Você está na página 1de 12

Prof.

Cristina Fajardo Diestel


TERAPIA NUTRICIONAL PARENTERAL (TNP) cristinadiestel@nutmed.com.br

NUTRIÇÃO PARENTERAL - DEFINIÇÂO


CONTRA-INDICAÇÕES DA NP:
(Portaria 272, de 08 de abril de 1998): 
Solução ou emulsão, composta basicamente de  Pacientes com instabilidade hemodinâmica 
carboidratos, aminoácidos, lípides, vitaminas e minerais, hipovolemia, choque cardiogênico ou séptico;
estéril e apirogênica, acondicionada em recipiente de vidro  Edema agudo de pulmão (EAP);
ou plástico, destinada à administração intravenosa em  Anúria sem diálise;
pacientes desnutridos ou não, em regime hospitalar,  Distúrbios metabólicos e eletrolíticos.
ambulatorial ou domiciliar, visando a síntese ou à  A nutrição parenteral não está bem indicada quando
manutenção dos tecidos, órgãos e sistemas. os pacientes podem ingerir e absorver quantidades de
nutrientes suficientes por via oral ou enteral, suprindo
Ela pode ser: até 60% das necessidades calóricas em pacientes
cirúrgicos. (Dan, 2009)
Central: administrada por uma veia de grande diâmetro,  TNP está contra-indicada quando não se pode definir
geralmente subclávia ou jugular interna, que chega claramente o objetivo da terapia ou quando forem
diretamente ao coração. utilizadas para prolongar a vida de pacientes
terminais. (Dan, 2009)
Periférica: administrada através de uma veia menor
(basílica, cefálica, umbilical), geralmente na mão ou no Existem algumas situações em que se justificam cautela
antebraço. (prescrever com cuidado devido estado clínico do
paciente) no uso da TNP, de acordo com a Sociedade
Características da Nutrição Parenteral (Chemin)  Mistura Americana de Nutrição Parenteral e Enteral: (Dan, 2009)
homogênea, estável e não deve apresentar partículas nem
corpos estranhos. - glicemia > 300 mg/dl
- nitrogênio uréico sangüíneo > 100 mg/dl
 Coloração – incolor – vitaminas - osmolaridade sérica > 350 mOsm/kg
- amarelada – com vitaminas - Na > 150 mEq/L
- K < 3,0 mEq/L
 Aparência – leitosa – com lípides - Cl > 115 ou < 85 mEq/L
- translúcida – sem lípides - P< 2 mg/dl
- alcalose ou acidose metabólica
 2 em 1  somente HC + AA - Estes valores devem ser individualizados para cada
 3 em 1  HC + AA + LIP paciente.

NUTRIÇÃO PARENTERAL (NP) Quando iniciar a NUTRIÇÃO PARENTERAL


TOTAL OU CENTRAL?
INDICAÇÕES DA NP:
 Seus benefícios superam os riscos
1. Pré - operatórias: particularmente doentes desnutridos  Quando duração é prevista para mais do que duas
(perda de 15% do peso) com obstrução do TGI semanas (Dan, 2009 e Projeto Diretrizes) ou 7-10 dias
alto.Segundo Calixto-Lima, o ideal é no mínimo 5-7 dias no (Cuppari)
pré-operatório e no pós-operatório, dar continuidade por  Houver necessidade de grande quantidade de
igual período. nutrientes
2. Complicações cirúrgicas pós operatórias: fístulas  Houver necessidade de restrição de fluídos
intestinais, íleo prolongado e infecção peritoneal
3. Pós-trauma: lesões múltiplas, queimaduras graves e Pacientes desnutridos:
infecção.
4. Desordens gastrointestinais: vômitos crônicos e Pré-operatório:
doença intestinal infecciosa (diarréia grave), mucosite e
esofagite  Tão logo seja possível  7 a 15 dias (Dan) / 7 a 10
5. Obstrução do trato gastrointestinal dias (Chemin) de NPT pré-operatória, menos do que
6. Moléstia inflamatória intestinal: colite ulcerativa e isso não há beneficio no pós-operatório.
doença de Crohn  Sem necessidade de NPT na ausência de desnutrição
7. Insuficiências orgânicas: hepática e renal em paciente submetidos a procedimentos cirúrgicos
8. Condições pediátricas: prematuros, atresia esofágica simples.
intestinal, gastrosquise (é caracterizada por defeito de
fechamento da parede abdominal anterior fetal, Pós-operatório:
paraumbilical, com evisceração dos órgãos abdominais),
onfalocele (herniação do intestino ou de outros órgãos  Se não restabelecer função intestinal após 05-10 dias
abdominais através da raiz umbilical, a qual é coberta de pós-operatório (Dan)
apenas pelo peritônio) e diarréia crônica intensa.  Em desnutridos graves deve-se utilizar por 5-7 dias
Obs.1: pós-operatório (Chemin)
- Chemin  quando não se pode usar o TGI por 5-7 dias  Complicações pós-operatórias que impedem uso do
Obs.2: a NPT não deve ser usada como rotina em TGI  início imediato da NPT
pacientes terminais. (ver indicações e critérios no capítulo  Uso de rotina de TNP no pós-operatório deve ser
de Câncer) evitado
 Como o uso de NP: (Dan, 2009)  melhores
resultados em pacientes desnutridos graves,
candidatos a cirurgia do TGI superior.
1
Pacientes pediátricos:  Diminui a osmolaridade da solução (600 – 950 mOsm)
 Prematuros e neonatos  se via oral insuficiente, devido a diminuição na concentração de glicose
iniciar sem retardo a NPT, pois esses pacientes têm baixas
reservas energéticas (risco de desnutrição) Complicações do sistema 3 em 1:

Composição da NPT Completa – oferecer todos os  Tromboflebite venosa periférica – pode estar
nutrientes em quantidades adequadas. relacionada à veia, à cânula ou à solução infundida
(osmolalidade causa dano à parede)  a profilaxia
consiste em 0,5 – 1U/ml de heparina, o que não gera
Recomendações pacientes críticos: (Dan)
efeitos colaterais.
 PTN (1,2 a 1,5g/kg/dia);
 CHO (< 4mg/kg/min);  Excesso de lipídeo:
 LIP (1g/kg/dia); - TCL  hepatomegalia, acúmulo de lípides na célula de
 calorias (25 – 35 kcal/kg/dia); Kupfer, esplenomegalia e sobrecarga do sistema retículo
 líquidos (mínimo necessário para fornecer endotelial. Emulsão lipidica mista (50%TCL + 50% TCM)
macronutrientes) reduz o risco de disfunção hepática
- mais de 60% das kcal não protéicas ou doses > 3g/kg/dia
Recomendações pacientes estáveis: (Dan)  icterícia colestática progressiva.
- ideal: oferta de 1g/kg/dia ou infusão de 0,03 a 0,05g/kg/h
 PTN (0,8 a 1,0g/kg/dia);
 Elevação de TG e COL  pode ocorrer, mas a adição
 CHO (< 7mg/kg/min);
de heparina reduz a elevação, pois estimula a ação da
 LIP (1g/kg/dia);
lípase lipoprotéica. A presença de sepse, disfunção
 calorias (30 – 35 kcal/kg/dia);
hepática, intolerância à glicose predispõe a
 líquidos ( 30 – 40ml/kg/dia)
hipertrigloiceridemia nos pacientes críticos. O nível de TG
Recomendações Nutricionais segundo Chemin: deve ser monitorizado antes e durante a infusão da NP e a
infusão diária de lipídios deve ser descontinuada ou
reduzida quando a concentração sérica de TG ultrapassar
 Adultos  para cálculo calórico, usar equação de
400mg/dl.
Harris Benedict ou regra de bolso (30 kcal/kg/dia)
 Oferta calórica em pediatria, considerar tabela abaixo,  Hipersensibilidade a emulsão  complicação rara,
sendo a distribuição de macronutrientes recomendada consiste em dor torácica, febre, vômitos, dispnéia,
 Carboidratos 40 a 50% do VET, Lipídios 30 a 40% palpitação, tremor e cianose  sintomas melhoram com a
do VET e proteínas 8 a 20% do VET, localizando-se a  da infusão. Recomenda-se dose teste antes de infundir
relação kcal não protéica/gN2 entre 90 a 150. (1ml/min por 15 min de solução a 10% ou metade da dose
da emulsão a 20%) – sem reação, infusão normal.
 Uso prolongado pode ocasionar raramente  
transitório de transaminases, hepatomegalia, eosinofilia,
trombocitopenia, leucopenia, anemia de etiologia
desconhecida.
 Embolia gordurosa  ocorre raramente com a infusão
de gotículas de gordura > 6m de diâmetro (normal 0,2 –
0,4 m). Ocorre quando a NPT é preparada e administrada
em más condições (calor, tempo > 24h)  ASPEN
(Associação Americana de Nutrição parenteral e enteral) e
FDA (Food and Drug Administration) recomendam uso de
filtro

