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Preparatória

Prefeitura de Belo Horizonte/MG

Guarda Municipal

Língua Portuguesa
1. Conhecimento gramatical de acordo com o padrão culto da língua: 1.1. Estrutura fonética: encontros
vocálicos e consonantais, dígrafo, divisão silábica, ortografia, acentuação gráfica; .............................................1
1.2. Classes de palavras: classificação, flexões nominais e verbais; ........................................................................9
1.3. Teoria Geral da Frase e sua análise: orações, períodos e funções sintáticas; .............................................. 34
1.4. Sintaxe de concordância: concordâncias verbal e nominal; ........................................................................... 46
1.5. Colocação de pronomes: próclise, mesóclise, ênclise; ..................................................................................... 49
1.6. Pontuação; ............................................................................................................................................................... 50
1.7. Crase. ........................................................................................................................................................................ 52
2. Interpretação de texto. ............................................................................................................................................. 54

Legislação
1. Constituição da República Federativa do Brasil - 1988: 1.1. Título I; 1.2. Título II/Capítulo I; 1.3. Título
III/Capítulo IV. ...................................................................................................................................................................1
2. Declaração Universal dos Direitos Humanos; ..........................................................................................................7
3. Lei Federal n° 8.069, de 13/07/1990 - Estatuto da criança e do Adolescente ECA; .........................................9
4. Lei Federal n° 10.741, de 1°/10/2003 - Estatuto do Idoso; ............................................................................... 40
5. Lei Orgânica do Município - 1990: 5.1. Título I; 5.2. Título II; 5.3. Título III/Capítulo I, II, III, IV e V; 5.4.
Título VII/Artigo 220. .................................................................................................................................................... 49
6. Lei Municipal n° 8.198, de 13/07/2001 - Uso de focinheiras em cães na via pública; ................................. 56
7. Lei Municipal n° 8.354, de 24/04/2002 - Lei do "Pit Bul"; ................................................................................. 56
8. Lei Municipal n° 8.616, de 14/07/2003 - Código de Posturas Municipais; ..................................................... 57
9. Lei Municipal nº 9.011, de 1º/01/2005. Dispõe sobre a estrutura organizacional da administração direta
do Poder Executivo e dá outras providências; .......................................................................................................... 87
10. Decreto Municipal n° 11.566, de 19/12/2003 - Designa Patrono da Guarda Municipal o Embaixador
Sérgio Vieira de Melo; ..................................................................................................................................................111
11. Decreto Municipal n° 12.639 de 23/02/2007 - Dispõe sobre alocação, denominação e atribuições dos
órgãos de terceiro grau hierárquico e respectivos subníveis da estrutura organizacional da Administração
Direta do Executivo, na Secretaria Municipal de Segurança Urbana e Patrimonial e dá outras providências;
.........................................................................................................................................................................................111
12. Lei Municipal 9.319, de 19 de janeiro de 2007 – Estatuto da Guarda Municipal de Belo Horizonte. .....120
Questões .........................................................................................................................................................................140

Noções de Geografia Urbana


UNIDADE I 1.1. Introdução; 1.2. Belo Horizonte, características do município: dimensões; população; 1.3.
Concepção urbanística inicial; 1.4. As grandes avenidas dentro do Contorno; 1.5. As principais ruas do centro:
características, sentido e nomes. ...................................................................................................................................1
UNIDADE II 2.1. A expansão da cidade além dos limites da Av. do Contorno; 2.2. Estradas de fazendas que se
transformaram em ruas. ..................................................................................................................................................4

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UNIDADE III 3.1. As grandes avenidas que saem da Av. do Contorno; 3.2. As avenidas sanitárias: avenidas
construídas sobre ou nas margens de córregos e ribeirões; 3.3. As principais avenidas dos bairros. .............6
UNIDADE IV 4.1. Os acessos e saídas da cidade; 4.2. As rodovias federais e estaduais. ......................................9
UNIDADE V 5.1. Os municípios da Grande Belo Horizonte - características - áreas conurbadas. ................... 10
UNIDADE VI 6.1. As Secretarias Regionais da PBH; localização e áreas de abrangência. ................................. 14
UNIDADE VII 7.1. Os próprios municipais; 7.2. Tipos; características; localização. .......................................... 16
UNIDADE VIII 8.1. Pontos turísticos e Monumentos de Belo Horizonte. ............................................................. 22

História de Belo Horizonte


UNIDADE I 1. A Fundação de Belo Horizonte: 1.1. Aspectos históricos e políticos de Belo Horizonte - 1897-
1930; 1.2. Belo Horizonte e a República Liberal: Elites Dirigentes e o Lugar do Povo; 1.3. O Projeto da Cidade
de Belo Horizonte: Vocação Política, Exclusão Social e Positivismo Republicano; 1.4. Os Grupos Sociais e os
Conflitos Políticos na Fundação da Cidade de Belo Horizonte. .................................................................................1
UNIDADE II 2. Belo Horizonte em Transição à Modernidade - 1930-1980: 2.1. As Fases do Desenvolvimento
Econômico de Belo Horizonte; 2.2. Desenvolvimento Econômico e as Questões Sociais, Urbana e Ambiental;
2.3. Evolução Demográfica, Social e Econômica da Nova Cidade. 2.4. O Intervencionismo Estatal e o
Desenvolvimento de Belo Horizonte; 2.5. O lugar de Belo Horizonte entre as capitais brasileiras. ..................4
UNIDADE III 3. Belo Horizonte Contemporânea: Desafios e Processos no Campo do Desenvolvimento Urbano
e Econômico-social: 3.1. Industrialização e Urbanização Belo-Horizontinas: Dilemas Atuais; 3.2. Expansão
Industrial e a Face Moderna de Belo Horizonte: Industrialização, Urbanização e Favelização; 3.3. Perspectivas
Econômicas e Culturais para Belo Horizonte. ........................................................................................................... 14

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LÍNGUA PORTUGUESA

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APOSTILAS OPÇÃO
Às vezes, a letra “x” pode representar mais de um fonema,
como na palavra táxi. Nesse caso, o “x” representa dois sons,
pois lemos “táksi”. Portanto, a palavra táxi tem quatro letras e
cinco fonemas.
Em certas palavras, algumas letras não representam nenhum
fonema, como a letra h, por exemplo, em palavras como hora,
hoje, etc., ou como as letras m e n quando são usadas apenas
1. Conhecimento gramatical para indicar a nasalização de uma vogal, como em canto, tinta,
de acordo com o padrão etc.
culto da língua: 1.1. Estrutura
Classificação dos Fonemas
fonética: encontros vocálicos e
Vogais: são fonemas que saem livremente pelo canal bucal.
consonantais, dígrafo, divisão (a, e, i, o, u)
silábica, ortografia, acentuação Consoantes: são fonemas produzidos com obstáculos à
gráfica; passagem da corrente expiratória (b, c, d, f, g, h, j, k, l, m, n, p, q,
r, s, t, v, x, w, y, z).

Semivogais: são as vogais I ou U, quando acompanhadas de


Letra e fonema
outra vogal na mesma sílaba, formando, assim, um ditongo ou
tritongo.
Fonema é som da fala. Letra é o sinal gráfico que representa
o som da fala. Exemplo: CASEIRO
O sistema fonético do português falado no Brasil registra um
número aproximado de 33 fonemas. Já o alfabeto português é Sílaba: fonema ou grupo de fonemas emitidos de uma só vez.
constituído de 26 letras. Exemplo: Acaso (a - ca - so).
O número de fonemas nem sempre é igual ao número de
letra em uma palavra: ENCONTROS VOCÁLICOS
Duas letras podem representar um só fonema - carroça; Ditongo: é o encontro de uma vogal e de uma semivogal ou
assalto; chave... vice-versa na mesma sílaba.
A letra x pode representar dois fonemas ao mesmo tempo - Os ditongos podem ser: orais ou nasais, crescentes ou
fixo (/k//s/); táxi (/k//s/) decrescentes.
Há letras que não representam fonemas, mas são apenas Ditongos orais: quando a vogal e a semivogal são orais.
símbolo de nasalidade - canto [cãto], santo [sãto]; falam [falã] Exemplo: pai - fui - partiu
Ditongos nasais: quando a vogal e a semivogal são nasais.
Observação: Exemplo: mãe - muito - quando
A letra H não corresponde a nenhum som. É apenas um Ditongos crescentes: quando constituído por uma
símbolo de aspiração, que permanece em nosso alfabeto por semivogal e uma vogal na mesma sílaba, isto é, quando a
força da etimologia e da tradição. semivogal antecede a vogal. Exemplo: lírio - história
Ditongos decrescentes: quando formados por uma vogal e
DÍGRAFO uma semivogal, isto é, a vogal antecede a semivogal. Exemplo:
Dígrafo - é o conjunto de duas letras que representam um só pai - mau
fonema. São dígrafos: Tritongos: é o encontro de uma vogal entre duas semivogais
ch - chave, achar na mesma sílaba.
lh - lhama, telha Tritongos orais: quais - averiguei - enxaguei
nh - ninho, menininho Tritongos nasais: enxáguam - saguão - deságuem
rr - terra, carro Hiatos: é o encontro de duas vogais em sílabas diferentes:
ss - isso, pássaro Exemplo: vôo (vô - o) - saúde (sa - ú - de)
gu - guincho, joguinho
qu - quiabo, aquilo CLASSIFICAÇÃO DAS VOGAIS
sc - nascer, descer 1. Quanto a zona de articulação
sç - cresça, desça * anteriores ou palatais: quando à língua se eleva
xc - excelente, excêntrico gradualmente para a frente. (/ É / - / Ê / - / I /)
*média: quando o fonema vocálico é emitido coma língua
Também são dígrafos os grupos que servem para representar baixa, quase em repouso. (/ A /)
as vogais nasais. São eles: *posteriores ou velares: quando a língua se eleva para trás.
am - campo (/ Õ / - / Ô / - / U /)
an - anta
em - embora 2. Quanto à intensidade
en - tentar * átonas - são aquelas que se pronunciam com menor
im - importar intensidade ( casa, rosa, Pelé).
in - findo * tônicas - são as que se pronunciam com maior intensidade,
om - bomba isto é, onde cai o acento tônico (casa, rosa , Pelé).
on - desponta
um - atum 3. Quanto ao Timbre
un - profundo *abertas: maior abertura do tubo vocal. (pá, pé, pó)
*fechadas: menor abertura do tubo vocal. (vê, vinda, avô,
Não confunda os fonemas com as letras. Fonema é um mundo)
elemento acústico e a letra é um sinal gráfico que representa
o fonema. Nem sempre o número de fonemas de uma palavra 4. Quanto ao papel das cavidades bucal e nasal: as vogais
corresponde ao número de letras que usamos para escrevê-la. podem ser orais e nasais
Na palavra chuva, por exemplo, temos quatro fonemas, isto é,
quatro unidades sonoras [xuva] e cinco letras. * orais: são aquelas cuja ressonância se dá na boca: ( par, fé,
Certos fonemas podem ser representados por diferentes negro, vida, voto, povo, tudo)
letras. É o caso do fonema /s/, que pode ser representado por: s * nasais: são aquelas cuja ressonância se dá no nariz (lã,
(pensar) – ss (passado) – x (trouxe) – ç (caçar) – sc (nascer) – xc pente - cinco - conto - mundo)
(excelente) – c (cinto) – sç (desço)

Língua Portuguesa 1
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APOSTILAS OPÇÃO
CLASSIFICAÇÃO DAS CONSOANTES (A) importância
1.Quanto ao modo de articulação: (B) milhares
* oclusivas: quando a corrente expiratória encontra um (C) sequer
obstáculo total (oclusão), que impede a saída do ar, explodindo (D) técnica
subitamente. / P / - / T / - / K / - / B / - / D / - / G / (E) adolescente
* constritivas: quando há um estreitamento do canal bucal,
saindo a corrente de ar apertada ou constrita, ou melhor, quando 02. Em qual das palavras abaixo a letra x apresenta não um,
o obstáculo é parcial. mas dois fonemas?
* fricativas: quando a corrente expiratória passa por uma (A) exemplo
estreita fenda, o que produz um ruído comparável a um fricção. (B) complexo
/F/-/S/-/X/-/N/-/Z/-/J/ (C) próximos
* laterais: quando a ponta ou dorso da língua se apóia (D) executivo
no palato (céu da boca), saindo a corrente de ar pelas fendas (E) luxo
laterais da boca. / L / - / LH /
* vibrantes: quando a ponta mantém com os alvéolos contato 03. Marque a opção que apresenta uma palavra classificada
intermitente, o que acarreta um movimento vibratório rápido, como trissílaba.
abrindo e fechando a passagem à corrente expiratória. / R / - / (A) Alimentação
RR / (B) Carentes
(C) Instrumento
2. Quanto ao ponto de articulação: (D) Fome
* bilabiais: quando há contato dos lábios. (E) Repetência
* labiodentais: quando há contato da ponta da língua com a
arcada dentária superior. 04. Indique a alternativa cuja sequência de vocábulos
* alveolares: quando há contato da ponta da língua com os apresenta, na mesma ordem, o seguinte: ditongo, hiato, hiato,
alvéolos dos dentes superiores. ditongo.
* palatais: quando há contato do dorso da língua com o (A) jamais / Deus / luar / daí
palato duro, ou céu da boca. (B) joias / fluir / jesuíta / fogaréu
* velares: quando há contato da parte posterior da língua (C) ódio / saguão / leal / poeira
com o palato mole, o véu palatino. (D) quais / fugiu / caiu / história

3.Quanto ao papel das cordas vocais: 05. Os vocabulários passarinho e querida possuem:
* surdas:quando são produzidas sem vibração as cordas (A) 6 e 8 fonemas respectivamente;
vocais. / P / - / T / - / K / - / F / - / S / - / X / (B)10 e 7 fonemas respectivamente;
* sonoras: quando são produzidas por vibração das cordas (C) 9 e 6 fonemas respectivamente;
vocais. (/ B / - / D / - / G / - / V / - / Z / - / J / - / L /- / LH / - / (D) 8 e 6 fonemas respectivamente;
R / - / RR / - / M / - / N / - / NH /) (E) 7 e 6 fonemas respectivamente.

4.Quanto ao papel das cavidades bucal e nasal: Respostas


* nasais: quando a corrente expiratória se desenvolve pela
boca e pelo nariz, em virtude do abaixamento do véu palatino. / 01. (D) (Em d, a palavra possui 7 fonemas e 7 letras. Nas
M / - / N / - / NH / demais alternativas, tem-se: a) 10 fonemas / 11 letras; b) 7
*orais: quando a corrente expiratória sai exclusivamente fonemas / 8 letras; c) 5 fonemas / 6 letras; e) 9 fonemas / 11
pela boca. letras).

ENCONTRO CONSONANTAL 02. (B) (a palavra complexo, o x equivale ao fonema /ks/).


É o encontro de duas ou mais consoantes na mesma sílaba
ou em sílabas diferentes Exemplo: su-bli-me 03. (B)
(A) Alimentação = a-li-men-ta-ção - polissílaba
DÍGRAFO OU DIGRAMA (B) Carentes = ca-ren-tes - trissílaba
É o grupo de duas letras que representam um só fonema. Os (C) Instrumento = ins-tru-men-to - polissílaba
dígrafos podem ser consonantais ou vocálicos. (D) Fome = fo-me - dissílaba
Dígrafos consonantais: CH, LH, NH, RR, SS, SC, SÇ. XC, XS, (E) Repetência = re-pe-tên-cia – polissílaba
QU, GU.
Dígrafos vocálicos: AM ou AN, EM ou EN, IM ou IN, OM ou 04. (B) (Observe os encontros: oi, u - i, u - í e eu).
ON, UM ou UN.
05. (D)
LETRAS (DIACRÍTICA E ETIMOLÓGICA) Sílaba
Diacrítica: é a segunda letra de dígrafo. Exemplo: chave -
campo A palavra amor está dividida em grupos de fonemas
Etimológica: é o h sem valor fonético . Exemplo: hoje - haver. pronunciados separadamente: a - mor. A cada um desses grupos
pronunciados numa só emissão de voz dá-se o nome de sílaba.
CONTAGEM DE FONEMAS Em nossa língua, o núcleo da sílaba é sempre uma vogal: não
1.dígrafo: vale 1 fonema existe sílaba sem vogal e nunca há mais do que uma vogal em 
2.x - ks: vale 2 fonemas cada sílaba. Dessa forma, para sabermos o número de sílabas
3.letra etimológica: não valem fonema algum de uma palavra, devemos perceber quantas vogais tem essa
4.Exemplos: (chave -> 5 letras e 4 fonemas) (fixo -> 4 letras e palavra. Atenção: as letras i e u (mais raramente com as letras e
5 fonemas) (hoje -> 4 letras e 3 fonemas). e o) podem representar semivogais.
 
Fonte: http://www.mundovestibular.com.br/articles/2445/1/ Classificação das palavras quanto ao número de sílabas
CLASSIFICACAO-DOS-FONEMAS/Paacutegina1.html - Monossílabas: possuem apenas uma sílaba. Exemplos: mãe,
flor, lá, meu;
Questões - Dissílabas: possuem duas sílabas. Exemplos: ca-fé, i-ra, a-í,
trans-por;
01. A palavra que apresenta tantos fonemas quantas são as - Trissílabas: possuem três sílabas. Exemplos: ci-ne-ma, pró-
letras que a compõem é: xi-mo, pers-pi-caz, O-da-ir;

Língua Portuguesa 2
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APOSTILAS OPÇÃO
- Polissílabas: possuem quatro ou mais sílabas. Exemplos: 02-Assinale o item em que a separação silábica é incorreta:
a-ve-ni-da, li-te-ra-tu-ra, a-mi-ga-vel-men-te, o-tor-ri-no-la-rin- A) psi-có-ti-co;
go-lo-gis-ta. B) per-mis-si-vi-da-de;
C) as-sem-ble-ia;
Divisão Silábica D) ob-ten-ção;
Na divisão silábica das palavras, cumpre observar as E) fa-mí-li-a.
seguintes normas:
- Não se separam os ditongos e tritongos. Exemplos: foi-ce, 03-Assinale o item em que todos os vocábulos têm as sílabas
a-ve-ri-guou; corretamente separadas:
- Não se separam os dígrafos ch, lh, nh, gu, qu. Exemplos: cha- A) al-dei-a, caa-tin-ga , tran-si-ção;
ve, ba-ra-lho, ba-nha, fre-guês, quei-xa; B) pro-sse-gui-a, cus-tó-dia, trans-ver-sal;
- Não se separam os encontros consonantais que iniciam C) a-bsur-do, pra-ia, in-cons-ci-ên-cia;
sílaba. Exemplos: psi-có-lo-go, re-fres-co; D) o-ccip-tal, gra-tui-to, ab-di-car;
- Separam-se as vogais dos hiatos. Exemplos: ca-a-tin-ga, fi- E) mis-té-ri-o, ap-ti-dão, sus-ce-tí-vel.
el, sa-ú-de;
- Separam-se as letras dos dígrafos rr, ss, sc, sç xc. Exemplos: 04-Assinale o item em que todas as sílabas estão
car-ro, pas-sa-re-la, des-cer, nas-ço, ex-ce-len-te; corretamente separadas:
- Separam-se os encontros consonantais das sílabas internas, A) a-p-ti-dão;
excetuando-se aqueles em que a segunda consoante é l ou r. B) so-li-tá-rio;
Exemplos: ap-to, bis-ne-to, con-vic-ção, a-brir, a-pli-car. C) col-me-i-a;
D) ar-mis-tí-ci-o;
Acento Tônico E) trans-a-tlân-ti-co.
Na emissão de uma palavra de duas ou mais sílabas, percebe-
se que há uma sílaba de maior intensidade sonora do que as 05- Assinale o item em que a divisão silábica está errada:
demais. A) tran-sa-tlân-ti-co / de-sin-fe-tar;
calor - a sílaba lor é a de maior intensidade. B) subs-ta-be-le-cer / de-su-ma-no;
faceiro - a sílaba cei é a de maior intensidade. C) cis-an-di-no / sub-es-ti-mar;
sólido - a sílaba só é a de maior intensidade. D) ab-di-ca-ção / a-bla-ti-vo;
Obs.: a presença da sílaba de maior intensidade nas palavras, E) fri-is-si-mo / ma-ci-is-si-mo.
em meio à sílabas de menor intensidade, é um dos elementos
que dão melodia à frase. Respostas
  01-E / 02-C / 03-E / 04-B / 05-C
Classificação da sílaba quanto à intensidade
-Tônica: é a sílaba pronunciada com maior intensidade. Ortografia
- Átona:  é a sílaba pronunciada com menor intensidade.
- Subtônica: é a sílaba de intensidade intermediária. Ocorre, A ortografia se caracteriza por estabelecer padrões para a
principalmente, nas palavras derivadas, correspondendo à forma escrita das palavras. Essa escrita está relacionada tanto
tônica da palavra primitiva.  a critérios etimológicos (ligados à origem das palavras) quanto
fonológicos (ligados aos fonemas representados). É importante
Classificação das palavras quanto à posição da sílaba compreender que a ortografia é fruto de uma convenção. A
tônica forma de grafar as palavras é produto de acordos ortográficos
De acordo com a posição da sílaba tônica, os vocábulos que envolvem os diversos países em que a língua portuguesa é
da língua portuguesa que contêm  duas ou mais sílabas são oficial. A melhor maneira de treinar a ortografia é ler, escrever e
classificados em: consultar o dicionário sempre que houver dúvida.
- Oxítonos: são aqueles cuja sílaba tônica é a última. Exemplos:
avó, urubu, parabéns O Alfabeto
- Paroxítonos: são aqueles cuja sílaba tônica é a penúltima. O alfabeto da língua portuguesa é formado por 26 letras. Cada
Exemplos: dócil, suavemente, banana letra apresenta uma forma minúscula e outra maiúscula. Veja:
- Proparoxítonos: são aqueles cuja sílaba tônica é a
antepenúltima. Exemplos: máximo, parábola, íntimo a A (á) b B (bê)
c C (cê) d D (dê)
Saiba que: e E (é) f F (efe)
- São palavras oxítonas, entre outras: cateter, mister, Nobel, g G (gê ou guê) h H (agá)
novel, ruim, sutil, transistor, ureter. i I (i) j J (jota)
- São palavras paroxítonas, entre outras: avaro, aziago, k K (cá) l L (ele)
boêmia, caracteres, cartomancia, celtibero, circuito, decano, m M (eme) n N (ene)
filantropo, fluido, fortuito, gratuito, Hungria, ibero, impudico, o O (ó) p P (pê)
inaudito, intuito, maquinaria, meteorito, misantropo, necropsia q Q (quê) r R (erre)
(alguns dicionários admitem também necrópsia), Normandia, s S (esse) t T (tê)
pegada, policromo, pudico, quiromancia, rubrica, subido (a). u U (u) v V (vê)
- São palavras proparoxítonas, entre outras: aerólito, bávaro, w W (dáblio) x X (xis)
bímano, crisântemo, ímprobo, ínterim, lêvedo, ômega, pântano, y Y (ípsilon) z Z (zê)
trânsfuga.
- As seguintes palavras, entre outras, admitem dupla Observação: emprega-se também o ç, que representa o
tonicidade: acróbata/acrobata, hieróglifo/hieroglifo, Oceânia/ fonema /s/ diante das letras: a, o, e u em determinadas palavras.
Oceania, ortoépia/ortoepia, projétil/projetil, réptil/reptil,
zângão/zangão. Emprego das letras K, W e Y
Questões: Utilizam-se nos seguintes casos:
a) Em antropônimos originários de outras línguas e seus
01-Assinale o item em que a divisão silábica é incorreta: derivados.
A) gra-tui-to; Exemplos: Kant, kantismo; Darwin, darwinismo; Taylor,
B) ad-vo-ga-do; taylorista.
C) tran-si-tó-ri-o;
D) psi-co-lo-gi-a; b) Em topônimos originários de outras línguas e seus
E) in-ter-stí-cio. derivados.

Língua Portuguesa 3
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APOSTILAS OPÇÃO
Exemplos: Kuwait, kuwaitiano. laranja- laranjeira loja- lojista lisonja -
lisonjeador nojo- nojeira
c) Em siglas, símbolos, e mesmo em palavras adotadas como cereja- cerejeira varejo- varejista rijo- enrijecer
unidades de medida de curso internacional. jeito- ajeitar
Exemplos: K (Potássio), W (West), kg (quilograma), km
(quilômetro), Watt. 4) Nos seguintes vocábulos:
berinjela, cafajeste, jeca, jegue, majestade, jeito, jejum, laje,
Emprego de X e Ch traje, pegajento
Emprega-se o X:
1) Após um ditongo. Emprego das Letras S e Z
Exemplos: caixa, frouxo, peixe Emprega-se o S:
Exceção: recauchutar e seus derivados 1) Nas palavras derivadas de outras que já apresentam s no
radical
2) Após a sílaba inicial “en”.
Exemplos: enxame, enxada, enxaqueca Exemplos:
Exceção: palavras iniciadas por “ch” que recebem o prefixo análise- analisar catálise- catalisador
“en-” casa- casinha, casebre liso- alisar
Exemplos: encharcar (de charco), enchiqueirar (de chiqueiro),
encher e seus derivados (enchente, enchimento, preencher...) 2) Nos sufixos -ês e -esa, ao indicarem nacionalidade, título
ou origem
3) Após a sílaba inicial “me-”. Exemplos:
Exemplos: mexer, mexerica, mexicano, mexilhão burguês- burguesa inglês- inglesa
Exceção: mecha chinês- chinesa milanês- milanesa

4) Em vocábulos de origem indígena ou africana e nas palavras 3) Nos sufixos formadores de adjetivos -ense, -oso e -osa
inglesas aportuguesadas. Exemplos:
Exemplos: abacaxi, xavante, orixá, xará, xerife, xampu catarinense gostoso- gostosa amoroso- amorosa
palmeirense gasoso- gasosa teimoso- teimosa
5) Nas seguintes palavras:
bexiga, bruxa, coaxar, faxina, graxa, lagartixa, lixa, lixo, puxar, 4) Nos sufixos gregos -ese, -isa, -osa
rixa, oxalá, praxe, roxo, vexame, xadrez, xarope, xaxim, xícara, xale, Exemplos:
xingar, etc. catequese, diocese, poetisa, profetisa, sacerdotisa, glicose,
metamorfose, virose
Emprega-se o dígrafo Ch:
1) Nos seguintes vocábulos: 5) Após ditongos
bochecha, bucha, cachimbo, chalé, charque, chimarrão, Exemplos:
chuchu, chute, cochilo, debochar, fachada, fantoche, ficha, flecha, coisa, pouso, lousa, náusea
mochila, pechincha, salsicha, tchau, etc.
6) Nas formas dos verbos pôr e querer, bem como em seus
Para representar o fonema /j/ na forma escrita, a grafia derivados
considerada correta é aquela que ocorre de acordo com a origem Exemplos:
da palavra. Veja os exemplos: pus, pôs, pusemos, puseram, pusera, pusesse, puséssemos
gesso: Origina-se do grego gypsos quis, quisemos, quiseram, quiser, quisera, quiséssemos
jipe: Origina-se do inglês jeep. repus, repusera, repusesse, repuséssemos

Emprega-se o G: 7) Nos seguintes nomes próprios personativos:


1) Nos substantivos terminados em -agem, -igem, -ugem Baltasar, Heloísa, Inês, Isabel, Luís, Luísa, Resende, Sousa,
Exemplos: barragem, miragem, viagem, origem, ferrugem Teresa, Teresinha, Tomás
Exceção: pajem
8) Nos seguintes vocábulos:
2) Nas palavras terminadas em -ágio, -égio, -ígio, -ógio, -úgio abuso, asilo, através, aviso, besouro, brasa, cortesia,
Exemplos: estágio, privilégio, prestígio, relógio, refúgio decisão,despesa, empresa, freguesia, fusível, maisena, mesada,
paisagem, paraíso, pêsames, presépio, presídio, querosene,
3) Nas palavras derivadas de outras que se grafam com g raposa, surpresa, tesoura, usura, vaso, vigésimo, visita, etc.
Exemplos: engessar (de gesso), massagista (de massagem),
vertiginoso (de vertigem) Emprega-se o Z:
1) Nas palavras derivadas de outras que já apresentam z no
4) Nos seguintes vocábulos: radical
algema, auge, bege, estrangeiro, geada, gengiva, gibi, gilete, Exemplos:
hegemonia, herege, megera, monge, rabugento, vagem. deslize- deslizar razão- razoável vazio- esvaziar
raiz- enraizar cruz-cruzeiro
Emprega-se o J:
1) Nas formas dos verbos terminados em -jar ou -jear 2) Nos sufixos -ez, -eza, ao formarem substantivos abstratos a
Exemplos: partir de adjetivos
arranjar: arranjo, arranje, arranjem Exemplos:
despejar: despejo, despeje, despejem inválido- invalidez limpo-limpeza macio- maciez
gorjear: gorjeie, gorjeiam, gorjeando rígido- rigidez
enferrujar: enferruje, enferrujem frio- frieza nobre- nobreza pobre-pobreza surdo-
viajar: viajo, viaje, viajem surdez

2) Nas palavras de origem tupi, africana, árabe ou exótica 3) Nos sufixos -izar, ao formar verbos e -ização, ao formar
Exemplos: biju, jiboia, canjica, pajé, jerico, manjericão, Moji substantivos
Exemplos:
3) Nas palavras derivadas de outras que já apresentam j civilizar- civilização hospitalizar- hospitalização
Exemplos: colonizar- colonização realizar- realização

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APOSTILAS OPÇÃO
4) Nos derivados em -zal, -zeiro, -zinho, -zinha, -zito, -zita Observações sobre o uso da letra X
Exemplos: 1) O X pode representar os seguintes fonemas:
cafezal, cafezeiro, cafezinho, arvorezinha, cãozito, avezita /ch/ - xarope, vexame

5) Nos seguintes vocábulos: /cs/ - axila, nexo


azar, azeite, azedo, amizade, buzina, bazar, catequizar, chafariz,
cicatriz, coalizão, cuscuz, proeza, vizinho, xadrez, verniz, etc. /z/ - exame, exílio

6) Nos vocábulos homófonos, estabelecendo distinção no /ss/ - máximo, próximo


contraste entre o S e o Z
Exemplos: /s/ - texto, extenso
cozer (cozinhar) e coser (costurar)
prezar( ter em consideração) e presar (prender) 2) Não soa nos grupos internos -xce- e -xci-
traz (forma do verbo trazer) e trás (parte posterior) Exemplos: excelente, excitar

Observação: em muitas palavras, a letra X soa como Z. Veja os Emprego das letras E e I
exemplos: Na língua falada, a distinção entre as vogais átonas /e/ e /i /
exame exato exausto exemplo existir exótico pode não ser nítida. Observe:
inexorável

Emprego de S, Ç, X e dos Dígrafos Sc, Sç, Ss, Xc, Xs Emprega-se o E:


Existem diversas formas para a representação do fonema /S/. 1) Em sílabas finais dos verbos terminados em -oar, -uar
Observe: Exemplos:
magoar - magoe, magoes
Emprega-se o S: continuar- continue, continues
Nos substantivos derivados de verbos terminados em
“andir”,”ender”, “verter” e “pelir” 2) Em palavras formadas com o prefixo ante- (antes, anterior)
Exemplos: Exemplos: antebraço, antecipar
expandir- expansão pretender- pretensão verter-
versão expelir- expulsão 3) Nos seguintes vocábulos:
estender- extensão suspender- suspensão cadeado, confete, disenteria, empecilho, irrequieto, mexerico,
converter - conversão repelir- repulsão orquídea, etc.

