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ENVELHECIMENTO

1. (PUC-SP/2015) A dieta adequada do ser humano apresenta determinadas características de acordo


com o ciclo de vida. O rápido processo de envelhecimento da população brasileira demanda, cada vez
mais, ações efetivas do Estado voltadas à garantia dos direitos fundamentais da pessoa idosa e
prioridade nas políticas públicas de promoção à saúde e de cuidado em defesa da vida. Exige também
atenção especial da própria pessoa idosa e das famílias, que terão de assumir atitudes que contribuam
para promover bem-estar, conforto e mais qualidade de vida. Entre essas atitudes, está a alimentação
saudável. Assim, o processo de envelhecimento humano exige modificações na dieta, tais como

a) aumentar o número de refeições, reduzir o volume por refeição e usar suplementos nutricionais,
obrigatoriamente.

b) diminuir o número de refeições, aumentar o volume por refeição e usar suplementos nutricionais,
obrigatoriamente.

c) aumentar o número de refeições, aumentar o volume por refeição e abrandar as fibras dietéticas por
cocção ou por subdivisão.

d) aumentar o número de refeições, reduzir o volume por refeição e abrandar as fibras dietéticas por
cocção ou por subdivisão.

e) diminuir o número de refeições, aumentar a quantidade e densidade por refeição, ter consistência
normal para maior aceitação e oferecer líquido com as refeições.

Gabarito D.

O processo de envelhecimento natural não carece da obrigatoriedade do uso de suplementos nutricionais.


Esses poderão ser prescritos em alguns casos e de forma individualizada, caso seja detectada a necessidade
após ampla avaliação do estado nutricional e do consumo alimentar.

Devido a menor motilidade gastrointestinal originada pela senescência, o maior fracionamento da


alimentação poderá reduzir a sensação de “empachamento” e de saciedade precoce. Sendo assim, indicado
o aumento do número de refeições, com volumes menores.

A consistência da dieta também poderá ser alterada de acordo com a condição oral e de digestão de cada
indivíduo.

2. (USF/2017) De acordo com o Manual de Terapia Nutricional na Atenção Especializada Hospitalar no


Âmbito do SUS a triagem nutricional é processo simples e rápido, que deve ser realizado na admissão
para identificar indivíduos desnutridos ou em risco. Em 2003, a ESPEN publicou as diretrizes para triagem
de risco nutricional. As recomendações para indivíduos adultos na comunidade, em unidades de
internação e idosos são, respectivamente:

a) Nutritional Risk Screening (NRS) – 2002; Malnutrition Universal Screening Tool (MUST) e Miniavaliação
Nutricional (MAN)

b) Malnutrition Universal Screening Tool (MUST); Nutritional Risk Screening (NRS) – 2002 e Miniavaliação
Nutricional (MAN).

c) Nutritional Risk Screening (NRS) – 2002; Miniavaliação Nutricional (MAN) e Malnutrition Universal
Screening Tool (MUST).

d) Malnutrition Universal Screening Tool (MUST); Miniavaliação Nutricional (MAN) e Nutritional Risk
Screening (NRS) – 2002.

Gabarito B.
A ESPEN, em suas diretrizes publicadas em 2003, recomenda o MUST para a comunidade e a NRS 2002 para
pacientes hospitalizados. A MAN é indicada para uso em hospitais ou instituições de longa permanência
para idosos. O instrumento é aplicado em duas partes. A primeira parte é chamada de MAN reduzida
(MNA-SF, de mini nutritional assessment short form) e inclui seis questões de triagem (identifica o risco
nutricional). Quando aplicado de forma integral, o instrumento permite a avaliação do estado nutricional.
No início, a MAN foi validada para idosos relativamente saudáveis. Mais tarde, foi validada em instituições
de longa permanência para idosos, com bons níveis de confiança.

3. (UFC – 2017) A antropometria é muito útil para o diagnóstico nutricional dos idosos. É um método
simples, rápido, de baixo custo e com boa predição para doenças futuras, mortalidade e incapacidade
funcional, podendo ser usada como triagem inicial, tanto para diagnóstico quanto para o monitoramento
de doenças. O diagnóstico nutricional, segundo o índice de massa corpórea, de F.N.V., sexo masculino, 69
anos, peso atual de 72 Kg e altura de 165cm seria classificado como:

A) Baixo peso

B) Adequado

C) Sobrepeso

D) Obeso

Gabarito B.

Pelo cálculo do índice de massa corpórea (IMC = Peso/Altura²), chegamos ao valor de 26,45Kg/m². Esse
valor é considerado adequado (ou eutrofia) de acordo com a OMS (1994) e OPAS (2002) para idosos.

4. (UFC/2017) Em relação à alimentação da pessoa idosa, é importante que o profissional esteja atento
para alguns aspectos. Marque a afirmativa CORRETA:

A) Perda da autonomia para comprar os alimentos, inclusive financeira; Perda da capacidade/autonomia


para preparar os alimentos, mas não para alimentar-se.

B) Aumento de apetite e da sensação de sede e da perda da percepção da temperatura dos alimentos;


Dificuldade de mastigação por lesão oral; uso de prótese dentária.

C) Perda parcial ou total da visão que dificulte a seleção, preparo e consumo dos alimentos; Perda ou
redução da capacidade olfativa, o que aumenta o apetite.

D) Algum motivo que a faça restringir determinados tipos de alimentos, como dietas para perda de peso,
diabetes, hipertensão, hipercolesterolemia; Alterações de peso recentes.

Gabarito D.

Caso o idoso não apresente dificuldade para alimentar-se, apesar de dificuldade de acesso e de preparo, é
possível utilizar de estratégias como cuidadores ou direitos obtidos por meio da assistência social.

Redução da sensação de sede, da percepção da temperatura dos alimentos, da visão e do olfato são
alterações comuns do processo de envelhecimento e estão relacionados com a redução do apetite e da
alimentação.

A prevalência de doenças crônicas aumenta com a idade e alterações de peso, principalmente


involuntárias, são fatores que sempre devem ser verificados para determinar a conduta nutricional em
pacientes idosos.
5. (UFPA/2015) Sobre a avaliação nutricional do paciente idoso, é incorreto afirmar que

(A) a circunferência do braço reflete a redução de massa magra e do tecido subcutâneo.

(B) a circunferência da panturrilha é uma medida sensível de massa muscular.

(C) a circunferência da cintura é utilizada para verificar risco de doença aterosclerótica.

(D) circunferência da panturrilha inferior a 31cm indica desnutrição.

(E) a CMB (Circunferência Muscular do Braço) estima reservas proteicas pela utilização conjunta da
circunferência do braço e dobra cutânea subescapular.

Gabarito E.

A CMB (Circunferência Muscular do Braço) estima reservas proteicas pela utilização conjunta da
circunferência do braço e dobra cutânea tricipital.

6. (UFAL/2017) O processo de envelhecimento está associado a progressivas mudanças na composição


corporal e no estado nutricional do idoso e ocasionam impactos sobre a saúde desse grupo etário. Com
base no exposto, qual a alternativa correta?

A) A baixa ingestão de cálcio e vitamina D é um fator de risco importante para o desenvolvimento da


osteoporose no idoso, caracterizando-se pela perda progressiva da massa óssea e redução da resistência
óssea, sendo mais frequente nos homens.

B) Devido à redução da capacidade de filtração glomerular, comum no processo do envelhecimento, a


prescrição proteica deve sempre ser cautelosa e nunca ultrapassar 1,2 g de proteína por kg/dia, mesmo em
idosos com baixo peso ou desnutrição.

C) A perda de peso, voluntária ou involuntária, deve ser cuidadosamente avaliada, pois nessa população a
perda de massa magra aumenta a probabilidade de fragilidade e dependência, interferindo negativamente
na morbidade e mortalidade.

D) A partir da terceira década de vida inicia-se substituição de massa muscular por tecido adiposo, com
perda de aproximadamente 0,3kg/ano de massa magra e aumento equivalente de massa gorda que será
distribuída proporcionalmente em todo corpo.

E) A baixa ingestão hídrica, secundária à redução da capacidade de percepção da sede, poderia ser um fator
de risco importante para a desidratação no idoso; entretanto, o aumento na capacidade de retenção de
fluídos é fator fisiológico compensatório, reduzindo a incidência de desidratação nesse grupo etário.

Gabarito C.

A baixa ingestão de cálcio e vitamina D é um fator de risco importante para o desenvolvimento da


osteoporose no idoso, caracterizando-se pela perda progressiva da massa óssea e redução da resistência
óssea, sendo mais frequente nas mulheres.

Devido à redução da capacidade de filtração glomerular, comum no processo do envelhecimento, a


prescrição proteica deve sempre ser cautelosa, mas pode ultrapassar 1,2 g de proteína por kg/dia, mesmo
em idosos com baixo peso ou desnutrição. Devendo ser avaliado cada caso.

A partir da terceira década de vida inicia-se substituição de massa muscular por tecido adiposo, com perda
de aproximadamente 0,3kg/ano de massa magra e aumento equivalente de massa gorda que será
distribuída principalmente na região abdominal.

A baixa ingestão hídrica, secundária à redução da capacidade de percepção da sede, poderia ser um fator
de risco importante para a desidratação no idoso; mas não ocorre retenção de fluídos de forma
compensatória.
7. (UFAL/2017) A II Diretriz de Cardiogeriatria (2010) publicada pela Sociedade Brasileira de Cardiologia
apresenta a seguinte recomendação para ingestão de sal (NaCl) em idosos portadores de Insuficiência
Cardíaca Leve, moderada e grave, respectivamente,

A) 4 g; 4 g; 2 g.

B) 4 g; 5 g; 4 g.

C) 4 g; 5 g; 5 g.

D) 5 g; 4 g; 2 g.

E) 5 g; 5 g; 4 g.

Gabarito A.

A restrição de cloreto de sódio depende da classe funcional da IC. Uma dieta com 4,0 g de cloreto de sódio
é alvo razoável e realista para insuficiência cardíaca leve e moderada. Uma dieta com 2,0 g de cloreto de
sódio é insípida e deve ser restrita aos casos mais graves. Restrições muito acentuadas de sal podem ser
prejudiciais aos idosos, induzindo à desnutrição, pois as modificações estruturais inerentes ao
envelhecimento causam perda de apetite, redução da capacidade de mastigação, deglutição e absorção
dos alimentos.

8. (UNIFESP/2014). As medidas antropométricas utilizadas como indicadores de reservas, calórica e


proteica para idosos são respectivamente:

(A) Dobra Cutânea Tricipital e Circunferência da Panturrilha.

(B) Índice de Massa Corpórea e Área Muscular do Braço.

(C) Dobra Cutânea Subescapular e Circunferência da Cintura

(D) Índice de Massa Corpórea e Força de Preensão Palmar.

(E) Dobra cutânea Subescapular e Circunferência de Braço.

Gabarito A.

Dobra cutânea tricipital é indicador de tecido de reserva.

Circunferência da panturrilha é uma medida sensível de massa muscular, indicando desnutrição proteica.

Índice de massa corpórea é um indicador de estado nutricional, não sendo capaz de avaliar distribuição
corporal.

Área muscular do braço avalia a reserva de gordura muscular.

Dobra Cutânea Subescapular expressa a quantidade de tecido adiposo corporal.

Circunferência da cintura avalia risco de complicações metabólicas associadas à obesidade.

Força de preensão palmar é um indicador geral de força e potência musculares.

Circunferência do braço pode servir como índice de reserva de gordura e de massa muscular
9. (UNIFESP/2014) A Mini Avaliação Nutricional é um instrumento de avaliação desenvolvido e validado
para a população idosa e vem sendo amplamente utilizado em vários níveis de assistência. Apresenta como
características:

(A) Ser composto por avaliação objetiva e subjetiva do estado nutricional do idoso.

(B) Identificar precocemente os fatores de risco para as doenças cardiovasculares.

(C) Classificar o idoso em adequado estado nutricional; risco de obesidade e desnutrido.

(D) Ser um instrumento de fácil aplicação e baixo custo de uso exclusivo do nutricionista.

(E) Identificar precocemente os fatores de risco para doenças metabólicas.

Gabarito A.

A MAN é indicada para uso em hospitais ou instituições de longa permanência para idosos. O instrumento é
aplicado em duas partes. A primeira parte é chamada de MAN reduzida (MNA-SF, de mini nutritional
assessment short form) e inclui seis questões de triagem (identifica o risco nutricional). Quando aplicado de
forma integral, o instrumento permite a avaliação do estado nutricional. No início, a MAN foi validada para
idosos relativamente saudáveis. Mais tarde, foi validada em instituições de longa permanência para idosos,
com bons níveis de confiança.

10. (UNIFESP/2014) Uma das principais alterações que ocorrem no processo de envelhecimento é a
mudança na composição corpórea. Esta mudança caracteriza-se por:

(A) Diminuição da massa muscular e aumento de líquidos corpóreos.

(B) Diminuição da massa muscular e aumento do tecido adiposo.

(C) Diminuição da massa muscular e manutenção do tecido adiposo

(D) Diminuição da massa muscular e manutenção de líquidos corpóreos.

(E) Diminuição da massa muscular e diminuição do tecido adiposo

Gabarito B.

O processo de envelhecimento é acompanhado de diversas modificações graduais que são naturais. Entre
elas, temos a perda progressiva da capacidade funcional (de realizar atividades diárias de forma
independente, desde as mais simples até as mais complexas), podendo ou não acarretar no aparecimento
de doenças. Além disso, o envelhecimento traz mudanças na composição corporal, com aumento de tecido
adiposo (principalmente o visceral) e diminuição na massa muscular.

11. (UNIFESP/2014) Em uma unidade básica de saúde de São Paulo, um paciente do sexo masculino de 75
anos é atendido apresentando as seguintes queixas: inapetência por alimentos proteicos em geral e
elevado consumo de cereais integrais, frutas e hortaliças. O paciente relata que sai pouco de casa, pois
tem dificuldade para caminhar. Considerando as informações disponíveis, reflita sobre as afirmações
abaixo:

I. Considerando a idade, especial atenção deve ser dada ao estado nutricional da vitamina B12 devido à
acloridria e atrofia da mucosa estomacal, que reduzem os fatores essenciais para a absorção dessa
vitamina, além do baixo consumo de alimentos proteicos.
II. O baixo consumo de alimentos proteicos fonte de cálcio, a reduzida exposição ao
sol e o sedentarismo são fatores que contribuem para a perda da massa óssea.

III. O consumo elevado de cereais integrais, frutas e hortaliças garante o consumo adequado de zinco e
selênio.

IV. O consumo excessivo de fibras provenientes dos cereais integrais, fruta e hortaliças pode afetar
negativamente a absorção do zinco.

Assinale a opção mais adequada:

(A) A afirmação IV é a única incorreta

(B) A afirmação III é a única incorreta

(C) A afirmação II é a única correta

(D) A afirmação I é a única correta

(E) Todas as afirmações estão corretas

Gabarito B

Modificações gastrointestinais frequentes com o envelhecimento: atrofia da mucosa gástrica, redução na


produção de ácido clorídrico, redução do fator intrínseco e absorção da vitamina B12 diminuída.

Baixo consumo de alimentos fonte de proteínas e de cálcio, baixa exposição ao sol (reduzindo a vitamina D)
e o sedentarismo estão na fisiopatologia da perda de massa óssea.