NPT SISTEMA LIPÍDICO (solução leitosa)


Contra-indicações do Sistema 3:1:
 Também conhecida como 3 em 1, é a mistura de
aminoácidos, glicídios, lipídios, vitaminas, minerais e  Dislipidemias
eletrólitos na quantidade adequada para administração  Pancreatite aguda na fase hiperlipemica
diária em um mesmo frasco ou bolsa de NPT  Insuficiência Hepática
 Recomendações:  Nefrose lipoide (Calixto-Lima)
- 25-30% VET ou 50% das calorias não protéicas.
(Dan, 2009)
NPT SISTEMA GLICÍDICO (solução aquosa)
Vantagens do sistema 3 em 1:
É o sistema que não inclui lipídios, sendo uma mistura
 Mais balanceada do que o 2 em 1  contém todos os de glicose e aminoácidos. Os lipídios são infundidos
nutrientes separadamente, pelo menos 02 vezes na semana (500ml
 Permite diminuir oferta de glicose  melhor tolerada de lipídio a 10%).
em pacientes com resistência à insulina, DM
 Uso de lipídio que tem alta densidade calórica O uso de NPT em sistema glicídico é acompanhado
 Lipídios são isotônicos  favorece uso de veia de complicações mecânicas e infecciosas graves,
periférica relacionadas à cateterização venosa central. Porém,
 Impede deficiência de AGE constitui-se uma alternativa para pacientes com
 Toda a composição em 01 bolsa  facilita infusão da intolerância ou problema na utilização de lipídios (ex.
NPT  menor contaminação aumento dos TG).

2
Desvantagens da NPT – Sistema Glicídico Tab. 03 Cálculo da Osmolaridade (mOsm/litro) de soluções
de Nutrição Parenteral
 Intolerância à glicose
 Anormalidade nas provas de função hepática
 Insuficiência respiratória, se houver reserva funcional
deficiente
 Deficiência de ácidos graxos essenciais
 Coma hiperosmolar não cetótico
 Necessidade de cateter em veias centrais
(complicações técnicas e infeciosas)

Observações importantes quanto à


composição da NPT completa: (Dan)
Como iniciar a NPT
 Obstáculos farmacocinéticos (solubilidade,
estabilidade térmica e de armazenamento, compatibilidade
química, toxicidade)  impedem administração de todos  Krause  iniciar abaixo da meta da taxa de infusão e
os nutrientes necessários e conhecidos. aumentar o gotejamento a cada 2-3 dias.
 AA não administrados: glutamina, tirosina, cisteina e  Krause  alguns médicos preferem programar o início
taurina (glutamina e tirosina podem ser administrados na da NPT baseados na quantidade de glicose, iniciando com
forma de dipeptideos alanil-glutamina e alanil-tirosina) 100-200 gramas ao dia e progredindo a cada 2-3 dias.
 AA administrados em excesso: glicina, fenilalanina e  Cuidar na progressão da oferta calórica em pacientes
leucina. desnutridos (Dan)
 Emulsões lipídicas: TCL – n6, TCM, TCL – n3 e n9  Paciente hipermetabólico  devido às rápidas perdas,
(imunomoduladores). atingir necessidades em 24 – 36 horas (Dan)
 NÃO há fibras em soluções de NPT  Calixto-Lima  iniciar com 30-50% das necessidades
 Adição de insulina deve ser de acordo com nutricionais estimadas, progredindo gradualmente até
necessidade 100% num período de 48-72h.
 Uso de heparina para prevenção de trombose por
cateter: dose 1 a 3U/ ml não compromete tempo de Quando terminar a NPT?
coagulação
 Embalagens  acúmulo de alumínio a longo prazo.  Quando houver restauração da função normal do TGI
(via oral ou sonda)
 A transição da NPT para NE deve ser gradual  dieta
Cálculo das Composições de NPT líquida → dieta branda, ao atingir aporte pleno suspender a
NPT
Na tabela 01 encontram-se as orientações para  ATENÇÃO: não hesitar em retorná-la em caso de
cálculo de macronutrientes em NPT e na tabela 02 as recidiva da sintomatologia TGI
quantidades usuais e máximas de cada macronutriente e
na tabela 03 as orientações para o cálculo da Como finalizar a NPT
osmolaridade em nutrição parenteral:
 NPT sistema glicídico não deve ser interrompido
abruptamente  risco de hipoglicemia (devido ao elevado
Tab. 01 Cálculo de Macronutrientes em NPT nível de insulina circulante) (Dan)
Nutrientes Valor calórico  Deve-se reduzir gradativamente a dose de infusão da
Gordura NPT antes de suspendê-la (Dan)
Solução lipídios a 10% 1,1 kcal/ml (11kcal/g)  Retirada + rápida:  gotejamento para metade por 1h
Solução lipídios a 20% 2,0 kcal/ml (10 kcal/g) e para ¼ na hora seguinte com posterior suspensão) 
Solução lipídios a 30% 2,9 kcal/ml cuidado desnecessário em pacientes em nutrição enteral
Proteína 4 kcal / g ou oral. (Dan)
Glicose monohidratada 3,4 kcal/g