Emprega-se Ç: Emprega-se o I :
Nos substantivos derivados dos verbos “ter” e “torcer” 1) Em sílabas finais dos verbos terminados em -air, -oer, -uir
Exemplos: Exemplos:
ater- atenção torcer- torção cair- cai
deter- detenção distorcer-distorção doer- dói
manter- manutenção contorcer- contorção influir- influi

Emprega-se o X: 2) Em palavras formadas com o prefixo anti- (contra)


Em alguns casos, a letra X soa como Ss Exemplos:
Exemplos: Anticristo, antitetânico
auxílio, expectativa, experto, extroversão, sexta, sintaxe, texto,
trouxe 3) Nos seguintes vocábulos:
aborígine, artimanha, chefiar, digladiar, penicilina, privilégio,
Emprega-se Sc: etc.
Nos termos eruditos
Exemplos: Emprego das letras O e U
acréscimo, ascensorista, consciência, descender, discente, Emprega-se o O/U:
fascículo, fascínio, imprescindível, miscigenação, miscível, A oposição o/u é responsável pela diferença de significado de
plebiscito, rescisão, seiscentos, transcender, etc. algumas palavras. Veja os exemplos:
comprimento (extensão) e cumprimento (saudação,
Emprega-se Sç: realização)
Na conjugação de alguns verbos soar (emitir som) e suar (transpirar)
Exemplos:
nascer- nasço, nasça Grafam-se com a letra O: bolacha, bússola, costume,
crescer- cresço, cresça moleque.
descer- desço, desça
Grafam-se com a letra U: camundongo, jabuti, Manuel, tábua
Emprega-se Ss:
Nos substantivos derivados de verbos terminados em “gredir”, Emprego da letra H
“mitir”, “ceder” e “cutir” Esta letra, em início ou fim de palavras, não tem valor fonético.
Exemplos: Conservou-se apenas como símbolo, por força da etimologia e
agredir- agressão demitir- demissão ceder- cessão da tradição escrita. A palavra hoje, por exemplo, grafa-se desta
discutir- discussão forma devido a sua origem na forma latina hodie.
progredir- progressão t r a n s m i t i r - t r a n s m i s s ã o
exceder- excesso repercutir- repercussão Emprega-se o H:
1) Inicial, quando etimológico
Emprega-se o Xc e o Xs: Exemplos: hábito, hesitar, homologar, Horácio

Em dígrafos que soam como Ss 2) Medial, como integrante dos dígrafos ch, lh, nh
Exemplos: Exemplos: flecha, telha, companhia
exceção, excêntrico, excedente, excepcional, exsudar
3) Final e inicial, em certas interjeições

Língua Portuguesa 5
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APOSTILAS OPÇÃO
Exemplos: ah!, ih!, eh!, oh!, hem?, hum!, etc. Emprego FACULTATIVO de letra maiúscula:
a) Nos nomes de logradouros públicos, templos e edifícios.
4) Em compostos unidos por hífen, no início do segundo Exemplos:
elemento, se etimológico Rua da Liberdade ou rua da Liberdade
Exemplos: anti-higiênico, pré-histórico, super-homem, etc. Igreja do Rosário ou igreja do Rosário
Edifício Azevedo ou edifício Azevedo
Observações:
1) No substantivo Bahia, o “h” sobrevive por tradição. Note que 2) Utiliza-se inicial minúscula:
nos substantivos derivados como baiano, baianada ou baianinha a) Em todos os vocábulos da língua, nos usos correntes.
ele não é utilizado. Exemplos:
carro, flor, boneca, menino, porta, etc.
2) Os vocábulos erva, Espanha e inverno não possuem a b) Nos nomes de meses, estações do ano e dias da semana.
letra “h” na sua composição. No entanto, seus derivados eruditos Exemplos:
sempre são grafados com h. Veja: janeiro, julho, dezembro, etc.
herbívoro, hispânico, hibernal. segunda, sexta, domingo, etc.
primavera, verão, outono, inverno
Emprego das Iniciais Maiúsculas e Minúsculas c) Nos pontos cardeais.
1) Utiliza-se inicial maiúscula: Exemplos:
a) No começo de um período, verso ou citação direta. Percorri o país de norte a sul e de leste a oeste.
Exemplos: Estes são os pontos colaterais: nordeste, noroeste, sudeste,
Disse o Padre Antonio Vieira: “Estar com Cristo em qualquer sudoeste.
lugar, ainda que seja no inferno, é estar no Paraíso.”
Observação: quando empregados em sua forma absoluta, os
“Auriverde pendão de minha terra, pontos cardeais são grafados com letra maiúscula.
Que a brisa do Brasil beija e balança, Exemplos:
Estandarte que à luz do sol encerra Nordeste (região do Brasil)
As promessas divinas da Esperança…” Ocidente (europeu)
(Castro Alves) Oriente (asiático)

Observações: Lembre-se:
- No início dos versos que não abrem período, é facultativo o Depois de dois-pontos, não se tratando de citação direta, usa-
uso da letra maiúscula. se letra minúscula.
Exemplo:
Por Exemplo: “Chegam os magos do Oriente, com suas dádivas: ouro,
“Aqui, sim, no meu cantinho, incenso, mirra.” (Manuel Bandeira)
vendo rir-me o candeeiro,
gozo o bem de estar sozinho Emprego FACULTATIVO de letra minúscula:
e esquecer o mundo inteiro.” a) Nos vocábulos que compõem uma citação bibliográfica.
Exemplos:
- Depois de dois pontos, não se tratando de citação direta, usa- Crime e Castigo ou Crime e castigo
se letra minúscula. Grande Sertão: Veredas ou Grande sertão: veredas
Por Exemplo: Em Busca do Tempo Perdido ou Em busca do tempo perdido
“Chegam os magos do Oriente, com suas dádivas: ouro, b) Nas formas de tratamento e reverência, bem como em
incenso, mirra.” (Manuel Bandeira) nomes sagrados e que designam crenças religiosas.
Exemplos:
b) Nos antropônimos, reais ou fictícios. Governador Mário Covas ou governador Mário Covas
Exemplos: Papa João Paulo II ou papa João Paulo II
Pedro Silva, Cinderela, D. Quixote. Excelentíssimo Senhor Reitor ou excelentíssimo senhor reitor
Santa Maria ou santa Maria.
c) Nos topônimos, reais ou fictícios. c) Nos nomes que designam domínios de saber, cursos e
Exemplos: disciplinas.
Rio de Janeiro, Rússia, Macondo. Exemplos:
Português ou português
d) Nos nomes mitológicos. Línguas e Literaturas Modernas ou línguas e literaturas
Exemplos: modernas
Dionísio, Netuno. História do Brasil ou história do Brasil
Arquitetura ou arquitetura
e) Nos nomes de festas e festividades.
Exemplos: Fonte: http://www.soportugues.com.br/secoes/fono/
Natal, Páscoa, Ramadã. fono24.php
Emprego do Porquê
f) Em siglas, símbolos ou abreviaturas internacionais.
Exemplos: Orações
ONU, Sr., V. Ex.ª. Interrogativas Exemplo:

g) Nos nomes que designam altos conceitos religiosos, (pode ser Por que devemos nos
políticos ou nacionalistas. substituído por: preocupar com o meio
Exemplos: Por por qual motivo, ambiente?
Igreja (Católica, Apostólica, Romana), Estado, Nação, Pátria, Que por qual razão)
União, etc. Exemplo:
Equivalendo
Observação: esses nomes escrevem-se com inicial minúscula a “pelo qual” Os motivos por que não
quando são empregados em sentido geral ou indeterminado. respondeu são desconhecidos.
Exemplo:
Todos amam sua pátria.

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APOSTILAS OPÇÃO
02. Assinale a opção que completa corretamente as lacunas
Exemplos:
da frase abaixo: Não sei o _____ ela está com os olhos vermelhos,
talvez seja _____ chorou.
Você ainda tem coragem de
Final de (A) porquê / porque;
Por perguntar por quê?
frases e seguidos (B) por que / porque;
Quê
de pontuação (C) porque / por que;
Você não vai? Por quê?
(D) porquê / por quê;
(E) por que / por quê.
Não sei por quê!
Exemplos: 03.
Conjunção
A situação agravou-se
que indica
porque ninguém reclamou.
explicação ou
causa
Ninguém mais o espera,
Porque porque ele sempre se atrasa.
Conjunção de
Exemplos:
Finalidade –
equivale a “para
Não julgues porque não te
que”, “a fim de Considerando a ortografia e a acentuação da norma-
julguem.
que”. padrão da língua portuguesa, as lacunas estão, correta e
Função de respectivamente, preenchidas por:
Exemplos: (A) mal ... por que ... intuíto
substantivo
– vem (B) mau ... por que ... intuito
Não é fácil encontrar o (C) mau ... porque ... intuíto
acompanhado
Porquê porquê de toda confusão. (D) mal ... porque ... intuito
de artigo ou
pronome (E) mal ... por quê ... intuito
Dê-me um porquê de sua
saída. 04. Assinale a alternativa que preenche, correta e
respectivamente, as lacunas do trecho a seguir, de acordo com
1. Por que (pergunta) a norma-padrão.
2. Porque (resposta) Além disso, ___certamente ____entre nós ____do fenômeno da
3. Por quê (fim de frase: motivo) corrupção e das fraudes.
4. O Porquê (substantivo) (A) a … concenso … acerca
(B) há … consenso … acerca
Emprego de outras palavras (C) a … concenso … a cerca
(D) a … consenso … há cerca
Senão: equivale a “caso contrário”, “a não ser”: Não fazia coisa (E) há … consenço … a cerca
nenhuma senão criticar.
Se não: equivale a “se por acaso não”, em orações adverbiais 05. Assinale a alternativa cujas palavras se apresentam
condicionais: Se não houver homens honestos, o país não sairá flexionadas de acordo com a norma-padrão.
desta situação crítica. (A) Os tabeliãos devem preparar o documento.
(B) Esses cidadões tinham autorização para portar fuzis.
Tampouco: advérbio, equivale a “também não”: Não (C) Para autenticar as certidãos, procure o cartório local.
compareceu, tampouco apresentou qualquer justificativa. (D) Ao descer e subir escadas, segure-se nos corrimãos.
Tão pouco: advérbio de intensidade: Encontramo-nos tão (E) Cuidado com os degrais, que são perigosos!
pouco esta semana.
Respostas
Trás ou Atrás = indicam lugar, são advérbios. 01. D/02. B/03. D/4-B/5-D
Traz - do verbo trazer.
Acentuação
Vultoso: volumoso: Fizemos um trabalho vultoso aqui.
Vultuoso: atacado de congestão no rosto: Sua face está A acentuação é um dos requisitos que perfazem as regras
vultuosa e deformada. estabelecidas pela Gramática Normativa. Esta se compõe de
Questões algumas particularidades, às quais devemos estar atentos,
procurando estabelecer uma relação de familiaridade e,
01. Que mexer o esqueleto é bom para a saúde já virou consequentemente, colocando-as em prática na linguagem
até sabedoria popular. Agora, estudo levanta hipóteses sobre escrita.
........................ praticar atividade física..........................benefícios
para a totalidade do corpo. Os resultados podem levar a novas Regras básicas – Acentuação tônica
terapias para reabilitar músculos contundidos ou mesmo para A acentuação tônica implica na intensidade com que são
.......................... e restaurar a perda muscular que ocorre com o pronunciadas as sílabas das palavras. Aquela que se dá de
avanço da idade. forma mais acentuada, conceitua-se como sílaba tônica. As
(Ciência Hoje, março de 2012) demais, como são pronunciadas com menos intensidade, são
denominadas de átonas.
As lacunas do texto devem ser preenchidas, correta e De acordo com a tonicidade, as palavras são classificadas
respectivamente, com: como:
(A) porque … trás … previnir
(B) porque … traz … previnir Oxítonas – São aquelas cuja sílaba tônica recai sobre a
(C) porquê … tras … previnir última sílaba.
(D) por que … traz … prevenir Ex.: café – coração – cajá – atum – caju – papel
(E) por quê … tráz … prevenir
Paroxítonas – São aquelas em que a sílaba tônica se
evidencia na penúltima sílaba.

Língua Portuguesa 7
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APOSTILAS OPÇÃO
Ex.: útil – tórax – táxi – leque – retrato – passível acentuadas: L, I N, U (aqui inclua UM =fórum), R, X, Ã, ÃO. Assim
ficará mais fácil a memorização!
Proparoxítonas - São aquelas em que a sílaba tônica se
evidencia na antepenúltima sílaba. - ditongo oral, crescente ou decrescente, seguido ou não de “s”.
Ex.: lâmpada – câmara – tímpano – médico – ônibus
água – pônei – mágoa – jóquei
Como podemos observar, mediante todos os exemplos
mencionados, os vocábulos possuem mais de uma sílaba, mas Regras especiais:
em nossa língua existem aqueles com uma sílaba somente:
são os chamados monossílabos, que, quando pronunciados, Os ditongos de pronúncia aberta “ei”, “oi” ( ditongos abertos),
apresentam certa diferenciação quanto à intensidade. que antes eram acentuados, perderam o acento de acordo com
a nova regra, mas desde que estejam em palavras paroxítonas.
Tal diferenciação só é percebida quando os pronunciamos
em uma dada sequência de palavras. Assim como podemos Cuidado: Se os ditongos abertos estiverem em uma
observar no exemplo a seguir: palavra oxítona (herói) ou monossílaba (céu) ainda são
acentuados. Mas caso não forem ditongos perdem o acento.
“Sei que não vai dar em nada, seus segredos sei de cor”. Ex.:
Antes Agora
Os monossílabos em destaque classificam-se como tônicos;
assembléia assembleia
os demais, como átonos (que, em, de).
idéia ideia
jibóia jiboia
Os Acentos Gráficos
apóia (verbo apoiar) apoia
acento agudo (´) – Colocado sobre as letras “a”, “i”, “u” e
Quando a vogal do hiato for “i” ou “u” tônicos, acompanhados
sobre o “e” do grupo “em” - indica que estas letras representam
ou não de “s”, haverá acento:
as vogais tônicas de palavras como Amapá, caí, público, parabéns.
Ex.: saída – faísca – baú – país – Luís
Sobre as letras “e” e “o” indica, além da tonicidade, timbre aberto. 
Ex.: herói – médico – céu(ditongos abertos)
Observação importante:
Não serão mais acentuados “i” e “u” tônicos, formando hiato
acento circunflexo (^) – colocado sobre as letras “a”, “e” e
quando vierem depois de ditongo: Ex.:
“o” indica, além da tonicidade, timbre fechado:
Ex.: tâmara – Atlântico – pêssego – supôs
Antes Agora
bocaiúva bocaiuva
acento grave (`) – indica a fusão da preposição “a” com
feiúra feiura
artigos e pronomes.
Ex.: à – às – àquelas – àqueles
O acento pertencente aos encontros “oo” e “ee” foi abolido.
Ex.:
trema (¨) – De acordo com a nova regra, foi totalmente
abolido das palavras. Há uma exceção: é utilizado em palavras
Antes Agora
derivadas de nomes próprios estrangeiros.
crêem creem
Ex.: mülleriano (de Müller)
vôo voo
til (~) – indica que as letras “a” e “o” representam vogais
- Agora memorize a palavra CREDELEVÊ. São os verbos que,
nasais.
no plural, dobram o “e”, mas que não recebem mais acento
Ex.: coração – melão – órgão – ímã
como antes: CRER, DAR, LER e VER.
Regras fundamentais:
Repare:
Palavras oxítonas:
1-) O menino crê em você
Acentuam-se todas as oxítonas terminadas em: “a”, “e”, “o”,
Os meninos creem em você.
“em”, seguidas ou não do plural(s):
2-) Elza lê bem!
Pará – café(s) – cipó(s) – armazém(s)
Todas leem bem!
3-) Espero que ele dê o recado à sala.
Essa regra também é aplicada aos seguintes casos:
Esperamos que os dados deem efeito!
4-) Rubens vê tudo!
Monossílabos tônicos terminados em “a”, “e”, “o”, seguidos
Eles veem tudo!
ou não de “s”.
Ex.: pá – pé – dó – há
- Cuidado! Há o verbo vir:
Ele vem à tarde!
Formas verbais terminadas em “a”, “e”, “o” tônicos, seguidas
Eles vêm à tarde!
de lo, la, los, las.
Não se acentuam o “i” e o “u” que formam hiato quando
respeitá-lo – percebê-lo – compô-lo
seguidos, na mesma sílaba, de l, m, n, r ou z:
Paroxítonas:
Ra-ul, ru-im, con-tri-bu-in-te, sa-ir, ju-iz
Acentuam-se as palavras paroxítonas terminadas em:
- i, is
Não se acentuam as letras “i” e “u” dos hiatos se estiverem
táxi – lápis – júri
seguidas do dígrafo nh:
- us, um, uns
ra-i-nha, ven-to-i-nha.
vírus – álbuns – fórum
- l, n, r, x, ps
Não se acentuam as letras “i” e “u” dos hiatos se vierem
automóvel – elétron - cadáver – tórax – fórceps
precedidas de vogal idêntica:
- ã, ãs, ão, ãos
xi-i-ta, pa-ra-cu-u-ba
ímã – ímãs – órfão – órgãos
As formas verbais que possuíam o acento tônico na raiz, com
“u” tônico precedido de “g” ou “q” e seguido de “e” ou “i” não
- Dica: Memorize a palavra LINURXÃO. Para quê? Repare que
serão mais acentuadas. Ex.:
essa palavra apresenta as terminações das paroxítonas que são

Língua Portuguesa 8
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APOSTILAS OPÇÃO
Antes Depois 05. Todas as palavras abaixo são hiatos, EXCETO:
apazigúe (apaziguar) apazigue A) saúde
argúi (arguir) argui B) cooperar
C) ruim
Acentuam-se os verbos pertencentes à terceira pessoa do D) creem
plural de: E) pouco
Respostas
ele tem – eles têm 1-B / 2-C / 3-B / 4-A / 5-E
ele vem – eles vêm (verbo vir)
1.2. Classes de palavras:
A regra prevalece também para os verbos conter, obter, reter, classificação, flexões nominais e
deter, abster. 
ele contém – eles contêm verbais;
ele obtém – eles obtêm
ele retém – eles retêm
ele convém – eles convêm Classes de Palavras

Não se acentuam mais as palavras homógrafas que antes Artigo


eram acentuadas para diferenciá-las de outras semelhantes
(regra do acento diferencial). Apenas em algumas exceções, Artigo é a palavra que, vindo antes de um substantivo, indica
como: se ele está sendo empregado de maneira definida ou indefinida.
Além disso, o artigo indica, ao mesmo tempo, o gênero e o
A forma verbal pôde (terceira pessoa do singular do número dos substantivos.
pretérito perfeito do modo indicativo) ainda continua
sendo acentuada para diferenciar-se de pode (terceira Classificação dos Artigos
pessoa do singular do presente do indicativo). Ex:
Artigos Definidos: determinam os substantivos de maneira
Ela pode fazer isso agora. precisa: o, a, os, as. Por exemplo: Eu matei o animal.
Elvis não pôde participar porque sua mão não deixou...
Artigos Indefinidos:  determinam os substantivos
O mesmo ocorreu com o verbo pôr para diferenciar da de maneira vaga:  um, uma, uns, umas. Por exemplo: Eu
preposição por. matei um animal.

- Quando, na frase, der para substituir o “por” por “colocar”, Combinação dos Artigos
então estaremos trabalhando com um verbo, portanto: “pôr”; É muito presente a combinação dos artigos definidos e
nos outros casos, “por” preposição. Ex: indefinidos com preposições. Este quadro apresenta a forma
assumida por essas combinações:
Faço isso por você.
Posso pôr (colocar) meus livros aqui? Preposições Artigos
- o, os
Questões
a ao, aos
01. “Cadáver” é paroxítona, pois: de do, dos
A) Tem a última sílaba como tônica.
B) Tem a penúltima sílaba como tônica. em no, nos
C) Tem a antepenúltima sílaba como tônica. por (per) pelo, pelos
D) Não tem sílaba tônica.
a, as um, uns uma, umas
02. Assinale a alternativa correta. à, às - -
A palavra faliu contém um:
A) hiato da, das dum, duns duma, dumas
B) dígrafo na, nas num, nuns numa, numas
C) ditongo decrescente
D) ditongo crescente pela, pelas - -

03. Em “O resultado da experiência foi, literalmente, - As formas à e às indicam a fusão da preposição  a  com o
aterrador.” a palavra destacada encontra-se acentuada pelo artigo definido  a. Essa fusão de vogais idênticas é conhecida
mesmo motivo que: por crase.
A) túnel Constatemos as circunstâncias em que os artigos se
B) voluntário manifestam:
C) até
D) insólito - Considera-se obrigatório o uso do artigo depois do numeral
E) rótulos “ambos”:
Ambos os garotos decidiram participar das olimpíadas.
04. Assinale a alternativa correta.
A) “Contrário” e “prévias” são acentuadas por serem - Nomes próprios indicativos de lugar admitem o uso do
paroxítonas terminadas em ditongo. artigo, outros não:
B) Em “interruptor” e “testaria” temos, respectivamente, São Paulo, O Rio de Janeiro, Veneza, A Bahia...
encontro consonantal e hiato.
C) Em “erros derivam do mesmo recurso mental” as palavras - Quando indicado no singular, o artigo definido pode indicar
grifadas são paroxítonas. toda uma espécie:
D) Nas palavras “seguida”, “aquele” e “quando” as partes O trabalho dignifica o homem.
destacadas são dígrafos.
E) A divisão silábica está correta em “co-gni-ti-va”, “p-si-có- - No caso de nomes próprios personativos, denotando a ideia
lo-ga” e “a-ci-o-na”. de familiaridade ou afetividade, é facultativo o uso do artigo:

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APOSTILAS OPÇÃO
O Pedro é o xodó da família. C) A navalha ia e vinha no couro esticado.
D) Haroldo ficou encantado com o andar de bailado de Joana.
- No caso de os nomes próprios personativos estarem no E) Bárbara dirigia os olhos para a lua encantada.
plural, são determinados pelo uso do artigo:
Os Maias, os Incas, Os Astecas... Respostas
1-B / 2-C / 3-D
- Usa-se o artigo depois do pronome indefinido todo(a) para
conferir uma ideia de totalidade. Sem o uso dele (o artigo), o Substantivo
pronome assume a noção de qualquer.
Toda a classe parabenizou o professor. (a sala toda) Tudo o que existe é ser e cada ser tem um nome. Substantivo é
Toda classe possui alunos interessados e desinteressados. a classe gramatical de palavras variáveis, as quais denominam
(qualquer classe) os seres. Além de objetos, pessoas e fenômenos, os substantivos
também nomeiam:
- Antes de pronomes possessivos, o uso do artigo é facultativo: -lugares: Alemanha, Porto Alegre...
Adoro o meu vestido longo. Adoro meu vestido longo. -sentimentos: raiva, amor...
- A utilização do artigo indefinido pode indicar uma ideia de -estados: alegria, tristeza...
aproximação numérica: -qualidades: honestidade, sinceridade...
O máximo que ele deve ter é uns vinte anos. -ações: corrida, pescaria...

- O artigo também é usado para substantivar palavras Morfossintaxe do substantivo


oriundas de outras classes gramaticais:
Não sei o porquê de tudo isso. Nas orações de língua portuguesa, o substantivo em geral
exerce funções diretamente relacionadas com o verbo: atua
- Nunca deve ser usado artigo  depois  do pronome relativo como núcleo do sujeito, dos complementos verbais (objeto
cujo (e flexões). direto ou indireto) e do agente da passiva. Pode ainda funcionar
Este é o homem cujo amigo desapareceu. como núcleo do complemento nominal ou do aposto, como
Este é o autor cuja obra conheço. núcleo do predicativo do sujeito ou do objeto ou como núcleo
do vocativo. Também encontramos substantivos como núcleos
- Não se deve usar artigo antes das palavras casa (no sentido de adjuntos adnominais e de adjuntos adverbiais - quando essas
de lar, moradia) e terra (no sentido de chão firme), a menos que funções são desempenhadas por grupos de palavras. 
venham especificadas.
Eles estavam em casa. Classificação dos Substantivos
Eles estavam na casa dos amigos.
Os marinheiros permaneceram em terra. 1-  Substantivos Comuns e Próprios
Os marinheiros permanecem na terra dos anões. Observe a definição:

- Não se emprega artigo antes dos pronomes de tratamento, s.f. 1: Povoação maior que vila, com muitas casas e edifícios,
com exceção de senhor(a), senhorita e dona. dispostos em ruas e avenidas (no Brasil, toda a sede de município
Vossa excelência resolverá os problemas de Sua Senhoria. é cidade). 2. O centro de uma cidade (em oposição aos bairros).

