de líquido na
cavidade vaginal facilita o exame.
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Figura 11 – O esquema à esquerda demonstra como o transdutor linear (5 MHz de frequência) foi colocado no testículo,
possibilitando a vizualização dos ramos da artéria testicular (setas).
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O exame é realizado com o cavalo em estação, devidamente contido e sedado. Antes do
procedimento o pênis deve ser higienizado com água corrente ou solução fisiológica, para
minimizar a contaminação do trato urinário, e a utilização de luvas estéreis é recomendada aos que
manuseiam o equipamento. São necessárias no mínimo três pessoas para a realização do exame: a
primeira deve segurar a cabeça do cavalo e prezar pela segurança das demais; a segunda é
responsável por segurar o pênis, inserir o endoscópio na uretra e progredir caso necessário; e a
terceira a responsável por manipular o aparelho, injetar ar e outras substâncias quando pertinente.
A progressão do endoscópio no interior da uretra deve ser cuidadosa, de forma lenta e
suave, para permitir um exame minucioso, e minimizar traumas que possam alterar a aparência da
mucosa. O pênis pode ser manuseado com auxílio de uma compressa e tração constante deve ser
aplicada. Após a introdução do endoscópio a distensão da uretra com ar é necessária para uma
melhor visualização do lúmen e estruturas adjacentes e uma breve inspeção de toda uretra deve ser
realizada, antes que apareçam áreas de hiperemia causadas pela presença do aparelho, que possam
ser confundidas com processos inflamatórios pré-existentes.
A mucosa uretral possui coloração rósea pálida, e contém numerosas dobras longitudinais.
Sua aparência e a técnica de avaliação são semelhantes as do esôfago. A vascularização do tecido
submucoso torna-se mais evidente conforme o endoscópio progride em direção à bexiga. Quando o
aparelho alcança o arco isquiático, o operador consegue perceber o trajeto curvilíneo que o
equipamento realiza e a imagem endoscópica torna-se invertida. Ocorre um alargamento da uretra e
as aberturas dos múltiplos ductos das glândulas bulbouretrais podem ser visualizadas em duas
fileiras ao longo do teto da uretra pélvica, que na imagem endoscópica, situa-se ventralmente.
Imediatamente após estas aberturas encontra-se uma elevação da mucosa, que consiste no colículo
seminal. Este é o local onde terminam os ductos deferentes e se abrem as glândulas vesiculares.
Quatro aberturas podem estar presentes, quando os ductos das glândulas vesiculares e dos ductos
deferentes se abrem de maneira independente. Duas aberturas são vistas quando ocorre união prévia
de um ducto deferente e um ducto da vesícula seminal correspondente, formando um ducto comum,
denominado ducto ejaculatório (Figura 1 A, B e C).
As aberturas das glândulas vesiculares podem ser canuladas neste local com um cateter de
polietileno de pequeno diâmetro, permitindo a coleta de amostra do conteúdo dessas glândulas, bem
como a instilação de medicamentos no interior das mesmas .
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Ampolas
Vesículas
Seminais Próstata
Bulbouretrais
A B C
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FIGURA 2. A) Imagem endoscópica do momento em que a abertura de um dos ductos ejaculatórios
é cateterizada para posterior introdução do endoscópio na vesícula seminal. B) Aspecto de uma
vesícula seminal normal. C e D) Aspecto de duas vesículas seminais apresentando conteúdo
purulento decorrente de vesiculite seminal.
7. COLHEITA DO SÊMEN
A colheita do sêmen é efetuada por auxílio de vagina artificial, onde o animal deve
ter um condicionamento prévio para que este monte em uma égua em cio ou em manequim.
28
7.1. ANÁLISE DO SÊMEN
7.1.1 EXAMES IMEDIATOS
Logo após a colheita o sêmen deve ser analisado segundo suas características
macro e microscópicas.
29
7.1.3 CÃMARA DE NEUBAUER
30
A concentração espermática média para um garanhão adulto colhido na vagina
artificial é de 0,1-0,2x109 espermatozóides por ml. (100 a 200 milhões/ml)
Neste exemplo temos 12 espermatozóides azuis que deverão ser contados para
efeito de cálculo, os mesmos localizam-se nos quadrados cinzas e sobre as linhas, relativos
aos cinco quadrados representados, levando-se em consideração o posicionamento da
cabeça. Espermatozóides que apresentam apenas a cauda dentro do quadrado não são
contados.