Normalmente utilizam-se glicose nas concentrações Monitorização na NP


de 10 a 50%, aminoácidos nas concentrações de 5 a 15%
ou soluções de aminoácidos especiais (hepatopatas e
nefropatas) e soluções de lipídio a 10 ou 20%.  Mandatória para prevenção de complicações
metabólicas e sépticas
 Dan sugere atentar para concentrações séricas de
Tab. 02 Quantidade usual e máxima de macronutrientes albumina, pré-albumina e transferrina (analisadas
Nutriente Quantidade usual Unidade máxima juntamente com estado de hidratação, função dos órgãos e
de substrato infecções)
Carboidrato 40-60 % VET ≤ 4 - 7 mg/kg/min  Pacientes recebendo soluções com lipídios à longo
prazo  taxa de eliminação da gordura 12 horas após
Proteína 1,0 – 2,0 g/kg/dia 2,0 – 2,5 g/kg/dia
infusão de gordura (teste de turvação).
Gordura 20-40 % VET 1 – 2,5 g/kg/dia
 Chemin:
- A avaliação nutricional sistematizada seve ser
realizada no início da TN a cada 02 semanas (Atenção
– a Legislação de TNP – Portaria 272 recomenda AN
a cada 10 dias)
3
- Controle clínico  deve ser diário e deve incluir atualidade as necessidades nutricionais são estimadas
sinais vitais, exame físico e pesagem diária; com sendo 25 – 30 kcal/kg, o que significa algo entre 1500
- Em neonatologia  o controle de eletrólitos é a 2000 kcal/dia, o que é facilmente atingido com a fórmula
essencial de deve ser diário. periférica, sem a necessidade e se oferecer um grande
volume de solução. (Dan, 2009)
NUTRIÇÃO PARENTERAL PERIFÉRICA
VANTAGENS DA NPP:
(NPP)
 Fácil acesso venoso, não necessitando de equipe
Administração de uma solução de glicose ou outro médica treinada, além de menor custo (Dan, 2009)
carboidrato (sorbitol), emulsão gordurosa e AA por veia  Evita as morbidades precoce e tardia relacionadas à
periférica. (NPP  é SEMPRE 3:1) punção venosa central, denominadas complicações
técnicas associas à inserção e manutenção do cateter
INDICAÇÕES DA NPP: venoso e diminuição do risco de complicações sépticas
associadas à manutenção do cateter venoso central por
 Manutenção nutricional a curto prazo (7-10 dias - tempo prolongado; (Dan, 2009)
Cuppari / 5-7 dias - Krause, 2005 / até 02 semanas - Dan,  Menor probabilidade da hiperglicemia. (Dan, 2009)
2009 e Calixto-Lima),
 Na transição para dieta oral ou enteral ou naqueles NUTRIÇÃO PARENTERAL INTRADIALÍTICA
que quando em nutrição oral/enteral não consigam ter as (Chemin)
necessidades nutricionais alcançadas por completo, por
esta via.
 Na desnutrição grave (Dan, 2009 – apenas em 01  Seria recomendada para pacientes que não toleram a
capítulo, o outro contra-indica) NE e apresentam sinais clínicos de desnutrição:
 Pacientes em preparo pré-operatório e/ou no pós- o albumina sérica menor que 3,4g/dl,
operatório com período de jejum prolongado, (Dan, 2009) o perdas maiores do que 10% do peso ideal,
 Quando a punção de uma veia central é contra- o ingestão de proteína menor que 0,8g/kg e
indicada ou impossível; (Dan 2009) o ingestão calórica inferior a 25kcal/kg/dia;

CONTRA-INDICAÇÕES DA NPP:  A NP intradialítica consiste na administração de uma


NP (comumente 3 em 1) durante cada sessão de
 Historia de alergia a ovo ou emulsões lipÍdicas hemodiálise, ofertando cerca de 1000 a 1200 kcal por
intravenosas sessão;
 Disfunção hepática importante
 Hipertrigliceridemia, hiperlipidemia  Espera-se que seus efeitos benéficos ocorram de 3 a
 Veias inadequadas 6 meses após o início da terapia, instituindo-se após
 Uso de NE adequada e efetiva este período, a alimentação normal com
 Limitação de fluidos (limitação superior a 2000 – suplementação oral, se houver necessidade.
3000/24h)
 Desnutrição grave (como tem 02 capítulos de NPP no VIAS DE ACESSO EM NUTRIÇÃO
Dan, 2009, um coloca como contra-indicação e outro não) PARENTERAL
 Que necessitem de grande ingestão calórica ou
protéica, ou eletrolítica (especialmente potássio) (Dan,
Independente do acesso escolhido, este deve ser
2009)
exclusivo para a infusão de nutrição parenteral, proibindo-
 Indicação definitiva para NP Total (necessidade de NP
se a infusão de medicamentos e outras substâncias.
por mais de 2 semanas) (Dan, 2009)
O tempo de administração não deve ultrapassar o
período de 24 horas de exposição ao meio ambiente se a
CARACTERÍSTICAS DA NPP:
solução for ou contiver lipídios e 72h se for a base de
glicose e aminoácidos.
 Deve ter baixa osmolaridade (Dan, 2009 – 700-1000
mOsm / Krause - 800-900 mOsm / Cuppari, Chemin e
Calixto-Lima em torno de 900mOsm / Projeto Diretrizes até Acesso Periférico:
850 mOsm) e quantidade reduzida de potássio  risco de
flebite.  Selecionar veias periféricas distais da extremidade
 Necessita da infusão de lipídeos para aumentar VET e superior e local da punção trocado a cada 48h-72h, ou
diminuir osmolaridade. serem substituídos somente se necessário.
 Oferta, normalmente altos volumes de solução, por  Dan, 2009  Exceção: quando necessário,
conta de sua osmolaridade que deve ser limitada medicamentos poderão ser administrados no mesmo
(problemático em pacientes com insuficiência hepática ou acesso da NPP. No entanto, contra-indica-se a
renal) administração concomitante de hemoderivados e
 Sugere-se a adição de heparina, soluções tampão quimioterápicos. O farmacêutico deverá ser consultado
com bicarbonato de sódio ou mesmo corticosteróides com sobre possíveis interações droga-nutriente e a equipe
o risco de reduzir o risco de tromboflebite do acesso multiprofissional deve autorizar.
venoso. (Dan, 2009)  Existe também o acesso central de inserção periférica
 Em geral não atinge as necessidades nutricionais  (PICC) – este cateter é inserido em uma veia na área
chega até 1000 – 1500 kcal/dia. (Cuppari, 2005 e Calixto- antecubital do braço e avançado em direção à veia
Lima) subclávia com a ponta do cateter colocado na veia cava
 Inicio e fim não precisa ser gradual como na NPT superior – assim, apesar da inserção periférica é um
 O uso de NPP era, até recentemente, questionado por cateter central. (Dan, 2009) É a via de escolha em
muitos autores. Estes consideravam impossível oferecer pediatria e neonatologia onde os riscos associados a
as necessidades totais por via periférica. No entanto, na outros dispositivos são maiores. As vantagens do uso do
PICC são o menor risco de acidentes de punção e menor
4
risco de contaminação durante sua permanência. O PICC contaminação do curativo por secreção, troca do curativo
pode ser especialmente indicado em pacientes com técnica asséptica inadequada
traqueostomizados com distúrbios de coagulação ou com  Peritonite, queimaduras, pneumonia
risco de punção central.  Imunodeficiência, susceptibilidade do paciente

