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Sumário
Língua Portuguesa ...................................................................................................................................................... 3
Legislação GM BH ..................................................................................................................................................... 96
Noções de Informática ............................................................................................................................................ 114
Noções de Geografia urbana e História de BH ......................................................................................................... 130
gabarito .................................................................................................................................................................. 139

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O

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Língua Portuguesa
01
Leia o Texto 1 a seguir e responda à questão.

Texto 1:

O discurso relatado em depoimentos da justiça

S
Evocar ou reproduzir os enunciados emitidos por outros é comum na nossa fala cotidiana. Nos depoimentos
prestados na justiça brasileira, isso também acontece, pois, de acordo com a bibliografia jurídica, a testemunha
depõe sobre suas percepções sensoriais a respeito dos fatos, o que inclui as falas pronunciadas diante dela ou
as que chegaram ao seu conhecimento por meio de outras pessoas. A citação da fala do outro ocupa, portanto,

O
um lugar de destaque nos depoimentos, uma vez que somente por meio dela pode-se reconstruir alguns fatos.
Logo, o discurso citado aparece nos depoimentos como recurso empregado pela testemunha para incluir ou
para compor informações. Entretanto, ele aparece também como mecanismo utilizado pelo agente da justiça
(juiz, delegado ou escrivão) para realizar o assentamento escrito da fala da testemunha.

S
Embora a oralidade seja um dos princípios do processo penal, os depoimentos orais são reduzidos a termo
pelo escrivão ou consignados pelo juiz, passando a fazer parte do processo, sob uma formalização escrita.
Essa passagem do oral para o escrito contribui para o caráter polifônico e controvertido da prova testemunhal,

R
pois é responsável por uma série de interferências dos agentes da justiça na elaboração dos textos escritos,
causando um remanejamento de estruturas e de pontos de vista em relação à voz original. [...]
U
Fonte: ROMUALDO, Edson C. O discurso relatado em depoimentos da justiça: formas e funções. Acta
Scientiarum. Human and Social Sciences. Maringá, v. 25, n. 2, p. 233-240, 2003.
Um texto, seja oral ou escrito, é o discurso de um locutor, que pode abrir espaço para a inclusão de outras vozes, de
forma implícita ou explícita.
C

Sobre o Texto 1, é INCORRETO afirmar:


N

a) Apresenta argumentação por meio de citação livre e de discurso indireto.


b) Contém um exemplo de discurso direto utilizado pelo agente de justiça.
IO

c) Demonstra a relação entre o discurso falado e o registro escrito do depoimento.


d) Discute sobre a importância do registro de fala para reconstituição dos fatos.

02
R

Figuras de linguagem são recursos utilizados normalmente para tornar mais expressivo o que queremos dizer. As mais
comuns são a metáfora e a metonímia.
O

Analise as frases abaixo, indicando (1) para exemplo de metáfora e (2), para exemplo de metonímia.

( ) A Amazônia é o pulmão do mundo.

( ) O marido relata ter bebido apenas dois copos de leite.

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( ) O suspeito resolveu quebrar o silêncio.

( ) A mulher alega que tem cinco bocas para alimentar.

A sequência CORRETA, de cima para baixo, é:


a) 1, 1, 2, 2.
b) 1, 2, 1, 2.

S
c) 2, 1, 2, 1.
d) 2, 2, 1, 1.

O
03
Leia o Texto 2 e responda à questão.

S
Texto 2:

R
“A linguagem, sendo uma elaboração cultural que se fundamenta na faculdade humana de imaginar, de simbolizar
e de comunicar experiências vividas, torna o indivíduo capaz de atuar no mundo pela palavra e de elaborar e atuar
U
também sobre a linguagem.

Nesse sentido, a língua realiza atividades estruturantes, indeterminadas do ponto de vista semântico e sintático. As
significações e os sentidos textuais e discursivos não podem estar aprisionados no interior dos textos, pelas estruturas
C

linguísticas.

A compreensão de textos é uma atividade criativa, e não simplesmente reativa; não é uma questão de reagir, mas
de agir sobre os objetos da cultura. Trata-se de uma atividade dialógica de seleção, reordenação e reconstrução de
sentidos. Pois a língua não é totalmente transparente, podendo também ser ambígua ou polissêmica.”(p.50).
N

Fonte: COLARES, Virgínia. Retextualização do depoimento judicial oral em texto escrito. Veredas - Rev. Est. Ling., Juiz
IO

de Fora, v. 9, n. 1 e n. 2, p. 29-54, jan./dez. 2005.

A concordância é um fenômeno sintático. É o produto dos ajustes entre as palavras, de modo a indicar as flexões de
gênero e de número.
R

Analise a concordância nominal dos trechos em destaque na frase abaixo.


O

As significações e os sentidos textuais e discursivos não podem estar aprisionados no interior dos textos,
pelas estruturas linguísticas.

IDENTIFIQUE as asserções com (V) ou (F), conforme sejam verdadeiras ou falsas.

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( ) Quando temos dois ou mais substantivos, o(s) adjetivo(s) a eles relacionados pode(m) concordar com o substantivo
mais próximo ou com a totalidade.

( ) O adjetivo “linguísticas” concorda em gênero e número com o substantivo “estruturas”.

( ) O adjetivo “discursivos” refere-se aos dois substantivos: “significações” e “sentidos”.

( ) O particípio “aprisionados” está concordando no masculino plural, uma vez que “significações” e “sentidos” são

S
substantivos de gêneros diferentes.

O
A sequência CORRETA, de cima para baixo, é:
a) F, F, V, V.
b) F, V, F, V.

S
c) V, F, V, F.
d) V, V, V, V.

04
Leia o Texto 3 e responda à questão.
R
U
Texto 3:

Jovem em tratamento psiquiátrico mata a mãe


C

Um crime bárbaro mobilizou a Polícia Militar na Região de Venda Nova, em Belo Horizonte, ontem. Um
filho matou a mãe com mais de 20 facadas no pescoço, no Bairro Lagoinha Leblon. O rapaz, de 22 anos, se
apresentou espontaneamente à 9ª Área Integrada de Segurança Pública (Aisp) e deu detalhes do crime.
N

Segundo a polícia, o jovem informou que tinha um relacionamento difícil com a mãe e teria discutido com ela
momentos antes de desferir os golpes. Ele também apresentou um laudo médico, segundo o qual estaria
passando por tratamento psiquiátrico. O assassino confesso foi encaminhado à Central de Flagrantes do Bairro
Alípio de Melo (Ceflan 4), na Região da Pampulha, onde ficará à disposição da Justiça. O corpo da mulher
IO

foi encontrado em uma cama, ao lado de um outro filho dela, que não teve participação no crime, conforme a
PM.

Fonte: Estado de Minas, 07/10/2018. Caderno Gerais, p. 14,


A coerência de um texto é constituída pelo plano da articulação de relações lógicas de ideias, que também podem
R

determinar o gênero textual.


O

Sobre os elementos determinantes do gênero textual do Texto 3, é INCORRETO afirmar:


a) Apresenta um encadeamento argumentativo em defesa do fato.
b) Contém advérbios de tempo e de lugar que caracterizam as circunstâncias do acontecimento.
c) Estrutura-se com frases verbais que indicam ações.
d) Relata um fato com progressão temporal.

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05
Leia o Texto 1 a seguir e responda à questão.

Texto 1:

O discurso relatado em depoimentos da justiça

Evocar ou reproduzir os enunciados emitidos por outros é comum na nossa fala cotidiana. Nos depoimentos
prestados na justiça brasileira, isso também acontece, pois, de acordo com a bibliografia jurídica, a testemunha

S
depõe sobre suas percepções sensoriais a respeito dos fatos, o que inclui as falas pronunciadas diante dela ou
as que chegaram ao seu conhecimento por meio de outras pessoas. A citação da fala do outro ocupa, portanto,
um lugar de destaque nos depoimentos, uma vez que somente por meio dela pode-se reconstruir alguns fatos.
Logo, o discurso citado aparece nos depoimentos como recurso empregado pela testemunha para incluir ou

O
para compor informações. Entretanto, ele aparece também como mecanismo utilizado pelo agente da justiça
(juiz, delegado ou escrivão) para realizar o assentamento escrito da fala da testemunha.
Embora a oralidade seja um dos princípios do processo penal, os depoimentos orais são reduzidos a termo
pelo escrivão ou consignados pelo juiz, passando a fazer parte do processo, sob uma formalização escrita.

S
Essa passagem do oral para o escrito contribui para o caráter polifônico e controvertido da prova testemunhal,
pois é responsável por uma série de interferências dos agentes da justiça na elaboração dos textos escritos,
causando um remanejamento de estruturas e de pontos de vista em relação à voz original. [...]

R
Fonte: ROMUALDO, Edson C. O discurso relatado em depoimentos da justiça: formas e funções. Acta
Scientiarum. Human and Social Sciences. Maringá, v. 25, n. 2, p. 233-240, 2003.
U
No Texto 1, o autor defende uma ideia e expõe seu ponto de vista, apresentando argumentos para fundamentá-lo.
C

Sobre a argumentação do autor do Texto 1, é INCORRETO afirmar:


a) Argumenta sobre a importância da documentação escrita como o princípio do processo penal.
b) Alerta para os cuidados com o registro da citação de fala nos depoimentos.
N

c) Defende a importância do discurso relatado para os procedimentos da justiça.


d) Demonstra o comprometimento da passagem do discurso oral para o discurso escrito.
IO

06
Regência Verbal é o estudo das relações estabelecidas entre o verbo (termo regente) e seus complementos (termos
regidos).
R

INDIQUE a alternativa em que houve ERRO de Regência Verbal, comprometendo o sentido da frase.
O

a) A maioria dos delegados compareceu à reunião do Sindicato.


b) O convênio implica a aceitação dos novos profissionais no setor de protocolo.
c) O plano diretor aspira a estabilidade econômica da empresa.
d) O secretário informou à autoridade interessada o teor da nova proposta.

07

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Leia o Texto 3 e responda à questão.

Texto 3:

Jovem em tratamento psiquiátrico mata a mãe

Um crime bárbaro mobilizou a Polícia Militar na Região de Venda Nova, em Belo Horizonte, ontem. Um
filho matou a mãe com mais de 20 facadas no pescoço, no Bairro Lagoinha Leblon. O rapaz, de 22 anos, se
apresentou espontaneamente à 9ª Área Integrada de Segurança Pública (Aisp) e deu detalhes do crime.
Segundo a polícia, o jovem informou que tinha um relacionamento difícil com a mãe e teria discutido com ela

S
momentos antes de desferir os golpes. Ele também apresentou um laudo médico, segundo o qual estaria
passando por tratamento psiquiátrico. O assassino confesso foi encaminhado à Central de Flagrantes do Bairro
Alípio de Melo (Ceflan 4), na Região da Pampulha, onde ficará à disposição da Justiça. O corpo da mulher
foi encontrado em uma cama, ao lado de um outro filho dela, que não teve participação no crime, conforme a

O
PM.

Fonte: Estado de Minas, 07/10/2018. Caderno Gerais, p. 14,


Os tipos textuais se constituem pelo modo de construção textual, caracterizado por sequências com características

S
linguísticas próprias, predomínio de tempos verbais específicos, estrutura sintática entre outros elementos que
demarcam esses tipos.

O tipo textual predominante no Texto 3 é:


R
U
a) Argumentativo.
b) Descritivo.
C

c) Injuntivo.
d) Narrativo.

08
N

Leia o Texto 2 e responda à questão.


IO

Texto 2:

“A linguagem, sendo uma elaboração cultural que se fundamenta na faculdade humana de imaginar, de simbolizar
R

e de comunicar experiências vividas, torna o indivíduo capaz de atuar no mundo pela palavra e de elaborar e atuar
também sobre a linguagem.

Nesse sentido, a língua realiza atividades estruturantes, indeterminadas do ponto de vista semântico e sintático. As
O

significações e os sentidos textuais e discursivos não podem estar aprisionados no interior dos textos, pelas estruturas
linguísticas.

A compreensão de textos é uma atividade criativa, e não simplesmente reativa; não é uma questão de reagir, mas
de agir sobre os objetos da cultura. Trata-se de uma atividade dialógica de seleção, reordenação e reconstrução de
sentidos. Pois a língua não é totalmente transparente, podendo também ser ambígua ou polissêmica.”(p.50).

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Fonte: COLARES, Virgínia. Retextualização do depoimento judicial oral em texto escrito. Veredas - Rev. Est. Ling., Juiz
de Fora, v. 9, n. 1 e n. 2, p. 29-54, jan./dez. 2005.

As palavras dispostas nas orações exercem diferentes funções sintáticas, de modo a possibilitar a transmissão da
informação.

INDIQUE o termo da oração que NÃO consta na frase a seguir:

S
“Trata-se de uma atividade dialógica de seleção, reordenação e reconstrução de sentidos.”
a) Adjunto Adverbial.

O
b) Complemento Nominal.
c) Objeto indireto.

S
d) Sujeito indeterminado.

09

R
Leia o Texto 1 a seguir e responda à questão.

Texto 1:
U
O discurso relatado em depoimentos da justiça

Evocar ou reproduzir os enunciados emitidos por outros é comum na nossa fala cotidiana. Nos depoimentos
C

prestados na justiça brasileira, isso também acontece, pois, de acordo com a bibliografia jurídica, a testemunha
depõe sobre suas percepções sensoriais a respeito dos fatos, o que inclui as falas pronunciadas diante dela ou
as que chegaram ao seu conhecimento por meio de outras pessoas. A citação da fala do outro ocupa, portanto,
um lugar de destaque nos depoimentos, uma vez que somente por meio dela pode-se reconstruir alguns fatos.
N

Logo, o discurso citado aparece nos depoimentos como recurso empregado pela testemunha para incluir ou
para compor informações. Entretanto, ele aparece também como mecanismo utilizado pelo agente da justiça
(juiz, delegado ou escrivão) para realizar o assentamento escrito da fala da testemunha.
Embora a oralidade seja um dos princípios do processo penal, os depoimentos orais são reduzidos a termo
IO

pelo escrivão ou consignados pelo juiz, passando a fazer parte do processo, sob uma formalização escrita.
Essa passagem do oral para o escrito contribui para o caráter polifônico e controvertido da prova testemunhal,
pois é responsável por uma série de interferências dos agentes da justiça na elaboração dos textos escritos,
causando um remanejamento de estruturas e de pontos de vista em relação à voz original. [...]
R

Fonte: ROMUALDO, Edson C. O discurso relatado em depoimentos da justiça: formas e funções. Acta
Scientiarum. Human and Social Sciences. Maringá, v. 25, n. 2, p. 233-240, 2003.
A coesão textual é o resultado da conexão entre as várias partes do texto, de modo que este seja um veículo de
O

interação entre o autor do texto e seu leitor.

INDIQUE o mecanismo de coesão gramatical mais utilizado pelo autor na estruturação do Texto 1.
a) Advérbios de tempo e lugar.
b) Conectivos: conjunções e preposições.

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c) Ordenadores.
d) Pronomes relativos.

10
As formas nominais dos verbos podem desempenhar diferentes funções: formar locuções adverbiais, tempos
compostos, orações reduzidas, além de funções típicas do substantivo, adjetivo e advérbio.

S
O período em que ocorreu uso INCORRETO das formas nominais é:
a) Terminada a aula, vamos conversar com a diretoria.

O
b) Os participantes do congresso estavam aguardando a apresentação do palestrante principal.
c) O interrogado havia trago toda a documentação solicitada pelo investigador.
d) O evento foi idealizado pelos alunos do curso de Turismo.

S
11
Ocorre crase quando há a fusão da preposição “a” com o artigo definido feminino “a” ou entre a preposição “a” e o
pronome demonstrativo “aquele” (e variações).

R
U
INDIQUE a alternativa que apresenta uso FACULTATIVO da crase.
a) Solicitamos a devolução dos documentos enviados à empresa.
C

b) O promotor se dirigiu às pessoas presentes no tribunal.


c) O pai entregou àquele advogado a prova exigida pelo juiz.
d) Irei à minha sala para buscar o projeto de consultoria.
N

12
São múltiplas as possibilidades de combinar e relacionar as orações num período composto, em função do efeito de
IO

sentido pretendido para aquele enunciado.

No período: “A tempestade foi tão intensa que em poucos minutos a cidade foi completamente inundada.”, a relação
R

estabelecida é de:
a) Temporalidade.
O

b) Proporção.
c) Causa e consequência.
d) Acordo e concessão.

13

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Regência Nominal é a relação existente entre um nome (substantivo, adjetivo ou advérbio) e os termos regidos por
esse nome.

INDIQUE a alternativa que apresenta Regência Nominal INCORRETA.


a) Os arquivos do convênio não estão acessíveis à consulta.
b) O interrogado mostrou-se insensível pelas perguntas feitas.
c) O aluno é residente na Avenida Afonso Pena.

S
d) Devo obediência aos meus pais.

14

O
O valor da fofoca
Walcyr Carrasco

S
Dos aspectos negativos da fofoca, todos sabemos. Em Os miseráveis, Victor Hugo conta a história de
Fantine, que se torna prostituta. Quem só viu o filme ou só assistiu ao musical não sabe muito bem como ela
vai para as ruas. O livro conta: fofoca! Fantine é operária. Mas tem uma filha, sendo solteira, em época de

R
moral rígida. Paga uma família para cuidar da menina, Cosette. Mas não sabe ler. Para enviar os pagamentos
e pedir notícias, usa os trabalhos de um homem, que escreve e envia o dinheiro. As amigas desconfiam.
Especulam. O homem não conta, mas uma consegue ver o endereço numa carta. E se dá ao trabalho de ir até
U
o local onde vive Cosette. Volta com a história completa e conta às amigas. A história chega à direção da
fábrica e Fantine é demitida por ser mãe solteira. Vende os dentes, os cabelos, torna-se prostituta, morre no
hospital. Jean Valjean, que se esconde da polícia, era o dono da fábrica. Culpa-se pela insensibilidade, busca
Cosette e a cria. Mas a questão é que a pobre Fantine teve de vender os dentes e se prostituir devido à avidez
C

da fofoca. Hoje, em tempos menos rígidos, a intimidade de uma pessoa, confidenciada entre lágrimas, pode
virar piada no próximo jantar de amigos. Ou seja: longe de mim defender a fofoca em si. Mas ela tem seu
valor, psicológico e criativo.
Simples. A fofoca é uma forma de criar.
Sempre digo que as pessoas têm tanta necessidade de ficção na vida como do ar que respiram. Por isso
N

precisam ler romances, assistir a filmes, novelas. Até mesmo conferir revistas sobre celebridades, uma forma
de exercitar a imaginação, já que a vida real é muito mais árdua do que aparece nas reportagens. Criar também
faz parte da natureza humana. Alguns se contentam botando posts no Instagram, inventando uma vida que não
IO

têm, com a taça de vinho emprestada de alguém, num hotel onde não se hospedaram. Outras preferem criar
sobre a vida alheia. Aquela mulher que conta à outra sobre uma terceira, colega de escritório.
– Sabe que ela está saindo com um rapaz 20 anos mais jovem? E sustenta!
Pode ser verdade. Ou ela apenas viu a moça com o sobrinho, saindo do trabalho. O resto, inventou. Nem
todo mundo é escritor, mas todo mundo pode criar ficção. Eu mesmo aprendi muito com a fofoca. Morava em
R

um prédio onde vivia uma mulher já madura. De dia, recebia um, que a sustentava, dava carro, conforto
material. De noite, recebia outro, que amava. Era a fofoca do prédio.
Acontece que era feia. Garanto, feia de verdade. Os dois senhores, pavorosos. Aliás, o que ela amava, um
O

velho bem mais feio que o outro, o rico. Eu, que tinha certo preconceito estético, aprendi que beleza não é o
mais importante. Havia amor, dinheiro e paixão naquela história de pessoas maduras. A fofoca me fez entender
mais da vida. Em outra época, soube que o filho da vizinha não era filho, mas neto. Filho da moça que
considerava irmã, mãe solteira. Toda a vila onde morava sabia, menos o menino. Isso me fez entender mais
sobre os pais, que são capazes de acolher, dar solidariedade num momento difícil. Suponho que o garoto deve
ter levado um susto quando soube. Mas é outra história.
Minha mãe, quando eu era criança, tinha um bazar. Pequeno, típico de interior, em Marília. Era o centro
de informações sobre a vida alheia do bairro. Todas as mulheres passavam, comentavam. Eu tentava ouvir.
Mamãe me punha para fora quando a história era mais pesada. Isso me ajudou a desenvolver um certo talento.

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Quando fiz faculdade de jornalismo, e mais tarde trabalhei no ramo, era ótimo com as perguntas ao entrevistar.
Destemido. Fiz sucesso com colunas, jornalismo comportamental. Isso me ajuda até hoje. Quando vou
construir uma história, falo com pessoas, converso. Extraio segredos. Conto por meio dos personagens. Vejam
que ligação bonita saber da vida alheia tem com o ato de criar.
O que é uma grande biografia, a não ser a vida de alguém? Uma fofoca autenticada, impressa e aplaudida
pela crítica?
Há um porém: a fofoca, mesmo real, passa pelo crivo de quem conta. Pelo meu, pelo seu, pelo nosso olhar.
É a velha história – alguém me oferece meio copo de suco de laranja e posso dizer.
– Adorei, ganhei meio copo de suco refrescante.
– Odiei, imagine, me dar só meio copo? Era resto!

S
Quando ouvir uma fofoca, abra as orelhas. O que alguém diz sobre o outro revela mais sobre quem fala
do que sobre o alvo em questão. Uma fofoca, como todo ato de criação, tira a máscara do criador.
Disponível em: https://epoca.globo.com/sociedade/walcyr-carrasco/noticia/2017/10/o-valor-da-fofoca.html.
Acesso em: 08 maio 2018.

O
Ao iniciar o texto relatando a história de Fantine, o propósito do locutor do texto é
a) comover os interlocutores com a narrativa.
b) contextualizar o assunto que será desenvolvido nas linhas seguintes.

S
c) demonstrar como a fofoca se modificou ao longo dos tempos.
d) mostrar como a fofoca pode ser prejudicial às pessoas.

15
R
U
Segundo o locutor do texto, a fofoca tem seu valor, pois
a) é uma forma de criar.
b) é uma necessidade das pessoas.
C

c) faz com que aprendamos mais sobre o outro.


d) revela muito sobre quem fala.
N

16
Sobre a constituição do texto, é correto afirmar, EXCETO:
IO

a) A narração é um dos recursos utilizados no texto.


b) O 1º parágrafo apresenta a tese que será desenvolvida ao longo do texto.
c) O texto é marcado por interlocuções.
R

d) O uso da primeira pessoa do singular tira a credibilidade do texto.

17
O

Todas as constatações abaixo podem ser feitas com base no texto, EXCETO:
a) Ao afirmar que a biografia é uma fofoca, o locutor retira a legitimidade das obras biográficas.
b) Ao afirmar que aprendeu muito com a fofoca, o locutor narra fatos que exemplificam como participava das fofocas.
c) Ao citar o exemplo do meio copo de suco de laranja, o locutor demonstra como os pontos de vista são diferentes.
d) Ao narrar a história de Fantine, o locutor mostra o lado negativo da fofoca na vida das pessoas.

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18
Há linguagem conotativa em:
a) “Conto por meio dos personagens.”
b) “Filho da moça que considerava irmã, mãe solteira.”
c) “Quando ouvir uma fofoca, abra as orelhas.”
d) “Vejam que ligação bonita saber da vida alheia tem com o ato de criar.”

S
19
Há interlocução, EXCETO em:

O
a) “Acontece que era feia. Garanto, feia de verdade.”
b) “Quando ouvir uma fofoca, abra as orelhas.”
c) “Quem só viu o filme ou só assistiu ao musical não sabe muito bem como ela vai para as ruas.”

S
d) “Vejam que ligação bonita saber da vida alheia tem com o ato de criar.”

20

R
Em: “Isso me ajuda até hoje”, ao afirmar que isso o ajuda até hoje, o locutor se refere, EXCETO a
U
a) ser destemido e fazer sucesso com colunas.
b) ser ótimo com perguntas ao entrevistar.
c) tentar escutar a conversa dos outros.
C

d) ter feito jornalismo comportamental.

21
N

O valor da fofoca
Walcyr Carrasco
IO

Dos aspectos negativos da fofoca, todos sabemos. Em Os miseráveis, Victor Hugo conta a história de
Fantine, que se torna prostituta. Quem só viu o filme ou só assistiu ao musical não sabe muito bem como ela
vai para as ruas. O livro conta: fofoca! Fantine é operária. Mas tem uma filha, sendo solteira, em época de
moral rígida. Paga uma família para cuidar da menina, Cosette. Mas não sabe ler. Para enviar os pagamentos
e pedir notícias, usa os trabalhos de um homem, que escreve e envia o dinheiro. As amigas desconfiam.
R

Especulam. O homem não conta, mas uma consegue ver o endereço numa carta. E se dá ao trabalho de ir até
o local onde vive Cosette. Volta com a história completa e conta às amigas. A história chega à direção da
fábrica e Fantine é demitida por ser mãe solteira. Vende os dentes, os cabelos, torna-se prostituta, morre no
O

hospital. Jean Valjean, que se esconde da polícia, era o dono da fábrica. Culpa-se pela insensibilidade, busca
Cosette e a cria. Mas a questão é que a pobre Fantine teve de vender os dentes e se prostituir devido à avidez
da fofoca. Hoje, em tempos menos rígidos, a intimidade de uma pessoa, confidenciada entre lágrimas, pode
virar piada no próximo jantar de amigos. Ou seja: longe de mim defender a fofoca em si. Mas ela tem seu
valor, psicológico e criativo.
Simples. A fofoca é uma forma de criar.
Sempre digo que as pessoas têm tanta necessidade de ficção na vida como do ar que respiram. Por isso
precisam ler romances, assistir a filmes, novelas. Até mesmo conferir revistas sobre celebridades, uma forma
de exercitar a imaginação, já que a vida real é muito mais árdua do que aparece nas reportagens. Criar também

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faz parte da natureza humana. Alguns se contentam botando posts no Instagram, inventando uma vida que não
têm, com a taça de vinho emprestada de alguém, num hotel onde não se hospedaram. Outras preferem criar
sobre a vida alheia. Aquela mulher que conta à outra sobre uma terceira, colega de escritório.
– Sabe que ela está saindo com um rapaz 20 anos mais jovem? E sustenta!
Pode ser verdade. Ou ela apenas viu a moça com o sobrinho, saindo do trabalho. O resto, inventou. Nem
todo mundo é escritor, mas todo mundo pode criar ficção. Eu mesmo aprendi muito com a fofoca. Morava em
um prédio onde vivia uma mulher já madura. De dia, recebia um, que a sustentava, dava carro, conforto
material. De noite, recebia outro, que amava. Era a fofoca do prédio.
Acontece que era feia. Garanto, feia de verdade. Os dois senhores, pavorosos. Aliás, o que ela amava, um
velho bem mais feio que o outro, o rico. Eu, que tinha certo preconceito estético, aprendi que beleza não é o

S
mais importante. Havia amor, dinheiro e paixão naquela história de pessoas maduras. A fofoca me fez entender
mais da vida. Em outra época, soube que o filho da vizinha não era filho, mas neto. Filho da moça que
considerava irmã, mãe solteira. Toda a vila onde morava sabia, menos o menino. Isso me fez entender mais
sobre os pais, que são capazes de acolher, dar solidariedade num momento difícil. Suponho que o garoto deve

O
ter levado um susto quando soube. Mas é outra história.
Minha mãe, quando eu era criança, tinha um bazar. Pequeno, típico de interior, em Marília. Era o centro
de informações sobre a vida alheia do bairro. Todas as mulheres passavam, comentavam. Eu tentava ouvir.
Mamãe me punha para fora quando a história era mais pesada. Isso me ajudou a desenvolver um certo talento.

S
Quando fiz faculdade de jornalismo, e mais tarde trabalhei no ramo, era ótimo com as perguntas ao entrevistar.
Destemido. Fiz sucesso com colunas, jornalismo comportamental. Isso me ajuda até hoje. Quando vou
construir uma história, falo com pessoas, converso. Extraio segredos. Conto por meio dos personagens. Vejam

R
que ligação bonita saber da vida alheia tem com o ato de criar.
O que é uma grande biografia, a não ser a vida de alguém? Uma fofoca autenticada, impressa e aplaudida
pela crítica?
U
Há um porém: a fofoca, mesmo real, passa pelo crivo de quem conta. Pelo meu, pelo seu, pelo nosso olhar.
É a velha história – alguém me oferece meio copo de suco de laranja e posso dizer.
– Adorei, ganhei meio copo de suco refrescante.
– Odiei, imagine, me dar só meio copo? Era resto!
C

Quando ouvir uma fofoca, abra as orelhas. O que alguém diz sobre o outro revela mais sobre quem fala
do que sobre o alvo em questão. Uma fofoca, como todo ato de criação, tira a máscara do criador.
Disponível em: https://epoca.globo.com/sociedade/walcyr-carrasco/noticia/2017/10/o-valor-da-fofoca.html.
Acesso em: 08 maio 2018.
N

Os termos destacados estão corretamente interpretados entre parênteses, EXCETO em:


a) “Quando vou construir uma história, falo com pessoas, converso. Extraio segredos.” (Retiro)
b) “Mas a questão é que a pobre Fantine teve de vender os dentes e se prostituir devido à avidez da fofoca.”
IO

(estupidez)
c) “Hoje, em tempos menos rígidos, a intimidade de uma pessoa, confidenciada entre lágrimas, pode virar piada no
próximo jantar de amigos.” (segredada)
d) “Há um porém: a fofoca, mesmo real, passa pelo crivo de quem conta. Pelo meu, pelo seu, pelo nosso olhar.” (passa
R

por averiguação)

22
O

Em: “Toda a vila onde morava sabia, menos o menino.”, menos pode ser substituído, sem prejuízo de sentido, por
a) inclusive
b) exceto
c) em vez de
d) além de

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23
Os referentes dos termos destacados estão corretamente identificados entre parênteses, EXCETO em:
a) “Filho da moça que considerava irmã, mãe solteira.” (moça)
b) “Isso me fez entender mais sobre os pais, que são capazes de acolher [...]”. (sobre os pais)
c) “Morava em um prédio onde vivia uma mulher já madura.” (prédio)
d) “Toda a vila onde morava sabia, menos o menino”. (Toda a vila)

S
24
A posição do pronome oblíquo é facultativa em:

O
a) “[...] com a taça de vinho emprestada de alguém, num hotel onde não se hospedaram”.
b) “Alguns se contentam botando posts no Instagram, inventando uma vida que não têm [...]”.
c) “Isso me ajudou a desenvolver um certo talento”.

S
d) “Mas a questão é que a pobre Fantine teve de vender os dentes e se prostituir devido à avidez da fofoca”.

25
A divisão silábica está correta, EXCETO em:
R
U
a) a.lhei.o
b) con.fi.den.ci.a.da
c) cri.a.dor
C

d) so.li.da.rie.da.de

26
N

Seja feliz, tome remédios


Frei Betto 21/10/2017 - 06h00
IO

A felicidade é um produto engarrafado que se adquire no supermercado da esquina? É o que sugere o


neoliberalismo, criticado pelo clássico romance de Aldous Huxley, “Admirável Mundo Novo” (1932). A
narrativa propõe construir uma sociedade saudável através da ingestão de medicamentos.
Aos deprimidos se distribui um narcótico intitulado “soma”, de modo a superarem seus sofrimentos e
alcançar a felicidade pelo controle de suas emoções. Assim, a sociedade não estaria ameaçada por gente como
R

o atirador de Las Vegas.


Huxley declarou mais tarde que a realidade havia confirmado muito de sua ficção. De fato, hoje a nossa
subjetividade é controlada por medicamentos. São ingeridos comprimidos para dormir, acordar, ir ao banheiro,
O

abrir o apetite, estimular o cérebro, fazer funcionar melhor as glândulas, reduzir o colesterol, emagrecer,
adquirir vitalidade, obter energia etc. O que explica encontrar uma farmácia em cada esquina e, quase sempre,
repleta de consumidores.
O neoliberalismo rechaça a nossa condição de seres pensantes e cidadãos. Seu paradigma se resume na
sociedade consumista. A felicidade, adverte o sistema, consiste em comprar, comprar, comprar. Fora do
mercado não há salvação. E dentro dele feliz é quem sabe empreender com sucesso, manter-se perenemente
jovem, brilhar aos olhos alheios. A receita está prescrita nos livros de autoajuda que encabeçam a lista da
biblioterapia.

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Se você não corresponde ao figurino neoliberal é porque sofre de algum transtorno. As doenças estão em
moda. Respiramos a cultura da medicalização. Não nos perguntamos por que há tantas enfermidades e
enfermos. Esta indagação não convém à indústria farmacêutica nem ao sistema cujo objetivo primordial é a
apropriação privada da riqueza.
Estão em moda a síndrome de pânico e o transtorno bipolar. Já em 1985, Freud havia diagnosticado a
síndrome de pânico sob o nome de neurose de angústia. O transtorno bipolar era conhecido como psicose
maníaco-depressiva. Muitas pessoas sofrem, de fato, dessas enfermidades, e precisam ser tratadas e
medicadas. Há profissionais que se sentem afetados por elas devido à cultura excessivamente competitiva e à
exigência de demonstrar altíssimos rendimentos no trabalho segundo os atléticos parâmetros do mercado.
Em relação às crianças se constata o aumento do Transtorno por Déficit de Atenção e Hiperatividade

S
(TDAH). Ora, é preciso cuidado no diagnóstico. Hiperatividade e impulsividade são características da
infância, às vezes rebaixadas à categoria de transtorno neurobiológico, de desordem do cérebro. Submeta seu
filho a um diagnóstico precoce.
Quando um suposto diagnóstico científico arvora-se em quantificar nosso grau de tristeza e frustração, de

O
hiperatividade e alegria, é sinal de que não somos nós os doentes, e sim a sociedade que, submissa ao
paradigma do mercado, pretende reduzir todos nós a meros objetos mecânicos, cujos funcionamentos podem
ser decompostos em suas diferenças peças facilmente azeitadas por quilos de medicamentos.
(Carlos Alberto Libânio Christo, ou Frei Betto, é um frade dominicano e escritor brasileiro. Disponível

S
emhttp://hojeemdia.com.br/opini%C3%A3o/colunas/frei-betto-1.334186/seja-feliztome-rem%C3%A9dios-
1.568235. Acesso em 10/04/18).
Argumentar é a capacidade humana de relacionar fatos, teses, estudos, opiniões, problemas e possíveis soluções, a fim

R
de embasar determinado pensamento ou ideia. O objetivo de uma argumentação (oral ou escrita) é convencer, persuadir
o destinatário pretendido, levando-o a seguir uma linha de raciocínio e a concordar com ela.
U
No texto de Frei Betto, este lança mão de uma série de estratégias para conseguir a adesão do seu público-alvo. Atente
para as afirmativas e assinale a INCORRETA:
a) “A felicidade é um produto engarrafado que se adquire no supermercado da esquina?” → O uso de
C

questionamentos, interpelando ao leitor, é uma estratégia que busca trazer o leitor para a reflexão pretendida, ainda
que não precise emitir uma resposta.

b) “Assim, a sociedade não estaria ameaçada por gente como o atirador de Las Vegas.” → O autor lança mão de um
fato hipotético, indicado pelo tempo verbal (futuro do pretérito), mas que reforça sua argumentação em relação à
N

medicalização.
c) “É o que sugere o neoliberalismo, criticado pelo clássico romance de Aldous Huxley, “Admirável Mundo Novo”
(1932).” → A intertextualidade vista nesse fragmento promove uma sensação de reconhecimento por parte do leitor
IO

(“o clássico romance”) e sua adesão ao argumento novo.


d) “Em relação às crianças se constata o aumento do Transtorno por Déficit de Atenção e Hiperatividade
(TDAH).” → Neste fragmento, há alusão a doença amplamente difundida, atualmente; trazer dados científicos (nome
da síndrome e sigla) busca a concordância do leitor, o que se reforça pela escolha do verbo “constatar”.
R

27
O

Atente para o título da crônica - “Seja feliz, tome remédios”. Considerando a argumentação de Frei Betto, a leitura do
título evidencia a existência de um(a):
a) antítese.
b) hipérbole.
c) ironia.
d) pleonasmo.

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28
Avalie os sentidos das palavras destacadas, considerando o contexto em que cada item foi utilizado na argumentação
do autor. Se julgar necessário, volte ao texto.

A seguir, assinale a opção que traz afirmativa INCORRETA:


a) “A receita está prescrita nos livros de autoajuda que encabeçam a lista da biblioterapia.” → Com esse item, Frei
Betto alude a um tratamento centrado em livros.

b) “Aos deprimidos se distribui um narcótico intitulado “soma”, de modo a superarem seus sofrimentos...” → Com o

S
substantivo escolhido, o autor se refere a qualquer coisa que provoque um efeito apaziguador ou entorpecedor.
c) “Hiperatividade e impulsividade são características da infância, às vezes rebaixadas à categoria de transtorno
neurobiológico, de desordem do cérebro. Submeta seu filho a um diagnósticoprecoce.” → Com esse item, o autor

O
refere-se ao processo alusivo ao conhecimento de algo, aos aspectos de uma situação, enfermidade ou problema.
d) “O neoliberalismo rechaça a nossa condição de seres pensantes e cidadãos. “ → Segundo Frei Betto, trata-se de
doutrina econômica que apregoa a redução das leis do mercado e a ampliação da intervenção estatal.

S
29
Assinale a afirmativa CORRETA sobre os itens destacados do excerto abaixo:

R
Quando um suposto diagnóstico científico arvora-se em quantificar nosso grau de tristeza e frustração, de hiperatividade
U
e alegria, é sinal de que não somos nós os doentes, e sim a sociedade que, submissa ao paradigma do mercado, pretende
reduzir todos nós a meros objetos mecânicos, cujos funcionamentos podem ser decompostos em suas diferenças peças
facilmente azeitadas por quilos de medicamentos.
C

a) A locução “de que”, formada por preposição + pronome relativo, pode ser substituída pela forma “do qual”, dado
o antecedente masculino.

b) Neste fragmento, os conectivos “quando” indica proporcionalidade, enquanto que a conjunção “e” indica adição
de ideias.
N

c) O pronome possessivo “suas” remete ao leitor do texto como possuidor de algumas diferenças.
d) O pronome relativo “que” retoma o substantivo “sociedade”, e pode ser substituído por “a qual”, explicitando a
concordância em gênero e número.
IO

30
Atente para o excerto e as afirmações sobre ele:
R

“Esta indagação não convém à indústria farmacêutica nem ao sistema cujo objetivo primordial é a apropriação privada
da riqueza.”
O

Avalie as afirmativas sobre a oração sublinhada:

I. A oração sublinhada é subordinada e tem função adjetiva.


II. Ela exprime uma generalização em relação ao antecedente - “sistema”.
III. O pronome que introduz a oração indica ideia de posse.

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Estão CORRETAS as afirmativas:


a) I e II, apenas.

b) I e III, apenas.
c) II e III, apenas.
d) I, II e III.

31
Se você não corresponde ao figurino neoliberal é porque sofre de algum transtorno. As doenças estão em moda.

S
Respiramos a cultura da medicalização. Não nos perguntamos por que há tantas enfermidades e
enfermos. Esta indagação não convém à indústria farmacêutica nem ao sistema cujo objetivo primordial é a
apropriação privada da riqueza.

O
Com relação aos pronomes presentes no excerto, é INCORRETO afirmar:
a) “Você” é um pronome pessoal de tratamento, que remete ao interlocutor (leitor da crônica), ou a um “você”
genérico, indeterminado.

S
b) O emprego do pronome “esta”, demonstrativo, está adequado, pois retoma, anaforicamente, item do segmento
anterior.

R
c) O oblíquo “nos”, de primeira pessoa do plural, engloba autor e leitores, numa estratégia argumentativa que visa à
adesão, à identificação.
d) O pronome “tantas”, indefinido, antepõe-se ao objeto – enfermidades e enfermos –, porém concorda em gênero e
U
número com o núcleo mais próximo.

32
C

Seja feliz, tome remédios


Frei Betto 21/10/2017 - 06h00

A felicidade é um produto engarrafado que se adquire no supermercado da esquina? É o que sugere o


N

neoliberalismo, criticado pelo clássico romance de Aldous Huxley, “Admirável Mundo Novo” (1932). A
narrativa propõe construir uma sociedade saudável através da ingestão de medicamentos.
Aos deprimidos se distribui um narcótico intitulado “soma”, de modo a superarem seus sofrimentos e
alcançar a felicidade pelo controle de suas emoções. Assim, a sociedade não estaria ameaçada por gente como
IO

o atirador de Las Vegas.


Huxley declarou mais tarde que a realidade havia confirmado muito de sua ficção. De fato, hoje a nossa
subjetividade é controlada por medicamentos. São ingeridos comprimidos para dormir, acordar, ir ao banheiro,
abrir o apetite, estimular o cérebro, fazer funcionar melhor as glândulas, reduzir o colesterol, emagrecer,
adquirir vitalidade, obter energia etc. O que explica encontrar uma farmácia em cada esquina e, quase sempre,
R

repleta de consumidores.
O neoliberalismo rechaça a nossa condição de seres pensantes e cidadãos. Seu paradigma se resume na
sociedade consumista. A felicidade, adverte o sistema, consiste em comprar, comprar, comprar. Fora do
O

mercado não há salvação. E dentro dele feliz é quem sabe empreender com sucesso, manter-se perenemente
jovem, brilhar aos olhos alheios. A receita está prescrita nos livros de autoajuda que encabeçam a lista da
biblioterapia.
Se você não corresponde ao figurino neoliberal é porque sofre de algum transtorno. As doenças estão em
moda. Respiramos a cultura da medicalização. Não nos perguntamos por que há tantas enfermidades e
enfermos. Esta indagação não convém à indústria farmacêutica nem ao sistema cujo objetivo primordial é a
apropriação privada da riqueza.

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Estão em moda a síndrome de pânico e o transtorno bipolar. Já em 1985, Freud havia diagnosticado a
síndrome de pânico sob o nome de neurose de angústia. O transtorno bipolar era conhecido como psicose
maníaco-depressiva. Muitas pessoas sofrem, de fato, dessas enfermidades, e precisam ser tratadas e
medicadas. Há profissionais que se sentem afetados por elas devido à cultura excessivamente competitiva e à
exigência de demonstrar altíssimos rendimentos no trabalho segundo os atléticos parâmetros do mercado.
Em relação às crianças se constata o aumento do Transtorno por Déficit de Atenção e Hiperatividade
(TDAH). Ora, é preciso cuidado no diagnóstico. Hiperatividade e impulsividade são características da
infância, às vezes rebaixadas à categoria de transtorno neurobiológico, de desordem do cérebro. Submeta seu
filho a um diagnóstico precoce.
Quando um suposto diagnóstico científico arvora-se em quantificar nosso grau de tristeza e frustração, de

S
hiperatividade e alegria, é sinal de que não somos nós os doentes, e sim a sociedade que, submissa ao
paradigma do mercado, pretende reduzir todos nós a meros objetos mecânicos, cujos funcionamentos podem
ser decompostos em suas diferenças peças facilmente azeitadas por quilos de medicamentos.
(Carlos Alberto Libânio Christo, ou Frei Betto, é um frade dominicano e escritor brasileiro. Disponível

O
emhttp://hojeemdia.com.br/opini%C3%A3o/colunas/frei-betto-1.334186/seja-feliztome-rem%C3%A9dios-
1.568235. Acesso em 10/04/18).
Atente para o excerto abaixo:

S
Huxley declarou mais tarde que a realidade havia confirmado muito de sua ficção. De fato, hoje a nossa subjetividade
é controlada por medicamentos. São ingeridos comprimidos para dormir, acordar, ir ao banheiro, abrir o apetite,

R
estimular o cérebro, fazer funcionar melhor as glândulas, reduzir o colesterol, emagrecer, adquirir vitalidade,
obter energia etc. O que explica encontrar uma farmácia em cada esquina e, quase sempre, repleta de consumidores.
U
Apresentam a mesma função sintática, no contexto em que ocorrem, EXCETO:
a) a realidade

b) as glândulas
C

c) comprimidos
d) energia

33
N

Atente para os excertos:


IO

I. “O neoliberalismo rechaça a nossa condição de seres pensantes e cidadãos.” [Substituir “rechaçar” por “remeter”].
II. “Já em 1985, Freud havia diagnosticado a síndrome de pânico sob o nome de neurose de angústia.” [Substituir
“diagnosticar” por “referir-se”].
III. “Submeta seu filho a um diagnóstico precoce.” [Substituir “um diagnóstico” por “uma avaliação”].
R

IV. “[...] não somos nós os doentes, e sim a sociedade que, submissa ao paradigma do mercado...” [Substitua
“paradigma” por “injunção”].
O

Efetuando as alterações indicadas, haverá crase obrigatória apenas em:


a) I e IV.

b) I, II e III.
c) II e III.
d) II e IV.

