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CURSO DE ENFERMAGEM
SÃO PAULO
2019
RESUMO
The prostate cancer represents one of the main health-care problems. In Brazil, the
prostate cancer is the second most frequent malignancy diagnosed in adult men (it only loses
for melanoma). It in absolute values is the sixth most common cancer worldwide and it is more
prevalent in men, estimated about 10% of all cancers. Many comparative studies between men
and women, has showed the fact that men are more likely vulnerable to major chronic diseases
and that men die earlier in life more often than women. And despite of his more vulnerability
and high rates of death, men are less likely than women to actively seek medical care.
CP – Câncer da Próstata
DNA – Ácido Desoxirribonucleico
ERD – Exame Retal Digital
HPB – Hiperplasia Prostática Benigna
IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
INCA – Instituto Nacional do Câncer
LHRH – Hormônio Liberador do Hormônio Luteinizante
OMS – Organização Mundial de Saúde
PSA – Antígeno Prostático-Específico
SAE – Sistematização da Assistência de Enfermagem
SBU – Sociedade Brasileira de Urologia
SVS – Secretaria de Vigilância em Saúde
TC – Tomografia Computadorizada
TNM – Tumor Nódulo Metástase
TRUS – Ultra-som Transretal
SUMÁRIO
Resumo 2
Abstract 3
Lista de Figuras 4
1. INTRODUÇÃO 7
2. METODOLOGIA 9
3. OBJETIVOS 10
4. ANATOMIA DA PRÓSTATA 11
4.2 Diagnósticos 14
5. EPIDEMIOLOGIA 19
6. MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS 24
8. FATORES DE RISCO 27
9. ESTADIAMENTO 28
10. TRATAMENTO 31
13. CONCLUSÃO 45
1. INTRODUÇÃO
Mais do que qualquer outro tipo de câncer o CP é considerado um mal da terceira idade,
já que cerca de três quartos dos casos no mundo ocorrem a partir dos 65 anos. Sua incidência
aumenta com a idade atingindo quase 50 % dos indivíduos com 80 anos. No Brasil, de 60% a
70% dos casos são diagnosticados quando a doença já está disseminada (SCHOFFEN, et al.,
2009).
Podemos notar que mesmo diante das campanhas do governo e da instituição do “Dia
Mundial de Combate ao CP - 17 de Novembro” para ajudar a combater o tabu dos exames
preventivos e descobrir casos antes do estágio avançado os brasileiros do sexo masculino ainda
relutam em realizar o exame periódico e deixam de reconhecer a importância de se detectar o
câncer em sua fase inicial – o que aumenta as chances de cura – apenas uma pequena parte da
população realiza os exames precocemente. A falta de informação o preconceito e o próprio
medo de se deparar com a doença são fatores que dificultam a prevenção, muitos pacientes
apenas procuram o médico quando já sentem alguns sintomas como dificuldade para urinar,
presença de sangue na urina ou ainda incontinência urinária e relata que muitos homens só
chegam ao consultório com a doença já em estado avançado e sem possibilidade de cura
(FONSECA, 2009).
A próstata por se tratar de um órgão que afeta a sensibilidade sexual masculina, a
depressão e o sentimento de impotência estão presentes em todos os pacientes, mesmo naqueles
em que a impotência possa ser temporária (TOFANI, et al., 2007).
Sendo assim a busca do diagnóstico precoce assume fundamental importância e este
deve ser realizado através de exame preventivo anual em todos os homens a partir de 45 anos
de idade, independente de apresentarem ou não sintomas. E naqueles que possuem história de
incidência de CP na família, a recomendação é que o exame preventivo seja iniciado aos 40
anos (ORQUIZA, 2010).
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2. METODOLOGIA
Foi realizada a revisão de literatura a partir das bases de dados on line Scielo, Lilacs,
Bireme/BVS no período de 2000/2010 utilizando os seguintes descritores: CP, manifestações
clínicas, prevenção, masculinidade, homens. A revisão foi ampliada através de busca em outras
fontes, tais como documentos governamentais, estatísticas de saúde, sites na Internet sobre CP,
referencias citadas nos artigos obtidos.
Os critérios de inclusão foram artigos originais com populações adultas (>45 anos),
publicados entre 2000 e 2010 na língua portuguesa, que avalia aspectos de prevenção e
diagnóstico do CP. Os critérios de exclusão foram artigos de línguas estrangeiras e com mais
de 10 anos de publicação. A pesquisa bibliográfica foi realizada através de análise de conteúdo,
nos quais os resultados preliminares apontam para a mudança na vida social para os homens.
O presente estudo tem como meta analisar as recomendações voltadas para a prevenção
do CP presentes na literatura específica sobre o assunto.
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3. OBJETIVOS
4. ANOTOMIA DA PRÓSTATA
A próstata é uma glândula exclusiva dos homens, situada logo abaixo da bexiga, de
aparência e volume semelhante a uma castanha. É responsável pela produção de boa parte do
líquido seminal (TOFANI, et al., 2007).