O consumo elevado de fibras, provenientes de cereais integrais, germe de trigo, frutas e hortaliças podem
prejudicar a absorção de zinco e selênio, cujos principais alimentos fonte são: carne vermelha e branca,
fígado, frutos do mar, ovos e castanha-do-pará.

12. (UNIFESP/2013) As demências podem cursar com disfagia em suas fases moderada e avançada,
sendo, portanto, um sintoma importante a se considerar tanto na avaliação quanto no
acompanhamento. Para o planejamento da dietoterapia nestes casos deve-se considerar:

I. A avaliação do estado nutricional e a indicação de via alternativa de alimentação se


necessário.

II. A oferta de líquidos, principalmente sucos cítricos, durante a refeição para auxiliar
a deglutição.

III. A escolha de dieta polimérica via sonda nasoenteral para evitar broncoaspiração.

IV. A modificação da consistência da dieta conforme avaliação fonoaudiológica.

(A) Todas as alternativas estão corretas

(B) Somente II e III estão corretas

(C) Somente I e IV estão corretas

(D) Somente II e IV estão corretas

(E) Somente I e III estão corretas


Gabarito C.

Compete ao nutricionista realizar a avaliação nutricional e constatar se as necessidades nutricionais do


paciente estão sendo atendidas pela via utilizada no momento. Caso não sejam atendidas, deverá indicar
outra via.

As modificações da consistência da dieta e dos líquidos deve ser definida pelo fonoaudiólogo após a
avaliação do mesmo.

A posição da sonda nasoenteral pode evitar a broncoaspiração, mas nem sempre será necessária a
utilização dessa via. Havendo a possibilidade manutenção da dieta VO com modificação da consistência
definida pelo fonoaudiólogo.

13. (UNIFESP/2013) A nutrição é fator importante no desenvolvimento e manutenção da massa óssea e na


prevenção e tratamento da osteoporose. Segundo as Dietary Reference Intake a ingestão dietética de cálcio
recomendada para indivíduos acima de 70 anos homens e mulheres é:

(A) 800 mg por dia

(B) 1000 mg por dia

(C) 1500 mg por dia

(D) 1200 mg por dia

(E) 1800 mg por dia

Gabarito D.

Segundo as Dietary Reference Intake a ingestão dietética de cálcio recomendada para indivíduos acima de
70 anos homens e mulheres é de 12000 mg/dia, por haver maior propensão a perda de massa óssea nessa
faixa etária.

14. (UNIFESP/2013) A avaliação antropométrica é o método mais utilizado para a avaliação do estado
nutricional. Ela apresenta como vantagens em seu uso, o baixo custo e a utilização de técnicas não –
invasivas. Algumas das medidas antropométricas recomendadas na avaliação nutricional do idoso são a
circunferência de panturrilha e as dobras cutâneas tricipital e subescapular. Estas medidas permitem
predizer, de forma operacional respectivamente:

(A) A massa apendicular e reserva calórica.

(B) A composição corporal e reserva de massa muscular.

(C) A composição de massa gorda e reserva proteica.

(D) A reserva proteica e calórica.

(E) A reserva calórica e a proteica.

Gabarito D.

A circunferência da panturrilha é indicador de reserva proteica, enquanto que as dobras se relacionam com
reserva calórica.
15. (UNIFESP/2013) Na impossibilidade de medir diretamente a estatura de idosos é possível estimá-la
usando fórmulas. Para o cálculo da fórmula de estimativa de estatura de Chumlea et al. 1987 é
necessária à medida de:

(A) Altura do joelho

(B) Altura do braço

(C) Altura do fêmur

(D) Altura do úmero

(E) Altura do tronco

Gabarito A.

A fórmula de estimativa de estatura de Chumlea leva em consideração a medida da altura do joelho.

16. (UNIFESP/2013) A Mini Avaliação Nutricional é um instrumento desenvolvido e validado para a


avaliação nutricional de idosos. São características deste instrumento:

(A) Ser prático em sua aplicação por não necessitar de coleta de medidas antropométricas.

(B) Identificar as situações de risco de obesidade por ser composta de questionário dietético.

(C) Ser estritamente desenvolvido para identificar risco nutricional no ambiente hospitalar.

(D) Classificar o idoso com relação ao estado nutricional em desnutrido ou eutrófico ou obeso.

(E) Identificar o risco de desnutrição em idosos antes das alterações clínicas se manifestarem.

Gabarito E.

A MAN é uma ferramenta utilizada para a triagem de risco nutricional, ou seja, prediz o risco desse paciente
antes mesmo do paciente apresentar outros sinais clínicos, por exemplo alterações laboratoriais.

17. (UERJ/2013) Joaquim, 77 anos, compareceu ao ambulatório de nutrição acompanhado de sua filha,
com queixa de dificuldades na alimentação. Você, nutricionista desse ambulatório, encaminhou Joaquim
à fonoaudióloga da equipe por identificar, durante a consulta, a presença de riscos para disfagia, tais
como:

a) dispepsia pós- alimentação e perda de apetite

b) perda de peso e involução da consistência da dieta

c) sinusites de repetição e realização de 2 refeições por dia

d) afonia entre as refeições e dependência para alimentação

Gabarito B.

Involução da dieta, perda de peso e pneumonias de repetição são fatores com associação com a disfagia.
18. (UERJ/2013) Orlando, 85 anos, com doença de Alzheimer, apresenta perda ponderal de 5kg em 2
meses, agressividade, incoordenação motora e desorientação. A perda de peso de Orlando está
relacionada à doença de Alzheimer, em função da:

a) redução de neuropeptídio Y

b) hipertrofia do córtex cerebral

c) hiperprodução de leucotrienos

d) redução da taxa metabólica basal

Gabarito A.

O neuropeptídio Y (NPY) é conhecido como um neuropeptídio orexigênico, ou seja, que estimula a ingestão
alimentar, provocando sinais de fome. E esses neuropeptídios são acometidos pela doença de Alzheimer.

19. (UERJ/2013) Luíza é residente de nutrição e preparará um seminário sobre os fatores que interferem
no estado nutricional de idosos. Luíza abordará algumas alterações funcionais do envelhecimento e suas
possíveis consequências, tais como, respectivamente:

a) hipocloridria / má absorção de gorduras

b) hipermotilidade do intestino grosso / diarreia

c) hipersensibilidade dos osmoreceptores / hipodipsia

d) hiposensibilidade a alimentos quentes / falta de apetite

Gabarito A.

A hipocloridria é uma alteração funcional da senescência e, tem como consequência, a má absorção de


gorduras. Que por muitas vezes, pode acarretar na sensação de empachamento nos idosos.

No processo de envelhecimento, outras alterações frequentes são hipomotilidade intestinal (associação


com a constipação), hiposensibilidade dos osmoreceptores (associação com a hipodpsia – redução da
sensação de sede) e hiposensibilidade a alimentos quentes (associação com queimaduras na cavidade oral).

20. (UERJ/2013) O envelhecimento de uma população se deve aos seguintes fatores associados:

a) redução da fertilidade e da expectativa de vida

b) aumento da fertilidade e da expectativa de vida

c) aumento da fertilidade e redução da expectativa de vida

d) redução da fertilidade e aumento da expectativa de vida

Gabarito D.

Nas últimas décadas, as principais características que levaram ao envelhecimento populacional foras a
redução da fertilidade (inserção da mulher no mercado de trabalho, ampliação dos métodos
anticoncepcionais) e aumento da expectativa de vida (redução das taxas de mortalidade nas diversas faixas
etárias, maior acesso ao sistema de saúde, aumento da tecnologia em saúde).
21. (UERJ/2013) A avaliação geriátrica busca identificar problemas em diferentes dimensões: física,
mental, social, nutricional, entre outras, com o objetivo de executar uma intervenção preventiva e de
reabilitação. Tal prática se coaduna com o princípio do SUS de:

a) equidade

b) integralidade

c) acessibilidade

d) universalidade

Gabarito B.

Princípio em que devemos avaliar os indivíduos em sua forma integral, visto que o conceito de saúde vai
muito além de ausência de doença. Devendo abordar aspectos sociais, nutricionais, mentais, físicos,
econômicos, ambientais.

22. (UERJ/2017) Os dois instrumentos que podem ser utilizados tanto para triagem de risco nutricional
como para a avaliação do estado nutricional em idosos, são:

a) Mini Nutritional Assessment (MNA) /Subjective Global Assessment (SGA)

b) Nutritional Risk Screening (NRS 2002) / Mini Nutritional Assessment (MNA)

c) Malnutrition Universal Screening Tool (MUST) / Subjective Global Assessment (SGA)

d) Nutritional Risk Screening (NRS 2002) / Malnutrition Universal Screening Tool (MUST)

Gabarito A.

A MNA, em sua forma completa, e a SGA são considerados instrumentos validados para triar pacientes com
risco nutricional e/ou avaliar o estado nutricional em idosos.

23. (UERJ/2017) O nutriente capaz de diminuir o risco do desenvolvimento da degeneração macular


relacionada com a idade é o:

a) fósforo

b) cálcio

c) cobre

d) zinco

Gabarito D.

O zinco, por sua vez, é um mineral indispensável no combate à Degeneração Macular Relacionada à Idade
(DMRI).
24. (UERJ/2017) Idosa compareceu ao ambulatório de nutrição e durante a consulta o profissional
verificou que ela faz uso de benzodiazepínico próximo ao horário do desjejum. Com o objetivo de não
haver redução do efeito da medicação, o nutricionista deverá orientá-la que nesta refeição deve evitar o
consumo de:

a) leite

b) café

c) suco de laranja

d) chá de erva cidreira

Gabarito B.

Na literatura, é confirmada a presença de interações entre o café e os medicamentos benzodiazepínicos e


fármacos relacionados.

25. (UERJ/2017) Mulher de 82 anos, com peso usual de 50kg, há três anos é acompanhada regularmente
em ambulatório pelo profissional nutricionista por conta de oscilações ponderais. Por dificuldade de
mobilidade devido à cirurgia realizada, ela não consegue comparecer à consulta, mas faz contato
telefônico com o nutricionista para justificar ausência, informar perda de 2,5kg no último mês e sanar
algumas dúvidas sobre a alimentação. Levando em consideração o Código de Ética do Nutricionista
alterado pela Resolução do CFN nº 541, de 14 de maio de 2014, o profissional em questão deve
identificar que a perda de peso e a conduta, respectivamente, são:

a) grave / sanar as dúvidas da idosa e monitorá-la por telefone durante sua recuperação

b) significativa / sanar as dúvidas da idosa e monitorá-la por telefone durante sua recuperação

c) grave / não pode sanar as dúvidas da idosa por telefone, devendo orientá-la a agendar atendimento
presencial logo após recuperação

d) significativa / não pode sanar as dúvidas da idosa por telefone, devendo orientá-la a agendar
atendimento presencial logo após recuperação

Gabarito B.

Para ser considerada perda de peso em 1 mês:

- Significativa/Moderada: 5%;

- Grave em 1 mês: > 5%.

No caso, a perda foi de exatamente 5%, ou seja, significativa.

A respeito da conduta, por já acompanhar a paciente, não deve deixar de sanar dúvidas e monitorá-la
durante o período de recuperação. Reforçando o atendimento presencial assim que estiver recuperada.
CARDIOLOGIA E PNEUMOLOGIA

1. (UFC/2017) Sobre a composição do tecido adiposo em indivíduos adultos, o armazenamento de


gordura e perda de peso, marque a alternativa CORRETA:

A) A gordura corporal total é a combinação de gordura periférica e gordura de armazenamento.

B) Para a perda de peso, apenas reduzir gordura da dieta é ineficaz, é necessária redução do número total
de calorias.

C) O tecido adiposo branco (TAB) é uma fonte de energia rápida, encontrada principalmente nas áreas
escapular e subescapular.

D) Embora a perda de qualquer quantia de peso em obesos melhore a fisiologia do adipócito, é necessária
uma perda de pelo menos 30% para reduzir o tamanho das células de gordura.

Gabarito B

Para a perda de peso é necessária redução do número total de calorias e reduzir a gordura da dieta.

O tecido adiposo branco (unilocular) se localiza em maior quantidade sob a pele do abdome (em maior
quantidade no mesentério e no espaço retroperitonial), nádegas, axilas, coxas e nas mamas.
Ele também é encontrado na medula óssea e entre outros tecidos, preenchendo os lugares vazios.
Podemos encontrá-lo também na planta dos pés, nas palmas das mãos, sob o pericárdio visceral e
envolvendo os globos oculares (nesses locais ele tem função de amortecedor de impactos).

Uma perda de peso de 5% mantida é um critério mínimo de sucesso, pois leva a melhora das doenças
associadas.

2. (UFC/2017) Para indivíduos diabéticos, a Organização Mundial da Saúde não recomenda dietas com
quantidades de carboidratos inferiores a:

A) 150g/dia

B) 140g/dia

C) 130g/dia

D) 120g/dia

Gabarito C

Alguns estudos evidenciam que adequadas concentrações de carboidratos melhoram a sensibilidade à ação
da insulina, e a Organização Mundial da Saúde não recomenda concentrações inferiores a 130 g/dia desse
macronutriente.

3. (UFC/2017) O índice glicêmico dos alimentos foi desenvolvido para comparar os efeitos fisiológicos dos
carboidratos na glicemia. Sobre o índice glicêmico, marque a alternativa CORRETA:

A) Mede a área sob a curva da glicemia pós-prandial após ingestão de 50g de carboidratos digeríveis
comparados com 50g de um alimento padrão.

B) É calculado pela multiplicação da carga glicêmica pela quantidade de carboidratos de cada alimento,
seguida pela soma de todos os alimentos em uma refeição.

C) Mede a velocidade de aumento dos níveis de glicemia.


D) É um índice seguro, que reflete pouca ou nenhuma variabilidade

Gabarito A.

O cálculo do índice glicêmico representa a área sob a curva da glicemia pós-prandial após ingestão de 50g
de carboidratos digeríveis e sendo comparado com 50g de um alimento padrão.

4. (UFC/2017) Trata-se de um ácido graxo não saturado:

A) Ácido Butírico

B) Ácido Mirístico

C) Ácido Esteárico

D) Ácido Elaídico

Gabarito D.

A configuração trans do ácido oleico é o ácido elaídico, originado principalmente no processo de


hidrogenação industrial da gordura poli-insaturada.

5. (UFC/2017) De acordo com a Organização Mundial da Saúde, um mulher de 59 anos, medindo 163cm e
pesando 92Kg tem seu estado nutricional, segundo índice de massa corporal, classificado como:

A) Pré-obeso

B) Obesidade Grau I

C) Obesidade Grau II

D) Obesidade Grau III

Gabarito B.

IMC = 34,63 Kg/m² = Obesidade grau I.

6. (UFPA/2015) Em relação à obesidade, é incorreto afirmar que:

(A) do tipo ginecoide caracteriza-se por um depósito aumentado de gorduras nos quadris, comparado a
uma pera. Sua presença está relacionada com risco maior a artroses e varizes.

(B) as pregas cutâneas podem ser usadas para determinar o grau de obesidade em obesos mórbidos.

(C) a síndrome metabólica desempenha relevante papel na gênese da doença cardiovascular em indivíduos
obesos.

(D) é um fator de risco independente para doença cardiovascular.

