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SAÚDE
FONOAUDIOLOGIA APLICADA À ESTÉTICA
FACIAL
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79p. : il.
Inclui bibliografia
ISBN 978-85-8241-516-0
CDD 613.0438
SUMÁRIO
7 ANAMNESE ..............................................................................................................................26
8 AVALIAÇÃO .............................................................................................................................27
9 TRATAMENTO FONOAUDIOLÓGICO.....................................................................................28
13.1 PESCOÇO.................................................................................................................................39
13.1.2.1Componentes..........................................................................................................................42
19 MASSAGENS ...........................................................................................................................70
CONSIDERAÇÕES FINAIS.................................................................................................................73
REFERÊNCIAS ...................................................................................................................................74
1 A BELEZA FEMININA
Segundo Brito (1990), envelhecer é um processo natural e deve-se evitar viver sem
traumas e com os cuidados adequados. No Início do século passado, a idade do ser humano
não ultrapassava os 50 anos. Hoje, é comum vermos as pessoas chegarem aos 80, 90 anos
esbanjando jovialidade. 5
Conforme Vieira (1996), a senescência é o processo de envelhecimento normal e
benigno, que se estende por todo o curso de existência humana, consequentemente ao
desgaste fisiológico relativo pelo passar dos anos que tem em torno dos 65 anos.
O envelhecimento é progressivo e degenerativo, caracterizado por menor eficiência
funcional com enfraquecimento dos mecanismos de defesa, diminuição da cognição, das
respostas reflexas e do estado de alerta, além do enfraquecimento da estrutura óssea e
diminuição da função e da massa muscular.
Beauvoir (1970) cita na física do envelhecimento a ocorrência na mudança da
aparência, embranquecimento dos cabelos e dos pelos em algumas partes do corpo,
proliferando no queixo de algumas mulheres. Por desidratação, a pele se enruga, os dentes
caem acarretando um encolhimento da parte inferior do rosto, de maneira que o nariz se alonga
verticalmente por atrofia dos tecidos elásticos aproximando-se do queixo. A proliferação senil da
pele traz um engrossamento das pálpebras superiores, enquanto se formam papos sobre os
olhos, o lábio superior míngua, os lóbulos das orelhas aumentam.
O esqueleto se modifica. Os discos da coluna vertebral se empilham e os corpos
vertebrais vergam, diminuindo o tamanho do busto. Ocorre uma redução na largura dos ombros
e aumento na largura da bacia, o tórax tende a tomar forma sagital, sobretudo nas mulheres. O
funcionamento cardíaco se altera, perdendo progressivamente sua capacidade de adaptação, as
veias perdem a elasticidade podendo reduzir a sua luz, a circulação cerebral é mais lenta
reduzindo a sua oxigenação. A caixa torácica, mais rígida faz com que haja perda da capacidade
respiratória, caindo de cinco litros, no adulto, para três litros no idoso. A força muscular diminui,
há diminuição da dinâmica dos movimentos, diminuição de peso corporal, flacidez muscular,
redução da acuidade visual e auditiva. O tato, o olfato e o paladar também sofrem redução em
suas capacidades.
A evolução para o aumento do peso, em alguns casos, é determinada pelo excesso
alimentar, ansiedade e sedentarismo, fazendo surgir camadas de gordura sobre os músculos
que diminui ainda mais a sua massa.
O envelhecimento sobrevém de uma determinada programação orgânica de
crescimento e maturação, levando em conta seu caráter universal e de variação de um indivíduo
para o outro, podendo ser entendido em várias dimensões que buscam explicar seus
fenômenos. 6
Na dimensão biológica é descrita genericamente, como uma perturbação da
homeostase orgânica. Uma das explicações para o fato é que o organismo conteria um estoque
fixo de energia, tal como uma mola de relógio, que ao se desenrolar levará à finalização da vida.
Neste caso, o envelhecimento estaria ligado a um princípio de exaustão.