Outra definição da próstata é uma glândula masculina que se localiza entre a bexiga e o
reto. Essa glândula participa da produção do sêmen, líquido que carrega os espermatozóides
produzidos no testículo (BRUNNER & SUDDARTH, 2005).
E ainda segundo MARQUES (2007), sua função no organismo é produzir um líquido
que serve para alimentar os espermatozóides depois que são ejaculados no ato sexual, sendo a
maior glândula do sistema reprodutivo masculino. Sua secreção é viscosa e alcalina; tem por
função neutralizar a acidez da urina residual acumulada na uretra e também à acidez natural da
vagina (BERNARDES, et al., 2010).
Segundo a SBU (2003) – SOCIEDADE BRASILEIRA DE UROLOGIA – a próstata
pesa em torno de 20g no adulto jovem. Integra tanto a estrutura do aparelho genital quanto do
urinário. Em relação ao sistema genital, é responsável pela produção de, aproximadamente, 30%
do líquido seminal que é eliminado durante a ejaculação, no ato sexual (Figura I).
A próstata por ser uma glândula é afetada pelos hormônios sexuais masculinos. Esses
hormônios estimulam a atividade da próstata e a substituição das células da próstata, uma vez
que essas sejam destruídas. Para um funcionamento adequado, a próstata necessita de
hormônios masculinos (andrógenos), que são os responsáveis pelas características sexuais
masculinas. O principal hormônio masculino é a testosterona, que é produzida quase totalmente
pelos testículos (ONCOGUIA, 2008).
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À medida que o homem envelhece sua próstata vai aumentando de tamanho. Em razão
deste aumento, é comum que a partir dos 50 anos os homens sintam o fluxo urinário mais lento
e um pouco menos fácil de sair. Por isso, quando aumenta de volume, a próstata se transforma
em uma verdadeira ameaça para o bem-estar do homem, pois começa a comprimir a uretra e a
dificultar a passagem da urina: o jato urinário se torna gradativamente fino e fraco
(SCHOFFEN, et al., 2009).
Um dos problemas do não esvaziamento completo da bexiga é o favorecimento ao
crescimento de bactérias em seu interior. O ato de urinar expulsa boa parte das bactérias
presentes na urina, mas nos pacientes com HPB, há sempre um "laguinho" de urina para as
bactérias se reproduzirem. Não é de se estranhar que a cistite é rara em homens até os 45-50
anos e depois passa a ser um diagnóstico comum. A bexiga só consegue vencer a resistência da
uretra comprimida pela próstata quando está cheia de urina. Quando o nível de urina dentro da
bexiga desce, a pressão já não é mais suficiente e o jato se interrompe. O resultado final disto é
uma bexiga que não consegue mais se esvaziar por completo. Uma bexiga que está sempre com
alguma urina em seu interior fica cheia mais rapidamente, e por isso, a vontade de urinar é
frequente (PINHEIRO, 2009).
De acordo com CORRÊA (2003), como todos os outros tecidos e órgãos do corpo, a
próstata é composta por células, que normalmente se dividem e se reproduzem de forma
ordenada e controlada, no entanto, quando ocorre uma disfunção celular que altere este processo
de divisão e reprodução, produz-se um excesso de tecido, que dá origem ao tumor, podendo
este ser classificado como benigno ou maligno (SCHOFFEN, et al., 2009).
uma perda da diferenciação normal) indica que há um novo tecido se formando no local
(RODRIGUES, 2007).
O termo tumor foi aplicado ao crescimento causado pela inflamação. Os neoplasmas
também podem induzir crescimentos, mas o uso não-neoplásico de tumor passou para o limbo.
Assim o termo hoje é um sinônimo de neoplasmas. A oncologia é o estudo dos tumores. Câncer
é o termo utilizado para determinar todos os tumores malignos. Tratando do assunto de
neoplasia STEVENS E LOWE (2002), ressaltam que elas podem ser divididas em malignas e
benignas: quando o tumor apresenta um contorno bem definido e crescimento localizado é
denominada de neoplasia benigna e é dita neoplasia maligna quando o tumor apresenta um
contorno indefinido e as células crescem sobre os tecidos circundantes, assim promovendo a
sua destruição (RODRIGUES, 2007).
O câncer é um processo patológico que começa quando uma célula anormal é
transformada por mutação genética do DNA celular. Essa célula anormal forma um clone e
começa a se proliferar, ignorando os sinais de regulação do crescimento no ambiente que
circunda a célula. As células adquirem características invasivas, e as alterações têm lugar nos
tecidos circunvizinhos. O câncer não é uma doença única; em lugar disso, é um grupo de
doenças distintas com diferentes causas, manifestações, tratamentos e prognósticos. As células
cancerosas são descritas como neoplasias malignas, ou seja, demonstram crescimento celular
desordenado que não seguem a demanda fisiológica. É o resultado da multiplicação exagerada
e descontrolada de algumas células que adquirem a capacidade de invadir as estruturas sadias à
sua volta. Eventualmente podem deslocar-se do seu local de origem, atingir a corrente sanguínea
e alcançar outras partes do corpo. Quando essas alterações ocorrem no tecido prostático, temos
o CP, ao invés de as células morrerem como deveriam, as células cancerígenas ultrapassam as
células normais e continuam a formar novas células anormais. O crescimento de células
anormais é chamado tumores. O termo “tumor primário” entende-se como o original tumor,
tumores secundários são causados quando o original câncer se espalha para outros locais do
corpo (BRUNNER & SUDDARTH, 2005).