(E) são consideradas suas formas clínicas a androide, a ginecoide e a generalizada.

Gabarito B.

As pregas cutâneas não são usadas para determinar o grau de obesidade em obesos mórbidos.
7. (UFPA/2015) Um paciente do sexo feminino apresenta risco elevado para doenças metabólicas
associadas à obesidade quando a medida da CC corresponde a:

(A) 50-58cm.

(B) 60-68cm.

(C) 70-78cm.

(D) 80-88cm.

(E) 90-98cm.

Gabarito D.

No sexo feminino:

Risco elevado: 80-88 cm;

Risco substancialmente elevado: > 88cm.

8. (UFPA/2015) São consideradas complicações crônicas do diabetes mellitus:

(A) hipoglicemia, poliúria e polifagia.

(B) poliuria, polifagia e polidipsia.

(C) nefropatia, retinopatia e encefalopatia.

(D) pé diabético, hiperglicemia e parestesia.

(E) retinopatia, nefropatia e pé diabético.

Gabarito E.

Retinopatia, nefropatia e pé diabético são complicações crônicas do diabetes mellitus.

Poliuria, polifagia e polidipsia são sintomas do diabetes mellitus.

Hipoglicemia e hiperglicemia são manifestações agudas do diabetes mellitus descompensado.

Encefalopatia não é considerada uma complicação crônica do diabetes mellitus.

9. (UFPA/2015) Em relação à terapia nutricional em pacientes com IC é correto afirmar que:

(A) frutas ricas em potássio não são recomendadas.

(B) a dieta hipossódica rigorosa é indicada mesmo para pacientes assintomáticos.

(C) níveis plasmáticos de cálcio e magnésio devem ser controlados e, se necessário, realizar suplementação.

(D) somente A e B estão incorretas.

(E) A, B e C estão corretas.


Gabarito D.

Não há restrição de frutas ricas em potássio, exceto para aqueles pacientes com comprovação de exames
laboratoriais de níveis aumentados de potássio.

A dieta hipossódica rigorosa deve ser prescrita apenas para pacientes descompensados e, ainda assim, de
forma individualizada.

Níveis plasmáticos de cálcio e magnésio devem ser controlados e, se necessário, realizar suplementação.
Pois esses micronutrientes tem grande relação com a contratilidade do musculo cardíaco.

10. (UFPA/2015) A lipoproteína mais rica em triglicerídeos é:

(A) HDL.

(B) IDL.

(C) LDL.

(D) VLDL.

(E) Quilomícrons.

Gabarito E.

Os quilomícrons, derivados da absorção intestinal de triglicérides. São as maiores partículas lipoproteicas e


as menos densas, devido à alta proporção de lípides (até 99%).

11. (UFSM/2016) As Doenças Crônicas Não Transmissíveis (DCNT) são as principais causas de morte no
mundo. No Brasil, alcançam um percentual de 70%, atingindo as camadas mais pobres da população e os
grupos vulneráveis. Frente a isso, o governo brasileiro vem desenvolvendo ações e propondo
intervenções que preparam o país para o enfrentamento das DCNT nos próximos 10 anos. Em relação às
DCNT, assinale a alternativa INCORRETA.

A) Existe forte evidência que correlaciona determinantes sociais, como educação, ocupação, renda,
gênero e etnia, com a prevalência de DCNT e os fatores de riscos.
B) Os processos de transição demográfica, epidemiológica e nutricional, a urbanização e o crescimento
econômico e social contribuem para o maior risco da população.
C) Os custos diretos das DCNT para o Sistema de Saúde Brasileiro representam impacto decrescente, por
estarem entre as principais causas de internações hospitalares.
D) O impacto socioeconômico das DCNT está afetando o progresso das Metas de Desenvolvimento do
Milênio (MDM), que abrangem temas como saúde e determinantes sociais.
E) O uso do tabaco, a alimentação não saudável, a inatividade física e o consumo nocivo do álcool estão
entre os principais fatores de risco associados ao desenvolvimento de DCNT.

Gabarito C.

Os custos diretos das DCNT para o Sistema de Saúde Brasileiro representam impacto crescente, por
estarem entre as principais causas de internações hospitalares.
12. (UFAL/2017) O Brasil vem passando por um processo de modificação nos padrões de
morbimortalidade, associado ao fenômeno do envelhecimento populacional, o que resulta na
modificação do perfil de adoecimento e morte na população brasileira. Dadas as afirmativas,

I. As doenças cardiovasculares são as principais causas básicas de óbito no Brasil e em suas regiões.

II. Acidentes e violência são causas de óbito que atingem de forma distinta homens e mulheres, sendo suas
taxas maiores entre homens jovens.

III. As Doenças Transmissíveis não figuram mais entre as principais causas de óbito no Brasil e em suas
regiões.

IV. Nas duas últimas décadas, houve uma redução da mortalidade infantil no Brasil, mas ainda persistem
diferenças regionais, existindo populações de maior risco, a maior parte concentrada nas regiões norte e
nordeste.

Verifica-se que está(ão) correta(s)

A) I, apenas.

B) III, apenas

C) I, II e IV, apenas.

D) II, III e IV, apenas.

E) I, II, III e IV.

Gabarito C.

As doenças transmissíveis ainda figuram entre as principais causas de óbito, principalmente em algumas
regiões do Brasil.

13. (UFAL/2017) Considerando as medidas dietéticas, as de maior magnitude sobre hipertrigliceridemia e


hipercolesterolemia, respectivamente, são:

I. redução do consumo de açúcar simples e ingestão de fitoesteróis;

II. redução da ingestão de álcool e redução da ingestão de gorduras trans;

III. redução da ingestão de gorduras saturadas e redução no consumo de carboidratos;

IV. ingestão de fibras solúveis e redução da ingestão de álcool.

Dos itens, verifica-se que está(ão) correto(s) apenas

A) I.

B) III.

C) IV.

D) I e II.

E) II, III e IV.

Gabarito D.

Os pontos chave e de maior impacto para hipertrigliceridemia são: açúcar simples e ingestão de álcool;

Os pontos chave e de maior impacto para hipercolesterolemia são: fitoesteróis e gordura trans;
14. (UFAL/2017) Considerando a paciente P.S.V., sexo feminino 38 anos, IMC 25 Kg/m2 , CC = 80 cm, LDL
= 160 mg/dL, HDL = 40 mg/dL, ERG (escore de risco global) = 5%. Relata que avô faleceu de infarto agudo
do miocárdio e seu primo de 1⁰ grau apresentou história recente de DAC (doença arterial coronariana)
prematura. Nutricionista inicia tratamento dietético, com VET = 1800 cal. Quais as metas terapêuticas e
conteúdo adequado de gorduras da dieta?

Gabarito A.

Paciente em risco intermediário. Deve apresentar como meta terapêutica primária o LDL < 100 mg/dL e
secundária o não HDL < 130 mg/dL.

15. (UFAL/2017) Segundo a Diretriz da Sociedade Brasileira de Diabetes (2015-2016), a terapia nutricional
no diabetes mellitus (DM) deve considerar as seguintes recomendações:

I. carboidratos totais: 45 a 60% do valor energético total, não inferior a 130 g/dia;

II. sacarose: não recomendada a adição;

III. gordura total: aproximadamente 25 a 35% do valor energético total (VET);

IV. colesterol: < 200 mg/dia.

Dos itens, verifica-se que está(ão) correto(s)

A) II, apenas.

B) I e III, apenas.

C) I e IV, apenas.

D) II e IV, apenas.

E) I, II, III e IV.

Gabarito B.

Carboidratos totais: 45 a 60% do valor energético total, não inferior a 130 g/dia;

Sacarose: < 10%, com atenção nos alimentos fontes que também podem ser ricos em gorduras;

Gordura total: aproximadamente 25 a 35% do valor energético total (VET);

C olesterol: < 300 mg/dia.


16. (UFAL/2017) São fatores nutricionais que podem precipitar a Insuficiência Cardíaca em um portador
dessa enfermidade, em estágio compensado:

I. ingestão hídrica excessiva, favorecendo, assim, desbalanço hidroeletrolítico;

II. ingestão salina excessiva, favorecendo, assim, desbalanço hidroeletrolítico;

III. ingestão hídrica deficiente, promovendo desbalanço hidroeletrolítico;

IV. ingestão deficiente de proteínas, favorecendo, assim, a caquexia cardíaca.

Dos itens, verifica-se que estão corretos apenas

A) I e II.

B) I e III.

C) I e IV.

D) III e IV.

E) II, III e IV.

Gabarito A.

A ingestão hídrica e salina excessiva pode acarretar em um desbalanço e descompensação do quadro


clínico do paciente.

17. (UFAL/2017) O Ministério da saúde publicou em 2016 o documento “Orientações para Avaliação de
Marcadores de Consumo Alimentar na Atenção Básica”. Esse documento contém um grupo de
indicadores voltados para as diversas fases da vida: crianças, adolescentes, gestantes, adultos e idosos,
de modo a possibilitar o reconhecimento de alimentos ou comportamentos que se relacionam à
alimentação saudável ou não saudável. Considerando o documento “Orientações para Avaliação de
Marcadores de Consumo Alimentar na Atenção Básica”, são indicadores para avaliação do consumo
alimentar de adultos e idosos:

I. hábito de realizar refeições assistindo à televisão, mexendo no computador e/ou no celular, e consumo
de feijão;

II. consumo de hambúrguer e/ou embutidos, e consumo de bebidas adoçadas;

III. consumo de macarrão instantâneo, salgadinhos de pacote ou biscoitos salgados, e consumo de biscoito
recheado, doces ou guloseimas;

IV. consumo de alimentos ricos em ferro, e diversidade alimentar mínima.

Dos itens, verifica-se que estão corretos apenas

A) I e II.

B) I e IV.

C) II e IV.

D) III e IV.

E) I, II e III.

Gabarito E.
Orientações para que evitem o consumo de alimentos ultra processados, bebidas adoçados e a alimentação
rápida e sem atenção na refeição/sinais de fome e saciedade. Por sua vez, estimula-se a diversidade
alimentar máxima.

18. (UFAL/2017) O que mudou acerca das recomendações do tratamento não medicamentoso da
Hipertensão Arterial Sistêmica voltado para indivíduos hipertensos, comparando a 7ª Diretriz Brasileira
de Hipertensão Arterial – DBHA (2016) com a 6ª DBHA (2010), ambas publicadas pela Sociedade
Brasileira de Cardiologia?

A) Redução de peso com recomendação de IMC segundo idade.

B) Exercício resistido dinâmico em substituição ao exercício aeróbico.

C) Na impossibilidade de adotar padrão dieta DASH, adotar padrão dieta mediterrânea.

D) Inclusão do aumento na ingestão de potássio no elenco de medidas de maior eficácia anti-hipertensiva.

E) Limitar o consumo diário de álcool a 2 doses nas pessoas com baixo peso e mulheres e 3 doses nos
homens.

Gabarito A.

Na 6ª diretriz, não havia diferenciação do IMC conforme a faixa etária.

19. (UFAL/2017) Qual o método de avaliação da ingestão dietética de sódio considerado “padrão ouro”?

A) Excreção de sódio em urina de 24 horas, apenas.

B) QFA quantitativo validado para o grupo alvo a que o indivíduo ou grupo pertence.

C) Recordatório de 24 horas seriado, sendo dois de dias úteis e um de dia de fim de semana.

D) Excreção de sódio em urina de 24 horas e recordatório de 24 horas, referentes ao mesmo dia.

E) Período de consumo de 1 kg de sal e número de membros da família comensais e frequência de


consumo de alimentos processados.

Gabarito A.

Excreção de sódio em urina de 24 horas é o único método de avaliação dietética de sódio considerado
padrão ouro.

20. (UFAL/2017) São micronutrientes que devem ser monitorados no paciente portador de insuficiência
cardíaca, pois sua deficiência, entre outras intercorrências, está associada a arritmias,

I. Magnésio, Cálcio e Ferro;

II. Sódio, Potássio e Selênio;

III. Niacina, Zinco e Vitamina D.


Dos itens, verifica-se que está(ão) correto(s) apenas

A) I.

B) II.

C) I e II.

D) I e III.

E) II e III.

Gabarito C.

Magnésio, cálcio e potássio tem grande associação com arritmias, pois se relacionam com a contratilidade
do músculo cardíaco. Sódio tem relação com hiponatremia e desequilíbrio hídrico do paciente com IC. E
Ferro e Selênio podem estar deficiente nos pacientes com IC, tendo grande relação com um pior
prognóstico.

21. (UFAL/2017) Quais os fatores de risco nutricional que apresentam relação direta com os mecanismos
fisiopatológicos da Hipertensão Arterial Sistêmica, de origem renal e neural?

A) Obesidade e ingestão excessiva de sódio.

B) Obesidade e ingestão insuficiente de potássio.

C) Ingestão excessiva de álcool e ingestão excessiva de sódio.

D) Ingestão insuficiente de potássio e circunferência da cintura elevada.

E) Ingestão excessiva de gordura e circunferência da cintura elevada.

Gabarito A.

Obesidade e o consumo excessivo de sódio apresentam ação direta nos mecanismos de origem renal e
neural (simpático).

22. (UNIFESP/2014) Dietas ricas em potássio devem ser incentivadas uma vez que aumentam os
benefícios da dieta hipossódica. Quais os mecanismos pelos quais o potássio induz a queda da pressão
arterial?

(A) Aumento da excreção de líquidos e redução da volemia

(B) Atua como coadjuvante potencializando a ação dos diuréticos

(C) Reduz a natriurese e aumenta a secreção de renina

(D) Aumento da natriurese, redução da secreção de renina e aumento das prostraglandinas

(E) Reduz secreção de renina, reduz prostraglandinas e aumenta diurese

Gabarito D.

O potássio apresenta efeitos no aumento da natriurese, no aumento de prostaglandinas e redução na


secreção de renina (sistema renina-angiotensina-aldosterona).
23. (UNIFESP/2014) A Vitamina K, essencial a coagulação sanguínea, é encontrada em altas
concentrações nos seguintes alimentos:

(A) Figo seco, maçã e pêra

(B) Arroz, milho e pão francês

(C) Couve-flor, repolho e espinafre

(D) Leite materno, queijo e ovo

(E) Creme vegetal, óleo de girassol e gordura de coco

Gabarito C.

Os principais alimentos fontes de vitamina K são os vegetais verde escuros (rúcula, repolho, espinafre,
couve manteiga, agrião, couve-flor e brócolis) e os óleos vegetais (girassol e milho).

24. (UNIFESP/2014) Os ácidos graxos insaturados são aqueles que possuem duplas ligações entre seus
carbonos. A substituição de gordura saturada por gordura insaturada pode trazer efeitos benéficos no
controle das dislipidemias. São fontes de ácidos graxos insaturados das séries ômega-6, ômega-3 e
ômega-9 respectivamente:

(A) Abacate, canola e salmão

(B) Nozes, castanhas e amendoim

(C) Óleo de milho, sardinha e nozes

(D) Gema de ovo, óleo de girassol e sardinha

(E) Óleo de canola, castanhas, arenque

Gabarito C.

Fontes de ômega-6: Óleo de milho, óleo de girassol.

Fontes de ômega-3: Salmão, sardinha, castanhas, arenque.

Fontes de ômega-9: Abacate, canola, amendoim, nozes.

Saturada: Gema de ovo.