- Não se une com preposição o artigo que faz parte do nome Qualquer “povoação maior que vila, com muitas casas e
de revistas, jornais, obras literárias. edifícios, dispostos em ruas e avenidas” será chamada  cidade.
Li a notícia em O Estado de S. Paulo. Isso significa que a palavra cidade é um substantivo comum.
Substantivo Comum é aquele que designa os seres de uma
Morfossintaxe mesma espécie de forma genérica.
cidade, menino, homem, mulher, país, cachorro.
Para definir o que é artigo é preciso mencionar suas relações
com o substantivo. Assim, nas orações da língua portuguesa, Estamos voando para Barcelona.
o artigo exerce a função de adjunto adnominal do substantivo
a que se refere. Tal função independe da função exercida pelo O substantivo Barcelona designa apenas um ser da espécie
substantivo: cidade. Esse substantivo é  próprio. Substantivo Próprio:  é
aquele que designa os seres de uma mesma espécie de forma
A existência é uma poesia. particular.
Uma existência é a poesia.
Londres, Paulinho, Pedro, Tietê, Brasil.
Questões
2 - Substantivos Concretos e Abstratos
01. Determine o caso em que o artigo tem valor qualificativo:
A) Estes são os candidatos que lhe falei. LÂMPADA MALA
B) Procure-o, ele é o médico! Ninguém o supera.
C) Certeza e exatidão, estas qualidades não as tenho. Os substantivos  lâmpada  e  mala  designam seres com
D) Os problemas que o afligem não me deixam descuidado. existência própria, que são independentes de outros seres. São
E) Muito é a procura; pouca é a oferta. assim, substantivos concretos.
Substantivo Concreto: é aquele que designa o ser que existe,
02. Em qual dos casos o artigo denota familiaridade? independentemente de outros seres.
A) O Amazonas é um rio imenso.
B) D. Manuel, o Venturoso, era bastante esperto.
C) O Antônio comunicou-se com o João. Obs.: os substantivos concretos designam seres do mundo
D) O professor João Ribeiro está doente. real e do mundo imaginário.
E) Os Lusíadas são um poema épico
Seres do mundo real: homem, mulher, cadeira, cobra, Brasília,
03.Assinale a alternativa em que o uso do artigo está etc.
substantivando uma palavra. Seres do mundo imaginário: saci, mãe-d’água, fantasma, etc.
A) A liberdade vai marcar a poesia social de Castro Alves.  
B) Leitor perspicaz é aquele que consegue ler as entrelinhas. Observe agora:

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APOSTILAS OPÇÃO
Beleza exposta há dois gêneros:  masculino  e  feminino. Pertencem ao
Jovens atrizes veteranas destacam-se pelo visual. gênero masculino os substantivos que podem vir precedidos dos
artigos o, os, um, uns. Veja estes títulos de filmes:
O substantivo beleza designa uma qualidade. O velho e o mar
Substantivo Abstrato:  é aquele que designa seres que Um Natal inesquecível
dependem de outros para se manifestar ou existir. Os reis da praia
Pense bem: a beleza não existe por si só, não pode ser  
observada. Só podemos observar a beleza numa pessoa ou coisa Pertencem ao gênero feminino os substantivos que podem
que seja bela. A beleza depende de outro ser para se manifestar. vir precedidos dos artigos a, as, uma, umas:
Portanto, a palavra beleza é um substantivo abstrato. A história sem fim
Os substantivos abstratos designam estados, qualidades, Uma cidade sem passado
ações e sentimentos dos seres, dos quais podem ser abstraídos, As tartarugas ninjas
e sem os quais não podem existir.
vida (estado), rapidez (qualidade), viagem (ação), saudade Substantivos Biformes e Substantivos Uniformes
(sentimento).  
Substantivos Biformes (= duas formas):  ao indicar nomes
3 - Substantivos Coletivos de seres vivos, geralmente o gênero da palavra está relacionado
Ele vinha pela estrada e foi picado por uma abelha, outra ao sexo do ser, havendo, portanto, duas formas, uma para o
abelha, mais outra abelha. masculino e outra para o feminino. Observe: gato – gata, homem
Ele vinha pela estrada e foi picado por várias abelhas. – mulher, poeta – poetisa, prefeito - prefeita
Ele vinha pela estrada e foi picado por um enxame.
Substantivos Uniformes: são aqueles que apresentam uma
Note que, no primeiro caso, para indicar plural, foi necessário única forma, que serve tanto para o masculino quanto para o
repetir o substantivo: uma abelha, outra abelha, mais outra feminino. Classificam-se em:
abelha... - Epicenos: têm um só gênero e nomeiam bichos.
No segundo caso, utilizaram-se duas palavras no plural. a cobra macho e a cobra fêmea, o jacaré macho e o jacaré
No terceiro caso, empregou-se um substantivo no singular fêmea.
(enxame) para designar um conjunto de seres da mesma espécie - Sobrecomuns: têm um só gênero e nomeiam pessoas.
(abelhas). a criança, a testemunha, a vítima, o cônjuge, o gênio, o ídolo,
O substantivo enxame é um substantivo coletivo. o indivíduo.

Substantivo Coletivo:  é o substantivo comum que, mesmo - Comuns de Dois Gêneros: indicam o sexo das pessoas por
estando no singular, designa um conjunto de seres da mesma meio do artigo.
espécie. o colega e a colega, o doente e a doente, o artista e a artista.
Formação dos Substantivos Saiba que:
Substantivos Simples e Compostos - Substantivos de origem grega terminados em ema ou oma,
são masculinos.
Chuva - subst. Fem. 1 - água caindo em gotas sobre a terra. o axioma, o fonema, o poema, o sistema, o sintoma, o teorema.
- Existem certos substantivos que, variando de gênero,
O substantivo  chuva  é formado por um único elemento ou variam em seu significado.
radical. É um substantivo simples. o rádio (aparelho receptor) e a rádio (estação emissora) o
Substantivo Simples:  é aquele formado por um único capital (dinheiro) e a capital (cidade)
elemento.
Outros substantivos simples: tempo, sol, sofá, etc. Veja agora: Formação do Feminino dos Substantivos Biformes
O substantivo  guarda-chuva  é formado por dois elementos a) Regra geral: troca-se a terminação -o por -a.
(guarda + chuva). Esse substantivo é composto. aluno - aluna
Substantivo Composto: é aquele formado por dois ou mais
elementos. b) Substantivos terminados em -ês: acrescenta-se -a ao
Outros exemplos: beija-flor, passatempo. masculino.
  freguês - freguesa
Substantivos Primitivos e Derivados
Meu limão meu limoeiro, c) Substantivos terminados em -ão: fazem o feminino de três
meu pé de jacarandá... formas:
- troca-se -ão por -oa. = patrão – patroa
O substantivo  limão  é  primitivo, pois não se originou de - troca-se -ão por -ã. = campeão - campeã
nenhum outro dentro de língua portuguesa. - troca-se -ão por ona. = solteirão - solteirona
Substantivo Primitivo: é aquele que não deriva de nenhuma
outra palavra da própria língua portuguesa. Exceções: barão – baronesa ladrão- ladra sultão - sultana
O substantivo limoeiro é derivado, pois se originou a partir
da palavra limão. d) Substantivos terminados em -or:
Substantivo Derivado:  é aquele que se origina de outra - acrescenta-se -a ao masculino = doutor – doutora
palavra. - troca-se -or por -triz: = imperador - imperatriz

Flexão dos substantivos e) Substantivos com feminino em -esa, -essa, -isa:


O substantivo é uma classe variável. A palavra é variável cônsul - consulesa abade - abadessa poeta - poetisa
quando sofre flexão (variação). A palavra menino, por exemplo, duque - duquesa conde - condessa profeta - profetisa
pode sofrer variações para indicar:
Plural: meninos f) Substantivos que formam o feminino trocando o -e final
Feminino: menina por -a:
Aumentativo: meninão elefante - elefanta
Diminutivo: menininho
g) Substantivos que têm radicais diferentes no masculino e
Flexão de Gênero no feminino:
Gênero  é a propriedade que as palavras têm de indicar bode – cabra boi - vaca
sexo real ou fictício dos seres. Na língua portuguesa,

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APOSTILAS OPÇÃO
h) Substantivos que formam o feminino de maneira especial, o pijama
isto é, não seguem nenhuma das regras anteriores:
czar – czarina réu - ré Femininos
a dinamite
Formação do Feminino dos Substantivos Uniformes a áspide
a derme
- Epicenos: a hélice
Novo jacaré escapa de policiais no rio Pinheiros. a alcíone
Não é possível saber o sexo do jacaré em questão. Isso ocorre a filoxera
porque o substantivo jacaré tem apenas uma forma para indicar a clâmide
o masculino e o feminino. a omoplata
Alguns nomes de animais apresentam uma só forma para a cataplasma
designar os dois sexos. Esses substantivos são chamados de a pane
epicenos. No caso dos epicenos, quando houver a necessidade a mascote
de especificar o sexo, utilizam-se palavras macho e fêmea. a gênese
A cobra macho picou o marinheiro. a entorse
A cobra fêmea escondeu-se na bananeira. a libido

Sobrecomuns: - São geralmente masculinos os substantivos de origem


grega terminados em -ma:
Entregue as crianças à natureza. o grama (peso)
A palavra crianças refere-se tanto a seres do sexo masculino, o quilograma
quanto a seres do sexo feminino. Nesse caso, nem o artigo nem o plasma
um possível adjetivo permitem identificar o sexo dos seres a que o apostema
se refere a palavra. Veja: o diagrama
A criança chorona chamava-se João. o epigrama
A criança chorona chamava-se Maria. o telefonema
Outros substantivos sobrecomuns: o estratagema
a criatura = João é uma boa criatura. Maria é uma boa o dilema
criatura. o teorema
o cônjuge = O cônjuge de João faleceu. O o apotegma
cônjuge de Marcela faleceu o trema
o eczema
Comuns de Dois Gêneros: o edema
o magma
Motorista tem acidente idêntico 23 anos depois.
Quem sofreu o acidente: um homem ou uma mulher? Exceções: a cataplasma, a celeuma, a fleuma, etc.
É impossível saber apenas pelo título da notícia, uma vez
que a palavra motorista é um substantivo uniforme. O restante Gênero dos Nomes de Cidades:
da notícia informa-nos de que se trata de um homem.
A distinção de gênero pode ser feita através da análise do Com raras exceções, nomes de cidades são femininos.
artigo ou adjetivo, quando acompanharem o substantivo. A histórica Ouro Preto.
o colega - a colega A dinâmica São Paulo.
um jovem - uma jovem A acolhedora Porto Alegre.
artista famoso - artista famosa Uma Londres imensa e triste.

- A palavra personagem é usada indistintamente nos dois Exceções: o Rio de Janeiro, o Cairo, o Porto, o Havre.
gêneros.
a) Entre os escritores modernos nota-se acentuada Gênero e Significação:
preferência pelo masculino:
O menino descobriu nas nuvens os personagens dos contos de Muitos substantivos têm uma significação no masculino e
carochinha. outra no feminino.
b) Com referência a mulher, deve-se preferir o feminino: Observe:
O problema está nas mulheres de mais idade, que não aceitam
a personagem. o baliza (soldado que, que à frente da tropa, indica os
Não cheguei assim, nem era minha intenção, a criar uma movimentos que se deve realizar em conjunto; o que vai à frente
personagem. de um bloco carnavalesco, manejando um bastão)
- Diz-se: o (ou a) manequim Marcela, o (ou a) modelo a baliza (marco, estaca; sinal que marca um limite ou
fotográfico Ana Belmonte. proibição de trânsito)

Observe o gênero dos substantivos seguintes: o cabeça (chefe)


a cabeça (parte do corpo)
Masculinos
o tapa o cisma (separação religiosa, dissidência)
o eclipse a cisma (ato de cismar, desconfiança)
o lança-perfume
o dó (pena) o cinza (a cor cinzenta)
o sanduíche a cinza (resíduos de combustão)
o clarinete
o champanha o capital (dinheiro)
o sósia a capital (cidade)
o maracajá
o clã o coma (perda dos sentidos)
o hosana a coma (cabeleira)
o herpes

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APOSTILAS OPÇÃO
o coral (pólipo, a cor vermelha, canto em coro) - substituindo o -ão por -ões: ação - ações
a coral (cobra venenosa) - substituindo o -ão por -ães: cão - cães
- substituindo o -ão por -ãos: grão - grãos
o crisma (óleo sagrado, usado na administração da crisma e h) Os substantivos terminados em “x” ficam invariáveis: o
de outros sacramentos) látex - os látex.
a crisma (sacramento da confirmação)
o cura (pároco) Plural dos Substantivos Compostos
a cura (ato de curar) A formação do plural dos substantivos compostos depende
da forma como são grafados, do tipo de palavras que formam
o estepe (pneu sobressalente) o composto e da relação que estabelecem entre si. Aqueles que
a estepe (vasta planície de vegetação) são grafados sem hífen comportam-se como os substantivos
simples:
o guia (pessoa que guia outras) aguardente e aguardentes girassol e girassóis
a guia (documento, pena grande das asas das aves) pontapé e pontapés malmequer e malmequeres

o grama (unidade de peso) O plural dos substantivos compostos cujos elementos são
a grama (relva) ligados por hífen costuma provocar muitas dúvidas e discussões.
Algumas orientações são dadas a seguir:
o caixa (funcionário da caixa)
a caixa (recipiente, setor de pagamentos) a) Flexionam-se os dois elementos, quando formados de:
substantivo + substantivo = couve-flor e couves-flores
o lente (professor) substantivo + adjetivo = amor-perfeito e amores-perfeitos
a lente (vidro de aumento) adjetivo + substantivo = gentil-homem e gentis-homens
numeral + substantivo = quinta-feira e quintas-feiras
o moral (ânimo)
a moral (honestidade, bons costumes, ética) b) Flexiona-se somente o segundo elemento, quando
formados de:
o nascente (lado onde nasce o Sol) verbo + substantivo = guarda-roupa e guarda-roupas
a nascente (a fonte) palavra invariável + palavra variável = alto-falante e alto-
falantes
Flexão de Número do Substantivo palavras repetidas ou imitativas = reco-reco e reco-recos

Em português, há dois números gramaticais: o singular, que c) Flexiona-se somente o primeiro elemento, quando
indica um ser ou um grupo de seres, e formados de:
o plural, que indica mais de um ser ou grupo de seres. A substantivo + preposição clara + substantivo = água-de-
característica do plural é o “s” final. colônia e águas-de-colônia
substantivo + preposição oculta + substantivo = cavalo-
Plural dos Substantivos Simples vapor e cavalos-vapor
substantivo + substantivo que funciona como determinante
a) Os substantivos terminados em vogal, ditongo oral e “n” do primeiro, ou seja, especifica a função ou o tipo do termo
fazem o plural pelo acréscimo de “s”. anterior.
pai – pais ímã - ímãs hífen - hifens (sem acento, no palavra-chave - palavras-chave
plural). bomba-relógio - bombas-relógio
Exceção: cânon - cânones. notícia-bomba - notícias-bomba
homem-rã - homens-rã
b) Os substantivos terminados em “m” fazem o plural em
“ns”. d) Permanecem invariáveis, quando formados de:
homem - homens. verbo + advérbio = o bota-fora e os bota-fora
verbo + substantivo no plural = o saca-rolhas e os saca-rolhas
c) Os substantivos terminados em “r” e “z” fazem o plural
pelo acréscimo de “es”. e) Casos Especiais
revólver – revólveres raiz - raízes o louva-a-deus e os louva-a-deus
Atenção: O plural de caráter é caracteres. o bem-te-vi e os bem-te-vis
o bem-me-quer e os bem-me-queres
d) Os substantivos terminados em al, el, ol, ul flexionam-se o joão-ninguém e os joões-ninguém.
no plural, trocando o “l” por “is”.
quintal - quintais caracol – caracóis hotel - hotéis Plural das Palavras Substantivadas
Exceções: mal e males, cônsul e cônsules.
As palavras substantivadas, isto é, palavras de outras classes
e) Os substantivos terminados em “il” fazem o plural de duas gramaticais usadas como substantivo, apresentam, no plural, as
maneiras: flexões próprias dos substantivos.
- Quando oxítonos, em “is”: canil - canis Pese bem os prós e os contras.
- Quando paroxítonos, em “eis”: míssil - mísseis. O aluno errou na prova dos noves.
Obs.: a palavra réptil pode formar seu plural de duas Ouça com a mesma serenidade os sins e os nãos.
maneiras: répteis ou reptis (pouco usada). Obs.: numerais substantivados terminados em “s” ou “z” não
variam no plural.
f) Os substantivos terminados em “s” fazem o plural de duas Nas provas mensais consegui muitos seis e alguns dez.
maneiras:
- Quando monossilábicos ou oxítonos, mediante o acréscimo Plural dos Diminutivos
de “es”: ás – ases / retrós - retroses
- Quando paroxítonos ou proparoxítonos, ficam invariáveis: Flexiona-se o substantivo no plural, retira-se o “s” final e
o lápis - os lápis / o ônibus - os ônibus. acrescenta-se o sufixo diminutivo.
pãe(s) + zinhos = pãezinhos
g) Os substantivos terminados em “ao” fazem o plural de três animai(s) + zinhos = animaizinhos
maneiras. botõe(s) + zinhos = botõezinhos

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APOSTILAS OPÇÃO
chapéu(s) + zinhos = chapeuzinhos Flexão de Grau do Substantivo
farói(s) + zinhos = faroizinhos Grau é a propriedade que as palavras têm de exprimir as
tren(s) + zinhos = trenzinhos variações de tamanho dos seres. Classifica-se em:
colhere(s) + zinhas = colherezinhas
flore(s) + zinhas = florezinhas - Grau Normal - Indica um ser de tamanho considerado
mão(s) + zinhas = mãozinhas normal. Por exemplo: casa
papéi(s) + zinhos = papeizinhos
nuven(s) + zinhas = nuvenzinhas - Grau Aumentativo - Indica o aumento do tamanho do ser.
funi(s) + zinhos = funizinhos Classifica-se em:
pé(s) + zitos = pezitos Analítico = o substantivo é acompanhado de um adjetivo que
indica grandeza. Por exemplo: casa grande.
Plural dos Nomes Próprios Personativos Sintético = é acrescido ao substantivo um sufixo indicador de
aumento. Por exemplo: casarão.
Devem-se pluralizar os nomes próprios de pessoas sempre
que a terminação preste-se à flexão. - Grau Diminutivo - Indica a diminuição do tamanho do ser.
Os Napoleões também são derrotados. Pode ser:
As Raquéis e Esteres. Analítico = substantivo acompanhado de um adjetivo que
indica pequenez. Por exemplo: casa pequena.
Plural dos Substantivos Estrangeiros Sintético = é acrescido ao substantivo um sufixo indicador de
Substantivos ainda não aportuguesados devem ser escritos diminuição. Por exemplo: casinha.
como na língua original, acrescentando -se “s” (exceto quando
terminam em “s” ou “z”). Fonte: http://www.soportugues.com.br/secoes/morf/morf12.php
os shows os shorts os jazz
Substantivos já aportuguesados flexionam-se de acordo com Questões
as regras de nossa língua:
os clubes os chopes 01. A flexão de número do termo “preços-sombra” também
os jipes os esportes ocorre com o plural de
as toaletes os bibelôs (A) reco-reco.
os garçons os réquiens (B) guarda-costa.
(C) guarda-noturno.
Observe o exemplo: (D) célula-tronco.
Este jogador faz gols toda vez que joga. (E) sem-vergonha.
O plural correto seria gois (ô), mas não se usa.
02. Assinale a alternativa cujas palavras se apresentam
Plural com Mudança de Timbre flexionadas de acordo com a norma-padrão.
(A) Os tabeliãos devem preparar o documento.
Certos substantivos formam o plural com mudança de (B) Esses cidadões tinham autorização para portar fuzis.
timbre da vogal tônica (o fechado / o aberto). É um fato fonético (C) Para autenticar as certidãos, procure o cartório local.
chamado metafonia (plural metafônico). (D) Ao descer e subir escadas, segure-se nos corrimãos.
(E) Cuidado com os degrais, que são perigosos!
Singular Plural Singular Plural 03. Indique a alternativa em que a flexão do substantivo está
corpo (ô) corpos (ó) osso (ô) ossos (ó) errada:
esforço esforços ovo ovos A) Catalães.
fogo fogos poço poços B) Cidadãos.
forno fornos porto portos C) Vulcães.
fosso fossos posto postos D) Corrimões.
imposto impostos rogo rogos Respostas
olho olhos tijolo tijolos 1-D / 2-D / 3-C

Adjetivo
Têm a vogal tônica fechada (ô): adornos, almoços, bolsos,
esposos, estojos, globos, gostos, polvos, rolos, soros, etc.
Adjetivo  é a palavra que expressa uma qualidade ou
Obs.: distinga-se molho (ô) = caldo (molho de carne), de
característica do ser e se relaciona com o substantivo.
molho (ó) = feixe (molho de lenha).
Ao analisarmos a palavra bondoso, por exemplo, percebemos
que, além de expressar uma qualidade, ela pode ser colocada ao
Particularidades sobre o Número dos Substantivos
lado de um substantivo: homem bondoso, moça bondosa, pessoa
bondosa.
a) Há substantivos que só se usam no singular:
Já com a palavra bondade, embora expresse uma qualidade,
o sul, o norte, o leste, o oeste, a fé, etc.
não acontece o mesmo; não faz sentido dizer: homem bondade,
moça bondade, pessoa bondade. 
b) Outros só no plural:
Bondade, portanto, não é adjetivo, mas substantivo.
as núpcias, os víveres, os pêsames, as espadas/os paus
(naipes de baralho), as fezes.
Morfossintaxe do Adjetivo:
O adjetivo exerce sempre funções sintáticas (função dentro
c) Outros, enfim, têm, no plural, sentido diferente do singular:
de uma oração) relativas aos substantivos, atuando como adjunto
bem (virtude) e bens (riquezas)
adnominal ou como predicativo (do sujeito ou do objeto).
honra (probidade, bom nome) e honras (homenagem,
títulos)
Adjetivo Pátrio
Indica a nacionalidade ou o lugar de origem do ser. Observe
d) Usamos às vezes, os substantivos no singular, mas com
alguns deles:
sentido de plural:
Estados e cidades brasileiros:
Aqui morreu muito negro.
Celebraram o sacrifício divino muitas vezes em capelas
improvisadas. Alagoas alagoano

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APOSTILAS OPÇÃO
as regras estabelecidas para a flexão numérica dos substantivos
Amapá amapaense
simples.
Aracaju aracajuano ou aracajuense Por exemplo:
mau e maus
Amazonas amazonense ou baré
feliz e felizes
Belo Horizonte belo-horizontino ruim e ruins
boa e boas
Brasília brasiliense
Cabo Frio cabo-friense Caso o adjetivo seja uma palavra que também exerça função
de substantivo, ficará invariável, ou seja, se a palavra que estiver
Campinas campineiro ou campinense
qualificando um elemento for, originalmente, um substantivo,
ela manterá sua forma primitiva. Exemplo: a palavra  cinza  é
Adjetivo Pátrio Composto 
originalmente um substantivo; porém, se estiver qualificando
Na formação do adjetivo pátrio composto, o primeiro
um elemento, funcionará como adjetivo. Ficará, então, invariável.
elemento aparece na forma reduzida e, normalmente, erudita.
Logo: camisas cinza, ternos cinza.
Observe alguns exemplos:
Veja outros exemplos:

África afro- / Por exemplo: Cultura afro-americana Motos vinho (mas: motos verdes)
Paredes musgo (mas: paredes brancas).
Alemanha germano- ou teuto- / Por exemplo: Comícios monstro (mas: comícios grandiosos).
Competições teuto-inglesas
América américo- / Por exemplo: Companhia Adjetivo Composto
américo-africana
É aquele formado por dois ou mais elementos. Normalmente,
Bélgica belgo- / Por exemplo: Acampamentos belgo- esses elementos são ligados por hífen. Apenas o último elemento
franceses concorda com o substantivo a que se refere; os demais ficam
China sino- / Por exemplo: Acordos sino-japoneses na forma masculina, singular. Caso um dos elementos que
formam o adjetivo composto seja um substantivo adjetivado,
Espanha hispano- / Por exemplo: Mercado hispano- todo o adjetivo composto ficará invariável. Por exemplo:  a
português palavra rosa é originalmente um substantivo, porém, se estiver
Europa euro- / Por exemplo: Negociações euro- qualificando um elemento, funcionará como adjetivo. Caso se
americanas ligue a outra palavra por hífen, formará um adjetivo composto;
como é um substantivo adjetivado, o adjetivo composto inteiro
França franco- ou galo- / Por exemplo: Reuniões ficará invariável. Por exemplo:
franco-italianas
Grécia greco- / Por exemplo: Filmes greco-romanos Camisas rosa-claro.
Ternos rosa-claro.
Inglaterra anglo- / Por exemplo: Letras anglo- Olhos verde-claros.
portuguesas Calças azul-escuras e camisas verde-mar.
Itália ítalo- / Por exemplo: Sociedade ítalo- Telhados marrom-café e paredes verde-claras.
portuguesa
Observe
Japão nipo- / Por exemplo: Associações nipo- - Azul-marinho, azul-celeste, ultravioleta e qualquer adjetivo
brasileiras composto iniciado por cor-de-... são sempre invariáveis.
Portugal luso- / Por exemplo: Acordos luso-brasileiros - O adjetivo composto pele-vermelha têm os dois elementos
flexionados.
Flexão dos adjetivos
Grau do Adjetivo
O adjetivo varia em gênero, número e grau.
Os adjetivos flexionam-se em grau para indicar a
Gênero dos Adjetivos intensidade da qualidade do ser. São dois os graus do adjetivo:
o comparativo e o superlativo.
Os adjetivos concordam com o substantivo a que se referem
(masculino e feminino). De forma semelhante aos substantivos, Comparativo
classificam-se em: 
Biformes - têm duas formas, sendo uma para o masculino e Nesse grau, comparam-se a mesma característica
outra para o feminino. atribuída a dois ou mais seres ou duas ou mais características
atribuídas ao mesmo ser. O comparativo pode ser de igualdade,
Por exemplo: ativo e ativa, mau e má, judeu e judia. de  superioridade  ou de inferioridade. Observe os exemplos
abaixo:
Se o adjetivo é composto e biforme, ele flexiona no feminino
somente o último elemento. 1) Sou tão alto como você.  = Comparativo de Igualdade
Por exemplo: o moço norte-americano, a moça norte- No comparativo de igualdade, o segundo termo da
americana.  comparação é introduzido pelas palavras como, quanto ou quão.

Uniformes - têm uma só forma tanto para o masculino como 2) Sou  mais alto  (do) que  você.  = Comparativo de
para o feminino. Por exemplo: homem feliz e mulher feliz. Superioridade Analítico
Se o adjetivo é composto e uniforme, fica invariável no No comparativo de superioridade analítico, entre os dois
feminino. Por exemplo: conflito político-social e desavença substantivos comparados, um tem qualidade superior. A forma é
político-social. analítica porque pedimos auxílio a “mais...do que” ou “mais...que”.

Número dos Adjetivos 3) O Sol é  maior (do) que  a Terra.  = Comparativo de


Superioridade Sintético
Plural dos adjetivos simples Alguns adjetivos possuem, para o comparativo de
Os adjetivos simples flexionam-se no plural de acordo com superioridade, formas sintéticas, herdadas do latim.