Kaplan (1990) diz que a teoria que recebe considerável atenção, refere-se à existência
deliberada de uma programação biológica de que cada célula possui um tempo de vida
geneticamente determinado. Essa ideia sustenta que dentro de uma célula normal está
armazenada a capacidade de definir seu próprio número de duplicações. Esgotada tal
capacidade de duplicar-se, tem início o envelhecimento e a morte celular.
Brito (1990) afirma que no sistema imunológico associam-se as causas do
envelhecimento. Tais alterações resultariam em aumento de certas doenças na população idosa.
Elas se manifestam como se a função imunológica estivesse distorcida se tornando
autodestrutiva. As células que não se dividem, e por isso são insubstituíveis, como os neurônios
e as células dos músculos cardíacos ficam mais vulneráveis às alterações do sistema
imunológico.
Com a expectativa do crescimento da vida, a juventude é mais valorizada. O jovem e o
belo são mais cultuados como ideais, assim as pessoas em decorrência do envelhecimento
sofrem muito.
Muitas técnicas se desenvolveram para acompanhar esta busca pela beleza tais como:
botox, peeling, cirurgias.
Reações químicas que ocorrem dentro das células são responsáveis pela manutenção
da vida celular (respiração, produção de energia, etc.), por si só levam a produção de
substâncias perigosas que nos “enferrujam” por dentro ou nos oxidam, chamados de radicais
livres. Os radicais livres são moléculas que contêm oxigênio celular, isto é, partículas
extremamente reagentes (ávidas por se ligarem a outra partícula), que se formam aos bilhões, a
cada respiração do homem, que é um ser aeróbico, dependente de oxigênio (BRITO, 1990).
Caso esses radicais livres não sejam eliminados ou detidos podem levar à destruição
de componentes vitais das células, podendo chegar ao seu núcleo e promover “rasuras” nas
cadeias de DNA, modificando o código genético e dando origem a células diferentes, que podem
ser perigosas se não forem contidas no sistema de defesa (BRITO, 1990).
No entanto, as células contam com enzimas capazes de combater os radicais livres por
meio de ligação química neutralizando-os. Porém, com o passar dos anos, a quantidade dessas
enzimas “antídotos” (antioxidantes naturais) tende a diminuir, ficando o organismo mais
vulnerável à ação dos radicais (BRITO, 1990).
Considera-se também que a valorização dos hábitos de vida pode facilitar ou
atrapalhar no combate a esses inimigos. O ritmo de vida estressante, que não respeita as
necessidades básicas do indivíduo em termos de quantidades e qualidades (oxigênio, alimento, 8
água, higiene, sono, movimento, eliminação e sexo), tende a aumentar a produção de radicais
livres, consequentemente diminuindo a defesa contra eles e favorecendo a aceleração do
processo de envelhecimento (BRITO, 1990).
Segundo Vieira (1996), alguns tratamentos têm sido preconizados para reduzir os
efeitos causados pelos radicais livres à base de substância antioxidante, que, acrescentadas à
dieta, fortalecem as defesas orgânicas e, com isso, preservam por mais tempo a capacidade
funcional. Essas substâncias, em sua grande maioria, são encontradas na dieta normal da
maioria dessas pessoas. Algumas dessas substâncias, como a vitamina C e E e o Betacaroteno,
têm ação antioxidante direta com as enzimas naturais. Outras, como alguns sais minerais (zinco,
selenium, magnésio e cálcio), têm ação indireta, pois entram na composição das enzimas
naturais.
Devemos refletir sobre a importância de se investir cada vez mais no cuidado com a
qualidade e a escolha dos alimentos que influenciam na saúde e longevidade do idoso.
3 A FONOAUDIOLOGIA NA ESTÉTICA
FIGURA 1
10
11
Independente da causa sabe-se que o envelhecimento não está vinculado unicamente
à quantidade de anos que o indivíduo viveu, mas também à perda de suas funções. A maior
parte dessas alterações está relacionada com o modo como este tempo foi vivido.