A detecção precoce ou screening para um tipo de câncer é o processo de procurar um
determinado tipo de câncer na sua fase inicial, antes mesmo que ele cause algum tipo de
sintoma. Em alguns tipos de câncer, o médico pode avaliar qual grupo de pessoas corre mais
risco de desenvolver um tipo específico de câncer por causa de sua história familiar, por causa
das doenças que já teve ou por causa dos hábitos que possui como: fumar, consumir bebidas de
álcool ou comer dieta rica em gorduras (ZELMANOWICZ, 2001).
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4.2 – Diagnósticos
FRIEDENREICH (2001) descreve o toque retal ou ERD (Exame Retal Digital) como
um exame realizado pela introdução do dedo indicador do médico, lubrificado e enluvado, no
ânus do paciente. Dura de 5 a 30 segundos, é relativamente indolor e presta ao médico
informações como: estado do esfíncter anal, estado das fezes dentro do reto, presença ou não de
tumores do reto, alcançáveis pelo dedo do médico, presença ou não de dor na próstata, vesículas
seminal e reto, que pode indicar presença de inflamações, avaliação do tamanho da próstata,
avaliação da presença de nódulos suspeitos de CP, avaliação da consistência da próstata (dura,
mole ou elástica) e avaliação dos bordos, limites e simetria da próstata (ALMEIDA, et al.,
2004).
O exame de ultra-sonografia ou ecografia transretal (TRUS) segundo ZELMANOWICZ
(2001) é um exame em que um transdutor (aparelho que emite uma onda sonora e o seu eco é
captado pelo mesmo aparelho para gerar uma imagem na tela de um monitor) é introduzido no
reto do paciente através do ânus, e assim, de modo semelhante ao exame do toque retal, a
próstata e as outras estruturas do assoalho pélvico são visualizados para se detectar alterações
de tamanho ou forma.
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Os fragmentos retirados são uma pequena amostra de toda a próstata, mas nos permitem
realizar análise do tecido e células prostáticas, na tentativa de se identificar e esclarecer o que
está ocasionando áreas endurecidas e/ou nódulos na próstata ou a elevação nos valores do PSA.
Atualmente, as biópsias são realizadas com anestesia local, sedação endovenosa e profilaxia
antimicrobiana. O médico ultrassonografista ou urologista utilizam o TRUS com doppler
colorido para retirar cerca de 18 a 24 fragmentos. Após a biópsia, pode ocorrer sangramento
nas fezes em pequena quantidade por até dois dias, na urina por até duas semanas e no sêmen
por até dois meses. Quando positiva, a biópsia da próstata define o tipo de tumor que acomete
a próstata, o volume tumoral (Soma das porcentagens dos fragmentos acometidos) e sua
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especialmente os ossos do quadril e da região lombar inferior. O sintoma mais comum dessa
disseminação é a dor óssea (ONCOGUIA, 2008).
Todo homem com mais de 40 anos de idade deve fazer um ERD como parte de seu
exame regular de saúde. A forma mais fácil de detectar precocemente o câncer prostático é
através da observação visual de lesões suspeitas, seguida da palpação. A palpação retal rotineira
da próstata é importante porque o câncer inicial pode ser detectado como um nódulo dentro da
substância da glândula ou como um endurecimento extenso no lobo posterior. São
procedimentos fáceis, de baixo custo e com um mínimo de desconforto. O exame preventivo
deve ser realizado por urologista, anualmente, a partir dos 45 anos. Dessa forma, consegue-se
detectar tanto a HPB, quanto o câncer em fase inicial e, portanto, ainda curável. Mesmo os
pacientes operados da próstata por HPB, devem submeter-se ao preventivo, pois, as cirurgias
para o tratamento das doenças benignas da próstata, não a retiram por completo, deixando
intacta sua cápsula, a partir de onde o câncer pode começar a desenvolver-se (ALMEIDA, et
al., 2004).
O ERD também fornece informações clínicas úteis sobre o reto, esfíncter anal e
qualidade das fezes. O diagnostico do CP é confirmado por um exame histológico do tecido
removido por meios cirúrgicos através da ressecção transuretral, prostatectomia aberta ou
biópsia por agulha transuretral. A aspiração por agulha fina é um método rápido e indolor de
obter células da próstata para o exame citológico. O procedimento também é valioso para
determinar o estágio da doença (CASCAES, et al., 2007).