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APOSTILAS OPÇÃO
São eles: seríssimo, precaríssimo, necessaríssimo, sem o desagradável
bom-melhor hiato i-í.
pequeno-menor Questões
mau-pior
alto-superior 01. Leia o texto a seguir.
grande-maior
baixo-inferior Violência epidêmica

Observe que:  A violência urbana é uma enfermidade contagiosa. Embora


a) As formas menor e pior são comparativos de superioridade, possa acometer indivíduos vulneráveis em todas as classes
pois equivalem a mais pequeno e mais mau, respectivamente. sociais, é nos bairros pobres que ela adquire características
b) Bom, mau, grande e pequeno têm formas sintéticas epidêmicas.
(melhor, pior, maior e menor), porém, em comparações feitas A prevalência varia de um país para outro e entre as cidades
entre duas qualidades de um  mesmo  elemento, deve-se usar de um mesmo país, mas, como regra, começa nos grandes
as formas analíticas  mais bom,  mais mau, mais grande  e  mais centros urbanos e se dissemina pelo interior.
pequeno. As estratégias que as sociedades adotam para combater a
Por exemplo: Pedro é maior do que Paulo - Comparação de violência variam muito e a prevenção das causas evoluiu muito
dois elementos. pouco no decorrer do século 20, ao contrário dos avanços
Pedro é  mais grande  que pequeno -  comparação de duas ocorridos no campo das infecções, câncer, diabetes e outras
qualidades de um mesmo elemento. enfermidades.
A agressividade impulsiva é consequência de perturbações
4) Sou  menos alto  (do) que  você.  = Comparativo de nos mecanismos biológicos de controle emocional. Tendências
Inferioridade agressivas surgem em indivíduos com dificuldades adaptativas
Sou menos passivo (do) que tolerante. que os tornam despreparados para lidar com as frustrações de
seus desejos.
Superlativo A violência é uma doença. Os mais vulneráveis são os que
tiveram a personalidade formada num ambiente desfavorável ao
O superlativo expressa qualidades num grau muito desenvolvimento psicológico pleno.
elevado ou em grau máximo. O grau superlativo pode ser A revisão de estudos científicos permite identificar três
absoluto ou relativo e apresenta as seguintes modalidades: fatores principais na formação das personalidades com maior
Superlativo Absoluto:  ocorre quando a qualidade de um inclinação ao comportamento violento:
ser é intensificada, sem relação com outros seres. Apresenta-se 1) Crianças que apanharam, foram vítimas de abusos,
nas formas: humilhadas ou desprezadas nos primeiros anos de vida.
Analítica: a intensificação se faz com o auxílio de palavras 2) Adolescentes vivendo em famílias que não lhes
que dão ideia de intensidade (advérbios). Por exemplo: O transmitiram valores sociais altruísticos, formação moral e não
secretário é muito inteligente. lhes impuseram limites de disciplina.
Sintética: a intensificação se faz por meio do acréscimo de 3) Associação com grupos de jovens portadores de
sufixos. comportamento antissocial.
Por exemplo: Na periferia das cidades brasileiras vivem milhões de crianças
O secretário é inteligentíssimo. que se enquadram nessas três condições de risco. Associados à
falta de acesso aos recursos materiais, à desigualdade social,
Observe alguns superlativos sintéticos:  esses fatores de risco criam o caldo de cultura que alimenta a
violência crescente nas cidades.
Na falta de outra alternativa, damos à criminalidade a
benéfico beneficentíssimo resposta do aprisionamento. Porém, seu efeito é passageiro: o
bom boníssimo ou ótimo criminoso fica impedido de delinquir apenas enquanto estiver
preso.
comum comuníssimo Ao sair, estará mais pobre, terá rompido laços familiares
cruel crudelíssimo e sociais e dificilmente encontrará quem lhe dê emprego. Ao
mesmo tempo, na prisão, terá criado novas amizades e conexões
difícil dificílimo mais sólidas com o mundo do crime.
doce dulcíssimo Construir cadeias custa caro; administrá-las, mais ainda.
Obrigados a optar por uma repressão policial mais ativa,
fácil facílimo aumentaremos o número de prisioneiros. As cadeias continuarão
fiel fidelíssimo superlotadas.
Seria mais sensato investir em educação, para prevenir a
Superlativo Relativo: ocorre quando a qualidade de um ser criminalidade e tratar os que ingressaram nela.
é intensificada em relação a um conjunto de seres. Essa relação Na verdade, não existe solução mágica a curto prazo.
pode ser: Precisamos de uma divisão de renda menos brutal, motivar os
De Superioridade: Clara é a mais bela da sala. policiais a executar sua função com dignidade, criar leis que
De Inferioridade: Clara é a menos bela da sala. acabem com a impunidade dos criminosos bem-sucedidos e
construir cadeias novas para substituir as velhas.
Note bem: Enquanto não aprendermos a educar e oferecer medidas
1)  O superlativo absoluto analítico é expresso por meio preventivas para que os pais evitem ter filhos que não serão
dos advérbios  muito, extremamente, excepcionalmente, etc., capazes de criar, cabe a nós a responsabilidade de integrá-los
antepostos ao adjetivo. na sociedade por meio da educação formal de bom nível, das
2)  O superlativo absoluto sintético apresenta-se sob duas práticas esportivas e da oportunidade de desenvolvimento
formas : uma erudita, de origem latina, outra popular, de origem artístico.
vernácula. A forma erudita é constituída pelo radical do adjetivo
latino +  um dos sufixos -íssimo, -imo ou érrimo. Por exemplo: (Drauzio Varella. In Folha de S.Paulo, 9 mar.2002. Adaptado)
fidelíssimo, facílimo, paupérrimo.
A forma popular é constituída do radical do adjetivo Em – características epidêmicas –, o adjetivo epidêmicas
português + o sufixo -íssimo: pobríssimo, agilíssimo. corresponde a – características de epidemias.
3) Em vez dos superlativos normais seriíssimo, precariíssimo, Assinale a alternativa em que, da mesma forma, o adjetivo
necessariíssimo, preferem-se, na linguagem atual, as formas em destaque corresponde, corretamente, à expressão indicada.

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APOSTILAS OPÇÃO
A) água fluvial – água da chuva. Pronomes Pessoais
B) produção aurífera – produção de ouro. São aqueles que substituem os substantivos, indicando
C) vida rupestre – vida do campo. diretamente as pessoas do discurso. Quem fala ou escreve
D) notícias brasileiras – notícias de Brasília. assume os pronomes “eu” ou “nós”, usa os pronomes “tu”, “vós”,
E) costela bovina – costela de porco. “você”  ou  “vocês”  para designar a quem se dirige e  “ele”, “ela”,
“eles” ou “elas” para fazer referência à pessoa ou às pessoas de
02.Não se pluraliza os adjetivos compostos abaixo, exceto: quem fala.
A) azul-celeste Os pronomes pessoais variam de acordo com as funções
B) azul-pavão que exercem nas orações, podendo ser do caso reto ou do caso
C) surda-muda oblíquo.
D) branco-gelo
Pronome Reto
03.Assinale a única alternativa em que os adjetivos não
estão no grau superlativo absoluto sintético: Pronome pessoal do caso reto é aquele que, na sentença,
A) Arquimilionário/ ultraconservador; exerce a função de sujeito ou predicativo do sujeito.
B) Supremo/ ínfimo; Nós lhe ofertamos flores.
C) Superamigo/ paupérrimo;
D) Muito amigo/ Bastante pobre Os pronomes retos apresentam flexão de número, gênero
(apenas na 3ª pessoa) e pessoa, sendo essa última a principal
Respostas flexão, uma vez que marca a pessoa do discurso. Dessa forma, o
1-B / 2-C / 3-D quadro dos pronomes retos é assim configurado:
- 1ª pessoa do singular: eu
Pronome - 2ª pessoa do singular: tu
- 3ª pessoa do singular: ele, ela
Pronome é a palavra que se usa em lugar do nome, ou a ele - 1ª pessoa do plural: nós
se refere, ou ainda, que acompanha o nome qualificando-o de - 2ª pessoa do plural: vós
alguma forma. - 3ª pessoa do plural: eles, elas
A moça era mesmo bonita. Ela morava nos meus sonhos!
[substituição do nome] Atenção: esses pronomes não costumam ser usados como
complementos verbais na língua-padrão. Frases como “Vi
A moça que morava nos meus sonhos era mesmo bonita! ele na rua”, “Encontrei ela na praça”, “Trouxeram eu até aqui”,
[referência ao nome] comuns na língua oral cotidiana, devem ser evitadas na língua
formal escrita ou falada. Na língua formal, devem ser usados os
Essa moça morava nos meus sonhos! pronomes oblíquos correspondentes: “Vi-o na rua”, “Encontrei-a
[qualificação do nome] na praça”, “Trouxeram-me até aqui”.
Grande parte dos pronomes não possuem significados Obs.: frequentemente observamos a  omissão  do pronome
fixos, isto é, essas palavras só adquirem significação dentro de reto em Língua Portuguesa. Isso se dá porque as próprias formas
um  contexto, o qual nos permite recuperar a referência exata verbais marcam, através de suas  desinências, as pessoas do
daquilo que está sendo colocado por meio dos pronomes no verbo indicadas pelo pronome reto.
ato da comunicação. Com exceção dos pronomes interrogativos Fizemos boa viagem. (Nós)
e indefinidos, os demais pronomes têm por função principal
apontar para as pessoas do discurso ou a elas se relacionar, Pronome Oblíquo
indicando-lhes sua situação no tempo ou no espaço. Em virtude
dessa característica, os pronomes apresentam uma  forma Pronome pessoal do caso oblíquo é aquele que, na sentença,
específica para cada pessoa do discurso. exerce a função de complemento verbal (objeto direto ou 
indireto) ou complemento nominal.
Minha carteira estava vazia quando eu fui assaltada.
[minha/eu: pronomes de 1ª pessoa = aquele que fala] Ofertaram-nos flores. (objeto indireto)
Obs.: em verdade, o pronome oblíquo é uma forma variante
Tua carteira estava vazia quando tu foste assaltada? do pronome pessoal do caso reto. Essa variação indica a função
[tua/tu: pronomes de 2ª pessoa = aquele a quem se fala] diversa que eles desempenham na oração: pronome reto marca
o sujeito da oração; pronome oblíquo marca o complemento da
A carteira dela estava vazia quando ela foi assaltada. oração.
[dela/ela: pronomes de 3ª pessoa = aquele de quem se fala] Os pronomes oblíquos sofrem variação de acordo com
a acentuação tônica que possuem, podendo ser átonos ou tônicos.
Em termos morfológicos, os pronomes são  palavras
variáveis  em gênero (masculino ou feminino) e em número Pronome Oblíquo Átono
(singular ou plural). Assim, espera-se que a referência através São chamados átonos os pronomes oblíquos que  não  são
do pronome seja coerente em termos de gênero e número precedidos de preposição. Possuem acentuação tônica  fraca.
(fenômeno da concordância) com o seu objeto, mesmo quando Ele me deu um presente.
este se apresenta ausente no enunciado.
O quadro dos pronomes oblíquos átonos é assim configurado:
Fala-se de Roberta. Ele  quer participar do desfile - 1ª pessoa do singular (eu): me
da nossa escola neste ano. - 2ª pessoa do singular (tu): te
[nossa: pronome que qualifica “escola” = concordância - 3ª pessoa do singular (ele, ela): o, a, lhe
adequada] - 1ª pessoa do plural (nós): nos
[neste: pronome que determina “ano” = concordância - 2ª pessoa do plural (vós): vos
adequada] - 3ª pessoa do plural (eles, elas): os, as, lhes
[ele: pronome que faz referência à “Roberta” = concordância
inadequada] Observações:
O “lhe”  é o único pronome oblíquo átono que já se
Existem seis tipos de pronomes:  pessoais, possessivos, apresenta na forma contraída, ou seja, houve a união entre o
demonstrativos, indefinidos, relativos e interrogativos. pronome “o” ou “a” e preposição “a” ou “para”. Por acompanhar
diretamente uma preposição, o pronome “lhe” exerce sempre a
função de objeto indireto na oração.

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APOSTILAS OPÇÃO
Os pronomes  me, te, nos  e  vos  podem tanto ser objetos - A combinação da preposição  “com” e alguns pronomes
diretos como objetos indiretos. originou as formas especiais  comigo, contigo, consigo,
Os pronomes  o, a, os e as  atuam exclusivamente como conosco  e  convosco. Tais pronomes oblíquos tônicos
objetos diretos. frequentemente exercem a função de  adjunto adverbial de
companhia.
Saiba que: Ele carregava o documento consigo.
Os pronomes me, te, lhe, nos, vos e lhes podem combinar-se
com os pronomes o, os, a, as, dando origem a formas como mo, - As formas “conosco” e “convosco” são substituídas por “com
mos, ma, mas; to, tos, ta, tas; lho, lhos, lha, lhas; no-lo, no-los, no- nós” e “com vós” quando os pronomes pessoais são reforçados
la, no-las, vo-lo, vo-los, vo-la, vo-las. Observe o uso dessas formas por palavras como  outros, mesmos, próprios, todos, ambos  ou
nos exemplos que seguem: algum numeral.

Você terá de viajar com nós todos.


- Trouxeste o pacote? - Não contaram a novidade a
Estávamos com vós outros quando chegaram as más notícias.
vocês?
Ele disse que iria com nós três.
- Sim, entreguei-to ainda há - Não, no-la contaram.
pouco. Pronome Reflexivo

No português do Brasil, essas combinações não são usadas; São pronomes pessoais oblíquos que, embora funcionem
até mesmo na língua literária atual, seu emprego é muito raro.  como objetos direto ou indireto, referem-se ao sujeito da oração.
Indicam que o sujeito pratica e recebe a ação expressa pelo
Atenção: verbo.
Os pronomes  o, os, a, as  assumem formas especiais depois O quadro dos pronomes reflexivos é assim configurado:
de certas terminações verbais. Quando o verbo termina em -z,
-s ou -r, o pronome assume a forma lo, los, la ou las, ao mesmo - 1ª pessoa do singular (eu): me, mim.
tempo que a terminação verbal é suprimida. Eu não me vanglorio disso.
Por exemplo: fiz + o = fi-lo Olhei para mim no espelho e não gostei do que vi.
fazei + o = fazei-os
dizer + a = dizê-la - 2ª pessoa do singular (tu): te, ti.
Assim tu te prejudicas.
Quando o verbo termina em som nasal, o pronome assume Conhece a ti mesmo.
as formas no, nos, na, nas. Por exemplo:
viram + o: viram-no - 3ª pessoa do singular (ele, ela): se, si, consigo.
repõe + os = repõe-nos Guilherme já se preparou.
retém + a: retém-na Ela deu a si um presente.
tem + as = tem-nas Antônio conversou consigo mesmo.

Pronome Oblíquo Tônico - 1ª pessoa do plural (nós): nos.


Lavamo-nos no rio.
Os pronomes oblíquos tônicos são sempre
precedidos por preposições, em geral as preposições a, para, de - 2ª pessoa do plural (vós): vos.
e com. Por esse motivo, os pronomes tônicos exercem a função Vós vos beneficiastes com a esta conquista.
de objeto indireto da oração. Possuem acentuação tônica forte.
O quadro dos pronomes oblíquos tônicos é assim - 3ª pessoa do plural (eles, elas): se, si, consigo.
configurado: Eles se conheceram.
Elas deram a si um dia de folga.
- 1ª pessoa do singular (eu): mim, comigo
- 2ª pessoa do singular (tu): ti, contigo A Segunda Pessoa Indireta
- 3ª pessoa do singular (ele, ela): ele, ela
- 1ª pessoa do plural (nós): nós, conosco A chamada segunda pessoa indireta manifesta-se quando
- 2ª pessoa do plural (vós): vós, convosco utilizamos pronomes que, apesar de indicarem nosso
- 3ª pessoa do plural (eles, elas): eles, elas interlocutor ( portanto, a segunda pessoa), utilizam o verbo na
terceira pessoa. É o caso dos chamados pronomes de tratamento,
Observe que as únicas formas próprias do pronome tônico que podem ser observados no quadro seguinte:
são a primeira pessoa (mim) e segunda pessoa (ti). As demais
repetem a forma do pronome pessoal do caso reto. Pronomes de Tratamento
- As preposições essenciais introduzem sempre pronomes
pessoais do caso oblíquo e nunca pronome do caso reto. Nos Vossa Alteza V. A. príncipes, duques
contextos interlocutivos que exigem o uso da língua formal, os Vossa Eminência V. Ema.(s) cardeais
pronomes costumam ser usados desta forma: Vossa Reverendíssima V. Revma.(s) sacerdotes e bispos
Não há mais nada entre mim e ti. Vossa Excelência V. Ex.ª (s) altas autoridades e
Não se comprovou qualquer ligação entre ti e ela. oficiais-generais
Não há nenhuma acusação contra mim. Vossa Magnificência V. Mag.ª (s) reitores de
Não vá sem mim. universidades
Vossa Majestade V. M. reis e rainhas
Atenção: Vossa Majestade Imperial V. M. I. Imperadores
Há construções em que a preposição, apesar de surgir Vossa Santidade V. S. Papa
anteposta a um pronome, serve para introduzir uma oração cujo Vossa Senhoria V. S.ª (s) tratamento
verbo está no infinitivo. Nesses casos, o verbo pode ter sujeito cerimonioso
expresso; se esse sujeito for um pronome, deverá ser do caso Vossa Onipotência V. O. Deus
reto.
Também são pronomes de tratamento  o senhor, a
Trouxeram vários vestidos para eu experimentar. senhora e você, vocês. “O senhor” e “a senhora” são empregados
Não vá sem eu mandar. no tratamento cerimonioso;  “você”  e  “vocês”, no tratamento
familiar. Você e vocês são largamente empregados no português

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APOSTILAS OPÇÃO
do Brasil; em algumas regiões, a forma  tu  é de uso frequente; a) indicar afetividade.
em outras, pouco empregada. Já a forma vós tem uso restrito à - Não faça isso, minha filha.
linguagem litúrgica, ultraformal ou literária. b) indicar cálculo aproximado.
Ele já deve ter seus 40 anos.
Observações: c) atribuir valor indefinido ao substantivo.
a) Vossa Excelência X Sua Excelência:  os pronomes de Marisa tem lá seus defeitos, mas eu gosto muito dela.
tratamento que possuem “Vossa (s)”  são empregados em
relação à pessoa com quem falamos. 3-  Em frases onde se usam pronomes de tratamento, o
Espero que V. Ex.ª, Senhor Ministro, compareça a este pronome possessivo fica na 3ª pessoa.
encontro. Vossa Excelência trouxe sua mensagem?
Emprega-se “Sua (s)” quando se fala a respeito da pessoa.
Todos os membros da C.P.I. afirmaram que Sua Excelência, o 4-  Referindo-se a mais de um substantivo, o possessivo
Senhor Presidente da República, agiu com propriedade. concorda com o mais próximo.
Trouxe-me seus livros e anotações.
- Os pronomes de tratamento representam uma forma
indireta de nos dirigirmos aos nossos interlocutores. Ao 5- Em algumas construções, os pronomes pessoais oblíquos
tratarmos um deputado por Vossa Excelência, por exemplo, átonos assumem valor de possessivo.
estamos nos endereçando à excelência que esse deputado Vou seguir-lhe os passos. (= Vou seguir seus passos.)
supostamente tem para poder ocupar o cargo que ocupa.
Pronomes Demonstrativos
b)  3ª pessoa:  embora os pronomes de tratamento dirijam-
se à  2ª pessoa, toda a concordância deve ser feita com a 3ª Os pronomes demonstrativos são utilizados para explicitar a
pessoa. Assim, os verbos, os pronomes possessivos e os posição de uma certa palavra em relação a outras ou ao contexto.
pronomes oblíquos empregados em relação a eles devem ficar Essa relação pode ocorrer em termos de espaço, no tempo ou
na 3ª pessoa. discurso.
Basta que V. Ex.ª cumpra a terça parte das suas promessas,
para que seus eleitores lhe fiquem reconhecidos. No espaço:
Compro este carro (aqui). O pronome este indica que o carro
c) Uniformidade de Tratamento:  quando escrevemos ou está perto da pessoa que fala.
nos dirigimos a alguém, não é permitido mudar, ao longo do Compro esse carro (aí). O pronome  esse  indica que o carro
texto, a pessoa do tratamento escolhida inicialmente. Assim, está perto da pessoa com quem falo, ou afastado da pessoa que
por exemplo, se começamos a chamar alguém de “você”, não fala.
poderemos usar “te” ou “teu”. O uso correto exigirá, ainda, verbo Compro aquele carro (lá). O pronome aquele diz que o carro
na terceira pessoa. está afastado da pessoa que fala e daquela com quem falo.
Quando você vier, eu te abraçarei e enrolar-me-ei nos teus  
cabelos. (errado) Atenção:  em situações de fala direta (tanto ao vivo quanto
Quando você vier, eu a abraçarei e enrolar-me-ei nos seus por meio de correspondência, que é uma modalidade escrita de
cabelos. (correto) fala), são particularmente importantes o este e o esse - o primeiro
Quando tu vieres, eu te abraçarei e enrolar-me-ei nos teus localiza os seres em relação ao emissor; o segundo, em relação
cabelos. (correto) ao destinatário. Trocá-los pode causar ambiguidade.

Pronomes Possessivos Dirijo-me a essa universidade com o objetivo de solicitar


informações sobre o concurso vestibular. (trata-se da universidade
São palavras que, ao indicarem a pessoa gramatical destinatária).
(possuidor), acrescentam a ela a ideia de posse de algo (coisa Reafirmamos a disposição  desta  universidade em participar
possuída). no próximo Encontro de Jovens. (trata-se da universidade que
Este caderno é meu. (meu = possuidor: 1ª pessoa do singular) envia a mensagem).

Observe o quadro: No tempo:


Este ano está sendo bom para nós. O pronome este se refere
Número Pessoa Pronome ao ano presente.
singular primeira meu(s), minha(s) Esse ano que passou foi razoável. O pronome esse se refere a
um passado próximo.
singular segunda teu(s), tua(s) Aquele ano foi terrível para todos. O pronome aquele está se
singular terceira seu(s), sua(s) referindo a um passado distante.
 
plural primeira nosso(s), nossa(s) - Os pronomes demonstrativos podem ser variáveis ou
plural segunda vosso(s), vossa(s) invariáveis, observe:
plural terceira seu(s), sua(s) Variáveis: este(s), esta(s), esse(s), essa(s), aquele(s), aquela(s).
Invariáveis: isto, isso, aquilo.
Note que: A forma do possessivo depende da pessoa
gramatical a que se refere; o gênero e o número concordam com - Também aparecem como pronomes demonstrativos:
o objeto possuído. - o(s), a(s): quando estiverem antecedendo o “que” e puderem
Ele trouxe seu apoio e sua contribuição naquele momento ser substituídos por aquele(s), aquela(s), aquilo.
difícil. Não ouvi o que disseste. (Não ouvi aquilo que disseste.)
Essa rua não é a que te indiquei. (Esta rua não é aquela que
Observações: te indiquei.)
- mesmo(s), mesma(s):
1 -  A forma  “seu”  não é um possessivo quando resultar da Estas são as mesmas pessoas que o procuraram ontem.
alteração fonética da palavra senhor. - próprio(s), própria(s):
- Muito obrigado, seu José. Os próprios alunos resolveram o problema.
2 -  Os pronomes possessivos nem sempre indicam posse. - semelhante(s):
Podem ter outros empregos, como: Não compre semelhante livro.

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APOSTILAS OPÇÃO
- tal, tais: tanta, outra, quanta, qualquer, quaisquer, alguns, nenhuns,
Tal era a solução para o problema. todos, muitos, poucos, vários, tantos, outros, quantos, algumas,
nenhumas, todas, muitas, poucas, várias, tantas, outras, quantas.
Note que: Invariáveis = alguém, ninguém, outrem, tudo, nada, algo,
cada.
a)  Não raro os demonstrativos aparecem na frase, em
construções redundantes, com finalidade expressiva, para São  locuções pronominais indefinidas: cada qual, cada um,
salientar algum termo anterior. Por exemplo: qualquer um, quantos quer (que), quem quer (que), seja quem for,
Manuela, essa é que dera em cheio casando com o José Afonso. seja qual for, todo aquele (que), tal qual (= certo), tal e qual, tal ou
Desfrutar das belezas brasileiras, isso é que é sorte! qual, um ou outro, uma ou outra, etc.
b)  O pronome demonstrativo neutro  ou  pode representar Cada um escolheu o vinho desejado.
um termo ou o conteúdo de uma oração inteira, caso em que
aparece, geralmente, como objeto direto, predicativo ou aposto. Indefinidos Sistemáticos
O casamento seria um desastre. Todos o pressentiam.
c)  Para evitar a repetição de um verbo anteriormente Ao observar atentamente os pronomes indefinidos,
expresso, é comum empregar-se, em tais casos, o verbo fazer, percebemos que existem alguns grupos que criam oposição
chamado, então, verbo vicário (= que substitui, que faz as vezes de sentido. É o caso de: algum/alguém/algo, que têm sentido
de). afirmativo, e nenhum/ninguém/nada, que têm sentido negativo;
Ninguém teve coragem de falar antes que ela o fizesse. todo/tudo,  que indicam uma totalidade afirmativa, e  nenhum/
d)  Em frases como a seguinte,  este  se refere à pessoa nada, que indicam uma totalidade negativa; alguém/ninguém,
mencionada em último lugar; aquele, à mencionada em primeiro que se referem à pessoa, e  algo/nada, que se referem à coisa;
lugar. certo, que particulariza, e qualquer, que generaliza.
O referido deputado e o Dr. Alcides eram amigos íntimos; Essas oposições de sentido são muito importantes na
aquele casado, solteiro este. [ou então: este solteiro, aquele casado] construção de frases e textos coerentes, pois delas muitas
e) O pronome demonstrativo tal pode ter conotação irônica. vezes dependem a solidez e a consistência dos argumentos
A menina foi a tal que ameaçou o professor? expostos. Observe nas frases seguintes a força que os pronomes
f) Pode ocorrer a contração das preposições a, de, em com indefinidos destacados imprimem às afirmações de que fazem
pronome demonstrativo:  àquele, àquela, deste, desta, disso, parte:
nisso, no, etc. Nada  do que tem sido feito produziu  qualquer  resultado
Não acreditei no que estava vendo. (no = naquilo) prático.
Certas  pessoas conseguem perceber sutilezas: não são
Pronomes Indefinidos pessoas quaisquer.