25. (UNIFESP/2014) Qual das prescrições dietéticas abaixo estaria indicada para um paciente com
Insuficiência Cardíaca descompensada:

(A) Dieta líquida hipossódica

(B) Dieta hipossódica e hipocalêmica

(C) Dieta pastosa hipossódica com restrição hídrica

(D) Dieta rica em sódio com restrição hídrica

(E) Dieta líquida hipossódica fria

Gabarito C.
Em casos clínicos de descompensação, indica-se restrição hídrica e salina adaptada para a condição clínica
do paciente. Dessa forma, todos os líquidos devem ser contabilizados e, se possível, optar por uma dieta
menos líquida, que permitiria um volume maior para líquidos de hidratação e administração de
medicamentos.

26. (UNIFESP/2014) Uma epidemia de Diabetes mellitus está em curso atingindo todo o mundo. São
critérios para diagnóstico de Diabetes mellitus:

(A) Glicemia de jejum acima de 100 mg/dL, hemoglobina glicada de 8,5%, glicemia acima de 140 mg/dL
após 2 horas do teste oral de tolerância a glicose

(B) Glicemia de jejum acima de 99 mg/dL, hemoglobina glicada de 7,5%, glicemia acima de 100 mg/dL após
2 horas do teste oral de tolerância a glicose

(C) Glicemia de jejum acima de 140 mg/dL, hemoglobina glicada de 5,5%, glicemia acima de 126 mg/dL
após 2 horas do teste oral de tolerância a glicose

(D) Glicemia de jejum acima de 126 mg/dL, hemoglobina glicada de 6,5%, glicemia acima de 200 mg/dL
após 2 horas do teste oral de tolerância a glicose

(E) Glicemia de jejum acima de 126 mg/dL, hemoglobina glicada de 8,5%, glicemia acima de 140 mg/dL
após 2 horas do teste oral de tolerância a glicose

Gabarito D.

Em pacientes com sinais e sintomas característicos, o diagnóstico é simples e confirma-se pela


glicemia plasmática de jejum ≥ 126 mg/dl ou glicemia casual, em qualquer hora do dia, ≥ 200 mg/dl. A
OMS, por outro lado, recomenda que a HbA1c de 6,5% seja compatível com o diagnóstico do DM, contudo
considera indivíduos com níveis entre 6 e 6,4% com alto risco de evoluir para DM.

27. (UNIFESP/2014) O consumo de fibras auxilia no controle dos níveis glicêmicos do paciente diabético.
O consumo mínimo recomendado de fibras para diabéticos é:

(A) 30 g ou 10 g /1000 Kcal

(B) 25 g/dia de fibra solúvel

(C) 25 g/dia ou 30 g /2000 Kcal

(D) 25 a 30g/ dia

(E) 20g /dia ou 14 g /1000 Kcal

Gabarito E.

A recomendação mínima de fibras é de 14 g/1.000 kcal ou 20 g/dia.


28. (UNIFESP/2014) A hipoglicemia em crianças e adolescentes diabéticos pode ocasionar danos severos.
Para corrigir a hipoglicemia sugere-se o uso de 15 gramas de carboidratos de alta absorção, o que
corresponde a:

(A) 2 colheres de sopa de açúcar ou 400 ml de suco de laranja ou refrigerante

(B) ½ colher de sopa de açúcar ou 100 mL de suco de laranja ou refrigerante

(C) 1 colher de sopa de açúcar ou 200 mL de suco de laranja ou refrigerante

(D) 2 colheres de sopa de açúcar ou 300 ml de suco de laranja ou refrigerante

(E) 1 e ½ colher de sopa de açúcar ou 350 ml de suco de laranja ou refrigerante

Gabarito C.

Nos episódios de hipoglicemia nos quais a criança esteja lúcida, sugere-se o uso de 15 g de carboidratos de
rápida absorção, o que equivale a uma colher (sopa) de açúcar para 200
ml de água ou 200 ml suco de laranja ou 200 ml de refrigerante regular ou cinco sachês (3 g) de mel ou três
balas macias (15g de CHO). O uso de biscoitos doces ou chocolates não é recomendado para a correção da
hipoglicemia porque esses alimentos contêm alto conteúdo de gorduras, o que retarda a absorção do
carboidrato, acarretando aumento exacerbado da glicemia horas mais tarde.

29. (UNIFESP/2014) As modificações do estilo de vida fazem parte do tratamento não medicamentoso da
Hipertensão Arterial Sistêmica. Dentre as medidas não farmacológicas, assinale a mais efetiva para
controle da Hipertensão:

(A) Aumento do consumo de potássio

(B) Restrição do consumo de álcool

(C) Redução de peso

(D) Técnicas de relaxamento

(E) Redução do consumo de sal

Gabarito C

O aumento de peso está diretamente relacionado ao aumento da PA tanto em adultos1 quanto em


crianças. A relação entre sobrepeso e alteração da PA já pode ser observada a partir dos 8 anos.2 O
aumento da gordura visceral também e considerado um fator de risco para HA. Reduções de peso e de
circunferência abdominal correlacionam-se com reduções da PA e melhora metabólica (GR: I; NE: A).
30. (USF/2017) Em relação ao tratamento da obesidade, o sucesso relacionado a perda de peso em longo
prazo depende de constante vigilância na adequação do nível de atividade física e de controle da
ingestão de alimento, além de outros fatores, como apoio social, familiar e automonitorização. Segundo
as Diretrizes Brasileiras da Obesidade da ABESO é correto afirmar que:

(A) Uma perda de peso de 5% mantida é um critério de mínimo sucesso, pois leva a melhora das doenças
associadas.

(B) Uma perda de peso de 15% é um critério de mínimo sucesso, pois leva a melhora das doenças
associadas.

(C) Uma perda de peso de 5% é um critério de sucesso, pois leva a melhora das doenças associadas.

(D) Uma perda de peso de 10% mantida é um critério de mínimo sucesso, pois leva a melhora das doenças
associadas.

(E) Uma perda de peso de 10% é um critério de sucesso, pois leva a melhora das doenças associadas.

Gabarito A.

Uma perda de peso de 5% mantida é um critério mínimo de sucesso, pois leva a melhora das doenças
associadas.

31. (UERJ/2013) Adauto, 35 anos, é dislipidêmico e está internado na enfermaria ortopédica em pós-
operatório de artrodese de coluna. Foi prescrita dieta geral, porém com alteração no percentual de
gorduras. Você, nutricionista, classifica essa dieta como:

a) modificada

b) modulada

c) especial

d) rotina

Gabarito C.

Essa dieta é considerada especial para a patologia que o paciente apresenta.

32. (UERJ/2013) Elba é nutricionista da enfermaria de doenças infecto-parasitárias. Na avaliação nutricional


de Danilo, que apresenta síndrome da imunodeficiência adquirida, deverá utilizar medidas para predizer as
alterações no metabolismo lipídico, é:

a) circunferência do braço

b) circunferência da cintura

c) dobra cutânea abdominal

d) dobra cutânea tricipital

Gabarito B.

A medidas que prediz alteração no metabolismo lipídico é circunferência da cintura.


33. (UERJ/2013) Robson tem 4 meses e apresenta Tetralogia de Fallot. Hoje está internado na UTI
pediátrica no 2° dia após a cirurgia corretiva, sem apresentar complicações. A nutricionista Eveline
calculou o valor energético total diário de Robson, após utilizar uma fórmula preditiva de:

a) gasto energético total

b) taxa metabólica basal

c) valor energético de repouso

d) índice prognóstico nutricional

Gabarito B.

A fórmula para cálculo do valor energético total diário leva em consideração a taxa metabólica basal,
considerando alterações de catabolismo provocadas pela patologia de base e procedimento cirúrgico.

34. (PUC-SP/2015) Em uma cidade do interior de São Paulo havia 960 indivíduos em tratamento por
tuberculose no início de 2003. Foram notificados, pela ESF, 120 casos novos no decorrer desse ano, sendo
60 pacientes curados. Sabe-se que a população da cidade nesse ano era de 1.200.000 habitantes. Com
esses dados é possível afirmar que a:

a) taxa de incidência é 10/100.000 hab.

b) prevalência é de 19%.

c) taxa de incidência é de 60/10.000 hab.

d) prevalência é de 26%.

e) prevalência é de 19/10.000 hab.

Gabarito A.

Prevalência mede quantas pessoas estão doentes, incidência mede quantas pessoas tornaram-se doentes.
Ambos os conceitos envolvem espaço e tempo – quem está ou ficou doente num determinado lugar numa
dada época

Incidência = 120 casos (novos).

120 casos em uma população de 1.200.000.

120 = 0,0001 = 10 .

1.200.000 100.000

35. (UNIFESP/2014) Com relação ao aporte lipídico na doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC),
podemos afirmar que:

(A) Dificulta o desmame da prótese ventilatória

(B) A administração excessiva pode estar associada a menor capacidade de difusão pulmonar

(C) A restrição é indicada para pacientes retentores de CO2.

(D) Deve representar de 40 a 60% do valor calórico total da dieta.

(E) Aumenta o quociente respiratório , provocando hipercapnia grave


Gabarito B.

A administração em grandes quantidades de lipídeos e/ou demais nutrientes está relacionada a síndrome
de realimentação e, consequentemente, com a piora do estado clínico do paciente.

36. (UERJ/2016) Paciente com fibrose cística, apresentando insuficiência pancreática, deve iniciar a
terapia de reposição de enzimas. Entretanto, alguns alimentos não precisam da suplementação
enzimática antes de serem ingeridos, tais como:

a) caqui, cenoura e mel

b) banana, batata e vagem

c) damasco, aipim e ervilha

d) abacate, abóbora e açúcar

Gabarito A.

A reposição de enzimas pancreáticas contém enzimas que digerem gorduras, proteínas e carboidratos
complexos. Por parecer haver uma conexão entre melhora da função pulmonar e aumento de peso
corporal, é muito importante ingerir as enzimas em todas as refeições, inclusive nos lanches. Alguns
alimentos e bebidas não necessitam de enzimas, pois contêm carboidratos simples, que são digeridos
facilmente. Alguns exemplos de alimentos e bebidas que não necessitam do uso de enzimas são: frutas
(exceto abacate) e legumes (exceto batata), açúcar, compotas, mel e xarope; sucos de frutas, refrigerantes,
sorvete ou gelados de frutas12, drinks de sucos, bebidas esportivas, fórmulas infantis de reidratação (como

Pedialyte®), chá, café (sem creme), doces duros (como pirulitos), petiscos de frutas, balas de goma,
chicletes, picolés, frozen, entre outros

TERAPIA NUTRICIONAL E PACIENTE CRÍTICO

1. (UFC - 2017) Considerando pacientes gravemente enfermos, internados em Unidade de Terapia


Intensiva (UTI), com nutrição enteral e sepse, marque a alternativa INCORRETA:

A) A alimentação deve ser iniciada cedo, nas primeiras 24 - 48 horas da admissão na UTI, e avançada em
direção à quantidade necessária durante as próximas 48 - 72 horas.

B) A ingestão de 50 a 65% da quantidade necessária de calorias durante a primeira semana de internação é


considerada suficiente para alcançar o benefício médio da nutrição enteral.

C) A prática da nutrição enteral é direcionada a pacientes que se encontram hemodinamicamente estáveis.


A alimentação por sonda deve ser evitada na instabilidade hemodinâmica.

D) Alimentação via intestino delgado é a forma de nutrição enteral mais segura para um paciente que não
pode se alimentar por via oral.

E) A nutrição enteral não é indicada em pacientes com ventilação mecânica.

GABARITO – Alternativa D

A via de acesso priorizada para início da Terapia Nutricional Enteral é a Gástrica. Não há evidencias de que a
via intestinal traga mais benefícios aos pacientes graves e sépticos, lembrando que a via pós-pilórica é a
primeira indicação somente nos casos em que o paciente possui alto risco de broncoaspiração, de acordo
com a ASPEN 2016.
2. (UFC 2017) Os objetivos da terapia nutricional na pancreatite crônica incluem:

A) Promover o mínimo de estimulação dos mecanismos secretórios de enzimas pancreáticas e bile.

B) Prevenir dano ao pâncreas, reduzir crises, aliviar a dor, reduzir esteatorreia e corrigir má nutrição.

C) Limitar ingestão de bebidas alcoólicas para no máximo 30g de etanol por dia.

D) Substituir triglicerídeos de cadeia média por triglicerídeos de cadeia curta na dieta.

GABARITO – Alternativa B

A Pancreatite Crônica leva a deterioração contínua do estado nutricional, que se torna mais grave na fase
terminal da doença, resultando em perda de peso, anorexia e desnutrição proteico-energética, portanto, o
principal objetivo dietoterápico é controlar a má absorção e melhorar a condição nutricional do paciente,
evitando a evolução da desnutrição. (Diten, 2011)

Com relação ao estímulo a diminuição do consumo de álcool, ele também é um fator coadjuvante no
tratamento, porém não é um objetivo da terapia nutricional.

3. (UEL 2015) Em relação à terapia nutricional do paciente grave, assinale a alternativa correta:

A) A dieta oligomérica deverá ser usada no paciente grave que tenha diarreia e/ou intolerância a dietas
poliméricas.

B) A oferta calórica total deverá ser feita em até 18 horas, sendo esta de 30 cal/kg até as primeiras 48 horas
e depois aumentando-se a oferta para 45 cal/kg.

C) A quantidade de proteína a ser oferecida ao paciente grave deverá respeitar a DRI, sendo 0,8 – 1,0 g/kg
de peso por dia ou 350:1 calorias/grama de nitrogênio.

D) O exame de proteínas séricas deverá ser realizado semanalmente para o acompanhamento do estado
nutricional, em vez de se realizarem medidas antropométricas.

E) Pacientes queimados e com quadros infecciosos devem receber dieta enriquecida de arginina para a
melhora do catabolismo proteico.

GABARITO – Alternativa A

A primeira fórmula de escolha em pacientes de UTI com TGI viável, segundo a ASPEN é a polimérica, porém
em casos de intolerância ou diarreia persistente, a nutrição enteral oligomérica passa a ser indicada.

A recomendação de calorias para estes pacientes é de 20 a 25 kcal/kg/dia e a protéica de 1,2g/kg/dia. O


exame de proteínas séricas, não substitui a avaliação do estado nutricional e medidas antropométricas.

Conforme a ASPEN, 2016, o uso da imunomodulação com arginina não está recomendado em pacientes
sépticos.
4. (VUNESP 2015) Equipe Multiprofissional de Terapia Nutricional (EMTN) é um grupo formal e
obrigatoriamente constituído de pelo menos um profissional das seguintes categorias: médico,
nutricionista, enfermeiro e farmacêutico, podendo ainda incluir profissionais de outras categorias,
habilitados e com treinamento específico para a prática da Terapia Nutricional-TN. Um nutricionista que
faz parte da EMTN tem entre suas atribuições:

A) Acompanhar a evolução nutricional do paciente em terapia de nutrição enteral, independentemente da


via de administração, até alta nutricional estabelecida pela EMTN.

B) Avaliar e assegurar a administração da nutrição enteral observando as informações contidas no rótulo,


confrontando-as com a prescrição médica.

C) Garantir o registro de informações relacionadas à administração e à evolução do paciente quanto ao


peso, aos sinais vitais e à tolerância digestiva.