Achados no exame clínico (ERD) combinados com o resultado da dosagem do PSA no
sangue podem sugerir a existência da doença. Nesses casos, é indicada a ultrassonografia
pélvica (ou prostática transretal, se disponível). O resultado da ultrassonografia, por sua vez,
poderá mostrar a necessidade de biópsia prostática transretal. O diagnóstico de certeza do câncer
é feito pelo estudo histopatológico do tecido obtido pela biópsia da próstata. O relatório
anatomopatológico deve fornecer a graduação histológica do sistema de Gleason, cujo objetivo
é informar sobre a provável taxa de crescimento do tumor e sua tendência à disseminação, além
de ajudar na determinação do melhor tratamento para o paciente (INCA, 2010).
De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), a detecção precoce de um
câncer compreende duas diferentes estratégias: aquela destinada ao diagnóstico em pessoas que
apresentam sinais iniciais da doença (diagnóstico precoce) e aquela, voltada para pessoas sem
nenhum sintoma e aparentemente saudáveis (rastreamento).
A busca do diagnóstico precoce visa um tratamento curativo, assumindo, portanto,
fundamental importância. Uma vez realizado o diagnóstico, todos os pacientes com CP devem
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ser estagiados, o que é feito rotineiramente por meio de dosagens séricas de PSA e de fosfatase
ácida, de mapeamento ósseo, de tomografia (ou ultra-som) do retroperitônio e de radiografias
do tórax. Os níveis de PSA sérico são proporcionais ao volume tumoral, o que faz com que as
neoplasias localizadas nesses valores situem-se sempre abaixo de 20 ng/ml e em tumores
metastáticos superem 100 ng/mL (ALMEIDA, et al., 2004).
Quando o Urologista percebe que existe uma alteração suspeita de CP no PSA ou no
ERD, ele irá recomendar uma biópsia da próstata. Essa biópsia deve ser realizada guiada por
TRUS e sob sedação para maior conforto do paciente. Como dito anteriormente, o CP somente
leva a sintomas quando apresenta crescimento acentuado. Por esse motivo é que se recomenda
o check up anual, independente de o paciente apresentar qualquer sintomatologia. Nesse check
up o Urologista deve solicitar o exame de PSA e realizar o ERD para palpar a superfície da
glândula (semelhante ao exame das mamas nas mulheres). Desta forma, o Urologista terá a
possibilidade de detectar o tumor ainda nos estágios iniciais, o que levará a uma maior chance
de cura (ALMEIDA, 2007).
Só existe um modo seguro de se curar o CP que é descobrindo-o precocemente, ou seja,
submetendo-se ao exame preventivo (GOMES, 2010).
A dificuldade da prevenção prende-se a diversos fatores como a falta de informação da
população, que mantém algumas crenças ultrapassadas e negativas sobre o câncer e seu
prognóstico; o preconceito contra o câncer e contra o exame preventivo, principalmente o toque
retal; a inexistência de um exame específico e sensível que possa detectar em fase microscópica
e a falta de rotinas abrangentes programadas no serviço de saúde públicas e privadas (FILIPINI,
et al., 2009).
O INCA recomenda que o controle do CP seja baseado em ações educativas voltadas
em primeiro ligar à população masculina, acelerando sobre os sinais e sintomas iniciais do CP,
estimulando-os a procurar uma unidade de saúde tão logo sejam notadas; e os profissionais de
saúde atualizando-os sobre sinais de alerta para suspeição do CP e os procedimentos de
encaminhamento para o diagnóstico precoce dos casos. Como em todas as outras doenças, os
maiores e mais efetivos resultados têm sido obtidos ou com as antecipações nas chamadas
medidas preventivas ou com a detecção e tratamento precoces (INCA, 2010).
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5. EPIDEMIOLOGIA
E ainda segundo o INCA (2010) o CP é câncer que mais atingirá os homens no Brasil
em 2010, quando deverão surgir aproximadamente 52 mil novos casos dessa doença e coloca o
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CP como um dos mais incidentes entre os homens brasileiros. No Brasil, a taxa de mortalidade
por CP em 2006, último dado disponível, foi de 15,29 homens a cada 100 mil, superada, no
caso dos homens, apenas pela taxa de mortalidade por câncer de traquéia, brônquios e pulmão
(17,44 homens a cada 100 mil). No entanto, o CP foi o que apresentou o maior aumento de
mortalidade em dez anos – quase 40%, ante 6% de crescimento em óbitos por câncer de traquéia,
brônquios e pulmão. Os dados são do Atlas de Mortalidade por Câncer, elaborado pelo Instituto
Nacional de Câncer (INCA) e pela Secretaria de Vigilância em Saúde (SVS), em conjunto com
a Fundação Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) (INCA, 2010).
De acordo com o Relatório Mundial do Câncer, da Agência Internacional de Pesquisa
em Câncer, braço da Organização Mundial da Saúde (OMS), estima-se que em 2008 tenha
havido 12,4 milhões de novos casos de câncer no mundo e 7,6 milhões de óbitos por causa da
doença. Na América do Sul, na América Central e no Caribe, estimam-se 1 milhão de casos
novos e 589 mil óbitos no mesmo período. Entre os homens dessas regiões, o principal tipo de
câncer foi o de próstata (INCA, 2010).