O acesso de medicamentos necessários é insuficiente por si só, a não ser que seja
grande a adesão a tratamentos de longo prazo para doenças crônicas relacionadas com o
envelhecimento. A adesão inclui a adoção e manutenção de vários tipos de comportamentos
(por exemplo: dieta saudável, atividade física, abstinência de fumo), assim como o consumo de
medicamentos de acordo com a orientação de um profissional da saúde. Estima-se que, em
países desenvolvidos, a adesão a terapias de longo prazo seja apenas 50% em média. Em
países em desenvolvimento, as taxas ainda são menores, o que compromete gravemente a
eficiência dos tratamentos e traz implicações importantes na qualidade de vida e economia para
a saúde pública. Só se conseguirá atingir os resultados sobre a saúde da população previstos
por dados sobre a eficácia de tratamentos, se as informações sobre adesão forem fornecidas a
todos os profissionais e planejadores da saúde. Sem um sistema que enfoque as influências
sobre adesão, os avanços na tecnologia biomédica não irão utilizar seu potencial para reduzir a
carga das doenças crônicas (Dipollina & Sabate, 2002).
FIGURA 2
São três tipos de rugas: as de expressão, causadas pela ação da mímica facial; as
gravitacionais, ocasionadas pelo peso dos tecidos ao longo do tempo e pela perda de colágeno
da pele; e as mistas, onde intervêm, além dos fatores citados anteriormente, vários fatores
externos, alguns que veremos neste curso.
OGRAMA
6 ANATOMOFISIOLOGIA DA MIOLOGIA FACIAL
Origem: osso temporal abaixo da linha temporal inferior e lâmina profunda da fáscia
temporal.
Músculo pterigóideo lateral: é composto por duas cabeças, tem forma de cone e
arquitetura bipenada.
Músculo Occiptofrontal: é um músculo amplo que vai desde o frontal até o occipital,
recobrindo toda a calota craniana. Possui dois ventres:
Ventre Occipital
Origem: linha nucal supremainserção: gálea aponeurótica ou aponeuose epicrânica.
Ventre Frontal
Origem: pele da fronte entrelaça-se com os músculos prócero, corrugador e abaixador
do supercílio e com o Músculo Orbicular do olho.
Músculo Auricular Anterior: é um músculo pequeno e fino, muito pequeno para ser
dissecado. Está situado sobre a aponeurose epicraniana.
Origem: porção orbital (parte nasal do osso frontal); porção lacrimal (crista lacrimal);
porção palpebral (ligamento palpebral medial).
Músculo Prócero: Chama-se piramidalis nasi. Recebe este nome por ter formato
piramidal e estar situado sobre o osso nasal. É quase uma continuação do músculo frontal.
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A entrevista inicial envolve a pesquisa com o paciente para sabermos sobre a história
de vida do mesmo.
Limpeza da pele;
Hidratação da pele;
Conscientização do papel da musculatura na estética facial;
Exercícios faciais gerais;
Fortalecimento muscular;
Adequação das funções estomatognáticas;
Exercícios musculares específicos;
Massagem facial ativa e passiva;
Estimulação dos pontos motores da face;
Relaxamento muscular;
Drenagem facial pré e pós-cirúrgica;
Manutenção da atividade muscular diária (em casa).
31
PROGRAMA DE EDUCAÇÃO
11 TECIDO TEGUMENTAR
O tegumento humano conhecido como pele, é formado por duas camadas distintas
unidas entre si: a epiderme e a derme.
A epiderme é um epitélio multiestratificado composto por várias camadas (estratos) e 32
células achatadas (epitélio pavimentoso). A camada de célula mais interna é chamada epitélio
germinativo, constituída por células que se multiplicam continuamente, com isso as novas
células geradas empurram as mais velhas para cima em direção à superfície do corpo. À medida
que envelhecem as células epidérmicas tornam-se achatadas e passam a fabricar e acumular
dentro de si uma proteína resistente, a queratina. As células mais superficiais, quando se
tornam repletas de queratina, morrem e passam a constituir um revestimento resistente ao atrito
e altamente impermeável à água, denominado camada de queratinizada ou córnea.
