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Transferrina: Proteína de síntese hepática relacionada com o transporte sérico do ferro. Sua
meia vida é de sete a oito dias, inferior à albumina e, portanto, mais sensível nos casos de
desnutrição aguda e no controle de intervenções dietoterápicas.
Pode ser determinada indiretamente a partir da capacidade total de ligação com o ferro
(CTLF) pela fórmula:
Transferrina= (0,8 x CTLF) - 43
Os resultados são interpretados através das seguintes referências:
150 a 200mg% = depleção leve
100 a 150mg% = depleção moderada
<100 mg% = depleção grave
HEMOGLOBINA E HEMATÓCRITO:
A hemoglobina, por ser proteína intracelular, possui sensibilidade a um processo de
desnutrição menor quando comparada às demais proteínas para análise nutricional. No
entanto, quando está com valores inferiores aos normais, é sugestiva de desnutrição protéica.
Esses dados contribuem para traçar um panorama geral do metabolismo protéico durante o
acompanhamento do estado nutricional, no entanto, em circunstâncias nas quais existem
alterações plasmáticas, como desidratação, choque, sangramento intenso e
hemoconcentração).
SOMATOMEDINA C (IGF-I)
Por ser considerado mediador do hormônio do crescimento, a dosagem de somatomedina C
vem sendo estudada para avaliação do estado nutricional. Seus níveis sanguíneos estão
suscetíveis a alterações durante a desnutrição protéica, sobretudo em pediatria e quando o
paciente sofre intervenção nutricional, a medida desta proteína parece responder
satisfatoriamente.
Da mesma forma que outras proteínas plasmáticas, como no caso da albumina, a utilização
da somatomedina C durante a fase aguda de doenças inflamatórias é limitada, pois seis
valores estão persistentemente reduzidos nessas condições
Colesterol Sérico: A hipocolesterolemia (< 160 mg/dL) tem sido estudada como índice
prognóstico de desnutrição. Embora esta pareça ocorrer tardiamente no curso da desnutrição,
o que limitaria seu uso como instrumento de avaliação nutricional, vários trabalhos demonstram
sua associação com o estado nutricional de indivíduos enfermos. Esse parâmetro tem sido
estudado associado a outros tradicionalmente utilizados na prática clínica, como albumina e
contagem linfocitária, em diferentes métodos de avaliação.
Níveis sérico baixos de colesterol parecem ser um bom instrumento prognóstico, pois estudos
têm demonstrado importante relação com o aumento da mortalidade, bem como o da
permanência hospitalar, principalmente em idosos. Níveis séricos muito baixos de colesterol
também são relacionados a doenças hepáticas, renais e estado mal absortivo.
Contagem total de linfócitos periféricos (CTLP): O estado nutricional pode interferir nessa
contagem.
Fórmula:
CTL = % de linfócitos x leucócitos
—--------------------------------
100
Interpretação:
1200 a 2000 mm3 = depleção leve
800 a 1199mm3 = depleção moderada
< 800mm3 = depleção grave
Essa contagem pode ser influenciada por infecções, cirrose hepátíca, queimaduras e alguns
medicamentos.
Na atenção primária à saúde, o mais utilizado é o método de consumo alimentar, que tem por
finalidade obter, da forma mais precisa possível, informações quantitativas e/ou qualitativas
sobre a ingestão de alimentos e bebidas e de práticas alimentares individuais e/ ou da
população. Essas informações têm uma reconhecida importância para o diagnóstico indireto do
estado nutricional de indivíduos e populações, pois contribuem para a complementação de
estudos clínicos e epidemiológicos, para a formulação e orientação de políticas de produção e
comercialização de alimentos, e para o planejamento e avaliação de programas de intervenção
nutricional.
Também, um método de menor custo se comparado aos demais, é a antropometria, que é
amplamente utilizada nos serviços de saúde. Ela é um método de menor custo, se comparado
aos demais, fácil, simples de aplicar e não apresenta riscos ou danos à saúde. Ela é capaz de
dar respostas imediatas do estado nutricional e faz parte da rotina dos serviços de saúde, não
importando seu nível de abrangência e atuação. É um método que traduz muito bem as
dimensões corporais, tem correlação significativa com as condições de nutrição e saúde, e
pode ser utilizado para realizar o diagnóstico nutricional tanto de indivíduos quanto de
coletividades. Em nível coletivo, permite a triagem de grupos de risco nutricional, apontando as
prioridades de atenção do serviço de saúde.
os requisitos sanitários.