A estimativa do INCA é de que 49.530 homens tenham CP em 2009. Esse número
representa 52,43 casos da doença a cada 100 mil homens. Assim o CP está entre os mais
freqüentes, só superado pelo câncer de pele não-melanoma. Ainda de acordo com o INCA, a
taxa de mortalidade por CP passou de 10,18 para 13,93 de 2000 para 2006, como indica a Tabela
I.
A Tabela 2 mostra as estimativas para o ano 2010 das taxas brutas de incidência por
100.000 e número de casos novos por câncer, em homens, segundo os mais comuns tipos de
câncer no estado de Goiás e na capital Goiânia-GO (INCA, 2010).
Segundo o INCA (2010) a representação espacial das taxas brutas de incidência por
100.000 homens estimados para o ano 2010, segundo a Unidade da Federação (neoplasia
maligna da próstata). (Figura V).
Pode-se observar também elevação da mortalidade por CP nos homens de faixa etária
acima dos 70 anos e, mais nitidamente, acima dos 80 anos. Esses dados levam a refletir que
existe um pequeno risco de morte precoce, antes dos 50 anos, por CP, pois os homens morrem
por outras causas antes que o CP possa se manifestar (INCA, 2008).
6. MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS
do grau da distorção glandular. Para isso um dos principais sistemas utilizados é o Sistema de
Gleason (FRANCO, 2007).
dos dois graus de Gleason. A pontuação terá como resultado um número entre 2 e 10. Quanto
mais elevada à pontuação, maior a agressividade do câncer (ALMEIDA, et al., 2004).
homens brancos. Hereditariedade: homens com antecedentes familiares com CP têm maior
chance de desenvolver a doença. Os riscos aumentam de 2,2 vezes quando um parente de 1º
grau (pai ou irmão) é acometido pelo problema; 4,9 vezes quando dois parentes de 1º grau são
portadores do tumor; 10,9 vezes quando três parentes de 1º grau têm a doença. Nos casos
hereditários, o câncer se manifesta mais precocemente, muitas vezes antes dos 50 anos
(ALMEIDA, et al., 2004).
9. ESTADIAMENTO
Tabela V: Estadiamento T
Estágio TX Descrição: o tumor primário não pode ser avaliado.
Estágio T1 (Estágio Descrição: o tumor está limitado apenas à próstata. Nesse estágio, não causa nenhum
A) sintoma. O tumor ainda é muito pequeno para ser sentido durante um ERD ou se
observado por imagem durante o processo de varredura. Esses tumores normalmente são
encontrados casualmente durante a cirurgia para um tumor benigno ou para alguma outra
doença da próstata. Os tumores também podem ser encontrados durante o seguimento
dos testes de rastreio que medem o PSA. Escolhas comuns de tratamento: algumas vezes
a cirurgia ou a radioterapia serão escolhidos durante o estágio T1. Em outros casos, pode
ser que nenhum tratamento seja necessário. Nesses casos, médico e paciente, decidem
simplesmente observar o câncer. A terapia expectante pode incluir ERDs e exames de
sangue regulares realizados por seu médico. O tratamento pode ser iniciado tardiamente,
se necessário.
Fonte: INCA, 2010
Estágio T2 (Estágio Descrição: Um tumor que se encontra em estágio T2 ainda está limitado apenas à
B) próstata. O tumor agora é suficientemente grande para ser sentido durante um ERD, mas
os pacientes freqüentemente não experimentam quaisquer sintomas. As opções de
tratamento para esse estágio freqüentemente incluem cirurgia, radioterapia ou
hormonoterapia.
Fonte: INCA, 2010
Estágio T3c (C3) Descrição: O tumor invade uma ou ambas as vesículas seminais.
Estágio T4 Descrição: no estágio T4, o tumor ainda está limitado à região pélvica, mas pode se
(sem equivalente no disseminar para outras áreas.
sistema a, b, c e d) Escolhas comuns de tratamento: as opções de tratamento disponíveis durante o estágio
T4 geralmente são iguais àquelas no estágio T3.
Fonte: INCA, 2010
Tabela X: Estadiamento N
Estágio NO- N3 Escolhas comuns de tratamento: a hormonoterapia geralmente é utilizada em primeiro
lugar. A quimioterapia pode ser utilizada depois de a hormonoterapia não mais estiver
dando resultados.
Estágio NO Descrição: ausência de metástases em linfonodos regionais.
10. TRATAMENTO
Hoje em dia os homens com CP estão vivendo por muito mais tempo, com menor
desconforto e menos efeitos colaterais, em função dos novos métodos tratamento. Assim
conhecendo como o câncer está se desenvolvendo e a localização exata do tumor o médico
poderá optar pelo melhor tratamento (ONCOGUIA, 2008).