São palavras que se referem à terceira pessoa do discurso, Pronomes Relativos


dando-lhe sentido vago (impreciso) ou expressando quantidade
indeterminada. São aqueles que representam nomes já mencionados
Alguém entrou no jardim e destruiu as mudas recém- anteriormente e com os quais se relacionam. Introduzem as
plantadas. orações subordinadas adjetivas.
Não é difícil perceber que  “alguém”  indica uma pessoa O racismo é um sistema  que  afirma a superioridade de um
de quem se fala (uma terceira pessoa, portanto) de forma grupo racial sobre outros.
imprecisa, vaga. É uma palavra capaz de indicar um ser humano (afirma a superioridade de um grupo racial sobre outros =
que seguramente existe, mas cuja identidade é desconhecida ou oração subordinada adjetiva).
não se quer revelar.  O pronome relativo  “que” refere-se à palavra  “sistema”  e
introduz uma oração subordinada. Diz-se que a palavra “sistema”
Classificam-se em: é antecedente do pronome relativo que.
O antecedente do pronome relativo pode ser o pronome
- Pronomes Indefinidos Substantivos:  assumem o lugar demonstrativo o, a, os, as.
do ser ou da quantidade aproximada de seres na frase. São Não sei o que você está querendo dizer.
eles:  algo, alguém, fulano, sicrano, beltrano, nada, ninguém, Às vezes, o antecedente do pronome relativo não vem
outrem, quem, tudo. expresso.
Algo o incomoda? Quem casa, quer casa.
Quem avisa amigo é.
Observe:
- Pronomes Indefinidos Adjetivos:  qualificam um ser Pronomes relativos variáveis = o qual, cujo, quanto, os quais,
expresso na frase, conferindo-lhe a noção de quantidade cujos, quantos, a qual, cuja, quanta, as quais, cujas, quantas.
aproximada. São eles: cada, certo(s), certa(s). Pronomes relativos invariáveis = quem, que, onde.
Cada povo tem seus costumes.
Certas pessoas exercem várias profissões. Note que:
a)  O pronome  “que”  é o relativo de mais largo emprego,
Note que: Ora são pronomes indefinidos substantivos, ora sendo por isso chamado relativo universal. Pode ser substituído
pronomes indefinidos adjetivos: por o qual, a qual, os quais, as quais, quando seu antecedente for
algum, alguns, alguma(s), bastante(s) (= muito, muitos), um substantivo.
demais, mais, menos, muito(s), muita(s), nenhum, nenhuns,
nenhuma(s), outro(s), outra(s), pouco(s), pouca(s), qualquer, O trabalho que eu fiz refere-se à corrupção. (= o qual)
quaisquer, qual, que, quanto(s), quanta(s), tal, tais, tanto(s), A cantora que acabou de se apresentar é péssima. (= a qual)
tanta(s), todo(s), toda(s), um, uns, uma(s), vários, várias. Os trabalhos que eu fiz referem-se à corrupção. (= os quais)
As cantoras que se apresentaram eram péssimas. (= as quais)
Menos palavras e mais ações.
Alguns se contentam pouco. b)  O qual, os quais, a qual e as quais  são exclusivamente
pronomes relativos: por isso, são utilizados didaticamente para
Os pronomes indefinidos podem ser divididos verificar se palavras como “que”, “quem”, “onde” (que podem ter
em variáveis e invariáveis. Observe: várias classificações) são pronomes relativos. Todos eles são
usados com referência à pessoa ou coisa por motivo de clareza
Variáveis = algum, nenhum, todo, muito, pouco, vário, tanto, ou depois de determinadas preposições:
outro, quanto, alguma, nenhuma, toda, muita, pouca, vária,

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APOSTILAS OPÇÃO
Regressando de São Paulo, visitei o sítio de minha tia, o Sobre os pronomes:
qual me deixou encantado. (O uso de “que”, neste caso, geraria
ambiguidade.) O pronome pessoal é do caso reto quando tem função de
sujeito na frase. O pronome pessoal é do caso oblíquo quando
Essas são as conclusões sobre as quais pairam muitas desempenha função de complemento. Vamos entender,
dúvidas? (Não se poderia usar “que” depois de sobre.) primeiramente, como o pronome pessoal surge na frase e que
função exerce. Observe as orações:
c) O relativo “que” às vezes equivale a o que, coisa que, e se 1. Eu não sei essa matéria, mas ele irá me ajudar.
refere a uma oração. 2. Maria foi embora para casa, pois não sabia se devia ajudá-
lo.
Não chegou a ser padre, mas deixou de ser poeta, que era a
sua vocação natural. Na primeira oração os pronomes pessoais “eu” e “ele”
exercem função de sujeito, logo, são pertencentes ao caso reto.
d) O pronome “cujo” não concorda com o seu antecedente, Já na segunda oração, observamos o pronome “lhe” exercendo
mas com o consequente. Equivale a do qual, da qual, dos quais, função de complemento, e, consequentemente, é do caso oblíquo.
das quais. Os pronomes pessoais indicam as pessoas do discurso,
o pronome oblíquo “lhe”, da segunda oração, aponta para a
Este é o caderno cujas folhas estão rasgadas. segunda pessoa do singular (tu/você): Maria não sabia se devia
(antecedente) (consequente) ajudar.... Ajudar quem? Você (lhe).
Importante: Em observação à segunda oração, o emprego do
e) “Quanto” é pronome relativo quando tem por antecedente pronome oblíquo “lhe” é justificado antes do verbo intransitivo
um pronome indefinido: tanto (ou variações) e tudo: “ajudar” porque o pronome oblíquo pode estar antes, depois ou
entre locução verbal, caso o verbo principal (no caso “ajudar”)
Emprestei tantos quantos foram necessários. estiver no infinitivo ou gerúndio.
(antecedente) Eu desejo lhe perguntar algo.
Eu estou perguntando-lhe algo.
Ele fez tudo quanto havia falado.
(antecedente) Os pronomes pessoais oblíquos podem ser átonos ou tônicos:
os primeiros não são precedidos de preposição, diferentemente
f)  O pronome  “quem” se refere a pessoas e vem sempre dos segundos que são sempre precedidos de preposição.
precedido de preposição. - Pronome oblíquo átono: Joana me perguntou o que eu
estava fazendo.
É um professor a quem muito devemos. - Pronome oblíquo tônico: Joana perguntou para mim o que
(preposição) eu estava fazendo.
Questões
g)  “Onde”, como pronome relativo, sempre possui
antecedente e só pode ser utilizado na indicação de lugar. 01. Observe as sentenças abaixo.
A casa onde morava foi assaltada. I. Esta é a professora de cuja aula todos os alunos gostam.
II. Aquela é a garota com cuja atitude discordei - tornamo-
h) Na indicação de tempo, deve-se empregar quando ou em nos inimigas desde aquele episódio.
que. III. A criança cuja a família não compareceu ficou inconsolável.
Sinto saudades da época em que (quando) morávamos no
exterior. O pronome ‘cuja’ foi empregado de acordo com a norma
culta da língua portuguesa em:
i) Podem ser utilizadas como pronomes relativos as palavras: (A) apenas uma das sentenças
- como (= pelo qual) (B) apenas duas das sentenças.
Não me parece correto o modo como você agiu semana (C) nenhuma das sentenças.
passada. (D) todas as sentenças.
- quando (= em que)
Bons eram os tempos quando podíamos jogar videogame. 02. Um estudo feito pela Universidade de Michigan constatou
que o que mais se faz no Facebook, depois de interagir com
j)  Os pronomes relativos permitem reunir duas orações amigos, é olhar os perfis de pessoas que acabamos de conhecer.
numa só frase. Se você gostar do perfil, adicionará aquela pessoa, e estará
O futebol é um esporte. formado um vínculo. No final, todo mundo vira amigo de todo
O povo gosta muito deste esporte. mundo. Mas, não é bem assim. As redes sociais têm o poder de
O futebol é um esporte de que o povo gosta muito. transformar os chamados elos latentes (pessoas que frequentam
o mesmo ambiente social, mas não são suas amigas) em elos
k)  Numa série de orações adjetivas coordenadas, pode fracos – uma forma superficial de amizade. Pois é, por mais
ocorrer a elipse do relativo “que”. que existam exceções _______qualquer regra, todos os estudos
A sala estava cheia de gente que conversava, (que) ria, mostram que amizades geradas com a ajuda da Internet são
(que) fumava. mais fracas, sim, do que aquelas que nascem e se desenvolvem
fora dela.
Pronomes Interrogativos Isso não é inteiramente ruim. Os seus amigos do peito
geralmente são parecidos com você: pertencem ao mesmo
São usados na formulação de perguntas, sejam elas diretas mundo e gostam das mesmas coisas. Os elos fracos, não. Eles
ou indiretas. Assim como os pronomes indefinidos, referem- transitam por grupos diferentes do seu e, por isso, podem lhe
se à 3ª pessoa do discurso de modo impreciso. São pronomes apresentar novas pessoas e ampliar seus horizontes – gerando
interrogativos: que, quem, qual (e variações), quanto (e variações). uma renovação de ideias que faz bem a todos os relacionamentos,
inclusive às amizades antigas. O problema é que a maioria das
Quem fez o almoço?/ Diga-me quem fez o almoço. redes na Internet é simétrica: se você quiser ter acesso às
Qual das bonecas preferes? / Não sei qual das bonecas informações de uma pessoa ou mesmo falar reservadamente com
preferes. ela, é obrigado a pedir a amizade dela. Como é meio grosseiro
Quantos passageiros desembarcaram? / Pergunte quantos dizer “não” ________ alguém que você conhece, todo mundo acaba
passageiros desembarcaram. adicionando todo mundo. E isso vai levando ________ banalização
do conceito de amizade.

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APOSTILAS OPÇÃO
É verdade. Mas, com a chegada de sítios como o Twitter, ficou O que caracteriza o verbo são as suas flexões, e não os seus
diferente. Esse tipo de sítio é uma rede social completamente possíveis significados. Observe que palavras como corrida,
assimétrica. E isso faz com que as redes de “seguidores” e chuva e nascimento têm conteúdo muito próximo ao de alguns
“seguidos” de alguém possam se comunicar de maneira muito verbos mencionados acima; não apresentam, porém, todas as
mais fluida. Ao estudar a sua própria rede no Twitter, o sociólogo possibilidades de flexão que esses verbos possuem.
Nicholas Christakis, da Universidade de Harvard, percebeu
que seus amigos tinham começado a se comunicar entre si Estrutura das Formas Verbais
independentemente da mediação dele. Pessoas cujo único ponto
em comum era o próprio Christakis acabaram ficando amigas. Do ponto de vista estrutural, uma forma verbal pode
No Twitter, eu posso me interessar pelo que você tem a dizer e apresentar os seguintes elementos:
começar a te seguir. Nós não nos conhecemos.
Mas você saberá quando eu o retuitar ou mencionar seu a)  Radical:  é a parte invariável, que expressa o significado
nome no sítio, e poderá falar comigo. Meus seguidores também essencial do verbo. Por exemplo:
podem se interessar pelos seus tuítes e começar a seguir você. fal-ei; fal-ava; fal-am. (radical fal-)
Em suma, nós continuaremos não nos conhecendo, mas as
pessoas que estão ________ nossa volta podem virar amigas entre b) Tema: é o radical seguido da vogal temática que indica a
si. conjugação a que pertence o verbo. Por exemplo: fala-r
Adaptado de: COSTA, C. C.. Disponível em:
<http://super.abril.com.br/cotidiano/como-internet- São três as conjugações:
estamudando-amizade-619645.shtml>. 1ª - Vogal Temática - A - (falar)
2ª - Vogal Temática - E - (vender)
Considere as seguintes afirmações sobre a relação que se 3ª - Vogal Temática - I - (partir)
estabelece entre algumas palavras do texto e os elementos a que
se referem. c) Desinência modo-temporal: é o elemento que designa o
I. No segmento que nascem, a palavra que se refere a tempo e o modo do verbo.
amizades. Por exemplo:
II. O segmento elos fracos retoma o segmento uma forma falávamos ( indica o pretérito imperfeito do indicativo.)
superficial de amizade. falasse ( indica o pretérito imperfeito do subjuntivo.)
III. Na frase Nós não nos conhecemos, o pronome Nós refere-
se aos pronomes eu e você. d)  Desinência número-pessoal:  é o elemento que designa
a pessoa do discurso ( 1ª, 2ª ou 3ª) e o número (singular ou
Quais estão corretas? plural).
(A) Apenas I. falamos (indica a 1ª pessoa do plural.)
(B) Apenas II. falavam (indica a 3ª pessoa do plural.)
(C) Apenas III.
(D) Apenas I e II. Observação:  o verbo pôr, assim como seus derivados
(E) I, II e III. (compor, repor, depor, etc.), pertencem à 2ª conjugação, pois a
forma arcaica do verbo pôr era poer. A vogal “e”, apesar de haver
03. Observe a charge a seguir. desaparecido do infinitivo, revela-se em algumas formas do
verbo: põe, pões, põem, etc.

Formas Rizotônicas e Arrizotônicas

Ao combinarmos os conhecimentos sobre a estrutura dos


verbos com o conceito de acentuação tônica, percebemos com
facilidade que nas formas  rizotônicas, o acento tônico cai no
radical do verbo: opino, aprendam,  nutro, por exemplo. Nas
formas arrizotônicas, o acento tônico não cai no radical, mas sim
na terminação verbal: opinei, aprenderão, nutriríamos.

Classificação dos Verbos

Classificam-se em:
a) Regulares:  são aqueles que possuem as desinências
Em relação à charge acima, assinale a afirmativa inadequada. normais de sua conjugação e cuja flexão não provoca alterações
(A) A fala do personagem é uma modificação intencional de no radical.
uma fala de Cristo.
(B) As duas ocorrências do pronome “eles” referem-se a Por exemplo: canto     cantei      cantarei     cantava      cantasse
pessoas distintas. b) Irregulares:  são aqueles cuja flexão provoca alterações
(C) A crítica da charge se dirige às autoridades políticas no no radical ou nas desinências.
poder. Por exemplo: faço     fiz      farei     fizesse
(D) A posição dos braços do personagem na charge repete a c) Defectivos: são aqueles que não apresentam conjugação
de Cristo na cruz. completa. Classificam-se em impessoais, unipessoais e pessoais.
(E) Os elementos imagísticos da charge estão distribuídos de
forma equilibrada. - Impessoais: são os verbos que não têm sujeito.
Normalmente, são usados na terceira pessoa do singular. Os
Respostas principais verbos impessoais são:
01. A\02. E\03. B a) haver, quando sinônimo de existir, acontecer, realizar-se
ou fazer (em orações temporais).
Verbo Havia poucos ingressos à venda. (Havia = Existiam)
Houve duas guerras mundiais. (Houve = Aconteceram)
Verbo  é a classe de palavras que se flexiona em pessoa, Haverá reuniões aqui. (Haverá = Realizar-se-ão)
número, tempo, modo e voz. Pode indicar, entre outros Deixei de fumar há muitos anos. (há = faz)
processos: ação (correr); estado (ficar); fenômeno (chover);
ocorrência (nascer); desejo (querer). b) fazer, ser e estar (quando indicam tempo)

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APOSTILAS OPÇÃO
Faz invernos rigorosos no Sul do Brasil. tempos, modos e pessoas.
Era primavera quando a conheci.
Estava frio naquele dia. d) Abundantes:  são aqueles que possuem mais de uma
forma com o mesmo valor. Geralmente, esse fenômeno costuma
c) Todos os verbos que indicam fenômenos da natureza ocorrer no particípio, em que, além das formas regulares
são impessoais: chover, ventar, nevar, gear, trovejar, amanhecer, terminadas em  -ado  ou  -ido, surgem as chamadas  formas
escurecer,  etc. Quando, porém, se constrói, “Amanheci  mal- curtas (particípio irregular). Observe:
humorado”, usa-se o verbo  “amanhecer”  em sentido figurado.
Qualquer verbo impessoal, empregado em sentido figurado,
deixa de ser impessoal para ser pessoal. Infinitivo Particípio regular Particípio irregular
Amanheci mal-humorado. (Sujeito desinencial: eu)
Choveram candidatos ao cargo. (Sujeito: candidatos) Anexar Anexado Anexo
Fiz quinze anos ontem. (Sujeito desinencial: eu)
Dispersar Dispersado Disperso
d) São impessoais, ainda: Eleger Elegido Eleito
1. o verbo passar (seguido de preposição), indicando tempo.
Ex.: Já passa das seis. Envolver Envolvido Envolto
2. os verbos  bastar  e  chegar, seguidos da preposição  de, Imprimir Imprimido Impresso
indicando suficiência. Ex.: 
Basta de tolices. Chega de blasfêmias. Matar Matado Morto
3. os verbos  estar  e  ficar  em orações tais como  Está bem, Morrer Morrido Morto
Está muito bem assim, Não fica bem, Fica mal,  sem referência
a sujeito expresso anteriormente. Podemos, ainda, nesse caso, Pegar Pegado Pego
classificar o sujeito como  hipotético, tornando-se, tais verbos, Soltar Soltado Solto
então, pessoais.
4. o verbo deu + para da língua popular, equivalente de “ser e) Anômalos: são aqueles que incluem mais de um radical
possível”. Por exemplo: em sua conjugação.
Não deu para chegar mais cedo. Por exemplo: 
Dá para me arrumar uns trocados?

- Unipessoais:  são aqueles que, tendo sujeito, conjugam-se Ir Pôr Ser Saber
apenas nas terceiras pessoas, do singular e do plural. vou ponho sou sei
A fruta amadureceu. vais pus és sabes
As frutas amadureceram. ides pôs fui soube
fui punha foste saiba
Obs.: os verbos unipessoais podem ser usados como verbos
foste seja
pessoais na linguagem figurada:
Teu irmão amadureceu bastante.
Entre os unipessoais estão os verbos que significam vozes de f) Auxiliares
animais; eis alguns: São aqueles que entram na formação dos tempos
bramar: tigre compostos e das locuções verbais. O verbo principal, quando
bramir: crocodilo acompanhado de verbo auxiliar, é expresso numa das formas
cacarejar: galinha nominais: infinitivo, gerúndio ou particípio.
coaxar: sapo                         
cricrilar: grilo   Vou                       espantar           as          moscas.
(verbo auxiliar)       (verbo principal no infinitivo)
Os principais verbos unipessoais são:
1.  cumprir, importar, convir, doer, aprazer, parecer, Está                    chegando            a         hora     do    debate.
ser (preciso, necessário, etc.). (verbo auxiliar)      (verbo principal no gerúndio)                 
Cumpre  trabalharmos bastante. (Sujeito:  trabalharmos                    
bastante.) Obs.: os verbos auxiliares mais usados são: ser, estar, ter e
Parece que vai chover. (Sujeito: que vai chover.) haver.
É preciso que chova. (Sujeito: que chova.)
2. fazer e ir, em orações que dão ideia de tempo, seguidos da Conjugação dos Verbos Auxiliares
conjunção que.
SER - Modo Indicativo
Faz  dez anos que deixei de fumar. (Sujeito:  que deixei de Presente: eu sou, tu és, ele é, nós somos, vós sois, eles são.
fumar.) Pretérito Imperfeito: eu era, tu eras, ele era, nós éramos,
Vai para (ou Vai em ou Vai por) dez anos que não vejo Cláudia. vós éreis, eles eram.
(Sujeito: que não vejo Cláudia) Pretérito Perfeito Simples: eu fui, tu foste, ele foi, nós
Obs.: todos os sujeitos apontados são oracionais. fomos, vós fostes, eles foram.
Pretérito Perfeito Composto: tenho sido.
- Pessoais:  não apresentam algumas flexões por motivos Mais-que-perfeito simples: eu fora, tu foras, ele fora, nós
morfológicos ou eufônicos. Por exemplo: fôramos, vós fôreis, eles foram.
verbo  falir. Este verbo teria como formas do presente do Pretérito Mais-que-Perfeito Composto: tinha sido.
indicativo  falo,  fales, fale, idênticas às do verbo  falar  - o que Futuro do Pretérito simples: eu seria, tu serias, ele seria,
provavelmente causaria problemas de interpretação em certos nós seríamos, vós seríeis, eles seriam.
contextos. Futuro do Pretérito Composto: terei sido.
verbo computar. Este verbo teria como formas do presente do Futuro do Presente: eu serei, tu serás, ele será, nós seremos,
indicativo computo, computas, computa - formas de sonoridade vós sereis, eles serão.
considerada ofensiva por alguns ouvidos gramaticais. Essas Futuro do Pretérito Composto: Teria sido.
razões muitas vezes não impedem o uso efetivo de formas
verbais repudiadas por alguns gramáticos: exemplo disso é SER - Modo Subjuntivo
o próprio verbo  computar, que, com o desenvolvimento e a Presente: que eu seja, que tu sejas, que ele seja, que nós
popularização da informática, tem sido conjugado em todos os sejamos, que vós sejais, que eles sejam.

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APOSTILAS OPÇÃO
Pretérito Imperfeito: se eu fosse, se tu fosses, se ele fosse, estarem.
se nós fôssemos, se vós fôsseis, se eles fossem. Gerúndio: estando
Pretérito Mais-que-Perfeito Composto: tivesse sido. Particípio: estado
Futuro Simples: quando eu for, quando tu fores, quando ele
for, quando nós formos, quando vós fordes, quando eles forem. HAVER - Modo Indicativo
Futuro Composto: tiver sido.
Presente: eu hei, tu hás, ele há, nós havemos, vós haveis, eles
SER - Modo Imperativo hão.
Pretérito Imperfeito: eu havia, tu havias, ele havia, nós
Imperativo Afirmativo: sê tu, seja ele, sejamos nós, sede havíamos, vós havíeis, eles haviam.
vós, sejam eles. Pretérito Perfeito Simples: eu houve, tu houveste, ele
Imperativo Negativo: não sejas tu, não seja ele, não sejamos houve, nós houvemos, vós houvestes, eles houveram.
nós, não sejais vós, não sejam eles. Pretérito Perfeito Composto: tenho havido.
Infinitivo Pessoal: por ser eu, por seres tu, por ser ele, por Pretérito Mais-que-Perfeito Simples: eu houvera, tu
sermos nós, por serdes vós, por serem eles. houveras, ele houvera, nós houvéramos, vós houvéreis, eles
houveram.
SER - Formas Nominais Pretérito Mais-que-Prefeito Composto: tinha havido.
Futuro do Presente Simples: eu haverei, tu haverás, ele
Formas Nominais haverá, nós haveremos, vós havereis, eles haverão.
Infinitivo: ser Futuro do Presente Composto: terei havido.
Gerúndio: sendo Futuro do Pretérito Simples: eu haveria, tu haverias, ele
Particípio: sido haveria, nós haveríamos, vós haveríeis, eles haveriam.
Futuro do Pretérito Composto: teria havido.
Infinitivo Pessoal : ser eu, seres tu, ser ele, sermos
nós, serdes vós, serem eles. HAVER - Modo Subjuntivo e Imperativo

ESTAR - Modo Indicativo Modo Subjuntivo


Presente: que eu haja, que tu hajas, que ele haja, que nós
Presente: eu estou, tu estás, ele está, nós estamos, vós estais, hajamos, que vós hajais, que eles hajam.
eles estão. Pretérito Imperfeito: se eu houvesse, se tu houvesses, se
Pretérito Imperfeito: eu estava, tu estavas, ele estava, nós ele houvesse, se nós houvéssemos, se vós houvésseis, se eles
estávamos, vós estáveis, eles estavam. houvessem.
Pretérito Perfeito Simples: eu estive, tu estiveste, ele Pretérito Mais-que-Perfeito Composto: tivesse havido.
esteve, nós estivemos, vós estivestes, eles estiveram. Futuro Simples: quando eu houver, quando tu houveres,
Pretérito Perfeito Composto: tenho estado. quando ele houver, quando nós houvermos, quando vós
Pretérito Mais-que-Perfeito Simples: eu estivera, tu houverdes, quando eles houverem.
estiveras, ele estivera, nós estivéramos, vós estivéreis, eles Futuro Composto: tiver havido.
estiveram.
Pretérito Mais-que-perfeito Composto: tinha estado Modo Imperativo
Futuro do Presente Simples: eu estarei, tu estarás, ele Imperativo Afirmativo: haja ele, hajamos nós, havei vós,
estará, nós estaremos, vós estareis, eles estarão. hajam eles.
Futuro do Presente Composto: terei estado. Imperativo Negativo: não hajas tu, não haja ele, não
Futuro do Pretérito Simples: eu estaria, tu estarias, ele hajamos nós, não hajais vós, não hajam eles.
estaria, nós estaríamos, vós estaríeis, eles estariam. Infinitivo Pessoal: por haver eu, por haveres tu, por haver
Futuro do Pretérito Composto: teria estado. ele, por havermos nós, por haverdes vós, por haverem eles.

ESTAR - Modo Subjuntivo e Imperativo HAVER - Formas Nominais

Presente: que eu esteja, que tu estejas, que ele esteja, que Infinitivo Impessoal: haver, haveres, haver, havermos,
nós estejamos, que vós estejais, que eles estejam. haverdes, haverem.
Pretérito Imperfeito: se eu estivesse, se tu estivesses, se Infinitivo Pessoal: haver
ele estivesse, se nós estivéssemos, se vós estivésseis, se eles Gerúndio: havendo
estivessem. Particípio: havido
Pretérito Mais-que-Perfeito Composto: tivesse estado
Futuro Simples: quando eu estiver, quando tu estiveres, TER - Modo Indicativo
quando ele estiver, quando nós estivermos, quando vós Presente: eu tenho, tu tens, ele tem, nós temos, vós tendes,
estiverdes, quando eles estiverem. eles têm.
Futuro Composto: Tiver estado. Pretérito Imperfeito: eu tinha, tu tinhas, ele tinha, nós
tínhamos, vós tínheis, eles tinham.
Imperativo Afirmativo: está tu, esteja ele, estejamos nós, Pretérito Perfeito Simples: eu tive, tu tiveste, ele teve, nós
estai vós, estejam eles. tivemos, vós tivestes, eles tiveram.
Imperativo Negativo: não estejas tu, não esteja ele, não Pretérito Perfeito Composto: tenho tido.
estejamos nós, não estejais vós, não estejam eles. Pretérito Mais-que-Perfeito Simples: eu tivera, tu tiveras,
Infinitivo Pessoal: por estar eu, por estares tu, por estar ele, ele tivera, nós tivéramos, vós tivéreis, eles tiveram.
por estarmos nós, por estardes vós, por estarem eles. Pretérito Mais-que-Perfeito Composto: tinha tido.
Futuro do Presente Simples: eu terei, tu terás, ele terá, nós
Formas Nominais teremos, vós tereis, eles terão.
Infinitivo: estar Futuro do Presente: terei tido.
Gerúndio: estando Futuro do Pretérito Simples: eu teria, tu terias, ele teria,
Particípio: estado nós teríamos, vós teríeis, eles teriam.
Futuro do Pretérito composto: teria tido.
ESTAR - Formas Nominais
TER - Modo Subjuntivo e Imperativo
Infinitivo Impessoal: estar Modo Subjuntivo
Infinitivo Pessoal: estar, estares, estar, estarmos, estardes, Presente: que eu tenha, que tu tenhas, que ele tenha, que