A superfície cutânea está provida de terminações nervosas capazes de captar
estímulos térmicos, mecânicos ou dolorosos. Essas terminações nervosas ou receptores
cutâneos são especializados na recepção de estímulos específicos. Alguns podem captar
estímulos de natureza distinta. Na epiderme, não existem vasos sanguíneos. Os nutrientes e
oxigênio chegam à epiderme por difusão a partir de vasos sanguíneos da derme.
Nas regiões providas de pelos existem terminações nervosas específicas nos
folículos capilares e outras chamadas terminais ou receptores Ruffini. As primeiras formadas
por axônio, que envolvem o folículo piloso, captam forças mecânicas aplicadas contra o pelo. Os
terminais de Ruffini, com sua forma ramificada, são receptores de calor.
Em toda a pele, tanto a rica em pelo, como na desprovida de pelo existem três tipos de
receptores comuns:
Pele com pelos e pele sem pelos (glaba):
Corpúsculos de Meissner: táteis. Estão nas saliências da pele sem pelos (como
nas partes mais altas das impressões digitais). São formados por axônio mielínico,
cujas ramificações terminais se entrelaçam com células acessórias.
Bulbos terminais de Krause: receptores térmicos de frio. São formados por uma
fibra nervosa cuja terminação possui forma clava. Situam-se nas regiões limítrofes
da pele com as membranas da mucosa (por exemplo: ao redor dos lábios e dos
genitais).
FIGURA 3
34
FIGURA 4
Sistema Endócrino: ao receber raios solares, a pele forma hormônios (vitamina D3)
que atuarão no intestino grosso por meio da corrente sanguínea, que ajuda o intestino na
absorção de cálcio e fósforo dos alimentos que irão alimentar as células do corpo a
decompositar-se nos ossos.
12 EMBRIOGÊNESE CRANIOFACIAL
As fendas orofaciais podem estar compreendidas em fendas típicas (de lábio, de palato
ou ambas) e fendas atípicas ou raras, que incluem as fendas medianas, transversais e oblíquas. 37
No atendimento aos portadores de fenda de lábio e/ou palato são necessários alguns
cuidados especiais para a região malformada. Essa pode envolver a localização de estruturas
dentárias, alterando a localização ou o estabelecimento de uma dentição normal. É necessário o
seguimento do crescimento e do desenvolvimento das dentições decíduas e permanentes para
que possa haver um planejamento para as possíveis terapias protéticas e ortodônticas.
13 ANATOMOFISIOLOGIA DOS MÚSCULOS OROFACIAIS, CABEÇA E PESCOÇO
A cabeça é formada por uma série de compartimentos, os quais são formados por
ossos e partes moles. Eles são: 38
A cavidade do crânio: duas orelhas, duas órbitas, duas cavidades nasais, uma
cavidade oral.
A maior parte da orelha (aparelho de audição) a cada lado está contida em um dos
ossos que formam o assoalho da cavidade do crânio. As partes externas das orelhas estendem-
se lateralmente a partir destas regiões.
A cavidade oral é inferior às cavidades nasais e separada dela pelo palato duro e mole.
O assoalho da cavidade oral é formado inteiramente por partes moles.
A abertura anterior da cavidade oral é rima da boca e a abertura posterior é o istmo
das fauces. Diferentemente das narinas e dos coanos, que são abertos, a rima da boca e o istmo
das fauces podem ser abertos e fechados por partes moles à sua volta.
A fossa infratemporal é uma área entre a parte posterior (ramo) da mandíbula e uma
região plana do osso (lâmina lateral do processo pterigoide) imediatamente posterior à maxila.
Essa forma limitada por ossos e partes moles é um conduto para um dos principais nervos
cranianos, o nervo mandibular (a divisão mandibular do nervo trigêmeo, que passa entre as
cavidades do crânio e oral).