D) Participar de estudos com base em análise de reações adversas e interações droga-nutriente e


nutriente-nutriente a partir do perfil farmacoterapêutico registrado.

E) Participar do processo de seleção, padronização, licitação e aquisição de equipamentos e materiais


utilizados na administração e controle da terapia de nutrição enteral.

GABARITO – Alternativa A

Competências atribuídas ao nutricionista segundo a RDC nº63 de 2000. As demais são competências das
outras profissões: enfermeiro (alternativas B e C) e farmacêutico (alternativas D e E).

5. (USF-2017) São consideradas complicações da Terapia Nutricional Enteral via sonda nasoenteral,
exceto:

A) Diarreia

B) Dermatite

C) Distensão abdominal

D) Náuseas e vômitos

E) Necrose de asa de nariz

GABARITO – Alternativa B

Dermatite é uma infamação da pele que não está relacionada com a TNE. As demais são possíveis
complicações que podem ocorrer em pacientes em uso de TNE via sonda nasoenteral.
6. (CEFET, 2014) Dentre as alternativas abaixo, aquela que está correta no que diz respeito à terapia
nutricional enteral é:

A) As fórmulas administradas via sondas enterais e gástricas, em sua totalidade, podem ser consideradas
hipercalóricas.

B) A alimentação via sonda gástrica apresenta menor risco de refluxo e de aspiração pulmonar em
comparação com aquela via sonda enteral.

C) O uso de fórmulas poliméricas e a progressão mais rápida do volume da dieta infundido são mais fáceis
de serem alcançados por via de jejunostomia em comparação com a via nasogástrica.

D) O uso de dieta artesanal só apresenta vantagens em comparação com as dietas industrializadas, sendo
que ambas podem ser administradas livremente, sem levar em conta a velocidade de infusão.

E) A nutrição enteral apresenta diversas vantagens em relação à nutrição parenteral, dentre as quais a
presença dos nutrientes no trato digestivo, estimulando o trofismo e mantendo a integridade intestinal.

GABARITO – Alternativa E

A nutrição enteral é vantajosa em relação à nutrição parenteral na medida em que mantém o fluxo
sanguíneo mesentérico, auxiliando no equilíbrio da flora intestinal e na preservação da estrutura e função
do TGI, além disso, possui menor risco de infecção e de complicações metabólicas, além de ter menor
custo.

A definição de fórmula hipercalórica é aquela que contém a partir de 1,2 kcal/mL, nem todas as fórmulas
de nutrição enteral são hipercalóricas, existem as fórmulas normocalóricas, geralmente de 1,0 kcal/mL.

A alimentação via enteral com SNE posicionada no estômago é mais fisiológica, porém possui maior risco
de broncoaspiração. Por ela ser mais fisiológica, e pelo fato de a dieta percorrer uma maior parcela do trato
gastrointestinal, sendo melhor absorvida, a via gástrica ocasiona melhor tolerância ao aumento de volume
e à fórmulas poliméricas, com relação a via jejunal.

A nutrição enteral artesanal ou caseira, também apresenta desvantagens com relação à nutrição
industrializada, como por exemplo: maior risco de infecção microbiológica, maior risco de obstrução da SNE
ou GTT, prejuízo na oferta de nutrientes. (Santos et al., 2013 e Felício et al, 2012)

7. (CEFET - 2014) Quando se analisa a terapia nutricional enteral (TNE) pode-se estabelecer algumas
vantagens e desvantagens do uso de sondas enterais em comparação com as sondas gástricas e vice
versa. Assinale abaixo a alternativa que apresenta uma clara vantagem do uso da sonda na posição
enteral em comparação com a sonda na posição gástrica:

A) Posicionamento mais fácil.

B) Maior tolerância a fórmulas com osmolaridade elevada.

C) Tolerância melhor a fórmulas poliméricas.

D) Menor risco de broncoaspiração.

E) Melhor tolerância a volumes elevados de dieta.

GABARITO – Alternativa D

Conforme já discutido, o benefício da TNE via enteral é o menor risco de broncoaspiração, quando
comparada a via gástrica.
8. (CEFET-2014) A nutrição parenteral deve ser indicada preferencialmente, em detrimento da nutrição
enteral, nas seguintes condições:

A) Pancreatite crônica e Doença de Crohn.

B) Síndrome do intestino curto e síndrome de má absorção.

C) Desnutrição grave e pós-operatório imediato.

D) Doença crônica parenquimatosa do fígado e fístulas digestivas.

E) Íleo paralítico e obstrução mecânica do trato gastrointestinal (TGI).

GABARITO – Alternativa E

Íleo paralítico e obstrução mecânica do TGI são situações em que a via preferencial de terapia nutricional é
a Parenteral, sendo contraindicado o uso da terapia nutricional enteral nesses casos pois o trato
gastrointestinal encontra-se inviável.

9.(CEFET-2014) Analise as proposições abaixo:

I. A nutrição parenteral periférica (NPP) é administrada em uma veia periférica, indicada geralmente para
curtos períodos, de 7 a 10 dias, e tem como característica ser deficiente para cobrir as necessidades
energéticas do paciente.

II. Na nutrição parenteral total (NPT), a administração se dá em uma veia central, sua indicação é para
períodos maiores que 7 a 10 dias, sendo que o seu aporte calórico total tende a cobrir as necessidades
energéticas do paciente.

III. Nas situações de vômitos intratáveis, fístulas enteroentéricas e enterocutâneas e obstrução


importante do trato gastrointestinal, a nutrição parenteral não se mostra indicada.

IV. As complicações da nutrição parenteral são de natureza mecânica, infecciosas e metabólicas. A


alternativa que contém as proposições corretas é:

A) Somente as proposições I, II e III estão corretas.

B) Somente as proposições II, III e IV estão corretas.

C) Somente as proposições III e IV estão falsas.

D) Somente as proposições I, II e IV estão corretas.

E) Somente as proposições I e IV estão falsas.

GABARITO – Alternativa D.

Na proposição III, os três fatores são indicações de uso de nutrição parenteral, pois o trato gastrointestinal
encontra-se seriamente prejudicado ou inviável. Com relação aos vômitos intratáveis, eles também são
uma contraindicação de nutrição enteral devido ao risco de broncoaspiração.
10. (CEFET-2014) Analise as proposições abaixo:

A terapia nutricional tem importância fundamental na pancreatite aguda grave, devido à resposta
metabólica que acompanha esta patologia, do longo período de jejum e do gasto energético diminuído.

A nutrição parenteral é indicada quando não houver possibilidade de acesso e de uso do trato digestivo.

Ausência de peristaltismo intestinal, fístulas digestivas de alto débito, peritonite são condições clínicas
em que o uso da nutrição parenteral total (NPT) se impõe.

A alternativa que apresenta a sequência correta, de cima para baixo, é:

A) V V F

B) F V V

C) V V V

D) F F V

E) V F V

GABARITO – Alternativa B

A primeira proposição está incorreta, pois na Pancreatite Aguda Grave, ocorre um aumento do gasto
energético devido ao hipermetabolismo.

11. (UNIRIO, 2015) A prática da Terapia de Nutrição Enteral (TNE), por se tratar de procedimento
realizado em paciente sob cuidados especiais, deve ter uma Equipe Multiprofissional de Terapia
Nutricional (EMTN) constituída de, pelo menos, 1 (um) profissional de cada categoria, com treinamento
específico para esta atividade, a saber: médico, nutricionista, enfermeiro, farmacêutico, podendo ainda
incluir profissionais de outras categorias a critério das Unidades Hospitalares. Em relação às atribuições
do Nutricionista, analise as assertivas abaixo:

I) Indicar e prescrever a TNE.

II) Formular a NE estabelecendo a sua composição qualitativa e quantitativa, seu fracionamento, segundo
horários e formas de apresentação.

III) Adequar a prescrição dietética, em consenso com o médico, com base na evolução nutricional e
tolerância digestiva do paciente.

IV) Desenvolver e atualizar regularmente as diretrizes e procedimentos relativos aos aspectos operacionais
da preparação da NE

São CORRETAS as assertivas:

a) II, III e IV, apenas.

b) I, II e IV, apenas.

c) II e IV, apenas.

d) I, II e III, apenas.

e) I, II, III e IV.


Gabarito – Alternativa A

As assertivas II, III e IV são competências da nutricionista, conforme a RDC nº63 de 2000, já a assertiva I é
uma tarefa atribuída ao médico.

12. (UFJF, 2013) A Síndrome de Realimentação pode levar à insuficiência respiratória e à disfunção
cardíaca. A alternativa que apresenta alterações presentes nessa síndrome, bem como uma conduta
adequada para preveni-la é:

a) alterações: hipocalemia, hipofosfatemia e hipoglicemia. Conduta: iniciar em gotejamento contínuo a


60mL/h, rica em energia e carboidratos, para corrigir a hipoglicemia e monitorar os fluidos e eletrólitos,
periodicamente, nas primeiras 48 horas.

b) alterações: hiponatremia, hipocalcemia e azotemia. Conduta: iniciar a dieta lentamente,


preferencialmente, com fórmula monomérica, rica em carboidratos para evitar hipoglicemia e monitorar os
fluidos e eletrólitos, periodicamente, nas primeiras 48 horas.

c) alterações: azotemia, hipocalcemia e hipomagnesemia. Conduta: Iniciar dieta de alta densidade


energética e hiperglicídica, porém com administração em bolus, para evitar hipoglicemia e sobrecarga.

d) alterações: hipofosfatemia, hipocalemia e hipomagnesemia. Conduta: iniciar a dieta de forma lenta e


gradual e monitorar os fluidos e eletrólitos, periodicamente, nas primeiras 48 horas

Gabarito – Alternativa D

A síndrome de realimentação caracteriza-se por alterações neurológicas, sintomas respiratórios, arritmias e


falência cardíacas, poucos dias após a realimentação. Ocorre em consequência do suporte nutricional (oral,
enteral ou parenteral) em pacientes severamente desnutridos. O acompanhamento de parâmetros
metabólicos e de níveis de eletrólitos antes do início do suporte nutricional e periodicamente durante a
alimentação deve ser baseado em protocolos, no estado da doença subjacente e na duração da terapia.
Ocorre redução nos níveis séricos de eletrólitos (fósforo, magnésio e potásio) e, até mesmo, alteração na
homeostase da glicose, principalmente na realimentação com carboidratos ou com aporte energético
excessivo. Esta síndrome está associada ao suporte nutricional (oral, enteral ou parenteral) ofertado
inadequadamente em pacientes com risco de desnutrição ou severamente desnutridos. Neste contexto, o
suporte nutricional é de grande importância. Medidas preconizam oferta calórica inicialmente reduzida,
progredindo de acordo com os resultados da monitorização diária de eletrólitos séricos, funções vitais e
balanço de fluídos. (Silva, 2013)
13. (ESP-CE) Tratando-se de dieta enteral existem vantagens e desvantagens quanto à via de acesso da
sonda. Correlacione:

1. Localização Gástrica

2. Localização Duodenal e Jejunal

( ) Boa aceitação de fórmulas hiperosmóticas.

( ) Menor risco de aspiração.

( ) Maior dificuldade de saída acidental da sonda.

( ) Possibilita a introdução de grandes volumes em curto tempo.

( ) Permite a progressão mais rápida para alcançar o valor calórico total ideal.

A) 1 – 2 – 2 – 1 – 1.

B) 2 – 2 – 1 – 1 – 2.

C) 1 – 1 – 2 – 2 – 2.

D) 2 – 2 – 1 – 2 – 1.

Gabarito – Alternativa A

São vantagens atribuídas a sonda nasoenteral em posição gástrica: melhor aceitação de fórmulas
hiperosmóticas, possibilidade de infusão de maiores volumes de dieta em curto espaço de tempo e, devido
a isso, progressão mais rápida do volume da dieta, devido ao fato de estar localizada no estômago,
iniciando assim, sua digestão a partir desse órgão, o que a torna mais “fisiológica”.

Já à sonda enteral em localização intestinal, são atribuídas as seguintes vantagens: menor risco de
aspiração e maior dificuldade de saída acidental da sonda, isso ocorre exatamente devido sua localização
mais distal, e ao peristaltismo intestinal.

14. (CEFETBAHIA, 2017) A escolha do método de infusão da nutrição enteral deve ser determinada por
múltiplos fatores: condição do paciente, tratamentos concorrentes, via de acesso, fórmulas nutricionais e
potenciais para complicações. A _________________é considerada mais fisiológica, com possibilidade de
normalização da secreção de insulina, mas com eventual incidência de regurgitação e diarreia. A
_____________________é recomendada para pacientes hospitalizados, pois a infusão de pequenos
volumes da dieta está associada à redução de distensão gástrica, refluxo gastroesofágico, ocorrência de
aspiração e diarreia, além de oferecer profilaxia adicional para úlcera péptica. Independente do método
de infusão, o uso de _______________ é recomendado para melhor controle da administração do
volume dietético, prevenção da broncoaspiração e controle da diarreia, principalmente, em
sonda___________.

A alternativa que preenche, correta e sequencialmente, as lacunas do trecho acima é:

A) sonda pós-pilórica / restrição ao leito / bomba de infusão / jejunal

B) infusão intermitente / infusão contínua / bomba de infusão / jejunal


C) infusão contínua / infusão intermitente / seringas de 60mL / gástrica

D) infusão gravitacional / nutrição parenteral / acesso periférico / tipo botton

E) infusão contínua / infusão em bolos / equipo e frasco diet / de gastrostomia

Gabarito – Alternativa B

A alternativa correta é a B que dispõe sobre a infusão intermitente ser considerada mais fisiológica, devido
às pausas que são realizadas entre a infusão de cada dieta, o que faz com que esse método de infusão se
assemelhe mais a alimentação oral.

Já o método de infusão contínua, só pode ser realizado através de bomba de infusão, o que faz com que
essa dieta seja infundida de forma lenta e controlada, o que é preconizado na maioria dos hospitais.

15. (FADESP, 2015) Em relação à terapia nutricional parenteral é correto afirmar que

A) É indicada quando o trato gastrointestinal está funcionante.

B) É indicada quando não é possível o acesso gastrointestinal ou quando a alimentação enteral é de difícil
tolerância.

C) Em casos de fístulas de baixo débito, seu uso é obrigatório.

D) É o método mais fisiológico.

E) Todas as alternativas estão erradas.

Gabarito – Alternativa B

Conforme visto anteriormente, a nutrição parenteral é indicada nos casos em que o trato gastrointestinal
encontra-se impossibilitado de receber qualquer tipo de alimentação.

Com relação às fistulas, a nutrição parenteral não é obrigatória nesses casos, essa condição deve ser
avaliada pelo profissional, levando-se em consideração a localização da fístula, seu débito e o estado do
trato gastrointestinal do paciente, para somente após essa avaliação, se concluir qual terapia nutricional
será recomendada.

16. (FADESP, 2015) O número de calorias que fornecerá a gordura de uma solução de nutrição parenteral
num sistema 3 em 1 contendo 200ml de uma emulsão lipídica a 10% é:

(A) 220 kcal.

(B) 210 kcal.

(C) 230 kcal.

(D) 190 kcal.

(E) 200 kcal.

