Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Ácido ascórbico Não necessita de preparo Cromatografia líquida de alta 0,6 a 2 mg/dL O ácido ascórbico está envolvido com o processo de maturação do colágeno, com a
síntese de esteróides e com o catabolismo da tirosina. A deficiência de vitamina C causa
(plasma) eficiência (HPLC) o escorbuto, que ocasiona sangramento subperiosteal, gengival e subcutâneo, em
decorrência da fragilidade do colágeno. Essa condição, no entanto, é atualmente
bastante rara em decorrência da ampla oferta de alimentos contendo vitamina C.
Ocasionalmente, porém, o escorbuto pode ser observado em indivíduos com hábitos
alimentares muito inadequados, ou associado ao alcoolismo e à insuficiência renal.
Ácido fólico Para todas as idades, jejum mínimo de 4 horas Imunoensaio competitivo Deficiente: < 3,4 ng/mL Limítrofe: de Geralmente os valores estão aumentados ou acima do normal, em casos de dieta
(soro) quimioluminescente 3,4 a 5,4 ng/mL Normal: > 5,4 ng/mL vegetariana, deficiência de vitamina B12 e mais raramente nas neoplasias. E, apresentam
diminuídos na deficiência primária de folato proveniente da dieta, na anemia perniciosa, no
alcoolismo, em casos de má nutrição, no hipertireoidismo, em doenças hepáticas, na
deficiência de vitamina B12, doença celíaca adulta, anemia hemolítica, hemodiálise crônica,
carcinomas, mielofibroses, e até mesmo na gravidez podemos encontrar valores abaixo do
normal de ácido fólico.
Ácido láctico Não necessita de preparo Enzimático Sangue venoso: 5,7 a 22 mg/dL (0,63 a 2,44 mmol/L) O ácido láctico, medido antes e depois do exercício, permite avaliar a capacidade
(plasma) respiratória muscular e a perfusão tecidual.
Ácido láctico Não necessita de preparo Enzimático colorimétrico 4,5 a 14,4 mg/dL (0,5 a 1,6 mmol/L) Diagnóstico de acidose láctica; Avalia a capacidade respiratória celular;
(sangue arterial) Medido antes e depois do exercício, o ácido láctico permite avaliar a capacidade
respiratória muscular.
Ácido oxálico Três dias anteriores ao exame, o paciente não deve Oxalato na urina: colorimétri- co, De 1 a 6 meses: 56 a 175 mg de oxalato/g de creatinina O oxalato urinário é derivado da dieta, particularmente do metabolismo do ácido
(amos- tra ingerir vitamina C na forma de cristais ou cápsulas ou automatizado 6 a 12 meses: 48 a 139 mg de oxalato/g de cre- atinina ascórbico e da glicina.
isolada, urina) em qualquer formulação farmacêutica Creatinina na urina: picrato 1 a 2 anos: 40 a 103 mg de oxalato/g de creatinina
alcalino, automatizado 2 a 3 anos: 32 a 80 mg de oxalato/g de creatin ina
3 a 5 anos: 24 a 64 mg de oxalato/g de creatinina
5 a 7 anos: 24 a 56 mg de oxalato/g de creatinina Acima de 7
anos: 16 a 48 mg de oxalato/g de creatinina
Ácido úrico Colhido em 12 horas noturnas ou a critério Para ácido úrico (soro e uri- na): A depuração de ácido úrico é mais bem inter- pretada se Importante na caracterização das hipouricemias, uma vez que, em tais condições, o
(depura- ção em médico Para todas as idades, jejum mínimo enzimático colorimétrico Para comparada à de creatinina, a qual corresponde a 6 a teste permite diferenciar a síntese reduzida do ácido úrico de excreção urinária
soro e urina) de 3 horas creatinina (soro e urina): cinético aumentada.