Acesso Central  antes do início da infusão, checar TÉCNICAS DE INFUSÃO DE NP:


posicionamento do cateter por raio X.
Sítios de inserção  todos posicionam o cateter na  Infusão contínua:
veia cava superior, o que permite a administração de - As soluções podem ser administradas de forma contínua
soluções hiperosmolares com poucos incovenientes já que por gravidade ou por meio de bombas de infusão (sendo
a solução é diluída neste local por intenso fluxo sangüíneo. esta a mais empregada) (Chemin) (Obs.: apesar da
Chemin colocar infusão por gravidade, isto não é
 Veia subclávia normalmente realizado, sendo possível que esta
mais usados informação esteja errada)
 Jugular interna - A infusão das soluções é iniciada abaixo da velocidade
de infusão alvo por meio de uma bomba volumétrica e, em
 Axilar (pediatria) seguida, são aumentadas em seguida gradativamente
 Femoral  risco de contaminação dentro de um período de 2 a 3 dias para uma meta final.
 Cateteres duplo ou triplo lúmen podem ser usados  (Krause, 2010)
1 via exclusiva para NPT  Infusão cíclica e intermitente: é feita de forma que o
 Cateteres centrais semi-implantáveis ou totalmente conteúdo flua por ação da gravidade, em intervalos de 02 a
implantáveis são indicados para NPT de longa 06 horas. É a infusão de escolha para o domicílio, pois
permanência, especialmente domiciliar. permite a desconexão durante o dia, garantindo ao
paciente a realização de atividades normais. (Chemin)
Complicações relacionadas à inserção do cateter: (Obs.: apesar da Chemin colocar este tipo de infusão, isto
não é normalmente realizado em NP, sendo possível que
 Contaminação do cateter durante a passagem esta informação esteja errada)
 Pneumotórax  RX tórax e drenagem
 Hemotorax  drenagem
 Lesão de plexo braquial
NPT CÍCLICA
 Hidrotórax
 Período de infusão de 12 ou 18h (Dan) / 08h a 12h
 Hemo e hidromediastino
(Krause, 2010), normalmente noturno
 Punção e laceração arterial  remover agulha e
 Permite maior mobilidade para o paciente
comprimir local
 Presença de “período pós absortivo” que não há na
 Lesão do ducto torácico  quilotórax
NPT contínua (infusão em 24h)
 Lesão do nervo frênico
 Lesão da traquéia
 Trombose venosa  anticoagular e remover cateter SUBSTRATOS EM NUTRIÇÃO PARENTERAL
 Embolia pulmonar
 Embolia gasosa CARBOIDRATOS
 Embolia do Cateter ou do fio-guia  retirada de alça
introduzida por punção arterial transfemural Glicose
 Arritmia cardíaca
 Mal posicionamento do cateter  controle radiológico  Carboidrato principal das formulações de NPT 
obrigatório único nutriente infundido na veia da mesma maneira
 Observação  Chemin considera as complicações conforme é absorvida no intestino.
mecânicas, aquelas relacionadas ao cateter, tanto  Substrato de menor custo e maior disponibilidade
quanto à inserção, quanto à obstrução e complicações comercial.
infecciosas.  Nutriente essencial para o SNC, hemácias e córtex
renal e tecidos em cicatrização;
Complicações infecciosas relacionadas ao cateter:  Segundo a Krause, no mínimo 100g deve ser
fornecida para um paciente com 70kg para a não utilização
 Contaminação atinge 30% de proteína para a síntese de energia.
 Remover cateter imediatamente se houver sinais  Segundo Cuppari, a quantidade mínima é de 200g/dia
flogísticos (alterações do orifício, hiperemia, secreção)  manter glicemia cerebral
 Trocar a cada 15 dias e em pacientes infectados a  Utilizada nas formas de dextrose entre 3 e 70%
cada 5 dias. (Krause) mas sobretudo nas formas de dextrose a 25, 50 e
 Cuidar com a periodicidade da troca do curativo no 70% (Cuppari, 2005).
local do cateter (a cada 48h ou em menor tempo, se  Máxima concentração para administração periférica é
necessário) de 10% - Cuppari e Calixto-Lima / 15% - Dan 2009, por
veia central é de 35% do volume total (Cuppari, 2005)
Focos de contaminação do cateter:  Capacidade oxidativa máxima:
o 7mg/kg/min (Cuppari,2005 / Chemin)
 Contaminação na introdução  assepsia inadequada o 5mg/kg/min (Krause e Cuppari, 2014).
 Emprego de soluções contaminadas  técnicas de o Para pacientes críticos, Chemin recomenda até
preparo inadequadas, defeito na vedação do frasco, adição 4mg/kg/min e Cuppari (2014) recomenda
posterior de medicamentos 3mg/kg/min.
 Uso inadequado do equipo: desconexão freqüente e  Fornece 3,4 kcal/g  está na forma monoidratada
uso por + de 24h
 Pela pele: curativos por + de 24 a 48h (sujos e/ou AMINOÁCIDOS – nenhuma solução de aminoácidos
molhados), fixação inadequada do cateter a pele, comercialmente disponível contém glutamina, cistina,
5
taurina ou quantidades apropriadas de tirosina, porque Observações Dan (2009) a respeito das emulsões
estes aminoácidos são instáveis ou pobremente solúveis lipídicas:
em água. O uso de peptídeos em NPT está abrindo a  O uso de TCM confere vantagens bioquímicas a
possibilidade desta adequação. emulsão de TCM/TCL, pois seu metabolismo é
parcialmente independente de carnitina para transporte
 As soluções existentes são compostas de intramitocondrial, representando uma rápida fonte de
aminoácidos cristalinos essenciais e não-essenciais ou energia lipídica. Além disso, TCM promove melhor
específicas para pacientes com problemas renais e clareamento plasmático de não acumula no fígado. Desde
hepáticos. o desenvolvimento de formulações com misturas de
 Concentração de AA nas soluções varia de 6,7 a 15% TCM/TCL, ela tem sido indicada para pacientes críticos
 Cada g de AA fornece 4 kcal e a quantidade média de devido ao fato de que TCM é menos susceptível a
proteínas na solução deve ser de 15-20% peroxidação lipídica e não participa da síntese de
eicosanóides, reduzindo o impacto sobre o sistema retículo
Glutamina (Dan) endotelial e a resposta inflamatória sistêmica em relação
aos AGPI ômega 6. No entanto, vem sendo demonstrado
 AA livre mais prevalente no corpo humano (+ de 60% que estas misturas de TCM/TCL pode alterar
de pool de AA livres totais no músculo esquelético). seletivamente a função dos linfócitos.
 Considerada condicionalmente essencial em situações  Uso de lipídios estruturados compostos de agrupamento
catabólicas (estresse). químico aleatório de triglicerídeos contendo TCM e TCL no
 Age como precursora da síntese protéica (reguladora mesmo esqueleto de glicerol tem vantagens por apresentar
da homeostase de aminoácidos) e como intermediária de rápido clearance plasmático, estando mais prontamente
um grande número de vias metabólicas. disponíveis para processos oxidativos e assim, tendo
 É precursora de glutationa. menor sobrecarga metabólica do organismo.
 Doa nitrogênio para síntese de purinas, pirimidinas,  Misturas de óleo de oliva com óleo de soja também são
nucleotídeos e aminoaçúcares. uma outra opção. Fornecem cerca de 20% de AGPI ômega
 É o substrato mais importante para a amoniogênese 6, suficientes para suprir ou corrigir as deficiência de AGE.
renal, participando do equilíbrio ácido-básico. Os AGMI tem sido associados a efeitos neutro ou
 Fonte energética para células de proliferação rápida imunomodulador sobre as funções imunológicas, sendo
(enterócitos, colonócitos, fibroblastos, linfócitos) um alternativa segura para oferta de gordura parenteral,
 Inclusão de glutamina livre nas soluções de NPT é com menor impacto potencial sobre a resposta inflamatória
problemática devido à sua decomposição em solução e imunológica e menor peroxidação lipídica do que
aquosa e baixa solubilidade em água  soluções de NPT emulsão lipídica com muito ômega 6.
contendo glutamina devem ser estocadas por no máx 2  Existe ainda a opção de emulsão lipídica de óleo de
dias (4°C) e para evitar risco de precipitação, não deve peixe, que tem conhecidas vantagens por sua função
exceder 1-1,5% imunomoduladora e pode ser usado em associação a
 Recomendação: 0,2 – 0,57g/kg/dia emulsão lipídica a base de óleo de soja.
 A emulsão lipídica de última geração é composta de
Peptídeos de cadeia curta sintéticos (Dan)  as óleo de soja (30%), TCM (30%), óleo de oliva (25%) e óleo
desvantagens em usar glutamina, tirosina e cistina livres de peixe (15%) – que contém um pouco de cada uma das
promoveram uma busca por outros substratos. emulsões, mas sobretudo pouca quantidade de ômega 6 e
muita quantidade de ômega 3, dentro da faixa considerada
 São dipeptideos sintéticos contendo glutamina, ideal para o tratamento de pacientes críticos
tirosina ou cisteína que preenchem todos os critérios físico- (aproximadamente 2,5:1). Além disso, ela é acrescida com
químicos necessários à seu uso em NPT. quantidades apropriadas de alfatocoferol para evitar a
 Rapidamente clareados do plasma sem se acumular peroxidação dos AGP na membrana plasmática.
em tecidos
  fontes de nitrogênio em menor volume hídrico MEDICAÇÕES
 osmolaridade < , solubilidade e estabilidade >
É possível incluir medicações na NPT como
antibióticos, vasopressores, narcóticos, diuréticos, e muitas
EMULSÕES LIPÍDICAS outras drogas. Isto não ocorre frequentemente, pois requer
conhecimento profundo de compatibilidade física entre os
 São isotônicas e podem ser administradas em veia componentes da solução. As drogas mais adicionadas
periférica sem causar flebite incluem a insulina os anti-ácidos (evitar úlcera estresse), a
 São compostas de soluções aquosas de óleo de soja heparina e a albumina.
ou açafrão com fosfolipídios de gema de ovo, como
emulsificantes. O glicerol, que é hidrossolúvel, é  Albumina humana (Chemin) embora proporcione um
adicionado à solução para proporcionar osmolaridade. modesto efeito nutritivo, é mais usada
 Cada g de glicerol fornece 4,3 kcal. farmacologicamente com o objetivo de regular o
 Previnem deficiência de AGE (2-4% linoléico - o que volume plasmático.
equivale a 10% do VET)  Levocarnitina (Chemin)  é carreadora de moléculas
 Quantidade máxima 2,5 g/kg para o paciente estável lipídicas para dentro e para fora da mitocôndria. Os
(Dan, 2009 e Chemin) / 2g/kg (Cuppari, 2014) e, para o neonatos prematuros não são hábeis em sintetizar
paciente crítico 1,0 g/kg (Chemin) e 1,5 g/kg (Dan, 2009) carnitina a partir de seus precursores e, por esta
 Infusão de mais de 30% do VET de lipídios podem ser razão, a suplementação de carnitina intravenosa se
imunossupressoras (fornecimento de excesso de ácido torna indicada e necessária.
linoléico advindo dos óleos de soja e açafrão)
 Segundo Cuppari (2005), a taxa infusão deve ser de ELETRÓLITOS, VITAMINAS E MINERAIS
até 100ml/h para soluções a 10% e até 50ml/h para
soluções a 20%. Segundo a Krause, uma vez que vitaminas e minerais
administrados por via parenteral não passam pelos