Cerca de 35% dos pacientes com tumor prostático disseminado permanecem vivos e
bem após 5 anos, muitos sobrevivendo mais de 10 anos. Como crescimento das células malignas
da próstata é estimulado pela testosterona, qualquer medida que reduza os níveis desta
substância no sangue, faz retroceder o câncer, tanto a lesão inicial da próstata como os focos de
metástases. Na prática, recorre-se à castração ou à administração de hormônios chamados de
anti-androgênicos, que antagonizam a testosterona. A eficiência clínica destas diversas
alternativas é mais ou menos parecida, o que as diferenciam são seus efeitos colaterais. O mais
incômodo deles é a impotência sexual, que surge em quase todos os casos e é difícil de ser
contornada, já que o paciente perde as ereções e, também, o desejo sexual (SROUGI, 2010).
De acordo com CALVETE (2003), as decisões acerca do tratamento do CP
compreendem muitos fatores. Os pacientes com CP devem ser tratados em função do estágio
da doença: recorre-se à prostatectomia e à terapêutica endócrina anti-androgênica nos casos de
doença disseminada. Ao planejar o tratamento do CP, os médicos levam principalmente em
consideração a extensão da doença. Os tumores localizados inteiramente dentro da glândula,
denominados estágio A ou B, às vezes não precisam ser tratados, mas quando isto for
necessário, pode-se recorrer à cirurgia, tecnicamente denominada prostatectomia radical, ou à
radioterapia. Quando o câncer atinge os envoltórios da próstata, o chamado estágio C, costuma-
se indicar tratamento radioterápico. Finalmente, quando o tumor se estende para outros órgãos,
instalando outros focos de câncer denominados metástases, a doença é classificada como estágio
D e é tratada com castração ou hormônios (ALMEIDA, et al., 2004).
A prostatectomia radical é a cirurgia que permite a remoção da próstata e de estruturas
próximas que estejam acometidas pelo câncer. Realizada geralmente em estádios mais iniciais
da doença, quando o câncer ainda está limitado à próstata. Se o tumor for pequeno e não tiver
disseminado, a cirurgia cura o paciente. Além dessas vantagens, a cirurgia evita alguns dos
problemas observados com a radioterapia. Sua maior desvantagem, e que assusta a maioria dos
pacientes, é a possibilidade de lesão dos nervos da região, ocasionando incontinência urinária
(o paciente não consegue mais "segurar" a urina) e, principalmente, impotência. A impotência
ocorre mais frequentemente nos pacientes mais velhos, especialmente aqueles com mais de 70
anos. Porém, com as técnicas mais modernas, a incidência dessa complicação tem diminuído.
É a principal opção para os casos de CP em indivíduos jovens, saudáveis e em estágio inicial.
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Entretanto, é foco de grande preocupação pessoal e familiar. A cirurgia está associada a riscos
previsíveis e inerentes à própria realização da cirurgia, como disfunção sexual erétil,
incontinência urinária – perda involuntária de urina, esclerose de colo vesical – estreitamento
na via urinária que dificulta ou impede a micção, entre outras. Nos últimos anos, a cirurgia do
CP vem adquirindo aperfeiçoamentos consideráveis na técnica operatória e assegurando
resultados melhores na erradicação do tumor e na qualidade de vida dos pacientes (CATARIN,
2010).
A radioterapia envolve a aplicação de raios de alta energia, que são capazes de destruir
as células do câncer. Pode eliminar a doença, reduzir o tamanho do tumor ou prevenir que ele
se dissemine. Como é praticamente impossível direcionar os raios apenas para as células do
câncer, eles podem danificar células normais, levando aos efeitos colaterais do tratamento.
Assim como a cirurgia, os melhores resultados são obtidos quando o câncer ainda não se
disseminou. Porém, nos casos disseminados ela pode ser utilizada em associação com outros
tratamentos, como a hormonioterapia. Outro uso importante é no alívio das dores ósseas
relacionadas ao acometimento dos ossos pela doença. A radioterapia pode ser aplicada
externamente ou na forma de "sementes radioativas" que são implantadas dentro da glândula.
Nesse último caso, a radiação é colocada mais próxima das células do tumor, reduzindo a
ocorrência dos efeitos colaterais. A maioria dos efeitos colaterais não é grave e desaparece após
o término das sessões. São eles: cansaço; lesões de pele na região tratada; micção freqüente e
dolorosa; irritação do estômago; diarréia; sangramento pelo ânus (BOA SAÚDE, 2005).
A observação vigilante é o processo na qual se mantêm o acompanhamento do CP, pois
geralmente o tumor possui um crescimento lento, permitindo ser monitorado e observado
cuidadosamente nos casos em que os tumores são muito pequenos, em pacientes idosos ou com
outras doenças associadas. Muitos pacientes nunca irão necessitar de tratamento do câncer e
estarão livres dos efeitos colaterais das terapias agressivas. Para alguns pacientes em certos
estágios do CP, a terapia recomendada pode ser simplesmente a "observação vigilante", pelo
menos em curto prazo. Este pode ser o caso quando o CP é diagnosticado em um estágio muito
precoce ou quando não é esperado que o câncer progrida tão rapidamente para começar a utilizar
outros tratamentos (ONCOGUIA, 2008).