Após a contagem das células espermáticas (n),utilizamos a seguinte fórmula para
cálculo da concentração espermática.
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• DEFEITOS MAIORES
1. Acrossomo:
2. Patologia da cabeça:
Subdesenvolvida ..............................................................
Isolada patológica ............................................................
Estreita na base................................................................
Piriforme..........................................................................
Pequena anormal .............................................................
Contorno anormal ............................................................
“Pouch formation” ...........................................................
3. Gota proximal:
4. Formas teratológicas:
5. Defeito de peça intermediária:
(Desfibrilação, fratura, edema, pseudogota) ........................
6. Patologia da cauda:
Fortemente dobrada ou enrolada.........................................
Dobrada com gota..............................................................
Enrolada na cabeça............................................................
7. Formas duplas:
• DEFEITOS MENORES
1. Patologia da cabeça:
Delgada ............................................................................
Gigante, curta, larga, peq. normal....................................
Isolada normal...................................................................
2. Patologia da cauda e implantação:
Retro e abaxial, oblíquo.....................................................
Dobrada ou enrolada.........................................................
3. Gota Citop. Distal:
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D5 = disforme E2 = gota distal E6 = espiraliforme
D6a e b = ruturada E3 = gota presa na cauda E7 = enrolada cabeça
D7 = repregueada E4 = gota presa na PI E8 = rudimentar
D8 = tipo axial E5 = fortemente dobrada F) = formas duplas
D9a e b = tipo fibrilar
E) = Cauda
E1 = gota proximal
Elementos figurados do sêmen
(Modificado de Mies Filho,1982).
a) espermatozóides normais
b) gotas livres
c) anormalidades primárias
d a h) anormalidades secundárias
d) cabeças isoladas
e) gotas proximais
f) gotas distais
g) cauda dobrada com gota
h) acrossomas livres
i) formações ciliares (medusas)
k) células epiteliais de descamação
l) células linhagem espermática =
casos de degeneração testicular
m) hemácias
n) piócitos
A) CABEÇA
Acrossomo = As alterações no acrossomo como: forma irregular, enrugado ou
destacado, podem ser devido ao choque térmico, manipulação indevida ou senilidade.
A presença de um grânulo no acrossomo, o denominado Knobbed sperm, pode
ser origem hereditária ou relacionado a degeneração testicular e está ligado diretamente
com a infertilidade do animal quando encontrado em grande quantidade.
O Pouch formation, (diadema defect) caracterizado pela presença de vacúolos na
região equatorial da cabeça não mais no acrossomo, formando um colar na cabeça do
espermatozóide são invaginações da membrana nuclear devido a rarefação da cromatina,
apresentam relação direta com a presença de hipoplasia ou degeneração testicular.
Alterações na forma da cabeça como: estreita na base, piriforme, lanciforme,
anã, são patologias de origem testicular podendo ser oriundas de hipoplasia ou degeneração
testicular. Sendo mais comum em cavalos cabeças subdesenvolvidas nos casos de
Degeneração Testicular,
35
B) COLO
Defeitos de inserção como: Abaxial, paraxial e retroaxial são devido a presença
de “goteira”, falhas na formação do espermatozoide. A localização da “goteira” definirá o
tipo da inserção. A inserção abaxial (mais encontrada nos equinos e considerada como
normal para cavalos), pode não afetar a fertilidade, pois o espermatozoide tende a se
adaptar com o movimento e conseguir um deslocamento compatível com a fertilização. As
inserções paraxial e retroaxial apresentam uma maior relação com a infertilidade pois
impossibilitam o deslocamento necessário do espermatozoide para a fecundação.