A face é a parte anterior da cabeça e contém um grupo peculiar dos músculos que
movem a pele relativamente ao osso subjacente e controlam aberturas para órbitas e a cavidade
oral. O couro cabeludo cobre as regiões superior, posterior e lateral da cabeça.
13.1 PESCOÇO
O pescoço estende-se do pescoço aos ombros e tórax. Seu limite superior é ao longo
das margens inferiores da mandíbula e das partes ósseas na face posterior do crânio. A parte
posterior do pescoço é mais alta do que a anterior e liga as vísceras cervicais às aberturas
posteriores da cavidade nasal e oral.
O pescoço tem um limite que se estende da parte superior do esterno ao longo da
clavícula, indo ao acrômio adjacente que é uma projeção óssea da escápula. Posteriormente, o
limite inferior do pescoço é menos definido, mas pode ter uma ideia aproximada, traçando a linha
entre o acrômio e o processo espinhoso da vértebra C7 (sétima vértebra cervical), que é
proeminente e facilmente palpável. A margem inferior do pescoço encerra a base do pescoço.
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13.1.1 Compartimentos
Laringe e Faringe
A laringe é a parte superior das vias aéreas baixas e localiza-se abaixo da parte
superior da traqueia e acima, por uma membrana flexível, do osso hioide que está fixado no
assoalho da cavidade oral. Muitas cartilagens formam estrutura de sustentação para laringe que
tem canal central oco. As dimensões deste canal podem ser ajustadas por estruturas de partes
moles associadas à parede da laringe. As mais importantes são as duas pregas vocais laterais,
que projetam entre si dos lados adjacentes da cavidade laríngea. A abertura superior da laringe
(adito da laringe) é inclinada posteriormente e continua com a faringe.
A faringe é um meio cilindro de músculo e fáscia. Acima, à base do crânio e, abaixo, às
margens do esôfago. As paredes do meio cilindro são fixadas nas margens laterais das
cavidades nasais, na cavidade oral e na laringe. As duas cavidades nasais, a cavidade oral e a
laringe, abrem-se, portanto na face anterior da faringe e o esôfago abre-se inferiormente.
Proteção
Comunicação
Posicionamento da Cabeça
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O pescoço sustenta e posiciona a cabeça. É importante observar que ele possibilita
que o indivíduo posicione os componentes do sistema sensorial na cabeça, relacionando com os
estímulos ambientais sem movimentar o corpo inteiro.
13.1.2.1 Componentes
Crânio
Corpos pequenos;
Processos espinhosos bífidos;
Processos transversos que contêm um forame (forame transverso).
Osso Hioide
O osso hioide não se articula com outro elemento esquelético nem na cabeça e nem
no pescoço. É uma âncora altamente móvel para muitos músculos e estruturas de partes moles
na cabeça e no pescoço. Está na interface entre três compartimentos dinâmicos:
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Palato mole
O palato mole é uma estrutura constituída por partes moles, com forma de aba que
insere como dobradiça na parte posterior do palato duro com a margem posterior livre. Pode
ser levado e deprimido por músculos. O palato mole e estruturas associadas podem ser vistos
claramente através da boca aberta.
Músculos
Na cabeça
No pescoço
Tórax
Há uma entrada da axila (porta para os membros superiores) a cada lado da abertura
torácica superior na base do pescoço.
Estruturas como os vasos passam sobre a costela I quando estão entre a entrada da
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axila e o tórax.
Características Principais
Nervos Cranianos
As fibras parassimpáticas na cabeça saem do encéfalo como parte dos quatro nervos
cranianos – o nervo oculomotor (III), o nervo facial (VII), o nervo glossofaríngeo (IX) e o nervo
vago (X). As fibras parassimpáticas pré-ganglionares no nervo oculomotor (III), no nervo facial
(VII) e no nervo glossofaríngeo (IX), destinadas aos tecidos-alvo na cabeça saem destes nervos
e distribuem-se com os ramos de nervo trigêmeo (V).