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34
Texto II

A medicalização da vida
Jackson César Buonocore

Podemos compreender o conceito de medicalização, como processo que transforma de forma artificial as
questões não médicas em problemas médicos. São problemas de diferentes ordens que são apresentados como
doenças, transtornos e distúrbios psiquiátricos que escondem as grandes questões econômicas, políticas,

S
sociais, culturais e emocionais – que atingem a vida das pessoas.
A sociedade brasileira vive esse processo de medicalização em todas as dimensões da vida, por uma busca
desenfreada por explicações biológicas, fisiológicas e comportamentais – que possam dar conta de diversos
tipos de sofrimento psíquico, entre os mais frequentes estão a ansiedade, estresse, depressão, síndrome do

O
pânico, transtorno bipolar e fobias.
A medicalização da vida é uma prática comum, pois tornou-se corriqueiro ir a uma consulta e sair com
uma receita em mãos. Nessa busca por um alívio imediato dos sintomas, cada vez mais pessoas colocam sua
confiança em receitas rápidas, que possam diminuir o mal-estar sem compreender as origens desse sofrimento.

S
Assim difunde-se a ideia de que existe um “gene” que poderia explicar o alcoolismo, o sofrimento psíquico,
a infelicidade, a falta de atenção, a tristeza, etc., que transformariam os pacientes em portadores de distúrbios
de comportamento e de aprendizagem. Essas hipóteses duvidosas ainda são publicadas pela mídia como fatos

R
comprovados, cumprindo a função social de abafar e ocultar violências físicas e psicológicas.
Além da acentuada carga medicamentosa prescrita aos adultos, uma constatação ainda mais preocupante
– que é o aumento da medicalização da infância. Atualmente observa-se que crianças e adolescentes que
U
apresentam características de personalidade que diferem dos catalogados como normais são frequentemente
enquadrados em categorias nosológicas.
Diante desse contexto inquietante a respeitável psicanalista Elisabeth Roudinesco, alerta: “Que sempre
haverá um medicamento a ser receitado, pois cada paciente é tratado como um ser anônimo, pertencente a
C

uma totalidade orgânica. Imerso numa massa em que todos são criados à imagem de um clone, ele vê ser-lhe
receitado à mesma gama de medicamentos, seja qual for o seu sintoma”.
Na mesma linha de raciocínio, o renomado jornalista americano Robert Whitaker, questiona os métodos
de tratamento adotados pela psiquiatria para os casos de pacientes com doenças mentais. Whitaker escreveu
N

dois livros analisando a evolução de pacientes com esquizofrenia em países como Índia, Nigéria e Estados
Unidos, e afirma que a psiquiatria está entrando em um período de crise e conclui: “A história que nos
contaram desde os anos oitenta caiu por terra, de que a esquizofrenia e a depressão são causadas por
desequilíbrios químicos no cérebro”.
IO

Não há dúvidas da importância da utilidade dessas substâncias químicas e do conforto e da qualidade vida
que elas trazem aos pacientes, desde que os psicofármacos – sejam prescritos de forma criteriosa e responsável
são aliados indispensáveis na luta contra o sofrimento psíquico. Portanto, é preciso contextualizar o uso
abusivo que se faz de antidepressivos, antipsicóticos e ansiolíticos.
(Jackson César Buonocore Sociólogo e Psicanalista. Disponível
R

em https://www.psicologiasdobrasil.com.br/medicalizacao-da-vida/. Acesso em 20/04/2018).


Diante desse contexto inquietante a respeitável psicanalista Elisabeth Roudinesco, alerta: “Que sempre haverá um
O

medicamento a ser receitado, pois cada paciente é tratado como um ser anônimo, pertencente a uma totalidade orgânica.
Imerso numa massa em que todos são criados à imagem de um clone, ele vê ser-lhe receitado à mesma gama de
medicamentos, seja qual for o seu sintoma”.

Sobre o excerto, afirma-se:

1. O pronome pessoal “ele” retoma o sintagma “um clone”.

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2. Há um termo deslocado no início do período, que, segundo prescrições da gramática normativa, deveria ser marcado
por vírgula.
3. A citação, marcada pelas aspas, parece mal introduzida, visto que começa por um conectivo.
4. A vírgula após o nome da psicanalista Elisabeth Roudinesco é inadequada, posto que se trata do sujeito gramatical.
5. A crase empregada no sintagma “à mesma gama de medicamentos” é correta, regida pelo verbo “receitar”.

Estão CORRETAS as afirmativas:


a) 1, 2 e 4.

S
b) 1, 3, 4 e 5.
c) 2, 3 e 4.
d) 3, 4 e 5.

O
35
Nos excertos abaixo, atente para a colocação pronominal, as alterações propostas e as afirmações feitas:

S
R
U
C
N
IO
R
O

Analisando com atenção o quadro, verifica-se que há erro na análise apresentada em:
a) 1, apenas.

b) 2, apenas.
c) 3, apenas.
d) 1, 2 e 3

36

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Atente para as informações a seguir:

A ortoépia se refere à correta articulação dos grupos vocálicos e dos fonemas consonantais, determinando as normas
que guiam a pronúncia correta das palavras. Os erros de ortoépia são chamados de cacoépia.

A prosódia se refere à correta acentuação dos vocábulos, nomeadamente quanto à posição da silaba tônica. É o estudo
das propriedades acústicas associadas à fala que não são reconhecíveis no registro ortográfico.

S
Em todas as opções, encontra(m)-se exemplo(s) de cacoépia e / ou desvios de prosódia, EXCETO em:
a) opinião, opção, projetil.

b) reinvidicar, sombrancelha, freiada.

O
c) rúbrica, récorde, catéter.
d) subistancial, beneficiente, reincindir.

37

S
Texto II
Razões da pós-modernidade

R
Carlos Alberto Sanches, professor, perito e consultor em Redação – [31/03/2014 - 21h06]

Foi nos anos 60 que surgiu o que se chama de “pós-modernidade”, na abalizada opinião de Frederic
U
Jameson, como “uma lógica cultural” do capitalismo tardio, filho bastardo do liberalismo dos séculos 18 e 19.
O tema é controverso, pois está associado a uma discussão sobre sua emergência funesta no pós-guerra. É que
ocorre nesse período um profundo desencanto no homem contemporâneo, especialmente no que toca à
diluição e abalo de seus valores axiológicos, como verdade, razão, legitimidade, universalidade, sujeito e
C

progresso etc. Os sonhos se esvaneceram, juntamente com os valores e alicerces da vida: a “estética”, a “ética”
e a “ciência”, e as repercussões que isso provocou na produção cultural: literatura, arte, filosofia, arquitetura,
economia, moral etc.
Há, sem dúvida, uma crise cultural que desemboca, talvez, em uma crise de modernidade. Ou a constatação
N

de que, rompida a modernidade, destroçada por guerras devastadoras, produto da “gaia ciência” libertadora,
leva a outra ruptura: morreu a pós-modernidade e deixou órfã a cultura contemporânea?
Seria o caso de se falar em posteridade na pós-modernidade? Max Weber, já no início do século 19,
menciona a chegada da modernidade trocada pela “racionalização intelectualista”, que produz o “desencanto
IO

do mundo”. Habermas o reinterpreta, dizendo que a civilização se desagrega, especialmente no que toca aos
conceitos da verdade, da coerência das leis, da autenticidade do belo, ou seja, como questões de
conhecimento...
Jean Francois Lyotard, em seu livro A condição pós-moderna, de 1979, enfoca a legitimação do
conhecimento na cultura contemporânea. Para ele, “o pós-moderno enquanto condição de cultura, nesta era
R

pós-industrial, é marcado pela incredulidade face ao metadiscurso filosófico – metafísico, com suas pretensões
atemporais e universalizantes”. É como se disséssemos, fazendo coro, mais tarde, com John Lennon, que “o
sonho acabou” (ego trip). A razão, como ponto nevrálgico da cultura moderna, não leva a nada, a não ser à
O

certeza de que o racionalismo iluminista, que vai entronizar a ciência como uma mola propulsora para a criação
de uma sociedade justa, valorizadora do indivíduo, vai apenas produzir o desencanto, via progresso e com as
suas descobertas, cantadas em prosa e verso, que nos deixaram um legado brutal: as grandes tragédias do
século 20: guerras atrozes, a bomba atômica, crise ecológica, a corrida armamentista...
A frustração é enorme, porque o iluminismo afirmara que somente as luzes da razão poderiam colocar o
homem como gerador de sua história. Mas tudo não passou de um sonho, um sonho de verão (parodiando
Shakespeare). Habermas coloca nessa época, o século 18, o gatilho que vai acionar essa desilusão da pós-
modernidade. A ciência prometia dar segurança ao homem e lhe deu mais desgraças. Entendamos aqui

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também a racionalidade (o primado da razão cartesiana) como cúmplice dessa falcatrua da modernidade e,
portanto, da atual pós-modernidade.
O mesmo filósofo fala em “desastre da modernidade”, um tipo de doença que produziu uma patologia
social chamada de “império da ciência”, despótico e tirânico, que “digere” as esferas estético-expressivas e as
religiosas-morais. Harvey põe o dedo na ferida ao dizer que o projeto do Iluminismo já era, na origem, uma
“patranha”, na medida em que disparava um discurso redentor para o homem com as luzes da razão, em troca
da lenta e gradual perda de sua liberdade.
A partir dos anos 50 e, ocorrido agora o definitivo desencanto com a ciência e suas tragédias (algumas
delas), pode-se falar em um processo de sua desaceleração. O nosso futuro virou uma incerteza. A razão, além
de não nos responder às grandes questões que prometeu responder, engendra novas e terríveis perguntas, que

S
chegam até hoje, vagando sobre a incerteza de nossos precários destinos. Eu falaria, metaforicamente, do
homem moderno acorrentado (o Prometeu) ao consumo desenfreado de coisas (res) para compensar suas
frustrações e angústias. A vida se tornou absurda e difícil de ser vivida, face a esse “mal-estar” do homem
ocidental. Daí surgem as grandes doenças psicossociais de hoje: a frustração, o relativismo e o niilismo, cujas

O
sementes já estavam no bojo do Iluminismo, a face sinistra de sua moeda. Não há mais nenhuma certeza,
porque a razão não foi capaz de dar ao homem alguns dos mais gratos dos bens: sua segurança e bem-estar.
Não há mais certezas, apenas a percepção de que é preciso repensar criticamente a ciência, que nunca nos
ofereceu um caminho para a felicidade, o que provoca um forte movimento de busca de liberdade. O mundo

S
está sem ordem e valores, como disse Dostoievski: “Se Deus não existe, tudo é permitido”.
A incerteza do mundo moderno e a impossibilidade de organizar nossas vidas levam Giddens a dizer que
“não há nada de misterioso no surgimento dos fundamentalismos, a radicalização para as angústias do
homem”. Restou-nos o refúgio nos grandes espetáculos, como os do Coliseu antigo: o pão e o circo, para
preencher o vazio da vida.

R
Na sua esteira de satanização social, o capitalismo engendra, então, a sociedade de consumo, para levar o
cidadão ao ópio do consumo (esquecer-se das desilusões) nas “estações orbitais” dos shoppings, ou templos
U
das compras, onde os bens nos consomem e a produção, sempre crescente, implica a criação em massa (ou
em série) de novos consumidores. Temos uma parafernália de bens, mas são em sua maioria coisas inúteis,
que a razão / ciência nos deu; mas, em troca, sofremos dos males do século, entre eles a elisão de nossa
C

individualidade. Foi uma troca desvantajosa. É o que Campbell chama do sonho que gera o “signomercadoria”,
que nos remete ao antigo sonho do Romantismo, da realização dos ideais.
Trocamos o orgasmo reprodutor instintivo pelo prazer lúdico-frenético de consumir, sem saber que somos
consumidos. Gememos de prazer ao comprar, mas choramos de dor face à nossa solidão, cercados pela
panaceia da ciência e da razão, que nos entope de placebos, mas não de remédios para a cura dos males dessa
N

longínqua luz racional, que se acende lá no Iluminismo e que vem, sob outras formas, até hoje. A televisão
nos anestesia com a estética da imagem. Para Baudrillard, ela é o nosso mundo, como o mundo saído da tela
do grande filme O Vidiota (o alienado no mundo virtual da tevê), cujo magistral intérprete foi Peter Sellers.
IO

Enquanto nos deleitamos com essa vida esquizofrênica e lúdica, deixamos no caixa do capitalismo tardio
(iluminista / racional) o nosso mais precioso bem: a individualidade. Só nos sobrou a estética, segundo
Jameson, ou a “colonização pela estética” que afeta diferentes aspectos da cultura, como a estética, a ética, a
teórica, além da moral política.
A pós-modernidade talvez seja uma reação a esse quadro desolador. Bauman fala em pós-modernidade
R

como a forma atual da modernidade longínqua. Já Giddens fala em modernidade tardia ou “modernidade
radicalizada”: a cultura atual. Por certo que a atual discussão sobre o pós-moderno implica um processo de
revisão e questionamento desse estado de coisas, em que o homem não passa de um res nulius, como as
O

matronas romanas.
A cultura moderna, ou pós-modernista, não tem uma razão para produzir sua autocrítica, mas muitas
razões, devido à sua prolongada irracionalidade do “modo de vida global”, segundo Jameson. O que se pode
dizer é que não há uma razão, mas muitas razões para reordenar criticamente os descaminhos da pós-
modernidade, sem esquecermos que a irracionalidade continua nos rondando.
http://www.gazetadopovo.com.br/opiniao/artigos/razoes-da-pos-modernidade-8bs4bc7sv5e06z8trfk0pv80e.
Acesso em 21/01/18.
Atente para a indicação de recursos estilísticos utilizados pelo autor do texto II:

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I – “A cultura moderna, ou pós-modernista, não tem uma razão para produzir sua autocrítica, mas muitas razões...”. →
Metonímia
II – “Restou-nos o refúgio nos grandes espetáculos, como os do Coliseu antigo: o pão e o circo, para preencher o vazio
da vida.” → Comparação
III – “A televisão nos anestesia com a estética da imagem. Para Baudrillard, ela é o nosso mundo.” → Metáfora
IV – “O tema é controverso, pois está associado a uma discussão sobre sua emergência funesta no pós-guerra.” →
Hipérbato

S
Verifica-se que foram corretamente indicadas as figuras de linguagem presentes em:
a) I, II e III, apenas.

O
b) I, III e IV, apenas.
c) II, III e IV, apenas.
d) I, II, III e IV.

S
38
Do moderno ao pós-moderno

R Frei Betto / 14/05/2017 - 06h00


A morte da modernidade merece missa de sétimo dia? Os pais da modernidade nos deixaram de herança
U
a confiança nas possibilidades da razão. E nos ensinaram a situar o homem no centro do pensamento e a
acreditar que a razão, sem dogmas e donos, construiria uma sociedade livre e justa.
Pouco afeitos ao delírio e à poesia, não prestamos atenção à crítica romântica da modernidade – Byron,
C

Rimbaud, Burckhardt, Nietzsche e Jarry. Agora, olhamos em volta e o que vemos? As ruínas do Muro de
Berlim, a Estátua da Liberdade tendo o mesmo efeito no planeta que o Cristo do Corcovado na vida cristã dos
cariocas, o desencanto com a política, o ceticismo frente aos valores.
Somos invadidos pela incerteza, a consciência fragmentária, o sincretismo do olhar, a disseminação, a
ruptura e a dispersão. O evento soa mais importante que a história e o detalhe sobrepuja a fundamentação.
N

O pós-moderno aparece na moda, na estética, no estilo de vida. É a cultura de evasão da realidade. De fato,
não estamos satisfeitos com a inflação, com a nossa filha gastando mais em pílulas de emagrecimento que em
livros, e causa-nos profunda decepção saber que, neste país, a impunidade é mais forte que a lei. Ainda assim,
IO

temos esperança de mudá-lo. Recuamos do social ao privado e, rasgadas as antigas bandeiras, nossos ideais
transformam-se em gravatas estampadas. Já não há utopias de um futuro diferente. Hoje, é considerado
politicamente incorreto propagar a tese de conquista de uma sociedade onde todos tenham iguais direitos e
oportunidades.
Agora predominam o efêmero, o individual, o subjetivo e o estético. Que análise de realidade previu a volta
R

da Rússia à sociedade de classes? Resta-nos captar fragmentos do real (e aceitar que o saber é uma construção
coletiva). Nosso processo de conhecimento se caracteriza pela indeterminação, descontinuidade e pluralismo.
A desconfiança da razão nos impele ao esotérico, ao espiritualismo de consumo imediato, ao hedonismo
O

consumista, em progressiva mimetização generalizada de hábitos e costumes. Estamos em pleno naufrágio


ou, como predisse Heidegger, caminhando por veredas perdidas.
Sem o resgate da ética, da cidadania e das esperanças libertárias, e do Estado-síndico dos interesses da
maioria, não haverá justiça, exceto aquela que o mais forte faz com as próprias mãos.
Ingressamos na era da globalização. Graças às redes de computadores, um rapaz de São Paulo pode namorar
uma chinesa de Beijing sem que nenhum dos dois saia de casa. Bilhões de dólares são eletronicamente
transferidos de um país a outro no jogo da especulação, derivativo de ricos. Caem as fronteiras culturais e
econômicas, afrouxam-se as políticas e morais. Prevalece o padrão do mais forte.

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A globalização tem sombras e luzes. Se de um lado aproxima povos e quebra barreiras de comunicação, de
outro ela assume, nas esferas econômica e cultural, o caráter de globocolonização.

(Disponível em: http://hojeemdia.com.br/opini%C3%A3o/colunas/frei-betto-1.334186/domoderno-ao-


p%C3%B3s-moderno-1.464377. Acesso 05 jan. 2018)
Atente para o fragmento abaixo, a fim de responder a questão:

“O pós-moderno aparece na moda, na estética, no estilo de vida. É a cultura de evasão da realidade. De fato, não

S
estamos satisfeitos com a inflação, com a nossa filha gastando mais em pílulas de emagrecimento que em livros, e
causa-nos profunda decepção saber que, neste país, a impunidade é mais forte que a lei. Ainda assim, temos
esperança de mudá-lo. Recuamos do social ao privado e, rasgadas as antigas bandeiras, nossos ideais transformam-se

O
em gravatas estampadas. Já não há utopias de um futuro diferente. Hoje, é considerado politicamente incorreto
propagar a tese de conquista de uma sociedade onde todos tenham iguais direitos e oportunidades.”

S
Com relação ao emprego dos pronomes destacados, assinale a afirmativa INCORRETA:
a) O emprego do demonstrativo “neste” está inadequado; o autor deveria ter utilizado o pronome “nesse”.

R
b) O emprego do pronome relativo “onde” desvia-se da norma prescrita, visto que não retoma constituinte que indica
espaço físico.
U
c) O pronome pessoal oblíquo “nos” poderia ser substituído pela forma tônica “a nós”.
d) O pronome pessoal oblíquo átono “-lo” retoma, adequadamente, o substantivo “país”, dito na frase anterior.

39
C

São vários os interdiscursos que “dialogam” no artigo de opinião de Frei Betto, como fonte de evidências para sua
argumentação. Abaixo se apontaram alguns deles, com uma exemplificação. Assinale a opção em que NÃO haja
correspondência entre a nomeação e a exemplificação:
N

a) Econômico: “Bilhões de dólares são eletronicamente transferidos de um país a outro no jogo da especulação,
derivativo de ricos”.
IO

b) Político: “... e causa-nos profunda decepção saber que, neste país, a impunidade é mais forte que a lei”.
c) Religioso: “Resta-nos captar fragmentos do real (e aceitar que o saber é uma construção coletiva). Nosso processo
de conhecimento se caracteriza pela indeterminação, descontinuidade e pluralismo.”
d) Tecnológico: “Graças às redes de computadores, um rapaz de São Paulo pode namorar uma chinesa de Beijing sem
R

que nenhum dos dois saia de casa”.

40
O

Anteponha V (verdadeiro) ou F (falso) às asserções, levando em consideração a argumentação do articulista:

( ) Para o autor, a crença no racionalismo, base da reflexão que sustentava a contraposição a dogmas e possibilitava a
liberdade, hoje foi suplantada pela incerteza de uns, e pela alienação de outros.

( ) Segundo o autor, na contemporaneidade, o caráter de imediatismo e individualismo da nossa sociedade é fruto do


sincretismo religioso do povo brasileiro e da falta de conhecimento da história do Brasil.

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( ) A globalização, que se constitui como fenômeno inescapável, apresenta tanto aspectos positivos quanto negativos:
no âmbito dos avanços tecnológicos, ao mesmo tempo aproxima e isola pessoas; no econômico, promove grande
circulação monetária para uns e desigualdades gritantes, para outros povos. ( ) Em decorrência do apagamento de
fronteiras culturais e econômicas, notam-se interferências nos preceitos morais dos diversos grupos sociais, sobretudo
dos países “colonizados”.

( ) Para Frei Betto, o ceticismo e o hedonismo consumista, marcantes no mundo pós-moderno, construíram uma nova
postura ética, uma nova utopia que rejeita o “politicamente incorreto”.

S
A sequência CORRETA, de cima para baixo, é:
a) F – F – V – F – F

O
b) F – V – F – V – V
c) V – F – V – F – V

S
d) V – F – V – V – F

41
Do moderno ao pós-moderno

R Frei Betto / 14/05/2017 - 06h00


U
A morte da modernidade merece missa de sétimo dia? Os pais da modernidade nos deixaram de herança
a confiança nas possibilidades da razão. E nos ensinaram a situar o homem no centro do pensamento e a
acreditar que a razão, sem dogmas e donos, construiria uma sociedade livre e justa.
Pouco afeitos ao delírio e à poesia, não prestamos atenção à crítica romântica da modernidade – Byron,
C

Rimbaud, Burckhardt, Nietzsche e Jarry. Agora, olhamos em volta e o que vemos? As ruínas do Muro de
Berlim, a Estátua da Liberdade tendo o mesmo efeito no planeta que o Cristo do Corcovado na vida cristã dos
cariocas, o desencanto com a política, o ceticismo frente aos valores.
Somos invadidos pela incerteza, a consciência fragmentária, o sincretismo do olhar, a disseminação, a
N

ruptura e a dispersão. O evento soa mais importante que a história e o detalhe sobrepuja a fundamentação.
O pós-moderno aparece na moda, na estética, no estilo de vida. É a cultura de evasão da realidade. De fato,
não estamos satisfeitos com a inflação, com a nossa filha gastando mais em pílulas de emagrecimento que em
IO

livros, e causa-nos profunda decepção saber que, neste país, a impunidade é mais forte que a lei. Ainda assim,
temos esperança de mudá-lo. Recuamos do social ao privado e, rasgadas as antigas bandeiras, nossos ideais
transformam-se em gravatas estampadas. Já não há utopias de um futuro diferente. Hoje, é considerado
politicamente incorreto propagar a tese de conquista de uma sociedade onde todos tenham iguais direitos e
oportunidades.
R

Agora predominam o efêmero, o individual, o subjetivo e o estético. Que análise de realidade previu a volta
da Rússia à sociedade de classes? Resta-nos captar fragmentos do real (e aceitar que o saber é uma construção
coletiva). Nosso processo de conhecimento se caracteriza pela indeterminação, descontinuidade e pluralismo.
O

A desconfiança da razão nos impele ao esotérico, ao espiritualismo de consumo imediato, ao hedonismo


consumista, em progressiva mimetização generalizada de hábitos e costumes. Estamos em pleno naufrágio
ou, como predisse Heidegger, caminhando por veredas perdidas.
Sem o resgate da ética, da cidadania e das esperanças libertárias, e do Estado-síndico dos interesses da
maioria, não haverá justiça, exceto aquela que o mais forte faz com as próprias mãos.
Ingressamos na era da globalização. Graças às redes de computadores, um rapaz de São Paulo pode namorar
uma chinesa de Beijing sem que nenhum dos dois saia de casa. Bilhões de dólares são eletronicamente
transferidos de um país a outro no jogo da especulação, derivativo de ricos. Caem as fronteiras culturais e
econômicas, afrouxam-se as políticas e morais. Prevalece o padrão do mais forte.

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A globalização tem sombras e luzes. Se de um lado aproxima povos e quebra barreiras de comunicação, de
outro ela assume, nas esferas econômica e cultural, o caráter de globocolonização.

(Disponível em: http://hojeemdia.com.br/opini%C3%A3o/colunas/frei-betto-1.334186/domoderno-ao-


p%C3%B3s-moderno-1.464377. Acesso 05 jan. 2018)
Atente para o fragmento abaixo, a fim de responder a questão:

“O pós-moderno aparece na moda, na estética, no estilo de vida. É a cultura de evasão da realidade. De fato, não

S
estamos satisfeitos com a inflação, com a nossa filha gastando mais em pílulas de emagrecimento que em livros, e
causa-nos profunda decepção saber que, neste país, a impunidade é mais forte que a lei. Ainda assim, temos
esperança de mudá-lo. Recuamos do social ao privado e, rasgadas as antigas bandeiras, nossos ideais transformam-se

O
em gravatas estampadas. Já não há utopias de um futuro diferente. Hoje, é considerado politicamente incorreto
propagar a tese de conquista de uma sociedade onde todos tenham iguais direitos e oportunidades.”

S
I – O vocábulo “bandeiras”, plurissignificativo, aqui é utilizado referencialmente e substitui, metonimicamente, o sentido de
“ideais”, “frentes ou propostas de luta”.

R
II – A expressão “transformam-se em gravatas estampadas” assume valor pejorativo, em contraposição ao elemento que o
antecedeu na argumentação.
U
III – O autor endossa e defende a tese dos politicamente incorretos, que apregoam a busca de uma sociedade equilibrada.
C

Estão INCORRETAS as assertivas:

a) I e II, apenas.
N

b) I e III, apenas.
c) II e III, apenas.
IO

d) I, II, III.

42
Chama-se neologismo formal ao emprego de palavras novas, derivadas ou formadas de outras já existentes, na
R

mesma língua ou não, e de neologismo semântico à atribuição de novos sentidos a palavras já existentes na língua.
No trecho a seguir, o autor lançou mão de um neologismo, expediente facultado pela língua portuguesa, com
O

determinada intenção comunicativa.

“Sem o resgate da ética, da cidadania e das esperanças libertárias, e do Estado-síndico dos interesses da maioria, não
haverá justiça, exceto aquela que o mais forte faz com as próprias mãos.”

Com o composto criado, a argumentação do autor se baseia no recurso a uma formação lexical resultante de:

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a) recurso à intertextualidade (por meio de uma alusão).


b) recurso à metalinguagem (por meio da redefinição de um conceito).
c) um processo de analogia (por meio da extensão metafórica do sentido).
d) uso de estrangeirismo (por um processo linguístico denominado idiotismo).

43
“A morte da modernidade merece missa de sétimo dia? Os pais da modernidade nos deixaram de herança a confiança

S
nas possibilidades da razão. E nos ensinaram a situar o homem no centro do pensamento e a acreditar que a razão, sem
dogmas e donos, construiria uma sociedade livre e justa.”
São figuras de linguagem identificáveis no fragmento acima, EXCETO:
a) Antítese.

O
b) Ironia.
c) Metáfora.

S
d) Perífrase.

44

R
Foram indicadas corretamente as ideias representadas pelos conectivos destacados, EXCETO em:
a) “... causa-nos profunda decepção saber que, neste país, a impunidade é mais forte que a lei. Ainda assim, temos
U
esperança de mudá-lo.” ➔ concessão
b) “... um rapaz de São Paulo pode namorar uma chinesa de Beijing sem que nenhum dos dois saia de
casa.” ➔ condição
C

c) “Estamos em pleno naufrágio ou, como predisse Heidegger, caminhando por veredas perdidas.” ➔ conformidade

d) “O evento soa mais importante que a história e o detalhe sobrepuja a fundamentação. ➔ comparação

45
N

“A globalização tem sombras e luzes. Se de um lado aproxima povos e quebra barreiras de comunicação, de outro ela
assume, nas esferas econômica e cultural, o caráter de globocolonização.”
IO

O item lexical destacado:


R

a) é forma derivada dos itens “global” + “colonizar”.


b) é formado por composição, pois contém duas bases.
O

c) exemplifica caso de formação por derivação regressiva.


d) trata-se de um caso especial de formação, a derivação imprópria.

46
Com relação à acentuação gráfica dos itens destacados, avalie as afirmações e assinale a opção que traz uma
asserção INCORRETA:

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a) Assim como os itens “crítica” e “sétimo”, todas as demais que apresentarem tal tonicidade deverão receber acento
gráfico.
b) Os itens lexicais “ruínas”, “saía” e “país” são acentuados pela mesma razão: a presença de vogal -I ou -U tônica num
hiato, seguida ou não de -S.
c) Os vocábulos “cristã”, “não”, “são” e “evasão” recebem acento gráfico pela mesma razão: trata-se de oxítonas com
vogal nasal no segmento final.
d) Os vocábulos “Rússia” e “delírio” recebem acento gráfico devido ao encontro vocálico presente em sua última
sílaba.

S
47
Texto II
Razões da pós-modernidade

O
Carlos Alberto Sanches, professor, perito e consultor em Redação – [31/03/2014- 21h06]

Foi nos anos 60 que surgiu o que se chama de “pós-modernidade”, na abalizada opinião de Frederic
Jameson, como “uma lógica cultural” do capitalismo tardio, filho bastardo do liberalismo dos séculos 18 e 19.

S
O tema é controverso, pois está associado a uma discussão sobre sua emergência funesta no pós-guerra. É que
ocorre nesse período um profundo desencanto no homem contemporâneo, especialmente no que toca à
diluição e abalo de seus valores axiológicos, como verdade, razão, legitimidade, universalidade, sujeito e

R
progresso etc. Os sonhos se esvaneceram, juntamente com os valores e alicerces da vida: a “estética”, a “ética”
e a “ciência”, e as repercussões que isso provocou na produção cultural: literatura, arte, filosofia, arquitetura,
economia, moral etc.
U
Há, sem dúvida, uma crise cultural que desemboca, talvez, em uma crise de modernidade. Ou a constatação de que, rompida
a modernidade, destroçada por guerras devastadoras, produto da “gaia ciência” libertadora, leva a outra ruptura: morreu a
pós-modernidade e deixou órfã a cultura contemporânea?
Seria o caso de se falar em posteridade na pós-modernidade? Max Weber, já no início do século 19, menciona a chegada
da modernidade trocada pela “racionalização intelectualista”, que produz o “desencanto do mundo”. Habermas o reinterpreta,
C

dizendo que a civilização se desagrega, especialmente no que toca aos conceitos da verdade, da coerência das leis, da
autenticidade do belo, ou seja, como questões de conhecimento...
Jean Francois Lyotard, em seu livro A condição pós-moderna, de 1979, enfoca a legitimação do conhecimento na cultura
contemporânea. Para ele, “o pós-moderno enquanto condição de cultura, nesta era pós-industrial, é marcado pela
incredulidade face ao metadiscurso filosófico – metafísico, com suas pretensões atemporais e universalizantes”. É como se
N

disséssemos, fazendo coro, mais tarde, com John Lennon, que “o sonho acabou” (ego trip). A razão, como ponto nevrálgico
da cultura moderna, não leva a nada, a não ser à certeza de que o racionalismo iluminista, que vai entronizar a ciência como
uma mola propulsora para a criação de uma sociedade justa, valorizadora do indivíduo, vai apenas produzir o desencanto, via
IO

progresso e com as suas descobertas, cantadas em prosa e verso, que nos deixaram um legado brutal: as grandes tragédias do
século 20: guerras atrozes, a bomba atômica, crise ecológica, a corrida armamentista...
A frustração é enorme, porque o iluminismo afirmara que somente as luzes da razão poderiam colocar o homem como
gerador de sua história. Mas tudo não passou de um sonho, um sonho de verão (parodiando Shakespeare). Habermas coloca
nessa época, o século 18, o gatilho que vai acionar essa desilusão da pós-modernidade. A ciência prometia dar segurança ao
homem e lhe deu mais desgraças. Entendamos aqui também a racionalidade (o primado da razão cartesiana) como cúmplice
R

dessa falcatrua da modernidade e, portanto, da atual pós-modernidade.


O mesmo filósofo fala em “desastre da modernidade”, um tipo de doença que produziu uma patologia social chamada de
“império da ciência”, despótico e tirânico, que “digere” as esferas estético-expressivas e as religiosas-morais. Harvey põe o
dedo na ferida ao dizer que o projeto do Iluminismo já era, na origem, uma “patranha”, na medida em que disparava um
O

discurso redentor para o homem com as luzes da razão, em troca da lenta e gradual perda de sua liberdade.
A partir dos anos 50 e, ocorrido agora o definitivo desencanto com a ciência e suas tragédias (algumas delas), pode-se falar
em um processo de sua desaceleração. O nosso futuro virou uma incerteza. A razão, além de não nos responder às grandes
questões que prometeu responder, engendra novas e terríveis perguntas, que chegam até hoje, vagando sobre a incerteza de
nossos precários destinos. Eu falaria, metaforicamente, do homem moderno acorrentado (o Prometeu) ao consumo
desenfreado de coisas (res) para compensar suas frustrações e angústias. A vida se tornou absurda e difícil de ser vivida, face
a esse “mal-estar” do homem ocidental. Daí surgem as grandes doenças psicossociais de hoje: a frustração, o relativismo e o
niilismo, cujas sementes já estavam no bojo do Iluminismo, a face sinistra de sua moeda. Não há mais nenhuma certeza,
porque a razão não foi capaz de dar ao homem alguns dos mais gratos dos bens: sua segurança e bem-estar. Não há mais
certezas, apenas a percepção de que é preciso repensar criticamente a ciência, que nunca nos ofereceu um caminho para a

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felicidade, o que provoca um forte movimento de busca de liberdade. O mundo está sem ordem e valores, como disse
Dostoievski: “Se Deus não existe, tudo é permitido”.
A incerteza do mundo moderno e a impossibilidade de organizar nossas vidas levam Giddens a dizer que “não há nada de
misterioso no surgimento dos fundamentalismos, a radicalização para as angústias do homem”. Restou-nos o refúgio nos
grandes espetáculos, como os do Coliseu antigo: o pão e o circo, para preencher o vazio da vida.
Na sua esteira de satanização social, o capitalismo engendra, então, a sociedade de consumo, para levar o cidadão ao ópio
do consumo (esquecer-se das desilusões) nas “estações orbitais” dos shoppings, ou templos das compras, onde os bens nos
consomem e a produção, sempre crescente, implica a criação em massa (ou em série) de novos consumidores. Temos uma
parafernália de bens, mas são em sua maioria coisas inúteis, que a razão / ciência nos deu; mas, em troca, sofremos dos males
do século, entre eles a elisão de nossa individualidade. Foi uma troca desvantajosa. É o que Campbell chama do
sonho que gera o “signo-mercadoria”, que nos remete ao antigo sonho do Romantismo, da realização dos

S
ideais.
Trocamos o orgasmo reprodutor instintivo pelo prazer lúdico-frenético de consumir, sem saber que somos
consumidos. Gememos de prazer ao comprar, mas choramos de dor face à nossa solidão, cercados pela
panaceia da ciência e da razão, que nos entope de placebos, mas não de remédios para a cura dos males dessa

O
longínqua luz racional, que se acende lá no Iluminismo e que vem, sob outras formas, até hoje. A televisão
nos anestesia com a estética da imagem. Para Baudrillard, ela é o nosso mundo, como o mundo saído da tela
do grande filme O Vidiota (o alienado no mundo virtual da tevê), cujo magistral intérprete foi Peter Sellers.
Enquanto nos deleitamos com essa vida esquizofrênica e lúdica, deixamos no caixa do capitalismo tardio

S
(iluminista / racional) o nosso mais precioso bem: a individualidade. Só nos sobrou a estética, segundo
Jameson, ou a “colonização pela estética” que afeta diferentes aspectos da cultura, como a estética, a ética, a
teórica, além da moral política.
A pós-modernidade talvez seja uma reação a esse quadro desolador. Bauman fala em pós-modernidade como

R
a forma atual da modernidade longínqua. Já Giddens fala em modernidade tardia ou “modernidade
radicalizada”: a cultura atual. Por certo que a atual discussão sobre o pós-moderno implica um processo de
U
revisão e questionamento desse estado de coisas, em que o homem não passa de um res nulius, como as
matronas romanas.
A cultura moderna, ou pós-modernista, não tem uma razão para produzir sua autocrítica, mas muitas razões, devido à sua
prolongada irracionalidade do “modo de vida global”, segundo Jameson. O que se pode dizer é que não há uma razão, mas
muitas razões para reordenar criticamente os descaminhos da pós-modernidade, sem esquecermos que a irracionalidade
C

continua nos rondando.

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Acesso em 21/01/18.
N

Discutindo uma mesma temática, há, como semelhanças entre os textos I (escrito por um teólogo) e II (escrito por um
professor), os seguintes aspectos, EXCETO:
a) A constatação do adoecimento humano face às incertezas e inseguranças decorrentes de um cotidiano que tanto
IO

desagregou os vínculos sociais quanto afetou a identidade individual.


b) A crítica à pós-modernidade, vista como centrada num cientificismo desumanizador e num consumismo
exacerbado.
c) O recurso à intertextualidade, por meio de citações explícitas ou a alusões, como forma de dar maior credibilidade
R

à argumentação.
d) O recurso a um registro formal, beirando ao hermético, calcado no predomínio do uso denotativo da língua.
O

48
Leia atentamente a tirinha de Mafalda, personagem de Quino que, há mais de 50 anos, traz à tona questões que estão na
pauta das discussões em nossa sociedade. Nesta, em especial, o tema é afim ao tratado nos dois textos lidos.

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S
O
S
R
U
Sobre ela, são feitas afirmações, a seguir, referentes tanto ao conteúdo quanto à forma do texto verbal. Assinale a
afirmativa INCORRETA:
C

a) Frei Betto afirma que “A globalização tem sombras e luzes. Se de um lado aproxima povos e quebra barreiras de
comunicação, de outro ela assume, nas esferas econômica e cultural, o caráter de globocolonização.” ➔ Mafalda
representa uma coletividade, e não uma menina singular, individualizada, de um determinado país. Embora mencione
verbos na 3ª pessoa do singular, o modo imperativo abrange a todos e a cada um dos consumidores, de forma
massificada.
N

b) Para Frei Betto, hoje somos impelidos “ao espiritualismo de consumo imediato, ao hedonismo consumista, em
progressiva mimetização generalizada de hábitos e costumes.” ➔ Na tirinha, isso é confirmado pela sequência de
IO

verbos no imperativo, que evidenciam a função conativa exercida pela mídia.

c) Para Sanches, “a televisão nos anestesia com a estética da imagem.” ➔ Confirma-se plenamente essa afirmação no
último quadrinho da tirinha, em que Mafalda demonstra ter consciência da manipulação exercida pela televisão.
d) Sanches afirma que “Enquanto nos deleitamos com essa vida esquizofrênica e lúdica, deixamos no caixa do
R

capitalismo tardio (iluminista / racional) o nosso mais precioso bem: a individualidade.” ➔ Essa afirmação é
confirmada pelos questionamentos de Mafalda, nos três quadrinhos, em que reflete sobre um “nós”, e não sobre si
mesma, um “eu” individualizado.
O

49
Atente para a indicação de recursos estilísticos utilizados pelo autor do texto II:
I – “A cultura moderna, ou pós-modernista, não tem uma razão para produzir sua autocrítica, mas muitas
razões...”. ➔ Metonímia
II – “Restou-nos o refúgio nos grandes espetáculos, como os do Coliseu antigo: o pão e o circo, para preencher o vazio da
vida.” ➔ Comparação

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III – “A televisão nos anestesia com a estética da imagem. Para Baudrillard, ela é o nosso mundo.” ➔ Metáfora
IV – “O tema é controverso, pois está associado a uma discussão sobre sua emergência funesta no pós-guerra.” ➔ Hipérbato

Verifica-se que foram corretamente indicadas as figuras de linguagem presentes em:


a) I, II e III, apenas

b) I, III e IV, apenas


c) II, III e IV, apenas
d) I, II, III e IV.

S
50

O
Chama-se neologismo formal ao emprego de palavras novas, derivadas ou formadas de outras já existentes, na mesma
língua ou não, e de neologismo semântico à atribuição de novos sentidos a palavras já existentes na língua. No trecho
a seguir, o autor lançou mão de um neologismo, expediente facultado pela língua portuguesa, com determinada intenção
comunicativa.

S
“Sem o resgate da ética, da cidadania e das esperanças libertárias, e do Estado-síndico dos interesses da maioria, não
haverá justiça, exceto aquela que o mais forte faz com as próprias mãos.”

R
Com o composto criado, a argumentação do autor se baseia no recurso a uma formação lexical resultante de:
U
a) recurso à intertextualidade (por meio de uma alusão).

b) recurso à metalinguagem (por meio da redefinição de um conceito).


c) um processo de analogia (por meio da extensão metafórica do sentido).
C

d) uso de estrangeirismo (por um processo linguístico denominado idiotismo).

51
N

Do moderno ao pós-moderno
Frei Betto / 14/05/2017 - 06h00
IO

A morte da modernidade merece missa de sétimo dia? Os pais da modernidade nos deixaram de herança
a confiança nas possibilidades da razão. E nos ensinaram a situar o homem no centro do pensamento e a
acreditar que a razão, sem dogmas e donos, construiria uma sociedade livre e justa.
Pouco afeitos ao delírio e à poesia, não prestamos atenção à crítica romântica da modernidade – Byron,
Rimbaud, Burckhardt, Nietzsche e Jarry. Agora, olhamos em volta e o que vemos? As ruínas do Muro de
R

Berlim, a Estátua da Liberdade tendo o mesmo efeito no planeta que o Cristo do Corcovado na vida cristã dos
cariocas, o desencanto com a política, o ceticismo frente aos valores.
Somos invadidos pela incerteza, a consciência fragmentária, o sincretismo do olhar, a disseminação, a
O

ruptura e a dispersão. O evento soa mais importante que a história e o detalhe sobrepuja a fundamentação.
O pós-moderno aparece na moda, na estética, no estilo de vida. É a cultura de evasão da realidade. De fato,
não estamos satisfeitos com a inflação, com a nossa filha gastando mais em pílulas de emagrecimento que em
livros, e causa-nos profunda decepção saber que, neste país, a impunidade é mais forte que a lei. Ainda assim,
temos esperança de mudá-lo. Recuamos do social ao privado e, rasgadas as antigas bandeiras, nossos ideais
transformam-se em gravatas estampadas. Já não há utopias de um futuro diferente. Hoje, é considerado
politicamente incorreto propagar a tese de conquista de uma sociedade onde todos tenham iguais direitos e
oportunidades.

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Agora predominam o efêmero, o individual, o subjetivo e o estético. Que análise de realidade previu a
volta da Rússia à sociedade de classes? Resta-nos captar fragmentos do real (e aceitar que o saber é uma
construção coletiva). Nosso processo de conhecimento se caracteriza pela indeterminação, descontinuidade e
pluralismo.
A desconfiança da razão nos impele ao esotérico, ao espiritualismo de consumo imediato, ao hedonismo
consumista, em progressiva mimetização generalizada de hábitos e costumes. Estamos em pleno naufrágio
ou, como predisse Heidegger, caminhando por veredas perdidas.
Sem o resgate da ética, da cidadania e das esperanças libertárias, e do Estado-síndico dos interesses da
maioria, não haverá justiça, exceto aquela que o mais forte faz com as próprias mãos.
Ingressamos na era da globalização. Graças às redes de computadores, um rapaz de São Paulo pode

S
namorar uma chinesa de Beijing sem que nenhum dos dois saia de casa. Bilhões de dólares são eletronicamente
transferidos de um país a outro no jogo da especulação, derivativo de ricos. Caem as fronteiras culturais e
econômicas, afrouxam-se as políticas e morais. Prevalece o padrão do mais forte.
A globalização tem sombras e luzes. Se de um lado aproxima povos e quebra barreiras de comunicação,

O
de outro ela assume, nas esferas econômica e cultural, o caráter de globocolonização.
(Disponível em: http://hojeemdia.com.br/opini%C3%A3o/colunas/frei-betto-1.334186/do-moderno-ao-
p%C3%B3s-moderno-1.464377. Acesso 05 jan. 2018)
Com relação à acentuação gráfica dos itens destacados, avalie as afirmações e assinale a opção que traz uma

S
asserção INCORRETA:
a) Assim como os itens “crítica” e “sétimo”, todas as demais que apresentarem tal tonicidade deverão receber acento

R
gráfico.
b) Os itens lexicais “ruínas”, “saía” e “país” são acentuados pela mesma razão: a presença de vogal -I ou -U tônica num
hiato, seguida ou não de -S.
U
c) Os vocábulos “cristã”, “não”, “são” e “evasão” recebem acento gráfico pela mesma razão: trata-se de oxítonas com
vogal nasal no segmento final.
d) Os vocábulos “Rússia” e “delírio” recebem acento gráfico devido ao encontro vocálico presente em sua última
C

sílaba.