colorimétrico
Ácido úrico (soro) Jejum mínimo de 3 horas Enzimático colorimétrico Mulheres: 2,4 a 5,7 mg/dL Metabólito final das purinas no ser humano
Homens: 3,4 a 7 mg/dL
Ácido úrico Realizado em urina colhida durante 24 horas Enzimático colorimétrico 0,25 a 0,75 g/dia Útil no diagnóstico das hiperuricosúrias
(urina)
ACTH A coleta deve ser feita preferencialmente até 2 horas após o Ensaio imunométrico quimio- Condições basais: até 46 pg/mL entre 7 e 10 horas da O hormônio adrenocorticotrófico, ou corticotrofina (ACTH), um peptídeo de 39
(plasma) horário habitual do paciente acordar luminescente manhã aminoácidos produzido pela hipófise anterior, é o principal responsável pelo
Até 2 anos, jejum mínimo de 3 horas controle da produção de esteroi- des pelo córtex adrenal
Acima de 2 anos, jejum mínimo de 8 horas
Albumina (soro) Jejum mínimo de 3 horas Colorimétrico 3,5 a 5,2 g/dL Avaliação de estado nutricional e da função da síntese hepática. Suas
A coleta deve ser feita de preferência pela manhã, em concentrações diminuem na inflamação sistêmica
razão do efeito circadiano.
Alfa-1-antitripsina Não necessita de preparo Imunonefelométrico De 88 a 174 mg/dL Fase aguda da inflamação
(soro) Obs.: os intervalos de referência podem variar
dependendo da etnia do indivíduo testado
Alfa-1- Não necessita de preparo Imunonefelométrico 50 a 120 mg/dL Indicador de atividade inflamatória
glicoproteína
ácida (soro)
Alumínio Jejum mínimo de 4 horas Espectrometria deabsorção População em geral: até 10 mcg/L Tem particular interesse nos indivíduos com insuficiência renal crônica mantidos em
(soro) atômica, com forno de grafite e Pacientes em programa regular de hemodiálise: até 30 diálise por períodos prolongados e naqueles com nutrição parenteral
correção de fundo pelo sistema mcg/L* prolongada
Zeeman, em ambiente com *Para pacientes com ferritina < 800 mcg/L e saturação
controle de material particulado de transferrina <
(sala limpa)
(continua)
(continuação)
Exame Orientações Método Valor de referência Comentários
Alumínio (urina) Realizado em urina colhida durante 24 horas Espectrofotometria de ab- 0 a 32 mcg/24 horas Os indivíduos renais crônicos em hemodiálise podem desenvolver encefalopatia e osteodistrofia
sorção atômica com por presença de níveis séricos elevados de alumínio
forno de grafite
Amilase, depuração Coleta em 12 ou 24 horas, jejum mínimo de 3 horas, 2 horas Cinético colorimétrico Consiste na relação depuração de amilase/creatinina, sendo útil no diagnóstico da pancreatite
em soro e na urina sem urinar creatinina) aguda, na qual essa relação se encontra aumentada, e das macroamilasemias, nas quais se mostra
diminuída.