6
processos de digestão e absorção, suas recomendações  Suspensão rápida  especialmente para NPT cíclica,
são menores que a IDR.  NPT a metade por 2 horas e a ¼ nas próximas 02 horas
e então suspensão total na NPT.
Os multivitamínicos habitualmente usados em NP  Insulina no frasco de NPT: nesse caso se a infusão for
omitem a vitamina K que deve ser acrescentada interrompida subitamente  hipoglicemia aguda pois a
separadamente em dose de 5mg/1x na semana ou glicose é oxidada mais rápido do que a insulina é
diariamente na dose de 01mg. Existem diversos relatos degradada (meia vida 6-12h). ATENÇÃO REDOBRADA!
documentando deficiência grave de tiamina em pacientes
recebendo NPT. Hiperglicemia:

A medida que a solução prescrita é iniciada podem ser  Complicação mais comum da NPT e pode estar
necessários ajustes para adequar o fluído e o balanço de associada ao estresse metabólico do paciente crítico;
eletrólitos, dependendo da estabilidade do paciente. O  Prevenção  iniciar com não mais do que 50% das
ferro também não faz parte normalmente das soluções necessidades nutricionais estimadas, evitando-se
parenterais por não ser compatível com os lipídeos e pode ultrapassar 150 a 200 g de glicose nas primeiras 24
intensificar o crescimento bacteriano. Quando necessário é horas de infusão de NP. Dan - a velocidade de
administrado separadamente como ferro dextrano. infusão de carboidrato não deve ultrapassar 4-5
(Krause) mg/kg/min ou 20-25 kcal/kg/dia / Cuppari 2014 – a
velocidade de infusão de carboidrato não deve
Dada a dificuldade de estabilidade físico-química não ultrapassar 3-5mg/kg/min ou 25-30 kcal/kg/dia.
existe nenhuma especialidade farmacêutica que contenha Segundo Cuppari ainda, pode-se aumentar o % e
todos esses oligoelementos reunidos em um único frasco lipídios dos habituais 30% para 40%.
para aplicação parenteral.  Controle deve ser a cada 6h, podendo ser mais
espassado caso haja um bom controle glicêmico e
Cada livro oferece uma recomendação distinta de tornarem-se mais freqüentes se houver episódios de
vitaminas, minerais e elementos-traço, porém, estas hiperglicemia.
tabelas não constam na apostila, pois é impossível  Projeto Diretrizes – Obs.: o uso de dietas ricas em
memorizá-las. gordura monoinsaturada e pobres em carboidratos
podem reduzir a glicemia pós-prandial, mas os fatores
LÍQUIDOS mais importantes são a quantidade total de calorias e
de carboidrato ministrado.
 Recomendação de Fluídos:  Calixto-Lima  a suspensão temporária da nutrição
- Adultos: 30-40 ml/kg/dia, com febre, adicionar + 300ml parenteral deve ser considerada quando há glcemia
para cada °C superior a temperatura normal acima de 300mg/dl.
- Pediatria – 50 a 100 ml/kg/dia
- Prematuros – 120 ml/kg/dia Hipercapnia

COMPLICAÇÕES DA NPT  Infusão excessiva de calorias não protéicas como


glicose (> 25kcal/kg/dia)   produção de CO2.
 Quociente respiratório(QR) = relação entre produção
METABÓLICAS:
de CO2 e consumo de O2.
- CHO  QR = 1,0
Coma Hiperglicemico Hiperosmolar Não – cetótico
- PTN  QR = 0,8
- LIP  QR= 0,7
 Síndrome de alta mortalidade (50%) ocasionada por
 Glicose > 5 - 7mg/kg/min / Calixto-Lima administração
sobrecarga de NPT, particularmente excesso de glicose.
de glicose > 3mg/kg/min (paciente grave) e >5mg/kg/min
 Favorecida a sua ocorrência em associação de NPT
(paciente estável)   produção de CO2, logo  QR
com diálise peritoneal ou uso drogas hiperglicemiantes
(corticoterapia)
Sobrecarga de AA
 Nas primeiras 24-48h de infusão  hiperglicemia
comum, até 180mg%, não tratar nesta fase  Taxa
 Quando os AA não conseguem ser adequadamente
infusão até 40ml/h por 24h.
metabolizados  manifestações tóxicas (alterações
 No coma evitar a administração excessiva de água e
emocionais ou mentais)  ocorrem principalmente em
queda rápida da glicemia que pode causar edema cerebral
vigência de infecção ou hepatopatia
grave.
Insuficiência de AGE
Hipoglicemia
 Ausência de emulsão lipídica por 5 dias (crianças) ou
 Ocasionada principalmente pela suspensão súbita da
3 semanas (adulto) ocasiona deficiência de AGE
infusão de glicose hipertônica e circulação de insulina
 Manifestações clínicas: descamação cutânea, queda
elevada.
de cabelo, pobre cicatrização de feridas, maior
 Tratamento com glicose a 50% em bolus até
sensibilidade a infecções, diminuição da pressão
desaparecimento dos sinais e sintomas (cefaléia,
intraocular, hepatomegalia
sudorese, sede, parestesias, confusão mental)
 Manifestações laboratoriais: anemia, trombocitopenia,
 NPT deve ser reduzida gradualmente  reduz-se a
diminuição do índice de prostraglandinas
metade nas primeiras 12 horas e após substitui-se por
 Prevenção: emulsão lipidica pelo menos 2 vezes na
glicose a 10% (50-100ml/h) nas 12 horas seguintes.
semana.
 Se suspensão abrupta NPT sistema glicídico 
administrar glicose a 10% com a mesma velocidade de
Deficiência de vitaminas e de micronutrientes (Dan,
gotejamento
2009)

