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Anemias Macrociticas
Esta anemia caracteriza-se pelo aumento do tamanho médio do GV e pelo aumento da
hemoglobina que está proporcional ao tamanho o que faz com que os valores de CHGM sejam
normais.
Nota: pode existir macrocitose, sem haver uma anemia associada levando á alteração dos
glóbulos e da membrana plasmática
Podem ser:
→ Anemias Megaloblásticas
→ Anemias não Megaloblásticas
ANEMIA MEGALOBLÁSTICA
Esta anemia deve-se ao defeito na síntese do DNA e consequente imaturidade dos nucelos em
relação ao citoplasma por uma hemólise intramedular , que se traduz no aparecimento de
megaloblastos na medula, , afeta também os glóbulos brancos (como o nucleo aumenta de
tamanho vai aumengtar a pressao contra outros elementos que estão no sangue )e as plaquetas
dado, que sofrem alterações na sua conformação e , na prática clínica isto é causado por uma
deficiência na vitamina B12 ou folatos.
Pode ser por causa adquirida ou hereditária
Etiologia:
o Défice em folatos: défice da vitamina B9 (Vitamina essencial à síntese do DNA); causa +
comum deste tipo de anemia
o Défice em cobalaminas: défice da vitamina B12; 2ª causa + comum
o Doença congénita na síntese de DNA
o Terapêutica com fármacos que inibem a síntese de purinas e pirimidinas: pacientes
submetidos ao tratamento de quimioterapia, dado que este tipo de tratamento é feito por ciclos
o Síndromes megaloblásticos
O ácido fólico é obtido através da alimentação, No corpo, o ácido fólico é convertido em sua
forma ativa, chamada tetraidrofolato (THF). O THF ativo funciona como um "transportador" de
grupos metil e participa da síntese de DNA, fornecendo grupos metil necessários para a
formação de nucleotídeos, Como resultado desse processo, o ácido fólico desempenha um papel
fundamental na produção e reparo de células,
Etiologia da sua deficiência:
o A nível nutricional: velhice, fome, dietas exageradas, doentes institucionalizados
o Má absorção: doença celíaca, sprue tropical, doença de Crohn, resseção gástrica ou intestinal
emá absorção seletiva congénita
o Excesso de utilização: pode dever-se a uma causa fisiológica na gravidez e lactação ou
patológica como na anemia hemolítica e mielosclerose, doenças malignas, doenças
inflamatórias como a tuberculose e artrite reumatoide
o Excesso de perda urinária: está relacionado com a doença hepática ativa e insuficiência
cardíaca congestiva
o Fármacos: anti convulsivantes e sulfasalazina
o Mistas: alcoolismo e doentes em cuidados intensivos
FENÓTIPO CLÍNICO
• Palidez e icterícia num paciente com Hb 7.0 g/dl e VGM 132 fl
• Queilite angular ou estomatite, expressa-se muito ao nível da cavidade oral
• Glossite na língua
• Bebé com defeito no tubo neural (espinha bífida)
Diagnóstico Laboratorial
Diagnóstico Laboratorial
Hemograma- Na anemia megaloblástica, pode-se observar macrocitose (aumento do
tamanho das células) e anisocitose (variação no tamanho das células) e faz um
doseamento de vitamina B12 e folatos, doseamento do ácido metilmalónico (MMA-
substância que se acumula na presença de deficiência de vitamina B12.) e homocisteína
(marcador da doença cardiovascular é um aminoácido cujos níveis podem aumentar na
deficiência de vitamina B12 e ácido fólico),doseamento da holotranscobalamina II
(ornecer informações mais específicas sobre a disponibilidade de vitamina B12 para as
células.)
Teste de Schiling (descontinuado): não é tantas vezes realizado pois, é muito invasivo e
faz o despiste da anemia macrocítica
Se houver défice de vitamina B12 confirmada, função renal normal e colheita urina de 24 horas
faz-se uma avaliação da absorção da vitamina B12 marcada:
ANEMIA PERNICIOSA
é uma forma específica de anemia megaloblástica causada pela deficiência de vitamina B12,
associada à destruição das células parietais gástricas devido à gastrite autoimune. O fator
intrínseco é uma glicoproteína secretada pelas células parietais do estômago A falta de fator
intrínseco resulta na má absorção de vitamina B12, levando à anemia perniciosa.
AP CLÁSSICA
É a mais comum e é causada pela inflamação e atrofia do estômago cujas células ficam
suscetíveis á infiltração de células plasmáticas e pequenos linfócitos.
Tem predomínio no sexo feminino e 60 anos. Ocorre por um processo auto imune, estando
ligada a um gene patológico que atua indiretamente, quer favorecendo a autoimunização quer
intervindo na mucosa gástrica. -----> Situação + relevante (visto que 90% dos doentes têm no
seu soro anticorpos anti-mucosa gástrica e 50% têm anticorpos antifator intrínseco)
AP JUVENIL
É uma situação rara, causada por um gene autossómico recessivo e nunca se observa antes dos 2
anos por haver reservas maternas.
Manifestações Clínicas
•Sinais comuns a outras anemias (como fadiga, fraqueza, palidez, falta de ar)
•Lesões da mucosa da língua (glossite)
•Febre
•Alterações gastrintestinais
•Alterações neurológicas
•Alterações circulatórias e urinárias
FENÓTIPO HEMATOLÓGICO
Faz-se um exame ao sangue periférico , indicativos:
DIAGNÓSTICO
Medula óssea (há tentativa de repor as células mas não o DNA):
o Hiperplasia eritroblástica
o Presença de megaloblastos, assincronismo maturativo que indica uma falta de coordenação
adequada no processo de maturação das células sanguíneas
o Granulócitos muito grandes
Outros parâmetros:
o Bilirrubina não conjugada ↑
o Urobilinogénio ↑, LDH ↑, ferro sérico ↑ (ferro X é utilizado o que conduz a uma eritropoiese
ineficaz com hemólise intramedular)
o Vitamina B12 sérica ↓
TRATAMENTO
Administração de vitamina B12 por via oral ou intramuscular e a sua interrupção pode levar a
uma recaída com neuropatias graves.
DIAGNÓSTICO
Sangue periférico (X há eritroblastos):
Oindica uma ↓ GV, Hb, Ht
o VGM ↑, CHGM normal
o Macrocitose
o Reticulócitos normais ou ligeiramente diminuídos (anemia arregenerativa: devido á produção
de
células pela falta de nutrientes hematopoiéticos)
o GB variável e plaquetas normais
Medula óssea: ausência de megaloblastos
TRATAMENTO
Tratamento da doença causal