Amilase (soro) Jejum mínimo de 3 horas Cinético colorimétrico 28 a 100 U/L Diagnóstico de pancreatites e parotidites
Amônia Não necessita de preparo Enzimático 17 a 31 mmol/L Útil na investigação de alguns erros inatos do metabolismo e em hepatopatias
(plasma)
Arginina vasopressina Não necessita de preparo Radioimunoensaio 1 a 13,3 pg/mL Estudo da reserva de hormônio antidiurético (ADH) em indivíduos com suspeita de diabete insípi-
(plasma) do parcial ou total
Bicarbonato Não necessita de preparo Potenciométrico indireto 23 a 27 mmol/L (sangue venoso) Avaliação do equilíbrio acidobásico
(vários materiais) 22 a 26 mmol/L (sangue arterial)
Bilirrubinas Em lactentes, a coleta deve ser feita antes da próxima Colorimétrico Adultos: Avaliação de hepatopatias, quadros hemolíticos e, em particular, icterícia do recém-nascido
(soro) mamada Total : 0,20 a 1 mg/dL
Para todas as idades, jejum mínimo de 3 horas Direta: 0 a 0,20 mg/dL
Indireta: 0,20 a 0,80 mg/dL
Bilirrubina total de recém-nascido prematuro: 1
dia: 1 a 8 mg/dL
2 dias: 6 a 12 mg/dL, 3 a 5 dias: 10 a 14 mg/dL;
bilirrubina total de recém-nascido a termo: 1
dia: 2 a 6 mg/dL
2 dias: 6 a 10 mg/dL
3 a 5 dias: 4 a 8 mg/dL
Cálcio O paciente não pode ingerir leite e derivados (queijo, iogurte Cálcio na urina: colorimétrico Relação cálcio/creatinina (mg/mg): Metabolismo do cálcio
(amostra isolada, e manteiga) 6 horas antes do exame (se for adulto) ou 3 Creatinina na urina: cinético Até 6 meses: < 0,8 dependente da dieta
urina) horas antes do exame (se for criança com dieta variada) colorimétrico 7 a 12 meses: < 0,6 dependente da dieta
Crianças que só se alimentam de leite podem fazer o teste Acima de 1 ano: < 0,2 dependente da dieta
sem restrições de dieta
2 horas sem urinar
Cálcio ionizado Para todas as idades, jejum mínimo de 4 horas Eletrodo íon-seletivo Intervalo de referência: 1,11 a 1,40 mmol/L Em comparação com a dosagem de cálcio total, a determinação do cálcio ionizado oferece a
(soro) vantagem de avaliar a fração do elemento fisiologicamente atuante
Cálcio Para todas as idades, jejum mínimo de 3 horas Colorimétrico Até 6 anos: 8,8 a 10,6 mg/dL No diagnóstico e no seguimento de distúrbios do metabolismo de cálcio e fósforo
(soro) Maiores de 6 anos: 8,6 a 10,3 mg/dL
Cálcio Realizado em urina colhida durante 24 horas Colorimétrico Crianças até 12 anos: até 4 mg/kg de peso Na avaliação do paciente com cálculo renal e, eventualmente, no seguimento de portadores de
(urina) corporal/dia hiperparatireoidismo, lesões ósseas metastáticas, mieloma, intoxicação por vitamina D, acidose
Adultos: 55 a 220 mg/dia tubular renal, tireotoxicose, doença de Paget e sarcoidose
Calcitonina Para todas as idades, jejum mínimo de 3 horas Ensaio imunométrico qui- Adultos do sexo masculino: até 12 pg/mL Metabolismo do cálcio
(soro) mioluminescente de dupla Adultos do sexo feminino: até 5 pg/mL
identificação e que detecta
calcitonina intacta
Caroteno Para todas as idades, jejum mínimo de 4 horas Cromatografia líquida de alta 20 a 450 ng/mL Utilizado para o diagnóstico de estados de hipercarotenemia por ingestão excessiva de caroteno
(dosagem, soro) eficiência (HPLC)
Cloro(soro) Para todas as idades, jejum mínimo de 3 horas Potenciométrico 98 a 107 mEq/L Na avaliação de distúrbios do equilíbrio hidreletrolítico e acidobásico.
(continua)
(continuação)
Exame Orientações Método Valor de referência Comentários
Cobre (amostra isola- Não necessita de preparo Espectrofotometria de absorção Até 50 mcg/g de creatinina Em condições normais, o fígado, pelo sistema biliar, é a maior via de excreção do cobre do orga-
da, urina) atômica com forno de grafite nismo
Colesterol Não ingerir bebida alcoólica nas 24 horas antes do exame Colorimétrico total No plasma, 60 a do colesterol encontra-se esterificado com ácidos graxos. Em grande
(ésteres do soro) Até 1 ano: jejum mínimo de 3 horas parte, essa esterificação se deve à ação da enzima lecitina-colesterol aciltransferase (LCAT).