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APOSTILAS OPÇÃO
nós tenhamos, que vós tenhais, que eles tenham. exemplo: Talvez eu estude amanhã.
Pretérito Imperfeito: se eu tivesse, se tu tivesses, se ele Imperativo  - indica uma ordem, um pedido. Por
tivesse, se nós tivéssemos, se vós tivésseis, se eles tivessem. exemplo: Estuda agora, menino.
Pretérito Mais-que-Perfeito Composto: tivesse tido.
Futuro: quando eu tiver, quando tu tiveres, quando ele tiver, Formas Nominais
quando nós tivermos, quando vós tiverdes, quando eles tiverem.
Futuro Composto: tiver tido. Além desses três modos, o verbo apresenta ainda formas
que podem exercer funções de nomes (substantivo, adjetivo,
Modo Imperativo advérbio), sendo por isso denominadas  formas nominais.
Imperativo Afirmativo: tem tu, tenha ele, tenhamos nós, Observe: 
tende vós, tenham eles. - a) Infinitivo Impessoal:  exprime a significação do verbo
Imperativo Negativo: não tenhas tu, não tenha ele, não de modo vago e indefinido, podendo ter valor e função de
tenhamos nós, não tenhais vós, não tenham eles. substantivo. Por exemplo: Viver é lutar. (= vida é luta)
Infinitivo Pessoal: por ter eu, por teres tu, por ter ele, por É indispensável combater a corrupção. (= combate à)
termos nós, por terdes vós, por terem eles. O infinitivo impessoal pode apresentar-se no presente
(forma simples) ou no passado (forma composta). Por exemplo:
g) Pronominais: São aqueles verbos que se conjugam com É preciso ler este livro. Era preciso ter lido este livro.
os pronomes oblíquos átonos me, te, se, nos, vos, se, na mesma
pessoa do sujeito, expressando reflexibilidade (pronominais b) Infinitivo Pessoal:  é o infinitivo relacionado às três
acidentais) ou apenas reforçando a ideia já implícita no próprio pessoas do discurso. Na 1ª e 3ª pessoas do singular, não
sentido do verbo (reflexivos essenciais). Veja: apresenta desinências, assumindo a mesma forma do impessoal;
- 1. Essenciais: são aqueles que sempre se conjugam com os nas demais, flexiona- -se da seguinte maneira:
pronomes oblíquos me, te, se, nos, vos, se. São poucos: abster-se,
ater-se, apiedar-se, atrever-se, dignar-se, arrepender-se, etc. Nos 2ª pessoa do singular: Radical + ES Ex.: teres(tu)
verbos pronominais essenciais a reflexibilidade já está implícita 1ª pessoa do plural: Radical + MOS Ex.:termos (nós)
no radical do verbo. Por exemplo: 2ª pessoa do plural: Radical + DES Ex.:terdes (vós)
Arrependi-me de ter estado lá. 3ª pessoa do plural: Radical + EM Ex.:terem (eles)
A ideia é de que a pessoa representada pelo sujeito (eu) tem
um sentimento (arrependimento) que recai sobre ela mesma, Por exemplo:
pois não recebe ação transitiva nenhuma vinda do verbo; o Foste elogiado por teres alcançado uma boa colocação.
pronome oblíquo átono é apenas uma partícula integrante do
verbo, já que, pelo uso, sempre é conjugada com o verbo. Diz- - c) Gerúndio: o gerúndio pode funcionar como adjetivo ou
se que o pronome apenas serve de reforço da ideia reflexiva advérbio. Por exemplo: 
expressa pelo radical do próprio verbo.   Saindo  de casa, encontrei alguns amigos. (função de
Veja uma conjugação pronominal essencial (verbo e advérbio)
respectivos pronomes):  Nas ruas, havia crianças vendendo doces. (função adjetivo)
Eu me arrependo  Na forma simples, o gerúndio expressa uma ação em curso;
Tu te arrependes  na forma composta, uma ação concluída. Por exemplo:
Ele se arrepende  Trabalhando, aprenderás o valor do dinheiro.
Nós nos arrependemos  Tendo trabalhado, aprendeu o valor do dinheiro.
Vós vos arrependeis 
Eles se arrependem - d) Particípio:  quando não é empregado na formação dos
tempos compostos, o particípio indica geralmente o resultado
 - 2. Acidentais:  são aqueles verbos transitivos diretos em que de uma ação terminada, flexionando-se em gênero, número e
a ação exercida pelo sujeito recai sobre o objeto representado por grau. Por exemplo:
pronome oblíquo da mesma pessoa do sujeito; assim, o sujeito Terminados os exames, os candidatos saíram.
faz uma ação que recai sobre ele mesmo. Em geral, os verbos Quando o particípio exprime somente estado, sem nenhuma
transitivos diretos ou transitivos diretos e indiretos podem ser relação temporal, assume verdadeiramente a função de adjetivo
conjugados com os pronomes mencionados, formando o que se (adjetivo verbal). Por exemplo:
chama voz reflexiva. Por exemplo: Maria se penteava. Ela foi a aluna escolhida para representar a escola.
A reflexibilidade é acidental, pois a ação reflexiva pode
ser exercida também sobre outra pessoa. Por exemplo:  Maria Tempos Verbais
penteou-me.
  Tomando-se como referência o momento em que se fala,
Observações: a ação expressa pelo verbo pode ocorrer em diversos tempos.
1- Por fazerem parte integrante do verbo, os pronomes Veja:
oblíquos átonos dos verbos pronominais não possuem função
sintática. 1. Tempos do Indicativo
2- Há verbos que também são acompanhados de pronomes
oblíquos átonos, mas que não são essencialmente pronominais, - Presente  - Expressa um fato atual. Por exemplo:
são os verbos reflexivos. Nos verbos reflexivos, os pronomes, Eu estudo neste colégio.
apesar de se encontrarem na pessoa idêntica à do sujeito, - Pretérito Imperfeito  - Expressa um fato ocorrido num
exercem funções sintáticas. momento anterior ao atual, mas que não foi completamente
Por exemplo: terminado. Por exemplo: Ele  estudava  as lições quando foi
Eu me feri. = Eu(sujeito) - 1ª pessoa do singular me (objeto interrompido.
direto) - 1ª pessoa do singular - Pretérito Perfeito (simples)  -  Expressa um fato ocorrido
num momento anterior ao atual e que foi totalmente terminado.
Modos Verbais Por exemplo: Ele estudou as lições ontem à noite.
- Pretérito Perfeito (composto) - Expressa um fato que teve
Dá-se o nome de  modo  às várias formas assumidas pelo início no passado e que pode se prolongar até o momento atual.
verbo na expressão de um fato. Em Português, existem três Por exemplo: Tenho estudado muito para os exames.
modos:  - Pretérito-Mais-Que-Perfeito  -  Expressa um fato ocorrido
Indicativo - indica uma certeza, uma realidade. Por exemplo: antes de outro fato já terminado. Por exemplo: Ele já  tinha
Eu sempre estudo. estudado  as lições quando os amigos chegaram. (forma
Subjuntivo  - indica uma dúvida, uma possibilidade. Por composta) Ele já estudara as lições quando os amigos chegaram.

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APOSTILAS OPÇÃO
(forma simples) Pretérito Imperfeito do Indicativo
- Futuro do Presente (simples) - Enuncia um fato que deve
ocorrer num tempo vindouro com relação ao momento atual. 1ª conjugação / 2ª conjugação / 3ª conjugação
Por exemplo:  Ele estudará as lições amanhã. CANTAR VENDER PARTIR
- Futuro do Presente (composto) - Enuncia um fato que deve cantAVA vendIA partIA
ocorrer posteriormente a um momento atual, mas já terminado cantAVAS vendIAS partAS
antes de outro fato futuro. Por exemplo: Antes de bater o sinal, CantAVA vendIA partIA
os alunos já terão terminado o teste. cantÁVAMOS vendÍAMOS partÍAMOS
- Futuro do Pretérito (simples) - Enuncia um fato que pode cantÁVEIS vendÍEIS partÍEIS
ocorrer posteriormente a um determinado fato passado. Por cantAVAM vendIAM partIAM
exemplo: Se eu tivesse dinheiro, viajaria nas férias.
- Futuro do Pretérito (composto)  -  Enuncia um fato que Futuro do Presente do Indicativo
poderia ter ocorrido posteriormente a um determinado fato
passado. Por exemplo:  Se eu tivesse ganho esse dinheiro, teria 1ª conjugação 2ª conjugação 3ª conjugação
viajado nas férias. CANTAR VENDER PARTIR
cantar ei vender ei partir ei
2. Tempos do Subjuntivo cantar ás vender ás partir ás
cantar á vender á partir á
- Presente - Enuncia um fato que pode ocorrer no momento cantar emos vender emos partir emos
atual. Por exemplo: É conveniente que estudes para o exame. cantar eis vender eis partir eis
- Pretérito Imperfeito  -  Expressa um fato passado, mas cantar ão vender ão partir ão
posterior a outro já ocorrido. Por exemplo: Eu esperava que
ele vencesse o jogo. Futuro do Pretérito do Indicativo

Obs.: o pretérito imperfeito é também usado nas construções 1ª conjugação 2ª conjugação 3ª conjugação
em que se expressa a ideia de condição ou desejo. Por exemplo: CANTAR VENDER PARTIR
Se ele viesse ao clube, participaria do campeonato. cantarIA venderIA partirIA
- Pretérito Perfeito (composto) - Expressa um fato totalmente cantarIAS venderIAS partirIAS
terminado num momento passado. Por exemplo: Embora tenha cantarIA venderIA partirIA
estudado bastante, não passou no teste. cantarÍAMOS venderÍAMOS partirÍAMOS
- Futuro do Presente (simples) - Enuncia um fato que pode cantarÍEIS venderÍEIS partirÍEIS
ocorrer num momento futuro em relação ao atual. Por exemplo: cantarIAM venderIAM partirIAM
Quando ele vier à loja, levará as encomendas.
Obs.: o futuro do presente é também usado em frases que Presente do Subjuntivo
indicam possibilidade ou desejo. Por exemplo: Se ele vier à loja,
levará as encomendas. Para se formar o presente do subjuntivo, substitui-se a
- Futuro do Presente (composto) - Enuncia um fato posterior desinência -o da primeira pessoa do singular do presente do
ao momento atual mas já terminado antes de outro fato indicativo pela desinência -E (nos verbos de 1ª conjugação) ou
futuro. Por exemplo:  Quando ele  tiver saído do hospital, nós o pela desinência -A (nos verbos de 2ª e 3ª conjugação).
visitaremos.
1ª conj./2ª conj./3ª conju./Des.Temp./Des.temp./Des. pess
Presente do Indicativo 1ª conj. 2ª/3ª conj.
CANTAR VENDER PARTIR
1ª conjugação/2ª conjugação/3ª conjugação / Desinência cantE vendA partA E A Ø
pessoal cantES vendAS partAS E A S
CANTAR VENDER PARTIR cantE vendA partA E A Ø
cantO vendO partO O cantEMOS vendAMOS partAMOS E A MOS
cantaS vendeS parteS S cantEIS vendAIS partAIS E A IS
canta vende parte - cantEM vendAM partAM E A M
cantaMOS vendeMOS partiMOS MOS
cantaIS vendeIS partIS IS Pretérito Imperfeito do Subjuntivo
cantaM vendeM parteM M
Para formar o imperfeito do subjuntivo, elimina-se a
Pretérito Perfeito do Indicativo desinência -STE da 2ª pessoa do singular do pretérito perfeito,
obtendo-se, assim, o tema desse tempo. Acrescenta-se a esse
1ª conjugação/2ª conjugação/3ª conjugação/Desinência tema a desinência temporal -SSE mais a desinência de número
pessoal e pessoa correspondente.
CANTAR VENDER PARTIR
canteI vendI partI I 1ª conj. 2ª conj. 3ª conj. Des. temporal Desin. pessoal
cantaSTE vendeSTE partISTE STE 1ª /2ª e 3ª conj.
cantoU vendeU partiU U CANTAR VENDER PARTIR
cantaMOS vendeMOS partiMOS MOS cantaSSE vendeSSE partiSSE SSE Ø
cantaSTES vendeSTES partISTES STES cantaSSES vendeSSES partiSSES SSE S
cantaRAM vendeRAM partiRAM AM cantaSSE vendeSSE partiSSE SSE Ø
cantáSSEMOS vendêSSEMOS partíssemos SSE MOS
Pretérito mais-que-perfeito cantáSSEIS vendêSSEIS partíSSEIS SSE IS
1ª conj. / 2ª conj. / 3ª conj. /Desin. Temp. /Desin. Pess. cantaSSE vendeSSEM partiSSEM SSE M
1ª/2ª e 3ª conj.
CANTAR VENDER PARTIR - - Futuro do Subjuntivo
cantaRA vendeRA partiRA RA Ø
cantaRAS vendeRAS partiRAS RA S Para formar o futuro do subjuntivo elimina-se a desinência
cantaRA vendeRA partiRA RA Ø -STE da 2ª pessoa do singular do pretérito perfeito, obtendo-
cantáRAMOS vendêRAMOS partíRAMOS RA MOS se, assim, o tema desse tempo. Acrescenta-se a esse tema a
cantáREIS vendêREIS partíREIS RE IS desinência temporal -R mais a desinência de número e pessoa
cantaRAM vendeRAM partiRAM RA M correspondente.

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APOSTILAS OPÇÃO
1ª conj. / 2ª conj. / 3ª conj. / Des. temp. /Desin. pess. (C) sejam … mantém
1ª /2ª e 3ª conj. (D) seja … mantivessem
CANTAR VENDER PARTIR (E) seja … mantêm
cantaR vendeR partiR Ø
cantaRES vendeRES partiRES R ES 02. Na frase –… os níveis de pessoas sem emprego estão
cantaR vendeR partiR R Ø apresentando quedas sucessivas de 2005 para cá. –, a locução
cantaRMOS vendeRMOS partiRMOS R MOS verbal em destaque expressa ação
cantaRDES vendeRDES partiRDES R DES (A) concluída.
cantaREM vendeREM PartiREM R EM (B) atemporal.
(C) contínua.
Imperativo (D) hipotética.
(E) futura.
Imperativo Afirmativo
03. (Escrevente TJ SP Vunesp) Sem querer estereotipar,
Para se formar o imperativo afirmativo, toma-se do presente mas já estereotipando: trata--se de um ser cujas interações sociais
do indicativo a 2ª pessoa do singular (tu) e a segunda pessoa do terminam, 99% das vezes, diante da pergunta “débito ou crédito?”.
plural (vós) eliminando-se o “S” final. As demais pessoas vêm, Nesse contexto, o verbo estereotipar tem sentido de
sem alteração, do presente do subjuntivo. Veja:  (A) considerar ao acaso, sem premeditação.
(B) aceitar uma ideia mesmo sem estar convencido dela.
(C) adotar como referência de qualidade.
Pres. do Indicativo Imperativo Afirm. Pres. do Subjuntivo (D) julgar de acordo com normas legais.
Eu canto --- Que eu cante (E) classificar segundo ideias preconcebidas.
Tu cantas CantA tu Que tu cantes
Ele canta Cante você Que ele cante Respostas
Nós cantamos Cantemos nós Que nós cantemos 1-B / 2-C / 3-E
Vós cantais CantAI vós Que vós canteis
Eles cantam Cantem vocês Que eles cantem Advérbio

O  advérbio, assim como muitas outras palavras existentes


Imperativo Negativo na Língua Portuguesa, advém de outras línguas. Assim sendo,
tal qual o adjetivo, o prefixo “ad-” indica a ideia de proximidade,
Para se formar o imperativo negativo, basta antecipar a contiguidade.
negação às formas do presente do subjuntivo.
Essa proximidade faz referência ao processo verbal, no
Presente do Subjuntivo Imperativo Negativo sentido de caracterizá-lo, ou seja, indicando as circunstâncias
Que eu cante --- em que esse processo se desenvolve. 
Que tu cantes Não cantes tu
Que ele cante Não cante você O advérbio relaciona-se aos verbos da língua, no sentido de
caracterizar os processos expressos por ele. Contudo, ele não
Que nós cantemos Não cantemos nós é modificador exclusivo desta classe (verbos), pois também
Que vós canteis Não canteis vós modifica o  adjetivo e até outro advérbio. Seguem alguns
Que eles cantem Não cantem eles exemplos:

Observações: Para quem se diz  distantemente alheio  a esse assunto,


você está até bem informado.
- No modo imperativo não faz sentido usar na 3ª pessoa Temos o advérbio “distantemente” que modifica o adjetivo
(singular e plural) as formas ele/eles, pois uma ordem, pedido alheio, representando uma qualidade, característica.
ou conselho só se aplicam diretamente à pessoa com quem se
fala. Por essa razão, utiliza-se você/vocês. O artista canta muito mal.
- O verbo SER, no imperativo, faz excepcionalmente: sê (tu), Nesse caso, o advérbio de intensidade “muito” modifica outro
sede (vós). advérbio de modo – “mal”. Em ambos os exemplos pudemos
verificar que se tratava de somente uma palavra funcionando
Infinitivo Impessoal como advérbio. No entanto, ele pode estar demarcado por
mais de uma palavra, que mesmo assim não deixará de ocupar
1ª conjugação 2ª conjugação 3ª conjugação tal função. Temos aí o que chamamos de  locução adverbial,
CANTAR VENDER PARTIR representada por algumas expressões, tais como: às vezes, sem
dúvida, frente a frente, de modo algum, entre outras.
Infinitivo Pessoal
Mediante tais postulados, afirma-se que, dependendo das
circunstâncias expressas pelos advérbios, eles se classificam em
1ª conjugação 2ª conjugação 3ª conjugação distintas categorias, uma vez expressas por:    
CANTAR VENDER PARTIR de modo: Bem, mal, assim, depressa, devagar, às pressas, às
cantar vender partir claras, às cegas, à toa, à vontade, às escondidas, aos poucos, desse
cantarES venderES partirES jeito, desse modo, dessa maneira, em geral, frente a frente, lado
cantar vender partir a lado, a pé, de cor, em vão, e a maior parte dos que terminam
cantarMOS venderMOS partirMOS em -mente: calmamente, tristemente, propositadamente,
cantarDES venderDES partirDES pacientemente, amorosamente, docemente, escandalosamente,
cantarEM venderEM partirEM bondosamente, generosamente
de intensidade: Muito, demais, pouco, tão, menos, em
excesso, bastante, pouco, mais, menos, demasiado, quanto, quão,
Questões tanto, que(equivale a quão), tudo, nada, todo, quase, de todo, de
muito, por completo.
01. Considere o trecho a seguir. É comum que objetos de tempo: Hoje, logo, primeiro, ontem, tarde outrora,
___ esquecidos em locais públicos. Mas muitos transtornos amanhã, cedo, dantes, depois, ainda, antigamente, antes,
poderiam ser evitados se as pessoas ______ a atenção voltada doravante, nunca, então, ora, jamais, agora, sempre, já, enfim,
para seus pertences, conservando-os junto ao corpo. Assinale a afinal, breve, constantemente, entrementes, imediatamente,
alternativa que preenche, correta e respectivamente, as lacunas primeiramente, provisoriamente, sucessivamente, às vezes,
do texto. à tarde, à noite, de manhã, de repente, de vez em quando, de
(A) sejam … mantesse quando em quando, a qualquer momento, de tempos em tempos,
(B) sejam … mantivessem

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APOSTILAS OPÇÃO
em breve, hoje em dia No primeiro e segundo quadrinhos, estão em destaque dois
de lugar: Aqui, antes, dentro, ali, adiante, fora, acolá, atrás, advérbios: AÍ e ainda.
além, lá, detrás, aquém, cá, acima, onde, perto, aí, abaixo, aonde, Considerando que advérbio é a palavra que modifica
longe, debaixo, algures, defronte, nenhures, adentro, afora, um verbo, um outro advérbio ou um adjetivo, expressando
alhures, nenhures, aquém, embaixo, externamente, a distância, a circunstância em que determinado fato ocorre, assinale
à distância de, de longe, de perto, em cima, à direita, à esquerda,
ao lado, em volta a alternativa que classifica, correta e respectivamente, as
de negação  : Não, nem, nunca, jamais, de modo algum, de circunstâncias expressas por eles.
forma nenhuma, tampouco, de jeito nenhum A) Lugar e negação.
de dúvida: Acaso, porventura, possivelmente, B) Lugar e tempo.
provavelmente, quiçá, talvez, casualmente, por certo, quem sabe C) Modo e afirmação.
de afirmação: Sim, certamente, realmente, decerto, D) Tempo e tempo.
efetivamente, certo, decididamente, realmente, deveras, E) Intensidade e dúvida.
indubitavelmente
de exclusão: Apenas, exclusivamente, salvo, senão, somente, 02. Leia o texto a seguir.
simplesmente, só, unicamente
de inclusão: Ainda, até, mesmo, inclusivamente, também
de ordem: Depois, primeiramente, ultimamente Impunidade é motor de nova onda de agressões
de designação: Eis
de interrogação: onde?(lugar), como?(modo), Repetidos episódios de violência têm sido noticiados nas
quando?(tempo), por quê?(causa), quanto?(preço e intensidade), últimas semanas. Dois que chamam a atenção, pela banalidade
para quê?(finalidade) com que foram cometidos, estão gerando ainda uma série de
repercussões.
Locução adverbial  Em Natal, um garoto de 19 anos quebrou o braço da
É reunião de duas ou mais palavras com valor de advérbio. estudante de direito R.D., 19, em plena balada, porque ela teria
Exemplo:
Carlos saiu às pressas. (indicando modo) recusado um beijo. O suposto agressor já responde a uma ação
Maria saiu à tarde. (indicando tempo) penal, por agressão, movida por sua ex-mulher.
No mesmo final de semana, dois amigos que saíam de uma
Há locuções adverbiais que possuem advérbios boate em São Paulo também foram atacados por dois jovens
correspondentes. que estavam na mesma balada, e um dos agredidos teve a perna
Exemplo: fraturada. Esses dois jovens teriam tentado se aproximar, sem
Carlos saiu às pressas. = Carlos saiu apressadamente. sucesso, de duas garotas que eram amigas dos rapazes que
saíam da boate. Um dos suspeitos do ataque alega que tudo não
Apenas os advérbios de intensidade, de lugar e de modo são passou de um engano e que o rapaz teria fraturado a perna ao
flexionados, sendo que os demais são todos invariáveis. A única
flexão propriamente dita que existe na categoria dos advérbios cair no chão.
é a de grau: Curiosamente, também é possível achar um blog que diz
que R.D., em Natal, foi quem atacou o jovem e que seu braço se
Superlativo:  aumenta a intensidade. Exemplos: longe quebrou ao cair no chão.
- longíssimo, pouco - pouquíssimo, inconstitucionalmente - Em ambos os casos, as câmeras dos estabelecimentos
inconstitucionalissimamente, etc; felizmente comprovam os acontecimentos, e testemunhas vão
Diminutivo: diminui a intensidade. ajudar a polícia na investigação.
Exemplos: perto - pertinho, pouco - pouquinho, devagar - O fato é que é difícil acreditar que tanta gente ande se
devagarinho,  quebrando por aí ao cair no chão, não é mesmo? As agressões
devem ser rigorosamente apuradas e, se houver culpados, que
Questões eles sejam julgados e condenados.
A impunidade é um dos motores da onda de violência que
01. Leia os quadrinhos para responder a questão. temos visto. O machismo e o preconceito são outros. O perfil
impulsivo de alguns jovens (amplificado pela bebida e por
outras substâncias) completa o mecanismo que gera agressões.
Sem interferir nesses elementos, a situação não vai mudar.
Maior rigor da justiça, educação para a convivência com o outro,
aumento da tolerância à própria frustração e melhor controle
sobre os impulsos (é normal levar um “não”, gente!) são alguns
dos caminhos.
(Jairo Bouer, Folha de S.Paulo, 24.10.2011. Adaptado)

Assinale a alternativa cuja expressão em destaque apresenta


circunstância adverbial de modo.
A) Repetidos episódios de violência (...) estão gerando ainda
uma série de repercussões.
B) ...quebrou o braço da estudante de direito R. D., 19, em
plena balada…
C) Esses dois jovens teriam tentado se aproximar, sem
sucesso, de duas amigas…
D) Um dos suspeitos do ataque alega que tudo não passou
de um engano...
E) O fato é que é difícil acreditar que tanta gente ande se
quebrando por aí…

03. Leia o texto a seguir.

Cultura matemática
Hélio Schwartsman

(Leila Lauar Sarmento e Douglas Tufano. Português. Volume SÃO PAULO – Saiu mais um estudo mostrando que o ensino
Único) de matemática no Brasil não anda bem. A pergunta é: podemos
viver sem dominar o básico da matemática? Durante muito

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APOSTILAS OPÇÃO
tempo, a resposta foi sim. Aqueles que não simpatizavam muito A preposição, como já foi dito, é invariável. No entanto pode
com Pitágoras podiam simplesmente escolher carreiras nas unir-se a outras palavras e assim estabelecer concordância em
quais os números não encontravam muito espaço, como direito, gênero ou em número. Ex: por + o = pelo por + a = pela
jornalismo, as humanidades e até a medicina de antigamente.
Como observa Steven Pinker, ainda hoje, nos meios Vale ressaltar que essa concordância não é característica da
universitários, é considerado aceitável que um intelectual se preposição, mas das palavras às quais ela se une.
vanglorie de ter passado raspando em física e de ignorar o beabá
da estatística. Mas ai de quem admitir nunca ter lido Joyce ou Esse processo de junção de uma preposição com outra
dizer que não gosta de Mozart. Sobre ele recairão olhares tão palavra pode se dar a partir de dois processos:
recriminadores quanto sobre o sujeito que assoa o nariz na
manga da camisa. 1. Combinação: A preposição não sofre alteração.
Joyce e Mozart são ótimos, mas eles, como quase toda a preposição a + artigos definidos o, os
cultura humanística, têm pouca relevância para nossa vida a + o = ao
prática. Já a cultura científica, que muitos ainda tratam com uma preposição a + advérbio onde
ponta de desprezo, torna-se cada vez mais fundamental, mesmo a + onde = aonde
para quem não pretende ser engenheiro ou seguir carreiras
técnicas. 2. Contração: Quando a preposição sofre alteração.
Como sobreviver à era do crédito farto sem saber calcular as
armadilhas que uma taxa de juros pode esconder? Hoje, é difícil Preposição + Artigos
até posicionar-se de forma racional sobre políticas públicas sem De + o(s) = do(s)
assimilar toda a numeralha que idealmente as informa. De + a(s) = da(s)
Conhecimentos rudimentares de estatística são pré-requisito De + um = dum
para compreender as novas pesquisas que trazem informações De + uns = duns
relevantes para nossa saúde e bem-estar. De + uma = duma
A matemática está no centro de algumas das mais intrigantes De + umas = dumas
especulações cosmológicas da atualidade. Se as equações da Em + o(s) = no(s)
mecânica quântica indicam que existem universos paralelos, Em + a(s) = na(s)
isso basta para que acreditemos neles? Ou, no rastro de Eugene Em + um = num
Wigner, podemos nos perguntar por que a matemática é tão Em + uma = numa
eficaz para exprimir as leis da física. Em + uns = nuns
Releia os trechos apresentados a seguir. Em + umas = numas
- Aqueles que não simpatizavam muito com Pitágoras A + à(s) = à(s)
podiam simplesmente escolher carreiras nas quais os números Por + o = pelo(s)
não encontravam muito espaço... (1.º parágrafo) Por + a = pela(s)
- Já a cultura científica, que muitos ainda tratam com uma
ponta de desprezo, torna-se cada vez mais fundamental...(3.º Preposição + Pronomes
parágrafo) De + ele(s) = dele(s)
Os advérbios em destaque nos trechos expressam, correta e De + ela(s) = dela(s)
respectivamente, circunstâncias de De + este(s) = deste(s)
A) afirmação e de intensidade. De + esta(s) = desta(s)
B) modo e de tempo. De + esse(s) = desse(s)
C) modo e de lugar. De + essa(s) = dessa(s)
D) lugar e de tempo. De + aquele(s) = daquele(s)
E) intensidade e de negação. De + aquela(s) = daquela(s)
De + isto = disto
Respostas De + isso = disso
1-B / 2-C / 3-B De + aquilo = daquilo
De + aqui = daqui
Preposição De + aí = daí
De + ali = dali
Preposição  é uma palavra invariável que serve para ligar De + outro = doutro(s)
termos ou orações. Quando esta ligação acontece, normalmente De + outra = doutra(s)
há uma subordinação do segundo termo em relação ao Em + este(s) = neste(s)
primeiro. As preposições são muito importantes na estrutura Em + esta(s) = nesta(s)
da língua, pois estabelecem a coesão textual e possuem valores Em + esse(s) = nesse(s)
semânticos indispensáveis para a compreensão do texto. Em + aquele(s) = naquele(s)
Em + aquela(s) = naquela(s)
Tipos de Preposição Em + isto = nisto
Em + isso = nisso
1. Preposições essenciais: palavras que atuam exclusivamente Em + aquilo = naquilo
como preposições. A + aquele(s) = àquele(s)
A, ante, perante, após, até, com, contra, de, desde, em, entre, A + aquela(s) = àquela(s)
para, por, sem, sob, sobre, trás, atrás de, dentro de, para com. A + aquilo = àquilo

2.  Preposições acidentais: palavras de outras  classes Dicas sobre preposição


gramaticais que podem atuar como preposições.
Como, durante, exceto, fora, mediante, salvo, segundo, senão, 1. O “a” pode funcionar como preposição, pronome pessoal
visto. oblíquo e artigo. Como distingui-los?

3.  Locuções prepositivas: duas ou mais palavras valendo - Caso o “a” seja um artigo, virá precedendo a um substantivo.
como uma preposição, sendo que a última palavra é uma delas. Ele servirá para determiná-lo como um substantivo singular
Abaixo de, acerca de, acima de, ao lado de, a respeito de, de e feminino.
acordo com, em cima de, embaixo de, em frente a, ao redor de, A dona da casa não quis nos atender.
graças a, junto a, com, perto de, por causa de, por cima de, por Como posso fazer a Joana concordar comigo?
trás de.