Já na hormonioterapia o objetivo é controlar o crescimento do câncer, em pacientes que
ainda não receberam qualquer tipo de tratamento, opta-se pelo bloqueio do hormônio
masculino, a testosterona, desde que as células prostáticas acometidas pelo câncer ainda
crescem estimuladas pela testosterona. Esse bloqueio hormonal pode ser medicamentoso ou
cirúrgico (castração). É mais comumente utilizada para tratamento dos cânceres disseminados.
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Ela não cura o câncer e sim reduz seu tamanho. São duas as opções: a remoção cirúrgica dos
testículos: assim com a remoção dos testículos a produção desse hormônio cai
significativamente. O objetivo é reduzir o tamanho do tumor e/ou prevenir o crescimento futuro.
Mas esse tratamento é dificilmente aceito por muitos homens. Os efeitos colaterais são: redução
do desejo sexual, sensibilidade e/ou crescimento das mamas, ondas de calor, impotência;
medicamentos que inibem a produção ou a ação da testosterona; os efeitos colaterais são
semelhantes aos da remoção dos testículos. A quimioterapia consiste no uso de medicamentos
tóxicos que atacam as células cancerosas. Porém, eles atacam também células sadias,
principalmente aquelas com alta taxa de multiplicação, como as células do sangue, dos folículos
pilosos, da pele, entre outras. A quimioterapia é utilizada nos pacientes com doença avançada,
que não respondem à hormonioterapia. Os efeitos colaterais mais comuns são: queda de cabelo,
náuseas, vômitos, diarréia, alterações das células do sangue (que pode predispor a infecções)
(BOA SAÚDE, 2005).
Quando o urologista detecta um CP, o primeiro esforço é saber se o tumor está
localizado, avançado ou metastático. Se estiver situado internamente, recorre-se à cirurgia, à
radioterapia externa ou à braquiterapia, que também é uma forma de radioterapia. Quando o
tumor está avançado ou já existem metástases, o médico pode indicar o uso de hormônio e optar
por fazer ou não a cirurgia e a radioterapia, dependendo de uma série de fatores. A primeira
opção de tratamento é a cirurgia, feita através de uma incisão no abdome, abaixo do umbigo,
pela qual a próstata é removida e com ela o tumor. O doente permanece no hospital por 4 ou 5
dias. A radioterapia externa é realizada através de múltiplas aplicações, uma por dia, de um
feixe concentrado de irradiação que incide sobre a próstata. É um tratamento prolongado, que
se estende por seis ou sete semanas, mas um pouco mais simples do que a cirurgia, já que não
envolve internação, nem anestesia. E por fim, o terceiro método é a braquiterapia, que consiste
na colocação de agulhas na próstata do doente mantido sob leve anestesia, através das quais são
inseridas sementes radioativas dentro da glândula (LA ROCCA, 2007).
A cirurgia é a opção de tratamento mais agressiva, pois é uma intervenção complexa. A
radioterapia e a braquiterapia são procedimentos mais simples, embora a próstata permaneça no
organismo e possa apresentar uma recidiva do tumor, além de manifestações obstrutivas como
a hiperplasia benigna. No caso do tratamento do CP neste estado, a cirurgia pode acarretar
impotência sexual por lesão dos feixes neurovasculares que passam ao lado da glândula, bem
como incontinência urinária nos três primeiros meses. A opção radioterápica não leva à
incontinência urinária, mas em alguns casos, pode causar algum déficit sobre a potência sexual
(LA ROCCA, 2007).
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destes pacientes tiveram seu diagnóstico realizado tardiamente (câncer avançado). O tratamento
será realizado com base no bloqueio hormonal, medicamentoso ou cirúrgico (orquiectomia).
Este grupo de pacientes concentra elevada morbidade durante sua evolução. São complicações
decorrentes da evolução do câncer prostático avançado a retenção urinária secundária à
obstrução infravesical, necessitando de procedimento cirúrgico paliativo (ressecção trans-
uretral prostática/tunelização prostática); efeitos colaterais secundários ao bloqueio hormonal:
perda de libido, disfunção erétil, ginecomastia, mastodínea, osteoporose, obesidade, andropausa
etc; e dor óssea não-responsiva a analgésicos, secundária às metástases - necessidade de
radioterapia antiálgica (JÚNIOR, 2010).
no ânus e na bexiga durante o tratamento, que tendem a melhorar após alguns meses, mas
produzem grande desconforto nos pacientes (SCROUGI, 2010).
Após o término do tratamento, os pacientes devem procurar seus médicos regularmente
para controles posteriores. É ele que vai orientar o paciente individualmente, marcando com ele
as consultas necessárias nos intervalos de tempo recomendados (PROSTATAKREBS, 2010).