Nervos Cervicais
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A faringe é uma câmara comum para os tratos digestório e respiratório.
Consequentemente, a respiração pode ocorrer através da boca, como também do nariz, e
material da cavidade oral potencialmente entra no esôfago ou na laringe
Quando a cavidade oral está cheia de líquido ou alimento, o palato movimenta-se para
baixo e é deprimido para fechar o istmo das fauces, permitindo assim processar alimentos e
líquidos na cavidade oral enquanto respira.
Quando há deglutição, o palato mole e partes da laringe atuam como válvulas para
assegurar o movimento apropriado do alimento da cavidade oral para o esôfago.
O palato mole eleva-se para abrir o istmo das fauces enquanto, ao mesmo tempo,
veda a parte nasal da faringe em relação à parte oral, impedindo que os alimentos e líquidos
subam para a parte nasal da faringe e cavidades nasais.
A epiglote fecha a entrada laríngea e grande parte da cavidade da laringe fica ocluída
por oposição das pregas vocais e dobras das partes moles superiores a ela. A laringe é puxada
para cima e para frente, facilitando o movimento de alimentos e líquidos em torno da laringe
fechada, em direção ao esôfago.
No recém-nascido, a laringe é alta no pescoço e a epiglote fica acima do nível do
palato mole. Os bebês, portanto, conseguem mamar e respirar ao mesmo tempo. O líquido flui
em torno da laringe sem qualquer risco de entrar nas vias aéreas.
Trígonos Cervicais
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Anatomia regional
Crânio
Uma parte superior (calvária e base do crânio) que envolve a cavidade do crânio
contendo o encéfalo (neurocrânio).
Uma parte inferior – o esqueleto da face (viscerocrânio).
Os ossos que formam a calvária e a base do crânio são o temporal e parietal, que são
pares, e osso frontal, esfenoide, etmoide occipital, que são ímpares.
Vista anterior
Osso frontal
A fronte consiste no osso frontal, que também forma a parte superior da margem
supraorbital.
O processo zigomático do osso frontal projeta-se inferiormente formando a margem
lateral superior da órbita. Esse processo se articula com o processo frontal do osso zigomático.
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A margem lateral inferior a órbita, bem como parte lateral da margem inferior da órbita,
é formada pelo osso zigomático. Pela abertura piriforme estão o par de conchas nasais inferiores
e as Cristas nasais fundidas, formando a parte inferior do septo nasal e terminando
anteriormente como espinha nasal anterior.
Maxilas
A parte da face superior entre a órbita e os dentes superiores é formada pelo par de
maxila. O processo zigomático de cada maxila articula-se com o osso zigomático e,
medialmente, o processo frontal de cada maxila articula-se com o osso frontal.
Cada maxila termina como processo alveolar, que contém os dentes e forma o maxilar
superior.
Mandíbula
Vista lateral
Ossos que formam a parte lateral da calvária, que incluem o frontal, o parietal, o
occipital, o esfenoide e o temporal.
Ossos que formam a parte visível do esqueleto facial incluem o nasal, a maxila e o
zigomático.
Mandíbula
Nas partes inferiores da parte lateral da calvária, o osso frontal articula-se com a asa
maior do osso esfenoide, que então se articula com o osso parietal na sutura esfenoparietal e
com margem anterior do osso temporal na sutura esfenoescamosa. 53
Osso temporal
Uma grande contribuição para a formação da parte inferior da parede lateral do crânio
é feita pelo osso temporal, que consiste na sutura esfenescamosa e com o osso parietal
superiormente na sutura escamosa.
A parte mastóidea é a mais posterior do osso temporal, sendo a única região da parte
petromastóidea do osso temporal vista lateralmente do crânio. É contínua com a parte escamosa
do osso temporal anteriormente e articula-se com o osso parietal superiormente na sutura
paretomastóidea e com o osso ocippital posteriormente na sutura occiptomastóidea. Estas duas
suturas são contínuas entre si, a sutura parietomastóidea é contínua com a sutura escamosa.