1 a 5 anos: jejum mínimo de 6 horas Em pessoas com deficiência dessa enzima, tanto primária quanto secundária a hepatopatias,
Acima de 6 anos: jejum mínimo de 12 horas porcentagem muito menor do colesterol fica esterificada. Na deficiência familiar da LCAT, as
alterações clínicas incluem opacificação da córnea, anemia e, às vezes, proteinúria. A herança é
autossômica recessiva
Colesterol Até 1 ano: jejum mínimo de 3 horas Enzimático colorimétrico 2 a 19 anos: Ver colesterol total e frações
(soro) 1 a 6 anos: jejum mínimo de 6 horas Desejável: < 170 mg/dL
Acima de 6 anos: jejum mínimo de 12 horas; não ingerir Limítrofe: 170 a 199 mg/dL
bebidas alcoólicas nas 72 horas antes do exame Elevado: > 199 mg/dL
Acima de 19 anos:
Desejavel: < 200 mg/dL
Limítrofe: 200 a 239 mg/dL
Elevado: > 239 mg/dL
Valores de referência segundo III Diretrizes
Brasileiras sobre Dislipidemias da Sociedade
Brasileira de Cardiologia (2001)
Colesterol total e Até 1 ano: jejum mínimo de 3 horas Dosagem do colesterol, trigli- Ver colesterol (soro) ou fração específica As lipoproteínas de baixa densidade (low density lipoproteins – LDL) são as principais proteínas de
frações 1 a 6 anos: jejum mínimo de 6 horas cérides e HDL-colesterol por transporte do colesterol. A determinação da fração ligada a essas lipoproteínas (LDL-colesterol) é
(soro) Acima de 6 anos: jejum mínimo de 12 horas; não ingerir método enzimático colori- fundamental para a avaliação do risco de doença aterosclerótica, pois são seus níveis que determi-
bebidas alcoólicas nas 72 horas antes do exame métrico, e cálculo de LDL- nam o diagnóstico e as metas de avaliação e de tratamento da hipercolesterolemia
-colesterol conforme a Lipid A relação entre a doença aterosclerótica e o aumento de LDL é significativa e direta. As concen-
Research Clinics Program trações dessa fração do colesterol também se encontram elevadas na síndrome nefrótica, no
hipotireoidismo e na icterícia obstrutiva
Corpos cetônicos Realizado em amostra isolada de urina Nitroprussiato (qualitativo) Negativo Os corpos cetônicos são substâncias derivadas das cetonas. Os tipos habitualmente encontrados
(urina) no soro incluem cetonas, piruvato, ácido acetoacético, acetona, ácido láctico e ácido beta-hidro-
xibutírico. O ácido acetoacético, a acetona e o ácido beta-hidroxibutírico são metabólitos dos áci-
dos graxos que se acumulam no organismo quando, por exemplo, a capacidade de metabolização
do fígado é superada. Isso pode ocorrer em jejum muito prolongado, distúrbios do metabolismo
dos carboidratos (diabetes) ou alcoolismo agudo. Estados hipercatabólicos (febre) também podem
provocar o aparecimento de corpos cetônicos na urina, por aumento na produção e na filtração
glomerular
Creatinina Não necessita de preparo Cinético colorimétrico Adultos: 0,2 a 3,5 g/L Índices de várias substâncias em relação à excreção de creatinina, tida como relativamente cons-