Gabarito – Alternativa A
Para o cálculo das calorias de uma emulsão lipídica em uma Nutrição Parenteral, primeiramente se deve
atentar à concentração desse componente. No caso da questão, trata-se de uma emulsão lipídica a 10%,
portanto multiplica-se o volume total do conteúdo por 1,1kcal/mL, obtendo-se então o resultado de 220
kcal.

No caso de emulsão lipídica a 20%, multiplica-se o volume total por 2kcal, obtendo-se 400 kcal.

17. (UFES, 2016) A terapia nutricional parenteral é uma opção quando não há o cumprimento das
necessidades energéticas e nutricionais, podendo acarretar consequências graves no crescimento e
desenvolvimento infantil. São indicações para a prescrição da nutrição parenteral:

I) Má formação congênita

II) Neonatos prematuros

III) Desnutrição proteico-calórica grave sem via digestiva íntegra

IV) Criança bem nutrida com impossibilidade de receber nutrição por via digestiva por menos de 2 dias

É correto afirmar que:

a) I e II estão corretas.

b) II e III estão corretas

c) I, II e III estão corretas

d) II e IV estão corretas.

e) Apenas a II está correta.

Gabarito – Alternativa C

Principais indicações de nutrição parenteral em crianças:

– Pré-operatório e pós-operatório

– Traumas e queimados

– Doenças gastrintestinais: síndrome do intestino curto, pancreatite, fístulas, grave doença inflamatória
intestinal (doença de Crohn ou retocolite ulcerativa), peritonite, diarreia grave crônica ou persistente

– Nutrição enteral insuficiente: anorexia nervosa, caquexia, câncer

– Quando houver inconsciência com contraindicação de nutrição enteral

– Insuficiência renal com desnutrição

– Insuficiência hepática com desnutrição

– Certas condições pediátricas: malformações congênitas (onfalocele, gastrosquise); prematuridade;


enterocolite necrosante.
O início da nutrição parenteral irá depender tanto das circunstâncias individuais quanto da idade e peso da
criança. Em crianças mais velhas e adolescentes com longos períodos de nutrição inadequada, é tolerado o
prazo de até sete dias, dependendo da idade, estado nutricional, doença de base e intervenção médica ou
cirúrgica, para o início da terapia nutricional parenteral. (Silva et al, 2014)

18. (UFGD, 2017) A Terapia Nutricional Parenteral (TNP) é indicada na impossibilidade do uso do Trato
Gastrointestinal (TGI), pelo comprometimento da digestão e da absorção de nutrientes ou dificuldade no
acesso. A TNP pode ser exclusiva ou associada à nutrição oral ou enteral, na dependência do nível de
comprometimento do TGI e fase da doença. São condições clínicas que a TNP exclusiva compõe o
tratamento na fase inicial.

A) Fístula enterocutânea de alto débito, doenças inflamatórias intestinais.

B) Fístula enterocutânea de alto débito, síndrome do intestino curto grave.

C) Síndrome do intestino curto grave e retocolite ulcerativa.

D) Pancreatite aguda, doença de Crohn e falência intestinal.

E) Pós-operatório de ressecções intestinais, pancreatite aguda grave.

Gabarito – Alternativa B

Doenças inflamatórias intestinais, retocolite ulcerativa, pancreatite aguda e doença de Crohn são condições
clínicas que não demandam obrigatoriamente terapia nutricional parenteral exclusiva em sua fase inicial.

Com relação as fístulas intestinais de alto débito, o objetivo primário da terapia nutricional é impedir que o
paciente se desnutra ou, se já estiver desnutrido, que esse estado não se agrave. Como terapia inicial,
busca-se minimizar o trânsito pela região da fístula, para acelerar a cicatrização e promover fechamento
espontâneo, devido a isso, a nutrição parenteral é muito utilizada na fase inicial da doença.

19. (Adaptado de: UFGD, 2017). Analise o caso a seguir:

Paciente do sexo feminino, 75 anos, internada na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) há 2 dias,
diagnóstico de pneumonia, sepse e insuficiência respiratória aguda, com necessidade de intubação
orotraqueal. Apresenta-se estável hemodinamicamente, com ruídos hidroaéreos presentes e
hiperglicemia (glicose sérica: 210 mg/dL).

Foram solicitadas avaliação e conduta da Equipe Multidisciplinar de Terapia Nutricional (EMTN). Com
relação à terapia nutricional da paciente, indica-se :

A) Nutrição enteral, que forneça 35 kcal/kg/dia, normoproteica e com nutrientes imunomoduladores,


glutamina e ácidos graxos ômega 3.

B) Nutrição parenteral total, hipercalórica e hiperproteica, com ácidos graxos ômega 3, sem oferta de
glutamina.

C) Nutrição enteral, que forneça 25 kcal/kg/dia, hiperproteica, sem nutrientes imunomoduladores.


D) Nutrição enteral, hipoglicídica e com nutrientes imunomoduladores, arginina e ácidos graxos ômega 3, e
administração de glutamina na água de hidratação.

E) Nutrição enteral, que forneça 30 kcal/kg/dia, hiperproteica e com nutrientes imunomoduladores,


arginina e ácidos graxos ômega 3.

Gabarito – Alternativa C

A utilização de imunonutrientes ainda não é bem estabelecida em pacientes críticos e, segundo a ASPEN
2016, não está recomendado o uso de imunonutrientes em pacientes sépticos.

Neste caso, não haveria motivos para utilização da nutrição parenteral em vista que o TGI se encontra
integro, portanto é preconizado iniciar nutrição enteral sem nutrientes imunomoduladores, com meta
calórica de 25 kcal/kg/dia, conforme a recomendação da ASPEN para pacientes críticos.

20. (Adaptado de: UFGD, 2017). Entenda o seguinte caso:

Paciente do sexo masculino, 67 anos, teve acidente vascular cerebral (AVC) há 2 meses, permanecendo
com déficit de mobilidade e parcialmente dependente.

Foi internado com perda de 15% do seu peso usual em 3 semanas, com diagnóstico de pneumonia
aspirativa, e segundo avaliação funcional da deglutição, apresenta disfagia orofaríngea com
comprometimento grave e aspiração laringotraqueal

De acordo com os familiares, paciente permaneceu com sonda nasoenteral até 2 meses após o AVC e
atualmente fazia uso de dieta líquida oral no domicílio, sem acompanhamento com equipe
multiprofissional.

Com relação à via de alimentação para esse paciente, a melhor conduta seria:

A) Manter dieta via oral líquida conforme realizava em casa e acrescentar suplemento nutricional 2 vezes
por dia.

B) Iniciar nutrição enteral e aguardar avaliação da equipe de fonoaudiologia para liberação de dieta via
oral segura.

C) Iniciar nutrição parenteral total, mantendo dieta líquida conforme realizava em casa.

D) Progredir dieta para consistência Geral em busca de aumentar oferta energética e proteica.

E) Alterar dieta para pastosa e iniciar suplementação oral 2 vezes/dia, sem necessidade de avaliação da
fonoaudiologia.

Gabarito – Alternativa B

O trabalho em equipe multiprofissional é fundamental para que haja o cuidado humanizado do paciente.
Neste caso, em vista do fato que o paciente perdeu 15% do peso em 3 semanas (Perda de peso grave), e
encontra-se com disfagia orofaríngea e aspiração laringotraqueal, prioriza-se recuperar o estado nutricional
do paciente com o uso da terapia nutricional enteral, e reestabelecer a alimentação via oral através das
avaliações da equipe de fonoaudiologia, realizando essa realimentação via oral de forma segura.
POLÍTICAS PÚBLICAS DE SAÚDE

1. O Sistema Único de Saúde (SUS) é um conjunto contínuo e articulado de ações e serviços, preventivos e
curativos, individuais e coletivos, em todos os níveis de complexidade. Qual a lei que regula as ações e
serviços de saúde em todo o território nacional e estabelece, entre outras coisas, os princípios, as diretrizes
e os objetivos?

(A) Lei nº 9080, também chamada de lei Orgânica da saúde.

(B) Lei nº 8080, também chamada de lei Orgânica da saúde.

(C) Lei nº 8550, também chamada de lei Orgânica da saúde.

(D) Lei nº 9555, também chamada de lei Orgânica da saúde.

(E) Lei nº 9080, também chamada de constituição brasileira.

Gabarito B.

O processo de implantação do SUS foi realizado de maneira gradativa, sendo regulamentado pela Lei nº
8080, de 19 de setembro de 1990, a Lei Orgânica de Saúde (LOS), a qual define o SUS como “o conjunto de
ações e serviçoes públicos de saúde prestados por órgãos e instituições públicas federais, estaduais e
municipais, da administração direta e indireta e das fundações mantidas pelo Poder Público”.

2. Sobre os princípios do SUS é correto afirmar:

(A) A universalidade diz respeito à capacidade do sistema resolver a totalidade dos problemas de saúde dos
usuários.

(B) A equidade representa a igualdade da assistência à saúde, sem descriminação ou privilégios de


qualquer espécie.

(C) A regionalização refere-se à descentralização político-administrativa, com direção única em cada esfera
de governo.

(D) A integralidade é entendida como conjunto articulado e contínuo das ações e serviços preventivos e
curativos, individuais e coletivos, exigidos para cada caso em todos os níveis de complexidade do sistema.

(E) O controle social diz respeito à divulgação de informações quanto ao potencial dos serviços de saúde e à
sua utilização pelo usuário.

Gabarito D.
A universalidade diz respeito à saúde como um direito de cidadania de todas as pessoas e cabe ao Estado
assegurar este direito. O SUS foi implantado com a responsabilidade de tornar realidade este princípio.

A equidade tem como objetivo diminuir as desigualdades. Mas, isso não significa que a equidade seja
sinônimo de igualdade. Equidade significa tratar desigualmente os desiguais, investindo mais onde a
carência é maior. Para isso, a rede de serviços deve estar atenta às necessidades reais da população a ser
atendida. A equidade é um princípio de justiça social.

A regionalização é um processo técnico-político relacionado à rede de serviços do SUS que deve ser
organizada de forma regionalizada e hierarquizada, permitindo um conhecimento maior dos problemas de

saúde da população favorecendo ações de vigilância epidemiológica, sanitária, controle de vetores,


educação em saúde em todos os níveis de complexidade.

O princípio da integralidade significa considerar a pessoa como um todo, atendendo a todas as suas
necessidades. Para isso, é importante a integração de ações, incluindo a promoção da saúde, a prevenção
de doenças, o tratamento e a reabilitação.

O controle social diz respeito ao direito e dever da sociedade participar das gestões públicas em geral e da
saúde púbica em particular. É dever do Poder Público garamtir as condições para essa participação,
asssegurando a gestão comunitária do SUS.

3. As ações e serviços de saúde, executados pelo SUS, seja diretamente ou mediante participação
complementar da iniciativa privada, serão organizados de forma:

(A) regionalizada em níveis de complexidade decrescente.

(B) regionalizada e hierarquizada em níveis de complexidade decrescente.

(C) regionalizada e hierarquizada em níveis de complexidade crescente.

(D) hierarquizada em níveis de complexidade horizontal.

(E) regionalizada em níveis de complexidade horizontal.

Gabarito C.

A rede de serviços do SUS deve ser organizada de forma regionalizada e hierarquizada. Em conformidade
com o princípio da hierarquização e regionalização, o SUS constitui uma rede de ações e serviços de saúde
organizada em níveis de complexidade crescente com finalidade de promover a saúde, a prevenção, o
tratamento e a reabilitação de doenças. Os níveis de atenção à saúde adotados pelo MS/SUS são: primário
ou atenção básica, secundário ou média complexidade e terciário ou alta complexidade.
4. Qual dos princípios do SUS abaixo é expresso como princípio complementar, significando tratar a
diferença em busca da igualdade?

(A) Descentralização.

(B) Participação.

(C) Universalidade.

(D) Equidade.

(E) Integralidade.

Gabarito D.

O objetivo da equidade é diminuir desigualdades. Apesar de todos terem direito aos serviços, as pessoas
não são iguais e, por isso, têm necessidades diferentes. Portanto, a rede de serviços deve estar atenta às
necessidades reais da população a ser atendida.

5. Entende-se por vigilância epidemiológica:

(A) um conjunto de ações que proporcionam o conhecimento, a detecção ou prevenção de qualquer


mudança nos fatores determinantes e condicionantes de saúde individual ou coletiva, com a finalidade de
recomendar e adotar as medidas de prevenção e controle das doenças ou agravos.

(B) um conjunto de ações condicionantes de saúde individual ou coletiva, apenas com a finalidade de
adotar medidas de prevenção de doenças e agravos.

(C) um conjunto de ações que visa proporcionar conhecimento epidemiológico para prevenir qualquer
mudança na saúde individual.

(D) um conjunto de ações que proporcionam o conhecimento epidemiológico para prevenir qualquer
mudança na saúde coletiva.

(E) um conjunto de ações públicas que visa exclusivamente implementar campanhas epidemiológicas para
promoção da saúde.

Gabarito A.

A vigilância em saúde tem como objetivo a análise permanente da situação de saúde da população para a
organização e a execução de práticas mais adequadas ao enfrentamento dos problemas existentes,
devendo estar inserida no cotidiano das equipes de Atenção Básica (AB). A Vigilância Alimentar e
Nutricional (VAN) é parte da vigilância em saúde e foi instituída no âmbito SUS pela Lei nº 8.080, de 19 de
setembro de 1990, em seu artigo 6º. A Política Nacional de Alimentação e Nutrição (PNAN) tem a VAN
como uma de suas diretrizes, apontando-a como essencial para a atenção nutricional no SUS. Essa
organização deverá ser iniciada pelo reconhecimento da situação alimentar e nutricional da população
adstrita aos serviços e às equipes de AB.
6. A AB em Saúde deve ser desenvolvida com o mais alto grau de descentralização e capilaridade, ou seja,
deve estar próxima da vida das pessoas, ampliando assim o acesso da população à Rede de Atenção à
Saúde. Compõem as ações da Atenção Básica:

(A) os Centros de Atenção Psicossocial e o Programa de Agentes Comunitários de Saúde.

(B) as Equipes de Saúde da Família e os Hospitais de Retaguarda.

(C) os Núcleos de Apoio à Saúde da Família e o Consultório na Rua.

(D) as Equipes de Saúde da Família para populações ribeirinhas e os leitos de internação psiquiátrica.

(E) as Unidades Básicas de Saúde e o Programa De Volta para Casa.

Gabarito C.

Os Centros de Atenção Psicossocial, os Hospitais de Retaguarda, os leitos de internação psiquiátrica e o


Programa De Volta para Casa não são serviços de atenção primária em sáude.

O NASF foi criado pelo Ministério da Saúde em 2008 com o objetivo de apoiar a consolidação da AB no
Brasil, ampliando as ofertas de saúde na rede de serviços, assim como a resolutividade, a abrangência e o
alvo das ações.

O Consultório na Rua foi criado com o objetivo de ampliar o acesso da população em situação de rua à rede
de atenção e ofertar de maneira mais oportuna atenção integral à saúde.

7. A proposta de equipes de Consultório na Rua constitui uma estratégia de:

(A) Atenção Secundária para o acompanhamento dos casos de saúde mental de uma determinada
comunidade.

(B) Atenção Básica para ampliar o acesso à Rede de Atenção à Saúde e ofertar atenção integral à população
em situação de rua.

(C) Atenção Terciária para acompanhar pessoas que se recusam a permanecer em internação hospitalar.

