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Processo n°.
Autor:
A autora não consegue mais laborar, posto que sempre trabalhou em atividades
que exijam bom condicionamento físico. Ocorre que a doença da mesma, que diga-se de passagem, é
degenerativa, vem avançando muito rapidamente e piorando sua qualidade de vida. O que a incapacita e
impossibilita o seu retorno ao trabalho, tendo em vista que temos um caso concreto de uma senhora, de
55 (cinquenta e cinco) anos de idade, que possui um baixíssimo grau de escolaridade.
As lesões em sua coluna, a impedem de limpar casa, passar roupas, cozinhar, ficar
muito tempo sentada e muito tempo em pé. A mesma “vive” à base de medicação para dor, há QUASE 15
ANOS!
É imperioso ressaltar, que a incapacidade é total e permanente, nos termos dos
laudos médicos, que acompanham apresente exordial, elaborados por médico especialista, que
acompanha o caso há anos.
A autora já nem caminha mais sem auxílio, fazendo jus ao benefício de
aposentadoria por invalidez, diante das complicações, desde o seu diagnóstico.
Provado pelos laudos e exames da Autora, sua condição de saúde debilitada,
fazendo jus à aposentadoria por invalidez, pois encontram-se preenchidos os requisitos de satisfação da
carência, manutenção da qualidade de segurada e existência de doença incapacitante para o exercício de
atividade laborativa habitual da mesma, de forma PERMANENTE.
Não há nenhum prognóstico de melhora do seu quadro clínico, eis que, a lesão
encontra-se evoluindo e a autora encontra-se totalmente em situação vulnerável, uma vez que é
dependente do SUS, nosso sistema único de saúde, que sabemos, não fornece tratamento adequado para
doenças de ossos, de cunho degenerativo. A autora deveria estar fazendo hidroginástica e fisioterapia,
conforme prescrições anexas, o que jamais ocorreu devido à sua falta de recursos financeiros.
Posto isso, a requerente vem buscar judicialmente o direito que lhe é garantido
por Lei. O de ter sua APOSENTADORIA POR INVALIDEZ CONCEDIDA, UMA VEZ QUE O INSS
NÃO O FEZ DE OFÍCIO, DESTA VEZ, POR ORDEM DA LAVRA DE SUA EXCELÊNCIA.
Desta feita, não lhe resta alternativa além de recorrer a este respeitável Juízo, a
fim de pleitear a conversão do auxilio doença em aposentadoria por invalidez, que lhe é totalmente
de direito, conforme fazem prova os documentos acostados aos autos, bem como atestará o perito
designado por este magistrado, caso sua excelência julgue necessária.
DOS FUNDAMENTOS
Estão no caso em comento, preenchidos todos os requisitos para a conversão dos
aludido benefício, quais sejam, a qualidade de segurada, a incapacidade e insuscetibilidade de
reabilitação para o exercício de atividade que lhe garanta a subsistência, em conformidade com o art.
42 da Lei 8.213/91.
Assim, além de ser mantido tal benefício, necessário se faz sua conversão para
aposentadoria por invalidez, pois, diz o art. 43 da Lei n.8.213/91 que: “A aposentadoria será́ devida partir
do dia imediato ao da cessação do auxílio doença...”.
É importante frisar Excelência, que a Autora não é apenas portadora de uma das
doenças elencadas no art. 151, da lei 8.213/91, e sim sofre com o agravamento diário de sua situação de
saúde conforme laudos médicos apresentados, estando total e definitivamente incapaz de exercer
atividade laborativa para o próprio sustento, hipótese, portanto, consolidada pelo erário jurisprudencial,
senão vejamos:
E ainda:
As fundamentação jurídicas para o caso, está na CF, art. 6º; na Lei no 8.213/91 arts. 42 e §§ e art. 43 e 60,
além do Decreto 3.048/99 com redação dada pelo 10.410/2020 em seu Art. 43 e seguintes.
DA REVOGABILIDADE DA APOSENTADORIA POR INVALIDEZ
Art. 42. A aposentadoria por invalidez, uma vez cumprida, quando for o caso, a
carência exigida, será devida ao segurado que, estando ou não em gozo de
auxílio-doença, for considerado incapaz e insusceptível de reabilitação para o
exercício de atividade que lhe garanta a subsistência, e ser-lhe-á paga enquanto
permanecer nesta condição.
A Previdência Social não tem a eternidade, à sua disposição, para rever seus
próprios atos, sob pena de causar grave dano à segurança que deve permear as relações jurídicas,
ameaçando, desse modo, a própria existência do Estado Democrático de Direito. O princípio da autotutela
deve ser conjugado, desse modo, com o princípio da segurança das relações jurídicas.
No caso em questão, a autora vem recebendo benefício aquém do que deveria receber, posto que o
cálculo do auxilio doença é feito sobre 91% dos salários de contribuição, ao passo que a aposentadoria
por invalidez será 100%. Muitos recebem o auxílio-doença equivocadamente, pois já poderiam se
encaixar na hipótese da aposentadoria por invalidez, e a autarquia se acomoda em não converter os
benefícios automaticamente.
DO PEDIDO
(QUESITOS ABAIXO)
Termos em que
2 – A doença pela qual a Autora esta acometida lhe acarreta limitações para o
trabalho? Em caso afirmativo, de que forma (parcial/total)?
Termos em que,