(amostra isolada, Varia com a massa muscular e com a concen- tante. Contudo, sabe-se que pode haver aumento em sua excreção com o consumo de proteína
urina) tração da amostra de urina de origem animal ou de creatina
Creatinina Realizada em sangue e em urina de 12 horas noturnas ou de Creatinina (soro e urina): Crianças: 70 a 140 mL/min/1,73 m2 Na avaliação funcional renal
(depuração, soro e outro período solicitado pelo médico cinético colorimétrico Homem: 85 a 125 mL/min/1,73 m2
urina) Cálculo da depuração pela Mulher: 75 a 115 mL/min/1,73 m2
fórmula clássica: Dep =
(Ucreat x Vmin)/creatinina
sérica
Usualmente é feita correção
do valor encontrado para a
superfície corporal “padrão”
de 1,73 m2
(continua)
(continuação)
Exame Orientações Método Valor de referência Comentários
Creatinina (soro) Para todas as idades, jejum mínimo de 3 horas Cinético colorimétrico Recém-nascido: 0,3 a 1 mg/dL Na avaliação da função renal
Até 6 anos : 0,3 a 0,7 mg/dL
7 a 12 anos: 0,5 a 1 mg/dL
Acima de 12 anos:
sexo masculino: 0,7 a 1,3 mg/dL
sexo feminino: 0,6 a 1,1 mg/dL
Creatinina (urina) Realizado em urina colhida durante 12 ou 24 horas, confor- Cinético colorimétrico Até 15 anos: 8 a 22 mg/kg/24 horas Na avaliação da adequação da coleta de urina de 24 horas e para uso em índices de várias subs-
me solicitação médica Acima de 15 anos: tâncias em relação à excreção de creatinina, tida como relativamente constante
homem: 14 a 26 mg/kg/24 horas
mulher: 11 a 20 mg/kg/24 horas
Cromo (soro) Para todas as idades, jejum mínimo de 4 horas Espectrometria de massas < 0,3 mcg/L É um elemento essencial que compõe vários sistemas enzimáticos, sendo necessário para o meta-
com fonte de plasma induti- bolismo normal da glicose. A redução do aporte de cromo pode agravar a tolerância à glicose
vamente acoplado (ICP-MS)
Cromo (urina) Realizado em urina isolada Espectrofotometria de absor- Até 5 mcg de cromo/g de creatinina Índice A dosagem de cromo na urina é útil na avaliação de toxicidade decorrente de exposição, geral-
ção atômica biológico máximo permitido (IBMP): 30 mcg de mente ocupacional
cromo/g de creatinina
Curva glicêmica, de Jejum de 8 horas (com exceção de água pura) Enzimático É considerada o padrão-ouro para diagnosticar o diabete melito. Para essa finalidade, preconiza-
2 horas Para crianças menores de 9 anos que não consigam ficar -se a administração de 75 g de glicose VO (ou 1,75 g/kg de peso em crianças) e as dosagens de
(plasma) esse período sem se alimentar, o tempo de jejum deve ser glicose sérica em jejum e após 120 min da sobrecarga. Tanto um valor de glicemia entre 100 e
orientado pelo médico 126 mg/dL, encontrado em jejum, quanto concentrações entre 140 e 200 mg/dL, 2 horas após a
sobrecarga, evidenciam intolerância à glicose (pré-diabete). A glicemia 200 mg/dL aos 120 min
confirma o diagnóstico de diabete melito
A curva glicêmica também pode ser solicitada para a detecção de hipoglicemia após ingestão
alimentar.