52
N

Atente para o fragmento abaixo, a fim de responder a questão abaixo:

“O pós-moderno aparece na moda, na estética, no estilo de vida. É a cultura de evasão da realidade. De fato,
não estamos satisfeitos com a inflação, com a nossa filha gastando mais em pílulas de emagrecimento que em
IO

livros, e causa-nos profunda decepção saber que, nestepaís, a impunidade é mais forte que a lei. Ainda assim,
temos esperança de mudá-lo. Recuamos do social ao privado e, rasgadas as antigas bandeiras, nossos ideais
transformam-se em gravatas estampadas. Já não há utopias de um futuro diferente. Hoje, é considerado
politicamente incorreto propagar a tese de conquista de uma sociedade onde todos tenham iguais direitos e
oportunidades.
R

Com relação ao emprego dos pronomes destacados, assinale a afirmativa INCORRETA:


a) O emprego do demonstrativo “neste” está inadequado; o autor deveria ter utilizado o pronome “nesse”.
O

b) O emprego do pronome relativo “onde” desvia-se da norma prescrita, visto que não retoma constituinte que indica
espaço físico.
c) O pronome pessoal oblíquo “nos” poderia ser substituído pela forma tônica “a nós”.
d) O pronome pessoal oblíquo átono “-lo” retoma, adequadamente, o substantivo “país”, dito na frase anterior.

53

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I – O vocábulo “bandeiras”, plurissignificativo, aqui é utilizado referencialmente e substitui, metonimicamente, o


sentido de “ideais”, “frentes ou propostas de luta”.

II – A expressão “transformam-se em gravatas estampadas” assume valor pejorativo, em contraposição ao elemento


que o antecedeu na argumentação.

III – O autor endossa e defende a tese dos politicamente incorretos, que apregoam a busca de uma sociedade
equilibrada.

S
Estão INCORRETAS as assertivas:
a) I e II, apenas.

O
b) I e III, apenas.
c) II e III, apenas.
d) I, II, III.

S
54

R
Texto I
U
Do moderno ao pós-moderno

Frei Betto / 14/05/2017 - 06h00


C

A morte da modernidade merece missa de sétimo dia? Os pais da modernidade nos deixaram de herança a confiança
nas possibilidades da razão. E nos ensinaram a situar o homem no centro do pensamento e a acreditar que a razão,
N

sem dogmas e donos, construiria uma sociedade livre e justa.

Pouco afeitos ao delírio e à poesia, não prestamos atenção à crítica romântica da modernidade – Byron, Rimbaud,
Burckhardt, Nietzsche e Jarry. Agora, olhamos em volta e o que vemos? As ruínas do Muro de Berlim, a Estátua da
IO

Liberdade tendo o mesmo efeito no planeta que o Cristo do Corcovado na vida cristã dos cariocas, o desencanto com
a política, o ceticismo frente aos valores.

Somos invadidos pela incerteza, a consciência fragmentária, o sincretismo do olhar, a disseminação, a ruptura e a
dispersão. O evento soa mais importante que a história e o detalhe sobrepuja a fundamentação.
R

O pós-moderno aparece na moda, na estética, no estilo de vida. É a cultura de evasão da realidade. De fato, não
estamos satisfeitos com a inflação, com a nossa filha gastando mais em pílulas de emagrecimento que em livros, e
O

causanos profunda decepção saber que, neste país, a impunidade é mais forte que a lei. Ainda assim, temos esperança
de mudá-lo. Recuamos do social ao privado e, rasgadas as antigas bandeiras, nossos ideais transformam-se em
gravatas estampadas. Já não há utopias de um futuro diferente. Hoje, é considerado politicamente incorreto propagar
a tese de conquista de uma sociedade onde todos tenham iguais direitos e oportunidades.

Agora predominam o efêmero, o individual, o subjetivo e o estético. Que análise de realidade previu a volta da
Rússia à sociedade de classes? Resta-nos captar fragmentos do real (e aceitar que o saber é uma construção coletiva).
Nosso processo de conhecimento se caracteriza pela indeterminação, descontinuidade e pluralismo.

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A desconfiança da razão nos impele ao esotérico, ao espiritualismo de consumo imediato, ao hedonismo consumista,
em progressiva mimetização generalizada de hábitos e costumes. Estamos em pleno naufrágio ou, como predisse
Heidegger, caminhando por veredas perdidas.

Sem o resgate da ética, da cidadania e das esperanças libertárias, e do Estado-síndico dos interesses da maioria, não
haverá justiça, exceto aquela que o mais forte faz com as próprias mãos.

Ingressamos na era da globalização. Graças às redes de computadores, um rapaz de São Paulo pode namorar uma
chinesa de Beijing sem que nenhum dos dois saia de casa. Bilhões de dólares são eletronicamente transferidos de um
país a outro no jogo da especulação, derivativo de ricos. Caem as fronteiras culturais e econômicas, afrouxam-se as
políticas e morais. Prevalece o padrão do mais forte.

S
A globalização tem sombras e luzes. Se de um lado aproxima povos e quebra barreiras de comunicação, de outro
ela assume, nas esferas econômica e cultural, o caráter de globocolonização.

O
(Disponível em: http://hojeemdia.com.br/opini%C3%A3o/colunas/frei-betto-1.334186/domoderno-ao-p%C3%B3s-
moderno-1.464377. Acesso 05 jan. 2018)

S
Texto II

R
Razões da pós-modernidade

Carlos Alberto Sanches, professor, perito e consultor em Redação – [31/03/2014 - 21h06]


U
Foi nos anos 60 que surgiu o que se chama de “pós-modernidade”, na abalizada opinião de Frederic
Jameson, como “uma lógica cultural” do capitalismo tardio, filho bastardo do liberalismo dos séculos 18 e 19.
O tema é controverso, pois está associado a uma discussão sobre sua emergência funesta no pósguerra. É que
C

ocorre nesse período um profundo desencanto no homem contemporâneo, especialmente no que toca à
diluição e abalo de seus valores axiológicos, como verdade, razão, legitimidade, universalidade, sujeito e
progresso etc. Os sonhos se esvaneceram, juntamente com os valores e alicerces da vida: a “estética”, a “ética”
e a “ciência”, e as repercussões que isso provocou na produção cultural: literatura, arte, filosofia, arquitetura,
N

economia, moral etc.


Há, sem dúvida, uma crise cultural que desemboca, talvez, em uma crise de modernidade. Ou a constatação
de que, rompida a modernidade, destroçada por guerras devastadoras, produto da “gaia ciência” libertadora,
leva a outra ruptura: morreu a pós-modernidade e deixou órfã a cultura contemporânea?
IO

Seria o caso de se falar em posteridade na pós-modernidade? Max Weber, já no início do século 19,
menciona a chegada da modernidade trocada pela “racionalização intelectualista”, que produz o “desencanto
do mundo”. Habermas o reinterpreta, dizendo que a civilização se desagrega, especialmente no que toca aos
conceitos da verdade, da coerência das leis, da autenticidade do belo, ou seja, como questões de
conhecimento...
R

Jean Francois Lyotard, em seu livro A condição pós-moderna, de 1979, enfoca a legitimação do
conhecimento na cultura contemporânea. Para ele, “o pósmoderno enquanto condição de cultura, nesta era
pós-industrial, é marcado pela incredulidade face ao metadiscurso filosófico – metafísico, com suas pretensões
O

atemporais e universalizantes”. É como se disséssemos, fazendo coro, mais tarde, com John Lennon, que “o
sonho acabou” (ego trip). A razão, como ponto nevrálgico da cultura moderna, não leva a nada, a não ser à
certeza de que o racionalismo iluminista, que vai entronizar a ciência como uma mola propulsora para a criação
de uma sociedade justa, valorizadora do indivíduo, vai apenas produzir o desencanto, via progresso e com as
suas descobertas, cantadas em prosa e verso, que nos deixaram um legado brutal: as grandes tragédias do
século 20: guerras atrozes, a bomba atômica, crise ecológica, a corrida armamentista...
A frustração é enorme, porque o iluminismo afirmara que somente as luzes da razão poderiam colocar o
homem como gerador de sua história. Mas tudo não passou de um sonho, um sonho de verão (parodiando
Shakespeare). Habermas coloca nessa época, o século 18, o gatilho que vai acionar essa desilusão da pós-

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modernidade. A ciência prometia dar segurança ao homem e lhe deu mais desgraças. Entendamos aqui
também a racionalidade (o primado da razão cartesiana) como cúmplice dessa falcatrua da modernidade e,
portanto, da atual pós-modernidade.
O mesmo filósofo fala em “desastre da modernidade”, um tipo de doença que produziu uma patologia social
chamada de “império da ciência”, despótico e tirânico, que “digere” as esferas estético-expressivas e as
religiosas-morais. Harvey põe o dedo na ferida ao dizer que o projeto do Iluminismo já era, na origem, uma
“patranha”, na medida em que disparava um discurso redentor para o homem com as luzes da razão, em troca
da lenta e gradual perda de sua liberdade.
A partir dos anos 50 e, ocorrido agora o definitivo desencanto com a ciência e suas tragédias (algumas
delas), pode-se falar em um processo de sua desaceleração. O nosso futuro virou uma incerteza. A razão, além

S
de não nos responder às grandes questões que prometeu responder, engendra novas e terríveis perguntas, que
chegam até hoje, vagando sobre a incerteza de nossos precários destinos. Eu falaria, metaforicamente, do
homem moderno acorrentado (o Prometeu) ao consumo desenfreado de coisas (res) para compensar suas
frustrações e angústias. A vida se tornou absurda e difícil de ser vivida, face a esse “mal-estar” do homem

O
ocidental. Daí surgem as grandes doenças psicossociais de hoje: a frustração, o relativismo e o niilismo, cujas
sementes já estavam no bojo do Iluminismo, a face sinistra de sua moeda. Não há mais nenhuma certeza,
porque a razão não foi capaz de dar ao homem alguns dos mais gratos dos bens: sua segurança e bem-estar.
Não há mais certezas, apenas a percepção de que é preciso repensar criticamente a ciência, que nunca nos

S
ofereceu um caminho para a felicidade, o que provoca um forte movimento de busca de liberdade. O mundo
está sem ordem e valores, como disse Dostoievski: “Se Deus não existe, tudo é permitido”.
A incerteza do mundo moderno e a impossibilidade de organizar nossas vidas levam Giddens a dizer que
“não há nada de misterioso no surgimento dos fundamentalismos, a radicalização para as angústias do

R
homem”. Restou-nos o refúgio nos grandes espetáculos, como os do Coliseu antigo: o pão e o circo, para
preencher o vazio da vida.
U
Na sua esteira de satanização social, o capitalismo engendra, então, a sociedade de consumo, para levar o
cidadão ao ópio do consumo (esquecer-se das desilusões) nas “estações orbitais” dos shoppings, ou templos
das compras, onde os bens nos consomem e a produção, sempre crescente, implica a criação em massa (ou
em série) de novos consumidores. Temos uma parafernália de bens, mas são em sua maioria coisas inúteis,
C

que a razão / ciência nos deu; mas, em troca, sofremos dos males do século, entre eles a elisão de nossa
individualidade. Foi uma troca desvantajosa. É o que Campbell chama do sonho que gera o “signomercadoria”,
que nos remete ao antigo sonho do Romantismo, da realização dos ideais.
Trocamos o orgasmo reprodutor instintivo pelo prazer lúdico-frenético de consumir, sem saber que somos
consumidos. Gememos de prazer ao comprar, mas choramos de dor face à nossa solidão, cercados pela
N

panaceia da ciência e da razão, que nos entope de placebos, mas não de remédios para a cura dos males dessa
longínqua luz racional, que se acende lá no Iluminismo e que vem, sob outras formas, até hoje. A televisão
nos anestesia com a estética da imagem. Para Baudrillard, ela é o nosso mundo, como o mundo saído da tela
IO

do grande filme O Vidiota (o alienado no mundo virtual da tevê), cujo magistral intérprete foi Peter Sellers.
Enquanto nos deleitamos com essa vida esquizofrênica e lúdica, deixamos no caixa do capitalismo tardio
(iluminista / racional) o nosso mais precioso bem: a individualidade. Só nos sobrou a estética, segundo
Jameson, ou a “colonização pela estética” que afeta diferentes aspectos da cultura, como a estética, a ética, a
teórica, além da moral política.
R

A pós-modernidade talvez seja uma reação a esse quadro desolador. Bauman fala em pós-modernidade
como a forma atual da modernidade longínqua. Já Giddens fala em modernidade tardia ou “modernidade
radicalizada”: a cultura atual. Por certo que a atual discussão sobre o pós-moderno implica um processo de
O

revisão e questionamento desse estado de coisas, em que o homem não passa de um res nulius, como as
matronas romanas.
A cultura moderna, ou pós-modernista, não tem uma razão para produzir sua autocrítica, mas muitas razões,
devido à sua prolongada irracionalidade do “modo de vida global”, segundo Jameson. O que se pode dizer é
que não há uma razão, mas muitas razões para reordenar criticamente os descaminhos da pós-modernidade,
sem esquecermos que a irracionalidade continua nos rondando.

http://www.gazetadopovo.com.br/opiniao/artigos/razoes-da-pos-modernidade8bs4bc7sv5e06z8trfk0pv80e.
Acesso em 21/01/18.

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Discutindo uma mesma temática, há, como semelhanças entre os textos I (escrito por um teólogo) e II (escrito por um
professor), os seguintes aspectos, EXCETO:
a) A constatação do adoecimento humano face às incertezas e inseguranças decorrentes de um cotidiano que tanto
desagregou os vínculos sociais quanto afetou a identidade individual.
b) A crítica à pós-modernidade, vista como centrada num cientificismo desumanizador e num consumismo
exacerbado.
c) O recurso à intertextualidade, por meio de citações explícitas ou a alusões, como forma de dar maior credibilidade
à argumentação.

S
d) O recurso a um registro formal, beirando ao hermético, calcado no predomínio do uso denotativo da língua.

55

O
Leia atentamente a tirinha de Mafalda, personagem de Quino que, há mais de 50 anos, traz à tona questões que estão
na pauta das discussões em nossa sociedade. Nesta, em especial, o tema é afim ao tratado nos dois textos lidos.

S
R
U
C
N
IO

Sobre ela, são feitas afirmações, a seguir, referentes tanto ao conteúdo quanto à forma do texto verbal. Assinale a
afirmativa INCORRETA:
R

a) Frei Betto afirma que “A globalização tem sombras e luzes. Se de um lado aproxima povos e quebra barreiras de
comunicação, de outro ela assume, nas esferas econômica e cultural, o caráter de globocolonização.” ⮕ Mafalda
representa uma coletividade, e não uma menina singular, individualizada, de um determinado país. Embora mencione
O

verbos na 3ª pessoa do singular, o modo imperativo abrange a todos e a cada um dos consumidores, de forma
massificada.
b) Para Frei Betto, hoje somos impelidos “ao espiritualismo de consumo imediato, ao hedonismo consumista, em
progressiva mimetização generalizada de hábitos e costumes.” ⮕ Na tirinha, isso é confirmado pela sequência de
verbos no imperativo, que evidenciam a função conativa exercida pela mídia.

c) Para Sanches, “a televisão nos anestesia com a estética da imagem.” ⮕ Confirma-se plenamente essa afirmação no
último quadrinho da tirinha, em que Mafalda demonstra ter consciência da manipulação exercida pela televisão

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d) Sanches afirma que “Enquanto nos deleitamos com essa vida esquizofrênica e lúdica, deixamos no caixa do
capitalismo tardio (iluminista / racional) o nosso mais precioso bem: a individualidade.” ⮕ Essa afirmação é
confirmada pelos questionamentos de Mafalda, nos três quadrinhos, em que reflete sobre um “nós”, e não sobre si
mesma, um “eu” individualizado.

56
Há marcas que vivem da inclusão, e outras que vivem da exclusão
Contardo Calligaris

S
Meu telefone, um iPhone 6, estava cada vez mais lento. Não era por nenhuma das causas apontadas nas
inúmeras salas de conversa entre usuários de iPhones vagarosos.
Era mesmo o processador que estava se tornando exasperadamente lento, ao ponto em que havia um
intervalo sensível de tempo entre digitar e a letra aparecer na tela.

O
Deixei para resolver quando chegasse a Nova York, onde, aliás, a coisa piorou: era suficiente eu tirar o
celular do bolso ou deixá-lo num bolso externo (que não estivesse em contato com o calo0r do corpo) para
que a carga da bateria baixasse, de repente, de 60% a zero.
Pensei que três anos é mesmo o tempo de vida útil para uma bateria. E lá fui à loja da Apple na Broadway.

S
Esperei duas horas para enfim ter acesso a alguém que me explicou que testaria minha bateria. Depois de
contemplarmos os gráficos lindos e coloridos deixados no tablet pelo meu telefone, anunciou que minha
bateria ainda não justificava uma troca – no tom pernóstico de um plantonista que sabe que não tem leitos
disponíveis e manda você para casa com aquela dor no peito e a "certeza" de que "você não está enfartando,
deve ser só digestão".

R
O mesmo jovem propôs uma reinstalação do sistema operacional, – que é uma trivialidade, mas foi
anunciada como se fosse um cateterismo das coronárias.
U
Passei a noite me recuperando, ou seja, reinstalando aplicativos. Resultado: telefone lento como antes.
Voltei para a Apple (loja da Quinta Avenida), onde descobri que, como na história do hospital sem leitos,
de fato, a Apple não dispunha mais de baterias para substituir a minha: muitos usuários estavam com o mesmo
C

problema. Por coincidência, tudo conjurava para que eu comprasse um telefone novo.
Nos EUA, a Apple está sendo processada (15 casos coletivos, em diferentes Estados) por piorar
propositalmente a experiência dos usuários de iPhone sem lhes oferecer alternativas –salvo, obviamente, a de
adquirir um telefone novo.
A companhia pediu desculpas públicas, mas a humildade não é o forte do treinamento Apple. Basta se
N

lembrar que o atendimento pós-venda da companhia se chama (o ridículo não mata ninguém) "genius bar", o
balcão dos gênios.
Já pensou: você poderia ligar para seu serviço de TV a cabo porque a recepção está péssima e alguém
IO

diria: "Sim, senhor, pode marcar consulta com o balcão dos gênios".
A maioria dos usuários não acham isso cômico e despropositado. Por que será?
Há marcas que vivem de seu poder de inclusão, do tipo "nós fabricamos o carro que todos podem dirigir".
E há marcas que vivem de seu poder de exclusão: tipo, será que você merece o que estou vendendo?
Você já entrou alguma vez numa loja cara onde os vendedores, envaidecidos pela aura do próprio produto
R

que vendem, olham para você com desprezo, como se você não fosse um consumidor à altura da loja?
É uma estratégia básica de marketing: primeiro, espera-se que você inveje (e portanto deseje) o mundo do
qual se sente excluído.
O

Você perguntará: de que adianta, se não poderei adquirir os produtos da marca? Em geral, nesses casos o
projeto é vender os acessórios da casa. Pouquíssimos comprarão o casaco de R$ 15 mil, mas milhares
comprarão um lencinho (com monograma) para se sentirem, assim, membros do clube.
A Apple mantém sua presença no mercado pela ideia de sua superioridade tecnológica - e pelo design
elegante, claro.
Seriamente, alguém que usa processador de texto não deveria escolher um computador em que não dá para
apagar letras da esquerda para a direita. Mas é como os carros ingleses dos anos 1950: havia a glória de viver
perigosamente e dirigir sem suspensões posteriores independentes (sem capotar a cada curva).

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Pouco importam as críticas. A Apple conseguiu convencer seus usuários de que eles mesmos, por serem
usuários, fazem parte de uma arrojada elite tecnológica. Numa loja da Apple, todos, os usuários e os "gênios"
vestem (real ou metaforicamente) a camiseta da marca.
Quer saber o que aconteceu com meu iPhone? Está ótimo. Fui ao Device Shop, em Times Square, no
mesmo prédio do Hard Rock Cafe: atendimento imediato, troca de bateria em dez minutos, conversa
agradável. Não havia gênios, só pessoas competentes. E custou menos de dois terços do que pagaria na Apple.
Disponível em: https://www1.folha.uol.com.br/colunas/contardocalligaris/2018/01/1949427- ha-marcas-que-
vivem-da-inclusao-e-outras-que-vivem-da-exclusao.shtml Acesso em 20 mar. 2018
O propósito do texto é

S
a) Analisar as mercadorias da Apple.
b) Criticar o atendimento da Apple.
c) Demonstrar como se resolve um problema com iphone.

O
d) Mostrar que pessoas competentes existem em qualquer lugar.

57

S
Em: “Basta se lembrar que o atendimento pós-venda da companhia se chama (o ridículo não mata ninguém) ‘genius
bar’, o balcão dos gênios.”, a MELHOR interpretação para o trecho: “o ridículo não mata ninguém” é

R
a) Não há nada de errado em ser ridículo quando o objetivo é exaltar seu produto.
b) Ninguém deveria se ofender com o nome ridículo dado ao atendimento pósvenda da Apple.
U
c) O atendimento da Apple é tão ridículo que se autodenomina como “gênio”.
d) O pós-venda da Apple é humilde o suficiente para entender que no seu balcão só há gênios.

58
C

Todos os sentimentos abaixo estão presentes no texto, EXCETO:


a) Frustração.
N

b) Humildade.
c) Revolta.
IO

d) Sarcasmo.

59
Todas as seguintes técnicas, com as finalidades indicadas, são usadas pelo autor na estruturação de seu
R

texto, EXCETO:
a) Comparação, para demonstrar as dificuldades pelas quais passava.
O

b) Contraste, em algumas partes, para realçar as diferenças entre os atendimentos prestados.


c) Enumeração, para hierarquizar os caminhos até o conserto do aparelho.
d) Exemplificação, para ilustrar e explicar pontos de vista.

60
Há interlocução entre o locutor e os leitores, EXCETO em:

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a) “Depois de contemplarmos os gráficos lindos e coloridos deixados no tablet pelo meu telefone, anunciou que minha
bateria ainda não justificava uma troca [...].”
b) “É uma estratégia básica de marketing: primeiro, espera-se que você inveje (e portanto deseje) o mundo do qual se
sente excluído.”
c) “Quer saber o que aconteceu com meu iPhone? Está ótimo.”
d) “Você perguntará: de que adianta, se não poderei adquirir os produtos da marca? Em geral, nesses casos o projeto
é vender os acessórios da casa.”

61

S
Há marcas que vivem da inclusão, e outras que vivem da exclusão
Contardo Calligaris

O
Meu telefone, um iPhone 6, estava cada vez mais lento. Não era por nenhuma das causas apontadas nas
inúmeras salas de conversa entre usuários de iPhones vagarosos.
Era mesmo o processador que estava se tornando exasperadamente lento, ao ponto em que havia um

S
intervalo sensível de tempo entre digitar e a letra aparecer na tela.
Deixei para resolver quando chegasse a Nova York, onde, aliás, a coisa piorou: era suficiente eu tirar o
celular do bolso ou deixá-lo num bolso externo (que não estivesse em contato com o calo0r do corpo) para
que a carga da bateria baixasse, de repente, de 60% a zero.

R
Pensei que três anos é mesmo o tempo de vida útil para uma bateria. E lá fui à loja da Apple na Broadway.
Esperei duas horas para enfim ter acesso a alguém que me explicou que testaria minha bateria. Depois de
contemplarmos os gráficos lindos e coloridos deixados no tablet pelo meu telefone, anunciou que minha
U
bateria ainda não justificava uma troca – no tom pernóstico de um plantonista que sabe que não tem leitos
disponíveis e manda você para casa com aquela dor no peito e a "certeza" de que "você não está enfartando,
deve ser só digestão".
O mesmo jovem propôs uma reinstalação do sistema operacional, – que é uma trivialidade, mas foi
C

anunciada como se fosse um cateterismo das coronárias.


Passei a noite me recuperando, ou seja, reinstalando aplicativos. Resultado: telefone lento como antes.
Voltei para a Apple (loja da Quinta Avenida), onde descobri que, como na história do hospital sem leitos,
de fato, a Apple não dispunha mais de baterias para substituir a minha: muitos usuários estavam com o mesmo
N

problema. Por coincidência, tudo conjurava para que eu comprasse um telefone novo.
Nos EUA, a Apple está sendo processada (15 casos coletivos, em diferentes Estados) por piorar
propositalmente a experiência dos usuários de iPhone sem lhes oferecer alternativas –salvo, obviamente, a de
adquirir um telefone novo.
IO

A companhia pediu desculpas públicas, mas a humildade não é o forte do treinamento Apple. Basta se
lembrar que o atendimento pós-venda da companhia se chama (o ridículo não mata ninguém) "genius bar", o
balcão dos gênios.
Já pensou: você poderia ligar para seu serviço de TV a cabo porque a recepção está péssima e alguém
diria: "Sim, senhor, pode marcar consulta com o balcão dos gênios".
R

A maioria dos usuários não acham isso cômico e despropositado. Por que será?
Há marcas que vivem de seu poder de inclusão, do tipo "nós fabricamos o carro que todos podem dirigir".
E há marcas que vivem de seu poder de exclusão: tipo, será que você merece o que estou vendendo?
O

Você já entrou alguma vez numa loja cara onde os vendedores, envaidecidos pela aura do próprio produto
que vendem, olham para você com desprezo, como se você não fosse um consumidor à altura da loja?
É uma estratégia básica de marketing: primeiro, espera-se que você inveje (e portanto deseje) o mundo do
qual se sente excluído.
Você perguntará: de que adianta, se não poderei adquirir os produtos da marca? Em geral, nesses casos o
projeto é vender os acessórios da casa. Pouquíssimos comprarão o casaco de R$ 15 mil, mas milhares
comprarão um lencinho (com monograma) para se sentirem, assim, membros do clube.

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A Apple mantém sua presença no mercado pela ideia de sua superioridade tecnológica - e pelo design
elegante, claro.
Seriamente, alguém que usa processador de texto não deveria escolher um computador em que não dá para
apagar letras da esquerda para a direita. Mas é como os carros ingleses dos anos 1950: havia a glória de viver
perigosamente e dirigir sem suspensões posteriores independentes (sem capotar a cada curva).
Pouco importam as críticas. A Apple conseguiu convencer seus usuários de que eles mesmos, por serem
usuários, fazem parte de uma arrojada elite tecnológica. Numa loja da Apple, todos, os usuários e os "gênios"
vestem (real ou metaforicamente) a camiseta da marca.
Quer saber o que aconteceu com meu iPhone? Está ótimo. Fui ao Device Shop, em Times Square, no
mesmo prédio do Hard Rock Cafe: atendimento imediato, troca de bateria em dez minutos, conversa

S
agradável. Não havia gênios, só pessoas competentes. E custou menos de dois terços do que pagaria na Apple.
Disponível em: https://www1.folha.uol.com.br/colunas/contardocalligaris/2018/01/1949427- ha-marcas-que-
vivem-da-inclusao-e-outras-que-vivem-da-exclusao.shtml Acesso em 20 mar. 2018
Percebe-se o tom irônico do autor em:

O
a) “A Apple mantém sua presença no mercado pela ideia de sua superioridade tecnológica – e pelo design elegante,
claro.”
b) “Já pensou: você poderia ligar para seu serviço de TV a cabo porque a recepção está péssima e alguém diria: ‘Sim,

S
senhor, pode marcar consulta com o balcão dos gênios’”.
c) “Passei a noite me recuperando, ou seja, reinstalando aplicativos. Resultado: telefone lento como antes.”

R
d) “Pensei que três anos é mesmo o tempo de vida útil para uma bateria. E lá fui à loja da Apple na Broadway.”

62
U
Uma das funções dos dois primeiros parágrafos do texto é
a) contrapor-se ao terceiro parágrafo.
C

b) exemplificar o assunto dos parágrafos seguintes.


c) explicar as ideias do terceiro parágrafo.
d) fornecer o contexto para os parágrafos seguintes.
N

63
As palavras destacadas estão corretamente interpretadas entre parênteses, EXCETO em:
IO

a) “[...] anunciou que minha bateria ainda não justificava uma troca – no tom pernóstico de um plantonista que sabe
que não tem leitos disponíveis [...].” (pretensioso)
b) “[...] por piorar propositalmente a experiência dos usuários de iPhone sem lhes oferecer alternativas – salvo,
obviamente, a de adquirir um telefone novo.” (exceto)
R

c) “Era mesmo o processador que estava se tornando exasperadamente lento [...].” (tranquilamente)
O

d) “Por coincidência, tudo conjurava para que eu comprasse um telefone novo.” (tramava)

64
Em: “A maioria dos usuários não acham isso cômico e despropositado. Por que será?” (§ 12), isso se refere a
a) A companhia pedir desculpas públicas aos usuários.
b) A maioria dos usuários.
c) Cômico e despropositado.

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d) Marcar uma consulta com o “balcão dos gênios”.

65
Admite-se mais de uma concordância dos verbos destacados em:
a) “A maioria dos usuários não acham isso cômico e despropositado.”
b) “E custou menos de dois terços do que pagaria na Apple.”
c) “Não havia gênios, só pessoas competentes.”

S
d) “Pensei que três anos é mesmo o tempo de vida útil para uma bateria.”

66

O
Os referentes dos termos destacados estão corretamente identificados entre parênteses, EXCETO em:
a) “Deixei para resolver quando chegasse em Nova York, onde, aliás, a coisa piorou: era suficiente eu tirar o celular do
bolso ou deixá-lo num bolso externo [...].” (em Nova York)

S
b) “É uma estratégia básica de marketing: primeiro, espera-se que você inveje (e portanto deseje) o mundo do qual
se sente excluído.” (o mundo)
c) “Há marcas que vivem de seu poder de inclusão, do tipo ‘nós fabricamos o carro que todos podem dirigir’". (Há
marcas)

R
d) “Seriamente, alguém que usa processador de texto não deveria escolher um computador em que não dá para
U
apagar letras da esquerda para a direita.” (um computador)

67
C

A ideia expressa pelos articuladores sintáticos destacados está corretamente identificada entre
parênteses, EXCETO em:
a) “Deixei para resolver quando chegasse em Nova York, onde, aliás, a coisa piorou [...].” (tempo)
N

b) “É uma estratégia básica de marketing: primeiro, espera-se que você inveje (e portanto deseje) o mundo do qual
se sente excluído.” (consequência)
c) “Por coincidência, tudo conjurava para que eu comprasse um telefone novo.” (finalidade)
IO

d) “Pouquíssimos comprarão o casaco de R$ 15 mil, mas milhares comprarão um lencinho (com monograma) para se
sentirem, assim, membros do clube.” (oposição)

68
R

Leia o trecho abaixo e complete as lacunas, levando em consideração o uso da crase.


O

O iOS 11.3 deve ser liberado para o público em breve. O próximo grande update para o sistema do iPhone e iPad
adicionará alguns recursos interessantes. O principal é o "Gerenciamento de desempenho”, uma resposta da Apple para
_____ polêmica relacionada ________ bateria. Com ele, o usuário poderá escolher entre manter ______ performance
do dispositivo ou dar prioridade para a autonomia.
(globo.com 28/03/2018)

As lacunas no trecho são preenchidas corretamente por:


a) a – a – a

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b) a – à – a
c) a – à – à
d) à – à – a

69
A possibilidade de tirar fotos panorâmicas já é bastante conhecida pelos usuários de iPhone. As imagens
capturadas com este recurso, principalmente as que mostram a natureza ou algo do tipo, podem ficar bem
interessantes.

S
O que muitas pessoas não sabem é que não é preciso tirar a foto panorâmica da esquerda para a direita,
como já vem definido na câmera. Ao tocar na tela, o ponto inicial da foto muda de lado.
(globo.com 28/03/2018)
Em: “Ao tocar na tela, o ponto inicial da foto muda de lado.”, o termo destacado pode ser substituído, sem prejuízo

O
de sentido, por:
a) À medida que tocar na tela.

S
b) Conforme tocar na tela.
c) Quando tocar na tela.
d) Se tocar na tela.

70
R
U
A divisão silábica está correta, EXCETO em:
a) re.ins.ta.la.ção
b) pro.po.si.tal.men.te
C

c) per.nós.ti.co
d) exas.pe.ra.da.men.te
N

71
As palavras estão grafadas corretamente, EXCETO em:
IO

a) obsessão – privilégio
b) expectativa – hesitar
c) mendigo – pretensioso
R

d) impecilho – tijela

72
O

Do moderno ao pós-moderno
Frei Betto / 14/05/2017 - 06h00

A morte da modernidade merece missa de sétimo dia? Os pais da modernidade nos deixaram de herança
a confiança nas possibilidades da razão. E nos ensinaram a situar o homem no centro do pensamento e a
acreditar que a razão, sem dogmas e donos, construiria uma sociedade livre e justa.
Pouco afeitos ao delírio e à poesia, não prestamos atenção à crítica romântica da modernidade – Byron,
Rimbaud, Burckhardt, Nietzsche e Jarry. Agora, olhamos em volta e o que vemos? As ruínas do Muro de

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Berlim, a Estátua da Liberdade tendo o mesmo efeito no planeta que o Cristo do Corcovado na vida cristã dos
cariocas, o desencanto com a política, o ceticismo frente aos valores.
Somos invadidos pela incerteza, a consciência fragmentária, o sincretismo do olhar, a disseminação, a
ruptura e a dispersão. O evento soa mais importante que a história e o detalhe sobrepuja a fundamentação.
O pós-moderno aparece na moda, na estética, no estilo de vida. É a cultura de evasão da realidade. De fato,
não estamos satisfeitos com a inflação, com a nossa filha gastando mais em pílulas de emagrecimento que em
livros, e causanos profunda decepção saber que, neste país, a impunidade é mais forte que a lei. Ainda assim,
temos esperança de mudá-lo. Recuamos do social ao privado e, rasgadas as antigas bandeiras, nossos ideais
transformam-se em gravatas estampadas. Já não há utopias de um futuro diferente. Hoje, é considerado
politicamente incorreto propagar a tese de conquista de uma sociedade onde todos tenham iguais direitos e

S
oportunidades.
Agora predominam o efêmero, o individual, o subjetivo e o estético. Que análise de realidade previu a
volta da Rússia à sociedade de classes? Resta-nos captar fragmentos do real (e aceitar que o saber é uma
construção coletiva). Nosso processo de conhecimento se caracteriza pela indeterminação, descontinuidade e

O
pluralismo.
A desconfiança da razão nos impele ao esotérico, ao espiritualismo de consumo imediato, ao hedonismo
consumista, em progressiva mimetização generalizada de hábitos e costumes. Estamos em pleno naufrágio
ou, como predisse Heidegger, caminhando por veredas perdidas.

S
Sem o resgate da ética, da cidadania e das esperanças libertárias, e do Estado-síndico dos interesses da
maioria, não haverá justiça, exceto aquela que o mais forte faz com as próprias mãos.
Ingressamos na era da globalização. Graças às redes de computadores, um rapaz de São Paulo pode

R
namorar uma chinesa de Beijing sem que nenhum dos dois saia de casa. Bilhões de dólares são eletronicamente
transferidos de um país a outro no jogo da especulação, derivativo de ricos. Caem as fronteiras culturais e
econômicas, afrouxam-se as políticas e morais. Prevalece o padrão do mais forte.
U
A globalização tem sombras e luzes. Se de um lado aproxima povos e quebra barreiras de comunicação,
de outro ela assume, nas esferas econômica e cultural, o caráter de globocolonização.
(Disponível em: http://hojeemdia.com.br/opini%C3%A3o/colunas/frei-betto-1.334186/do-moderno-ao-
p%C3%B3s-moderno-1.464377. Acesso 05 jan. 2018)
C

São vários os interdiscursos que “dialogam” no artigo de opinião de Frei Betto, como fonte de evidências para sua
argumentação. Abaixo se apontaram alguns deles, com uma exemplificação. Assinale a opção em que NÃO haja
correspondência entre a nomeação e a exemplificação:
N

a) Econômico: “Bilhões de dólares são eletronicamente transferidos de um país a outro no jogo da especulação,
derivativo de ricos”.
b) Político: “... e causa-nos profunda decepção saber que, neste país, a impunidade é mais forte que a lei”.
IO

c) Religioso: “Resta-nos captar fragmentos do real (e aceitar que o saber é uma construção coletiva). Nosso processo
de conhecimento se caracteriza pela indeterminação, descontinuidade e pluralismo.”
d) Tecnológico: “Graças às redes de computadores, um rapaz de São Paulo pode namorar uma chinesa de Beijing sem
que nenhum dos dois saia de casa”.
R

73
O

Anteponha V (verdadeiro) ou F (falso) às asserções, levando em consideração a argumentação do articulista:

( ) Para o autor, a crença no racionalismo, base da reflexão que sustentava a contraposição a dogmas e possibilitava a
liberdade, hoje foi suplantada pela incerteza de uns, e pela alienação de outros.
( ) Segundo o autor, na contemporaneidade, o caráter de imediatismo e individualismo da nossa sociedade é fruto do
sincretismo religioso do povo brasileiro e da falta de conhecimento da história do Brasil.

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( ) A globalização, que se constitui como fenômeno inescapável, apresenta tanto aspectos positivos quanto negativos:
no âmbito dos avanços tecnológicos, ao mesmo tempo aproxima e isola pessoas; no econômico, promove grande
circulação monetária para uns e desigualdades gritantes, para outros povos.
( ) Em decorrência do apagamento de fronteiras culturais e econômicas, notam-se interferências nos preceitos morais
dos diversos grupos sociais, sobretudo dos países “colonizados”.
( ) Para Frei Betto, o ceticismo e o hedonismo consumista, marcantes no mundo pós-moderno, construíram uma nova
postura ética, uma nova utopia que rejeita o “politicamente incorreto”.

S
A sequência CORRETA, de cima para baixo, é:
a) F – F – V – F – F

b) F – V – F – V – V

O
c) V – F – V – F – V
d) V – F – V – V – F

74

S
“O pós-moderno aparece na moda, na estética, no estilo de vida. É a cultura de evasão da realidade. De fato, não estamos

R
satisfeitos com a inflação, com a nossa filha gastando mais em pílulas de emagrecimento que em livros, e causa-
nos profunda decepção saber que, neste país, a impunidade é mais forte que a lei. Ainda assim, temos esperança de
mudá-lo. Recuamos do social ao privado e, rasgadas as antigas bandeiras, nossos ideais transformam-se em gravatas
U
estampadas. Já não há utopias de um futuro diferente. Hoje, é considerado politicamente incorreto propagar a tese de
conquista de uma sociedade onde todos tenham iguais direitos e oportunidades.”
C

Com relação ao emprego dos pronomes destacados, assinale a afirmativa INCORRETA:


a) O emprego do demonstrativo “neste” está inadequado; o autor deveria ter utilizado o pronome “nesse”.

b) O emprego do pronome relativo “onde” desvia-se da norma prescrita, visto que não retoma constituinte que indica
espaço físico.
N

c) O pronome pessoal oblíquo “nos” poderia ser substituído pela forma tônica “a nós”.
d) O pronome pessoal oblíquo átono “-lo” retoma, adequadamente, o substantivo “país”, dito na frase anterior.
IO

75
“O pós-moderno aparece na moda, na estética, no estilo de vida. É a cultura de evasão da realidade. De fato, não estamos
satisfeitos com a inflação, com a nossa filha gastando mais em pílulas de emagrecimento que em livros, e causa-
R

nos profunda decepção saber que, neste país, a impunidade é mais forte que a lei. Ainda assim, temos esperança de
mudá-lo. Recuamos do social ao privado e, rasgadas as antigas bandeiras, nossos ideais transformam-se em gravatas
O

estampadas. Já não há utopias de um futuro diferente. Hoje, é considerado politicamente incorreto propagar a tese de
conquista de uma sociedade onde todos tenham iguais direitos e oportunidades.”

I – O vocábulo “bandeiras”, plurissignificativo, aqui é utilizado referencialmente e substitui, metonimicamente, o


sentido de “ideais”, “frentes ou propostas de luta”.
II – A expressão “transformam-se em gravatas estampadas” assume valor pejorativo, em contraposição ao elemento que
o antecedeu na argumentação.
III – O autor endossa e defende a tese dos politicamente incorretos, que apregoam a busca de uma sociedade equilibrada.

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Estão INCORRETAS as assertivas:


a) I e II, apenas.

b) I e III, apenas.
c) II e III, apenas.
d) I, II, III.

76

S
“A morte da modernidade merece missa de sétimo dia? Os pais da modernidade nos deixaram de herança a confiança
nas possibilidades da razão. E nos ensinaram a situar o homem no centro do pensamento e a acreditar que a razão, sem

O
dogmas e donos, construiria uma sociedade livre e justa.”

São figuras de linguagem identificáveis no fragmento acima, EXCETO:


a) Antítese.

S
b) Ironia.
c) Metáfora.
d) Perífrase.

77 R
U
Destacaram-se alguns itens lexicais e lhes foram indicados sinônimos apropriados ao valor que assumem no contexto
em que se inserem. A correspondência encontra-se INCORRETA na opção:
C

a) “Agora predominam o efêmero, o individual, o subjetivo e o estético. → momentâneo, transitório


b) “E nos ensinaram a situar o homem no centro do pensamento e a acreditar que a razão, sem dogmas e donos,
construiria uma sociedade livre e justa.” → normas, axiomas
N

c) Já não há utopias de um futuro diferente.” → ilusões, quimeras


d) “Somos invadidos pela incerteza, a consciência fragmentária, o sincretismo do olhar, a disseminação, a ruptura e a
dispersão.” → divergência, disjunção
IO

78
Foram indicadas corretamente as ideias representadas pelos conectivos destacados, EXCETO em:
a) “... causa-nos profunda decepção saber que, neste país, a impunidade é mais forte que a lei. Ainda assim, temos
R

esperança de mudá-lo.” → concessão


b) “... um rapaz de São Paulo pode namorar uma chinesa de Beijing sem que nenhum dos dois saia de casa.”
O

→ condição
c) “Estamos em pleno naufrágio ou, como predisse Heidegger, caminhando por veredas perdidas.” → conformidade
d) “O evento soa mais importante que a história e o detalhe sobrepuja a fundamentação. → comparação

79

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“A globalização tem sombras e luzes. Se de um lado aproxima povos e quebra barreiras de comunicação, de outro ela
assume, nas esferas econômica e cultural, o caráter de globocolonização.”

O item lexical destacado:


a) é forma derivada dos itens “global” + “colonizar”.

b) é formado por composição, pois contém duas bases.


c) exemplifica caso de formação por derivação regressiva.
d) trata-se de um caso especial de formação, a derivação imprópria.

S
80

O
Com relação à acentuação gráfica dos itens destacados, avalie as afirmações e assinale a opção que traz uma
asserção INCORRETA:
a) Assim como os itens “crítica” e “sétimo”, todas as demais que apresentarem tal tonicidade deverão receber acento
gráfico.

S
b) Os itens lexicais “ruínas”, “saía” e “país” são acentuados pela mesma razão: a presença de vogal -I ou -U tônica num
hiato, seguida ou não de -S.

R
c) Os vocábulos “cristã”, “não”, “são” e “evasão” recebem acento gráfico pela mesma razão: trata-se de oxítonas com
vogal nasal no segmento final.
U
d) Os vocábulos “Rússia” e “delírio” recebem acento gráfico devido ao encontro vocálico presente em sua última
sílaba.