Gotas citoplasmáticas proximais ou distais são restos de citoplasma que são o
nutriente do espermatozoide durante o trânsito epididimário. O espermatozoide durante sua
maturação pelo epidídimo permanece três dias na cabeça do epidídimo ainda com a
presença da gota, posteriormente fica um dia no corpo e finalmente seis dias na cauda onde
deve se desprender desta gota; teorias afirmam que existem enzimas ativadoras no
epidídimo, que dissolveriam a gota. A presença de gotas em grade quantidade pode ser
devido: 1) animal imaturo, que começou a produção a pouco tempo, nestes casos colheitas
seriadas resolvem, um animal que está há muito tempo em descanso sexual também pode
vir a apresentar gotas, devido a um diminuição no trânsito epididimário, da mesma forma
colheitas periódicas levam ao desaparecimento da patologia; 2) disfunção epididimária
devido a alterações de temperatura (deficiência na termorregulação) levando a um
desequilíbrio iônico Na+ e K+, causando alterações no ciclo de maturação; 3) degeneração
testicular, levando a disfunção epididimária; 4) hipoplasia testicular, por se tratar de uma
patologia hereditária a gota sempre irá aparecer no ejaculado.
C) PEÇA INTERMEDIÁRIA
Corkscrew defect (defeito em saca rolha), devido a degeneração do plasmalema,
afetando a região das mitocôndrias que fica com aspecto rugoso, podendo dificultar a saída
da gota e mais grave afetando a conformação das microfibrilas que podem se soltar
patologia vista em animais idosos.
Cabeça destacada (isolada), “goteira” rasa quando se forma podendo ser
decorrente de problema de inserção paraxial ou de origem genética.
Forma duplas da PI e/ou cauda, origem hereditária.
D) CAUDA
Enrolada, fortemente enrolada, dobrada e fortemente dobrada, são devidas a
uma diminuição no número de microfibrilas 3 ou 4 (Dag defect) neste caso sendo de caráter
hereditário, estes animais apresentam elevado nível de Zn no sêmen. Outra causa da
apresentação de defeitos de cauda no espermatozóides pode ser devido a choque osmótico
ou térmico e disfunções de epidídimo.
E) OUTRAS ANORMALIDADES
Aglutinação de cabeça (head aglutination), os espermatozóides chegam em
blocos ao epidídimo, e neste local há presença de antiaglutininas que promovem a
separação das células, uma disfunção epididimária pode levar ao desenvolvimento desta
patologia.
36
Espermatozóides subdesenvolvidos, animais imaturos ou processos interferindo
na espermatogênese (de animais maduros) havendo a liberação no ejaculado de células
primordiais espermatócitos, espermatogônias, espermátides.
Medusa, restos ciliares do epidídimo por disfunção epididimária, geralmente nos
casos de recuperação de degeneração testicular.
Pseudogota, semelhante a gota citoplasmática, porém situada na porção média da
PI, e apresentando tamanho maior que a gota tradicional devido ao envolvimento de 1 ou 2
camadas de mitocôndrias.
37
7.4 MODELO DO LAUDO DE EXAME ANDROLÓGICO
fmvz-unesp
FACULDADE DE MEDICINA VETERINÁRIA E ZOOTECNIA -
BOTUCATU
Dep. de Reprodução Animal e Radiologia Veterinária
18618 - 000 - Botucatu/ SP - Rubião Junior - Fone/FAX (14)6802 6249/6326
CERTIFICADO ANDROLÓGICO
A.) IDENTIFICAÇÃO DO REPRODUTOR
Nome: Raça: Idade: Registro:
Proprietário: Propriedade:
Endereço:
B.) EXAME CLÍNICO
1. Histórico:
2. Geral:
3. Sistema Genital - Prepúcio: Pênis:
Testículos: Esquerdo Direito
Dimensões (comp., larg. alt.)cm
Simetria
Forma
Posição
Consistência
Sensibilidade Dolorosa
Mobilidade
Epidídimo
Genitália interna:
4. Comportamento sexual (libido):
C.) ESPERMIOGRAMA
I. Método de coleta: Vagina Artificial Data: Horário:
II. Características do ejaculado:
1. Volume ejaculado : ml 5. Motilidade :
2. Cor : 6. Vigor (0-5) :
6 3
3. Aspecto : 7. Concentr. (x10 /mm ) :
4. Turbilhonamento : - 8. Total esperm. (x109) :
III. Características morfológicas (anexo I):
a. Defeitos maiores: % b. Defeitos menores: % Total: %
IV. Outros elementos: (1. Medusa, 2. Células primordiais, 3. Células gigantes, 4. Leucócitos, 5. Hemácias, 6.
Não detectados Células epiteliais, 7. Cristais de urina, 8. Bactérias.)