Manter dieta habitual, sem restrição de carboidrato (massas, Ver comentários Essa queda nas taxas de glicose pode ocorrer 3 a 4 horas após a alimentação, particularmente
açúcar e doces) nas 72 horas que antecedem o exame em pessoas que comem muito rapidamente e preferem refeições ricas em carboidratos. Além
Não usar laxante na véspera do exame disso, costuma ser observada após o uso de álcool e em indivíduos com insulinoma ou com
Não fazer esforço físico antes do exame (no mesmo dia) anticorpos anti-insulina. É possível detectar a hipoglicemia a partir dos 180 min
O exame compreende dosagens seriadas de glicose (basal, Considera-se o resultado significativo quando glicemia < 45 mg/dL. Entretanto, muitos indi-
30, 60, 90 e 120 min após estímulo com 75 g de glicose, VO, víduos apresentam alguns sintomas dessa condição com glicose > 45 mg/dL, em geral mais
ou conforme solicitação médica) decorrentes do grau de oscilação das taxas do que do valor absoluto
Este exame pode ser realizado com dosagens intermediárias, feitas a cada 30 min, e ter dura-
ção total de até 6 horas, assim como medidas concomitantes das concentrações de insulina
(ver curva insulinêmica). Neste caso, como se trata de testes não totalmente padronizados, a
interpretação dos resultados deve ser feita pelo médico assistente com o auxílio dos dados
clínicos
(continua)
(continuação)
Exame Orientações Método Valor de referência Comentários
Curva insulinêmica Dosagens seriadas de insulina e glicose (basal, 30, 60, 90, Ensaio eletroquimiolumino- Insulina (em jejum): Na pesquisa de resistência à insulina e, apesar de algumas controvérsias, na investigação de hi-
de 3 horas (soro e 120 e 180 min após estímulo com 75 g de glicose, VO, ou métrico para determinção da Glicose normal (< 100 mg/dL) e IMC até 25: 2 poglicemia após ingestão alimentar. A queda nas taxas de glicose pode ocorrer 3 a 4 horas após a
plasma) conforme solicitação médica) insulina a 13 mU/L alimentação, particularmente em pessoas que comem muito rapidamente e preferem refeições ricas
Para todas as idades, jejum mínimo de 8 a 10 horas Método enzimático, para Glicose normal (< 100 mg/dL) e IMC entre 25 e em carboidratos. Além disso, costuma ser observada após a ingestão de álcool e em indivíduos com
Para crianças menores de 9 anos de idade que não consi- determinação da glicose 30: 2 a 19 mU/L insulinoma ou com anticorpos anti-insulina. É possível detectar a hipoglicemia a partir de 180 min.
gam ficar esse período sem se alimentar, o tempo de jejum Glicose normal (< 100 mg/dL) e IMC acima de Considera-se o resultado significativo quando glicemia < 45 mg/dL. Entretanto, muitos indivíduos
deve ser orientado pelo médico 30: 2 a 23 mU/L apresentam alguns sintomas dessa condição com glicose > 45 mg/dL, em geral mais decorrentes
Manter dieta habitual, sem restrição de carboidrato (massas, Glicose (em jejum): 75 a 99 mg/dL do grau de oscilação das taxas do que do valor absoluto
açúcar e doces) nas 72 horas que antecedem o exame Hipoglicemia pode ocorrer a partir dos 180 min O diagnóstico de resistência à insulina, observa-se que, em indivíduos normoglicêmicos (sem o
Não usar laxante na véspera do exame e é considerada significativa se < 45 mg/dL diagnóstico de diabete melito), a dosagem basal desse hormônio apresenta alta correlação
Não fazer esforço físico antes do exame (no mesmo dia) com os diferentes índices de resistência à insulina
O cálculo do índice HOMA-IR (homeostasis model assessment) para avaliação de resistência à
insulina é baseado em uma fórmula matemática que emprega as dosagens de insulina e glicose
de jejum. Na prática, trata-se de uma informação adicional para aferir a resistência à insulina.
Apesar disso, não há valores que definam a normalidade. A interpretação do resultado deve ser
feita junto com outros parâmetros clínicos e laboratoriais, como peso, índice de massa corporal
(IMC), medida da circunferência da cintura, níveis glicêmicos e níveis pressóricos. Em uma popu-
lação estudada no laboratório, composta de mais de 1800 indivíduos adultos normoglicêmicos,
foram encontradas as seguintes distribuições de HOMA-IR, conforme o valor do IMC:
IMC...................Insulina de jejum. .... HOMA-IR
(kg/m2). .............(mU/L)
Até 25.....................De 2 a 13. ....... De 0,4 a 2,9
De 25 a 30..............De 2 a 19. ...... De 0,4 a 4,3
Acima de 30............De 2 a 23. ...... De 0,7 a 8,2