81
C

Texto II
Razões da pós-modernidade
Carlos Alberto Sanches, professor, perito e consultor em Redação – [31/03/2014 - 21h06]
N

Foi nos anos 60 que surgiu o que se chama de “pós-modernidade”, na abalizada opinião de Frederic
Jameson, como “uma lógica cultural” do capitalismo tardio, filho bastardo do liberalismo dos séculos 18 e 19.
O tema é controverso, pois está associado a uma discussão sobre sua emergência funesta no pós-guerra. É que
IO

ocorre nesse período um profundo desencanto no homem contemporâneo, especialmente no que toca à
diluição e abalo de seus valores axiológicos, como verdade, razão, legitimidade, universalidade, sujeito e
progresso etc. Os sonhos se esvaneceram, juntamente com os valores e alicerces da vida: a “estética”, a “ética”
e a “ciência”, e as repercussões que isso provocou na produção cultural: literatura, arte, filosofia, arquitetura,
economia, moral etc.
R

Há, sem dúvida, uma crise cultural que desemboca, talvez, em uma crise de modernidade. Ou a constatação
de que, rompida a modernidade, destroçada por guerras devastadoras, produto da “gaia ciência” libertadora,
leva a outra ruptura: morreu a pós-modernidade e deixou órfã a cultura contemporânea?
O

Seria o caso de se falar em posteridade na pós-modernidade? Max Weber, já no início do século 19,
menciona a chegada da modernidade trocada pela “racionalização intelectualista”, que produz o “desencanto
do mundo”. Habermas o reinterpreta, dizendo que a civilização se desagrega, especialmente no que toca aos
conceitos da verdade, da coerência das leis, da autenticidade do belo, ou seja, como questões de
conhecimento...
Jean Francois Lyotard, em seu livro A condição pós-moderna, de 1979, enfoca a legitimação do
conhecimento na cultura contemporânea. Para ele, “o pós-moderno enquanto condição de cultura, nesta era
pós-industrial, é marcado pela incredulidade face ao metadiscurso filosófico – metafísico, com suas pretensões
atemporais e universalizantes”. É como se disséssemos, fazendo coro, mais tarde, com John Lennon, que “o

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sonho acabou” (ego trip). A razão, como ponto nevrálgico da cultura moderna, não leva a nada, a não ser à
certeza de que o racionalismo iluminista, que vai entronizar a ciência como uma mola propulsora para a criação
de uma sociedade justa, valorizadora do indivíduo, vai apenas produzir o desencanto, via progresso e com as
suas descobertas, cantadas em prosa e verso, que nos deixaram um legado brutal: as grandes tragédias do
século 20: guerras atrozes, a bomba atômica, crise ecológica, a corrida armamentista...
A frustração é enorme, porque o iluminismo afirmara que somente as luzes da razão poderiam colocar o
homem como gerador de sua história. Mas tudo não passou de um sonho, um sonho de verão (parodiando
Shakespeare). Habermas coloca nessa época, o século 18, o gatilho que vai acionar essa desilusão da pós-
modernidade. A ciência prometia dar segurança ao homem e lhe deu mais desgraças. Entendamos aqui
também a racionalidade (o primado da razão cartesiana) como cúmplice dessa falcatrua da modernidade e,

S
portanto, da atual pós-modernidade.
O mesmo filósofo fala em “desastre da modernidade”, um tipo de doença que produziu uma patologia
social chamada de “império da ciência”, despótico e tirânico, que “digere” as esferas estético-expressivas e as
religiosas-morais. Harvey põe o dedo na ferida ao dizer que o projeto do Iluminismo já era, na origem, uma

O
“patranha”, na medida em que disparava um discurso redentor para o homem com as luzes da razão, em troca
da lenta e gradual perda de sua liberdade.
A partir dos anos 50 e, ocorrido agora o definitivo desencanto com a ciência e suas tragédias (algumas
delas), pode-se falar em um processo de sua desaceleração. O nosso futuro virou uma incerteza. A razão, além

S
de não nos responder às grandes questões que prometeu responder, engendra novas e terríveis perguntas, que
chegam até hoje, vagando sobre a incerteza de nossos precários destinos. Eu falaria, metaforicamente, do
homem moderno acorrentado (o Prometeu) ao consumo desenfreado de coisas (res) para compensar suas
frustrações e angústias. A vida se tornou absurda e difícil de ser vivida, face a esse “mal-estar” do homem

R
ocidental. Daí surgem as grandes doenças psicossociais de hoje: a frustração, o relativismo e o niilismo, cujas
sementes já estavam no bojo do Iluminismo, a face sinistra de sua moeda. Não há mais nenhuma certeza,
U
porque a razão não foi capaz de dar ao homem alguns dos mais gratos dos bens: sua segurança e bem-estar.
Não há mais certezas, apenas a percepção de que é preciso repensar criticamente a ciência, que nunca nos
ofereceu um caminho para a felicidade, o que provoca um forte movimento de busca de liberdade. O mundo
está sem ordem e valores, como disse Dostoievski: “Se Deus não existe, tudo é permitido”.
C

A incerteza do mundo moderno e a impossibilidade de organizar nossas vidas levam Giddens a dizer que
“não há nada de misterioso no surgimento dos fundamentalismos, a radicalização para as angústias do
homem”. Restou-nos o refúgio nos grandes espetáculos, como os do Coliseu antigo: o pão e o circo, para
preencher o vazio da vida.
Na sua esteira de satanização social, o capitalismo engendra, então, a sociedade de consumo, para levar o
N

cidadão ao ópio do consumo (esquecer-se das desilusões) nas “estações orbitais” dos shoppings, ou templos
das compras, onde os bens nos consomem e a produção, sempre crescente, implica a criação em massa (ou
em série) de novos consumidores. Temos uma parafernália de bens, mas são em sua maioria coisas inúteis,
IO

que a razão / ciência nos deu; mas, em troca, sofremos dos males do século, entre eles a elisão de nossa
individualidade. Foi uma troca desvantajosa. É o que Campbell chama do sonho que gera o “signomercadoria”,
que nos remete ao antigo sonho do Romantismo, da realização dos ideais.
Trocamos o orgasmo reprodutor instintivo pelo prazer lúdico-frenético de consumir, sem saber que somos
consumidos. Gememos de prazer ao comprar, mas choramos de dor face à nossa solidão, cercados pela
R

panaceia da ciência e da razão, que nos entope de placebos, mas não de remédios para a cura dos males dessa
longínqua luz racional, que se acende lá no Iluminismo e que vem, sob outras formas, até hoje. A televisão
nos anestesia com a estética da imagem. Para Baudrillard, ela é o nosso mundo, como o mundo saído da tela
O

do grande filme O Vidiota (o alienado no mundo virtual da tevê), cujo magistral intérprete foi Peter Sellers.
Enquanto nos deleitamos com essa vida esquizofrênica e lúdica, deixamos no caixa do capitalismo tardio
(iluminista / racional) o nosso mais precioso bem: a individualidade. Só nos sobrou a estética, segundo
Jameson, ou a “colonização pela estética” que afeta diferentes aspectos da cultura, como a estética, a ética, a
teórica, além da moral política.
A pós-modernidade talvez seja uma reação a esse quadro desolador. Bauman fala em pós-modernidade
como a forma atual da modernidade longínqua. Já Giddens fala em modernidade tardia ou “modernidade
radicalizada”: a cultura atual. Por certo que a atual discussão sobre o pós-moderno implica um processo de

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revisão e questionamento desse estado de coisas, em que o homem não passa de um res nulius, como as
matronas romanas.
A cultura moderna, ou pós-modernista, não tem uma razão para produzir sua autocrítica, mas muitas
razões, devido à sua prolongada irracionalidade do “modo de vida global”, segundo Jameson. O que se pode
dizer é que não há uma razão, mas muitas razões para reordenar criticamente os descaminhos da pós-
modernidade, sem esquecermos que a irracionalidade continua nos rondando.
http://www.gazetadopovo.com.br/opiniao/artigos/razoes-da-pos-modernidade-8bs4bc7sv5e06z8trfk0pv80e.
Acesso em 21/01/18.
Do moderno ao pós-moderno
Frei Betto / 14/05/2017 - 06h00

S
A morte da modernidade merece missa de sétimo dia? Os pais da modernidade nos deixaram de herança a confiança
nas possibilidades da razão. E nos ensinaram a situar o homem no centro do pensamento e a acreditar que a razão, sem

O
dogmas e donos, construiria uma sociedade livre e justa.
Pouco afeitos ao delírio e à poesia, não prestamos atenção à crítica romântica da modernidade – Byron, Rimbaud,
Burckhardt, Nietzsche e Jarry. Agora, olhamos em volta e o que vemos? As ruínas do Muro de Berlim, a Estátua da

S
Liberdade tendo o mesmo efeito no planeta que o Cristo do Corcovado na vida cristã dos cariocas, o desencanto com a
política, o ceticismo frente aos valores.
Somos invadidos pela incerteza, a consciência fragmentária, o sincretismo do olhar, a disseminação, a ruptura e a

R
dispersão. O evento soa mais importante que a história e o detalhe sobrepuja a fundamentação.
O pós-moderno aparece na moda, na estética, no estilo de vida. É a cultura de evasão da realidade. De fato, não
U
estamos satisfeitos com a inflação, com a nossa filha gastando mais em pílulas de emagrecimento que em livros, e
causanos profunda decepção saber que, neste país, a impunidade é mais forte que a lei. Ainda assim, temos esperança
de mudá-lo. Recuamos do social ao privado e, rasgadas as antigas bandeiras, nossos ideais transformam-se em gravatas
C

estampadas. Já não há utopias de um futuro diferente. Hoje, é considerado politicamente incorreto propagar a tese de
conquista de uma sociedade onde todos tenham iguais direitos e oportunidades.
Agora predominam o efêmero, o individual, o subjetivo e o estético. Que análise de realidade previu a volta da
Rússia à sociedade de classes? Resta-nos captar fragmentos do real (e aceitar que o saber é uma construção coletiva).
N

Nosso processo de conhecimento se caracteriza pela indeterminação, descontinuidade e pluralismo.


A desconfiança da razão nos impele ao esotérico, ao espiritualismo de consumo imediato, ao hedonismo consumista,
em progressiva mimetização generalizada de hábitos e costumes. Estamos em pleno naufrágio ou, como predisse
IO

Heidegger, caminhando por veredas perdidas.


Sem o resgate da ética, da cidadania e das esperanças libertárias, e do Estado-síndico dos interesses da maioria, não
haverá justiça, exceto aquela que o mais forte faz com as próprias mãos.
Ingressamos na era da globalização. Graças às redes de computadores, um rapaz de São Paulo pode namorar uma
R

chinesa de Beijing sem que nenhum dos dois saia de casa. Bilhões de dólares são eletronicamente transferidos de um
país a outro no jogo da especulação, derivativo de ricos. Caem as fronteiras culturais e econômicas, afrouxam-se as
O

políticas e morais. Prevalece o padrão do mais forte.


A globalização tem sombras e luzes. Se de um lado aproxima povos e quebra barreiras de comunicação, de outro
ela assume, nas esferas econômica e cultural, o caráter de globocolonização.
(Disponível em: http://hojeemdia.com.br/opini%C3%A3o/colunas/frei-betto-1.334186/do-moderno-ao-p%C3%B3s-
moderno-1.464377. Acesso 05 jan. 2018)

Discutindo uma mesma temática, há, como semelhanças entre os textos I (escrito por um teólogo) e II (escrito por um
professor), os seguintes aspectos, EXCETO:

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a) A constatação do adoecimento humano face às incertezas e inseguranças decorrentes de um cotidiano que tanto
desagregou os vínculos sociais quanto afetou a identidade individual.

b) A crítica à pós-modernidade, vista como centrada num cientificismo desumanizador e num consumismo
exacerbado.
c) O recurso à intertextualidade, por meio de citações explícitas ou a alusões, como forma de dar maior credibilidade
à argumentação.
d) O recurso a um registro formal, beirando ao hermético, calcado no predomínio do uso denotativo da língua.

82

S
Do moderno ao pós-moderno
Frei Betto / 14/05/2017 - 06h00

O
A morte da modernidade merece missa de sétimo dia? Os pais da modernidade nos deixaram de herança a confiança
nas possibilidades da razão. E nos ensinaram a situar o homem no centro do pensamento e a acreditar que a razão, sem

S
dogmas e donos, construiria uma sociedade livre e justa.
Pouco afeitos ao delírio e à poesia, não prestamos atenção à crítica romântica da modernidade – Byron, Rimbaud,
Burckhardt, Nietzsche e Jarry. Agora, olhamos em volta e o que vemos? As ruínas do Muro de Berlim, a Estátua da

R
Liberdade tendo o mesmo efeito no planeta que o Cristo do Corcovado na vida cristã dos cariocas, o desencanto com a
política, o ceticismo frente aos valores.
U
Somos invadidos pela incerteza, a consciência fragmentária, o sincretismo do olhar, a disseminação, a ruptura e a
dispersão. O evento soa mais importante que a história e o detalhe sobrepuja a fundamentação.
O pós-moderno aparece na moda, na estética, no estilo de vida. É a cultura de evasão da realidade. De fato, não
estamos satisfeitos com a inflação, com a nossa filha gastando mais em pílulas de emagrecimento que em livros, e causa-
C

nos profunda decepção saber que, neste país, a impunidade é mais forte que a lei. Ainda assim, temos esperança de
mudá-lo. Recuamos do social ao privado e, rasgadas as antigas bandeiras, nossos ideais transformam-se em gravatas
estampadas. Já não há utopias de um futuro diferente. Hoje, é considerado politicamente incorreto propagar a tese de
N

conquista de uma sociedade onde todos tenham iguais direitos e oportunidades.


Agora predominam o efêmero, o individual, o subjetivo e o estético. Que análise de realidade previu a volta da
Rússia à sociedade de classes? Resta-nos captar fragmentos do real (e aceitar que o saber é uma construção coletiva).
IO

Nosso processo de conhecimento se caracteriza pela indeterminação, descontinuidade e pluralismo.


A desconfiança da razão nos impele ao esotérico, ao espiritualismo de consumo imediato, ao hedonismo consumista,
em progressiva mimetização generalizada de hábitos e costumes. Estamos em pleno naufrágio ou, como predisse
Heidegger, caminhando por veredas perdidas.
R

Sem o resgate da ética, da cidadania e das esperanças libertárias, e do Estado-síndico dos interesses da maioria, não
haverá justiça, exceto aquela que o mais forte faz com as próprias mãos.
Ingressamos na era da globalização. Graças às redes de computadores, um rapaz de São Paulo pode namorar uma
O

chinesa de Beijing sem que nenhum dos dois saia de casa. Bilhões de dólares são eletronicamente transferidos de um
país a outro no jogo da especulação, derivativo de ricos. Caem as fronteiras culturais e econômicas, afrouxam-se as
políticas e morais. Prevalece o padrão do mais forte.
A globalização tem sombras e luzes. Se de um lado aproxima povos e quebra barreiras de comunicação, de outro
ela assume, nas esferas econômica e cultural, o caráter de globocolonização.
(Disponível em: http://hojeemdia.com.br/opini%C3%A3o/colunas/frei-betto-1.334186/do-moderno-ao-p%C3%B3s-
moderno-1.464377. Acesso 05 jan. 2018)

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Leia atentamente a tirinha de Mafalda, personagem de Quino que, há mais de 50 anos, traz à tona questões que estão na
pauta das discussões em nossa sociedade. Nesta, em especial, o tema é afim ao tratado nos dois textos lidos.

S
O
S
R
U
C

Sobre ela, são feitas afirmações, a seguir, referentes tanto ao conteúdo quanto à forma do texto verbal. Assinale a
afirmativa INCORRETA:
N

a) Frei Betto afirma que “A globalização tem sombras e luzes. Se de um lado aproxima povos e quebra barreiras de
comunicação, de outro ela assume, nas esferas econômica e cultural, o caráter de globocolonização.” → Mafalda
representa uma coletividade, e não uma menina singular, individualizada, de um determinado país. Embora mencione
IO

verbos na 3ª pessoa do singular, o modo imperativo abrange a todos e a cada um dos consumidores, de forma
massificada.

b) Para Frei Betto, hoje somos impelidos “ao espiritualismo de consumo imediato, ao hedonismo consumista, em
progressiva mimetização generalizada de hábitos e costumes.” → Na tirinha, isso é confirmado pela sequência de
verbos no imperativo, que evidenciam a função conativa exercida pela mídia.
R

c) Para Sanches, “a televisão nos anestesia com a estética da imagem.” → Confirma-se plenamente essa afirmação no
último quadrinho da tirinha, em que Mafalda demonstra ter consciência da manipulação exercida pela televisão.
O

d) Sanches afirma que “Enquanto nos deleitamos com essa vida esquizofrênica e lúdica, deixamos no caixa do
capitalismo tardio (iluminista / racional) o nosso mais precioso bem: a individualidade.” → Essa afirmação é
confirmada pelos questionamentos de Mafalda, nos três quadrinhos, em que reflete sobre um “nós”, e não sobre si
mesma, um “eu” individualizado.

83

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Com relação ao emprego dos pronomes destacados, nos contextos em que se encontram, assinale a
afirmativa INCORRETA:
a) “... (esquecer-se das desilusões) nas “estações orbitais” dos shoppings, ou templos das compras, onde os bens nos
consomem e a produção, sempre crescente, implica a criação em massa (ou em série) de novos consumidores”
→ pronome relativo com semântica de “lugar em que”; pode ser substituído por “em que” ou “nos quais”.
b) “Eu falaria, metaforicamente, do homem moderno acorrentado (o Prometeu) ao consumo desenfreado de coisas
(res) para compensar suas frustrações e angústias.” → pronome possessivo “suas”; tem como referente o substantivo
plural “coisas”.

S
c) “Foi nos anos 60 que surgiu o que se chama de “pós-modernidade”, na abalizada opinião de Frederic
Jameson..” → pronome relativo “que”; tem como antecedente o demonstrativo “o” equivalente a “aquilo”.
d) “Restou-nos o refúgio nos grandes espetáculos, como os do Coliseu antigo: o pão e o circo, para preencher o vazio

O
da vida.” → pronome pessoal oblíquo; uso da 1ª pessoa do plural (“nós) funciona como estratégia que visa adesão à
argumentação.

84

S
Sobre o emprego de aspas, atente para a informação a seguir:

Empregam-se as aspas no início e no final de uma citação textual. Ex.: Disse, em frase lapidar o grande Rui: “A Pátria

R
não é ninguém: são todos; e cada qual tem no seio dela o mesmo direito à ideia, à palavra, à associação.”
Colocamos, também, entre aspas palavras ou expressões que desejamos destacar. Ex.: Sim, ele foi o cantor da raça, o
U
patriota, o humanista... Mas não esqueçamos de considerá-lo pela face mais verdadeira, o ‘homem’ sofredor, amante,
revoltado...” (Fábio de Melo)
Entre aspas ficam os títulos de obras artísticas ou científicas. Ex.: “Os Lusíadas” cantam as glórias de Portugal. (...)
C

Finalmente, entre aspas colocamos as palavras ou expressões estrangeiras, arcaicas, de gíria, etc. Ex.: Os animais tinham
indiscutível “pedigree”. (...)
ANDRÉ, Hildebrando A. Gramática Ilustrada. 4. ed. São Paulo: Moderna, 1990. p. 34-35.
N

Analise as seguintes afirmativas, identificando-as com V ou F, conforme sejam verdadeiras ou falsas:

( ) Os sonhos se esvaneceram, juntamente com os valores e alicerces da vida: a “estética”, a “ética” e a “ciência”, e as
IO

repercussões que isso provocou na produção cultural: literatura, arte, filosofia, arquitetura, economia, moral etc. →
Aspas destacando itens de forma irônica.
( ) O mundo está sem ordem e valores, como disse Dostoievski: “Se Deus não existe, tudo é permitido”. → Aspas
indicando citação textual.
R

( ) É o que Campbell chama do sonho que gera o “signo-mercadoria”, que nos remete ao antigo sonho do Romantismo,
da realização dos ideais. → Aspas destacando uso de estrangeirismo.
O

( ) Na sua esteira de satanização social, o capitalismo engendra, então, a sociedade de consumo, para levar o cidadão ao
ópio do consumo (esquecer-se das desilusões) nas “estações orbitais” dos shoppings, ou templos das compras... → Aspas
deixam entrever ênfase ou menção irônica ao termo destacado.
( ) A cultura moderna, ou pós-modernista, não tem uma razão para produzir sua autocrítica, mas muitas razões, devido
à sua prolongada irracionalidade do “modo de vida global”, segundo Jameson. → Aspas indicando expressão citada de
outra fonte.

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A sequência CORRETA, de cima para baixo, é:


a) V – V – V – F – F

b) V – F – F – V – F
c) F – V – F – V – V
d) F – F – V – F – V

85

S
Observe atentamente cada par de frases correlacionadas. A segunda apresenta uma alteração / transformação da
primeira num aspecto indicado entre colchetes.

O
Assinale a opção em que a transformação gerou uma construção incorreta do ponto de vista da norma padrão:

a) Acende-se a luz racional lá no Iluminismo e vem até hoje.

S
[ lural] → Acendem-se as luzes racionais lá no Iluminismo e vêm até hoje.
b) A pós-modernidade talvez seja uma reação a esse quadro desolador.

[ retérito imperfeito do subjuntivo] → A pós-modernidade talvez fosse uma reação a esse quadro desolador.

R
c) “Enquanto nos deleitamos com essa vida esquizofrênica e lúdica, deixamos no caixa do capitalismo tardio (iluminista
/ racional) o nosso mais precioso bem: a individualidade.”
U
[Futuro do subjuntivo + futuro do indicativo] → Enquanto nos deleitarmos com essa vida esquizofrênica e lúdica,
deixaremos no caixa do capitalismo tardio (iluminista / racional) o nosso mais precioso bem: a individualidade.
C

d) Há, sem dúvida, grave crise cultural que desemboca em crise de modernidade.

[pretérito imperfeito + plural] → Haviam, sem dúvidas, graves crises culturais que desembocavam em crises de
modernidade.
N

86
Atente para a semântica introduzida pelos conectivos (palavras ou locuções) destacados e assinale a
IO

afirmação INCORRETA:
a) “O mundo está sem ordem e valores, como disse Dostoievski: “Se Deus não existe, tudo é permitido””. → Ideia de
comparação.
R

b) “... as luzes da razão poderiam colocar o homem como gerador de sua história. Mas tudo não passou de um sonho,
um sonho de verão (parodiando Shakespeare).” → ideia de adversidade.
c) “Restou-nos o refúgio nos grandes espetáculos, como os do Coliseu antigo: o pão e o circo, parapreencher o vazio
O

da vida.” → Ideia de finalidade.


d) “Harvey põe o dedo na ferida ao dizer que o projeto do Iluminismo já era, na origem, uma “patranha”, na medida
em que disparava um discurso redentor para o homem com as luzes da razão, em troca da lenta e gradual perda de
sua liberdade.” → Ideia de proporcionalidade.

87

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Atente para o emprego dos pronomes pessoais oblíquos e a análise apresentada, na sequência. Assinale a opção que
traz afirmação INCORRETA:
a) Enquanto nos deleitamos com essa esquizofrenia consumista, nós não enxergaremos ela e não acombateremos.
→ Emprego correto: ambos os pronomes pessoais complementam verbos transitivos – “enxergar” e “combater”,
respectivamente.
b) Para mim, falar sobre pós-modernidade é difícil. Para eu discutir esse tema, terei de ler muito sobre ele.
→ Empregos corretos: pronome pessoal oblíquo funciona como complemento; o pronome reto, como sujeito.
c) A ciência prometia dar segurança ao homem, mas lhe deu mais desgraças e não lhe tranquilizou a

S
existência. → Empregos corretos: o pronome oblíquo “lhe” funciona como complemento verbal, na primeira
ocorrência, e como adjunto adnominal, na segunda.
d) A argumentação do professor Sanches nos faz sair da zona de conforto do individualismo e nos deixa refletir sobre

O
a existência. → Emprego correto: pronome oblíquo “nos” funciona como sujeito dos verbos “sair” e “refletir”, após os
causativos “fazer” e “deixar”.

88

S
Crase significa fusão de dois fonemas “a”, em circunstância marcada por uma exigência verbal ou nominal; é, portanto,
fenômeno tanto fonológico quanto morfossintático. Sabe-se que há situações de crase obrigatória, outras em que o acento

R
grave é considerado facultativo e, finalmente, casos em que sua presença é proibida.

Atente para as asserções sobre excertos do texto. A seguir, assinale a opção que traz a afirmativa CORRETA:
U
a) “A vida se tornou absurda e difícil de ser vivida, face a esse “mal-estar” do homem ocidental.”

→ Crase proibida. Haveria, porém, crase em: A vida se tornou absurda e difícil de ser vivida, face à face com esse “mal-
C

estar” do homem ocidental.

b) “A pós-modernidade talvez seja uma reação a esse quadro desolador.”


N

→ Crase proibida. Haveria, porém, crase diante da forma feminina: A pós-modernidade talvez seja uma reação à essa
grave situação.
IO

c) “A razão, além de não nos responder às grandes questões que prometeu responder, engendra novas e terríveis
perguntas, que chegam até hoje, vagando sobre a incerteza de nossos precários destinos.”

→ Crase proibida. Haveria, porém, crase obrigatória, se alterássemos a preposição para “... que chegam até hoje,
R

vagando até à incerteza”.


d) " A cultura moderna, ou pós-modernista, não tem uma razão para produzir sua autocrítica, mas muitas razões,
devido à sua prolongada irracionalidade do “modo de vida global” segundo Jameson”.
O

→ Crase facultativa. O autor poderia ter optado por não colocar crase antes do pronome possessivo: “... muitas razões,
devido a sua prolongada irracionalidade”.
89
Terrorismo lógico
Antônio Prata

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Said e Chérif Kouachi eram descendentes de imigrantes. Said e Chérif Kouachi são suspeitos do ataque
ao jornal "Charlie Hebdo", na França. Se não houvesse imigrantes na França, não teria havido ataque ao
"Charlie Hebdo".
Said e Chérif Kouachi, suspeitos do ataque ao jornal "Charlie Hebdo", eram filhos de argelinos. Zinedine
Zidane é filho de argelinos. Zinedine Zidane é terrorista.
Zinedine Zidane é filho de argelinos. Said e Chérif Kouachi, suspeitos do ataque ao jornal "Charlie Hebdo",
eram filhos de argelinos. Said e Chérif Kouachi sabiam jogar futebol.
Muçulmanos são uma minoria na França. Membros de uma minoria são suspeitos do ataque terrorista.
Olha aí no que dá defender minoria...
A esquerda francesa defende minorias. Membros de uma minoria são suspeitos pelo ataque terrorista. A

S
esquerda francesa é culpada pelo ataque terrorista.
A extrema direita francesa demoniza os imigrantes. O ataque terrorista fortalece a extrema direita francesa.
A extrema direita francesa está por trás do ataque terrorista.
Marine Le Pen é a líder da extrema direita francesa. "Le Pen" é "O Caneta", se tomarmos o artigo em

O
francês e o substantivo em inglês. Eis aí uma demonstração de apoio da extrema direita francesa à liberdade
de expressão – e aos erros de concordância nominal.
(Este último parágrafo não fez muito sentido. Os filmes do David Lynch não fazem muito sentido. Este
último parágrafo é um filme do David Lynch.)

S
O "Charlie Hebdo" zoava Maomé. Eu zoo negão, zoo as bichinhas, zoo gorda, zoo geral! "Je suis Charlie!"
Humoristas brasileiros fazem piada racista, e as pessoas os criticam. "Charlie Hebdo" fez piada com
religião, e terroristas o atacam. Criticar piada racista é terrorismo.

R
Numa democracia, é desejável que as pessoas sejam livres para se expressar. Algumas dessas expressões
podem ofender indivíduos ou grupos. Numa democracia, é desejável que indivíduos ou grupos sejam
ofendidos.
U
O "Charlie Hebdo" foi atacado por terroristas. A editora Abril foi pichada por meia dúzia de jacus. A
editora Abril é Charlie.
Os terroristas que atacaram o jornal "Charlie Hebdo" usavam gorros pretos. "Black blocs" usam gorros
pretos. "Black blocs" são terroristas.
C

"Black blocs" não são terroristas. A polícia os trata como terroristas. Os "black blocs" têm o direito de
tocar o terror.
Os terroristas que atacaram o jornal "Charlie Hebdo" usavam gorros pretos. Drones não usam gorros
pretos. Ataques com drones não são terrorismo.
Ataques com drones matam inocentes mundo afora. O "Ocidente" usa drones. É justificável o terror contra
N

o "Ocidente".
O ataque terrorista contra o "Charlie Hebdo" foi no dia 7/1. A derrota brasileira para a Alemanha foi por
7 x 1. O 7 e o 1 devem ser imediatamente presos e submetidos a "técnicas reforçadas de interrogatório", tais
IO

como simulação de afogamento, privação de sono e alimentação via retal. Por via das dúvidas, o 6 e o 8 e o 0
e o 2 também.
Todo abacate é verde. O Incrível Hulk é verde. O Incrível Hulk é um abacate.
(Disponível em: http://www1.folha.uol.com.br/colunas/antonioprata/2015/01/1573334-terrorismo-
logico.shtml. Acesso em: 2 fev. 2015.)
R

Assinale a alternativa em que o hífen tenha sido CORRETAMENTE utilizado na formação de compostos e na indicação
de divisão silábica, em situação de escrita de um texto, tendo em conta que a barra sinaliza final de linha.
O

a) malcom-/portado – cor-de-/rosa – mal-/-sucedido


b) mesoclí-/tico – dois-/-pontos – pré-/datado
c) pon/to-e-vírgula – anti-/-infeccioso – ante-/-projeto
d) subu-/mano – hiper-/-realismo – mãe-d’á-/gua
e) sub-/-locatário – pree-/xistente – geo-/histórico

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90
Texto I

Direito à fantasia
Frei Betto 05/08/2017 - 06h00

A fantasia é a matéria-prima da realidade. Tudo que é real, do computador ao jornal no qual você lê este
texto, nasceu da fantasia de quem criou o artigo, concebeu o computador e editou a publicação.
A cadeira na qual me sento teve seu desenho concebido previamente na mente de quem a criou. Daí a

S
força da ficção. Ela molda a realidade.
A infância é, por excelência, a idade da fantasia. A puberdade, o choque de realidade. Privar uma criança
de sonhos é forçá-la a, precocemente, antecipar seu ingresso na idade adulta. E esse débito exige compensação.
O risco é ele ser pago com as drogas, a via química ao universo onírico.

O
As novas tecnologias tendem a coibir a fantasia em crianças que preferem a companhia do celular à dos
amigos. O celular isola; a amizade entrosa. O celular estabelece uma relação monológica com o real; a
amizade, dialógica. O risco é a tecnologia, tão rica em atrativos, "roubar" da criança o direito de sonhar.
Agora, sonham por ela o filme, o desenho animado, os joguinhos, as imagens. A criança se torna mera

S
espectadora da fantasia que lhe é oferecida nas redes sociais, sem que ela crie ou interaja.
Na infância, eu escutava histórias contadas por meus pais, de dona Baratinha à Branca de Neve e os sete
anões. Eu interferia nos enredos, com liberdade para recriá-los. Isso fez de mim, por toda a vida, um contador

R
de histórias, reais e fictícias.
Hoje, a indústria do entretenimento sonha pelas crianças. Não para diverti-las ou ativar nelas o potencial
onírico, e sim para transformá-las em consumistas precoces. Porque toda a programação está ancorada na
U
publicidade voltada ao segmento mais vulnerável do público consumidor.
Embora a criança não disponha de dinheiro, ela tem o poder de seduzir os adultos que compram para
agradá-la ou se livrar de tanta insistência. E ela não tem idade para discernir ou valorar os produtos, nem
distinguir entre o necessário e o supérfluo.
C

Fui criança logo após a Segunda Grande Guerra. O cinema e as revistas em quadrinhos, em geral originados
nos EUA, exaltavam os feitos bélicos, do faroeste aos combates aéreos. No quintal de casa eu e meus amigos
brincávamos de bandido e mocinho. Nossos cavalos eram cabos de vassoura.
Um dia, o Celsinho ganhou do pai um cavalinho de madeira apoiado em uma tábua com quatro rodinhas.
N

Ficamos todos fascinados diante daquela maravilha adquirida em uma loja de brinquedos.
Durou pouco. Dois ou três dias depois voltamos aos nossos cabos de vassoura. Por quê? A resposta agora
me parece óbvia: o cabo de vassoura "dialogava" com a nossa imaginação. Assim como o trapo que o bebê
não larga nem na hora de dormir.
IO

O direito à fantasia deveria constar da Declaração Universal dos Direitos Humanos.


Disponível em: http://hojeemdia.com.br/opini%C3%A3o/colunas/frei-betto-1.334186/direito-%C3%A0-
fantasia-1.550900. Adaptado. Acesso em: 18 jan. 2018.
Frei Betto, no artigo de opinião em análise, utiliza diversos expedientes para construir a argumentação. Estão corretas
as afirmativas e exemplificações, EXCETO:
R

a) Propicia contextualização histórica: menção a fatos ou dados que permitem identificar a que período(s) histórico(s)
ele se refere em sua argumentação. Ex.: “Fui criança logo após a Segunda Grande Guerra.”
O

b) Faz críticas a aspectos ou entidades da contemporaneidade por meio de linguagem incisiva e hermética: “Hoje, a
indústria do entretenimento sonha pelas crianças. Não para diverti-las ou ativar nelas o potencial onírico, e sim para
transformá-las em consumistas precoces.”
c) Utiliza exemplos do cotidiano para reiterar seu posicionamento: “A resposta agora me parece óbvia: o cabo de
vassoura "dialogava" com a nossa imaginação. Assim como o trapo que o bebê não larga nem na hora de dormir.”
d) Recorre à intertextualidade: cita explicitamente (ou alude a) outras vozes que vêm credenciar ou respaldar sua
argumentação. Ex.: “O direito à fantasia deveria constar da Declaração Universal dos Direitos Humanos.”

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e) Retoma aspectos construídos argumentativamente ao longo do texto por meio de declaração que funciona como
fecho coerente. Ex. “O direito à fantasia deveria constar da Declaração Universal dos Direitos Humanos.”

91
Atente para os sinônimos apresentados para vocábulos do texto. Assinale a opção em que a substituição do(s)
vocábulo(s) destacado(s) esteja INCORRETA:
a) “Ficamos todos fascinados diante daquela maravilha adquirida em uma loja de brinquedos.”

Ficamos todos extasiados diante daquele portento adquirido em uma loja de brinquedos.

S
b) “Hoje, a indústria do entretenimento sonha pelas crianças.”

O
Hoje, a indústria do divertimento sonha pelas crianças.

c) “O cinema e as revistas em quadrinhos, em geral originados nos EUA, exaltavam os feitos bélicos, do faroeste aos

S
combates aéreos.”

O cinema e as revistas em quadrinhos, em geral oriundos dos EUA, exaltavam os feitos espetaculares, do faroeste aos

R
combates aéreos.

d) “O risco é ele ser pago com as drogas, a via química ao universo onírico.”
U
O risco é ele ser pago com as drogas, a via química ao universo dos devaneios.
C

e) Porque toda a programação está ancorada na publicidade voltada ao segmento mais vulnerável do público
consumidor.

Porque toda a programação está assentada na publicidade voltada ao segmento mais suscetível do público consumidor.
N

92
Para responder a esta questão, além do texto I, considere o excerto da Base Nacional Comum Curricular, a qual
IO

estabelece competências gerais a serem trabalhadas ao longo da educação básica. Destacaram-se, a seguir, duas delas:

1. Valorizar e utilizar os conhecimentos historicamente construídos sobre o mundo físico, social, cultural e digital para
entender e explicar a realidade, continuar aprendendo e colaborar para a construção de uma sociedade justa, democrática
R

e inclusiva.
5. Compreender, utilizar e criar tecnologias digitais de informação e comunicação de forma crítica, significativa,
reflexiva e ética nas diversas práticas sociais (incluindo as escolares) para se comunicar, acessar e disseminar
O

informações, produzir conhecimentos, resolver problemas e exercer protagonismo e autoria na vida pessoal e coletiva.
(BNCC. Conteúdo em discussão no CNE. Texto em Revisão. 2017, p. 7)

A tecnologia em rápido desenvolvimento traz desafios para o trabalho docente. Trata-se de assunto complexo e
multifacetado. Considerando as leituras feitas, são corretas as afirmações, EXCETO:

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a) A BNCC preconiza um aproveitamento pedagógico das novas tecnologias e mídias digitais, o que poderia constituir-
se num “antídoto” à apatia e ao consumismo acrítico de que são vítimas as crianças e jovens, hoje, conforme a
argumentação de Frei Betto.

b) As crianças de épocas passadas tinham outras maneiras de darem vazão a sua criatividade; exercitavam sua
curiosidade e apreendiam a realidade (e aprendiam sobre ela) por meio de outras formas de entretenimento que,
segundo Frei Betto, eram mais dialogais.
c) Cada época apresenta brinquedos ou artefatos que refletem o grau de “tecnologização” que vai sendo conquistado
pela sociedade; alguns deles têm apelo mais coletivo e instigam à cooperação, em contraposição a outros, mais
individualistas, que, conforme o autor, promovem a expectação.

S
d) Tolher uma criança (ou adolescente) do contato extensivo com a cultura digital e seus artefatos tecnológicos é
pressioná-la(-lo) a, precocemente, ingressar no mundo adulto, no qual estes se fazem prescindíveis ao protagonismo
pessoal.

O
93
A compreensão das formas de organização dos enunciados em textos orais e escritos é crucial ao(à) professor(a) de

S
qualquer disciplina. Atente para o excerto:

“As novas tecnologias tendem a coibir a fantasia em crianças que preferem a companhia do celular à dos amigos.”

R
Com esse enunciado, o autor constrói sua argumentação por meio de alguns expedientes linguísticos:
U
I. Dá a entender que fala de “novas tecnologias” que são identificáveis pelos leitores, por isso utiliza artigo definido
“as”.
C

II. Faz uma generalização: a de que todas as crianças preferem a companhia do celular à dos amigos.
III. Relativiza sua afirmação pela escolha do verbo “tender” (inclinar-se, pender) na locução “tendem a coibir”.
IV. Utiliza um verbo semanticamente forte – “coibir” –, o qual significa bridar, refrear, tolher, reprimir.
N

Estão CORRETAS as afirmações:


a) I e III, apenas.

b) I, III e IV, apenas.


IO

c) II e III, apenas.
d) II e IV, apenas.

94
R

Atente para os dois excertos abaixo, sobre os quais se seguirão algumas assertivas referentes a escolhas morfossintáticas
e semânticas feitas pelo autor. Anteponha-lhes V (verdadeiro) ou F (falso):
O

I - As novas tecnologias tendem a coibir a fantasia em crianças que preferem a companhia do celular à dos amigos. O
celular isola; a amizade entrosa. O celular estabelece uma relação monológica com o real; a amizade, dialógica. O risco
é a tecnologia, tão rica em atrativos, "roubar" da criança o direito de sonhar.
II - A infância é, por excelência, a idade da fantasia. A puberdade, o choque de realidade. Privar uma criança de sonhos
é forçá-la a, precocemente, antecipar seu ingresso na idade adulta. E esse débito exige compensação. O risco é ele ser
pago com as drogas, a via química ao universo onírico.

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( ) Em “O celular estabelece uma relação monológica com o real; a amizade, dialógica.”, o uso da vírgula indicando
elipse é crucial para a correta compreensão do enunciado. Da mesma forma, isso ocorre em “A puberdade, o choque de
realidade.”
( ) Em ambos os fragmentos, veem-se situações em que se justifica o emprego da vírgula para separar termo(s)
intercalado(s).
( ) No excerto II, temos o emprego da vírgula separando vocativo, que é termo discursivo de grande relevância para a
construção do enunciado.

S
( ) As aspas, presentes no fragmento I, têm por função chamar a atenção para um uso inadequado do item lexical, no
caso o verbo “roubar”.
( ) O uso da crase, no fragmento I, está adequado, pois permite identificar a elipse de um substantivo, evitando-lhe a

O
repetição. É uso equivalente ao que ocorre em “tutu à mineira”, “bife à milanesa”, entre outras expressões afins, nas
quais se identifica um substantivo elidido.

A sequência CORRETA, de cima para baixo é:

S
a) F – V – F – V – F

b) F – V – V – F – F
c) V – F – V – V – F
d) V – V – F – F – V
R
U
95
Regência é a parte da análise gramatical que trata das relações existentes entre nomes (substantivos, adjetivos, advérbios)
C

e verbos com seus respectivos complementos. Atente para o excerto e as considerações feitas sobre esse tópico:

“Embora a criança não disponha de dinheiro, ela tem o poder de seduzir os adultos que compram para agradá-la ou se
livrar de tanta insistência. E ela não tem idade para discernir ou valorar os produtos, nem distinguir entre o necessário e
N

o supérfluo.”

NÃO está correto o que se afirma em:


IO

a) No fragmento, “poder” exige objeto indireto iniciado pela preposição “de”.

b) O verbo “agradar”, com sentido de “afagar”, rege objeto direto, no caso em apreço representado pelo pronome
oblíquo “-la”, que retoma “a criança”.
c) O verbo “dispor”, irregular e derivado de “pôr” (e como este se conjuga), rege preposição “de” iniciando seu
R

complemento.
d) O verbo “distinguir”, no sentido de “diferenciar”, é transitivo direto e indireto: rege dois objetos, um deles
O

preposicionado.

96
Sobre o uso de pronomes (em suas variadas possibilidades de classificação e emprego), seguem-se três excertos do texto
e considerações sobre o tópico. Avalie cada assertiva atentamente e anteponhalhe V (verdadeiro) ou F (falso):

Excerto 1:

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A cadeira na qual me sento teve seu desenho concebido previamente na mente de quem a criou. Daí a força da ficção.
Ela molda a realidade.

( ) A retomada pelo relativo “na qual” está adequada, visto que o verbo “sentar” exige “em” e o gênero do antecedente
é feminino e singular.
( ) A referência do pronome possessivo de 3ª pessoa, potencialmente provocador de ambiguidade, só é percebida no
contexto: equivale a “da cadeira”.

S
Excerto 2:
Eu interferia nos enredos, com liberdade para recriá-los. Isso fez de mim, por toda a vida, um contador de histórias,
reais e fictícias.

O
( ) O pronome oblíquo “-los” retoma o termo “nos enredos” de forma apropriada.
( ) O pronome demonstrativo “isso”, dêitico com função de sujeito, retoma o constituinte “liberdade”.

S
Excerto 3:
A criança se torna mera espectadora da fantasia que lhe é oferecida nas redes sociais, sem que ela crie ou interaja.

R
( ) O pronome relativo “que” substitui o antecedente “a fantasia”; poderia ser substituído por “a qual”.
( ) O pronome oblíquo “lhe” substitui o complemento preposicionado “à espectadora”.
U
O(s) excerto(s) sobre o(s) qual(-ais) ambas as assertivas estão corretas é (são) apenas:
a) 1.
C

b) 2.
c) 3.
d) 1 e 2.
N

97
Texto II
IO

O Direito à Literatura
Antônio Cândido

Chamarei de literatura, da maneira mais ampla possível, todas as criações de toque poético, ficcional ou
R

dramático em todos os níveis de uma sociedade, em todos os tipos de cultura, desde o que chamamos de
folclore, lenda, chiste, até as formas mais complexas e difíceis da produção escrita das grandes civilizações.
Vista deste modo, a literatura aparece claramente como manifestação universal de todos os homens em
O

todos os tempos. Não há povo e não há homem que possa viver sem ela, isto é, sem a possibilidade de entrar
em contato com alguma espécie de fabulação. Assim como todos sonham todas as noites, ninguém é capaz de
passar as vinte e quatro horas do dia sem alguns momentos de entrega ao universo fabulado. O sonho assegura
durante o sono a presença indispensável deste universo, independente da nossa vontade. E durante a vigília, a
criação ficcional ou poética, que é a mola da literatura em todos os seus níveis e modalidades, está presente
em cada um de nós, analfabeto ou erudito – como anedota, causo, história em quadrinhos, noticiário policial,
canção popular, moda de viola, samba carnavalesco. Ela se manifesta desde o devaneio amoroso ou econômico
no ônibus até a atenção fixada na novela de televisão ou na leitura seguida de um romance.

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Ora, se ninguém pode passar vinte e quatro horas sem mergulhar no universo da ficção e da poesia, a
literatura concebida no sentido amplo a que me referi parece corresponder a uma necessidade universal, que
precisa ser satisfeita e cuja satisfação constitui um direito.
Alterando o conceito de Otto Ranke sobre o mito, podemos dizer que a literatura é o sonho acordado das
civilizações. Portanto, assim como não é possível haver equilíbrio psíquico sem o sonho durante o sono, talvez
não haja equilíbrio social sem a literatura. Deste modo, ela é fator indispensável de humanização e, sendo
assim, confirma o homem na sua humanidade, inclusive porque atua em grande parte no subconsciente e no
inconsciente. Neste sentido, ela pode ter importância equivalente à das formas conscientes de inculcamento
intencional, como a educação familiar, grupal ou escolar. Cada sociedade cria as suas manifestações ficcionais,
poéticas e dramáticas de acordo com os seus impulsos, as suas crenças, os seus sentimentos, as suas normas,

S
a fim de fortalecer em cada um a presença e atuação deles.
Por isso é que em nossas sociedades a literatura tem sido um instrumento poderoso de instru- ção e
educação, entrando nos currículos, sendo proposta a cada um como equipamento intelectual e afetivo. Os
valores que a sociedade preconiza, ou os que considera prejudiciais, estão presentes nas diversas manifestações

O
da ficção, da poesia e da ação dramática. A literatura confirma e nega, propõe e denuncia, apoia e combate,
fornecendo a possibilidade de vivermos dialeticamente os problemas. Por isso é indispensável tanto a literatura
sancionada quanto a literatura proscrita; a que os poderes sugerem e a que nasce dos movimentos de negação
do estado de coisas predominante.

S
A respeito destes dois lados da literatura, convém lembrar que ela não é uma experiência inofensiva, mas
uma aventura que pode causar problemas psíquicos e morais, como acontece com a própria vida, da qual é
imagem e transfiguração. Isto significa que ela tem papel formador da personalidade, mas não segundo as

R
convenções; seria antes segundo a força indiscriminada e poderosa da própria realidade. Por isso, nas mãos
do leitor, o livro pode ser fator de perturbação e mesmo de risco. Daí a ambivalência da sociedade em face
dele, suscitando por vezes condenações violentas quando ele veicula noções ou oferece sugestões que a visão
U
convencional gostaria de proscrever. No âmbito da instrução escolar, o livro chega a gerar conflitos, porque o
seu efeito transcende as normas estabelecidas.
(CÂNDIDO, Antônio. Vários escritos. 5. ed. Rio de Janeiro: Ouro sobre Azul, 2011. p. 176-178. Disponível
em
C

https://edisciplinas.usp.br/pluginfile.php/3327587/mod_resource/content/1/Candido%20O%20Direito%20%
C3%A0%20Literatura.pdf. Acesso em: 31/01/18.)