Todas as formas de tratamento, no entanto, podem oferecer algum risco. Mesmo assim,
nada se compara às seqüelas deixadas pelos tratamentos antigos. Atualmente, a possibilidade
de um paciente sofrer de incontinência urinária depois de ser submetido a uma prostatectomia
radical varia de 3% a 5%. Há vinte anos, esse perigo era de até 30%. A probabilidade de um
homem ficar impotente depois da operação era de 80%. Agora, essa ameaça foi reduzida a um
terço. Extremamente agressiva, a radioterapia costumava lesionar a bexiga e o reto, os órgãos
mais próximos da próstata. Hoje, a radiação pode ser controlada de modo a preservar os tecidos
ao redor do tumor. É como diz o urologista Guimarães: "O modo de lidar com o CP mudou
tanto nos últimos anos que hoje temos a impressão de estar diante de uma doença
completamente nova – e, certamente, mais controlável" (LOPES, 2008).
não-uso de drogas, são algumas das medidas importantes para se prevenir doenças em geral
(SCHOFFEN, et al., 2009).
Neste sentido, tem-se recomendado alimentação com baixo teor de gordura animal,
comum nos países onde a incidência da doença é baixa (apenas 15% do total de calorias sob
forma de gordura). A ingestão abundante de tomate e seus derivados parece diminuir de 35%
os riscos de CP, segundo estudo realizado na Universidade de Harvard. O efeito benéfico do
tomate resultaria da presença de grandes quantidades de lycopene, um b-caroteno natural
precursor da vitamina A (COLOMBO, et al., 2008).
Ainda segundo GOMES (2008), o exercício regular e a comida saudável diminui a taxa
de crescimento do câncer. Deve-se evitar gorduras, álcool, carnes em geral (especialmente carne
vermelha) e cálcio (nunca mais de 2 copos de leite ao dia), já que o câncer necessita de calorias
para crescer. A melhor forma para uma alimentação saudável é comer muita verdura e vegetais,
grãos e legumes, produtos de soja, chá verde ou branco, água (2 litros/dia), fibras (pelo menos
25 gramas), vitaminas A, D e E e o mineral selênio (SCHOFFEN, et al., 2009).
GOMES (2003) também refere que na construção da identidade masculina pode estar
embutido, de forma contraditória, justamente o não cuidar de si, porque ser homem para alguns
é ser alguém que é poderoso e imbatível. O sentimento de impotência repercute como uma
ferida na vida dos pacientes com CP. Embora haja uma evolução da medicina em termos de
possibilidades de tratamento, observa-se que por se tratar de um órgão que afeta a sensibilidade
sexual masculina, o sentimento de impotência está presente em todos os pacientes, mesmo
naqueles com impotência transitória (TOFANI, et al., 2007).
o risco de câncer. Outra maneira envolve adotar mudanças na dieta e as diversas alterações no
estilo de vida que os estudos epidemiológicos e laboratoriais mostram influenciar o risco de
câncer. As enfermeiras podem usar suas habilidades de educadoras e orientadoras para
encorajar os pacientes a participar dos programas de prevenção do câncer e para promover os
estilos de vida saudáveis. Para fornecer a educação individualizada e as recomendações para a
vigilância e cuidado continuados em populações de alto risco, as enfermeiras precisam
familiarizar-se com os contínuos desenvolvimentos no campo da genética e do câncer
(BRUNNER & SUDDARTH, 2005).
As prescrições de enfermagem incluem a avaliação da presença da disfunção sexual
depois da cirurgia. É importante proporcionar um ambiente privativo e confidencial para
discutir as questões da sexualidade. Os desafios emocionais da cirurgia da próstata e suas
conseqüências precisam ser cuidadosamente explorados com o paciente e sua parceira (SILVA,
et al., 2009).
O papel fundamental das enfermeiras é o comprometimento com a promoção da saúde
da população, devem estender ações na atenção primaria à saúde, estar atentos e verificar se os
usuários se encontram na idade de iniciar os exames de detecção e outras doenças associadas,
como também incentivar e sensibilizá-los quanto à importância dos homens aprenderem acerca
da manutenção da saúde como um todo (ANDRADE , et al.., 2007).
13. CONCLUSÃO
FONSECA, A., Câncer: prevenção ainda é o melhor remédio. Oncologista da Oncomed. Out,
2009.
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GOMES, C. S., Câncer da Próstata: a Saúde contra o Preconceito. Publicado em Março de 2004.
Revisado em Setembro de 2010.
INCA, Estimativa 2010 - Incidência de Câncer no Brasil. Tipos de Câncer, Prevenção, Sintomas
e Tratamento do Câncer da próstata. Disponível em: <www.inca.gov.br>. Acessado em
setembro de 2010.
LOPES, A.D., O Inicio De Uma Nova Era. Revista Veja. Ed. 2083. Publicada em 22 de Outubro
de 2008.
<http://www.fag.edu.br/tcc/2007/Fisioterapia/Tratamentos_coadjuvantes_relacionados_a_cra
niotomia_para_os_tumores_cerebrais_realizados_na_uopeccan_no_ano_de_2006.pdf>
Acessado em Setembro de 2010.
SROUGI, M., Câncer da Próstata: uma opinião médica. Disponível em: <
http://www.uronline.unifesp.br/uronline/ed1098/caprostata.htm> Acessado em: setembro de
2010.