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Profa.

Patrícia Marques de Sousa


Nutrição na Terceira idade CRN1-9934
patricia.marques@ls.edu.br
IDOSOS
Idosos

• A Política Nacional do Idoso (PNI), Lei nº8. 842, de 4 de janeiro de


1994, e o estatuto do Idoso, Lei nº 10.741,de 1º de outubro de 2003,
definem Idoso pessoas com 60 anos ou mais.

• Já a Organização Mundial da Saúde (OMS) (2002) define o idoso a


partir da idade cronológica, portanto, idosa é aquela pessoa com 60
anos ou mais, em países em desenvolvimento e com 65 anos ou mais
em países desenvolvidos
Interferem na expectativa de vida...
Interferem na expectativa de vida...
Interferem na expectativa de vida...

EUA
Idosos
• Tratamento de doenças complexas:
• Câncer, doenças cardiológicas;
• Aumento da prevalência de: Alzheimer, IRC, PNM,
etc.
• Alterações nas políticas públicas de saúde...
Alterações fisiológicas

• Senescência: inicia após os 30 anos de idade Alterações


entre processos anabólicos e catabólicos:
• Gerontologia: Cronológico, biológico, psicológico e social;

• Fatores evolvidos:
• Genética,
• socioeconômicos e estilo de vida.
Alterações fisiológicas no idoso
• Alterações da composição corporal:
• Sarcopenia: perda de 2 – 3% de
massa corporal magra por década;
• ↓ da força muscular e equilíbrio;
• ↑ da gordura corporal,
• ↓da taxa de metabolismo
• ↑ Obesidade.

• Cuidado: obesidade – excesso de pele


Alterações fisiológicas

Mais gordura e menos massa muscular


Alterações fisiológicas
• Perdas sensoriais: paladar, odor, visão, audição e tato.
• Interferem na alimentação: disgeusia (paladar) e hiposmia (odor);
• Uso de próteses, medicamentos, cirurgias, etc.
• Saúde Oral:
• Xerostomia (redução da produção de saliva): dificuldade de
mastigação e deglutição;
• Alteração na palatabilidade dos alimentos;
• Perda de dentes: redução na variabilidade dos alimentos.
• Cuidado! Alteração de consistências - redução da densidade
calórica.
Alterações fisiológicas
• Alterações da função GI:
• Disfagia;
• Odinofagia;
• Redução da acidez gástrica (acloridria): Ca e B12;
• Redução da motilidade intestinal;
• Redução da atividade da lactase;
• Intolerância a glicose: redução da secreção de insulina ou
redução da resposta tecidual à ação da insulina.
Alterações fisiológicas
• Função Renal: redução de aproximadamente 80% na taxa
de filtração glomerular (TGF);
• Função Cardiovascular:
• Resistência vascular periférica: HAS, IAM, etc.
• Função Neurológica
• ↓ na síntese de neurotransmissores e condução nervosa
menos eficiente.
• Insônia, depressão, coordenação motora, interpretação
sensorial, memória, etc.
Alterações fisiológicas
• Imunocompetência: predisposição maior a infecções;
• Medicações:
• Prescrição desnecessária de medicamentos;
• Automedicação;
• Frequência X duração do uso do medicamento;
• Consequências diversas: metabólicas e nutricionais.
Equipe Multidisciplinar
• Médico; •Assistente social;
• Enfermeiro; • Fonoaudiólogo;
• Dentista; • Psicólogo;
• Nutricionista; • Educador físico.

Técnico de Enfermagem
IMC para idosos

• IMC baixo – risco aumento de morte.


Circunferência da panturrilha do idoso
 Circunferência da panturrilha (CP) De acordo
com a Organização Mundial de Saúde, é aquela
que fornece a medida mais sensível da massa
muscular nos idosos;
 Esta medida indica alterações na massa magra
que ocorrem com a idade e com o decréscimo
na atividade física;
 É recomendada na avaliação nutricional de
pacientes acamados;
 A medida deverá ser realizada na perna
esquerda, com uma fita métrica inelástica, na
sua parte mais protuberante.
O ponto de corte é ≤ 34 cm para homens e ≤ 33 cm para mulheres,
indicando redução da massa magra (DESNUTRIÇÃO), para a população de idosos brasileiros (BRASPEN,2019)
Necessidades Nutricionais:
• INDIVIDUALIZAÇÃO;
• Energia:
• Apesar de diminuída, as necessidades de proteínas, vitaminas
e minerais continuam as mesmas.
• Proteínas:
• Varia de acordo com o estado de saúde.
• Carboidratos:
• Estimular o consumo de carboidratos complexos.
Necessidades Nutricionais:
• Lipídeos:
• Dar ênfase à redução do consumo de gordura saturada (idosos
dão preferência).