(D) Assistência Social, cujo intuito principal é a oferta de internação em comunidades terapêuticas para a
população que faz uso de álcool e outras drogas.

(E) Reabilitação Psicossocial, que visa acompanhar pessoas em situação de internação domiciliar.

Gabarito B.

As equipes de Consultório na Rua são esquipes da AB, compostas por profissionais de saúde com
responsabilidade exclusiva de articular e prestar atenção integral à saúde das pessoas em situação de rua.
As equipes deverão realizar suas atividades de forma itinerante, desenvolvendo ações na rua, em
instalações específicas, na unidade móvel e também nas instalações das UBS do território onde está
atuando.
8. Eixos operacionais são estratégias para concretizar ações de promoção da saúde, respeitando os valores,
princípios, objetivos e diretrizes da Política Nacional de Promoção da Saúde. A “utilização de múltiplas
abordagens na geração e análise de informações sobre as condições de saúde de sujeitos e grupos
populacionais, visando subsidiar decisões e intervenções e implantar políticas públicas de saúde e
qualidade de vida” refere-se ao eixo da:

(A) articulação e da cooperação intra e intersetorial.

(B) gestão.

(C) vigilância, do monitoramento e da avaliação.

(D) produção e da disseminação de conhecimentos e saberes.

(E) comunicação social e da mídia.

Gabarito C.

A vigilância em saúde tem por objetivo a observação e análise permanentes da situação de saúde da
população, articulando-se em um conjunto de ações destinadas a controlar determinantes, riscos e danos à
saúde de populações que vivem em determinados territórios, garantindo-se a integralidade da atenção, o
que inclui tanto a abordagem individual como coletiva dos problemas de saúde.

9. A Política Nacional de Humanização (PNH) foi criada em 2003 com o objetivo de deflagrar um movimento
no sistema e nas instituições de saúde para a realização de mudanças nos modos de gestão e nos modos de
cuidar em saúde. Ela tem como questão nuclear:

(A) a proteção dos profissionais de saúde, prevenindo que sejam agredidos pelos usuários.

(B) a proteção dos pacientes idosos, crianças e gestantes.

(C) a melhoria da qualidade da assistência aos pacientes de maior vulnerabilidade social.

(D) a afirmação da humanização como um valor do cuidado e da gestão em saúde.

(E) o combate às práticas adjetivadas como desumanas.

Gabarito D.

A humanização como política transversal na rede, é vista não como programa, mas como política pública
que atravessa/transversaliza as diferentes ações e instâncias gestoras do SUS. Entende-se humanização do
SUS como valorização dos diferentes sujeitos implicados no processo de produção de saúde: usuários,
trabalhadores e gestores.
10. Dentre as cinco atribuições descritas abaixo, identifique as que caracterizam o processo de trabalho das
equipes de AB.

I. Definir o território de atuação e a população sob responsabilidade das Unidades Básicas de Saúde.

II. Realizar o acolhimento, a classificação etária, a avaliação de necessidade de saúde e a análise


psicossocial, excluindo-se os atendimentos às urgências.

III. Desenvolver ações educativas que possam interferir no processo de saúde-doença da população, no
desenvolvimento de autonomia e na busca por qualidade de vida pelos usuários.

IV. Realizar cirurgias de alta complexidade sob supervisão de equipe matriciadora e apoiar ações de
internação domiciliar de idosos.

V. Desenvolver ações intersetoriais, integrando projetos e redes de apoio social voltados para o
desenvolvimento da atenção integral.

Estão corretas apenas as atribuições indicadas em:

(A) I e II.

(B) I e IV.

(C) II, III e IV.

(D) I, III e V.

(E) II, IV e V.

Gabarito D.

Não excluem-se os atendimentos às urgências, nem realizam-se cirurgias de alta complexidade na AB.

11. Uma das características da Rede de Atenção à Saúde (RAS) é:

(A) a formação de relações horizontais entre os Pontos de Atenção e a AB.

(B) a organização e a comunicação da Rede baseadas em momentos de encontros informais entre gestores
locais.

(C) a baixa participação dos usuários em espaços gerenciais e a alta participação dos usuários em espaços
de cuidado.

(D) o descrédito para com iniciativas de maior integração entre os trabalhadores da Rede de um
determinado território.

(E) a ênfase nos procedimentos médicos em detrimento dos processos vinculares entre profissionais e
usuários.

Gabarito A.
A RAS é o modo de organização dos serviços configurados em redes sustentadas por critérios, fluxos e
mecanismos de pactuação de funcionamento, para assegurar a atenção integral aos usuários. Na
compreensão de rede, deve-se reafirmar a perspectiva de seu desenho lógico, que prevê níveis de
complexidade, viabilizando encaminhamentos resolutivos (entre os diferentes equipamentos de saúde),
porém reforçando a sua concepção central de fomentar e assegurar vínculos em diferentes dimensões:
intra-equipes de saúde, interequipes/serviços, entre trabalhadores e gestores, e entre usuários e
serviços/equipes.

A estrutura operacional das RAS compõe-se de cinco componentes: o centro de comunicação, a Atenção
Primária à Saúde (APS); os pontos de atenção à saúde secundários e terciários; os sistemas de apoio
(sistemas de apoio diagnóstico e terapêutico, sistemas de assistência farmacêutica, sistemas de
teleassistência e sistemas de informação em saúde); os sistemas logísticos (registro eletrônico em saúde,
sistemas de acesso regulado à atenção e sistemas de transporte em saúde); e o sistema de governança da
RAS.

12. Diretrizes constituem as orientações gerais de determinada política. É uma Diretriz da PNH:

(A) Triagem.

(B) Comunicação Transpessoal.

(C) Gestão Verticalizada.

(D) Paradigma Biomédico.

(E) Clínica Ampliada.

Gabarito E.

A clínica ampliada é uma ferramenta teórica e prática cuja finalidade é contribuir para uma abordagem
clínica do adoecimento e do sofrimento, que considere a singularidade do sujeito e a complexidade do
processo saúde/doença. Permite o enfrentamento da fragmentação do conhecimento e das ações de saúde
e seus respectivos danos e ineficácia.

13. O trabalho do Núcleo de Apoio à Saúde da Família – NASF é orientado pelo referencial teórico-
metodológico do apoio matricial. Aplicado à AB, isso significa, em síntese, uma estratégia:

(A) de organização do trabalho em saúde, que acontece a partir da integração de equipes de Saúde da
Família com equipes ou profissionais de outros núcleos de conhecimento diferentes daqueles dos
profissionais das equipes da AB.

(B) de organização do trabalho em saúde, baseada na divisão da região em células de assistência com
diferentes níveis de complexidade e capacidade resolutiva.

(C) de organização da forma de definição de responsabilidades entre os diferentes integrantes do sistema,


atribuindo a cada um deles os papéis condizentes com sua inserção na matriz assistencial.

(D) de organização das ações em saúde de forma a respeitar os limites geográficos da região sob sua
responsabilidade e da população nela adscrita.
(E) que reconhece a importância das ações da AB e, ao mesmo tempo, suas limitações técnicas para
responder à complexidade do perfil epidemiológico das

populações sob sua responsabilidade.

Gabarito A.

Apoio matricial e equipe de referência são arranjos organizacionais, bem como uma metodologia para a
gestão do trabalho em saúde. Em saúde o apoio matricial se configura como uma retaguarda especializada
que oferece suporte técnico-pedagógico às equipes de referências, as quais são as equipes responsáveis
pela condução de um caso individual, familiar ou comunitário. Dessa forma, esses arranjos organizacionais
deslocam “o poder das profissões e corporações de especialistas, reforçando o poder de gestão da equipe
interdisciplinar”.

14. Segundo o Ministério da Saúde, o NASF tem como públicos-alvos:

(A) as populações mais carentes e os dependentes de drogas ilícitas.

(B) as gestantes de alto risco e a população mais idosa.

(C) as crianças, os idosos e as gestantes.

(D) a população em geral e, em especial, os segmentos em situação de maior vulnerabilidade social.

(E) os usuários em seu contexto de vida e as equipes de AB/Saúde da Família.

Gabarito E.

Os NASF fazem parte da AB, mas não se constituem como serviços com unidades físicas independentes ou
especiais, e não são de livre acesso para atendimento individual ou coletivo (estes, quando necessários,
devem ser regulados pelas equipes de AB).

Os NASF devem buscar contribuir para a integralidade do cuidado aos usuários do SUS principalmente por
intermédio da ampliação da clínica, auxiliando no aumento da capacidade de análise e de intervenção
sobre problemas e necessidades de saúde, tanto em termos clínicos quanto sanitários.

15. Atreladas às ações da AB, as Academias da Saúde têm por objetivo constituírem-se em:

(A) espaços de fomento à convivência e à prática de ações e modo de vida favoráveis à saúde, construídos
especialmente para esse fim.

(B) uma política de aproximação dos conhecimentos de ações e práticas de saúde com a rede de educação
pública e privada.

(C) polos de produção de novos conhecimentos e tecnologias para os núcleos de apoio à Saúde da Família.

(D) espaços de integração entre a rede de serviços em saúde e as instituições universitárias.

(E) laboratórios de avaliação e experimentação de técnicas inovadoras de assistência e prevenção.


Gabarito A.

A mudança de perfil da saúde tem exigido avanços na maneira como se organizam e são oferecidos os
serviços de saúde para garantir o acesso e os cuidados coerentes ao cenário atual de adoecimento e
mortalidade por condições crônicas; sobretudo quando falamos em excesso de peso e obesidade. Nesse
contexto, o Ministério da Saúde criou, em 2011, o Programa Academia da Saúde, que tem como principal
objetivo contribuir para a promoção da saúde e modos de vida saudáveis. Dessa forma, a Academia da
Saúde contribui com o cuidado integral, contemplando a implantação de polos com infraestrutura e
profissionais qualificados, no qual são desenvolvidas atividades de vários tipos. Ressalta-se que os polos são
espaços da AB e compõem a RAS. O polo deve estar vinculado a um NASF e/ou a uma Unidade Básica de
Saúde (UBS).

16. O artigo 196 da Constituição Brasileira de 1988 determina que “a saúde é direito de todos e dever do
Estado, garantido mediante políticas sociais econômicas que visem a redução do risco de doenças e de
outros agravos e ao acesso universal e igualitário às ações e serviços para sua promoção, proteção e
recuperação”. Isso significa que:

(A) Brasileiros que contribuem para a seguridade social têm acesso restrito à

Assistência Médica do SUS.

(B) Todo brasileiro tem direito à saúde.

(C) Aqueles que não contribuem para seguridade social têm acesso somente aos serviços públicos
municipais e aos serviços filantrópicos.

(D) A cobertura de atenção à saúde é prioridade para populações carentes.

(E) Estrangeiros não poderão ter assistência à saúde no Brasil.

Gabarito B.

Todos os cidadãos têm direito ao acesso aos serviços de


saúde em todos os níveis de assistência, de forma integral, sem preconceitos ou privilégios de qualquer
espécie.

Os artigos 196 a 200 constituem a “Seção II. Da Saúde” da Constituição Federal.

17. O artigo 197 da Constituição Brasileira de 1988 determina que “são de relevância pública as ações e
serviços de saúde, cabendo ao Poder Público dispor, nos termos da lei, sobre sua regulamentação,
fiscalização e controle, devendo sua execução ser feita diretamente ou através de terceiros, e também, por
pessoa física e jurídica de direito privado”. Isso significa que cabe ao Estado:

(A) encarregar-se exclusivamente da prestação de serviços de saúde.

(B) somente controlar e regular a oferta de serviços de saúde.

(C) a gerência da prestação de serviços de saúde .

(D) a gestão da atenção na saúde.

(E) somente regular as ações em saúde.


Gabarito D.

Poder Público é o conjunto de órgãos que detém autoridade para regularizar o trabalho do Estado, como
por exemplo, o Ministério Público. Cabe ao Estado através dos poderes públicos regularizar, fiscalizar e
controlar as ações dos serviços de saúde, seja um serviço público ou privado, assegurando o que o artigo
196 determina.

18. Segundo o artigo 198 da Constituição Brasileira de 1988 compõem o SUS:

(A) Somente os serviços públicos de saúde de atenção básica ou de nível primário.

(B) Somente os serviços públicos de saúde.

(C) Todos os serviços de saúde públicos, filantrópicos e privados.

(D) Somente os serviços públicos e filantrópicos de saúde.

(E) Os serviços públicos, filantrópicos e privados de saúde, mas sem fins lucrativos.

Gabarito C.

A assistência à saúde é livre à iniciativa privada, ou seja, a iniciativa privada pode atuar
complementarmente no serviço público de saúde, como determinado no artigo 199.

19. Sobre os princípios do SUS, marque a alternativa correta:

I. O principio da universalidade prevê que todos os cidadãos, sem privilégios ou

barreiras, tenham acesso aos serviços de saúde, em todos os níveis do sistema.

II. O principio da integralidade prevê que os serviços de saúde sejam organizados de forma a garantir ao
indivíduo e à coletividade a proteção, a promoção e a recuperação da saúde, de acordo com as
necessidades de cada um.

III. O principio da descentralização prevê a direção única do sistema com transferência de poder decisório
do governo federal para as instâncias subnacionais, considerando uma redistribuição das responsabilidades
quanto às ações e serviços de saúde entre os vários níveis de governo (União, estados, municípios).

IV. O princípio da participação popular prevê a configuração dos conselhos de saúde (em cada esfera de
governo) e a realização periódica das conferências de saúde.

V. O princípio de equidade é expresso como a igualdade de oportunidades para ser e permanecer saudável,
e depende dos determinantes de saúde e das condições de acesso e utilização dos serviços de saúde.

(A) Todas as afirmações são verdadeiras.

(B) As afirmações III e V são falsas.


(C) Somente a afirmação III é falsa.

(D) As afirmações III, IV e V são falsas.

(E) A afirmação II é falsa.

Gabarito A.

20. A participação da comunidade no SUS é em parte exercida por meio dos conselhos de saúde. Sobre os
conselhos de saúde, assinale a alternativa correta:

(A) O Conselho de Saúde possui caráter permanente e deliberativo, sendo um órgão com composição
formada por representantes do governo, prestadores de serviço, profissionais de saúde e usuários.

(B) O Conselho de Saúde possui caráter periódico e consultivo, sendo um órgão colegiado com composição
formada por representantes do governo, prestadores de serviço, profissionais de saúde e usuários.

(C) O Conselho de Saúde possui caráter permanente e deliberativo, sendo um órgão colegiado com
composição formada por representantes do poder legislativo, prestadores de serviço, profissionais de
saúde e usuários.

(D) O Conselho de Saúde possui caráter periódico e consultivo, sendo um órgão colegiado com composição
formada por representantes do poder legislativo, prestadores de serviço, profissionais de saúde e usuários.

(E) Nenhuma das alternativas anteriores está correta.

Gabarito A.

Os Conselhos de Saúde devem existir nos três níveis de governo e são órgãos deliberativos, de caráter
permanente, compostos com a representatividade de toda a sociedade. Sua composição deve ser paritária,
com metade de seus membros representando os usuários e a outra metade, o conjunto composto por
governo, trabalhadores da saúde e prestadores privados. Os conselhos devem ser criados por lei do
respectivo âmbito de governo, onde serão definidas a composição do colegiado e outras normas de seu
funcionamento.