7
 Nos pacientes recebendo NPT, baixos níveis de  Corrigir distúrbios hidroeletroliticos antes de iniciar
tiamina, vitamina C, E, selênio, cobre e zinco são terapia nutricional
freqüentes  Restabelecer criteriosamente volume circulatório
 Alguns estudos nrecomendam reposição de3 2-3X a  Aumentar oferta calórica lentamente
RDA, por via endovenosa até recuperação do TGI, porém,  Administrar vitaminas rotineiramente
não há consenso sobre a efetividade clínica desta prática
Outras complicações metabólicas citadas por Chemin:
Síndrome do roubo celular ou de realimentação
 Hiperglicemia (estresse metabólico, obesidade,
 Ocorre em pacientes desnutridos graves, jejum diabetes, excessiva administração de glicose)
prolongado ou em situação de ingestão prejudicada por  Hiperfosfatemia (excessiva infusão de fosfato,
período prolongado (alcoolismo crônico, anorexia nervosa, insuficiência renal)
jejum com 7 -10dias sob estresse), submetidos a TN não  Hipermagnesemia (excessiva infusão de magnésio em
balanceada em fase de anabolismo celular. insuficiência renal)
 Caracteriza-se por um rápido influxo de principalmente  Hipercalemia (excessiva administração de K, acidose
fósforo, potássio e magnésio para o interior da célula metabólica)
quando há infusão de nutriente (síntese celular), levando a  Hipocalcemia (decréscimo da administração de
uma queda brusca deles no plasma. vitamina D, hipoparatireoidismo, hipoalbuminemia)
 Também ocorre intolerância a glicose e líquidos  Hipercalcemia (insuficiência renal, excessiva
 Prevenção: iniciar dieta a 25ml/h progredindo administração de vitamina D, hiperparatireoidismo)
lentamente. Monitorar eletrólitos diariamente.  Hiponatremia (nefrite, insuficiência adrenal, excesso
de fluído hipotônico)
Repercussões orgânicas da síndrome  Hipernatremia (excessiva perda de água, excessiva
administração de sódio, inadequada ingestão de água
Hipofosfatemia livre)

 Arritmias cardíacas, ICC, morte súbita Doença óssea


 Disfunção hepática (principalmente em cirróticos)
 Confusão mental, coma, paralisia de nervos  Aparecimento varia de alguns meses até anos após o
cranianos, perda do sensório, letargia, parestesia, início da NPT.
rabdomiolise, convulsões, síndrome de Guillain – Barre  Patogênese: deficiência de Cu, Ca e P; excesso de
símile e fraqueza vitamina D; alumínio (tóxico), drogas (furosemida,
 Insuficiência respiratória aguda heparina, acetato)
 Anemia hemolítica, trombocitopenia, diminuição da  Sintomas:
função plaquetaria, hemorragia, disfunção dos leucócitos - adultos: dor dorsal, periarticular ou ósseas e fraturas
- crianças: osteopenia, fraturas e fissuras ósseas
Hipomagnesemia  Diagnóstico: RX, exame bioquímico ( fosfatase
alcalina, hipofosfatemia, calciúria), densitometria
 Arritmia cardíaca, taquicardia óssea.
 Dor abdominal, anorexia, diarréia e obstipação  Prevenção e tratamento: uso criterioso dos fármacos e
 Ataxia, confusão mental, hiporreflexia, irritabilidade, nutrientes para minimizar as perdas e aumentar a
tremor muscular, mudança de personalidade, convulsões, retenção de nutrientes; uso de NPT contínua (melhor
tetania, vertigem, fraqueza balanço mineral)

Hipocalemia GASTROINTESTINAIS (Obs.: Chemin considera as


complicações GI dentro das complicações metabólicas)
 Arritmia cardíaca, hipotensão postural,  sensibilidade
ao digital, alteração no ECG Gastroparesia (Dan, 2009)
 Constipação, íleo, exacerbação da encefalopatia
hepática. - Pode ser observada em paciente com NP
 Hiporreflexia, arreflexia, parestesia, paralisia, insuf. - Fatores como a composição da fórmula (presença de
Respiratória, rabdomiólise, fraqueza TCM, carga de glicose) podem desencadear esta
 Alcalose metabólica, intolerância a glicose. alteração, além da hiperglicemia que pode favorecer.
 Poliúria, polidipsia, nefropatia, mioglobinuria
(rabdomiolise) Esteatose hepática
Intolerância a glicose - cursa com aumento de aminotransferases
- disfunção hepática mais comum no adulto em NPT
 ICC, morte súbita, hipotensão arterial - pode aparecer entre a 1ª e 4ª semana do inicio da NPT
 Esteatose hepática - infiltração gordurosa inicia-se na área periportal e regride
 Coma hiperosmolar não cetótico após término da NPT.
 Hiperglicemia, hipernatremia, cetoacidose, - possíveis causas: quantidade  de glicose, levando ao
desidratação. acúmulo de acetil Côa; aumento da síntese de AG com
 Retenção de CO2, Insuficiência Respiratória. diminuição da sua oxidação, diminuição da síntese de
 Diurese osmótica, azotemia pré renal. lipoproteínas
- Cuidar com a oferta calórica e incluir lipídios pode auxiliar
Cuidados clínicos na prevenção da síndrome do roubo a reverter este processo
celular
Lama biliar
 Reconhecer sua existência
 Reconhecer os pacientes sob risco - vesícula sem estímulo  acúmulo de bile na vesícula
8
- ocorre em 6% dos casos de pacientes em NPT por 3 - ausência de alimentos no lúmen  anormalidade na
semanas e 50% entre 4-6 semanas. síntese e liberação de fatores tróficos.
- suprimento de energia insuficiente a enterócitos e
Colelitíase colonócitos.