D.) OBSERVAÇÃO:
E.) CONCLUSÃO:
------------------------------------------------
Local, ........... Data, .../..../...... Méd. Veterinário Responsável
CRMV
fmvz-unesp
7.6 CARACTERÍSTICAS MORFOLÓGICAS DE SÊMEN DE
GARANHÕES DESCRITOS POR VÁRIOS PESQUISADORES
8.2 REFRIGERAÇÃO:
40
As inseminações com sêmen fresco devem ser realizadas utilizando-se entre 500 a
1000x106 sptz viáveis.
a) PREPARO DO LABORATÓRIO
b) COLHEITA DO SEMÊN
O sêmen pode ser colhido com a vagina artificial, modelo (modelo Botupharma) .
- Análise dos parâmetros macro e microscópicos do sêmen.
- Cálculo do número de palhetas a serem congeladas: Cada palheta deve conter 100
milhões de espermatozoides viáveis. Desta forma para o cálculo do número de
palhetas basta dividir por 100 o número total de espermatozoides viáveis do
ejaculado.
42
- Centrifugação: deve ser feita para eliminar o plasma seminal, com sêmen diluído
na proporção de 1:1 com BotuSemen (Botupharma) 600xg ou 2200 rpm por 10
minutos (Ex. centrífuga da Fanem/Baby/n°2 por 10 minutos).
43
CUIDADOS NA INSEMINAÇÃO COM SÊMEN CONGELADO
• Não diluir a dose inseminante, pois isto pode ser altamente lesivo e provocar
dano osmótico.
44
fmvz-unesp
Espermatozóides vermelhos: Membrana Citoplasmática lesada
Espermatozóides brancos: Membrana Citoplasmática íntegra
Espermatozóides com caudas enroladas: Membrana Citoplasmática íntegra.
Espermatozóides com caudas retas: Membrana Citoplasmática lesada.
Obs. Não esquecer as caudas dobradas ou enroladas ejaculadas. Fazer o teste com formol-salina
para descartar os espermatozóides com defeitos ejaculados.
10. TÉCNICAS PARA MELHORAR A QUALIDADE DO
SÊMEN FRESCO, REFRIGERADO E CONGELADO DE
GARANHÕES
49
movimentos leves tocando o filtro em uma placa de petri de 15 cm (B) e devido ao tamanho
dos poros e a capilaridade, os espermatozoides ficam retidos no filtro e o plasma seminal
passa através dele (C) .
A seleção espermática é uma técnica que vem sendo largamente utilizada para
aumentar a qualidade e fertilidade do sêmen fresco de garanhões e a resistência de seus
espermatozoides à refrigeração e congelação. Esta técnica consiste em separar os
espermatozoides com motilidade progressiva e sem alterações de morfologia do resto do
ejaculado e para isso é realizado uma centrifugação em gradiente de densidade.
Previamente à seleção espermática, um total de 1 x 109 espermatozoides devem ser
concentrados em 5 mL de diluente comercial à base de leite desnatado, para isso pode-se
utilizar a centrifugação convencional, a centrifugação com cushion ou a filtração em
SpermFilter.
Após isso, 5 mL do gradiente de densidade (Equipure ou Androcol) deve ser
adicionado em um tubo falcon de 15 mL. Os 5 mL com o sêmen concentrado deve ser
cuidadosamente adicionado neste mesmo tubo, acima do gradiente de densidade. Para isso,
pode-se utilizar um pipeta pauter, deslizando vagarosamente o sêmen através das paredes
do tubo. É realizada uma centrifugação de 400 xg por 20 minutos e após isso os
espermatozoides sem alterações morfológicas e com motilidade progressiva ficam
depositados no fundo do tubo falcon. O restante do ejaculado fica retido acima do gradiente
de densidade. Com o auxilio de uma pipeta de 1mL deve-se remover o pellet com os
espermatozoides selecionados e diluí-lo com o meio apropriado.
51
11. AUTORES
53
É VEDADA A CÓPIA OU MESMO UTILIZAÇÃO EM CURSOS
DE REPRODUÇÃO EQUINA DESTE MANUAL, SEM PRÉVIA
AUTORIZAÇÃO DOS AUTORES.
11. REFERÊNCIAS
55
ANEXO 1- MONTAGEM DA BOTUFLEX PASSO A PASSO
PPASSA PASSO PASSO
58
ANEXO 4 COMO UTILIZAR O BOTU-IA?
2 2
1
3
7
4 5 6 4