Atente para as competências gerais de 3, 4 e 6, da BNCC, apresentadas como metas a serem alcançadas com
a educação básica, para respondera questão.
N

3. Valorizar e fruir as diversas manifestações artísticas e culturais, das locais às mundiais, e também participar
de práticas diversificadas da produção artístico-cultural.
IO

4. Utilizar diferentes linguagens – verbal (oral ou visual-motora, como Libras, e escrita), corporal, visual,
sonora e digital –, bem como conhecimentos das linguagens artística, matemática e científica, para se expressar
e partilhar informações, experiências, ideias e sentimentos em diferentes contextos e produzir sentidos que
levem ao entendimento mútuo.
6. Valorizar a diversidade de saberes e vivências culturais e apropriar-se de conhecimentos e experiências que
R

lhe possibilitem entender as relações próprias do mundo do trabalho e fazer escolhas alinhadas ao exercício
da cidadania e ao seu projeto de vida, com liberdade, autonomia, consciência crítica e responsabilidade.
(BNCC. Conteúdo em discussão no CNE. Texto em Revisão. 2017, p. 8).
O

Conforme argumentação do literato e sociólogo Antônio Cândido, a literatura ser um componente curricular é
compreensível devido aos aspectos abaixo, EXCETO:
a) Verifica-se uma universalidade da literatura como componente de expressão humana, que se encontra presente
em todas as sociedades, em todas as épocas.
b) Em sentido amplo, a literatura corresponde à necessidade de fabulação ou narratividade inerente ao ser humano,
o que independe de características como faixa etária ou classe social.

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c) As pessoas carecem de aceder ao universo ficcional ou poético, portanto a literatura se equipara a outras
necessidades humanas – biofísicas e psicossociais – que precisam ser satisfeitas.
d) A sociedade subestima o poder da literatura e interdita a inserção ora de literatura sancionada, ora a de proscrita,
já que ambas potencializam conflitos e subversão às regras estabelecidas nas diversas instituições sociais.

98
Antônio Cândido define o que seja literatura, neste texto que, em sua íntegra, visa a mostrar a literatura como um dos
direitos humanos incompressíveis.

S
Com base na argumentação de Cândido e nas competências da BNCC, pode-se considerar que a literatura como
componente curricular seja instrumento adequado para auxiliar o educando no alcance dos seguintes

O
objetivos, EXCETO:

a) Valorizar a diversidade de linguagens, saberes e vivências culturais idiossincráticos dos diferentes povos,
despertando o senso de alteridade e a sensibilidade para respeitar a diversidade e o multiculturalismo.

S
b) Fruir as diversas manifestações artísticas e culturais, das locais às mundiais, ampliando os horizontes e despertando
a consciência crítica quanto aos efeitos homogeneizadores da globalização.

R
c) Participar de práticas de produção artístico-cultural, com possibilidade de integrar conhecimentos teóricos e
práticos ao seu projeto de vida e ao exercício cotidiano da cidadania.
d) Adquirir conhecimentos e experiências que permitam compreender a hierarquização entre formas de
U
manifestações culturais e artísticas, destacando as eruditas ou as voltadas a um público de determinada faixa etária,
em detrimento de formas de expressão populares, mais simples e menos elaboradas.

99
C

Texto I

Direito à fantasia
N

Frei Betto 05/08/2017 - 06h00

A fantasia é a matéria-prima da realidade. Tudo que é real, do computador ao jornal no qual você lê este
texto, nasceu da fantasia de quem criou o artigo, concebeu o computador e editou a publicação.
IO

A cadeira na qual me sento teve seu desenho concebido previamente na mente de quem a criou. Daí a
força da ficção. Ela molda a realidade.
A infância é, por excelência, a idade da fantasia. A puberdade, o choque de realidade. Privar uma criança
de sonhos é forçá-la a, precocemente, antecipar seu ingresso na idade adulta. E esse débito exige compensação.
O risco é ele ser pago com as drogas, a via química ao universo onírico.
R

As novas tecnologias tendem a coibir a fantasia em crianças que preferem a companhia do celular à dos
amigos. O celular isola; a amizade entrosa. O celular estabelece uma relação monológica com o real; a
amizade, dialógica. O risco é a tecnologia, tão rica em atrativos, "roubar" da criança o direito de sonhar.
O

Agora, sonham por ela o filme, o desenho animado, os joguinhos, as imagens. A criança se torna mera
espectadora da fantasia que lhe é oferecida nas redes sociais, sem que ela crie ou interaja.
Na infância, eu escutava histórias contadas por meus pais, de dona Baratinha à Branca de Neve e os sete
anões. Eu interferia nos enredos, com liberdade para recriá-los. Isso fez de mim, por toda a vida, um contador
de histórias, reais e fictícias.
Hoje, a indústria do entretenimento sonha pelas crianças. Não para diverti-las ou ativar nelas o potencial
onírico, e sim para transformá-las em consumistas precoces. Porque toda a programação está ancorada na
publicidade voltada ao segmento mais vulnerável do público consumidor.

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Embora a criança não disponha de dinheiro, ela tem o poder de seduzir os adultos que compram para
agradá-la ou se livrar de tanta insistência. E ela não tem idade para discernir ou valorar os produtos, nem
distinguir entre o necessário e o supérfluo.
Fui criança logo após a Segunda Grande Guerra. O cinema e as revistas em quadrinhos, em geral originados
nos EUA, exaltavam os feitos bélicos, do faroeste aos combates aéreos. No quintal de casa eu e meus amigos
brincávamos de bandido e mocinho. Nossos cavalos eram cabos de vassoura.
Um dia, o Celsinho ganhou do pai um cavalinho de madeira apoiado em uma tábua com quatro rodinhas.
Ficamos todos fascinados diante daquela maravilha adquirida em uma loja de brinquedos.
Durou pouco. Dois ou três dias depois voltamos aos nossos cabos de vassoura. Por quê? A resposta agora
me parece óbvia: o cabo de vassoura "dialogava" com a nossa imaginação. Assim como o trapo que o bebê

S
não larga nem na hora de dormir.
O direito à fantasia deveria constar da Declaração Universal dos Direitos Humanos.
Disponível em: http://hojeemdia.com.br/opini%C3%A3o/colunas/frei-betto-1.334186/direito-%C3%A0-
fantasia-1.550900. Adaptado. Acesso em: 18 jan. 2018.

O
Texto II

O Direito à Literatura

S
Antônio Cândido

Chamarei de literatura, da maneira mais ampla possível, todas as criações de toque poético, ficcional ou

R
dramático em todos os níveis de uma sociedade, em todos os tipos de cultura, desde o que chamamos de
folclore, lenda, chiste, até as formas mais complexas e difíceis da produção escrita das grandes civilizações.
Vista deste modo, a literatura aparece claramente como manifestação universal de todos os homens em
U
todos os tempos. Não há povo e não há homem que possa viver sem ela, isto é, sem a possibilidade de entrar
em contato com alguma espécie de fabulação. Assim como todos sonham todas as noites, ninguém é capaz de
passar as vinte e quatro horas do dia sem alguns momentos de entrega ao universo fabulado. O sonho assegura
durante o sono a presença indispensável deste universo, independente da nossa vontade. E durante a vigília, a
C

criação ficcional ou poética, que é a mola da literatura em todos os seus níveis e modalidades, está presente
em cada um de nós, analfabeto ou erudito – como anedota, causo, história em quadrinhos, noticiário policial,
canção popular, moda de viola, samba carnavalesco. Ela se manifesta desde o devaneio amoroso ou econômico
no ônibus até a atenção fixada na novela de televisão ou na leitura seguida de um romance.
Ora, se ninguém pode passar vinte e quatro horas sem mergulhar no universo da ficção e da poesia, a
N

literatura concebida no sentido amplo a que me referi parece corresponder a uma necessidade universal, que
precisa ser satisfeita e cuja satisfação constitui um direito.
Alterando o conceito de Otto Ranke sobre o mito, podemos dizer que a literatura é o sonho acordado das
IO

civilizações. Portanto, assim como não é possível haver equilíbrio psíquico sem o sonho durante o sono, talvez
não haja equilíbrio social sem a literatura. Deste modo, ela é fator indispensável de humanização e, sendo
assim, confirma o homem na sua humanidade, inclusive porque atua em grande parte no subconsciente e no
inconsciente. Neste sentido, ela pode ter importância equivalente à das formas conscientes de inculcamento
intencional, como a educação familiar, grupal ou escolar. Cada sociedade cria as suas manifestações ficcionais,
R

poéticas e dramáticas de acordo com os seus impulsos, as suas crenças, os seus sentimentos, as suas normas,
a fim de fortalecer em cada um a presença e atuação deles.
Por isso é que em nossas sociedades a literatura tem sido um instrumento poderoso de instru- ção e
O

educação, entrando nos currículos, sendo proposta a cada um como equipamento intelectual e afetivo. Os
valores que a sociedade preconiza, ou os que considera prejudiciais, estão presentes nas diversas manifestações
da ficção, da poesia e da ação dramática. A literatura confirma e nega, propõe e denuncia, apoia e combate,
fornecendo a possibilidade de vivermos dialeticamente os problemas. Por isso é indispensável tanto a literatura
sancionada quanto a literatura proscrita; a que os poderes sugerem e a que nasce dos movimentos de negação
do estado de coisas predominante.
A respeito destes dois lados da literatura, convém lembrar que ela não é uma experiência inofensiva, mas
uma aventura que pode causar problemas psíquicos e morais, como acontece com a própria vida, da qual é
imagem e transfiguração. Isto significa que ela tem papel formador da personalidade, mas não segundo as

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convenções; seria antes segundo a força indiscriminada e poderosa da própria realidade. Por isso, nas mãos
do leitor, o livro pode ser fator de perturbação e mesmo de risco. Daí a ambivalência da sociedade em face
dele, suscitando por vezes condenações violentas quando ele veicula noções ou oferece sugestões que a visão
convencional gostaria de proscrever. No âmbito da instrução escolar, o livro chega a gerar conflitos, porque o
seu efeito transcende as normas estabelecidas.
(CÂNDIDO, Antônio. Vários escritos. 5. ed. Rio de Janeiro: Ouro sobre Azul, 2011. p. 176-178. Disponível
em
https://edisciplinas.usp.br/pluginfile.php/3327587/mod_resource/content/1/Candido%20O%20Direito%20%
C3%A0%20Literatura.pdf. Acesso em: 31/01/18.)

S
Atente para as competências gerais de 3, 4 e 6, da BNCC, apresentadas como metas a serem alcançadas com
a educação básica, para respondera questão.

3. Valorizar e fruir as diversas manifestações artísticas e culturais, das locais às mundiais, e também participar

O
de práticas diversificadas da produção artístico-cultural.
4. Utilizar diferentes linguagens – verbal (oral ou visual-motora, como Libras, e escrita), corporal, visual,
sonora e digital –, bem como conhecimentos das linguagens artística, matemática e científica, para se expressar
e partilhar informações, experiências, ideias e sentimentos em diferentes contextos e produzir sentidos que

S
levem ao entendimento mútuo.
6. Valorizar a diversidade de saberes e vivências culturais e apropriar-se de conhecimentos e experiências que
lhe possibilitem entender as relações próprias do mundo do trabalho e fazer escolhas alinhadas ao exercício

R
da cidadania e ao seu projeto de vida, com liberdade, autonomia, consciência crítica e responsabilidade.
(BNCC. Conteúdo em discussão no CNE. Texto em Revisão. 2017, p. 8).
Sobre os textos lidos –“O direito à fantasia” (Frei Betto), “O direito à literatura” (Antônio Cândido) – e os excertos
U
da BNCC referentes às competências básicas, são feitas duas assertivas:

Assertiva 1:
C

De maneira similar, para Frei Betto e Antônio Cândido a dicotomia realidade x ficção é fator essencial à formação
saudável da identidade individual e exercício de práticas sociais: àquilo que reduz o potencial onírico – consciente ou
inconscientemente –, é preciso que se contraponha alguma forma de “entrega ao universo fabulado” (a literatura, a
brincadeira, etc.)
N

Assertiva 2:
Interpretando as competências gerais da BNCC destacadas nos boxes (as de número 1, 3, 4, 5, 6), constata-se que a
IO

educação escolar básica deve priorizar a formação intelectual (aquisição de conhecimentos e saberes) e potencializar o
desenvolvimento de habilidades do educando, por meio da interação com distintas esferas de circulação dos textos –
oficial, acadêmica, técnica, digital, etc. – e acesso a variadas práticas de letramento (matemático, científico, etc.). A
formação complementar relativa a outras dimensões – como atitudes, crenças, posturas e valores – é responsabilidade
R

da família e de outras instituições, não cabendo à escola interferências nesse âmbito.


O

Verifica-se que:
a) ambas as assertivas estão corretas e a segunda complementa a primeira.

b) ambas as assertivas estão corretas, porém a segunda não se relaciona com a primeira.
c) apenas a assertiva I está correta.
d) apenas a assertiva II está correta.

100

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Terrorismo lógico
Antônio Prata

Said e Chérif Kouachi eram descendentes de imigrantes. Said e Chérif Kouachi são suspeitos do ataque
ao jornal "Charlie Hebdo", na França. Se não houvesse imigrantes na França, não teria havido ataque ao
"Charlie Hebdo".
Said e Chérif Kouachi, suspeitos do ataque ao jornal "Charlie Hebdo", eram filhos de argelinos. Zinedine
Zidane é filho de argelinos. Zinedine Zidane é terrorista.
Zinedine Zidane é filho de argelinos. Said e Chérif Kouachi, suspeitos do ataque ao jornal "Charlie Hebdo",
eram filhos de argelinos. Said e Chérif Kouachi sabiam jogar futebol.

S
Muçulmanos são uma minoria na França. Membros de uma minoria são suspeitos do ataque terrorista.
Olha aí no que dá defender minoria...
A esquerda francesa defende minorias. Membros de uma minoria são suspeitos pelo ataque terrorista. A
esquerda francesa é culpada pelo ataque terrorista.

O
A extrema direita francesa demoniza os imigrantes. O ataque terrorista fortalece a extrema direita francesa.
A extrema direita francesa está por trás do ataque terrorista.
Marine Le Pen é a líder da extrema direita francesa. "Le Pen" é "O Caneta", se tomarmos o artigo em
francês e o substantivo em inglês. Eis aí uma demonstração de apoio da extrema direita francesa à liberdade

S
de expressão – e aos erros de concordância nominal.
(Este último parágrafo não fez muito sentido. Os filmes do David Lynch não fazem muito sentido. Este
último parágrafo é um filme do David Lynch.)

R
O "Charlie Hebdo" zoava Maomé. Eu zoo negão, zoo as bichinhas, zoo gorda, zoo geral! "Je suis Charlie!"
Humoristas brasileiros fazem piada racista, e as pessoas os criticam. "Charlie Hebdo" fez piada com
religião, e terroristas o atacam. Criticar piada racista é terrorismo.
U
Numa democracia, é desejável que as pessoas sejam livres para se expressar. Algumas dessas expressões
podem ofender indivíduos ou grupos. Numa democracia, é desejável que indivíduos ou grupos sejam
ofendidos.
O "Charlie Hebdo" foi atacado por terroristas. A editora Abril foi pichada por meia dúzia de jacus. A
C

editora Abril é Charlie.


Os terroristas que atacaram o jornal "Charlie Hebdo" usavam gorros pretos. "Black blocs" usam gorros
pretos. "Black blocs" são terroristas.
"Black blocs" não são terroristas. A polícia os trata como terroristas. Os "black blocs" têm o direito de
tocar o terror.
N

Os terroristas que atacaram o jornal "Charlie Hebdo" usavam gorros pretos. Drones não usam gorros
pretos. Ataques com drones não são terrorismo.
Ataques com drones matam inocentes mundo afora. O "Ocidente" usa drones. É justificável o terror contra
IO

o "Ocidente".
O ataque terrorista contra o "Charlie Hebdo" foi no dia 7/1. A derrota brasileira para a Alemanha foi por
7 x 1. O 7 e o 1 devem ser imediatamente presos e submetidos a "técnicas reforçadas de interrogatório", tais
como simulação de afogamento, privação de sono e alimentação via retal. Por via das dúvidas, o 6 e o 8 e o 0
e o 2 também.
R

Todo abacate é verde. O Incrível Hulk é verde. O Incrível Hulk é um abacate.


(Disponível em: http://www1.folha.uol.com.br/colunas/antonioprata/2015/01/1573334-terrorismo-
logico.shtml. Acesso em: 2 fev. 2015.)
O

Leia as considerações abaixo, sobre o texto.

I. Os recursos de construção recorrentemente adotados em cada parágrafo do texto atuam diretamente na construção da
ironia.
II. O texto toma como objeto central de reflexão os ataques terroristas na França.
III. Em alguns parágrafos do texto, revela-se, de forma explícita, a defesa do autor ao combate ao terror do Ocidente.
IV. Subjaz ao texto uma crítica à fragilidade das generalizações e conclusões apressadas ou inconsistentes.

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Está CORRETO apenas o que se afirma em:


a) I e II.

b) I e IV.
c) II.
d) II e III.

101

S
Terrorismo lógico
Antônio Prata

O
Said e Chérif Kouachi eram descendentes de imigrantes. Said e Chérif Kouachi são suspeitos do ataque
ao jornal "Charlie Hebdo", na França. Se não houvesse imigrantes na França, não teria havido ataque ao
"Charlie Hebdo".
Said e Chérif Kouachi, suspeitos do ataque ao jornal "Charlie Hebdo", eram filhos de argelinos. Zinedine

S
Zidane é filho de argelinos. Zinedine Zidane é terrorista.
Zinedine Zidane é filho de argelinos. Said e Chérif Kouachi, suspeitos do ataque ao jornal "Charlie Hebdo",
eram filhos de argelinos. Said e Chérif Kouachi sabiam jogar futebol.

R
Muçulmanos são uma minoria na França. Membros de uma minoria são suspeitos do ataque terrorista.
Olha aí no que dá defender minoria...
A esquerda francesa defende minorias. Membros de uma minoria são suspeitos pelo ataque terrorista. A
U
esquerda francesa é culpada pelo ataque terrorista.
A extrema direita francesa demoniza os imigrantes. O ataque terrorista fortalece a extrema direita francesa.
A extrema direita francesa está por trás do ataque terrorista.
Marine Le Pen é a líder da extrema direita francesa. "Le Pen" é "O Caneta", se tomarmos o artigo em
C

francês e o substantivo em inglês. Eis aí uma demonstração de apoio da extrema direita francesa à liberdade
de expressão – e aos erros de concordância nominal.
(Este último parágrafo não fez muito sentido. Os filmes do David Lynch não fazem muito sentido. Este
último parágrafo é um filme do David Lynch.)
O "Charlie Hebdo" zoava Maomé. Eu zoo negão, zoo as bichinhas, zoo gorda, zoo geral! "Je suis Charlie!"
N

Humoristas brasileiros fazem piada racista, e as pessoas os criticam. "Charlie Hebdo" fez piada com
religião, e terroristas o atacam. Criticar piada racista é terrorismo.
Numa democracia, é desejável que as pessoas sejam livres para se expressar. Algumas dessas expressões
IO

podem ofender indivíduos ou grupos. Numa democracia, é desejável que indivíduos ou grupos sejam
ofendidos.
O "Charlie Hebdo" foi atacado por terroristas. A editora Abril foi pichada por meia dúzia de jacus. A
editora Abril é Charlie.
Os terroristas que atacaram o jornal "Charlie Hebdo" usavam gorros pretos. "Black blocs" usam gorros
R

pretos. "Black blocs" são terroristas.


"Black blocs" não são terroristas. A polícia os trata como terroristas. Os "black blocs" têm o direito de
tocar o terror.
O

Os terroristas que atacaram o jornal "Charlie Hebdo" usavam gorros pretos. Drones não usam gorros
pretos. Ataques com drones não são terrorismo.
Ataques com drones matam inocentes mundo afora. O "Ocidente" usa drones. É justificável o terror contra
o "Ocidente".
O ataque terrorista contra o "Charlie Hebdo" foi no dia 7/1. A derrota brasileira para a Alemanha foi por
7 x 1. O 7 e o 1 devem ser imediatamente presos e submetidos a "técnicas reforçadas de interrogatório", tais
como simulação de afogamento, privação de sono e alimentação via retal. Por via das dúvidas, o 6 e o 8 e o 0
e o 2 também.
Todo abacate é verde. O Incrível Hulk é verde. O Incrível Hulk é um abacate.

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(Disponível em: http://www1.folha.uol.com.br/colunas/antonioprata/2015/01/1573334-terrorismo-


logico.shtml. Acesso em: 2 fev. 2015.)
Do ponto de vista do gênero, o texto é:
a) um conto.
b) um texto de lógica filosófica.
c) uma crônica.
d) uma notícia.

S
102
Em “Este último parágrafo não fez muito sentido”, o enunciador remete o leitor

O
a) à falta de coerência da direita francesa.
b) à quantidade de inferências que o parágrafo demanda ao leitor.
c) aos aludidos problemas formais dos discursos de Marine Le Pen.

S
d) às relações e conclusões estabelecidas com o sobrenome de Marine Le Pen.

103

R
Todas as alternativas abaixo trazem reformulações de trechos do texto sem comprometimento da orientação de
sentido original, EXCETO em:
U
a) "Black blocs" não são terroristas, mas a polícia os trata como terroristas.
b) Humoristas brasileiros fazem piada racista, por isso as pessoas os criticam.
C

c) Numa democracia, é desejável que as pessoas sejam livres para se expressar, ainda que algumas dessas expressões
possam ofender indivíduos ou grupos.
d) Said e Chérif Kouachi eram descendentes de imigrantes e são suspeitos do ataque ao jornal "Charlie Hebdo", na
França.
N

104
IO

Todas as alternativas a seguir apresentam sugestões de reformulação do texto, entre parênteses, em consonância
com a norma padrão do português, EXCETO:
a) A extrema direita francesa demoniza os imigrantes. (Os imigrantes são demonizados pela extrema direita francesa.)
b) A polícia os trata como terroristas. (A polícia trata-os como terroristas.)
R

c) O "Charlie Hebdo" foi atacado por terroristas. (Terroristas atacaram o "Charlie Hebdo".)
d) Se não houvesse imigrantes na França, não teria havido ataque ao "Charlie Hebdo". (Não teria havido ataque ao
O

"Charlie Hebdo", se não houvessem imigrantes na França.)

105
Observe os excertos retirados do texto, atentando para os itens grifados.

I. [...] não teria havido ataque ao "Charlie Hebdo".


II. Marine Le Pen é a líder da extrema direita francesa.

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III. Ataques com drones matam inocentes mundo afora.


IV. É justificável o terror contra o "Ocidente".

Exercem a mesma função sintática os itens grifados em:


a) I e II.

b) I e III.
c) I e IV.
d) II e III.

S
106

O
Em todas as alternativas, o hífen foi utilizado de forma incorreta ao menos uma vez, EXCETO em:
a) sub-humano, micro-ondas, socioeconômico, sub-remunerado
b) hiper-sensibilidade, ultravioleta, infravermelho, anticorrupção

S
c) hipersensibilidade, inter-regional, super-aquecimento, inter-sindical
d) contracheque, contragolpe, contra-reforma, contra-sens

107
R
Tendo em conta o Acordo Ortográfico de 1990, assinale a afirmativa CORRETA.
U
a) No presente do indicativo, o acento circunflexo deixou de ser usado na terceira pessoa do plural de verbos como
“crer”, “ler” e “ver”.
C

b) Nos hiatos, o “i” e o “u” tônicos deixaram de ser acentuados graficamente sempre que antecedidos de ditongos.
c) O emprego do trema foi completamente abolido.
d) Os acentos diferenciais deixaram de ser empregados.
N

108
Todas as alternativas trazem ocorrência(s) que contraria(m) o Acordo Ortográfico de 1990, EXCETO:
IO

a) hifen, tem, herói.


b) hífens, creem, pólo.
c) por do sol, contra-cheque, escarcéu.
R

d) raízes, papéis, averigue.

109
O

TEXTO I:

Nossa Senhora dos Destoantes


Luís Fernando Veríssimo

A pequena Capela de Nossa Senhora do Rosário do Padre Faria é uma das tantas joias arquitetônicas de
Ouro Preto. O exterior despojado não prepara o visitante para a opulência barroca do interior. O campanário
fica afastado do corpo da igreja, como a “casinha” numa morada sem banheiro, e nada tem de imponente. Os

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sinos da Capela de Padre Faria badalam em concerto com os outros sinos da região, cantando as horas e os
eventos, e não soam nem melhor nem pior do que os outros. Mas os sinos da Capela do Padre Faria têm uma
história diferente dos outros.
Quando Tiradentes foi enforcado e esquartejado no Rio de Janeiro todos os outros sinos celebraram a
notícia. Afinal, tratava-se da execução de um traidor, de um inimigo da sociedade. Os sinos de Ouro Preto
festejaram o castigo exemplar de um réprobo e o triunfo da legalidade sobre a rebeldia. Mesmo que o toque
festivo não tivesse sido recomendado pela Coroa, a celebração se justificaria. Mas os sinos da Capela do Padre
Faria dobraram Finados. Pela primeira e única vez na história, talvez, os sinos da Capela do Padre Faria
destoaram do concerto. Tocaram, sozinhos, uma batida fúnebre pelo martírio de Tiradentes.
Não conheço bem a história e não sei o que motivou as badaladas subversivas. Um pedido de secretos

S
simpatizantes da Inconfidência? Apenas uma manifestação de piedade cristã? Um sineiro bêbado? Não sei.
Minha tese preferida é que alguém responsável pelos sinos teve um vislumbre histórico. Teve a presciência
que ninguém mais teve e ordenou o toque plangente, em homenagem precoce ao futuro herói e pelo ocaso do
poder colonial que seu sacrifício desencadearia.

O
Nossa Senhora do Rosário serviria como padroeira, não necessariamente de quem consegue adivinhar a
História, mas de quem entende o momento que está vivendo ou destoa da maioria, com ou sem razão.
Destoantes deveriam ir regularmente em romaria à pequena capela e pedir a bênção dessa Nossa Senhora do
Contexto Maior, para melhor poder enfrentar a maioria que badala o que não tem importância e o fato errado

S
e menospreza qualquer batida diferente.
Os outros sineiros de Ouro Preto não tinham como saber que estavam festejando a morte de um herói.
Faltava-lhes a perspectiva histórica para entender o momento e só cumpriram o que se esperava deles. Estão

R
perdoados. Mas que nos sirvam de lição.
(Disponível em https://jornalggn.com.br/noticia/nossa-senhora-dos-destoantes-por-luis-fernando-verissimo.
Acesso em: 9 fev. 2018)
U
“É curioso como elas [as crônicas] mantêm o ar despreocupado, de quem está falando de coisas sem maior consequência
e, no entanto, não apenas entram fundo no significado dos atos e sentimentos do homem, mas podem levar longe a
crítica social”.
C

CÂNDIDO, Antônio. Para gostar de ler: crônicas. Volume 5. São Paulo: Ática, 2003. pp.89-99.

O trecho em destaque faz parte do texto de Antônio Cândido, A vida ao rés do chão, no qual o autor discorre sobre o
gênero crônica. A produção de Luís Fernando Veríssimo ilustra as ideias de Antônio Cândido pelo fato de que
N

a) alerta quanto à falta de sensibilidade e perspectiva histórica para o entendimento de atos de injustiça do passado
e do presente.

b) considera irrelevante culturalmente o toque dos sinos nas cidades históricas de Minas Gerais.
IO

c) denuncia os frequentadores da igreja do Rosário que não se deram conta da importância da sentença dada a
Tiradentes.
d) promove, por meio da linguagem descompromissada, a despreocupação quanto a problemas de ordem social e
política.
R

110
O

No título da crônica – Nossa Senhora dos Destoantes – a palavra “destoantes” se constitui como uma pungente
metáfora que só NÃO pode ser relacionada
a) a quem ordenou o toque plangente, em homenagem precoce ao futuro herói.
b) a quem tem a presciência de ocasos do poder desencadeados por sacrifícios.
c) aos que tocaram, sozinhos, uma batida fúnebre pelo martírio de Tiradentes.
d) àqueles que não têm como saber que festejam a injustiça contra heróis.

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111
“O contexto maior não absolve, exatamente, o contexto imediato, a triste realidade de revelações e escândalos de todos
os dias, mas consola. Nossa inspiração deve ser o historiador francês Fernand Braudel, que — principalmente no seu
monumental estudo sobre as civilizações do Mediterrâneo — ensinou que, para se entender a História, é preciso
concentrar-se no que ele chamava de lalonguedurée, que é outro nome para o contexto maior. Braudel partia do
particular e do individual para o social e daí para o nacional e o generacional, se é que existe a palavra, e na sua história
da região, o indivíduo e seu cotidiano eram reduzidos a “poeira” (palavra dele também, que incluía até papas e reis) em

S
contraste com a longuedurée, o longo prazo da história verdadeira. Assim na sua obra se encontram as minúcias da vida
diária nos países do Mediterrâneo mas compreendidas sub specieaeternitatis, do ponto de vista da eternidade, que é o
contexto maior pedante.”

O
(Disponível em https://jornalggn.com.br/noticia/o-contexto-maior-por-luis-fernando-verissimo. Acesso em 09 fev.
2018).

O segmento em destaque também foi produzido por Luís Fernando Veríssimo, em sua crônica, de fevereiro de 2015,

S
O contexto maior, título retomado no trecho da crônica Nossa Senhora dos Destoantes, publicada em 09 de fevereiro de
2018 em: “Destoantes deveriam ir regularmente em romaria à pequena capela e pedir a bênção dessa Nossa Senhora do
Contexto Maior, para melhor poder enfrentar a maioria que badala o que não tem importância e o fato errado e
menospreza qualquer batida diferente”.

R
U
Sobre essa referência de O contexto maior em Nossa Senhora dos Destoantes, pode-se afirmar que
a) constitui-se como um elemento incoerente na composição de 2018, pelo fato de ironizar o comportamento de
pessoas conservadoras.
C

b) indica que a compreensão de Nossa Senhora dos Destoantes é determinada pela leitura de outras produções do
cronista, sob pena de se perder a intencionalidade.
c) sugere que a leitura do gênero crônica se faz mediante a leitura de outras produções de mesmo gênero, em especial
as construídas pelo mesmo cronista.
N

d) trata-se de um conhecimento prévio que contribui para a percepção da intencionalidade de criticar certo
comportamento político da sociedade atual.
IO

112
Leia atentamente os textos II e III. A questão refere-se a eles.

TEXTO II
R

Peão morre após ser pisoteado por touro em festa de Alvorada


Vítima participava de montaria quando caiu no chão e foi atingida pelas
O

patas do animal. Homem não usava capacete de segurança.


Por Pâmela Fernandes, G1 Ji-Paraná e Região Central
Globo.com 25/06/2017 17h03 Atualizado 25/06/2017 17h39

Um peão de 24 anos morreu neste fim de semana após ser pisoteado por um touro, durante uma montaria
no distrito de Terra Boa em Alvorada do Oeste (RO), a 460 quilômetros de Porto Velho. Conforme
informações do registro policial, o rapaz participava da montaria em uma festa, quando caiu e acabou sendo
atingido pelas patas do animal.

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Um vídeo gravado por espectadores do rodeio da festa mostra o momento em que o jovem, que era peão
profissional, monta no touro e a porteira é aberta.
Poucos segundos depois o peão se desequilibrou, caiu do animal e foi pisoteado. Os palhaços então tentam
afastar o touro do jovem, que ficou caído no meio da arena.
Na sequência o boi volta na direção dos palhaços e rodopia novamente sobre a vítima. Assustado, o público
da arquibancada começa a gritar e o locutor pede ajuda médica.

TEXTO III

Ezequiel voou parafusado. Quando estava de boca pro céu, as estrelas e as luzes da arena formaram um

S
telegrama manchado nos seus olhos. Bateu chapado no chão. Ouvido apitando. Deu até vontade de rir... Mas
não é que o touro desceu com uma pisada tão forte que as costelas se esmigalharam por cima do coração?! Foi
menos que suspiro e mais que dolorido. Ele ainda levantou o chapéu e batendo a poeira das calças! Ezequiel,
esse insistente... Os braços valeram pra isso. Mas também só pra isso, porque ao cair de novo já foi de cara...

O
e completamente morto. (Barretos – Brasil – 1996)
(BONASSI, Fernando. Passaporte. São Paulo: Cosac & Naify Edições, 2001)
I. É possível que a jornalista Pâmela Fernandes não tenha presenciado o fato por ela noticiado, embora demonstre

S
conhecer a vítima, conforme indica a informação “que era peão profissional”.
II. A jornalista Pâmela Fernandes narra com certo distanciamento a partir de informações colhidas de um registro policial
no qual a situação fora narrada como algo já acontecido, conforme indicam os verbos no pretérito imperfeito.

R
III. Pâmela Fernandes narra a partir de imagens de um vídeo feito por espectadores, transpostas com verbos no presente
do indicativo, como se houvesse simultaneidade entre o que vídeo mostra e o relato feito pela jornalista.
U
O texto II é uma notícia publicada em um site de grande circulação e apresenta um fato acontecido em Roraima. Quanto
à posição da jornalista em relação ao fato narrado, é CORRETO o que se afirma apenas em:
a) I.
C

b) II.
c) III.
d) II e III.
N

113
I. O narrador de rodeio é testemunha ocular do fato narrado, conforme indica a frase “Deu até vontade de rir...”.
IO

II. O narrador de rodeio retrata a cena cruelmente, sem demonstrar constrangimento quanto a essa perspectiva, segundo
a ironia presente em “Ezequiel, esse insistente...”.
III. A voz narrativa de rodeio banaliza a atuação do peão, demonstrando seu engajamento com relação à causa em favor
de animais.
R

O texto III é um conto, parte da obra Passaporte, de Fernando Bonassi, publicado pela editora Cosac & Naify. Quanto
O

à posição do narrador em relação ao fato narrado, é CORRETO o que se afirma apenas em:
a) I.

b) II.
c) III.
d) I e II.

114

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Assinale a afirmativa INCORRETA.


a) A composição em sentenças curtas configuradas pela sinestesia, entre outras figuras, possibilita situar o conto de
Bonassi no campo da literatura.
b) A garantia das fontes, a informação documentada e a linguagem denotativa possibilitam situar o texto de Pâmela
Fernandes no campo não literário.
c) A pontuação é um recurso expressivo em rodeio, como se vê na justaposição dos sinais ?!, para dar conta da
observação violenta e sarcástica do narrador.
d) O minirrelato de Bonassi dialoga com a notícia de Pâmela Fernandes tanto no que se refere ao enredo quanto à

S
intencionalidade.

115

O
TEXTO IV

Encostei meu ombro naquele céu curvo e terno

S
No lago as estrelas molhavam-se
Sussurravam que meu abraço
Contivera a terra inteira e os ares

R
ALVIM, Francisco. In: HOLLANDA, Heloísa Buarque de. 26 poetas hoje. Rio de Janeiro: Aeroplano, 2007. p. 23
U
No poema de Francisco Alvim, o lirismo se dá por meio da
a) composição de imagens sensoriais.

b) expressão melancólica do eu poético.


C

c) manifestação de um eu lírico em conflito.


d) referência a poetas clássicos.

116
N

TEXTO V
IO

De Sinal de menos
perdido entre signos
decifro devoro
persigo persigno
R

redecifroredevoro
entre signos perdido
devoro decifro
O

sigo poesigno
redevororedecifro
entreperdido paraíso
voraz cifro
desenho & desígnio
(ÁVILA, Carlos. Sinal de menos. Ouro Preto / MG: Tipografia do Fundo de Ouro Preto, 1989)

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A leitura do poema de Carlos Ávila sugere que a criação literária se dá


a) pela elaboração persistente.

b) pela força da inspiração.


c) pelo aprendizado de fórmulas.
d) pelo sofrimento existencial do poeta.

117

S
TEXTO VI

A terra é nossa

O
A terra é um bem comum
Que pertence a cada um
Com o seu poder além,

S
Deus fez a grande natura
Mas não passou escritura

R
Da terra para ninguém

Se a terra foi Deus quem fez


U
Se é obra da criação
Deve cada camponês
Ter uma faixa de chão.
C

Sei que o latifundiário


Egoísta e usuário
Da terra toda se apossa,
N

Causando crises fatais


Porém nas leis naturais
Sabemos que a terra é nossa.
IO

Quando um agricultor solta


O seu grito de revolta
Tem razão de reclamar,
R

Não há maior padecer


Do que um camponês viver
O

Sem terra pra trabalhar.


(Disponível em: http://patativadoassare.com/a-terra-e-nossa/. Acesso em: 5 jan. 2018)

Considere a seguinte declaração de Patativa do Assaré e as afirmativas abaixo:

“Não é, então, o papel do poeta um papel neutro, de simples observador. O poeta nasceu não só com o dom da poesia,
como também com o da verdade e o da justiça. O poeta comenta, critica, ensina...”.

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I. A rigidez da métrica configura a rigidez ideológica que perpassa a composição das estrofes.
II. Busca pela igualdade social, injustiça social e crítica política são temas encadeados presentes nas estrofes.
III. A presença de discurso religioso contribui para a proposição da justiça defendida nos versos.
IV. O sujeito poético fala sobre o sofrimento de um homem que, sendo da terra, vê-se alijado de seu direito.

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S
Ilustra(m) a declaração de Patativa do Assaré, apenas:
a) I.

b) I e III.

O
c) II e IV.
d) II, III, IV.

118

S
TEXTO VII

Discreta e formosíssima Maria

R
Gregório de Matos Guerra
U
Discreta e formosíssima Maria,
Enquanto estamos vendo a qualquer hora
C

Em tuas faces a rosada Aurora,


Em teus olhos, e boca o Sol, e o dia:

Enquanto com gentil descortesia


N

O ar, que fresco Adônis te namora,


Te espalha a rica trança voadora,
Quando vem passear-te pela fria:
IO

Goza, goza da flor da mocidade,


Que o tempo trota a toda ligeireza,
E imprime em toda a flor sua pisada.
R

Oh não aguardes, que a madura idade


Te converta em flor, essa beleza
O

Em terra, em cinza, em pó, em sombra, em nada

O poema de Gregório de Matos salienta


a) a certeza de que o castigo divino advirá.

b) a consciência da efemeridade e vanidade da existência.


c) a desilusão diante de valores tanto terrenos quanto divinos.
d) a necessidade de valorizar a materialidade da vida.

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119
Os textos VIII e IX, motivadores, o(a) auxiliarão a responder à questão.

TEXTO VIII

Na busca por definir critérios para fixar uma escrita convencionalizada, observamos que as muitas línguas
com notação alfabética enfrentaram, desde a Antiguidade, uma disputa entre opções (cf. BLANCHE-
BENVENISTE; CHERVEL, 1974). Por um lado, desde a Roma e a Grécia antigas, já existia tendência de
buscar respeitar o princípio fonográfico, segundo o qual a ortografia deveria estar o mais próxima possível da

S
pronúncia das palavras. Apesar das boas intenções, isso envolvia um problema sem solução perfeita: se
diferentes falantes de uma mesma língua – pertencentes a regiões, grupos socioculturais e épocas diferentes –
pronunciam de forma distinta as mesmas palavras, a busca de uma correspondência “limpa” entre formas de
falar e escrever teria sempre que partir de uma pronúncia idealizada, tomada como padrão. Por outro lado,

O
encontramos há muitos séculos a defesa de um princípio etimológico, segundo o qual as palavras provenientes
de outra língua deveriam preservar as grafias que tinham nas línguas de origem. Assim, no caso de línguas
como português, francês e espanhol, as formas latinas e gregas seriam candidatas especiais à manutenção de
suas notações originais (e a uma desobediência do princípio fonográfico).

S
Finalmente, nessa disputa entre perspectivas diferentes, a história de evolução das normas ortográficas das
línguas aqui mencionadas revela que não só tendeu-se a fazer um “casamento” dos dois princípios (fonográfico
e etimológico) já citados, como a incorporar formas escritas que surgiram por mera tradição de uso.

R
Tudo em ortografia precisa ser visto, consequentemente, como fruto de uma convenção arbitrada /
negociada ao longo da História. Mesmo a separação das palavras no texto, com espaços em branco, é uma
invenção recente, bem como o emprego sistemático de sinais de pontuação. Até o século XVIII, quando
U
predominava a leitura em voz alta, muitos textos eram notados com as palavras “pegadas”. Como também
tinham poucos sinais de pontuação, cabia ao leitor, ao “preparar” sua leitura, definir como iria segmentar o
texto. Numa língua como o português, vemos hoje que a norma ortográfica envolve não só a definição das
letras autorizadas para escrever-se cada palavra, como também a segmentação destas no texto e o emprego da
C

acentuação.
Diferentemente da pontuação – que permite opções / variações conforme o estilo ou interesse de quem
escreve –, no caso da ortografia as convenções estabelecidas são avaliadas taxativamente: a grafia de uma
palavra ou está certa ou errada, não se julgando sua qualidade em termos de “aproximação” do esperado
N

(MORAIS, 1998; SILVA, 2004).

(MORAIS, Arthur Gomes. A norma ortográfica do português: o que é? para que serve? como está organizada?
In: SILVA, Alexsandro; MORAIS, Arthur G.; MELO, Kátia L. R. Ortografia na sala de aula. Belo Horizonte:
IO

Autêntica, 2005. Disponível em: http://www.serdigital.com.br/gerenciador/clientes/ceel/arquivos/25.pdf.


Acesso em: 5 jan. 2018).

TEXTO IX
R

Nosso objeto de estudo, a linguagem, mostra-se diferente aos olhos do observador, conforme ele a
investigue. Por exemplo, como representação do pensamento, e este como representação do mundo.
Entretanto, sabemos que, no uso cotidiano da língua, não pensamos conscientemente em formas para traduzir
O

conteúdos, nem em conteúdos preexistentes que buscam formas. Forma e pensamento nascem juntos; nossos
pensamentos e representações são feitos de palavras e se constroem, ou na interação contextualizada com o
outro ou no diálogo interno com outros discursos também feitos de palavras. A referência à decodificação,
presente nos PCN+, não pode nos induzir também ao engano de reduzir as línguas naturais — em particular,
a língua portuguesa — a um sistema de sinais, por meio do qual um emissor comunica a um recebedor
determinada mensagem.
A partir dessa concepção, aprender e ensinar língua seria dominar o código, e a compreensão e a produção
de textos se reduziriam ao processo de decodificação e codificação: para cada sinal ou combinação de sinais
corresponderia um sentido. Sabemos que os enunciados produzidos nas línguas naturais têm uma parte

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material - os sons, no caso da língua oral, e as formas, no caso da escrita -, mas têm também uma parte
subentendida, essencial para a produção de sentido na interação. Essa parte subentendida, digamos,
“invisível”, está no contexto de produção do enunciado, em sua enunciação e co-enunciação, nos
conhecimentos de mundo e nos valores partilhados pelos interlocutores.
(SEE MG. Currículo Básico Comum. Proposta Curricular. Língua Portuguesa - Ensinos Fundamental e
Médio. 2005, p. 11- 12)
Assinale a afirmativa INCORRETA:
a) A ortografia, considerada como parte material nos textos escritos, é um dos poucos aspectos das línguas naturais
passível de fixação de um padrão por convenção externa (mudanças por meio de leis, acordos, decretos). A
constatação de alterações de grafias usadas e tidas como certas há algumas décadas evidencia a transitoriedade das

S
convenções “arbitradas / negociadas ao longo da história”.
b) Aspectos referentes à ortografia, seja no âmbito lexical (idiossincrasias de itens lexicais) ou no gramatical (como as
marcas morfológicas de concordância), fazem parte dos conhecimentos imprescindíveis à formação da competência

O
comunicativa do estudante da educação básica. Trata-se de conteúdos que devem ser introduzidos nos anos iniciais,
retomados e consolidados ao longo dos anos finais do ensino fundamental e do ensino médio, evitando que
determinados erros de grafia persistam após finalização deste nível de educação escolar.

S
c) Comumente se afirma que, em nossa escrita, alfabética, as letras representariam “as unidades sonoras mínimas”,
ou seja, os fonemas. Contudo, é preciso reconhecer que nem sempre há correspondência 1 letra = 1 fonema (ex.
dígrafos); nem todas as oposições (ex.: pronúncias distintas do R inicial – como retroflexo ou glotal) são capazes de
promover diferenças de significado, porém isso ocorre com a oposição entre as homorgânicas – como /f/ e /v/, /p/ e
/b/, etc.