54
Mandíbula
Prevenção
16.3 LASER
16.6 INTRADERMOTERAPIA
64
17 MASTIGAÇÃO E MORFOLOGIA CRANIOFACIAL
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18 AVALIAÇÃO DO TÔNUS MUSCULAR
A nossa pele é nosso órgão mais externo, por isso está mais suscetível às agressões
do meio externo. A exposição a raios ultravioletas em horários de maior intensidade, a poluição
do ar, maus hábitos alimentares e o envelhecimento originam prejuízos à saúde e beleza da 70
pele.
Dessa forma, estar consciente dos agentes agressores que podem prejudicar a pele e
adotar medidas corretas de proteção contra eles são noções que devem ser assimiladas por
quem quer aspirar a uma aparência jovem e saudável por muitos anos.
O contato da pele com os agentes climáticos é em si mesmo benéfico, tornando-se
uma forma de agressão apenas quando a exposição a eles é desproporcional em intensidade
e/ou duração. A nossa pele não promove uma barreira absoluta contra os raios ultravioletas, já
que certa quantidade dessa radiação é indispensável à produção de vitamina D no organismo e
para manutenção dos níveis de cálcio no nosso corpo. Em quantidades superiores aos limites de
resistência, porém, podem produzir efeitos indesejáveis acumulativos como: ressecamento,
rugas, descamação, rupturas irreversíveis de vasos sanguíneos superficiais, manchas, sardas e
queimaduras de várias intensidades, chegando ao câncer.
As peles mais sujeitas à ação negativa do sol são geralmente finas e delicadas, como
a infantil e a pele seca, quer por desidratação, quer por produção insuficiente das glândulas
sebáceas. A exposição ao sol deve ser gradativa, em períodos de duração crescente (15 a 30
minutos, aumentadas aos poucos). Há necessidade de uso de cosméticos protetores próprios.
Não se deve expor ao sol entre 10h30 e 14h30, quando há predomínio das radiações
ultravioletas do tipo B.
A desidratação é uma marca típica do envelhecimento da pele e resulta de uma
significativa diminuição da atividade das glândulas sudoríparas, dos ovários e dos testículos. A
par da gradual degeneração dos tecidos da derme, que acarreta uma diminuição do tônus e da
elasticidade da pele, torna-se menos intensa a irrigação sanguínea. A partir daí a superfície da
cútis mostra-se vincada por sulcos e dobras de maior ou menor profundidade – as rugas, marca
registrada na velhice.
19.1 MASSAGEM ESTÉTICA FACIAL
Pressões de cinco segundos, podendo ser repetida até três vezes, irão estimular estes
pontos auxiliando ainda mais no tratamento de revitalização e rejuvenescimento facial.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
74
BEAUVOIR, S. A velhice: realidade incômoda. 2. ed. São Paulo: Difusão Europeia do Livro,
1976. v. 1.
BOONE, D. R. Sua voz está traindo você. Porto Alegre: Artes Médicas, 1996.
75
KAPLAN, H. I.; SADOCK, B. J. Compêndio de Psiquiatria. 2. ed. Porto Alegre: Artes Médicas,
1990.
MARTINELLI, B. Dermatologia estética da face e sua relação com a cosmetologia. J Bras Med,
1982, 2:85-99.
76
MOORE, K. L.; PERSAUD, T. V. N. Embriologia Clínica. 7. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2004.
MYSAK, E. D. Patologia dos Sistemas de Fala. 2. ed. Rio de Janeiro: Ateneu, 1979.
PETKOVA, M. Ginástica facial isométrica: mantenha a juventude de seu rosto. 2. ed. São
Paulo: Ágora, 1989.
77
SIQUEIRA, R. Guia de automassagem e estética facial. 2. ed. São Paulo: Master Book, 1998.
78