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APOSTILAS OPÇÃO
- Quando é preposição, além de ser invariável, liga dois atitude”.
termos e estabelece relação de subordinação entre eles. Embora a Sejus não monitore os egressos que ganham a
Cheguei a sua casa ontem pela manhã. liberdade, para saber se mantêm o hábito do xadrez, João Carlos
Não queria, mas vou ter que ir à outra cidade para procurar já faz planos. “Eu incentivo não só os colegas, mas também
um tratamento adequado. minha família. Sou casado e tenho três filhos. Já passei para a
minha família: xadrez, quando eu sair para a rua, todo mundo
- Se for pronome pessoal oblíquo estará ocupando o lugar e/ vai ter que aprender porque vai rolar até o torneio familiar”.
ou a função de um substantivo. “Medidas de promoção de educação e que possibilitem que o
Temos Maria como parte da família. / A temos como parte egresso saia melhor do que entrou são muito importantes. Nós
da família não temos pena de morte ou prisão perpétua no Brasil. O preso
Creio que conhecemos nossa mãe melhor que ninguém. / tem data para entrar e data para sair, então ele tem que sair
Creio que a conhecemos melhor que ninguém. sem retornar para o crime”, analisa o presidente do Conselho
Estadual de Direitos Humanos, Bruno Alves de Souza Toledo.
2. Algumas relações semânticas estabelecidas por meio das (Disponível em: www.inapbrasil.com.br/en/noticias/xadrez-que-
preposições: liberta-estrategia-concentracao-e-reeducacao/6/noticias. Adaptado)
Destino = Irei para casa.
Modo = Chegou em casa aos gritos. No trecho –... xadrez, quando eu sair para a rua, todo mundo
Lugar = Vou ficar em casa; vai ter que aprender porque vai rolar até o torneio familiar.– o
Assunto = Escrevi um artigo sobre adolescência. termo em destaque expressa relação de
Tempo = A prova vai começar em dois minutos. A) espaço, como em – Nosso diretor foi até Brasília para falar
Causa = Ela faleceu de derrame cerebral. do projeto “Xadrez que liberta”.
Fim ou finalidade = Vou ao médico para começar o B) inclusão, como em – O xadrez mudou até o nosso modo
tratamento. de falar.
Instrumento = Escreveu a lápis. C) finalidade, como em – Precisamos treinar até junho para
Posse = Não posso doar as roupas da mamãe. termos mais chances de vencer o torneio de xadrez.
Autoria = Esse livro de Machado de Assis é muito bom. D) movimento, como em – Só de chegar até aqui já estou
Companhia = Estarei com ele amanhã. muito feliz, porque eu não esperava.
Matéria = Farei um cartão de papel reciclado. E) tempo, como em – Até o ano que vem, pretendo conseguir
Meio = Nós vamos fazer um passeio de barco. a revisão da minha pena.
Origem = Nós somos do Nordeste, e você?
Conteúdo = Quebrei dois frascos de perfume. 02. Considere o trecho a seguir.
Oposição = Esse movimento é contra o que eu penso. O metrô paulistano, ________quem a banda recebe apoio,
Preço = Essa roupa sai por R$ 50 à vista. garante o espaço para ensaios e os equipamentos; e a estabilidade
no emprego, vantagem________ que muitos trabalhadores sonham,
Questões é o que leva os integrantes do grupo a permanecerem na
instituição.
01. Leia o texto a seguir.
As preposições que preenchem o trecho, correta,
“Xadrez que liberta”: estratégia, concentração e reeducação respectivamente e de acordo com a norma-padrão, são:
A) a ...com
João Carlos de Souza Luiz cumpre pena há três anos e dois B) de ...com
meses por assalto. Fransley Lapavani Silva está há sete anos C) de ...a
preso por homicídio. Os dois têm 30 anos. Além dos muros, D) com ...a
grades, cadeados e detectores de metal, eles têm outros pontos E) para ...de
em comum: tabuleiros e peças de xadrez.
O jogo, que eles aprenderam na cadeia, além de uma válvula 03. Assinale a alternativa cuja preposição em destaque
de escape para as horas de tédio, tornou-se uma metáfora para o expressa ideia de finalidade.
que pretendem fazer quando estiverem em liberdade. A) Além disso, aumenta a punição administrativa, de R$
“Quando você vai jogar uma partida de xadrez, tem que pensar 957,70 para R$ 1.915,40.
duas, três vezes antes. Se você movimenta uma peça errada, B) ... o STJ (Superior Tribunal de Justiça) decidiu que
pode perder uma peça de muito valor ou tomar um xeque-mate, o bafômetro e o exame de sangue eram obrigatórios para
instantaneamente. Se eu for para a rua e movimentar a peça comprovar o crime.
errada, eu posso perder uma peça muito importante na minha C) “... Ele é encaminhado para a delegacia para o perito fazer
vida, como eu perdi três anos na cadeia. Mas, na rua, o problema o exame clínico”...
maior é tomar o xeque-mate”, afirma João Carlos. D) Já para o juiz criminal de São Paulo, Fábio Munhoz
O xadrez faz parte da rotina de cerca de dois mil internos Soares, um dos que devem julgar casos envolvendo pessoas
em 22 unidades prisionais do Espírito Santo. É o projeto “Xadrez embriagadas ao volante, a mudança “é um avanço”.
que liberta”. Duas vezes por semana, os presos podem praticar E) Para advogados, a lei aumenta o poder da autoridade
a atividade sob a orientação de servidores da Secretaria de policial de dizer quem está embriagado...
Estado da Justiça (Sejus). Na próxima sexta-feira, será realizado
o primeiro torneio fora dos presídios desde que o projeto foi Respostas
implantado. Vinte e oito internos de 14 unidades participam da 1-B / 2-B / 3-B
disputa, inclusive João Carlos e Fransley, que diz que a vitória
não é o mais importante. Conjunção
“Só de chegar até aqui já estou muito feliz, porque eu não
esperava. A vitória não é tudo. Eu espero alcançar outras coisas Conjunção  é a palavra invariável que liga duas orações ou
devido ao xadrez, como ser olhado com outros olhos, como dois termos semelhantes de uma mesma oração. Por exemplo:
estou sendo olhado de forma diferente aqui no presídio devido
ao bom comportamento”. A menina segurou a boneca  e  mostrou  quando  viu as
Segundo a coordenadora do projeto, Francyany Cândido amiguinhas.
Venturin, o “Xadrez que liberta” tem provocado boas mudanças Deste exemplo podem ser retiradas três informações:
no comportamento dos presos. “Tem surtido um efeito positivo
por eles se tornarem uma referência positiva dentro da unidade, 1-) segurou a boneca 2-) a menina mostrou 3-) viu as
já que cumprem melhor as regras, respeitam o próximo e amiguinhas
pensam melhor nas suas ações, refletem antes de tomar uma

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APOSTILAS OPÇÃO
Cada informação está estruturada em torno de um verbo: - CONFORMATIVAS
segurou, mostrou, viu. Assim, há nessa frase três orações: Principais conjunções conformativas: como, segundo,
1ª oração: A menina segurou a boneca 2ª oração: e mostrou conforme, consoante
3ª oração: quando viu as amiguinhas. Cada um colhe conforme semeia.
A segunda oração liga-se à primeira por meio do “e”, e a Expressam uma ideia de acordo, concordância, conformidade.
terceira oração liga-se à segunda por meio do “quando”. As
palavras “e” e “quando” ligam, portanto, orações. - CONSECUTIVAS
Expressam uma ideia de consequência.
Observe: Gosto de natação e de futebol. Principais conjunções consecutivas: que (após “tal”, “tanto”,
Nessa frase as expressões de natação, de futebol são partes “tão”, “tamanho”).
ou termos de uma mesma oração. Logo, a palavra  “e” está Falou tanto que ficou rouco.
ligando termos de uma mesma oração.
- FINAIS
Conjunção é a palavra invariável que liga duas orações Expressam ideia de finalidade, objetivo.
ou dois termos semelhantes de uma mesma oração. Todos trabalham para que possam sobreviver.
Principais conjunções finais: para que, a fim de que, porque
Morfossintaxe da Conjunção (=para que),

As conjunções, a exemplo das preposições, não exercem - PROPORCIONAIS


propriamente uma função sintática: são conectivos. Principais conjunções proporcionais: à medida que, quanto
mais, ao passo que, à proporção que.
Classificação - Conjunções Coordenativas- Conjunções À medida que as horas passavam, mais sono ele tinha.
Subordinativas
- TEMPORAIS
Conjunções coordenativas Principais conjunções temporais: quando, enquanto, logo
Dividem-se em: que.
Quando eu sair, vou passar na locadora.
- ADITIVAS: expressam a ideia de adição, soma.
Ex. Gosto de cantar e de dançar. Importante:
Principais conjunções aditivas: e, nem, não só...mas também,
não só...como também. Diferença entre orações causais e explicativas

- ADVERSATIVAS: Expressam ideias contrárias, de oposição, Quando estudamos Orações Subordinadas Adverbiais (OSA)
de compensação. e Coordenadas Sindéticas (CS), geralmente nos deparamos
Ex. Estudei, mas não entendi nada. com a dúvida de como distinguir uma oração causal de uma
Principais conjunções adversativas: mas, porém, contudo, explicativa. Veja os exemplos:
todavia, no entanto, entretanto.
1º) Na frase “Não atravesse a rua, porque você pode ser
- ALTERNATIVAS: Expressam ideia de alternância. atropelado”:
Ou você sai do telefone ou eu vendo o aparelho. a) Temos uma CS Explicativa, que indica uma justificativa ou
Principais conjunções alternativas: Ou...ou, ora...ora, quer... uma explicação do fato expresso na oração anterior.
quer, já...já. b) As orações são coordenadas e, por isso, independentes
uma da outra. Neste caso, há uma pausa entre as orações que
- CONCLUSIVAS: Servem para dar conclusões às orações. Ex. vêm marcadas por vírgula.
Estudei muito, por isso mereço passar. Não atravesse a rua. Você pode ser atropelado.
Principais conjunções conclusivas: logo, por isso, pois b) Outra dica é, quando a oração que antecede a OC (Oração
(depois do verbo), portanto, por conseguinte, assim. Coordenada) vier com verbo no modo imperativo, ela será
explicativa.
- EXPLICATIVAS: Explicam, dão um motivo ou razão. Ex. É Façam silêncio, que estou falando. (façam= verbo imperativo)
melhor colocar o casaco porque está fazendo muito frio lá fora.
Principais conjunções explicativas: que, porque, pois (antes 2º) Na frase “Precisavam enterrar os mortos em outra cidade
do verbo), porquanto. porque não havia cemitério no local.”
a) Temos uma OSA Causal, já que a oração subordinada
Conjunções subordinativas (parte destacada) mostra a causa da ação expressa pelo
- CAUSAIS verbo da oração principal. Outra forma de reconhecê-
Principais conjunções causais: porque, visto que, já que, uma la é colocá-la no início do período, introduzida pela
vez que, como (= porque). conjunção como - o que não ocorre com a CS Explicativa.
Ele não fez o trabalho porque não tem livro. Como não havia cemitério no local, precisavam enterrar os mortos
em outra cidade.
- COMPARATIVAS b) As orações são subordinadas e, por isso, totalmente
Principais conjunções comparativas: que, do que, tão...como, dependentes uma da outra.
mais...do que, menos...do que.
Ela fala mais que um papagaio. Questões

- CONCESSIVAS 01. Leia o texto a seguir.


Principais conjunções concessivas: embora, ainda que, A música alcançou uma onipresença avassaladora em nosso
mesmo que, apesar de, se bem que. mundo: milhões de horas de sua história estão disponíveis em
Indicam uma concessão, admitem uma contradição, um fato disco; rios de melodia digital correm na internet; aparelhos
inesperado. Traz em si uma ideia de “apesar de”. de mp3 com 40 mil canções podem ser colocados no bolso. No
entanto, a música não é mais algo que fazemos nós mesmos, ou
Embora estivesse cansada, fui ao shopping. (= apesar de estar até que observamos outras pessoas fazerem diante de nós.
cansada) Ela se tornou um meio radicalmente virtual, uma arte sem
rosto. Quando caminhamos pela cidade num dia comum, nossos
Apesar de ter chovido fui ao cinema. ouvidos registram música em quase todos os momentos − pedaços
de hip-hop vazando dos fones de ouvido de adolescentes no metrô,

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APOSTILAS OPÇÃO
o sinal do celular de um advogado tocando a “Ode à alegria”, de Os seguintes fatos, referidos no texto, travam entre si uma
Beethoven −, mas quase nada disso será resultado imediato de relação de causa e efeito:
um trabalho físico de mãos ou vozes humanas, como se dava no A) ser poeta e militante político / confronto entre
passado. subjetividade e atuação social
Desde que Edison inventou o cilindro fonográfico, em1877, B) ser poeta e militante político / divisão permanente em
existe gente que avalia o que a gravação fez em favor e desfavor cada um de nós
da arte da música. Inevitavelmente, a conversa descambou para C) ser movido pelas paixões / esposar teses socialistas
os extremos retóricos. No campo oposto ao dos que diziam que a D) fazer arte / obliterar uma questão de vida ou morte
tecnologia acabaria com a música estão os utópicos, que alegam E) participar ativamente da política / formular hipóteses
que a tecnologia não aprisionou a música, mas libertou-a, levando com ar de convicção
a arte da elite às massas. Antes de Edison, diziam os utópicos, Respostas
as sinfonias de Beethoven só podiam ser ouvidas em salas de 1-E / 2-E / 3-A
concerto selecionadas. Agora, as gravações levam a mensagem
de Beethoven aos confins do planeta, convocando a multidão Interjeição
saudada na “Ode à alegria”: “Abracem-se, milhões!”. Glenn Gould,
depois de afastar-se das apresentações ao vivo em 1964, previu Interjeição  é a palavra invariável que exprime emoções,
que dentro de um século o concerto público desapareceria no éter sensações, estados de espírito, ou que procura agir sobre o
eletrônico, com grande efeito benéfico sobre a cultura musical. interlocutor, levando-o a adotar certo comportamento sem que,
(Adaptado de Alex Ross. Escuta só. Tradução Pedro Maia para isso, seja necessário fazer uso de estruturas linguísticas
Soares. São Paulo, Cia. das Letras, 2010, p. 76-77) mais elaboradas. Observe o exemplo:
Droga! Preste atenção quando eu estou falando!
No entanto, a música não é mais algo que fazemos nós mesmos, No exemplo acima, o interlocutor está muito bravo. Toda sua
ou até que observamos outras pessoas fazerem diante de nós. raiva se traduz numa palavra: Droga!
Considerando-se o contexto, é INCORRETO afirmar que o
elemento grifado pode ser substituído por: Ele poderia ter dito: - Estou com muita raiva de você! Mas usou
A) Porém. simplesmente uma palavra. Ele empregou a interjeição Droga!
B) Contudo. As sentenças da língua costumam se organizar de forma
C) Todavia. lógica: há uma sintaxe que estrutura seus elementos e os distribui
D) Entretanto. em posições adequadas a cada um deles. As interjeições, por
E) Conquanto. outro lado, são uma espécie de “palavra-frase”, ou seja, há uma
ideia expressa por uma palavra (ou um conjunto de palavras -
02. Observando as ocorrências da palavra “como” em – locução interjetiva) que poderia ser colocada em termos de uma
Como fomos programados para ver o mundo como um lugar sentença.
ameaçador… – é correto afirmar que se trata de conjunção Veja os exemplos:
(A) comparativa nas duas ocorrências. Bravo! Bis!
(B) conformativa nas duas ocorrências. bravo  e  bis: interjeição / sentença (sugestão): «Foi muito
(C) comparativa na primeira ocorrência. bom! Repitam!»
(D) causal na segunda ocorrência. Ai! Ai! Ai! Machuquei meu pé...
(E) causal na primeira ocorrência. ai: interjeição / sentença (sugestão): “Isso está doendo!” ou
“Estou com dor!”
03. Leia o texto a seguir.
A interjeição é um recurso da linguagem afetiva, em que
Participação não há uma ideia organizada de maneira lógica, como são as
Num belo poema, intitulado “Traduzir-se”, Ferreira Gullar sentenças da língua, mas sim a manifestação de um suspiro,
aborda o tema de uma divisão muito presente em cada um de um estado da alma decorrente de uma situação particular, um
nós: a que ocorre entre o nosso mundo interior e a nossa atuação momento ou um contexto específico. Exemplos:
junto aos outros, nosso papel na ordem coletiva. A divisão não é Ah, como eu queria voltar a ser criança!
simples: costuma-se ver como antagônicas essas duas “partes” ah: expressão de um estado emotivo = interjeição
de nós, nas quais nos dividimos. De fato, em quantos momentos Hum! Esse pudim estava maravilhoso!
da nossa vida precisamos escolher entre o atendimento de um hum: expressão de um pensamento súbito = interjeição
interesse pessoal e o cumprimento de um dever ético? Como poeta
e militante político, Ferreira Gullar deixou-se atrair tanto pela O significado das interjeições está vinculado à maneira
expressão das paixões mais íntimas quanto pela atuação de um como elas são proferidas. Desse modo, o tom da fala é que dita
convicto socialista. Em seu poema, o diálogo entre as duas partes o sentido que a expressão vai adquirir em cada contexto de
é desenvolvido de modo a nos fazer pensar que são incompatíveis. enunciação. Exemplos:
Psiu!
Mas no último momento do poema deparamo-nos com esta contexto:  alguém pronunciando essa expressão na rua;
estrofe: significado da interjeição (sugestão):  “Estou te chamando! Ei,
“Traduzir uma parte na outra parte − que é uma questão de espere!”
vida ou morte − será arte?” Psiu!
contexto:  alguém pronunciando essa expressão em um
O poeta levanta a possibilidade da “tradução” de uma parte hospital; significado da interjeição (sugestão):  “Por favor, faça
na outra, ou seja, da interação de ambas, numa espécie de silêncio!”
espelhamento. Isso ocorreria quando o indivíduo conciliasse Puxa! Ganhei o maior prêmio do sorteio!
verdadeiramente a instância pessoal e os interesses de uma puxa: interjeição; tom da fala: euforia
comunidade; quando deixasse de haver contradição entre a razão Puxa! Hoje não foi meu dia de sorte!
particular e a coletiva. Pergunta-se o poeta se não seria arte esse puxa: interjeição; tom da fala: decepção
tipo de integração. Realmente, com muita frequência a arte se
mostra capaz de expressar tanto nossa subjetividade como nossa As interjeições cumprem, normalmente, duas funções:
identidade social. a)  Sintetizar uma frase  exclamativa, exprimindo alegria,
Nesse sentido, traduzir uma parte na outra parte significaria tristeza, dor, etc.
vencer a parcialidade e chegar a uma autêntica participação, Você faz o que no Brasil?
de sentido altamente político. O poema de Gullar deixa-nos essa Eu? Eu negocio com madeiras.
hipótese provocadora, formulada com um ar de convicção. Ah, deve ser muito interessante.
(Belarmino Tavares, inédito) b) Sintetizar uma frase apelativa

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APOSTILAS OPÇÃO
Cuidado! Saia da minha frente. podem aparecer como interjeições.
As interjeições podem ser formadas por: Viva! Basta! (Verbos)
a) simples sons vocálicos: Oh!, Ah!, Ó, Ô. Fora! Francamente! (Advérbios)
b) palavras: Oba!, Olá!, Claro!
c) grupos de palavras (locuções interjetivas): Meu Deus!, Ora 3) A interjeição pode ser considerada uma “palavra-frase”
bolas! porque sozinha pode constituir uma mensagem.
A ideia expressa pela interjeição depende muitas vezes Socorro!
da entonação com que é pronunciada; por isso, pode ocorrer que Ajudem-me! 
uma interjeição tenha mais de um sentido. Por exemplo: Silêncio!
Oh! Que surpresa desagradável! (ideia de contrariedade) Fique quieto!
Oh! Que bom te encontrar. (ideia de alegria)
4) Há, também, as interjeições onomatopaicas ou imitativas,
Classificação das Interjeições
que exprimem ruídos e vozes.
Pum! Miau! Bumba! Zás! Plaft! Pof!
Comumente, as interjeições expressam sentido de:
Catapimba! Tique-taque! Quá-quá-quá!, etc.
- Advertência: Cuidado!, Devagar!, Calma!, Sentido!,
Atenção!, Olha!, Alerta!
5) Não se deve confundir a interjeição de apelo “ó” com a sua
- Afugentamento: Fora!, Passa!, Rua!, Xô!
homônima  “oh!”, que exprime admiração, alegria, tristeza, etc.
- Alegria ou Satisfação: Oh!, Ah!,Eh!, Oba!, Viva!
Faz-se uma pausa depois do” oh!” exclamativo e não a fazemos
- Alívio: Arre!, Uf!, Ufa! Ah!
depois do “ó” vocativo.
- Animação ou Estímulo: Vamos!, Força!, Coragem!, Eia!,
Ânimo!, Adiante!, Firme!, Toca!
“Ó natureza! ó mãe piedosa e pura!» (Olavo Bilac) 
- Aplauso ou Aprovação: Bravo!, Bis!, Apoiado!, Viva!, Boa!
Oh! a jornada negra!» (Olavo Bilac)
- Concordância: Claro!, Sim!, Pois não!, Tá!, Hã-hã!
6) Na linguagem afetiva, certas interjeições, originadas
- Repulsa ou Desaprovação: Credo!, Irra!, Ih!, Livra!, Safa!,
de palavras de outras classes, podem aparecer flexionadas no
Fora!, Abaixo!, Francamente!, Xi!, Chega!, Basta!, Ora!
diminutivo ou no superlativo.
- Desejo ou Intenção: Oh!, Pudera!, Tomara!, Oxalá!
Calminha! Adeusinho! Obrigadinho!
- Desculpa: Perdão!
Interjeições, leitura e produção de textos
- Dor ou Tristeza: Ai!, Ui!, Ai de mim!, Que pena!, Ah!, Oh!,
Eh!
Usadas com muita frequência na língua falada informal,
- Dúvida ou Incredulidade: Qual!, Qual o quê!, Hum!, Epa!,
quando empregadas na língua escrita, as interjeições costumam
Ora!
conferir-lhe certo tom inconfundível de coloquialidade. Além
- Espanto ou Admiração: Oh!, Ah!, Uai!, Puxa!, Céus!, Quê!,
disso, elas podem muitas vezes indicar traços pessoais do falante
Caramba!, Opa!, Virgem!, Vixe!, Nossa!, Hem?!, Hein?, Cruz!, Putz!
- como a escassez de vocabulário, o temperamento agressivo ou
- Impaciência ou Contrariedade: Hum!, Hem!, Irra!, Raios!,
dócil, até mesmo a origem geográfica. É nos textos narrativos -
Diabo!, Puxa!, Pô!, Ora!
particularmente nos diálogos - que comumente se faz uso
- Pedido de Auxílio: Socorro!, Aqui!, Piedade!
das interjeições com o objetivo de caracterizar personagens
- Saudação, Chamamento ou Invocação: Salve!, Viva!,
e, também, graças à sua natureza sintética, agilizar as falas.
Adeus!, Olá!, Alô!, Ei!, Tchau!, Ô, Ó, Psiu!, Socorro!, Valha-me,
Natureza sintética e conteúdo mais emocional do que
Deus!
racional fazem das interjeições presença constante nos textos
- Silêncio: Psiu!, Bico!, Silêncio!
publicitários.
- Terror ou Medo: Credo!, Cruzes!, Uh!, Ui!, Oh!
Fonte: http://www.soportugues.com.br/secoes/morf/
Saiba que: As interjeições são palavras invariáveis, isto é, morf89.php
não sofrem variação em gênero, número e grau como os nomes, Numeral
nem de número, pessoa, tempo, modo, aspecto e voz como os
verbos. No entanto, em uso específico, algumas interjeições Numeral é a palavra que indica os seres em termos
sofrem variação em grau. Deve-se ter claro, neste caso, que numéricos, isto é, que atribui quantidade aos seres ou os situa
não se trata de um processo natural dessa classe de palavra, em determinada sequência.
mas tão só uma variação que a linguagem afetiva permite. Os quatro últimos ingressos foram vendidos há pouco.
Exemplos: oizinho, bravíssimo, até loguinho. [quatro: numeral = atributo numérico de “ingresso”]
Eu quero café duplo, e você?
Locução Interjetiva
[duplo: numeral = atributo numérico de “café”]
A primeira pessoa da fila pode entrar, por favor!
Ocorre quando duas ou mais palavras formam uma
[primeira: numeral = situa o ser “pessoa” na sequência de
expressão com sentido de interjeição. Por exemplo
“fila”]
Ora bolas!
Quem me dera!
Note bem: os numerais traduzem, em palavras, o que
Virgem Maria!
os números indicam em relação aos seres. Assim, quando a
Meu Deus!
expressão é colocada em números (1, 1°, 1/3, etc.) não se trata
Ai de mim!
de numerais, mas sim de algarismos.
Valha-me Deus!
Além dos numerais mais conhecidos, já que refletem a
Graças a Deus!
ideia expressa pelos números, existem mais algumas palavras
Alto lá!
consideradas numerais porque denotam quantidade, proporção
Muito bem!
ou ordenação. São alguns exemplos: década, dúzia, par,
ambos(as), novena.
Observações:
Classificação dos Numerais
1) As interjeições são como frases resumidas, sintéticas. Por
exemplo:
Cardinais: indicam contagem, medida. É o número básico:
Ué! = Eu não esperava por essa!
um, dois, cem mil, etc.
Perdão! = Peço-lhe que me desculpe.
Ordinais: indicam a ordem ou lugar do ser numa série dada:
primeiro, segundo, centésimo, etc.
2) Além do contexto, o que caracteriza a interjeição é o seu
Fracionários: indicam parte de um inteiro, ou seja, a divisão
tom exclamativo; por isso, palavras de outras classes gramaticais
dos seres: meio, terço, dois quintos, etc.

Língua Portuguesa 33
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APOSTILAS OPÇÃO
Multiplicativos: expressam ideia de multiplicação dos Cardinais Ordinais Multiplicativos Fracionários
seres, indicando quantas vezes a quantidade foi aumentada: um primeiro - -
dobro, triplo, quíntuplo, etc. dois segundo dobro, duplo meio
três terceiro triplo, tríplice terço
Leitura dos Numerais quatro quarto quádruplo quarto
cinco quinto quíntuplo quinto
Separando os números em centenas, de trás para frente, seis sexto sêxtuplo sexto
obtêm-se conjuntos numéricos, em forma de centenas e, no sete sétimo sétuplo sétimo
início, também de dezenas ou unidades. Entre esses conjuntos oito oitavo óctuplo oitavo
usa-se vírgula; as unidades ligam-se pela conjunção “e”. nove nono nônuplo nono
1.203.726 = um milhão, duzentos e três mil, setecentos e vinte dez décimo décuplo décimo
e seis. onze décimo primeiro - onze avos
45.520 = quarenta e cinco mil, quinhentos e vinte. doze décimo segundo - doze avos
treze décimo terceiro - treze avos
Flexão dos numerais catorze décimo quarto - catorze avos
quinze décimo quinto - quinze avos
Os numerais cardinais que variam em gênero são um/uma, dezesseis décimo sexto - dezesseis avos
dois/duas e os que indicam centenas de duzentos/duzentas em dezessete décimo sétimo - dezessete avos
diante: trezentos/trezentas; quatrocentos/quatrocentas, etc. dezoito décimo oitavo - dezoito avos
Cardinais como milhão, bilhão, trilhão, variam em número: dezenove décimo nono - dezenove avos
milhões, bilhões, trilhões. Os demais cardinais são invariáveis. vinte vigésimo - vinte avos
trinta trigésimo - trinta avos
Os numerais ordinais variam em gênero e número: quarenta quadragésimo - quarenta avos
primeiro segundo milésimo cinquenta quinquagésimo - cinquenta avos
primeira segunda milésima sessenta sexagésimo - sessenta avos
primeiros segundos milésimos setenta septuagésimo - setenta avos
primeiras segundas milésimas oitenta octogésimo - oitenta avos
noventa nonagésimo - noventa avos
Os numerais multiplicativos são invariáveis quando atuam cem centésimo cêntuplo centésimo
em funções substantivas: duzentos ducentésimo - ducentésimo
Fizeram o dobro do esforço e conseguiram o triplo de produção. trezentos trecentésimo - trecentésimo
Quando atuam em funções adjetivas, esses numerais quatrocentos quadringentésimo - quadringentésimo
flexionam-se em gênero e número: quinhentos quingentésimo - quingentésimo
Teve de tomar doses triplas do medicamento. seiscentos sexcentésimo - sexcentésimo
Os numerais fracionários flexionam-se em gênero e número. setecentos septingentésimo - septingentésimo
Observe: um terço/dois terços, uma terça parte/duas terças oitocentos octingentésimo - octingentésimo
partes novecentos nongentésimo
Os numerais coletivos flexionam-se em número. Veja: uma ou noningentésimo - nongentésimo
dúzia, um milheiro, duas dúzias, dois milheiros. mil milésimo - milésimo
É comum na linguagem coloquial a indicação de grau nos milhão milionésimo - milionésimo
numerais, traduzindo afetividade ou especialização de sentido. bilhão bilionésimo - bilionésimo
É o que ocorre em frases como:
“Me empresta duzentinho...” Questões
É artigo de primeiríssima qualidade!
O time está arriscado por ter caído na segundona. (= segunda 01.Na frase “Nessa carteira só há duas notas de cinco reais”
divisão de futebol) temos exemplos de numerais:
A) ordinais;
Emprego dos Numerais B) cardinais;
C) fracionários;
*Para designar papas, reis, imperadores, séculos e partes em D) romanos;
que se divide uma obra, utilizam-se os ordinais até décimo e a E) Nenhuma das alternativas.
partir daí os cardinais, desde que o numeral venha depois do
substantivo: 02.Aponte a alternativa em que os numerais estão bem
Ordinais Cardinais empregados.
João Paulo II (segundo) Tomo XV (quinze) A) Ao papa Paulo Seis sucedeu João Paulo Primeiro.
D. Pedro II (segundo) Luís XVI (dezesseis) B) Após o parágrafo nono virá o parágrafo décimo.
Ato II (segundo) Capítulo XX (vinte) C) Depois do capítulo sexto, li o capitulo décimo primeiro.
Século VIII (oitavo) Século XX (vinte) D) Antes do artigo dez vem o artigo nono.
Canto IX (nono) João XXIII ( vinte e três) E) O artigo vigésimo segundo foi revogado.