R
d) O trabalho com ortografia demanda treinos constantes, diários, visto que cada item que apresenta dificuldade
U
precisa ser tratado de forma individualizada, num contexto específico. Isso inviabiliza a promoção de reflexões com
base em regularidades, já que tais vocábulos apresentam motivações etimológicas e /ou fonológicas, ou seguem
aspectos devidos à mera tradição do uso.
C

120
Levando em consideração as novas regras ortográficas vigentes, assinale a afirmação INCORRETA:
a) As vogais I e U tônicas, quando precedidas ou não de ditongos, desde que em paroxítonas, mantiveram o acento
N

agudo (como em “viúva”, “saúde”, “feiúra”, “boiúna”, “baiúca”).


b) Ditongos abertos perderam o acento agudo na penúltima sílaba (como em heroico, geleia, estreia), porém manteve-
se tal acento quando na última sílaba (como em chapéu, herói) ou em sílaba única (véu, dói).
IO

c) Eliminaram-se os acentos diferenciais em pares de itens como para (verbo) / para (preposição); pelo (verbo pelar) /
pelo (substantivo), entre outros. No entanto, pôr (verbo) e pôde (verbo) mantiveram a acentuação.
d) Foram eliminados os acentos diferenciais nos hiatos –OO e –EE, como em deem, leem, voos, enjoo, magoo, etc.
R

121
Atente para os textos X e XI, excerto da BNCC e da obra de Travaglia (2003), para responder à questão.
O

TEXTO X

A linguagem é “uma forma de ação interindividual orientada para uma finalidade específica; um processo
de interlocução que se realiza nas práticas sociais existentes numa sociedade, nos distintos momentos de sua
história” (BRASIL, 1998, p. 20).
Tal proposta assume a centralidade do texto como unidade de trabalho e as perspectivas enunciativo-
discursivas na abordagem, de forma a sempre relacionar os textos a seus contextos de produção e o
desenvolvimento de habilidades ao uso significativo da linguagem em atividades de leitura, escuta e produção

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de textos em várias mídias e semioses. Na esteira do que foi proposto nos Parâmetros Curriculares Nacionais,
o texto ganha centralidade na definição dos conteúdos, habilidades e objetivos, considerado a partir de seu
pertencimento a um gênero discursivo que circula em diferentes esferas / campos sociais de atividade /
comunicação / uso da linguagem. Os conhecimentos sobre os gêneros, sobre os textos, sobre a língua, sobre a
norma-padrão, sobre as diferentes linguagens (semioses) devem ser mobilizados em favor do desenvolvimento
das capacidades de leitura, produção e tratamento das linguagens, que, por sua vez, devem estar a serviço da
ampliação das possibilidades de participação em práticas de diferentes esferas / campos de atividades
humanas.
Ao componente Língua Portuguesa cabe, então, proporcionar aos estudantes experiências que contribuam
para a ampliação dos letramentos, de forma a possibilitar a participação significativa e nas diversas práticas

S
sociais permeadas / constituídas pela oralidade, pela escrita e por outras linguagens.
(Disponível em: http://basenacionalcomum.mec.gov.br/images/BNCC_20dez_site.pdf. Acesso em: 19 fev.
2018)

O
TEXTO XI

A sistematização do ensino de gramática

S
O trabalho com atividades de ensino de gramática dos tipos “gramática de uso”, “gramática reflexiva” e
“gramática normativa” na proposta de Travaglia (1996) seria utilizado essencialmente para o desenvolvimento
da competência comunicativa, ou seja, para conseguir que o aluno, como usuário da língua, seja capaz de usar

R
cada vez um maior número de recursos da língua de maneira adequada à produção do(s) efeito(s) de sentido
desejado(s) em situações específicas de interação comunicativa, o que inclui o uso das diferentes variedades
linguísticas em termos de dialetos e registros e variedades de modo (oral e escrito). Já o trabalho com
atividades do tipo “gramática teórica” seria utilizado para: a) atendendo certas posturas da sociedade sobre o
U
domínio de conhecimentos, fornecer ao aluno informação cultural sobre a língua; b) instrumentalizar o aluno
com um meio auxiliar aos demais tipos de atividades de ensino de gramática, dando ao aluno uma
metalinguagem básica que serviria para facilitar a referência aos elementos da língua. Este objetivo faria parte
C

de outro maior que seria a instrumentalização com recursos para aplicações práticas imediatas; c) desenvolver
o raciocínio, para ensinar a pensar de forma organizada na produção de conhecimento sobre um fato, enfim,
para ensinar a fazer ciência.
(TRAVAGLIA, Luiz Carlos. Gramática – Ensino Plural. São Paulo: Cortez, 2003. p. 58-59)
N

Assinale a opção que traz afirmação INCORRETA sobre os textos X e XI:


a) A BNCC explicita o papel do ensino de Língua Portuguesa como instrumento essencial ao aprendiz para a
compreensão e aprendizagem dos demais componentes curriculares, sob a forma de letramentos diversos e situados:
IO

cada área disciplinar apresenta características específicas e diferentes semioses a serem significadas.
b) No excerto de Travaglia, o linguista justifica a relevância de um trabalho calcado nas diversas concepções de
gramática, no qual a operacionalização do ensino de conteúdos gramaticais da língua envolva também variedades
dialetais não padrão, registros mais ou menos formais, de variedades orais e escritas.
R

c) Os PCN tomam o texto como elemento central a ser focalizado no ensino linguístico, o que é respaldado pela BNCC,
que prevê o desenvolvimento de inúmeras competências pelo aluno. No entanto, a orientação dada por Travaglia
afasta-se desse pressuposto, já que o autor se preocupa com o ensino estrito de gramática e o desenvolvimento de
O

uma única dimensão (a competência cognitiva) dos aprendizes.


d) Quando trata da linguagem como ação interindividual, os PCN demonstram uma concepção de língua(gem) em sua
dimensão predominantemente social e interacionista, isto é, calcada no dialogismo como fundante de toda prática
comunicativa, que se dá de forma situada.

122
Considere as afirmativas feitas a seguir:

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I. Uma boa atividade de ensino gramatical reside no consagrado tripé de exposição (ou explicitação) do conceito em
estudo, correta exemplificação (preferivelmente retirados de boas obras literárias ou gêneros mais monitorados da
linguagem jornalística) e exercitação exaustiva, a fim de que o aprendiz possa compreender bem o tópico enfocado.
II. Para Travaglia, o ensino de gramática teórica tem grande relevância social, pois há uma aplicação imediata de
praticamente todos os tópicos enfocados, que possibilitam ao aprendiz ter melhores resultados no ensino de Ciências.
III. O ensino da vasta metalinguagem constitutiva das prescrições normativas sobre os tópicos que constam do plano
curricular de Língua Portuguesa de cada ano / ciclo da educação básica é crucial para o aprendiz, a fim de que este possa

S
ampliar sua desenvoltura nas práticas leitura e escrita.
IV. Ao afirmar que é preciso fornecer “informação cultural sobre a língua”, Travaglia remete-nos ao fato de que
conhecer a história da língua (seu percurso de mudanças diacrônicas) é tão importante quanto saber utilizar

O
adequadamente as estruturas consideradas válidas no estágio sincrônico atual, se o que se deseja é melhorar a
proficiência linguística do aprendiz.

Verifica-se que estão INCORRETAS as afirmativas:

S
a) I e II, apenas.

b) I e III, apenas.
c) I, II, III e IV.
d) II e III, apenas.
R
U
123
Leia a letra da música “Gramática”, a respeito da qual serão feitas a questão.
C

TEXTO XII

Gramática
Sandra Peres e Luiz Tatti
N

O substantivo
É o substituto do conteúdo
IO

O adjetivo
É a nossa impressão sobre quase tudo

O diminutivo
R

É o que aperta o mundo


E deixa miúdo
O

O imperativo
É o que aperta os outros e deixa mudo

Um homem de letras
Dizendo ideias
Sempre se inflama

Um homem de ideias
Nem usa letras

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Faz ideograma

Se altera as letras
E esconde o nome
Faz anagrama

Mas se mostro o nome


Com poucas letras
É um telegrama

S
Nosso verbo ser
É uma identidade
Mas sem projeto

O
E se temos verbo
Com objeto
É bem mais direto

S
No entanto falta
Ter um sujeito
Pra ter afeto

Mas se é um sujeito
Que se sujeita
R
U
Ainda é objeto

Todo barbarismo
É o português
C

Que se repeliu

O neologismo
É uma palavra
Que não se ouviu
N

Já o idiotismo
É tudo que a língua
IO

Não traduziu

Mas tem idiotismo


Também na fala
De um imbecil
R

(Composição: Sandra Peres e Luiz Tatti Palavra Cantada. Álbum: Canções Curiosas, 1998. Disponível em:
https://www.letras.mus.br › Infantil › Palavra Cantada › Gramática. Acesso em: 15 jan. 2018)
O

A seguir, são trazidas conceituações da gramática tradicional para as categorias linguísticas abordadas na música:

I - “O substantivo: É o substituto do conteúdo.”


Substantivo é classe de palavras com que se denominam os seres, animados ou inanimados, concretos ou abstratos, os
estados, as qualidades, as ações. Classe que nomeia ou categoriza tudo que existe.

II - “O adjetivo / É a nossa impressão sobre quase tudo”

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Adjetivo é vocábulo que serve para modificar um substantivo, acrescentando uma qualidade, uma extensão ou uma
quantidade àquilo que ele nomeia; diz-se de palavra, locução, oração, pronome. Pode ser atributivo (objetivo) ou
interpretativo (subjetivo).

III - “O diminutivo / É o que aperta o mundo / E deixa miúdo.”


Diminutivo: diz-se do grau do substantivo; trata-se de morfema (sufixo) que, unindo-se à base de um substantivo, indica
o grau diminutivo; designa o ser diminuído em relação ao normal, ou com a significação atenuada ou valorizada
afetivamente.

S
IV - “O imperativo / É o que aperta os outros e deixa mudo.”
Imperativo: modo verbal que indica ordem, pedido, exortação etc.; determinação de autoridade; ordem, mando,

O
imposição; adjetivo que acentua o caráter de mando, de autoridade, ou que exprime uma ordem; autoritário.

Os autores embasaram-se na dimensão referencial para definirem poeticamente, por meio de pará-frase, as categorias

S
constantes em:
a) I e III, apenas.

b) I, II, III e IV.


c) I, III e IV, apenas.
d) II e III, apenas. R
U
124
C

Assinale a afirmativa INCORRETA sobre as estrofes destacadas:


a) “E se temos verbo / Com objeto / É bem mais direto” => Trata-se de um conceito parcial de verbo transitivo, visto
que a relação entre o verbo e seu complemento verbal pode ser direta ou indireta, quando mediada por preposição.
b) “Mas se é um sujeito / Que se sujeita / Ainda é objeto” => Essa estrofe admite uma leitura crítica, política, do que
N

seja um sujeito (cidadão). Não se verifica nela, porém, informação interpretável sobre as noções gramaticais de sujeito
e objeto.
c) “Nosso verbo ser / É uma identidade / Mas sem projeto” => Remete-nos ao fato de que o verbo “ser” é verbo de
IO

cópula, que não se projeta como núcleo de sintagma; neste caso, há um predicado nominal, em que se verifica,
acompanhando-o, um núcleo nominal.
d) “Se altera as letras / E esconde o nome / Faz anagrama => Alude à transposição de letras de palavra ou frase para
formar outra palavra ou frase diferente (como em Natércia, de Caterina; amor, de Roma, etc.).
R

125
O

Uma das competências específicas do Ensino de Língua Portuguesa preconizadas pela BNCC a ser desenvolvida na
Educação Básica foi transcrita abaixo:

4. Compreender o fenômeno da variação linguística, demonstrando atitude respeitosa diante de variedades linguísticas
e rejeitando preconceitos linguísticos.
Disponível em: http://basenacionalcomum.mec.gov.br/images/BNCC_20dez_site.pdf. Acesso em: 19 fev. 2018

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Um dos grandes desafios aos docentes na contemporaneidade é lidar (e ensinar a lidar) com a diversidade e pluralidade,
em todas as suas manifestações – uma delas é a variabilidade linguística.

Analise a metalinguagem adotada pelos compositores (Sandra Peres e Luiz Tatti) e o que destacam os verbetes a
seguir, no dicionário:

I - “Já o idiotismo / É tudo que a língua / Não traduziu”


II - “Mas tem idiotismo / Também na fala / De um imbecil”

S
Idiotismo
Substantivo masculino 1. m.q. IDIOTICE. 1.2 – ling. traço ou construção peculiar a uma determinada língua, que não

O
se encontra na maioria dos outros idiomas (p.ex., o infinitivo pessoal do português, ou a resposta afirmativa com o
próprio verbo da pergunta, como: -́Você vai? - Vou ); idiomatismo. - locução própria de uma língua, cuja tradução literal
não faz sentido numa outra língua de estrutura análoga, ger. por ter um significado não dedutível da simples combinação
dos significados dos elementos que a constituem (p.ex., [estar] com a cachorra '[estar] irado, de mau humor'); modismo.

S
III - “Todo barbarismo / É o português / Que se repeliu”

Barbarismo

R
substantivo masculino - 1.1 – estado ou condição de povo bárbaro; barbárie; 1.2. ato de grande crueldade; barbaria,
U
barbaridade; 1.3. gram uso de formas vocabulares contrárias à norma culta da língua, seja do ponto de vista ortoépico
(p.ex., rúbrica no de rubrica ), ortográfico (p.ex., excessão por exceção ), gramatical (p.ex., a construção quando eu ver
por quando eu vir; menas palavras por ... menos palavras ), ou semântico (p.ex., o uso da loc. ir de encontro a ['chocar-
C

se com'] no lugar de ir ao encontro de ['estar conforme']).

IV – “O neologismo / É uma palavra / Que não se ouviu”


N

Neologismo
Substantivo masculino. Ling. 1.1 emprego de palavras novas, derivadas ou formadas de outras já existentes, na mesma
IO

língua ou não; 1.2. atribuição de novos sentidos a palavras já existentes na língua; 1. 3. unidade léxica criada por esses
processos.

Ainda que poeticamente, os autores espelham a existência de uma acepção negativa, preconceituosa, no que se refere:
a) a barbarismos gramaticais, apenas (III).
R

b) a idiotismo (II) e a barbarismo (III).


c) a idiotismos ou idiomatismos, apenas (I).
O

d) a neologismo – formal ou semântico, apenas (IV).

126
Atente para o excerto da BNCC referente ao trabalho com o Eixo da Leitura e a tirinha de Bill Waterson, na
sequência:

TEXTO XIII

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A demanda cognitiva das atividades de leitura deve aumentar progressivamente desde os anos iniciais do
Ensino Fundamental até o Ensino Médio. Esta complexidade se expressa pela articulação: da diversidade dos
gêneros textuais escolhidos e das práticas consideradas em cada campo; da complexidade textual que se
concretiza pela temática, estruturação sintática, vocabulário, recursos estilísticos utilizados, orquestração de
vozes e linguagens presentes no texto; do uso de habilidades de leitura que exigem processos mentais
necessários e progressivamente mais demandantes, passando de processos de recuperação de informação
(identificação, reconhecimento, organização) a processos de compreensão (comparação, distinção,
estabelecimento de relações e inferência) e de reflexão sobre o texto (justificação, análise, articulação,
apreciação e valorações estéticas, éticas, políticas e ideológicas); da consideração da cultura digital e das

S
TDIC; da consideração da diversidade cultural, de maneira a abranger produções e formas de expressão
diversas, a literatura infantil e juvenil, o cânone, o culto, o popular, a cultura de massa, a cultura das mídias,
as culturas juvenis etc., de forma a garantir ampliação de repertório, além de interação e trato com o diferente.
(Disponível em: http://basenacionalcomum.mec.gov.br/images/BNCC_20dez_site.pdf. Acesso em: 19 fev.

O
2018)

S
R
U
C
N

Considerando a tirinha e o excerto, assinale a afirmativa INCORRETA:


a) No aspecto composicional da tirinha, gênero de circulação comum em jornais, a constituição do sentido se realiza
por meio da combinação de frases curtas – geralmente de efeito ambíguo – com desenhos, que ilustram e
IO

complementam o sentido pretendido pelo autor.


b) O gênero tirinha apresenta geralmente temática humorística, contudo se encontram também tirinhas satíricas, de
cunho social ou político, que abrangem temas metafísicos, ou até mesmo eróticos. Pode o aprendiz lidar, por meio
desse gênero, com valorações estéticas, éticas, políticas e ideológicas, o que ampliará seu repertório textual-discursivo
e pragmático.
R

c) Considerando-se os campos de atuação em que se inscrevem os gêneros a serem trabalhados durante o ensino
fundamental, a tirinha, como gênero do campo da vida cotidiana, é pertinente para levar o leitor a refletir sobre algum
O

aspecto social, de forma crítica, e a elaborar opinião sobre o tema.


d) Esta tirinha e outros textos similares (como as charges, por exemplo), exigem processos mentais “progressivamente
mais demandantes”; para a compreensão das semioses presentes. A abordagem adequada desse exemplar do gênero
constitui-se não só de questões de recuperação de informações, mas também daquelas que requerem operações mais
complexas (de análise, julgamento, etc.), além da reflexão sobre as condições de produção e circulação do gênero.

127
Atente para os textos XV e XVI para responder à questão.

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TEXTO XV

Os conhecimentos grafofônicos, ortográficos, lexicais, morfológicos, sintáticos, textuais, discursivos,


sociolinguísticos e semióticos que operam nas análises linguísticas e semióticas necessárias à compreensão e
à produção de linguagens estarão, concomitantemente, sendo construídos durante o Ensino Fundamental.
Assim, as práticas de leitura / escuta e de produção de textos orais, escritos e multissemióticos oportunizam
situações de reflexão sobre a língua e as linguagens de uma forma geral, em que essas descrições, conceitos e
regras operam e nas quais serão concomitantemente construídos: comparação entre definições que permitam
observar diferenças de recortes e ênfases na formulação de conceitos e regras; comparação de diferentes

S
formas de dizer “a mesma coisa” e aná- lise dos efeitos de sentido que essas formas podem trazer / suscitar;
exploração dos modos de significar dos diferentes sistemas semióticos etc.
Disponível em: http://basenacionalcomum.mec.gov.br/images/BNCC_20dez_site.pdf. Acesso em: 19 fev.
2018

O
TEXTO XVI

Atente para a tirinha a seguir, em que Mafalda e Felipe, personagens de Quino, dialogam sobre algo comum

S
ao universo escolar:

R
U
C
N

Assinale a opção que completa adequadamente o enunciado:


IO

O professor de língua portuguesa do ensino fundamental, com o intuito de atender ao preconizado na BNCC, ao
trabalhar com esse exemplar do gênero tirinha, deverá
a) apontar aos alunos que a escolha do tempo verbal feita por Mafalda, "fazia" (pretérito imperfeito) está incorreta -
o condicional demanda o futuro do pretérito ("faria") em todos os registros escritos do português.
R

b) assinalar que as frases soltas ditas / escritas por Mafalda não constituiriam um texto, propriamente, seriam apenas
um conjunto de perguntas lançadas de forma aleatória.
O

c) discutir com os alunos a inadequação do título escolhido para a suposta "redação" (item que apresenta grafia
incorreta na tirinha, possivelmente por falha de revisão), pois não houve argumentação sobre as dimensões expressas
pela menina – patriotismo x comodismo.
d) explorar os recursos visuais (as diferentes expressões faciais e corporais das personagens) e, na mesma medida, os
recursos linguísticos, como o uso dos gentílicos, a opção da menina pelas frases interrogativas, o uso do condicional,
a intencionalidade evidenciada etc.

128

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Atente para os excertos da BNCC e, na sequência, uma charge, a fim de responder à questão

TEXTO XVII

Competência específica de Língua Portuguesa para o Ensino Fundamental:

1. Compreender a língua como fenômeno cultural, histórico, social, variável, heterogêneo e sensível aos
contextos de uso, reconhecendo-a como meio de construção de identidades de seus usuários e da comunidade
a que pertencem.
(BNCC. Conteúdo em Discussão no CNE. Texto em Revisão. 2017, p. 83)

S
TEXTO XVIII

O Eixo da Análise Linguística / Semiótica envolve os procedimentos e estratégias (meta)cognitivas de

O
análise e avaliação consciente, durante os processos de leitura e de produção de textos (orais, escritos e
multissemióticos), das materialidades dos textos, responsáveis por seus efeitos de sentido, seja no que se refere
às formas de composição dos textos, determinadas pelos gêneros (orais, escritos e multissemióticos) e pela
situação de produção, seja no que se refere aos estilos adotados nos textos, com forte impacto nos efeitos de

S
sentido.
(BNCC. Conteúdo em Discussão no CNE. Texto em Revisão. 2017, p.67)

R
U
C
N
IO
R

Atente para as afirmativas feitas:


O

I. Os alunos, para entendimento dessa charge, devem analisar os elementos da materialização textual escolhida, bem
como os elementos paralinguísticos e cinésicos. Quanto ao estilo, é preciso analisar as escolhas lexicais, a variedade
linguística, os mecanismos morfossintáticos, constatando se há (in)congruência com a situação de produção, a forma e
o gênero em questão.
II. Com relação a um dos mecanismos sintáticos e morfológicos presentes, constata-se que o enunciador utiliza "pegá-
las-emos", no início da sentença. Trata-se de uma forma incorreta de utilização dos pronomes oblíquos. Assim, o

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professor deve sinalizar isso, explicar as possibilidades de colocação pronominal e, junto com os alunos, encontrar uma
forma substitutiva para essa construção.
III. Na encenação do diálogo, o uso do vocativo "meu caro amigo" destoa do ambiente e gera estranhamento;
diferentemente, a escolha do advérbio "tardiamente" se mostra como uma opção lexical adequada ao registro adotado.
IV. Na charge, o personagem constrói sua identidade por meio do seu enunciado, mostrando-se alguém cuja fala é
incoerente e carente de elementos coesivos apropriados.

Está CORRETO apenas o que se afirma em:


a) I.

S
b) I e III.
c) II e IV.

O
d) III.

129

S
No documento “Orientações curriculares para o ensino médio: linguagem, código e suas tecnologias” (2006), aborda-
se a piada a seguir, de forma a permitir uma reflexão sobre os diferentes fatores e conhecimentos implicados no processo

R
de produção de sentido.

TEXTO XX
U
Chegando à fazenda dos avós, para visitá-los, o neto se dirige ao avô, que está na sala:
– Firme, vô?
C

– Não, fio, Sírvio Santos.


Disponível em: http://portal.mec.gov.br/seb/arquivos/pdf/book_volume_01_internet.pdf. Acesso em: 2 fev. 2018.

Assinale a alternativa que apresenta consideração INADEQUADA sobre a piada, tendo em vista o processo de
N

compreensão.
a) Na piada, o leitor é levado a reatualizar o sentido de “firme”, tendo em vista a interpretação que um dos
personagens da piada faz sobre essa palavra, aspecto diretamente ligado ao humor do texto.
IO

b) O avô é retratado no texto de forma não positiva, fator diretamente ligado à não compreensão da natureza da
intervenção do neto.
c) O conhecimento sobre diferenças socioculturais e etárias é importante para que o leitor reconheça os dois
personagens e o modo como estes interagem no texto.
R

d) Os conhecimentos sobre variação dialetal são importantes para a compreensão da piada, os quais levam o leitor
entender que as formas “vô”, “Sírvio” e “fio” remetem a uma pronúncia característica de certas localidades do interior
O

do país.

130
Chegando à fazenda dos avós, para visitá-los, o neto se dirige ao avô, que está na sala:

– Firme, vô?

– Não, fio, Sírvio Santos.

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Disponível em: http://portal.mec.gov.br/seb/arquivos/pdf/book_volume_01_internet.pdf. Acesso em: 2 fev. 2018.

Pode-se dizer que a informação trazida pela oração adjetiva explicativa na piada é relevante para que o leitor
signifique adequadamente:
a) a distração do avô.
b) a informalidade do neto.
c) a pergunta do neto.

S
d) a resposta do avô.

131

O
Atente para as informações a seguir e responda à questão.

O texto XXII foi produzido por uma aluna do 7º ano do ensino fundamental II, como resposta à proposição de

S
sua professora, exibida no texto XXI, abaixo.

TEXTO XXI

R
O texto a seguir apresenta apenas a introdução de um enredo narrativo, conforme estamos estudando em sala.
Será sua tarefa continuar a história, com coerência, criando conflito, clímax e desfecho, de acordo com sua
U
imaginação. Procure dar coerência à sua narrativa.
Naquela amanhã, acordei feliz. Era domingo, dia de clube, picolé, vôlei. Enfim, apenas alegria. Estranhei
muito que meus pais não estivessem ainda de pé. Nem meu irmão. Fiquei apreensiva. Foi então que.....
C

TEXTO XXII

Foi então que pensei: nossa, esta tarde demais. Porque será que ninguém acordou ainda? Teve ter
acontecido algo muito ruim aqui em casa. Aí pus meu biquine e telefonei para a minha madrinha, e pidi pra
ela me levá no clube com o carro dela, para jogar vole no domingo que era o dia de folga dela no hospital. Era
N

gratuito tudo lá.


Foi muito legal, nós tomamos sorvete e, jogamos bola com outras meninas, ninguém queria jogar vole
comigo. Ela disse:
IO

– Que droga! O sorvete sujou meu cabelo todo.


Então eu falei que não era culpa minha.
Eu ri muito dela por que é super-engraçado quando alguém fica sujo sem querer.
Nesse momento nós pegamos as sacolas e fomos para o vestuario do clube para tomar banho.
O dia foi muito lindo. Eu adorei tudo lá. Quando voltamos vou contá tudo para meus pais. Eles gostaram
R

muito.
Considerada a proposta da professora, assinale a alternativa que traz consideração INADEQUADA sobre o texto da
aluna:
O

a) No texto, não há nenhum problema que contrarie as inovações trazidas pelo Acordo Ortográfico de 1990.
b) O texto apresenta vários problemas formais, porém não se notam desvios de concordância verbal.
c) O texto não é uma narrativa, pois mescla unidades descritivas, dialogais e dissertativas, com predominância do
discurso indireto.
d) O texto revela que a aluna não conseguiu levar a efeito, de forma adequada, o conflito, o clímax e o desfecho da
narrativa.

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132
Abaixo se apresentam problemas formais do texto que deveriam ser apontados pela professora, visando à sua
reescrita, EXCETO:
a) biquine.
b) contá.
c) super-engraçado.

S
d) teve.

133

O
Assinale a alternativa que ilustra correção ADEQUADA de problemas de pontuação do texto, em uma possível
reescrita pela aluna.
a) Aí pus meu biquine e telefonei para a minha madrinha, e pidi pra ela me leva, no clube, com o carro dela, para jogar

S
vole, no domingo, que era o dia de folga dela no hospital.
b) Aí pus meu biquine e telefonei para a minha madrinha, e pidi pra ela me levá no clube, com o carro dela, para jogar
vole no domingo que era o dia de folga dela, no hospital.

R
c) Aí pus meu biquine e telefonei para a minha madrinha e pidi pra ela me levá no clube com o carro dela, para jogar
vole no domingo, que era o dia de folga dela no hospital.
U
d) Aí, pus meu biquine e telefonei para a minha madrinha e pidi pra ela me leva, no clube, com o carro dela, para jogar
vole no domingo, que era o dia de folga dela no hospital.

134
C

Examine as seguintes passagens do texto XXII e as considerações que as seguem:

1. Porque será que ninguém acordou ainda? Teve ter acontecido algo muito ruim aqui em casa.
N

2. Eu ri muito dela por que é super-engraçado quando alguém fica sujo sem querer.
3. Foi muito legal, nós tomamos sorvete e, jogamos bola com outras meninas, ninguém queria jogar vole comigo.
4. Quando voltamos vou contá tudo para meus pais. Eles gostaram muito.
IO

I. Em 3, a inserção de uma conjunção adversativa poderia ajudar o leitor na compreensão das relações entre suas orações.
II. Em 2, seria necessário que a aluna justificasse, no texto, a real razão do riso do narrador, pois isso é lacunar no texto.
III. Em 4, o tempo das formas verbais é fator determinante para o problema de incoerência existente nessa parte do
R

texto.
IV. Em 1, manifesta-se um problema formal responsável pela primeira ocorrência de quebra de expectativa no texto.
O

São ADEQUADAS as considerações em:


a) I e II, apenas.

b) I e III, apenas.
c) I, II e IV, apenas.
d) I, II, III e IV.

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135
TEXTO XXIII

Noivo é preso suspeito de matar mulher atropelada no casamento


17 de abril de 2011 • 19h33 • atualizado às 19h36

Um noivo foi preso na madrugada deste domingo em Santo André (SP) suspeito de atropelar uma mulher
durante a sua própria festa de casamento. Segundo o 2º Distrito Policial da cidade, ocorriam duas festas de
casamento no bairro Campestre, uma ao lado da outra, e, quando o noivo ia embora, por volta das 2h, ele

S
atropelou a convidada da outra festa, que morreu.
A polícia afirma que, antes do atropelamento, ocorreu uma briga entre convidados dos dois casamentos,
com agressões físicas entre eles. O noivo, então, teria entrado em um carro, atropelado a vítima e fugido para
sua casa, onde foi preso.

O
O noivo foi indiciado por homicídio qualificado – devido a motivo fútil – e passou a noite de núpcias na
cadeia.
Disponível em: https://www.terra.com.br/noticias/brasil/policia/noivo-e-preso-suspeito-de-matar-mulher-
atropelada-no-casamento,e4ba0970847ea310Vgn

S
CLD200000bbcceb0aRCRD.html. Acesso em: 19 fev. 2018.
Examine os sintagmas abaixo:

I. mulher atropelada no casamento.


II. mulher no casamento.
R
U
III. mulher atropelada.
IV. mulher.
C

Tendo em vista a organização sintática da manchete, mas sem levar em conta as informações trazidas pelo corpo da
notícia, pode(m) ser tomado(s) como complemento do verbo matar apenas:
a) IV.

b) III.
N

c) I.
d) I e III.
IO

136
Abaixo, apresentam-se termos e orações, sublinhados na notícia, os quais exercem a mesma função sintática, EXCETO:
a) duas festas de casamento.
R

b) motivo fútil.
c) o noivo.
O

d) que

137
Leia a seguir uma das habilidades previstas pela Base Nacional Curricular Comum (BNCC) para o 8º
e o 9º anos e responda à questão.

TEXTO XXIV

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Analisar a modalização realizada em textos noticiosos e argumentativos, por meio das modalidades
apreciativas, viabilizadas por classes e estruturas gramaticais como adjetivos, locuções adjetivas, advérbios,
locuções adverbiais, orações adjetivas e adverbiais, orações relativas restritivas e explicativas etc., de maneira
a perceber a apreciação ideológica sobre os fatos noticiados ou as posições implícitas ou assumidas.
Disponível em: http://basenacionalcomum.mec.gov.br/images/BNCC_20dez_site.pdf. Acesso em: 19 fev.
2018
Considerando a habilidade descrita pela BNCC, o estudante deve ser levado a perceber que a manchete publicada pelo
jornal O Globo, em 29/1/2009 – “Lula amplia Bolsa Família um dia após cortar orçamento” – traz o ponto de vista do
jornal sobre o fato noticiado. Esse ponto de vista se evidencia:

S
I. pelo uso do verbo “ampliar”, no lugar de “aumentar”, que seria mais neutro;
II. pelo uso da forma “Lula”, no lugar de “presidente do Brasil”, que indicaria respeito;

O
III. pela inserção de informação temporal, que não é central à natureza do fato relatado.

Tendo em vista o exposto acima:

S
a) apenas I e III são pertinentes.

b) apenas I é pertinente.

R
c) apenas II é pertinente.
d) apenas III é pertinente.
U
138
Abaixo, apresentam-se ocorrências do português que, embora frequentes na língua, não são, de modo geral, abonadas
C

pelas nossas gramáticas normativas. Examine-as e, em seguida, leia as considerações apresentadas sobre elas.

I. Ele queixou com a professora.


II. Esta casa bate muito sol; valerá a pena comprá-la.
N

III. Felizmente, estudei todos os meus filhos.


IV. Na minha gestão, construiu-se pontes e viadutos modernos.
IO

Assinale a alternativa que traz consideração INADEQUADA.


a) Em I, o verbo, que é pronominal no padrão culto da língua, é usado sem o pronome, mas sem prejuízo para a
compreensão, diferentemente do que ocorreria se eliminássemos o pronome do enunciado “O deputado se matou na
cadeia”.
R

b) Em II, embora o fato do mundo biossocial possa ser descrito como o sol entrando (ou batendo) na casa, a
organização sintática do enunciado é adequada à orientação de sentido que nele se flagra, ou seja, de valorização da
casa. Isso poderia explicar a ocorrência de “esta casa” como sujeito do verbo “bater”.
O

c) “Meu pai responsabilizou pelo assunto”, “O carro furou pneu” e “Trata-se de assuntos nevrálgicos” são dois
exemplos que materializam fenômenos trazidos, respectivamente, em I, II e IV.
d) Em III, embora a ação de estudar, do ponto de vista lógico, tenha sido realizada pelo referente “filhos”, trazido no
enunciado, o verbo “estudar” não tem “filhos” como sujeito da oração. A agentividade ligada a essa função sintática
é atribuída ao enunciador, recurso que acaba por marcar sua relevância no fato relatado.

139

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RAPIDINHO

Todos nos beneficiamos e nos orgulhamos das conquistas da vida moderna, especialmente da crescente
velocidade com que fazemos as coisas acontecerem. Mudanças que antigamente levavam séculos para se
efetivarem agora podem ser realizadas em poucos anos, às vezes em poucos meses. Quando não em poucas
semanas, ou até em poucos dias. Nas sociedades tradicionais, as normas de conduta, as leis, os costumes, o
modo de se vestir, os estilos artísticos tinham uma extraordinária capacidade de perdurar. Tudo se modificava,
é claro, mas sempre muito devagar. [...]
Na utilização dos meios de comunicação, os mensageiros foram substituídos pelo telégrafo elétrico, que
cedeu lugar ao telégrafo sem fio, ao telefone, à televisão, ao fax, ao e-mail e às maravilhas da eletrônica

S
contemporânea. Não somos bobos, tratamos de aproveitar as possibilidades criadas por todos os novos
recursos tecnológicos. Para que perder tempo? Se podemos fazer depressa o que os nossos antepassados só
conseguiam fazer devagar, por que não haveríamos de acelerar nossas ações? Um dos expoentes do espírito
pragmático da modernidade, o americano Benjamin Franklin, já ensinava no século XVIII: “Tempo é

O
dinheiro”, time is money.[...]
Dedicamo-nos, então, a uma frenética corrida contra os ponteiros do relógio. Para sermos eficientes,
competitivos, apressamos cada vez mais nossos movimentos. Saímos de casa correndo para o trabalho, somos
cobrados para dar conta correndo de nossas tarefas e — habituados à corrida — alimentamo-nos às pressas

S
(ah, a chamada fast food!), para depois voltarmos, correndo, para casa. [...]
Impõem-se, contudo, algumas perguntas: nas condições em que somos mais ou menos obrigados a viver,
não estaremos, de qualquer maneira, pagando um preço altíssimo, mesmo se formos bons corredores e nos

R
mostrarmos aptos para vencer? Os ritmos que nos são impostos e que aguçam algumas das nossas faculdades
não resultam, ao mesmo tempo, num empobrecimento de alguns aspectos importantes da nossa sensibilidade
e da nossa inteligência? A necessidade de assimilar com urgência as informações essenciais para a ação
U
imediata não acarreta uma grave incapacidade de digerir conhecimentos sutis e complexos, cheios de caroços
e mediações que, embora careçam de serventia direta, são imprescindíveis ao aprofundamento da minha
compreensão da condição humana? Uma reflexão que se sabe condenada a desenvolver-se num exíguo prazo
predeterminado não será, inevitavelmente, superficial? O pensamento que se formula rapidinho não tende a
C

ser sempre meio oco? (Leandro Konder. In: O Globo, 29/08/96)


https://pt.linkedin.com/pulse/%C3%A0-luz-do-fil%C3%B3sofo-karine-gomes-moura
Sobre a constituição do texto, é CORRETO afirmar que
a) em alguns trechos, há interlocução entre locutor e leitor.
N

b) nele predomina a linguagem oral.


c) o 1º parágrafo apresenta a ideia que será desenvolvida ao longo do texto.
IO

d) o uso da 3ª pessoa do singular é predominante.

140
Todos os sentimentos abaixo estão presentes no texto, EXCETO:
R

a) reflexão
b) sarcasmo
O

c) sensatez
d) veracidade

141
RAPIDINHO

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Todos nos beneficiamos e nos orgulhamos das conquistas da vida moderna, especialmente da crescente
velocidade com que fazemos as coisas acontecerem. Mudanças que antigamente levavam séculos para se
efetivarem agora podem ser realizadas em poucos anos, às vezes em poucos meses. Quando não em poucas
semanas, ou até em poucos dias. Nas sociedades tradicionais, as normas de conduta, as leis, os costumes, o
modo de se vestir, os estilos artísticos tinham uma extraordinária capacidade de perdurar. Tudo se modificava,
é claro, mas sempre muito devagar. [...]
Na utilização dos meios de comunicação, os mensageiros foram substituídos pelo telégrafo elétrico, que
cedeu lugar ao telégrafo sem fio, ao telefone, à televisão, ao fax, ao e-mail e às maravilhas da eletrônica
contemporânea. Não somos bobos, tratamos de aproveitar as possibilidades criadas por todos os novos
recursos tecnológicos. Para que perder tempo? Se podemos fazer depressa o que os nossos antepassados só

S
conseguiam fazer devagar, por que não haveríamos de acelerar nossas ações? Um dos expoentes do espírito
pragmático da modernidade, o americano Benjamin Franklin, já ensinava no século XVIII: “Tempo é
dinheiro”, time is money.[...]
Dedicamo-nos, então, a uma frenética corrida contra os ponteiros do relógio. Para sermos eficientes,

O
competitivos, apressamos cada vez mais nossos movimentos. Saímos de casa correndo para o trabalho, somos
cobrados para dar conta correndo de nossas tarefas e — habituados à corrida — alimentamo-nos às pressas
(ah, a chamada fast food!), para depois voltarmos, correndo, para casa. [...]
Impõem-se, contudo, algumas perguntas: nas condições em que somos mais ou menos obrigados a viver,

S
não estaremos, de qualquer maneira, pagando um preço altíssimo, mesmo se formos bons corredores e nos
mostrarmos aptos para vencer? Os ritmos que nos são impostos e que aguçam algumas das nossas faculdades
não resultam, ao mesmo tempo, num empobrecimento de alguns aspectos importantes da nossa sensibilidade

R
e da nossa inteligência? A necessidade de assimilar com urgência as informações essenciais para a ação
imediata não acarreta uma grave incapacidade de digerir conhecimentos sutis e complexos, cheios de caroços
e mediações que, embora careçam de serventia direta, são imprescindíveis ao aprofundamento da minha
U
compreensão da condição humana? Uma reflexão que se sabe condenada a desenvolver-se num exíguo prazo
predeterminado não será, inevitavelmente, superficial? O pensamento que se formula rapidinho não tende a
ser sempre meio oco? (Leandro Konder. In: O Globo, 29/08/96)
https://pt.linkedin.com/pulse/%C3%A0-luz-do-fil%C3%B3sofo-karine-gomes-moura
C

São consequências de “Tempo é dinheiro”, EXCETO:


a) A crescente velocidade com que fazemos as coisas acontecerem só nos traz benefícios.
b) Alimentamo-nos às pressas (ah, a chamada fast food!), para depois voltarmos, correndo, para casa.
N

c) Os ritmos que nos são impostos resultam, ao mesmo tempo, num empobrecimento de alguns aspectos importantes
da nossa sensibilidade e da nossa inteligência.
d) Para sermos eficientes, competitivos, apressamos cada vez mais nossos movimentos.
IO

142
Todas as constatações abaixo podem ser feitas com base no texto, EXCETO:
R

a) Ao acelerarmos nossas ações, conforme o pensamento de Benjamim Franklin, tornamo-nos eficientes,


competitivos, apressamos cada vez mais nossos movimentos, pagando um preço altíssimo.
b) Ao assimilarmos com urgência as informações essenciais para uma ação imediata, deixamos de assimilar
O

conhecimentos sutis e complexos que são imprescindíveis ao aprofundamento da compreensão da nossa condição
humana.
c) Ao formularmos um pensamento rapidamente, a tendência é que ele seja mais superficial.
d) Ao refletirmos sobre um assunto num prazo curto e pré-determinado, a tendência é de esta reflexão ser,
inevitavelmente, superficial.

143

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Com relação às regras de colocação do pronome oblíquo, a posição do pronome é facultativa em:
a) “Dedicamo-nos, então, a uma frenética corrida contra os ponteiros do relógio.”
b) “Os ritmos que nos são impostos e que aguçam algumas das nossas faculdades [...]”.
c) “Todos nos beneficiamos e nos orgulhamos das conquistas da vida moderna [...].”
d) “Uma reflexão que se sabe condenada a desenvolver-se num exíguo prazo predeterminado [...].”

144

S
A concordância nominal está CORRETA em:
a) É necessário a atenção de todos para a leitura do texto.

O
b) Ela tomou decisões o mais sensatas possíveis.
c) Somente após bastantes ameaças, ele arrumou o quarto.
d) Quando a moça terminou de arrumar as malas, já era meio-dia e meio.

S
145
Leia o trecho abaixo, completando as lacunas corretamente:

‘Criptografia limita'
R
U
Questionado pelo TechTudo, o WhatsApp disse que trabalha de forma diligente para reduzir o número de mensagens
de spam no aplicativo. Porém, é possível que as equipes não tenham acesso ao conteúdo da mensagem em razão da
C

criptografia de ponta ___ ponta aplicada ao mensageiro e adotada em abril de 2016. "Nossas ações ficam de certa
maneira limitadas", informou ___ equipe de segurança do WhatsApp ___ redação. Um conteúdo similar ao da nota
enviada é encontrado na página "Fique seguro no WhatsApp". Saiba como agir ao receber correntes, links maliciosos e
falsas promessas de cupons que podem ser golpes.
N

Disponível em: https://www.techtudo.com.br/dicas-e-tutoriais/2017/09/ golpes-de-whatsapp-o-guia-definitivo-para-


nao-cair-em-ciladas.ghtml. Acesso em 15 fev. 2018.
IO

A sequência que preenche corretamente as lacunas do texto é:


a) a - à - à

b) à - a - à
c) a - a - à
R

d) à - à - à
O

146
A divisão silábica está correta, EXCETO em:
a) cor ren tes
b) cri pto gra fi a
c) ga fa nho to
d) im pres cin dí veis

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147
Twitter e Facebook viciam mais do que álcool e cigarro, diz estudo

Se você é daqueles que não desgruda das redes sociais, cuidado: pode estar viciado. De acordo com uma
pesquisa feita na Universidade de Chicago sobre autocontrole e desejo, é mais difícil resistir ao Twitter e
Facebook do que ao cigarro e álcool.
Pesquisadores deram smartphones para 205 adultos e pediram para que eles usassem seus aparelhos,
especialmente as redes sociais, sete vezes por dia durante algumas semanas. Quando os voluntários foram
recrutados responderam questionários sobre vícios e desejos e, ao final do processo, participaram de uma nova

S
sondagem sobre o mesmo assunto.
Nos questionários iniciais, os desejos mais relatados pelos participantes foram sono e sexo. Inesperadamente,
álcool e cigarro não estavam no topo da lista, como se suspeitava inicialmente. Já no questionário respondido
ao final do estudo, os pesquisadores notaram que, uma vez estimulado a manterem contato constante com a

O
internet, os voluntários haviam adquirido um novo vício: o de navegar na web.
A maioria dos participantes tinha dificuldade de parar de verificar suas redes sociais, mesmo quando eles
não tinham tempo ou estavam compromissados com outros assuntos. Outro vício que pode ser notado foi o
trabalho. Muitos participantes aproveitavam para usar seus smartphones como uma extensão do trabalho,

S
mesmo quando estavam em suas horas de lazer.
Diante desse quadro, os pesquisadores puderam verificar que se envolver com redes sociais tornou-se uma
atividade tão inerentemente atraente que ela pode acabar deslocando o indivíduo de todas as outras atividades.

R
Para os pesquisadores, o vício é uma questão de desequilíbrio entre o desejo pessoal de se engajar no
comportamento viciante e o desejo conflitante, de evitar as consequências negativas de tal comportamento.
Como no uso de redes sociais, os aspectos negativos não estão aparentes, o potencial de vício dessas
U
ferramentas é muito maior do que drogas como cigarro e álcool.
Disponível em: http://revistagalileu.globo.com/Revista/Common/0,,EMI293747-
17770,00TWITTER+E+FACEBOOK+VICIAM+MAIS+DO+QUE+ALCOOL+E+CIGARRO+DIZ+ESTU
DO.html Acesso em: 26 fev.2018
C

O propósito do texto é
a) alertar os indivíduos para o risco de se viciar em redes sociais.
b) apresentar as consequências negativas dos vícios em geral.
N

c) demonstrar a importância de se evitar o cigarro e o álcool.


d) divulgar a pesquisa realizada na Universidade de Chicago.
IO

148
O objetivo dos pesquisadores ao dar os smartphones aos indivíduos foi
a) avaliar os vícios e os desejos dos indivíduos.
R

b) avaliar se as redes sociais realmente são viciantes.


c) observar os aspectos negativos e positivos dos aparelhos.
O

d) observar se os indivíduos faziam uso dos aparelhos.

149
No questionário respondido ao final do estudo, os pesquisadores perceberam, EXCETO que
a) o envolvimento com as redes sociais é tão atraente que afasta os indivíduos de outras atividades.
b) o potencial de vício das redes sociais é muito maior do que drogas como cigarro e álcool.

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c) os desejos mais relatados pelos participantes foram sono e sexo; álcool e cigarro não estavam no topo da lista.
d) os voluntários haviam adquirido um novo vício: o de navegar na web.