21. A necessidade de aumento de recursos para o SUS tem mobilizado vários segmentos sociais. Segundo a
Constituição Federal de 1988, o SUS deve ser financiado com recursos:

(A) do orçamento da União, dos Estados e dos Municípios e do imposto sobre movimentação financeira.

(B) do orçamento da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, além de parte do imposto
por circulação de mercadorias.

(C) federais e estaduais, sendo que os municípios podem contribuir facultativamente, de acordo com as
suas dimensões.

(D) do orçamento da seguridade social, da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, além
de outras fontes.

(E) do orçamento da seguridade social e de, pelo menos, cinco décimos por cento da receita tributária
líquida dos Estados e do Distrito Federal.
Gabarito D.

O financiamento do SUS é feito pelas três esferas de governo, federal, estadual e municipal, conforme
determina a Constituição Federal de 1988, que estabelece as fontes de receita para custear as despesas
com ações e serviços públicos de saúde.

22. Assinale a alternativa correta sobre a AB do SUS:

(A) O consultório de rua faz parte da rede de AB e tem como público-alvo a população de rua, em sua
maioria constituída por refugiados de países em conflitos de diversas naturezas.

(B) A atenção básica caracteriza-se por um conjunto de ações de saúde, no âmbito individual e no coletivo,
que abrange a promoção e a proteção da saúde, a prevenção de agravos, o diagnóstico e o tratamento,
ficando a reabilitação para a atenção secundária.

(C) A estratégia de saúde da família prevê o cuidado primário centrado em uma equipe multiprofissional,
trabalhando de forma interdisciplinar e por meio de um conjunto ampliado de encontros clínicos, que
envolvem consultas individuais e atividades em grupo.

(D) Um dos problemas mais importantes da estratégia de saúde da família é a ausência de um médico
psiquiatra na equipe, o que diminui a resolutividade da atenção primária à saúde.

(E) Uma das características do processo de trabalho na AB consiste no acolhimento com escuta qualificada,
classificação de risco, avaliação de necessidade de saúde e análise de vulnerabilidade, ações exclusivas do
médico.

Gabarito C.

A estratégia de saúde da família (ESF) surgiu como um programa do MS em 1994, conhecido antigamente
como Programa Saúde da Família, como estratégia prioritária para a organização da AB no país.

A ESF é desenvolvida por equipes multiprofissionais compostas, no mínimo, por um médico de família, um
enfermeiro, um auxiliar ou técnico de enfermagem e seis agentes comunitários de saúde (ACS). Quando
ampliada, inclui: um dentista, um auxiliar de consultório dentário e um técnico em higiene dental. A
atuação das equipes deve ocorrer nas UBS, nas residências e na mobilização da comunidade, a partir do
desenvolvimento de ações de promoção, prevenção, tratamento e reabilitação, caracterizando-se como
porta de entrada de um sistema hierarquizado e regionalizado da saúde. A ESF valoriza: vinculação com a
população, garantia de integridade na atenção, trabalho em equipe com enfoque interdisciplinar, ênfase na
promoção de saúde, estímulo à participação da comunidade.

Questões Doença Renal Crônica

1. Paciente AAS, feminino, 55 anos, não diabética, IMC= 22,0 kg/m², com creatinina sérica= 3,5 mg/dL, taxa
de filtração glomerular= 25 mL/min e potássio sérico= 5,9 mEq/L. Quais as principais recomendações
dietéticas para a paciente:

A. Dieta normocalórica (30 a 35 kcal/kg/dia), normoprotéica (0,8 a 1,0 g/kg/dia) e com restrição de potássio
dietético.

B. Dieta normocalórica (30 a 35 kcal/kg/dia), hipoprotéica (0,6 g/kg/dia) e com restrição de potássio
dietético.

C. Dieta normocalórica (30 a 35 kcal/kg/dia), hiperprotéica (1,2 a 1,5 g/kg/dia) e sem restrição de potássio
dietético.
D. Dieta normocalórica (30 a 35 kcal/kg/dia), hipoprotéica (0,6 g/kg/dia) e sem restrição de potássio
dietético.

GABARITO B

Comentários:

Paciente com taxa de filtração glomerular indicativo de estágio 4 da doença renal crônica (DRC). Orientação
dietética adequada para esse caso clínico: normocalórica em função do estado nutricional de eutrofia de
acordo com o IMC, hipoprotéica (0,6 g/kg/dia, podendo alcançar 0,75 g/kg/dia para pacientes que tenham
muita dificuldade em aderir à maior restrição) com o objetivo de retardar o ritmo de progressão da DRC e
melhorar a sintomatologia urêmica e com restrição de potássio dietético pois o paciente apresenta
hiperpotassemia com a concentração sérica de potássio superior a de 5,5 mEq/L.

2. Um paciente com Doença Renal Crônica (DRC), diabetes e hipertensão arterial encontra-se em
hemodiálise há 5 anos e está em acompanhamento nutricional de acordo com a sua fase terapêutica,
entretanto, mantém hiperfosfatemia refratária, com níveis de paratormônio (PTH) sérico também elevados
em relação aos limites estabelecidos. Disponível em: <http://www.arquivos.sbn.org.br>. Acesso em: 27 jun.
2016 (adaptado).

Com base no caso acima exposto, avalie as afirmações a seguir.

I. A hiperfosfatemia está relacionada à progressão da DRC, que decorre da perda da função renal e da
retenção de fósforo sérico. 


II. O tratamento dialítico não remove adequadamente o fósforo sanguíneo e, assim, ocorre balanço positivo
dessa substância. 


III. A restrição proteica, recomendada na fase dialítica do tratamento da DRC, pode contribuir para a
hiperfosfatemia. 


IV. A prescrição de quelante de fósforo pode ser uma opção terapêutica eficaz para o controle da
hiperfosfatemia. 


É correto apenas o que se afirma em

A. I e III.

B. II e IV. 


C. III e IV. 


D. I, II e III. 


E. I, II e IV. 


GABARITO E

Comentários

I. Alternativa correta. À medida que a função renal diminui, a homeostase do fósforo no organismo torna-
se comprometida.

II. Alternativa correta. Como os procedimentos dialíticos são pouco eficientes na remoção do fósforo, a
hiperfosfatemia (fósforo sérico acima de 5,5 mg/dl) é bastante frequente em pacientes em diálise.
III. Alternativa errada. A restrição proteica é empregada na fase pré-dialítica ou tratamento conservador da
DRC. Na fase dialítica, a orientação é de uma dieta hiperproteica (1,1 a 1,2 g/kg/dia) para promoção de um
balanço nitrogenado neutro ou positivo.

IV. Alternativa correta. Nos casos em que a orientação dietética não for suficiente para promover redução
do fósforo sérico, é necessário a utilização de quelantes de fósforo. Os quelantes contêm compostos que se
ligam ao fósforo do alimento no intestino, reduzindo sua absorção.

3. A Doença Renal Crônica (DRC) afeta praticamente todos os órgãos e sistemas. As intervenções dietéticas
específicas, em conjunto com o arsenal medicamentoso, têm papel fundamental no tratamento dos vários
distúrbios, bem como na preservação renal. Neste contexto, marque a alternativa correta:

A. A hipercalemia é uma complicação grave e que pode ser fatal no paciente com DRC. O controle do
potássio deve ser rigoroso quando o paciente apresentar elevação sérica desse eletrólito ou quando a taxa
de filtração glomerular for inferior a 15 mL/min. Nestes casos, alimentos como uva, água de coco, ameixa
fresca, caqui, morango e melão devem ser evitados por possuírem elevada quantidade de potássio (>5,1
mEq/porção); 


B. A classificação do estado nutricional a partir do índice de massa corporal (IMC) apresenta algumas
diferenças em relação ao ponto de corte proposto para a população saudável. Valores de IMC superiores a
23 kg/m2 têm sido apontados como indicativos de risco nutricional para pacientes renais crônicos por se
associarem com morbidade e mortalidade; 


C. Apesar da elevada prevalência de desnutrição energético-proteica encontrada na DRC, o excesso de peso


corporal também é um distúrbio frequente. Na DRC, principalmente naqueles pacientes submetidos à
hemodiálise, a obesidade se traduz em risco de morbidade e mortalidade; 


D. A restrição da ingestão de sódio para pacientes em hemodiálise é indicada para o controle da pressão
arterial e na ingestão de líquidos, a fim de minimizar o ganho de peso interdialítico, que não deve
ultrapassar 4,5 a 5 kg do peso seco. Recomenda-se uma ingestão de sal entre 2.000 e 2.300 mg/dia, bem
como orientar os pacientes a utilizar pouco sal no preparo dos alimentos e não ingerir alimentos
processados; 


E. No tratamento conservador, o efeito protetor da restrição da proteína dietética inclui a diminuição da


pressão intraglomerular, redução do estresse oxidativo renal e da acidose metabólica, entre outros. Nesta

fase, mecanismos adaptativos são ativados que possibilitam ao paciente a manutenção do balanço
nitrogenado e do estado nutricional, desde que as necessidades nutricionais sejam alcançadas. 


GABARITO E

Comentários:

A. Alternativa errada. Dentre as frutas descritas, a ameixa fresca, o caqui e o morango possuem pequena e
média quantidade de potássio (<5,0 mEq/porção).

B. Alternativa errada. Os valores de IMC inferiores a 23 kg/m2 é que são apontados como indicativos de
risco nutricional para essa população de pacientes por se associarem com morbidade e mortalidade.

C. Alternativa errada. Enquanto na população geral a obesidade se traduz em risco de morbidade e


mortalidade, na população com DRC os estudos indicam a obesidade como um fator protetor na sobrevida,
principalmente naqueles pacientes em hemodiálise.

D. Alternativa errada. Para pacientes em hemodiálise, a restrição de sódio é indicada não somente para o
controle da pressão arterial, mas também para o controle na ingestão de líquidos e, consequentemente,
minimizar o ganho de peso interdialítico, que não deve ultrapassar 4 a 4,5% do peso seco.
E. Alternativa correta.

4. Assinale a afirmativa correta quanto às necessidades de calorias e proteínas/kg peso corporal ideal, para
indivíduos em hemodiálise, respectivamente:


A. 40 Kcal/Kg e 0,8 gramas.


B. 45 Kcal/Kg e 2,5 gramas.

C. 30 Kcal/Kg e 2,0 gramas.

D. 35 kcal/ kg e 1,2 gramas.

GABARITO D

Comentários:

Energia – estudos de balanço metabólico demonstraram que pacientes em diálise estáveis, com atividade
física leve e com ingestão proteica adequada alcançam balanço nitrogenado neutro quando ingerem ao
redor de 35 kcal/kg/dia. Para pacientes com mais de 60 anos de idade, uma ingestão de energia de 30
kcal/kg/dia parece ser suficiente.

Proteína – estima-se que entre 1,1 e 1,2 g/kg/dia de proteína seja necessário para promover balanço
nitrogenado neutro ou positivo na maioria dos pacientes clinicamente estáveis.

5. Assinale com V a(as) afirmativa(as) verdadeira(as) e F a(as) falsa(as):

( ) Pacientes com doença renal crônica (DRC), na fase não dialítica, com TFG > 60 mL/min, devem ser
orientados a não consumir proteína em excesso, consumindo de 0,8 a 1,0 g/kg/dia de proteína.

( ) Pacientes com DRC, na fase não dialítica, com TFG = 40 mL/min, devem restringir o consumo proteico
para 0,6g/kg/dia, sendo 30% de proteína de alto valor biológico.
( ) Os cetoácidos podem ser utilizados por pacientes com DRC, na fase não dialítica, com TFG=30mL/min.

( ) Na hemodiálise, perde-se mais proteínas e eletrólitos por sessão do que na diálise peritoneal
ambulatorial contínua (CAPD).

( ) Para paciente em CAPD, a energia estimada proveniente da glicose absorvida do dialisato deve ser
subtraída do total energético recomendado.

A sequência CORRETA é:

A. F,F,V,V,V

B. V,F,F,F,V

C. V,F,V,F,V.

D. F,F,F,V,F.

GABARITO B

Comentários:

( VERDADEIRO ) Pacientes com doença renal crônica (DRC), na fase não dialítica, com TFG > 60 mL/min,
devem ser orientados a não consumir proteína em excesso, consumindo de 0,8 a 1,0 g/kg/dia de proteína.

( FALSA ) Os pacientes com DRC, na fase não dialítica, com TFG = 40 mL/min, devem restringir o consumo
proteico para 0,6g/kg/dia, porém com ao menos 50% de proteína de alto valor biológico.

( FALSA ) Os cetoácidos podem ser utilizados por pacientes com DRC, na fase não dialítica, com TFG menor
que 30mL/min, a partir do estágio 4 da DRC.

( FALSA ) Pacientes em diálise peritoneal têm o fator adicional da perda diária de proteínas, que pode
variar entre 5 e 15 g/dia, de forma que a prescrição de 1,2 a 1,3 g/kg/dia de proteína diminui a
possibilidade de balanço nitrogenado negativo.

( VERDADEIRO ) Para paciente em CAPD, a energia estimada proveniente da glicose absorvida do dialisato
deve ser subtraída do total energético recomendado.

6. Sobre a avaliação nutricional e a dietoterapia do paciente com Doença Renal Crônica (DRC) em
tratamento dialítico, é correto afirmar que

A. Dentre os objetivos do cuidado nutricional nesses pacientes, impedir o balanço nitrogenado negativo é
um aspecto de menor importância no tratamento deles.

B. Anorexia, hipercatabolismo, perda de nutrientes no processo dialítico e doenças intercorrentes são


fatores que contribuem para a deterioração do estado nutricional desses pacientes.

C. A restrição proteica é uma conduta no tratamento dialítico, uma vez que não se verificam perdas
durante este processo.

D. Não se recomenda ingestão proteica diária superior a 0,8 a 1,0 g/kg de peso seco/dia para pacientes
submetidos a tratamento dialítico.

E. As vitaminas lipossolúveis A, E e K, assim como a vitamina D, necessitam ser suplementadas, pois suas
perdas são consideráveis pelo processo dialítico.
GABARITO B

Comentários:

A. Alternativa errada. Impedir o balanço nitrogenado negativo é um aspecto de grande importância no


tratamento nutricional nesses pacientes para evitar que os mesmos entrem em quadro de desnutrição.

B. Alternativa correta

C. Alternativa errada. A restrição proteica é uma conduta no tratamento pré-dialitico ou tratamento


conservador da DRC. No tratamento dialítico a conduta é uma dieta hiperproteica para repor as perdas que
ocorrem durante este processo.

D. Alternativa errada. A recomendação de ingestão proteica diária para pacientes submetidos a tratamento
dialítico é superior a 0,8 a 1,0 g/kg de peso seco/dia. Para pacientes em hemodiálise, 1,1 a 1,2 g/kg/dia e
para pacientes em dialise peritoneal, 1,2 a 1,3g/kg/dia.

E. Alternativa errada. Nos procedimentos dialíticos, ocorrem perdas de vitaminas, principalmente as


hidrossolúveis (vitamina C e as do complexo B) para a solução de diálise, e na maioria das vezes a
suplementação dessas vitaminas é necessária. As vitaminas A e K não devem ser suplementadas, a menos
que haja deficiência. A vitamina D em sua forma ativa deve ser prescrita individualmente de acordo com a
condição osteometabólica do paciente.

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