• Minerais:
• Ca:↓ Lactase e hipocloridria  redução no consumo de
laticínios (suplementação)
• Zn: associado a função imunológica prejudicada, baixos níveis
associados à anorexia, disgeusia e lesão por pressão, cicatrização
demorada.
• Na: limitar sua ingestão.
Antioxidantes (selênio, vitaminas A, C e E e zinco)
• Protegem contra o estresse oxidativo induzido por radicais livres. –
Aumento da função leucocitária
• Selênio - ↑ linfócitos produzidos pelo baço
• Vitamina E – aumenta função das células T
(PRINCIPALMENTE EM IDOSOS)
Nutrientes Imunomoduladores
• Atuam em diversas frentes do sistema de defesa;
• Como arginina, glutamina, ácidos graxos ômega-3 e nucleotídeos,
exercem efeitos sobre o sistema imunológico e a resposta
inflamatória;
• As dietas imunomoduladoras aproveitam a ação conjunta desses
nutrientes para auxiliar o tratamento de pacientes com desnutrição.
ARGININA
• Aminoácido condicionalmente essencial no metabolismo do nitrogênio e da amônia,
• Participa da produção de óxido nítrico, que tem função importante na modulação do
sistema imune, na vasodilatação, na multiplicação e ativação celular
• Ajuda na cicatrização tecidual – reposição da hidroxiprolina - ↑ síntese de colágeno
• Melhora função endotelial
• O uso de arginina deve ser criterioso, pois o excesso da produção de óxido nítrico
aumenta a mortalidade em choque séptico.
FONTES ALIMENTARES:
• Frutos secos, gelatina, chocolate, arroz integral, aveia, carnes, leite, ovos, queijos,
alho, ervilhas, grãos.
• Encontrada em abundância nos vegetais.
GLUTAMINA
• Importante durante a produção de nucleotídeos e serve como combustível
para células de proliferação rápida, – células do sistema imune e do
epitélio intestinal.
• Glutamina plasmática diminuída, resulta em prejuízos na capacidade
imunológica, pois a falta desse aminoácido diminui a proliferação das
células imune.
• Estimula ativação dos macrófagos e incrementa a imunidade mediada por
célula contra as bactérias, os fungos, os vírus e as células tumorais
FONTES ALIMENTARES:
 Carnes brancas e vermelhas, proteína isolada de soja, leite e iogurte, ovos
e queijo.
ÔMEGA 3
• Efeito na estabilidade e fluidez da membrana celular,
• Diminuição de citocinas pró inflamatórias

FONTES ALIMENTARES:
Origem animal: Salmão, Arenque, Sardinha, lambari, outros, Origem
vegetal: Óleo de linhaça, Semente de linhaça, Semente de chia e as
oleaginosas.
NUCLEOTÍDEOS
• Precursores de DNA e RNA – purinas e pirimidinas
• Melhora a resistência a infecções
• Oferta habitual da dieta – 1 a 2g
• Fórmulas enterais com nucleotídeos, arginina e ômega 3 – trabalhos
demonstram melhora dos quadros infecciosos e ↓ permanência
hospitalar.

FONTES ALIMENTARES:
• Grãos, carnes, peixes, nozes, legumes, frutas e vegetais, frutas, leite e
suplementos alimentares.
Principais cuidados nutricionais
• Mais algumas orientações:
• Aumentar o fracionamento alimentar (5-6 refeições por dia);
• Trabalhar a consistência dos alimentos de acordo com a
capacidade de mastigação;
• Evitar o consumo excessivo de cafeína;
• Evitar o consumo de alimentos ricos e Na;
• Higiene pessoal e no preparo dos alimentos – diarreia.
Principais cuidados Nutricionais
• Água:

• Consumo elevado de proteínas;


• Perdas insensíveis: locais de altas temperaturas;
• Medicamentos: uso de laxativos, diuréticos;
• Sensação de sede reduzida – mínimo 1.500ml/dia.
Exercícios em sala de aula:

1) A sarcopenia frequente no adulto idoso se caracteriza por:

A) Ganho de massa muscular e força.


B) Perda de massa adiposa e força.
C) Perda de massa adiposa e capacidade de ficar “de pé”.
D) Perda de massa adiposa, perda de visão e dificuldade na mastigação.
E) Perda de massa muscular, força e funcionalidade relacionada com a idade.
Exercícios em sala de aula:

2) Na maioria das pessoas idosas acontece a Disgeusia, que é


caracterizada pela diminuição do paladar devido à deficiência do mineral:

A) Ferro
B) Zinco
C) Ácido Fólico
D) Vitaminas A.D.E.K
E) Cálcio
O Segredo da longevidade é

comer a metade,
andar o dobro e
rir o triplo”
(Provérbio Chinês)

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