150
As palavras destacadas estão corretamente interpretadas entre parênteses, EXCETO em:
a) “[...] tornou-se uma atividade tão inerentemente atraente que ela pode acabar deslocando o indivíduo de todas as
outras atividades.” (desviando)
b) “Muitos participantes aproveitavam para usar seus smartphones como uma extensão do trabalho [...]”

S
(continuidade)
c) “Nos questionários iniciais, os desejos mais relatados pelos participantes foram sono e sexo.” (mencionados)

O
d) “Quando os voluntários foram recrutados responderam questionários sobre vícios e desejos [...].” (empregados)

151

S
Observe os termos sublinhados nas frases anbaixo:

I. “Diante desse quadro, os pesquisadores puderam verificar que se envolver com redes sociais tornou-se uma atividade

R
tão inerentemente atraente [...].”
II. “A maioria dos participantes tinha dificuldade de parar de verificar suas redes sociais, mesmo quando eles não tinham
tempo [...].”
U
III. “Outro vício que pode ser notado foi o trabalho.”
IV. “Se você é daqueles que não desgruda das redes sociais, cuidado [...].”
C

Há pronome demonstrativo em:


a) I e II.

b) I e IV.
N

c) II e IV.
d) III e IV.
IO

152
A divisão silábica está correta, EXCETO em:
a) ad.qui.ri.do
R

b) com.pro.mis.sa.dos
c) fer.ra.men.tas
O

d) ine.ren.te.men.te

153
As palavras estão acentuadas corretamente em:
a) incêndio - império - dólar
b) língua - idéia - lâmpada

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c) petróleo - órfão - jóia


d) tambêm - vírus - herói

154
Não "temos de"
Lia Luft

Vivemos sob o império do "ter de". Portanto, vivemos num mundo de bastante mentira. Democracia? Meia
mentira. Pois a desigualdade é enorme, não temos os mesmos direitos, temos quase uma ditadura da ilusão

S
dos que ainda acreditam. Liberdade de escolha profissional? Temos de ter um trabalho bom, que dê prazer,
que pague dignamente (a maioria quer salário de chefe no primeiro dia), que permita grandes realizações e
muitos sonhos concretizados? "Teríamos". No máximo, temos de conseguir algo decente, que nos permita
uma vida mais ou menos digna.

O
Temos de ter uma vida sexual de novela? Não temos nem podemos. Primeiro, a maior parte é fantasia,
pois a vida cotidiana requer, com o tempo, muito mais carinho e cuidados do que paixão selvagem. Além
disso, somos uma geração altamente medicada, e atenção: muitos remédios botam a libido de castigo.
Temos de ter diploma superior, depois mestrado, possivelmente doutorado e no Exterior? Não temos de...

S
Pois muitas vezes um bom técnico ganha mais, e trabalha com mais gosto, do que um doutor com méritos e
louvações. Temos de nos casar? Nem sempre: parece que o casamento à moda antiga, embora digam que está
retornando, cumpre seu papel uma vez, depois com bastante facilidade vivemos juntos, às vezes até bem

R
felizes, sem mais do que um contrato de união estável se temos juízo. E a questão de gênero está muito mais
humanizada.
Temos de ter filho: por favor, só tenham filhos os que de verdade querem filhos, crianças, adolescentes,
U
jovens, adultos, e mesmo adultos barbados, para amar, cuidar, estimular, prover e ajudar a crescer, e depois
deixar voar sem abandonar nem se lamentar. Mais mulheres começam a não querer ter filho – e não devem.
Maternidade não pode mais ser obrigação do tempo em que, sem pílula, as mulheres muitas vezes pariam a
cada dois anos, regularmente, e aos cinquenta, velhas e exaustas, tinham doze filhos. Bonito, sim. Sempre
C

desejei muitos irmãos e um bando de filhos (consegui ter três), mas ter um que seja requer uma disposição
emocional, afetiva, que não é sempre inata. Então, protejam-se as mulheres e os filhos não nascidos de uma
relação que poderia ser mais complicada do que a maternidade já pode ser.
Temos de ser chiques, e, como sempre escrevo, estar em todas as festas, restaurantes, resorts, teatros,
N

exposições, conhecer os vinhos, curtir a vida? Não temos, pois isso exige tempo, dinheiro, gosto e disposição.
Teríamos de ler bons livros, sim, observar o mundo, aprender com ele, ser boa gente também.
Temos, sobretudo, de ser deixados em paz. Temos de ser amorosos, leais no amor e na amizade, honrados
na vida e no trabalho, e, por mais simples que ele seja, sentir orgulho dele. Basta imaginar o que seriam a rua,
IO

a cidade, o mundo, sem garis, por exemplo. Sem técnicos em eletricidade, sem encanadores (também os
chamam bombeiros), sem os próprios bombeiros, policiais, agricultores, motoristas, caminhoneiros,
domésticas, enfermeiras e o resto. Empresários incluídos, pois, sem eles, cadê trabalho?
Então, quem sabe a gente se protege um pouco dessa pressão do "temos de" e procura fazer da melhor
forma possível o que é possível. Antes de tudo, um lembrete: cada um do seu jeito, neste mundo complicado
R

e vida-dura, temos de tentar ser felizes. Isso não é inato: se tenta, se conquista, quando dá. Boa sorte!
Disponível em http://zh.clicrbs.com.br/rs/opiniao/colunistas/lya-luft/noticia/2017/06/nao-temos-de-
9807278.html Acesso em 11 jul. 2017
O

Ao usar “Temos de”, ao longo do texto, a locutora tem a intenção de, EXCETO:
a) apresentar como estamos sujeitos à opinião dos outros.
b) demonstrar a obrigação que temos de seguir determinados valores.
c) discordar de todos os conceitos pré-estabelecidos.
d) revelar a importância de se observar o valor que certas palavras têm.

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155
Ao afirmar que estamos vivendo num mundo de bastante mentira, a autora quis dizer, EXCETO que
a) buscar a felicidade é o essencial, mas é importante observar a que custo isso se dá.
b) devemos fazer nossas próprias escolhas, e não viver uma realidade que nos é imposta pela sociedade.
c) estamos nos sujeitando a ideais que não são os melhores, mas que nos influenciam positivamente.
d) precisamos perceber o que é possível de se realizar e o que é fantasia, para podermos ser deixados em paz.

S
156
No decorrer do texto, a locutora NÃO inclui o leitor em suas reflexões ou a ele se dirige em

O
a) “Além disso, somos uma geração altamente medicada, e atenção: muitos remédios botam a libido de castigo.”
b) “Maternidade não pode mais ser obrigação do tempo em que, sem pílula, as mulheres muitas vezes pariam a cada
dois anos [...].”

S
c) “Temos de ter filho: por favor, só tenham filhos os que de verdade querem filhos [...].”
d) “Teríamos de ler bons livros, sim, observar o mundo, aprender com ele [...].”

157
Há traços de linguagem oral em: R
U
a) “Basta imaginar o que seriam a rua, a cidade, o mundo, sem garis, por exemplo.”
b) “Então, quem sabe a gente se protege um pouco dessa pressão [...].”
C

c) “Mais mulheres começam a não querer ter filho – e não devem.”


d) “Temos de ter diploma superior, depois mestrado, possivelmente doutorado e no Exterior?”

158
N

Em: “Isso não é inato: se tenta, se conquista, quando dá.”, isso se refere a
a) Boa sorte!
IO

b) não é inato
c) se tenta, se conquista
d) tentar ser felizes
R

159
O

A ideia expressa pelos articuladores sintáticos está corretamente identificada entre parênteses, EXCETO em:
a) “[...] honrados na vida e no trabalho, e, por mais simples que ele seja, sentir orgulho dele.” (consequência)
b) “[...] parece que o casamento à moda antiga, embora digam que está retornando.” (concessão)
c) “Isso não é inato: se tenta, se conquista, quando dá.” (tempo)
d) “Portanto, vivemos num mundo de bastante mentira.” (conclusão)

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160
Os referentes dos pronomes destacados estão corretamente identificados entre parênteses, EXCETO em:
a) “[...] protejam-se as mulheres e os filhos não nascidos de uma relação que poderia ser mais complicada [...].” (uma
relação)
b) “Basta imaginar o que seriam a rua, a cidade, o mundo, sem garis, por exemplo.” (Basta imaginar)
c) “Maternidade não pode mais ser obrigação do tempo em que, sem pílula, as mulheres muitas vezes pariam [...].” (o
tempo)

S
d) “Temos de ter um trabalho bom, que dê prazer, que pague dignamente [...].” (um trabalho bom)

Legislação GM BH

O
01
Assinale a alternativa correta:

S
a) A investigação do fato e o atendimento de criança a quem se imputa a prática de ato infracional é de
responsabilidade exclusiva do Conselho Tutelar.
b) Como a tônica do procedimento para apuração de ato infracional é a celeridade, mostra-se viável a desistência de
outras provas em face da confissão do adolescente.

R
c) Toda ação socioeducativa é pública incondicionada, e o Ministério Público é o seu titular exclusivo, não havendo
U
que se falar em ação socioeducativa privada, ainda que em caráter subsidiário.
d) Em sede de aplicação de medida socioeducativa, havendo confissão, deve-se atenuar a imposição da medida.

02
C

Assinale a alternativa incorreta:


a) A edição da Declaração Universal de Direitos Humanos foi o marco da universalidade e inerência dos direitos
N

humanos.
b) A teoria crítica dos direitos humanos objetiva a formulação de uma teoria geral dos direitos humanos apta a ser
aplicada, a priori, a todos os contextos existentes no planeta.
IO

c) Segundo o Estatuto da Igualdade Racial (Lei n. 12.288/2010), ações afirmativas são programas e medidas especiais
adotados pelo Estado e pela iniciativa privada para a correção das desigualdades raciais e para a promoção da
igualdade de oportunidades.
d) Qualquer pessoa ou grupo de pessoas, ou entidade não-governamental legalmente reconhecida em um ou mais
R

Estados membros da Organização dos Estados Americanos, pode apresentar à Comissão Interamericana petições que
contenham denúncias ou queixas de violação à Convenção Americana de Direitos Humanos por um Estado Parte.
O

03
Com base no Estatuto do Desarmamento (Lei nº 10.826/2003), assinale a alternativa CORRETA.
a) Para adquirir arma de fogo de uso restrito, o interessado deverá, além de declarar a efetiva necessidade, atender,
dentre outros requisitos, a comprovação de idoneidade, com a apresentação de certidões negativas de antecedentes
criminais fornecidas pela Justiça Federal, Estadual, Militar e Eleitoral e de não estar respondendo a inquérito policial
ou a processo criminal, que poderão ser fornecidas por meios eletrônicos.

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b) O Ministério da Justiça disciplinará a forma e as condições do credenciamento de profissionais pela Polícia Civil de
cada Estado para comprovação da aptidão psicológica e da capacidade técnica para o manuseio de arma de fogo.
c) A Posse irregular de arma de fogo de uso permitido e o Porte ilegal de arma de fogo de uso permitido são crimes
que apresentam as mesmas penas, tanto que constituem o mesmo tipo penal.
d) Em relação ao crime de Comércio ilegal de arma de fogo, equipara-se à atividade comercial ou industrial, para efeito
deste artigo, qualquer forma de prestação de serviços, fabricação ou comércio irregular ou clandestino, inclusive o
exercido em residência.

04

S
Analise as alternativas abaixo, e marque a CORRETA.
a) Aquele que foi vítima do abuso de autoridade poderá representar a suposta autoridade culpada, dirigindo petição

O
a qualquer órgão do Ministério Público, independentemente, da competência daquela Instituição para iniciar o
processo junto à autoridade culpada.
b) O direito de representação será exercido por meio de petição, dirigida à autoridade superior que tiver competência
legal para aplicar, à autoridade civil ou militar culpada, a respectiva sanção administrativa ou penal, tão somente.

S
c) Estão sujeitos à prática de crime de abuso de autoridade toda autoridade pública, que exerça cargo, emprego ou
função pública, de natureza civil, ou militar, ainda que transitoriamente e com ou sem remuneração.

R
d) Não pode constituir abuso de autoridade qualquer atentado praticado à liberdade de locomoção, por parte da
autoridade apontada durante licença ou férias remuneradas.

05
U
Constitui-se abuso de autoridade:
a) constranger alguém com emprego de violência ou grave ameaça, causando-lhe sofrimento físico ou mental para
C

provocar ação ou omissão de natureza criminosa;


b) submeter alguém, sob sua guarda, poder ou autoridade, com emprego de violência ou grave ameaça, a intenso
sofrimento físico ou mental, como forma de aplicar castigo pessoal ou medida;
N

c) constranger alguém com emprego de violência ou grave ameaça, causando-lhe sofrimento físico ou mental:com o
fim de obter informação, declaração ou confissão da vítima ou de terceira pessoa;
d) levar à prisão e nela deter quem quer que se proponha a prestar fiança, permitida em lei;
IO

06
Todas as pessoas nascem livres e iguais em dignidade e direitos. São dotadas de razão e consciência e devem agir em
relação umas às outras com espírito de fraternidade.
R

Tal afirmação, contida no art. 1° da Declaração Universal dos Direitos Humanos


O

a) traduz as influências jusnaturalistas presentes na Declaração, especialmente a vertente racionalista da escola do


direito natural.

b) reproduz herança greco-romana de que os direitos humanos estão fundamentados em um dever de agir que
decorre da dignidade humana e da liberdade de consciência.
c) revela, como concepção de fundo, que liberdade é dada com o nascimento, mas a igualdade, a dignidade e a
fraternidade são conquistadas historicamente pela humanidade.

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d) incorpora a tradição juscontratualista dos direitos humanos, cujo pacto originário remonta às assembleias populares
da revolução francesa nas quais se cunhou a tríade axiológica da liberdade, igualdade e fraternidade.

07
Considerando-se a legislação penal especial, em consonância com a jurisprudência consolidada do Superior Tribunal
de Justiça, assinale a alternativa correta.
a) Os crimes tipificados na Lei de Tortura são doutrinariamente classificados como comuns, porque não demandam
sujeito ativo próprio ou especial.

S
b) A penalidade de multa reparatória, prevista no Código de Trânsito Brasileiro, consiste no pagamento mediante
depósito judicial em favor da vítima ou seus sucessores de quantia calculada na forma do Código Penal, sempre que
houver prejuízo material resultante do crime, não podendo seu valor ser superior ao prejuízo demonstrado no
processo.

O
c) Para a majoração da pena no tráfico transnacional ou entre estados da federação, é necessária a efetiva transposição
de fronteiras, sendo insuficiente a demonstração inequívoca da intenção de realizar o tráfico internacional ou
interestadual.

S
d) O crime de porte ilegal de arma de fogo de uso permitido não subsistirá se demonstrado inequivocamente que ela
estava desmuniciada.

08

R
A Declaração Universal dos Direitos Humanos, adotada e proclamada pela Assembléia Geral das Nações Unidas
U
(Resolução 217 A III) em 10 de dezembro 1948, destaca:

I. Todo ser humano tem direito à vida, à liberdade e à segurança pessoal.


C

II. Todo ser humano tem o direito de ser, em todos os lugares, reconhecido como pessoa perante a lei.
III. Todo ser humano acusado de um ato delituoso tem o direito de ser presumido culpado até que a sua inocência tenha
sido provada de acordo com a lei.
IV. Todo ser em julgamento público pode ter asseguradas todas as garantias necessárias à sua defesa dependendo do
N

delito praticado.
V. Todo ser humano tem direito, em plena igualdade, a uma justa e pública audiência por parte de um tribunal
independente e imparcial, para decidir seus direitos e deveres ou fundamento de qualquer acusação criminal contra ele.
IO

Assinale a alternativa correta:


a) I, II, V apenas

b) II, III, IV, apenas


R

c) II, IV apena
d) III apenas
O

09
Assinale a alternativa correta quanto ao comportamento visto como crime de conduta omissiva presente no
Estatuto do Desarmamento:
a) vender, entregar ou fornecer, ainda que gratuitamente, arma de fogo, acessório, munição ou explosivo a criança ou
adolescente

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b) disparar arma de fogo ou acionar munição em lugar habitado ou em suas adjacências, em via pública ou em direção
a ela, desde que essa conduta não tenha como finalidade a prática de outro crime
c) portar, possuir, adquirir, transportar ou fornecer arma de fogo com numeração, marca ou qualquer outro sinal de
identificação raspado, suprimido ou adulterado
d) deixar de observar as cautelas necessárias para impedir que menor de 18 (dezoito) anos ou pessoa portadora de
deficiência mental se apodere de arma de fogo que esteja sob sua posse ou que seja de sua propriedade

10

S
A respeito dos procedimentos no Estatuto da Criança e do Adolescente, assinale a alternativa correta.
a) Não se aplica a regra do prazo em dobro para a Fazenda Pública e para o Ministério Público.
b) O prazo máximo para conclusão do procedimento de perda e de suspensão do poder familiar será de 90 (noventa)

O
dias em se tratando de criança recém-nascida.
c) O procedimento para a perda ou a suspensão do poder familiar poderá ter início de ofício ou por provocação do
Ministério Público ou de quem tenha legítimo interesse.

S
d) Se os pais forem falecidos, tiverem sido destituídos ou suspensos do poder familiar, ou houverem aderido
expressamente ao pedido de colocação em família substituta, este poderá ser formulado diretamente em cartório,
em petição assinada pelos próprios requerentes, necessária contudo a presença de advogado.

11
R
U
A partir de 1945, com a criação das Nações Unidas, após a Segunda Guerra Mundial, normas e tratados têm
conferido uma forma legal à prática dos direitos humanos para todos. A Declaração Universal dos Direitos
Humanos, adotada e proclamada pela Assembléia Geral das Nações Unidas (Resolução 217 A III) em 10 de
dezembro 1948, dispõem em seus artigos: “Todo ser humano tem direito à instrução. A instrução será ______,
C

pelo menos nos graus elementares e fundamentais. A instrução elementar será obrigatória. A instrução técnico-
profissional será _____ a todos, bem como a instrução superior, esta baseada no mérito.
N

Assinale a alternativa que completa correta e respectivamente as lacunas.


a) Paga, acessível

b) Parcialmente paga, gratuita


IO

c) Paga, gratuita
d) Gratuita, acessível

12
R

Assinale a alternativa correta quanto ao cometimento do crime de abuso de autoridade sujeita o agente público à
imposição das seguintes sanções administrativas:
O

a) advertência e repreensão
b) destituição de função e inabilitação para o exercício de qualquer outro cargo público por prazo até cinco anos
c) suspensão do cargo e exoneração
d) demissão e readaptação

13

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Assinale a alternativa correta quanto ao que configura o crime de abuso de autoridade a conduta que importe em
qualquer atentado:
a) à liberdade de transposição
b) ao direito de moradia
c) ao sigilo da correspondência
d) à liberdade de gênero

14

S
Lucrécio, policial civil, dirigia embriagado, quando foi parado por dois agentes de trânsito, Jonas e Maurício. O policial
apresentou os documentos solicitados pelos agentes, mas se recusou a realizar o teste do bafômetro. Depois de

O
observarem que no veículo havia várias garrafas vazias e que Lucrécio apresentava discurso desconexo, forte cheiro de
álcool e voz embargada, Jonas e Maurício chamaram o guincho. Lucrécio, alegando que os agentes não tinham
competência contra um policial, acionou Carlos, delegado do seu distrito, que chegou ao local e tentou dialogar com os

S
agentes, a fim de coibi-los de aplicar as penalidades. Em razão da resistência dos agentes de trânsito, Carlos acionou
policiais militares, que conduziram Jonas e Maurício à delegacia, mantiveram-nos detidos por algumas horas e, em
seguida, os liberaram.

A respeito dessa situação hipotética, assinale a opção correta.


R
a) Jonas e Maurício cometeram crime de usurpação de função pública, por terem tentado atuar contra um policial.
U
b) Os policiais militares cometeram abuso de autoridade em concurso de pessoas com Carlos.
c) Ao terem chamado o guincho, Jonas e Maurício cometeram conduta excessiva que configura crime de abuso de
C

autoridade.
d) Lucrécio cometeu crime de desobediência ao se recusar a realizar o teste do bafômetro.

15
N

Sobre os direitos da Declaração Universal dos Direitos Humanos (1948-ONU), considere as afirmativas a seguir.
I. Todo ser humano tem direito à liberdade de locomoção fora das fronteiras de cada Estado.
IO

II. Ninguém será submetido à tortura, nem a tratamento ou castigo cruel, desumano ou degradante.
III. Todo ser humano tem o direito de ser, em todos os lugares, reconhecido como pessoa perante a lei.
IV. Ninguém será arbitrariamente preso, detido ou exilado.

Assinale a alternativa correta.


R

a) Somente as afirmativas I e II são corretas.

b) Somente as afirmativas I e IV são corretas.


O

c) Somente as afirmativas III e IV são corretas.


d) Somente as afirmativas II, III e IV são corretas.

16
Conforme dispõe o Estatuto do Desarmamento, relativamente às armas de fogo, assinale a alternativa correta:

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a) a classificação técnica, bem como a definição das armas de fogo deve ser disciplinada em ato do Comando do
Exército, mediante proposta do Chefe do Poder Executivo
b) são vedadas a fabricação, a venda, a comercialização e a importação de brinquedos, réplicas e simulacros de armas
de fogo, que com estas se possam confundir
c) todas as armas de fogo comercializadas no exterior devem estar acondicionadas em embalagens com sistema de
código de barras, gravado na caixa, visando possibilitar a identificação do alienante
d) cabe ao Comando da Polícia Militar autorizar, excepcionalmente, nos estados, a aquisição de armas de fogo de uso
restrito

S
17
Sobre a tipificação do abuso de autoridade, considere as afirmativas a seguir.

O
I. Deixar de comunicar, imediatamente, ao juiz competente a prisão ou detenção de qualquer pessoa.
II. Submeter pessoa sob sua guarda ou custódia a vexame ou a constrangimento não autorizado em lei.

S
III. Levar à prisão e nela deter quem quer que se proponha a prestar fiança, permitida em lei.
IV. Proibir a comunicabilidade de pessoa presa com sua família, quando solicitada administrativamente.

R
Assinale a alternativa correta.
a) Somente as afirmativas I e II são corretas.

b) Somente as afirmativas I e IV são corretas.


U
c) Somente as afirmativas III e IV são corretas.
d) Somente as afirmativas I, II e III são corretas.
C

18
Sobre o certificado de registro de arma de fogo, considere as afirmativas a seguir.
N

I. Tem validade em todo o território nacional.


II. Autoriza o seu proprietário a manter a arma de fogo no interior de sua residência.
IO

III. Autoriza o porte de arma de fogo na unidade federativa que expediu o respectivo registro.
IV. Possibilita a todo cidadão o porte de arma de fogo mediante avaliação psicológica prévia.

Assinale a alternativa correta.


a) Somente as afirmativas I e II são corretas.
R

b) Somente as afirmativas I e IV são corretas.


c) Somente as afirmativas III e IV são corretas.
O

d) Somente as afirmativas I, II e III são corretas.

19
“O titular do cartório de Registro de Imóveis de certa localidade mantinha em seu local de trabalho, mais
especificamente escondido entre documentos e livros antigos do acervo do estabelecimento extrajudicial, um
revólver calibre 22, municiado com apenas um cartucho, com a intenção de se defender, caso surgisse algum

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cidadão agressivo, por insatisfação com a qualidade do atendimento no cartório. Até porque no cartório só
trabalhavam o titular, Oficial Substituto (que coincidentemente era o seu próprio pai) e uma faxineira. A arma de
fogo, herdada de seu avô, era antiga, mas o titular do cartório periodicamente realizava sua manutenção (limpeza
e lubrificação de seus mecanismos). O titular do cartório nunca retirava a arma do interior do estabelecimento, mas
nunca se preocupou, também, em registrá-la, porque não tinha autorização para portar arma de fogo e acreditava
que, por isso, não conseguiria mesmo registrá-la.” Quanto à conduta do titular do cartório, é correto afirmar que
constitui
a) um indiferente penal, porque se trata de legítima defesa preordenada.

S
b) crime de porte ilegal de arma de fogo, porque se trata de arma de uso proibido.
c) crime de posse irregular de arma de fogo de uso permitido, sendo irrelevante, no caso, a ausência de autorização
para o porte de arma de fogo.

O
d) crime de omissão de cautela na guarda de arma de fogo; porque a arma está custodiada em local acessível a outras
pessoas, diversas do responsável legal do estabelecimento.

20

S
A colocação de criança e adolescente em família substituta estrangeira

R
a) é absolutamente vedada.
b) é admitida em todas as modalidades
U
c) constitui medida excepcional, somente admissível na modalidade de guarda.
d) constitui medida excepcional, somente admissível na modalidade de adoção.

21
C

Assinale a alternativa correta no que se refere à apuração de ato infracional, nos termos do Estatuto da Criança e do
Adolescente.
N

a) A remissão, como forma de extinção ou suspensão do processo, poderá ser concedida pelo representante do
Ministério Público, em qualquer fase do procedimento, antes da sentença.
b) O advogado constituído ou o defensor nomeado no procedimento de apuração de ato infracional, no prazo de cinco
IO

dias, contado da audiência de apresentação, oferecerá defesa prévia e rol de testemunhas.


c) Se o adolescente, devidamente notificado, não comparecer, injustificadamente à audiência de apresentação, a
autoridade judiciária designará nova data, sendo vedada sua condução coercitiva.
d) A representação oferecida pelo Representante do Ministério Público à autoridade judiciária, propondo a
R

instauração de procedimento para aplicação da medida socioeducativa que se afigurar a mais adequada independe
de prova pré-constituída da autoria e materialidade.
O

22
Dar às verbas ou rendas públicas aplicação diversa da estabelecida em lei
a) é crime contra a Administração Pública, estabelecido no art. 315 do Código Penal.
b) é crime de abuso de autoridade, estabelecido no art. 3° da Lei n° 4.898/65.
c) é crime contra a ordem tributária, estabelecido no art. 1° da Lei n°8.137/90.

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d) embora não seja crime, sujeita o agente a perda do mandato, nos termos da Lei n° 8.429/92

23
A Lei nº 8.069/1990 dispõe sobre o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) e dá outras providências. No que se
refere aos dispositivos desta Lei, analise as assertivas:

(I) Considera-se criança a pessoa até doze anos de idade incompletos, e adolescente aquela entre doze e dezoito anos de
idade.

S
(II) O Conselho Tutelar é órgão permanente e autônomo, de natureza jurisdicional, encarregado pela sociedade de zelar
pelo cumprimento dos direitos da criança e do adolescente.
(III) Excepcionalmente, nos casos expressos em lei, aplica-se o Estatuto da Criança e do Adolescente às pessoas entre

O
dezoito e vinte e um anos de idade.
(IV) Os profissionais que atuam no cuidado diário de crianças na primeira infância receberão formação específica para
a detecção de sinais de risco para o desenvolvimento psíquico.

S
Estão corretas
a) I, II e III.

R
b) I, II e IV.
c) I, III e IV.
U
d) II, III e IV.

24
C

Nos termos do Estatuto do Desarmamento (Lei nº 10.826/2003), a conduta de emprestar a terceiro arma de fogo, sem
autorização e em desacordo com determinação legal ou regulamentar, configura o crime de
a) empréstimo ilegal de arma de fogo.
N

b) omissão de cautela.
c) porte ilegal de arma de fogo.
IO

d) comércio ilegal de arma de fogo.

25
Quanto à habilitação de pretendentes à adoção, analise as afirmativas a seguir.
R

I. É recomendável a participação dos postulantes em programa oferecido pela Justiça da Infância e da Juventude,
O

preferencialmente com apoio dos técnicos responsáveis pela execução da política municipal de garantia do direito à
convivência familiar e dos grupos de apoio à adoção devidamente habilitados perante a Justiça da Infância e da
Juventude, que inclua preparação psicológica, orientação e estímulo à adoção inter-racial, de crianças ou de
adolescentes com deficiência, com doenças crônicas ou com necessidades específicas de saúde, e de grupos de irmãos.

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II. A todos os postulantes à habilitação, é obrigatório o cumprimento da etapa que inclui o prévio contato com crianças
e adolescentes em regime de acolhimento familiar ou institucional, e que é realizado sob orientação, supervisão e
avaliação da equipe técnica da Justiça da Infância e da Juventude e dos grupos de apoio à adoção.

III. É obrigatório que as crianças e os adolescentes acolhidos institucionalmente ou por família acolhedora sejam
preparados por equipe interprofissional antes da inclusão em família adotiva.

IV. A desistência do pretendente em relação à guarda para fins de adoção ou a devolução da criança ou do adolescente
depois do trânsito em julgado da sentença de adoção importará na sua exclusão dos cadastros de adoção e na vedação

S
de renovação da habilitação, salvo decisão judicial fundamentada, sem prejuízo das demais sanções previstas na
legislação vigente.

O
Está(ão) correta(s) apenas a(s) afirmativa(s)
a) II.

S
b) IV.
c) I e IV.

R
d) II e III.

26
U
Frente ao direito à convivência familiar e comunitária, prevista no Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA),
considere:
C

I. A intervenção do Estado será prioritariamente voltada para a orientação e o apoio de promoção social da família
natural.
N

II. A reintegração da criança e do adolescente à sua família terá preferência em relação a qualquer outra providência
de atendimento e em qualquer situação.
IO

III. Na impossibilidade de permanência na família de origem, a criança e o adolescente serão sempre colocados em
família substituta.

IV. A inclusão de criança ou adolescente em programas de acolhimento institucional terá preferência no caso da
ausência da família natural.
R

V. A adoção internacional de criança ou adolescente domiciliado no Brasil somente terá lugar quando se esgotarem
todas as possibilidades no Brasil.
O

Está correto o que se afirma APENAS em


a) I, III e V.
b) I e V.
c) II e IV

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d) III, IV e V.

27
O direito humano à alimentação adequada está contemplado no artigo 25 da Declaração Universal dos Direitos
Humanos de 1948. Para garantir a realização do direito humano à alimentação adequada, o Estado brasileiro tem a
obrigação de
a) distribuir, gratuita e universalmente, alimentação balanceada à toda a população.
b) estimular o uso de fertilizantes químicos e agrotóxicos para aumentar a produção, garantindo o direito de todos à

S
alimentação.
c) apoiar programas de alimentação com base na distribuição de ração humana balanceada.

O
d) respeitar, proteger, promover e prover a alimentação da população.

28

S
A professora de uma pré-escola percebeu durante as aulas da semana um comportamento incomum em uma das
crianças. De muito alegre, ela passou a choramingar com frequência, parecendo estar com dores e assustada. Ao se
aproximar da criança observou que nela havia hematomas nas pernas e nos braços. Sem saber o que fazer, a

R
professora nada perguntou à criança e retomou as atividades do dia. Tendo em vista as responsabilidades dos
educadores relativamente à proteção da criança e do adolescente previstas no ECA, a atitude da professora nesse caso
foi
U
a) correta, uma vez que não houve reclamação da criança sobre o ocorrido.
b) de omissão, caracterizada como uma infração administrativa.
C

c) cruel e de falta de humanidade com semelhante indefeso.


d) de preservar a criança à exposição pública vexatória.

29
N

Segundo a Lei n. 4.898/1965, as penas cominadas aos crimes de abuso de autoridade poderão ser aplicadas autônoma
ou cumulativamente, e consistirão, além da multa, em
IO

a) detenção por cinco a trinta dias, bem como perda do cargo e a inabilitação para o exercício de qualquer outra função
pública por prazo até um ano.
b) detenção por um a nove meses, bem como perda do cargo e a inabilitação para o exercício de qualquer outra função
pública por prazo até dois anos.
R

c) detenção por três meses a um ano, bem como perda do cargo e a inabilitação para o exercício de qualquer outra
função pública por prazo até quatro anos.
O

d) detenção por dez dias a seis meses, bem como perda do cargo e a inabilitação para o exercício de qualquer outra
função pública por prazo até três anos.

30
Josildo, titular e responsável legal de estabelecimento comercial, obteve o Certificado de Registro de Arma de Fogo
(CRAF), com validade em todo o território nacional. Nesse sentido o CRAF engloba autorização para manter a arma de
fogo, exclusivamente no

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a) interior (ou dependências) de sua residência ou domicílio, mas não, no seu local de trabalho, apesar de ser o titular
e responsável legal pelo estabelecimento.
b) interior (ou dependências) de sua residência ou domicílio, ou, ainda, no seu local de trabalho, já que é o titular ou
o responsável legal pelo estabelecimento.
c) interior de sua residência ou domicílio, ou na dependência desses e levá-la consigo nos deslocamentos dentro do
Estado em que reside e, também no seu local de trabalho.
d) interior (ou dependência) de sua residência ou domicílio, e também em seu veículo nos deslocamentos, considerado
este como extensão do domicílio, mas não no local de trabalho, independentemente da função que exerça.

S
31
Considere que um Delegado de Polícia, após autuar em flagrante um criminoso, deixe de comunicar imediatamente

O
ao juiz competente a referida prisão.

É correto afirmar que o Delegado

S
a) cometeu um abuso de autoridade, podendo ser sancionado administrativamente com a suspensão do cargo, função
ou posto por prazo de trinta a cento e oitenta dias, além da cominação acessória de não poder exercer funções de
natureza policial no município da culpa, por prazo de um a dez anos.

R
b) cometeu um abuso de autoridade, podendo ser sancionado administrativamente com repreensão.
U
c) não cometeu abuso de autoridade, devendo ser responsabilizado tão somente na esfera administrativa.
d) não cometeu abuso de autoridade. Entretanto, poderá ser sancionado com a pena autônoma de não poder exercer
funções de natureza policial no município da culpa, por prazo de um a cinco anos.
C

32
É correto afirmar a respeito do crime de disparo de arma de fogo, previsto na Lei n o 10.826/2003 (Estatuto do
Desarmamento), que
N

a) é inafiançável, de perigo abstrato e que não admite a suspensão condicional do processo.


b) se trata de crime comum, de perigo abstrato e que não admite a suspensão condicional do processo.
IO

c) se trata de crime próprio, afiançável e que admite a suspensão condicional do processo.


d) não admite a suspensão condicional do processo, é afiançável e trata-se de crime de mão-própria.

33
R

Segundo a Lei de Abuso de Autoridade, as sanções administrativas que poderão ser aplicadas, de acordo com a
gravidade do abuso de autoridade, são, dentre outras,
O

a) advertência, multa e repreensão.


b) advertência, repreensão e demissão.
c) advertência, detenção e multa.
d) demissão, suspensão e reclusão.

34

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Jorge recebeu mandado de citação em ação penal para cumprimento em localidade violenta da cidade em que atuava.
Temendo por sua integridade física, compareceu ao local para cumprimento da diligência em seu próprio carro, levando
escondido no porta-luvas duas armas de fogo diferentes de uso permitido. Ocorre que Jorge foi abordado por policiais
militares, sendo as armas de fogo encontradas e apreendidas, além de ser verificado que ele não possuía autorização
para portar aquele material bélico.

De acordo com a jurisprudência majoritária do Superior Tribunal de Justiça, a conduta de Jorge:


a) configura dois crimes de porte de arma de fogo de uso permitido em concurso formal;

S
b) configura dois crimes de porte de arma de fogo de uso permitido em concurso material;
c) está amparada pela causa de exclusão da culpabilidade de inexigibilidade de conduta diversa;
d) configura crime único de porte de arma de fogo de uso permitido.

O
35
Em cumprimento de mandado de busca e apreensão no local de trabalho de João, que era um estabelecimento

S
comercial de sua propriedade e de sociedade em que figurava como administrador e principal sócio, foram
apreendidas duas armas de fogo, de calibre permitido, com numeração aparente, devidamente municiadas. João
esclareceu que tinha as armas para defesa pessoal, apesar de não possuir autorização e nem registro das mesmas.

R
U
Diante disso, foi denunciado pela prática de dois crimes de porte de arma de fogo de uso permitido (art. 14 da Lei nº
10.826/03), em concurso material.
C

No momento de aplicar a sentença, o juiz deverá reconhecer que:


a) ocorreram dois crimes de posse de arma de fogo de uso permitido (art. 12 da Lei nº 10.826/03) em concurso
material;
N

b) ocorreram dois crimes de posse de arma de fogo de uso permitido (art. 12 da Lei nº 10.826/03) em concurso formal;
c) ocorreram dois crimes de porte de arma de fogo de uso permitido em concurso formal;
IO

d) ocorreu crime único de posse de arma de fogo de uso permitido (art. 12, Lei nº 10.826/03), afastando-se o concurso
de delitos.

36
R

É correto afirmar que consta,


a) da Convenção Americana de Direitos Humanos, que as penas privativas de liberdade devem ter por finalidade
O

essencial a reforma e a readaptação social dos condenados.


b) do Pacto Internacional dos Direitos Civis e Políticos, que a pena de morte não deverá ser imposta em casos de crimes
cometidos por pessoas menores de 21 (vinte e um) anos nem aplicada a pessoas em estado de doença grave.
c) da Declaração Universal dos Direitos Humanos, que ninguém será submetido a tortura nem a tratamento ou castigo
cruel, salvo nas hipóteses de investigação de terrorismo.
d) da Convenção Americana de Direitos Humanos, que os menores, quando puderem ser processados, devem, se
possível, ser separados dos adultos e conduzidos a tribunal especializado.

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37
Nos termos da Declaração Universal dos Direitos Humanos, todo ser humano tem
a) assegurado o direito ao amplo acesso à informação, sendo vedado, em qualquer hipótese, resguardar o sigilo da
fonte.
b) deveres para com a comunidade, na qual o livre e pleno desenvolvimento de sua personalidade é possível.
c) direito à prestação de assistência religiosa nas entidades civis e militares de internação coletiva.
d) direito a obter gratuitamente certidões em repartições públicas para o exercício da ampla defesa.

S
38

O
Dispõe a Declaração Universal dos Direitos Humanos que
a) o trabalhador deve filiar-se à associação representativa de sua categoria profissional.
b) a vontade do povo será expressa em eleições periódicas e legítimas, por voto censitário, secreto ou aberto, ou

S
processo equivalente que assegure a liberdade de voto.
c) todo ser humano tem direito à instrução, mas o acesso à instrução superior terá por critério o mérito.
d) qualquer ser humano tem o direito de deixar seu país, desde que quite com suas obrigações legais e políticas
perante o Estado.

39 R
U
Segundo o Estatuto da Criança e do Adolescente, no Procedimento de Perda ou Suspensão do Poder Familiar,
a) na hipótese de estar o requerido privado de liberdade, o oficial de justiça deverá perguntar a ele, no momento da
C

citação pessoal, se concorda ou não com o pedido.


b) é dispensada a oitiva dos pais sempre que eles forem identificados e estiverem em local conhecido, ressalvados os
casos de comparecimento espontâneo perante a Justiça.
N

c) se o pedido resultar em colocação em família substituta, a criança poderá e o adolescente deverá, desde que possível
e razoável, ser ouvido em juízo.
d) na hipótese de os genitores encontrarem-se em local incerto ou não sabido, serão citados por edital no prazo de 10
IO

dias, em publicação única, dispensado o envio de ofícios para a localização.

40
A Declaração Universal dos Direitos Humanos, retomando os ideais da Revolução Francesa, representou a
R

manifestação histórica de que se formara, enfim, em âmbito universal, o reconhecimento dos valores supremos da
igualdade, da liberdade e da fraternidade. Em decorrência disso, os direitos fundamentais expressos na Constituição
Federal de 1988:
O

a) como na Declaração Universal dos Direitos Humanos, esses direitos fundamentais são considerados
uma recomendação sem força vinculante, uma etapa preliminar para ulterior implementação na medida em que a
sociedade se desenvolver.
b) não consideram as diferenças humanas como fonte de valores positivos a serem protegidos e estimulados, pois, ao
criar dispositivos afirmativos legais, as diferenças passam a ser tratadas como deficiências.
c) obrigam que o princípio da solidariedade seja interpretado com a base dos direitos econômicos e sociais, que são
exigências elementares de proteção às classes ou aos grupos sociais mais fracos ou necessitados.

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d) tratam a liberdade como um princípio político e não individual, pois o reconhecimento de liberdades individuais em
sociedades complexas esconde a dominação oligárquica dos mais ricos.

41
Tendo como base a Declaração de Direitos Humanos, diante das seguintes situações, podemos afirmar que se encontra
de acordo com a referida Declaração:
a) Manuel é português e foi extraditado pelo Brasil para Portugal, após cumprir a pena que lhe foi imposta em Portugal,
o referido país não o deixou abandonar o país, por ser nacional;

S
b) Ninguém pode ser arbitrariamente privado de sua propriedade;
c) Caio, perseguido politicamente, não pode deixar seu país, pois de acordo com o direito interno não é possível
qualquer nacional solicitar asilo em outro pais;

O
d) É possível, em respeito às tradições, que os futuros esposos sejam prometidos, e que ambos devem se sujeitar ao
casamento. Entretanto, nenhum poderá ser obrigado a permanecer casado;

42

S
Segundo o disposto na Declaração Universal dos Direitos Humanos, “Se depois da perpetração do delito a lei dispuser
a imposição de pena mais leve, o delinquente será por isso beneficiado.” Essa norma de direito penal é representada
pelo Princípio
a) da Individualização da Pena.
R
U
b) da Legalidade.
c) da Norma Penal em Branco.
C

d) da Retroatividade.

43
Nos termos da Lei n° 4.898/65 (Lei de Abuso de Autoridade), é correto afirmar:
N

a) o processo administrativo não poderá ser sobrestado para o fim de aguardar a decisão da ação penal ou civil.
b) o direito de representação será exercido por meio de petição dirigida exclusivamente ao Ministério Público.
IO

c) não constitui abuso de autoridade deixar o Juiz de ordenar o relaxamento de prisão ou detenção ilegal que lhe seja
comunicada.
d) não contempla qualquer sanção administrativa.
R

44
Assinale a alternativa que possui um crime da Lei n° 10.826/03 (Estatuto do Desarmamento) apenado com detenção.
O

a) Porte ilegal de arma de fogo de uso permitido.


b) Disparo de arma de fogo.
c) Posse ou porte ilegal de arma de fogo de uso restrito.
d) Posse irregular de arma de fogo de uso permitido.

45

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A autorização para o porte de arma de fogo de uso permitido, em todo o território nacional e após prévia
autorização do SINARM (Sistema Nacional de Amas), é de competência de qual entidade?
a) Polícia Federal.
b) Polícia Rodoviária Federal.
c) Agência Brasileira de Inteligência.
d) Polícia Militar dos Estados-Federados.

46

S
Determinado Agente Técnico Judiciário da Vara do Trabalho de Teresópolis/RJ, ao notar que um cidadão está
adentrando no Fórum Trabalhista utilizando em seu pescoço corrente de ouro com pingente de crucifixo cristão,

O
ordena que o sujeito retire o adereço e guarde-o em seu bolso, pois estaria ele ofendendo a laicidade do Estado ali
instituída no átrio do prédio judiciário. O cidadão obedeceu a ordem do agente público. Diante do exposto, é correto
afirmar que o agente cometeu

S
a) ato regular, pois cabia a ele, como agente público concursado, dar eficácia ao preceito constitucional da laicidade
estatal.
b) abuso de autoridade, por ter atentado contra a liberdade de consciência e de crença.

R
c) crime de injúria, por ter ofendido a dignidade e o decoro do cidadão.
d) infração disciplinar, por entreter-se nos locais e horas de trabalho, em palestras, leituras ou outras atividades
U
estranhas ao serviço.

47
C

Determinado indivíduo de nome Amarildo foi preso temporariamente no dia 15 de jan. de 2018, mas recebeu alvará
de soltura no dia 19 de jan. de 2018. O Distrito Policial foi notificado da expedição da decisão judicial no dia 20 de
jan. de 2018, mas o agente público competente para praticar a soltura do beneficiário do alvará, de nome Roberval,
N

decidiu, por conta própria, liberar Amarildo do cárcere somente no dia 30 de jan. de 2018. Em tese, esse agente
público cometeu abuso de autoridade, de acordo com o art. 4º, "i", da Lei de Abuso de Autoridade, assim escrita:
"prolongar a execução de prisão temporária, de pena ou de medida de segurança, deixando de expedir em tempo
IO

oportuno ou de cumprir imediatamente ordem de liberdade". Amarildo, portanto, quer ver o agente público
Roberval penalmente sancionado por abuso de autoridade consumado. Qual medida deve ser tomada por ele e por
seu advogado, uma vez que o Ministério Público, após receber a representação de Amarildo e após ter obtido vista
dos autos de inquérito, decidiu não oferecer denúncia criminal no prazo legalmente fixado, pugnando pelo
R

arquivamento do feito?
a) Impetrar mandado de segurança contra o membro do Ministério Público que pugnou pelo arquivamento da
representação, pedindo, ao fim, para que o agente acusador ofereça a denúncia criminal por indícios de autoria e
O

materialidade.
b) Oferecer ação penal privada com queixacrime, no prazo de 6 (seis) meses, contados do encerramento do prazo do
Ministério Público, contendo a procuração poderes especiais, devendo constar do instrumento do mandato o nome
do querelante e a menção do fato criminoso, salvo quando tais esclarecimentos dependerem de diligências que devem
ser previamente requeridas no juízo criminal.
c) Ajuizar ação indenizatória por danos morais, uma vez que a sanção penal caducou com a inércia do Ministério
Público.