- ocorre em 19 a 35% dos casos de lama biliar Gastrite e Úlcera (Calixto-Lima)


- incidência  em pacientes com ressecção intestinal ou
doença ileal A infusçao endovesosa de aminoácidos estimula a
produção ácido péptica do estômago e, assim, contribui
Colecistite acalculosa para as lesões aguda de mucosa. É prudente a utilização
de protetores gástricos (inibidor de bomba de próton,
- ocorre em 4% dos casos de NPT por mais de 3 meses sucralfato ou inibidores de receptores de histamina) nos
- sintomas: dor em hipocôndrio direito, febre e leucocitose pacientes com nutrição parenteral exclusiva.
- ultra-som abdominal não mostra cálculo, mas presença
de lama biliar ALIMENTAÇÃO DE TRANSIÇÃO (Krause)
Colestase  Da alimentação parenteral para a enteral 
inicialmente deve-se introduzir uma quantidade mínima de
adultos: NE (30-40 ml/hora) para estabelecer a tolerância GI.
- elevação da fosfatase alcalina e gama-glutamil Diminuir a NPT até manter os mesmo níveis de nutrientes
transpeptidase sugere a ocorrência de colestase prescritos. A medida que a infusão de NE é aumentada em
- fatores de risco: sepse. NPT prolongada, NPT contínua, 25-30 ml/hora a cada 8-24 horas a NPT é reduzida
excesso de AA, uso inadequado de lipídeo, deficiência de concomitantemente. Quando o paciente estiver tolerando
nutrientes (glutamina, taurina, metionina, colina, carnitina) 75% das suas necessidades nutricionais por via enteral, a
- em geral, a colestase desaparece após 04 semanas do NPT pode ser suspensa. Este processo leva de 2 a 3 dias,
término da NPT, mas a manutebção da NPt a despeito da mas depende do paciente e da tolerância GI.
piora da colestase pode levar a cirrose.
crianças:  Da alimentação parenteral a oral  também depende
- mais freqüente na criança que no adulto da ingestão de 75% das necessidades por via oral para
- toxicidade direta da NPT no fígado devido à imaturidade suspensão da NPT. Este processo é mais difícil que na
do sistema secretor biliar alimentação enteral pois depende do apetite do paciente,
- a deficiência de taurina na NPT pode induzir a colestase de sua motivação e bem estar.
(no neonato, é o principal aminoácido utilizado pelo
hepatócito para conjugar o ácido biliar).  Da alimentação enteral a oral  geralmente é mais
 Complicações relacionadas a falta de ingestão enteral adequado mudar da forma de administração contínua para
e inadequado estímulo da circulação êntero-hepática e administração por períodos de 12 ou 08 horas durante a
função intestinal: age contribuindo para a colestase por: noite, o que restabelece a fome e estimula a ingestão oral.
estase biliar, hipercrescimento bacteriano e hipoplasia Com a ingestão oral de 75% das necessidades nutricionais
intestinal com redução da imunidade. Pó este motivo. A NE a NE é retirada.
deve ser sempre estimulada, mesmo que em pequenas
quantidades, tão logo seja possível.

Atrofia de mucosa intestinal

9
Questões: (D) incapacidade de tolerar ingestão enteral por mais de 7
dias;
1) A insuficiência de ácidos graxos essenciais na nutrição (E) suplementação a alimentação enteral.
parenteral pode resultar em manifestações clínica como:
8) Marque a alternativa que cita conseqüências da
(A) Trombocitopenia e descamação de pele hiperglicemia secundária à terapia nutricional parenteral:
(B) Dificuldade de cicatrização de feridas e (Itaboraí, 2006)
hiperbilirrubinemia
(C) Hepatomegalia e colelitíase (A) hipofostatemia, hipocalemia, ganho ponderal, polifagia
(D) Colestase e anemia e alcalose respiratória
(B) hiperosmolaridade plasmática, ganho de volume,
alcalose metabólica, oligúria e perda ponderal
2) Durante a nutrição parenteral, podem ocorrer (C) hiposmolaridade plasmática, depleção de volume,
complicações metabólicas, como a hipomagnesemia que alcalose metabólica, poliúria e ganho ponderal
causa: (D) hiperfostatemia, hipocalemia, hiponatremia, ganho de
volume, polifagia e alcalose respiratória
(A) Insuficiência cardíaca congestiva (E) hiperosmolaridade plasmática, depleção de volume,
(B) Hipotensão ortostática acidose metabólica, poliúria e perda ponderal
(C) Taquicardia
(D) Alteração no E.C.G 9) Não é considerada uma complicação metabólica da
nutrição parenteral total: (Bombeiros – nutricionista – 2001)
3) Nas emulsões parenterais hoje comercialmente (A) hipoglicemia;
disponíveis, podem ser encontrados os seguintes tipos de (B) coma hipersmolar, não cetotico, hiperglicêmico;
(C) acidose metabólica hiperclorêmica;
(D) pneumotórax;
triglicérides de cadeia longa: (Hospital Geral Dr. Waldemar (E) deficiência de ácidos graxos essenciais.
Alcântara – 2002)
10) Durante a nutrição parenteral, podem ocorrer
(A) Apenas ômega 6 complicações metabólicas, sendo a mais freqüente a
(B) Apenas ômega 6 e ômega 3 hiperglicemia. A intolerância a glicose e glicosúria podem
(C) Apenas ômega 6 e ômega 9 ter como causa a: (HUPE 2002)
(D) Ômega 6, ômega 3 e ômega 9
(A) hiperpotassemia
4) A interrupção abrupta da Nutrição Parenteral Total, (B) hipopotassemia
sistema glicídico, acarreta o risco de: (Hospital Geral Dr. (C) hiperfosfatemia
Waldemar Alcântara – 2002) (D) hipofosfatemia

(A) Flebite 11) Uma das potenciais complicações da nutrição


(B) Hipoglicemia parenteral total é a hipofosfatemia. Quando submetidos a
(C) Hiperglicemia uma realimentação agressiva, pacientes em jejum
(D) Leucose prolongado ou mal alimentados por longos períodos
podem apresentar uma acentuada queda dos níveis
5) Em uma solução de nutrição parenteral 3 em 1, que plasmáticos de fósforo, com graves conseqüências. Nestes
tenha em sua composição 600ml de solução de lipídio a casos, a hipofosfatemia resulta: (Secretaria de Saude do
20%, a quantidade de energia fornecida pelas gorduras é, Estado do Rio De Janeiro – 2001)
em kcal, de:
(A) das intensas perdas de fósforo que passam a ocorrer
(A) 1200 com a realimentação
(B) 1080 (B) do rápido desvio de fósforo do liquido extracelular para
(C) 660 o interior das células
(D) 480 (C) do uso de formulações com teor reduzido de fósforo
(D) de uma necessidade reduzida de fósforo no inicio da
6) A nutrição parenteral pode-se apresentar sob a forma realimentação
de sistema glicídio e lipídico.O uso de sistema lipídico é
contra-indicado nos seguintes casos: (Concurso de
Residência 2001 – Nutrição) 12) A nutrição parenteral periférica pode ser indicada para
pacientes eutróficos em condições de jejum de curta
(A) hipertrigliceridemia = 200mg/dl duração. Uma contra-indicação par este tipo de acesso
(B) hipercolesterolemia = 150mg/dl parenteral está evidenciada na seguinte alternativa: (HUPE
(C) hipercolesterolemia > 200mg/dl 2002)
(D) hipertrigliceridemia > 400mg/dl
(A) risco de trombose de veia profunda
(B) limitação de fluidos entre 2000 e 3000ml
7) Não é considerada uma indicação para o uso da (C) degradação protéica em estados catabólicos pós-
nutrição parenteal por veia periférica? (Bombeiros – cirúrgicos
nutricionista – 2001) (D) complementação das necessidades diárias de
macronutrientes
(A) taxa metabólica normal ou levemente elevada; Nas dietas enterais poliméricas e oligoméricas, a proteína
(B) nenhuma insuficiência orgânica que necessite de veiculada é oriunda de alimentos que são fontes de
restrição de fluidos; proteína animal ou vegetal.
(C) ingestão enteral interrompida, mas com previsão de
recomeçar dentro de 5 a 7 dias;