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d) Requerer instauração de inquérito policial, desta vez contra o membro do Ministério Público que pugnou pelo
arquivamento do referido inquérito, suscitando o eventual crime de prevaricação.

48
Um Técnico Judiciário Especialidade Segurança do Tribunal Regional do Trabalho está portando uma arma de fogo
durante o seu serviço e reclama com um amigo da periculosidade criminal de seu bairro, dizendo estar propenso a
manter-se com a arma mesmo após o cumprimento de sua escala, a fim de se deslocar até a sua residência com
segurança. Nessa situação, é correto afirmar que

S
a) ele pode se manter com a arma, já que possui documento de porte funcional.
b) ele poderá se deslocar com a arma da instituição porque seu bairro é perigoso.
c) ele deverá entregar a arma na seção responsável do Tribunal após o serviço, já que não possui autorização expressa

O
para carregá-la consigo para além das atividades funcionais.
d) mesmo entregando a arma, ele poderá ficar com o porte funcional para poder usar sua arma particular no
deslocamento.

S
49
Segundo o Estatuto do Desarmamento (Lei nº 10.826/2003), é proibido o porte de arma de fogo em todo o território

R
nacional, salvo para os casos previstos em legislação própria e para
a) Analistas do Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro.
U
b) Deputados federais e Senadores da República.
c) Procuradores-Gerais dos Estados Federados.
C

d) Integrantes da Carreira de Auditoria-Fiscal do Trabalho.

50
N

Em processo de destituição do poder familiar, quando da realização da audiência de instrução e julgamento, não
comparece a testemunha arrolada pela parte demandada, processualmente representada pela Defensoria Pública do
Estado do Rio Grande do Sul, embora devidamente intimada. Na solenidade, diante da ausência da testemunha, o
IO

Defensor Público requer a designação de nova audiência para a sua oitiva. Todavia, o requerimento é indeferido pelo
Juízo, ao argumento de que, em se tratando de processo de destituição do poder familiar, incabível a dilação de sua fase
instrutória, uma vez que, estando a criança acolhida institucionalmente, o processo deve ser concluído o mais
brevemente possível.
R

Nesse caso,
a) é cabível agravo retido, que deve ser oralmente interposto, na própria audiência.
O

b) é cabível agravo de instrumento, que deve ser interposto em, no máximo, 10 dias.
c) como não cabe recurso, deve ser a insurgência suscitada em preliminar de apelação, eventualmente interposta
contra a decisão final, ou nas contrarrazões.
d) como não cabe recurso, resta preclusa a decisão.

51

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Marque a alternativa CORRETA, tendo como base o Estatuto do Desarmamento:


a) É possível a comercialização de armas de fogo, acessórios e munições entre pessoas físicas, desde que o comerciante
fique de posse da nota fiscal, com nome completo e endereço do adquirente.
b) É proibido o porte de arma de fogo em todo o território nacional para os integrantes das Carreiras de Auditoria da
Receita Federal do Brasil e de Auditoria-Fiscal do Trabalho, cargos de Auditor-Fiscal e Analista Tributário.
c) Compete à Polícia Federal, juntamente como o Ministério da Justiça cadastrar as armas de fogo produzidas,
importadas e vendidas no País.
d) O certificado de Registro de Arma de Fogo, com validade em todo o território nacional, autoriza o seu proprietário

S
a manter a arma de fogo exclusivamente no interior de sua residência ou domicílio, ou dependência desses, ou, ainda,
no seu local de trabalho, desde que seja ele o titular ou o responsável legal pelo estabelecimento ou empresa.

52

O
NÃO se constitui abuso de autoridade:
a) ordenar ou executar medida privativa da liberdade individual, sem as formalidades legais ou com abuso de poder.

S
b) submeter pessoa sob sua guarda ou custódia a vexame ou a constrangimento não autorizado em lei.
c) a inviolabilidade do domicílio, quando existir ordem judicial.

R
d) deixar de comunicar, imediatamente, ao juiz competente, a prisão ou detenção de qualquer pessoa.

53
U
Segundo a Lei nº 8.069/1990, que dispõe sobre o Estatuto da Criança e do Adolescente, é correto afirmar que:
a) os filhos adotados terão direitos e qualificações diferenciados em relação aos filhos nascidos da relação do
C

casamento.
b) a falta ou a carência de recursos materiais constitui motivo suficiente para a perda ou a suspensão do poder familiar.
c) a condenação criminal do pai e da mãe implicará automaticamente a destituição do poder familiar.
N

d) o reconhecimento do estado de filiação pode ser exercitado contra os pais ou seus herdeiros, sem qualquer
restrição, observado o segredo de Justiça.

54
IO

À luz da Teoria Geral da Constituição,


a) as normas programáticas são aquelas que possuem aplicabilidade direta, integral e imediata.
R

b) a desconstitucionalização é o fenômeno jurídico que prevê que as normas da constituição anterior são
recepcionadas pela nova ordem como normas infraconstitucionais.
c) há hierarquia entre as normas constitucionais, sendo que aquelas classificadas como materialmente constitucionais
O

apresentam maior valor que as classificadas tão somente como formalmente constitucionais.
d) com a promulgação de uma nova Constituição, a legislação infraconstitucional anterior perde completa e
integralmente a sua validade.

55
Assinale a alternativa correta, referente ao Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA – Lei 8.069/90).

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a) Para efeitos do ECA, considera-se criança a pessoa até doze anos de idade incompletos, e adolescente aquela entre
doze e vinte um anos de idade.
b) A permanência de criança e adolescente em programa de acolhimento institucional não se prolongará por mais de
18 (dezoito) meses, salvo comprovada necessidade que atenda ao seu superior interesse, devidamente fundamentada
pela autoridade judiciária.
c) Quando o procedimento de destituição do poder familiar for iniciado pelo Ministério Público, haverá a necessidade
de nomeação de curador especial em favor da criança ou adolescente, que poderá ser outro membro do Ministério
Público que não atuou no feito.
d) Pessoas jurídicas não podem apadrinhar criança ou adolescente, a fim de colaborar para o seu desenvolvimento,

S
posto que o apadrinhamento consiste em estabelecer e proporcionar à criança e ao adolescente vínculos externos de
convivência familiar e comunitária e colaborar com seu desenvolvimento nos aspectos social, moral, físico, cognitivo,
educacional e financeiro.

O
56
Quanto aos Tratados Internacionais e às Convenções para proteção dos direitos humanos, assinale a

S
alternativa correta:
a) A Carta Internacional dos Direitos Humanos (International Bill of Rights) decorre exclusivamente da conjugação do
Pacto Internacional de Direitos Civis e Políticos e do Pacto Internacional dos Direitos Econômicos, Sociais e Culturais.

R
b) O Comitê de Monitoramento criado pela Convenção para Eliminação de Todas as Formas de Discriminação contra
a Mulher tem como finalidade precípua analisar os progressos alcançados na aplicação dessa Convenção, cuja
competência foi ampliada mediante Protocolo Facultativo à Convenção.
U
c) A Convenção Internacional sobre a Eliminação de Todas as Formas de Discriminação Racial impõe aos Estados-Partes
tão somente os deveres de proibir e eliminar a discriminação racial.
C

d) Os Estados-Partes podem invocar dificuldades de ordem interna ou constitucional como justificativa para o não
cumprimento de obrigações assumidas em Tratados Internacionais de Direitos Humanos.

57
N

Nos termos da Declaração Universal dos Direitos Humanos, é correto afirmar que
a) toda pessoa tem o direito de livremente circular e escolher a sua residência no interior de um Estado.
IO

b) são asseguradas às presidiárias condições para que possam permanecer com seus filhos durante o período de
amamentação.
c) toda pessoa tem direito à liberdade de reunião e de associação pacíficas ou militares.
d) é livre a manifestação do pensamento, sendo vedado o anonimato.
R

58
O

A respeito da Declaração Universal dos Direitos Humanos (DUDH), assinale a alternativa correta.
a) Ninguém pode ser preso, detido ou exilado.
b) Ninguém será condenado por ação ou omissão, ainda que, no momento de sua prática, constituísse ato delituoso
frente ao direito interno e internacional.
c) Nenhuma pessoa sujeita a perseguição tem o direito de procurar e de se beneficiar de asilo em outros países.
d) O direito de asilo não pode ser invocado no caso de processo realmente existente por crime de direito comum ou
por atividades contrárias aos fins e aos princípios das Nações Unidas.

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59
A Lei n° 4.898/65 regula o Direito de Representação e o processo de Responsabilidade Administrativa Civil e Penal, nos
casos de abuso de autoridade. Acerca de referida lei, assinale a alternativa correta.
a) Para os efeitos da Lei, considera-se autoridade quem exerce cargo, emprego ou função pública, de natureza civil ou
militar apenas de forma permanente e remunerada.
b) Caso haja necessidade de se aguardar decisão de ação penal ou civil, o processo administrativo poderá ser
sobrestado.

S
c) O início da ação penal depende de inquérito policial relatado e encaminhado ao órgão do Ministério Público.
d) Nos termos da lei, constitui abuso de autoridade submeter pessoa sob sua guarda ou custódia a vexame ou a
constrangimento não autorizado em lei.

O
60
Considerando a Declaração Universal dos Direitos Humanos é incorreto dizer que:

S
a) todo ser humano tem o direito de deixar qualquer país, inclusive o próprio, e a este regressar.
b) todo ser humano tem direito à liberdade de locomoção e residência dentro das fronteiras de cada Estado.
c) todo homem tem direito a uma nacionalidade.

R
d) Todo ser humano, ressalvados os casos legais, tem direito a igual remuneração por igual trabalho.
U
Noções de Informática
01
C

São exemplos de atalhos padrão disponíveis na seção “Favoritos” do Windows Explorer do Microsoft Windows 7,
versão português, EXCETO:
a) Área de Trabalho.
N

b) Documentos.
c) Downloads.
IO

d) Locais.

02
A opção do grupo “Incluir” da guia “MENSAGEM” da janela de edição de uma nova mensagem no Microsoft Outlook,
R

versão português do Office 2013, que permite, por exemplo, enviar um documento do Word como anexo em uma
mensagem é:
O

a) Anexar Arquivo.
b) Anexar Documento.
c) Anexar Item.
d) Incluir Arquivo.

03

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São exemplos de bibliotecas padrão acessíveis no Windows Explorer do Microsoft Windows 7, versão português, para
acessar arquivos e pastas, EXCETO:

a) O ícone corresponde à biblioteca “Documentos”.

b) O ícone corresponde à biblioteca “Downloads”.

c) O ícone corresponde à biblioteca “Imagens”.

S
d) O ícone corresponde à biblioteca “Vídeos”.

O
04
Analise as seguintes afirmativas sobre as opções disponíveis na guia “MENSAGEM” quando uma mensagem enviada

S
pelo Microsoft Outlook, versão português do Office 2013, estiver aberta na tela do computador:

I – Para “Encaminhar” a mensagem a outros destinatários, basta acionar o atalho de teclado “Ctrl + Shift + R”.

R
II – Para encaminhar a mensagem como um anexo de uma nova mensagem, basta selecionar a opção “Mais” do grupo
“Responder” e, em seguida, selecionar a opção “Encaminhar como Anexo”.
III – Para cancelar uma mensagem enviada, basta acionar a opção “Ações” do grupo “Mover” e, em seguida, selecionar
U
a opção “Cancelar Mensagem Enviada...”.

Estão CORRETAS as afirmativas:


C

a) I e II, apenas.

b) I e III, apenas.
c) I, II e III.
N

d) II e III, apenas.

05
IO

Em relação às opções disponíveis na guia “Pasta” do Microsoft Outlook, versão português do Office 2010, correlacione
as colunas a seguir:
R

Ícone da opção

I.
O

II.

III.

IV.

Opção
( ) Marcar todas como lidas

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( ) Mostrar em favoritos
( ) Nova pasta
( ) Propriedades da pasta

Está CORRETA a seguinte sequência de respostas:


a) II, I, IV, III.

b) II, IV, I, III.


c) III, IV, I, II.

S
d) IV, III, II, I.

06

O
O firewall no Microsoft Windows 7, versão português, ajuda a impedir que hackers ou programas maliciosos obtenham
acesso ao computador pela Internet ou por uma rede. A opção de ativação ou desativação do “Firewall do Windows”
pode ser encontrada no Painel de Controle dentro da categoria:

S
a) Contas de Usuário e Segurança Familiar
b) Programas
c) Rede e Internet
d) Sistema e Segurança
R
U
07
Opção disponível no Windows Explorer do Microsoft Windows 7, versão português, para exibir o “Painel de
C

Visualização”:
N

a)
IO

b)
R

c)
O

d)

08
Em relação às ferramentas de mídias sociais, correlacione as colunas a seguir:
Ferramenta de mídia social
I. Facebook

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II. Instagram
III. Twitter .
IV. Linkedin

Característica
( ) Rede social da categoria microblog.
( ) Rede social fundada por Mark Zuckerberg.
( ) Rede social de negócios, voltada principalmente para fins profissionais

S
( ) Rede social focada principalmente no compartilhamento de fotos e vídeos.
Está CORRETA a seguinte sequência de respostas:

O
a) I, III, IV, II.

b) III, I, IV, II.


c) III, II, IV, I.

S
d) IV, I, II, III.

09

R
Analise as seguintes afirmativas sobre os atalhos de teclado do Windows Explorer do Microsoft Windows 7, versão
português:
U
I – “Ctrl+A” pode ser utilizado para selecionar todo o conteúdo de uma pasta.
II – “Ctrl+Y” pode ser utilizado para desfazer a última operação realizada.
III – “Ctrl+Z” pode ser utilizado para repetir a última operação realizada.
C

Está CORRETO o que se afirma em:


a) I, apenas.

b) I e II, apenas.
N

c) II e III, apenas.
d) I, II e III.

10
IO

São exemplos específicos de um navegador da internet e uma ferramenta de correio eletrônico, respectivamente:
a) Google Chrome e Microsoft Outlook
R

b) Internet Explorer e Google Chrome


c) Microsoft Outlook e Internet Explorer
O

d) Mozilla Firefox e Google Chrome

11
Em relação às ferramentas de mídias sociais, correlacione as colunas a seguir:
Ferramenta de mídia social Característica
I. Facebook ( ) Rede social da categoria microblog.
II. Instagram ( ) Rede social fundada por Mark Zuckerberg.

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III. Twitter ( ) Rede social de negócios, voltada principalmente para fins


profissionais.
IV. Linkedin ( ) Rede social focada principalmente no compartilhamento de fotos e
vídeos.
Está CORRETA a seguinte sequência de respostas:
a) I, III, IV, II.

b) III, I, IV, II.


c) III, II, IV, I.

S
d) IV, I, II, III.

12

O
Analise as seguintes afirmativas sobre configurações disponíveis no “Painel de Controle” do Microsoft Windows 7,
versão português:

S
I – “Fazer backup do computador” é uma opção da categoria “Programas”.

R
II – “Adicionar um dispositivo” é uma opção da categoria “Hardware e Sons”.

III – “Alterar o tema” é uma opção da categoria “Aparência e Personalização”.


U
Estão CORRETAS as afirmativas:
C

a) I, II e III.
b) I e II, apenas.
c) I e III, apenas.
N

d) II e III, apenas.

13
IO

Analise as seguintes afirmativas sobre configurações disponíveis no “Painel de Controle” do Microsoft Windows 7,
versão português:

I – “Fazer backup do computador” é uma opção da categoria “Programas”.


R

II – “Adicionar um dispositivo” é uma opção da categoria “Hardware e Sons”.

III – “Alterar o tema” é uma opção da categoria “Aparência e Personalização”.


O

Estão CORRETAS as afirmativas:


a) I, II e III.
b) I e II, apenas.
c) I e III, apenas.
d) II e III, apenas.

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14
Analise as seguintes afirmativas sobre as opções disponíveis na guia “Página Inicial”, ou nos menus acionados a partir
dessa guia, no Microsoft Outlook, versão português do Office 2010

I – O ícone pode ser utilizado para criar um novo compromisso.

II – O ícone pode ser utilizado para criar uma nova reunião.

S
III – O ícone pode ser utilizado para criar uma nova tarefa.

O
Estão CORRETAS as afirmativas
a) I, II e III.

b) I e II, apenas.

S
c) I e III, apenas.
d) II e III, apenas.

15
R
U
Considere a figura abaixo do Windows Explorer do Microsoft Windows 7, versão português
C
N
IO

São opções disponíveis no botão “Organizar” em destaque, EXCETO:


R

a) Mapear unidade de rede

b) Layout
O

c) Propriedades
d) Opções de pasta e pesquisa

16
A possibilidade de alteração do fuso horário pode ser feita no “Painel de Controle” do Microsoft Windows 7, versão
português, dentro da categoria:

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a) Aparência e Personalização.
b) Facilidade de Acesso.
c) Relógio, Idioma e Região.
d) Sistema e Segurança.

17
São informações que aparecem no rodapé da janela “Gerenciador de Tarefas do Windows” do Microsoft Windows 7,

S
versão português, independente da guia selecionada, EXCETO:
a) Memória Física.
b) Processos.

O
c) Uso de CPU.
d) Usuários conectados.

S
18
Na janela de edição de mensagens do Microsoft Outlook, versão português do Office 2010, uma mensagem pode ser

R
marcada com “Alta Prioridade” na guia “Marcas” pelo ícone:
U
a)
C

b)
N

c)
IO

d)

19
R

A opção “Dispositivos e Impressoras” pode ser encontrada no “Painel de Controle” do Microsoft Windows 7, versão
português, dentro da categoria:
O

a) Aparência e Personalização.
b) Hardware e Sons.
c) Rede e Internet.
d) Sistema e Segurança.

20

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Analise as seguintes afirmativas sobre as opções disponíveis na guia “Página Inicial” do Microsoft Outlook, versão
português do Office 2010:

I– Permite mover ou copiar um item.

S
II – Permite responder ao remetente.

O
III – Permite encaminhar o item.

S
Estão CORRETAS as afirmativas:
a) I, II e III.
b) I e II, apenas.
c) I e III, apenas.
R
U
d) II e III, apenas.
C

21
A tecla de atalho usada para selecionar todo o conteúdo de uma pasta no Windows Explorer do Microsoft Windows
7, versão português, é
N

a) Ctrl+A
b) Ctrl+P
IO

c) Ctrl+S
d) Ctrl+T

22
R

Analise as seguintes afirmativas sobre as teclas de atalho do Microsoft Outlook, versão português do Office 2010:
O

I – “Ctrl+U" marca como não lida uma mensagem lida.

II – “Ctrl+F" permite encaminhar a mensagem selecionada.

III – “Ctrl+E" exclui a mensagem selecionada.

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Estão CORRETAS as afirmativas:


a) I, II e III.
b) I e II, apenas.
c) I e III, apenas.
d) II e III, apenas.

S
23
Considere a figura abaixo sobre o Windows Explorer do sistema operacional Microsoft Windows 7, versão português:

O
S
R
U
C

O modo de exibição da pasta apresentada pela figura é:


a) Lista.
N

b) Lado a Lado.
c) Detalhes.
IO

d) Conteúdo.

24
São tipos de permissões que podem ser configuradas a partir da guia “Segurança” da janela “Propriedades”, acionada
R

pelo menu de contexto de um arquivo no Windows Explorer do Microsoft Windows 7, versão português, EXCETO:
a) Controle total
O

b) Excluir
c) Gravar
d) Modificar

25
Assinale o sistema de gerenciamento de nomes que traduz URLs em endereços IP:

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a) DNS
b) DHCP
c) Gateway
d) IMAP

26
Analise as afirmativas a seguir sobre a planilha do Microsoft Excel, versão português do Office 2007:

S
O
S
I – O conteúdo da célula C1 pode ser “=A1-B1".
R
U
II – O conteúdo da célula C2 pode ser “=SOMA(A1;C1)".
C

III – O conteúdo da célula C3 pode ser “=SOMA(A1:B3)".


N

Estão CORRETAS as afirmativas:


a) I e II, apenas.
IO

b) I e III, apenas.
c) II e III, apenas.
d) I, II e III.
R

27
O

Em relação aos tipos de gráficos disponíveis na Guia Inserir do Microsoft Excel, versão português do Office 2007,
correlacione as colunas, numerando os parênteses:

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S
A sequência CORRETA, de cima para baixo, é:

O
a) I, II, III, IV.
b) II, I, IV, III.

S
c) II, III, IV, I.
d) III, II, IV, I.

28

R
A opção do Painel de Controle do Microsoft Windows 7, versão português, utilizada para desinstalar, alterar ou reparar
U
programas, é:
a) Ferramentas Administrativas
b) Programas e Recursos
C

c) Programas Padrão
d) Solução de problemas
N

29
Analise as afirmativas a seguir sobre a planilha do Microsoft Excel, versão português do Office 2007:
IO
R
O

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I – O conteúdo da célula C1 pode ser “=A1-B1".

II – O conteúdo da célula C2 pode ser “=SOMA(A1;C1)".

III – O conteúdo da célula C3 pode ser “=SOMA(A1:B3)".

S
Estão CORRETAS as afirmativas:

O
a) I e II, apenas.

S
b) I e III, apenas.
c) II e III, apenas.
d) I, II e III.

30
R
U
São opções disponíveis no botão Office do Microsoft Word, versão português do Office 2007, EXCETO:
a) Copiar
C

b) Novo.
c) Publicar.
d) Salvar como.
N

31
São opções disponíveis na lista exibida ao clicar na seta abaixo do botão “Colar", disponível na guia Início do Microsoft
IO

Word, versão português do Office 2007, EXCETO:


R
O

a) Colar
b) Colar como Hyperlink
c) Colar como Imagem
d) Colar Especial...

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32
Analise as seguintes afirmativas sobre as teclas de atalho do Microsoft Word, versão português do Office 2007:

I – “Ctrl+N" aplica negrito ao texto selecionado.

S
II – “Ctrl+=" aplica subscrito ao texto selecionado.

O
III – “Ctrl+S" aplica sobrescrito ao texto selecionado.

S
Estão CORRETAS as afirmativas:

R
a) I, II e III.
b) I e II, apenas.
c) I e III, apenas.
U
d) II e III, apenas.

33
C

Em relação às opções de exibição de arquivos disponíveis no Windows Explorer, do Microsoft Windows 7, versão
português, correlacione as colunas a seguir, numerando os parênteses:
N

Opção Ícone da opção


IO

I. Detalhes ()
R
O

II. Lista ()

III. Ícones Pequenos ()

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IV. Lado a Lado ()

A sequência CORRETA, de cima para baixo, é:

a) III, IV, I, II.

S
b) III, I, IV, II.
c) II, I, IV, III.
d) II, III, I, IV.

O
34
INSTRUÇÃO: Considere a figura abaixo para responder à questão:

S
R
U
C
N
IO

Analise as afirmativas a seguir sobre o Windows Explorer, versão português, do Windows 7:

I – O modo de exibição definido na figura é “Ícones Pequenos”.


R

II – O “Painel de Visualização” está sendo exibido na figura.

III – O conteúdo do diretório apresentado na figura está ordenado de forma ascendente pela coluna “Nome”.
O

Está CORRETO o que se afirma em:


a) III, apenas.

b) I e III, apenas.
c) II e III, apenas.
d) I, II e III.

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35

São modos de exibição disponíveis no botão do Windows Explorer, versão português, do Windows
7,EXCETO:
a) Conteúdo.

b) Ícones agrupados.
c) Lado a Lado.

S
d) Lista.

36

O
Em relação às opções da Guia Inserir do Microsoft Word, versão português do Office 2007, correlacione as colunas a
seguir, numerando os parênteses:
Opção Ícone da opção

S
I. SmartArt ()

R
II. Formas ()

III. Clip-art ()
U
IV. Imagem ()
C

A sequência CORRETA, de cima para baixo, é:


a) III, I, II, IV.

b) III, II, I, IV.


N

c) IV, I, II, III.


d) IV, III, II, I.
IO

37
Analise as afirmativas sobre as opções de “Comportamento de ajuste automático” disponíveis na janela “Inserir tabela”
do Microsoft Word, versão português do Office 2007:
R

I – Largura de coluna fixa: mantém a largura de cada coluna fixa em um valor específico.
O

II – Ajustar-se automaticamente ao conteúdo: os conteúdos inseridos nas células ajustam automaticamente a largura das
colunas.

III – Ajustar-se automaticamente à janela: ajusta automaticamente a tabela nas dimensões horizontal e vertical da página.

Estão CORRETAS as afirmativas:


a) I e II, apenas.

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b) I e III, apenas.
c) II e III, apenas.
d) I, II e III.

38
Considere a figura a seguir contendo opções do grupo “Fonte” da guia “Início” do Microsoft Word, versão português
do Office 2007:

S
O
As opções de formatação de fonte definidas por cada botão são, respectivamente:
a) Negrito, Itálico, Sublinhado, Ênfase, Subscrito, Sobrescrito.

b) Negrito, Itálico, Sublinhado, Relevo, Sobrescrito, Subscrito.

S
c) Negrito, Itálico, Sublinhado, Tachado, Subscrito, Sobrescrito.
d) Negrito, Itálico, Sublinhado, Contorno, Sobrescrito, Subscrito.

39
R
U
Considere a seleção do conteúdo das células A1 e A2 no Microsoft Excel, versão português do Office 2007:
C
N

Ao estender a seleção até a célula A3, a partir do canto inferior direito da célula A2, o conteúdo da célula A3 será:
a) 5

b) 6
IO

c) 9
d) 10

40
R

Considere as seguintes das células no Microsoft Excel, versão português do Office 2007:
O

O conteúdo da célula C2 pode corresponder ao resultado de todas as fórmulas a seguir, EXCETO:


a) =MAIOR(A1:C2;6)

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b) =MENOR(A1:C2;6)
c) =SOMA(A1:B2)-B2
d) =SOMA(A2:B2)

Noções de Geografia urbana e História de BH

S
01
A questão metropolitana é complexa e multifacetada. Considerando a realidade das transformações na estrutura
socioespacial da Região Metropolitana de Belo Horizonte, é INCORRETO afirmar que ocorreu:

O
a) a consolidação e o aprofundamento do padrão centroperiferia de organização do espaço metropolitano.
b) a homogeneização das variáveis do grau de integração dos municípios ao processo metropolitano.
c) o surgimento de novas formas de urbanização e de ocupação e uso do solo.

S
d) a ocorrência de múltiplos níveis de polarização, com maior intensidade de variáveis vinculadas à renda e
qualidade de vida.

02
R
U
C
N
IO
R
O

O mapa mostra o entorno da Avenida do Contorno, espaço onde ficam localizados vários pontos importantes de
Belo Horizonte. São eles:
Marque a alternativa CORRETA.
a) Hospital Santa Casa, Hospital Militar, Rodoviária, Parque Municipal, Praças Raul Soares, da Liberdade, Savassi,
Assembléia, Sete e da Estação.
b) Hospital Santa Casa, Hospital Militar, Rodoviária, Parque Municipal, Câmara dos Vereadores, Praças Raul
Soares, da Liberdade, Savassi, Assembléia e Sete.

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c) Hospital Santa Casa, Hospital Militar, Rodoviária Parque Municipal, Praças Raul Soares, da Liberdade,
Savassi,Sete e Duque de Caxias.
d) Hospital Santa Casa, Hospital Militar, Estação do Metrô de Santa Tereza, Rodoviária, Parque Municipal, Praças
Raul Soares, da Liberdade, Savassi, Assembléia e Sete.

03
O Parque Ecológico Promotor Francisco Lins do Rego, conhecido como Parque Ecológico da Pampulha, de 30
hectares de áreas verdes, oferece à população da cidade e aos turistas uma programação permanente de educação

S
ambiental, cultural, patrimonial e para o trânsito.
São características do Parque, EXCETO:

O
a) O gramado pode e deve ser pisado e utilizado para o descanso, o lazer e a contemplação da natureza.
b) uma equipe de monitores está sempre disponível. Ela está apta a orientar crianças e adultos quanto ao meio
ambiente e sua conservação, além de esclarecer dúvidas relativas à flora e fauna do Parque.

S
c) A prática de esportes é estimulada com o oferecimento de equipamentos de ginástica, pistas de caminhada e
cooper e bicicletas gratuitas.

R
d) O espaço deve ser utilizado como cenário para shows musicais, espetáculos de dança, peças teatrais e para
eventos com propósitos educativos. Atende escolas públicas e particulares nos finais de semana e feriados.

04
U
Em Lagoa Santa − município da região metropolitana de Belo Horizonte − foram localizados inúmeros
achados arqueológicos, entre eles o fóssil conhecido por Luzia, um dos mais antigos da América. Esse achado
C

contribuiu para a formulação de novas teorias sobre a ocupação do atual território brasileiro. Conteúdos como
esse, em sala de aula, permitem
a) estabelecer a verdade sobre o passado, com base em evidências históricas que possibilitam a formulação de
um conhecimento sólido e definitivo sobre a ocupação da América.
N

b) concentrar-se no estudo da História, sem a necessidade de recorrer às abordagens interdisciplinares, difíceis


de ser realizadas com os alunos ao longo do ensino básico.
c) romper com a visão eurocêntrica que marcou o ensino da História durante décadas e, assim, facilitar para o
IO

aluno a construção da ideia de diversidade que caracteriza a sociedade brasileira.


d) construir com os alunos uma interpretação linear da História, evitando-se os conceitos de ruptura e
permanência, desde a origem da humanidade até os dias de hoje.

05
R

Planejada para ser a capital de Minas, Belo Horizonte surgiu em uma época de grandes transformações. O
País vivia, por exemplo, os reflexos da abolição da escravatura e da Proclamação da República.
O

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S
A história da cidade está marcada por momentos característicos:
I. A primeira vez foi a invenção política (18971914) com a obra da República que queria superar o passado

O
colonialimperial considerado como período de atraso e estagnação.
II. A segunda vez foi a mercantil (19141950) com a privatização de serviços e o domínio dos interesses
econômicos e a horizontalização da cidade e conseqüente modernização.

S
III. A terceira foi intervenção social com a caracterização das lutas sociais que consolidouse nos anos de 80 e
90 com uma série de iniciativas democráticas populares.
Tendo por base a bibliografia acima, ASSINALE:
a) Apenas o item I está correto.
b) Apenas o item II está correto.
R
U
c) Apenas o item III está correto.
d) Apenas o item II está incorreto.
C

06
Belo Horizonte é a capital de Minas Gerais e tem uma população com cerca de 2,3milhões de habitantes. Para ser
bem administrada a cidade foi dividida em nove regionais. Assinale a alternativa abaixo que NÃO corresponde a
localização exata do Bairro, Vila ou Favela com a sua respectiva regional:
N

a) Regional Norte (Conjunto Felicidade e Vila Clóris).


b) Regional Leste (Vila Pindura Saia e Floresta).
IO

c) Regional CentroSul (Morro do Papagaio e Belvedere).


d) Regional Oeste (Cabana Pai Tomaz e Morro das Pedras).

07
R

Belo Horizonte pelo seu traçado, deveria se situar dentro da chamada avenida do Contorno, como o próprio nome
diz. Previase que por muitos anos aquele espaço seria suficiente para manter a capital das Minas Gerais. Muito
O

antes do tempo sua área foi se expandindo em todas as direções. Desde então não parou seu crescimento.
As afirmações estão corretas, EXCETO:
a) Desde os anos 70, alguns municípios de BH, obedecendo a fatores econômicos, sociais e demográficos, têm
recebido muito mais população do que enviado. Tal fenômeno é considerado por muitos como a primeira fase de
um amplo processo de desconcentração demográfica.
b) Em 1996, a população de Belo Horizonte era de cerca de 2,1 milhões de habitantes. (Fonte: Anuário Estatístico
de BH 2000)

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c) Resultado da nova Lei de Uso e Ocupação do Solo, de 1986, a verticalização atingiu várias regiões da cidade,
concentrando atividades econômicas, incrementando os problemas para o transporte e o trânsito. Belvedere,
Buritis, Castelo, Ribeiro de Abreu, Taquaril e Jatobá passaram a ser as novas opções de ocupação da cidade.
d) A cidade ainda pode crescer em grande proporção do seu limite de expansão nas regiões CentroSul, Noroeste e
Barreiro.

08
Em 17 de dezembro de 1893, Afonso Pena, na ocasião Governador de Minas Gerais (189294), promulgou a lei que
designava Belo Horizonte para ser a capital do Estado. Todos os fatos estão corretos, EXCETO:

S
a) O prazo mínimo para a transferência definitiva do governo era de 4 anos.
b) Belo Horizonte teve que ser inaugurada às pressas, ainda poeirenta e com prédios a construir.

O
c) O poder aquisitivo da população vinda de Ouro Preto foi "favorecida" e desenvolveu o setor econômico da
Capital.
d) As fases de maior crescimento corresponderam aos anos de 1905, 191213 e 191719. Aos poucos, pequenas
fábricas começaram a funcionar na cidade, ampliouse o fornecimento de energia elétrica, retomaramse as obras

S
inacabadas, expandiramse as linhas de bonde, criaramse praças e jardins e a cidade ganhou arborização.

09

R
O crescimento econômico transformou o perfil de Belo Horizonte na década de 1960. Sem respeito pela memória
da cidade, o progresso avançou sobre suas ruas, demolindo casas, erguendo arranhacéus, cobrindo tudo de asfalto.
É INCORRETO afirmar:
U
a) A "CidadeJardim" que tanto encantara os poetas, não existia como antes. Derrubaram árvores e a cidade verde
tinha ficado no passado.
b) O "Pirulito" foi retirado da Praça Sete, como parte das transformações radicais, e foi deixado no Museu Abílio
C

Barreto; e a beleza das antigas construções era transformada em pó, em seu lugar surgiam edifícios modernos,
novos e novas indústrias.
c) O crescimento das indústrias e das instituições financeiras irradiase às cidades vizinhas e à capital que também
receberam muitos investimentos e fábricas. Esse progresso fez diminuir as desigualdades e os problemas sociais
N

da época.
d) A instauração da Ditadura Militar, após o Golpe de 1964, também levou a população às ruas. Primeiro foram às
mulheres católicas que, com seus terços em punho, apoiaram o "movimento que nos livrara do perigo comunista".
IO

A manifestação foi denominada a "Marcha da Família com Deus pela Liberdade".

10
Nos anos 1980, teve início uma grande mudança nas relações do belohorizontino com sua cidade. O crescimento
R

desordenado e os problemas de perda de importantes marcos da história de Belo Horizonte, a degradação ambiental
e as desigualdades sociais foram, pouco a pouco, se tornando algumas das maiores preocupações dos cidadãos.
Uma nova mentalidade começava a surgir. Assinale a opção INCORRETA:
O

a) Em 1981, adotouse um novo sistema de transporte, na tentativa de melhorar a situação do trânsito na cidade.
b) Em 1980, a canalização do Ribeirão Arrudas pôs fim ao problema das enchentes que todos os anos causava
prejuízos ao centro da capital.
c) Foi iniciada a implantação do metrô de superfície como alternativa rápida, segura e menos poluente para o
transporte de massa.

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d) A memória da cidade começou a ser mais valorizada, com o tombamento de vários edifícios de importância
histórica. A população ganhou, ainda, diversos espaços de lazer como o Parque das Mangabeiras, inaugurado em
82, e o Mineirinho.

11
Belo Horizonte pelo seu traçado, deveria se situar dentro da chamada avenida do Contorno, como o próprio nome
diz. Previase que por muitos anos aquele espaço seria suficiente para manter a capital das Minas Gerais. Muito
antes do tempo sua área foi se expandindo em todas as direções. Desde então não parou seu crescimento.
As afirmações estão corretas, EXCETO:

S
a) Desde os anos 70, alguns municípios de BH, obedecendo a fatores econômicos, sociais e demográficos, têm
recebido muito mais população do que enviado. Tal fenômeno é considerado por muitos como a primeira fase de
um amplo processo de desconcentração demográfica.

O
b) Em 1996, a população de Belo Horizonte era de cerca de 2,1 milhões de habitantes. (Fonte: Anuário Estatístico
de BH 2000)
c) Resultado da nova Lei de Uso e Ocupação do Solo, de 1986, a verticalização atingiu várias regiões da cidade,

S
concentrando atividades econômicas, incrementando os problemas para o transporte e o trânsito. Belvedere,
Buritis, Castelo, Ribeiro de Abreu, Taquaril e Jatobá passaram a ser as novas opções de ocupação da cidade.
d) A cidade ainda pode crescer em grande proporção do seu limite de expansão nas regiões CentroSul, Noroeste e
Barreiro.

12
R
U
A política cultural da Prefeitura de Belo Horizonte, desde 1993, orientase por quatro diretrizes básicas:
I. Estender os chamados direitos culturais, ampliando o acesso de toda a população à produção e ao consumo de
cultura, garantir a preservação da memória social, bem como facilitar a participação popular nas decisões da
C

política cultural.
II. Articular os programas sociais e culturais da administração municipal, promovendo o desenvolvimento integral
de crianças e jovens envolvidos com a ação pública do município.
III. Descentralizar a ação cultural, instalando e fazendo a manutenção de centros culturais regionais, além de
N

valorizar as manifestações culturais locais.


IV. Incentivar e estimular a qualificação da produção cultural, viabilizando empreendimentos culturais estáveis e
duradouros.
IO

Para colocar em prática essas diretrizes, a Fundação Municipal de Cultura estabeleceu ações, a saber:
Todas as alternativas estão corretas, EXCETO:
a) Informação, difusão e intercâmbio cultural.
R

b) Gestão e dinamização dos espaços e serviços públicos.


c) Criação de um Serviço de Informação Turística na Pampulha.
O

d) Incentivo à leitura em Belo Horizonte.

13
Percebese na leitura "Lutas Urbanas em Belo Horizonte" de SOMARRIBA, que as grandes carências urbanas
sempre marcaram a vida de Belo Horizonte. A criação de associação de bairros e favelas foi fundamental para
melhorar a qualidade de vida da população de BH.

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S
Em relação a esse associativismo de base local, que sempre esteve presente na história de BH, podese afirmar que:
a) Cresceu quantitativamente, sem no entanto diversificar socialmente, em decorrência da própria evolução urbana
que foi lenta.

O
b) Em 1964, as formas associativas se desmobilizaram por forças da repressão sofrida.
c) É muito semelhante ao padrão desenvolvido para a cidade de São Paulo.

S
d) Tem grande participação da comunidade, o que nem sempre significa presença legítima da liderança existente.

14

R
U
C
N
IO
R
O

No trajeto turístico feito pelo ônibus do Centro para o Sion (Projeto da Belotur) podemos observar e ouvir sobre
os pontos mais importantes, EXCETO:
a) Os passageiros conhecerão dados históricos sobre a Praça Sete e as várias mudanças do monumento "Pirulito".
b) O Museu de Artes e Ofícios, a Praça Rui Barbosa (Praça da Estação), o Viaduto Santa Tereza, o Centro Cultural
de Belo Horizonte.
c) Os edifícios que compõem o conjunto arquitetônico da Praça da Liberdade e das avenidas João Pinheiro e Afonso
Pena.

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d) Vão ouvir curiosidades sobre a história, como a tradição boêmia da Rua da Bahia e a importância comercial da
Savassi.

15
Em relação à Avenida do Contorno podese dizer que:
I. Foi originalmente denominada Avenida 17 de Dezembro, em homenagem à data da promulgação da lei que
oficializou a escolha de Belo Horizonte como sede da nova Capital do Estado.
II. Foi para ser uma espécie de fronteira social entre a parte planejada e urbanizada e a área suburbana da nova
Capital.

S
III. Ficou inacabada até a década de 1940 e somente nos anos 1970 é que adquire sua configuração atual como um
dos maiores corredores de circulação, unindo vários bairros da área central.

O
IV. Temse hoje uma configuração contemporânea, constituído lugar de passagem e de consumo, oferecendo
experiências diversas e descontínuas.
Comparando o que foi afirmado sobre a Avenida do Contorno e o relatado por José Mário Barros no livro
"Permanências e Mudanças em Belo Horizonte", podese AFIRMAR:

S
a) Os itens I e II estão corretos.
b) Os itens II e III estão corretos.
c) Os itens I, II e IV estão corretos.
d) Todos os itens estão corretos.
R
U
16
Belo Horizonte é a cidade-sede e também a capital do estado de Minas Gerais. Na verdade, a cidade de Belo
C

Horizonte foi planejada para ser a capital do estado, sendo inaugurada em 1897. Qual cidade foi capital mineira
antes da inauguração de Belo Horizonte?
a) Sabará.
N

b) Barbacena.
c) Ouro Preto.
IO

d) Juiz de Fora.

17
A Igreja de São Francisco de Assis, na Pampulha em Belo Horizonte, está sendo avaliada para ser eleita um Patrimônio
R

da Humanidade pela UNESCO.


O

Assinale a alternativa que apresenta o famoso arquiteto responsável pelo seu projeto.
a) Eduardo de Almeida
b) Chico Whitaker
c) Cláudio Rossi
d) Oscar Niemeyer

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18
No dia 29 de setembro de 2015, Belo Horizonte, com apoio da Secretaria de Estado de Esportes, sediou um desafio
internacional que reuniu atletas do Brasil e da Alemanha.

Assinale a alternativa que apresenta a modalidade em disputa pelos atletas nesse evento.
a) Atletismo
b) Natação

S
c) Vela
d) Judô

O
19
A Igreja de São Francisco de Assis, na Pampulha em Belo Horizonte, está sendo avaliada para ser eleita um Patrimônio
da Humanidade pela UNESCO.

S
Assinale a alternativa que apresenta o famoso arquiteto responsável pelo seu projeto.
a) Eduardo de Almeida
b) Chico Whitaker
c) Cláudio Rossi
R
U
d) Oscar Niemeyer

20
C

No dia 29 de setembro de 2015, Belo Horizonte, com apoio da Secretaria de Estado de Esportes, sediou um desafio
internacional que reuniu atletas do Brasil e da Alemanha.

Assinale a alternativa que apresenta a modalidade em disputa pelos atletas nesse evento
N

a) Atletismo
b) Natação
IO

c) Vela
d) Judô

21
R

A Divisão geográfica do Estado de Minas Gerais (Segundo o IBGE) pode ser dada por doze mesorregiões:
Noroeste de Minas, Norte de Minas, Jequitinhonha, Vale do Mucuri, Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba,
O

Central Mineira, Metropolitana de Belo Horizonte, Vale do Rio Doce, Oeste de Minas, Sul e Sudoeste de Minas,
Campos das Vertentes e Zona da Mata, sendo as que fazem divisa com o Espírito Santo, descritas na
alternativa:
a) Jequitinhonha, Vale do Rio Doce e Zona da Mata.
b) Vale do Mucuri, Vale do Rio Doce e Zona da Mata.
c) Vale do Mucuri, Jequitinhonha e Zona da Mata.

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d) Vale do Mucuri, Vale do Rio Doce e Jequitinhonha.

S
O
S
R
U
C
N
IO
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O

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gabarito

Língua Português
Respostas 01: 02: 03: 04: 05: 06: 07: 08: 09: 10: 11: 12: 13:
14: 15: 16: 17: 18: 19: 20: 21: 22: 23: 24: 25: 26: 27: 28:
29: 30: 31: 32: 33: 34: 35: 36: 37: 38: 39: 40: 41: 42: 43:
44: 45: 46: 47: 48: 49: 50: 51: 52: 53: 54: 55: 56: 57: 58:

S
59: 60: 61: 62: 63: 64: 65: 66: 67: 68: 69: 70: 71: 72: 73:
74: 75: 76: 77: 78: 79: 80: 81: 82: 83: 84: 85: 86: 87: 88:
89: 90: 91: 92: 93: 94: 95: 96: 97: 98: 99: 100: 101: 102:

O
103: 104: 105: 106: 107: 108: 109: 110: 111: 112: 113: 114:
115: 116: 117: 118: 119: 120: 121: 122: 123: 124: 125: 126:
127: 128: 129: 130: 131: 132: 133: 134: 135: 136: 137: 138:

S
139: 140: 141: 142: 143: 144: 145: 146: 147: 148: 149: 150:
151: 152: 153: 154: 155: 156: 157: 158: 159: 160:

Legislação GM BH
Respostas 01: 02: 03: 04: 05:
14: 15: 16: 17: 18: 19: 20: R
06: 07: 08: 09: 10:
21: 22: 23: 24: 25:
11: 12: 13:
26: 27: 28:
U
29: 30: 31: 32: 33: 34: 35: 36: 37: 38: 39: 40: 41: 42: 43:
44: 45: 46: 47: 48: 49: 50: 51: 52: 53: 54: 55: 56: 57: 58:
59: 60:
C

Noções de Informática
Respostas 01: 02: 03: 04: 05: 06: 07: 08: 09: 10: 11: 12: 13:
N

14: 15: 16: 17: 18: 19: 20: 21: 22: 23: 24: 25: 26: 27: 28:
29: 30: 31: 32: 33: 34: 35: 36: 37: 38: 39: 40:
IO

Noções de Geografia urbana e História de BH


Respostas 01: 02: 03: 04: 05: 06: 07: 08: 09: 10: 11: 12:
13: 14: 15: 16: 17: 18: 19: 20: 21:
R
O

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