10
13) O aminoácido que é um potente imunomodulador é: 20) Um paciente está recebendo suporte nutricional
(Marica, 2006) parenteral com um volume de 1000ml de aminoácidos a
10%, 500ml de soro glicosado a 50% e 400ml de solução
(A) metionina de lipídios a 20%. A quantidade calórica administrada é
(B) glutamina cerca de (Residência – HUPE/1997):
(C) histidina
(D) triptofano (A) 1000kcal
(E) arginina (B) 1500kcal
(C) 2000kcal
14) No que se refere à nutrição parenteral, assinale a (D) 2500kcal
alternativa correta: (UFPR, 2003) (E) 3000kcal

(A) Nos pacientes hipovolêmicos, ela é contra-indicada. 21) Maria é estudante, tem 25 anos e internou no CTI com
A máxima concentração de dextrose que pode ser pancreatite de origem litiásica sendo indicada nutrição
administrada perifericamente é 20% e por via central, a parenteral total. Em casos como este, é necessário
máxima concentração é 45%. prescrever nutrientes e calorias cautelosamente,
São indicações específicas da nutrição parenteral: prevenindo possíveis complicações como a síndrome de
neoplasias, síndrome de má absorção e choque séptico. realimentação.
As duas veias mais utilizadas para o acesso venoso Considerando que Maria pesa 47kg, a quantidade máxima
central são a veia subclávia e a ilíaca. de lipídios e proteínas a ser ofertada na nutrição
Os pacientes devem ser monitorados somente quanto aos parenteral, em g/dia, deve ser, respectivamente, de:
parâmetros nutricionais.
(A) 94 e 94
15) São indicações de nutrição parenteral: (UFSC, 2003): (B) 70,5 a 94
(C) 94 e 117,5
(A) fístula entero-cutânea (D) 70,5 a 117,50
(B) síndrome do intestino curto
(C) íleo paralítico 22) Mulher de 44 anos, com pancreatite aguda, vem
(D) Todas as alternativas estão corretas recebendo NPT com mistura 3 em 1 há 15 dias. O uso
descontínuo do lipídio na NPT estaria indicado na seguinte
16) De acordo com a portaria n.º 272, de 8/4/1998, da
situação:
Secretaria de Vigilância Sanitária do Ministério da Saúde
do Brasil, a existência de registros de avaliação nutricional (A) aumento da lípase sérica
de pacientes em Terapia Nutricional deve ser considerada (B) aumento da amilase sérica
um item: (C) glicose sérica maior que 300mg/dl
(D) triglicerídeo sérico maior que 600mg/dl
(A) Imprescindível (E) aumento discreto das bilirrubinas séricas
(B) Necessário
(C) Recomendável 23) A finalidade da alimentação parenteral consiste em:
(D) Informativo (Prefeitura Municipal de Diadema/SP – 1999)
I. Manter, dentro das possibilidades, a normalidade das
17) Na nutrição parenteral, os nutrientes que menos funções de nutrição, ou pelo menos dentro dos limites
contribuem para a osmolaridade das soluções são os: aceitáveis.
(Residência HUPE / 2006) II. Corrigir certas alterações de hidratação do organismo.
III. Completar a alimentação por via natural quando essa
(A) lipídios não pode ser administrada suficientemente.
(B) minerais
(C) carboidratos
(D) aminoácidos (A) apenas o item I é verdadeiro.
(B) apenas o item II é verdadeiro.
18) A nutrição parenteral prolongada pode desencadear (C) apenas o item III é verdadeiro.
problemas na função hepática, como a colestase. Esta (D) os itens I, II e III são verdadeiros.
disfunção esta associada à (Residência – HUPE/2004): (E) apenas os itens I e II são verdadeiros.

(A) Sobrecarga calórica 24) A respeito da terapia nutricional parenteral e enteral, é


(B) Ausência de lípides na dieta correto dizer, EXCETO: (Prefeitura Municipal de Campo de
(C) Deficiência de micronutrientes Brito – 2005)
(D) Alteração de hormônios intestinais
(A) Nos pacientes hipovolênicos, a terapia nutricional
19) Em pacientes com nutrição parenteral, previamente parenteral é contra-indicada.
tolerante à infusão de glicose, o aparecimento de (B) A terapia nutricional parenteral é utilizada para a
hiperglicemia e glicosúria é sugestivo de: (Residência – administração de substâncias diversas.
HUPE/1998): (C) São indicações específicas da nutrição parenteral:
neoplasias, síndrome de má absorção e choque séptico.
(A) Hipocalemia (D) Em terapia nutricional enteral de adultos, em alguns
(B) Hipocalcemia casos, quando se analisa o fator tempo na indicação da via
(C) Hipercloremia de acesso, passa-se a recomendar preferencialmente a
(D) Hipofosfatemia estomia em relação à sondas nasal.
(E) Hipermagnesemia (E) A nutrição parenteral é feita através de tubo, flexível ou
rígido, que se introduz em canal, natural ou não, do
organismo.

11
25) Na terapia nutricional parenteral cíclica, empregada
com o objetivo de melhorar a qualidade de vida do
paciente, a administração das soluções processa-se da
seguinte maneira: (Prefeitura Municipal de Mesquita –
2006)

(A) durante 24 horas;


(B) de 2 em 2 horas durante o dia;
(C) no período de 8 a 12 horas à noite;
(D) durante 18 horas ao longo do dia com descanso
noturno de 6 horas;
(E) de 2 em 2 horas durante a noite.

26) Dependendo do valor da osmolaridade e da via de


administração da nutrição parenteral, o paciente pode
apresentar flebites e ressecamento da veia. Para evitar
estas complicações devemos optar por uma osmolaridade
máxima e via de administração de:

(A) 350 mOsm e administração pela veia periférica


(B) 420 mOsm e administração de pela veia periférica
(C) 690 mOsm e administração pela veia central
(D) 900 mOsm e administração pela veia periférica
(E) 860 mOsm e administração pela veia central

27) A síndrome do roubo celular, ou síndrome de


realimentação, é uma das complicações metabólicas
relacionadas à nutrição parenteral total (NPT) que pode
ocorrer em pacientes desnutridos graves ou em jejum
prolongado. Esta condição é caracterizada por:
(Especialização INCA/2009)

(A) Hipofosfatemia, hipomagnesemia e hipocalemia


(B) Hipernatremia, hipermagnesemia e hipercalemia
(C) Hiperfosfatemia, hipermagnesemia e hiponatremia
(D) Hiperfosfatemia, hipomagnesemia e hipercalemia

28) Qual a principal deficiência vitamínica que ocorre na


síndrome de realimentação devido ao alto consumo de
glicose? (Marinha – 2009)

(A) tiamina
(B) niacina
(C) cobalamina
(D) folato
(E) riboflavina

29) Não pode ser considerada indicação de nutrição


parenteral o seguinte aspecto isolado: (Residência
UFF/2011)

(A) menos de 60 cm de intestino funcionante.


(B) fístula digestiva baixa de alto débito.
(C) fístula digestiva alta de baixo débito.
(D) obstrução intestinal baixa.

GABARITO

1A 2C 3D 4B 5A 6D
7D 8E 9D 10B 11B 12C
13E 14A 15D 16A 17A 18D
19A 20C 21C 22D 23D 24C
25C 26D 27A 28A 29C

12

Você também pode gostar