*Para designar leis, decretos e portarias, utiliza-se o ordinal Respostas


até nono e o cardinal de dez em diante: 1-B / 2-D
Artigo 1.° (primeiro) Artigo 10 (dez)
Artigo 9.° (nono) Artigo 21 (vinte e um) 1.3. Teoria Geral da Frase e sua
*Ambos/ambas são considerados numerais. Significam “um análise: orações, períodos e
e outro”, “os dois” (ou “uma e outra”, “as duas”) e são largamente funções sintáticas;
empregados para retomar pares de seres aos quais já se fez
referência.
Pedro e João parecem ter finalmente percebido a importância Análise Sintática
da solidariedade. Ambos agora participam das atividades
comunitárias de seu bairro. A Análise Sintática examina a estrutura do período, divide
e classifica as orações que o constituem e reconhece a função
Obs.: a forma “ambos os dois” é considerada enfática. sintática dos termos de cada oração.
Atualmente, seu uso indica afetação, artificialismo.

Língua Portuguesa 34
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APOSTILAS OPÇÃO
Daremos uma ideia do que seja frase, oração, período, termo, “E queira Deus que te não enganes, menino!” (Carlos de Laet)
função sintática e núcleo de um termo da oração.
As palavras, tanto na expressão escrita como na oral, são Imprecativas: Encerram uma imprecação (praga, maldição):
reunidas e ordenadas em frases. Pela frase é que se alcança “Esta luz me falte, se eu minto, senhor!” (Camilo Castelo
o objetivo do discurso, ou seja, da atividade linguística: a Branco)
comunicação com o ouvinte ou o leitor. “Não encontres amor nas mulheres!” (Gonçalves Dias)
Frase, Oração e Período são fatores constituintes de “Maldito seja quem arme ciladas no seu caminho!”
qualquer texto escrito em prosa, pois o mesmo compõe-se de (Domingos Carvalho da Silva)
uma sequência lógica de ideias, todas organizadas e dispostas
em parágrafos minuciosamente construídos. Como se vê dos exemplos citados, os diversos tipos de frase
podem encerrar uma afirmação ou uma negação. No primeiro
Frase: é todo enunciado capaz de transmitir, a quem nos caso, a frase é afirmativa, no segundo, negativa. O que caracteriza
ouve ou lê, tudo o que pensamos, queremos ou sentimos. Pode e distingue esses diferentes tipos de frase é a entoação, ora
revestir as mais variadas formas, desde a simples palavra até ascendente ora descendente.
o período mais complexo, elaborado segundo os padrões Muitas vezes, as frases assumem sentidos que só podem ser
sintáticos do idioma. São exemplos de frases: integralmente captados se atentarmos para o contexto em que
são empregadas. É o caso, por exemplo, das situações em que se
Socorro! explora a ironia. Pense, por exemplo, na frase “Que educação!”,
Muito obrigado! usada quando se vê alguém invadindo, com seu carro, a faixa de
Que horror! pedestres. Nesse caso, ela expressa exatamente o contrário do
Sentinela, alerta! que aparentemente diz.
Cada um por si e Deus por todos. A entoação é um elemento muito importante da frase falada,
Grande nau, grande tormenta. pois nos dá uma ampla possibilidade de expressão. Dependendo
Por que agridem a natureza? de como é dita, uma frase simples como «É ela.» pode indicar
“Tudo seco em redor.” (Graciliano Ramos) constatação, dúvida, surpresa, indignação, decepção, etc.
“Boa tarde, mãe Margarida!” (Graciliano Ramos) A mesma frase pode assumir sentidos diferentes, conforme o
“Fumaça nas chaminés, o céu tranquilo, limpo o terreiro.” tom com que a proferimos. Observe:
(Adonias Filho) Olavo esteve aqui.
“As luzes da cidade estavam amortecidas.” (Érico Veríssimo) Olavo esteve aqui?
“Tropas do exército regular do Sul, ajustadas pelos Olavo esteve aqui?!
seus aliados brancos de além mar, tinham sido levadas em Olavo esteve aqui!
helicópteros para o lugar onde se presumia estivesse o inimigo,
mas este se havia sumido por completo.” (Érico Veríssimo) Questões

As frases são proferidas com entoação e pausas especiais, 01. Marque apenas as frases nominais:
indicadas na escrita pelos sinais de pontuação. Muitas frases, (A) Que voz estranha!
principalmente as que se desviam do esquema sujeito + (B) A lanterna produzia boa claridade.
predicado, só podem ser entendidas dentro do contexto (= (C) As risadas não eram normais.
o escrito em que figuram) e na situação (= o ambiente, as (D) Luisinho, não!
circunstâncias) em que o falante se encontra. Chamam-se frases
nominais as que se apresentam sem o verbo. Exemplo: Tudo 02. Classifique as frases em declarativa, interrogativa,
parado e morto. exclamativa, optativa ou imperativa.
(A) Você está bem?
Quanto ao sentido, as frases podem ser: (B) Não olhe; não olhe, Luisinho!
(C) Que alívio!
Declarativas: aquela através da qual se enuncia algo, (D) Tomara que Luisinho não fique impressionado!
de forma afirmativa ou negativa. Encerram a declaração ou (E) Você se machucou?
enunciação de um juízo acerca de alguém ou de alguma coisa: (F) A luz jorrou na caverna.
Paulo parece inteligente. (afirmativa) (G) Agora suma, seu monstro!
Nunca te esquecerei. (negativa) (H) O túnel ficava cada vez mais escuro.
Neli não quis montar o cavalo velho, de pêlo ruço. (negativa)
03. Transforme a frase declarativa em imperativa. Siga o
Interrogativas: aquela da qual se pergunta algo, direta modelo:
(com ponto de interrogação) ou indiretamente (sem ponto de Luisinho ficou pra trás. (declarativa)
interrogação). São uma pergunta, uma interrogação: Lusinho, fique para trás. (imperativa)
Por que chegaste tão tarde?  
Gostaria de saber que horas são. (A) Eugênio e Marcelo caminhavam juntos.
“Por que faço eu sempre o que não queria” (Fernando Pessoa) (B) Luisinho procurou os fósforos no bolso.
(C) Os meninos olharam à sua volta.
Imperativas: aquela através da qual expressamos uma
ordem, pedido ou súplica, de forma afirmativa ou negativa. 04. Sabemos que frases verbais são aquelas que têm verbos.
Contêm uma ordem, proibição, exortação ou pedido: Assinale, pois, as frases verbais:
“Cale-se! Respeite este templo.” (afirmativa) (A) Deus te guarde!
Não cometa imprudências. (negativa) (B) As risadas não eram normais.
“Não me leves para o mar.” (negativa) (C) Que ideia absurda!
(D) O fósforo quebrou – se em três pedacinhos.
Exclamativas: aquela através da qual externamos uma (E) Tão preta como o túnel!
admiração. Traduzem admiração, surpresa, arrependimento, (F) Quem bom!
etc.: (G) As ovelhas são mansas e pacientes.
Como eles são audaciosos! (H) Que espírito irônico e livre!
Não voltaram mais!
Respostas
Optativas: É aquela através da qual se exprime um desejo:
Bons ventos o levem! 01. “a” e “d”
Oxalá não sejam vãos tantos sacrifícios!

Língua Portuguesa 35
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APOSTILAS OPÇÃO
02. a) interrogativa; b) imperativa; c) exclamativa; d) Sujeito Predicado
optativa; e) interrogativa; f) declarativa; g) imperativa; h)
declarativa Pobreza não é vileza.
Os sertanistas capturavam os índios.
03. a) Eugênio e Marcelo, caminhem juntos!; b) Luisinho,
procure os fósforos no bolso!; c) Meninos, olhem à sua volta! Um vento áspero sacudia as árvores.

04. a = guarde / b = eram / d = quebrou / g = são Sujeito: é equivocado dizer que o sujeito é aquele que pratica
uma ação ou é aquele (ou aquilo) do qual se diz alguma coisa. Ao
Oração fazer tal afirmação estamos considerando o aspecto semântico
do sujeito (agente de uma ação) ou o seu aspecto estilístico
Oração: é todo enunciado linguístico dotado de sentido, (o tópico da sentença). Já que o sujeito é depreendido de uma
porém há, necessariamente, a presença do verbo. A oração análise sintática, vamos restringir a definição apenas ao seu
encerra uma frase (ou segmento de frase), várias frases ou um papel sintático na sentença: aquele que estabelece concordância
período, completando um pensamento e concluindo o enunciado com o núcleo do predicado. Quando se trata de predicado verbal,
através de ponto final, interrogação, exclamação e, em alguns o núcleo é sempre um verbo; sendo um predicado nominal, o
casos, através de reticências. núcleo é sempre um nome. Então têm por características básicas:
Em toda oração há um verbo ou locução verbal (às vezes - estabelecer concordância com o núcleo do predicado;
elípticos). Não têm estrutura sintática, portanto não são orações, - apresentar-se como elemento determinante em relação ao
não podem ser analisadas sintaticamente frases como: predicado;
- constituir-se de um substantivo, ou pronome substantivo
Socorro! ou, ainda, qualquer palavra substantivada.
Com licença!
Que rapaz impertinente! Exemplo:
Muito riso, pouco siso.
A padaria está fechada hoje.
Na oração as palavras estão relacionadas entre si, como está fechada hoje: predicado nominal
partes de um conjunto harmônico: elas formam os termos fechada: nome adjetivo = núcleo do predicado
ou as unidades sintáticas da oração. Cada termo da oração a padaria: sujeito
desempenha uma função sintática. Geralmente apresentam dois padaria: núcleo do sujeito - nome feminino singular
grupos de palavras: um grupo sobre o qual se declara alguma
coisa (o sujeito), e um grupo que apresenta uma declaração (o No interior de uma sentença, o sujeito é o termo determinante,
predicado), e, excepcionalmente, só o predicado. Exemplo: ao passo que o predicado é o termo determinado. Essa posição
de determinante do sujeito em relação ao predicado adquire
A menina banhou-se na cachoeira. sentido com o fato de ser possível, na língua portuguesa, uma
A menina – sujeito sentença sem sujeito, mas nunca uma sentença sem predicado.
banhou-se na cachoeira – predicado Exemplo:
Choveu durante a noite. (a oração toda predicado)
As formigas invadiram minha casa.
O sujeito é o termo da frase que concorda com o verbo em as formigas: sujeito = termo determinante
número e pessoa. É normalmente o «ser de quem se declara invadiram minha casa: predicado = termo determinado
algo», «o tema do que se vai comunicar». Há formigas na minha casa.
O predicado é a parte da oração que contém “a informação há formigas na minha casa: predicado = termo determinado
nova para o ouvinte”. Normalmente, ele se refere ao sujeito, sujeito: inexistente
constituindo a declaração do que se atribui ao sujeito.
O sujeito sempre se manifesta em termos de sintagma
Observe: O amor é eterno. O tema, o ser de quem se declara nominal, isto é, seu núcleo é sempre um nome. Quando esse
algo, o sujeito, é “O amor”. A declaração referente a “o amor”, ou nome se refere a objetos das primeira e segunda pessoas, o
seja, o predicado, é «é eterno». sujeito é representado por um pronome pessoal do caso reto (eu,
tu, ele, etc.). Se o sujeito se refere a um objeto da terceira pessoa,
Já na frase: Os rapazes jogam futebol. O sujeito é “Os rapazes”, sua representação pode ser feita através de um substantivo, de
que identificamos por ser o termo que concorda em número e um pronome substantivo ou de qualquer conjunto de palavras,
pessoa com o verbo “jogam”. O predicado é “jogam futebol”. cujo núcleo funcione, na sentença, como um substantivo.
Exemplos:
Núcleo de um termo é a palavra principal (geralmente um Eu acompanho você até o guichê.
substantivo, pronome ou verbo), que encerra a essência de eu: sujeito = pronome pessoal de primeira pessoa
sua significação. Nos exemplos seguintes, as palavras amigo e Vocês disseram alguma coisa?
revestiu são o núcleo do sujeito e do predicado, respectivamente: vocês: sujeito = pronome pessoal de segunda pessoa
“O amigo retardatário do presidente prepara-se para Marcos tem um fã-clube no seu bairro.
desembarcar.” (Aníbal Machado) Marcos: sujeito = substantivo próprio
A avezinha revestiu o interior do ninho com macias plumas. Ninguém entra na sala agora.
ninguém: sujeito = pronome substantivo
Os termos da oração da língua portuguesa são classificados O andar deve ser uma atividade diária.
em três grandes níveis: o andar: sujeito = núcleo: verbo substantivado nessa oração
- Termos Essenciais da Oração: Sujeito e Predicado.
Além dessas formas, o sujeito também pode se constituir
- Termos Integrantes da Oração: Complemento Nominal e de uma oração inteira. Nesse caso, a oração recebe o nome de
Complementos Verbais (Objeto Direto, Objeto indireto e Agente oração substantiva subjetiva:
da Passiva).
É difícil optar por esse ou aquele doce...
- Termos Acessórios da Oração: Adjunto Adnominal, É difícil: oração principal
Adjunto Adverbial, Aposto e Vocativo. optar por esse ou aquele doce: oração substantiva subjetiva

Termos Essenciais da Oração: São dois os termos essenciais O sujeito é constituído por um substantivo ou pronome, ou
(ou fundamentais) da oração: sujeito e predicado. Exemplos: por uma palavra ou expressão substantivada. Exemplos:

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APOSTILAS OPÇÃO
O sino era grande. nenhum ser. São construídas com os verbos impessoais, na 3ª
Ela tem uma educação fina. pessoa do singular: Havia ratos no porão; Choveu durante o jogo.
Vossa Excelência agiu com imparcialidade. Observação: São verbos impessoais: Haver (nos sentidos
Isto não me agrada. de existir, acontecer, realizar-se, decorrer), Fazer, passar, ser
e estar, com referência ao tempo e Chover, ventar, nevar, gear,
O núcleo (isto é, a palavra base) do sujeito é, pois, um relampejar, amanhecer, anoitecer e outros que exprimem
substantivo ou pronome. Em torno do núcleo podem aparecer fenômenos meteorológicos.
palavras secundárias (artigos, adjetivos, locuções adjetivas, etc.).
Exemplo: “Todos os ligeiros rumores da mata tinham uma Predicado: assim como o sujeito, o predicado é um
voz para a selvagem filha do sertão.” (José de Alencar) segmento extraído da estrutura interna das orações ou das
frases, sendo, por isso, fruto de uma análise sintática. Nesse
O sujeito pode ser: sentido, o predicado é sintaticamente o segmento linguístico
que estabelece concordância com outro termo essencial
Simples: quando tem um só núcleo: As rosas têm espinhos; da oração, o sujeito, sendo este o termo determinante (ou
“Um bando de galinhas-d’angola atravessa a rua em fila indiana.” subordinado) e o predicado o termo determinado (ou principal).
Composto: quando tem mais de um núcleo: “O burro e o Não se trata, portanto, de definir o predicado como “aquilo
cavalo nadavam ao lado da canoa.” que se diz do sujeito” como fazem certas gramáticas da língua
Expresso: quando está explícito, enunciado: Eu viajarei portuguesa, mas sim estabelecer a importância do fenômeno
amanhã. da concordância entre esses dois termos essenciais da oração.
Oculto (ou elíptico): quando está implícito, isto é, quando Então têm por características básicas: apresentar-se como
não está expresso, mas se deduz do contexto: Viajarei amanhã. elemento determinado em relação ao sujeito; apontar um
(sujeito: eu, que se deduz da desinência do verbo); “Um soldado atributo ou acrescentar nova informação ao sujeito.
saltou para a calçada e aproximou-se.” (o sujeito, soldado, está
expresso na primeira oração e elíptico na segunda: e (ele) Exemplo:
aproximou-se.); Crianças, guardem os brinquedos. (sujeito:
vocês) Carolina conhece os índios da Amazônia.
Agente: se faz a ação expressa pelo verbo da voz ativa: O Nilo sujeito: Carolina = termo determinante
fertiliza o Egito. predicado: conhece os índios da Amazônia = termo
Paciente: quando sofre ou recebe os efeitos da ação expressa determinado
pelo verbo passivo: O criminoso é atormentado pelo remorso;
Muitos sertanistas foram mortos pelos índios; Construíram-se Nesses exemplos podemos observar que a concordância é
açudes. (= Açudes foram construídos.) estabelecida entre algumas poucas palavras dos dois termos
Agente e Paciente: quando o sujeito realiza a ação expressa essenciais. No primeiro exemplo, entre “Carolina” e “conhece”;
por um verbo reflexivo e ele mesmo sofre ou recebe os efeitos no segundo exemplo, entre “nós” e “fazemos”. Isso se dá porque
dessa ação: O operário feriu-se durante o trabalho; Regina a concordância é centrada nas palavras que são núcleos, isto
trancou-se no quarto. é, que são responsáveis pela principal informação naquele
Indeterminado: quando não se indica o agente da ação segmento. No predicado o núcleo pode ser de dois tipos: um
verbal: Atropelaram uma senhora na esquina. (Quem atropelou nome, quase sempre um atributo que se refere ao sujeito da
a senhora? Não se diz, não se sabe quem a atropelou.); Come-se oração, ou um verbo (ou locução verbal). No primeiro caso,
bem naquele restaurante. temos um predicado nominal (seu núcleo significativo é um
nome, substantivo, adjetivo, pronome, ligado ao sujeito por
Observações: um verbo de ligação) e no segundo um predicado verbal (seu
- Não confundir sujeito indeterminado com sujeito oculto. núcleo é um verbo, seguido, ou não, de complemento(s) ou
- Sujeito formado por pronome indefinido não é termos acessórios). Quando, num mesmo segmento o nome e o
indeterminado, mas expresso: Alguém me ensinará o caminho. verbo são de igual importância, ambos constituem o núcleo do
Ninguém lhe telefonou. predicado e resultam no tipo de predicado verbo-nominal (tem
- Assinala-se a indeterminação do sujeito usando-se o dois núcleos significativos: um verbo e um nome). Exemplos:
verbo na 3ª pessoa do plural, sem referência a qualquer agente
já expresso nas orações anteriores: Na rua olhavam-no com Minha empregada é desastrada.
admiração; “Bateram palmas no portãozinho da frente.”; “De predicado: é desastrada
qualquer modo, foi uma judiação matarem a moça.” núcleo do predicado: desastrada = atributo do sujeito
- Assinala-se a indeterminação do sujeito com um verbo tipo de predicado: nominal
ativo na 3ª pessoa do singular, acompanhado do pronome se. O
pronome se, neste caso, é índice de indeterminação do sujeito. O núcleo do predicado nominal chama-se predicativo
Pode ser omitido junto de infinitivos. do sujeito, porque atribui ao sujeito uma qualidade ou
Aqui vive-se bem. característica. Os verbos de ligação (ser, estar, parecer, etc.)
Devagar se vai ao longe. funcionam como um elo entre o sujeito e o predicado.
Quando se é jovem, a memória é mais vivaz.
Trata-se de fenômenos que nem a ciência sabe explicar. A empreiteira demoliu nosso antigo prédio.
predicado: demoliu nosso antigo prédio
- Assinala-se a indeterminação do sujeito deixando-se o núcleo do predicado: demoliu = nova informação sobre o
verbo no infinitivo impessoal: Era penoso carregar aqueles sujeito
fardos enormes; É triste assistir a estas cenas repulsivas. tipo de predicado: verbal

Normalmente, o sujeito antecede o predicado; todavia, a Os manifestantes desciam a rua desesperados.


posposição do sujeito ao verbo é fato corriqueiro em nossa predicado: desciam a rua desesperados
língua. núcleos do predicado: desciam = nova informação sobre o
Exemplos: sujeito; desesperados = atributo do sujeito
É fácil este problema! tipo de predicado: verbo-nominal
Vão-se os anéis, fiquem os dedos.
“Breve desapareceram os dois guerreiros entre as árvores.” Nos predicados verbais e verbo-nominais o verbo é
(José de Alencar) responsável também por definir os tipos de elementos que
aparecerão no segmento. Em alguns casos o verbo sozinho basta
Sem Sujeito: constituem a enunciação pura e absoluta de um para compor o predicado (verbo intransitivo). Em outros casos
fato, através do predicado; o conteúdo verbal não é atribuído a é necessário um complemento que, juntamente com o verbo,

Língua Portuguesa 37
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APOSTILAS OPÇÃO
constituem a nova informação sobre o sujeito. De qualquer julgar, chamar, nomear, eleger, proclamar, designar, considerar,
forma, esses complementos do verbo não interferem na tipologia declarar, adotar, ter, fazer, etc. Exemplos:
do predicado. Comprei um terreno e construí a casa.
Entretanto, é muito comum a elipse (ou omissão) do verbo, “Trabalho honesto produz riqueza honrada.” (Marquês de
quando este puder ser facilmente subentendido, em geral por Maricá)
estar expresso ou implícito na oração anterior. Exemplos: “Então, solenemente Maria acendia a lâmpada de sábado.”
(Guedes de Amorim)
“A fraqueza de Pilatos é enorme, a ferocidade dos algozes
inexcedível.” (Machado de Assis) (Está subentendido o verbo é Dentre os verbos transitivos diretos merecem destaque os
depois de algozes) que formam o predicado verbo nominal e se constrói com o
“Mas o sal está no Norte, o peixe, no Sul” (Paulo Moreira da complemento acompanhado de predicativo. Exemplos:
Silva) (Subentende-se o verbo está depois de peixe) Consideramos o caso extraordinário.
“A cidade parecia mais alegre; o povo, mais contente.” (Povina Inês trazia as mãos sempre limpas.
Cavalcante) (isto é: o povo parecia mais contente) O povo chamava-os de anarquistas.
Julgo Marcelo incapaz disso.
Chama-se predicação verbal o modo pelo qual o verbo
forma o predicado. Observações: Os verbos transitivos diretos, em geral, podem
Há verbos que, por natureza, tem sentido completo, ser usados também na voz passiva; Outra característica desses
podendo, por si mesmos, constituir o predicado: são os verbos verbos é a de poderem receber como objeto direto, os pronomes
de predicação completa denominados intransitivos. Exemplo: o, a, os, as: convido-o, encontro-os, incomodo-a, conheço-as; Os
verbos transitivos diretos podem ser construídos acidentalmente
As flores murcharam. com preposição, a qual lhes acrescenta novo matiz semântico:
Os animais correm. arrancar da espada; puxar da faca; pegar de uma ferramenta;
As folhas caem. tomar do lápis; cumprir com o dever; Alguns verbos transitivos
diretos: abençoar, achar, colher, avisar, abraçar, comprar,
Outros verbos há, pelo contrário, que para integrarem castigar, contrariar, convidar, desculpar, dizer, estimar, elogiar,
o predicado necessitam de outros termos: são os verbos de entristecer, encontrar, ferir, imitar, levar, perseguir, prejudicar,
predicação incompleta, denominados transitivos. Exemplos: receber, saldar, socorrer, ter, unir, ver, etc.

João puxou a rede. Transitivos Indiretos: são os que reclamam um


“Não invejo os ricos, nem aspiro à riqueza.” (Oto Lara complemento regido de preposição, chamado objeto indireto.
Resende) Exemplos:
“Não simpatizava com as pessoas investidas no poder.” “Ninguém perdoa ao quarentão que se apaixona por uma
(Camilo Castelo Branco) adolescente.” (Ciro dos Anjos)
“Populares assistiam à cena aparentemente apáticos e
Observe que, sem os seus complementos, os verbos puxou, neutros.” (Érico Veríssimo)
invejo, aspiro, etc., não transmitiriam informações completas: “Lúcio não atinava com essa mudança instantânea.” (José
puxou o quê? Não invejo a quem? Não aspiro a quê? Américo)
Os verbos de predicação completa denominam-se “Do que eu mais gostava era do tempo do retiro espiritual.”
intransitivos e os de predicação incompleta, transitivos. Os (José Geraldo Vieira)
verbos transitivos subdividem-se em: transitivos diretos,
transitivos indiretos e transitivos diretos e indiretos Observações: Entre os verbos transitivos indiretos importa
(bitransitivos). distinguir os que se constroem com os pronomes objetivos lhe,
Além dos verbos transitivos e intransitivos, quem encerram lhes. Em geral são verbos que exigem a preposição a: agradar-lhe,
uma noção definida, um conteúdo significativo, existem os de agradeço-lhe, apraz-lhe, bate-lhe, desagrada-lhe, desobedecem-
ligação, verbos que entram na formação do predicado nominal, lhe, etc. Entre os verbos transitivos indiretos importa distinguir
relacionando o predicativo com o sujeito. os que não admitem para objeto indireto as formas oblíquas
Quanto à predicação classificam-se, pois os verbos em: lhe, lhes, construindo-se com os pronomes retos precedidos de
Intransitivos: são os que não precisam de complemento, preposição: aludir a ele, anuir a ele, assistir a ela, atentar nele,
pois têm sentido completo. depender dele, investir contra ele, não ligar para ele, etc.
“Três contos bastavam, insistiu ele.” (Machado de Assis) Em princípio, verbos transitivos indiretos não comportam
“Os guerreiros Tabajaras dormem.” (José de Alencar) a forma passiva. Excetuam-se pagar, perdoar, obedecer, e
“A pobreza e a preguiça andam sempre em companhia.” pouco mais, usados também como transitivos diretos: João
(Marquês de Maricá) paga (perdoa, obedece) o médico. O médico é pago (perdoado,
obedecido) por João. Há verbos transitivos indiretos, como
Observações: Os verbos intransitivos podem vir atirar, investir, contentar-se, etc., que admitem mais de uma
acompanhados de um adjunto adverbial e mesmo de um preposição, sem mudança de sentido. Outros mudam de sentido
predicativo (qualidade, características): Fui cedo; Passeamos com a troca da preposição, como nestes exemplos: Trate de sua
pela cidade; Cheguei atrasado; Entrei em casa aborrecido. vida. (tratar=cuidar). É desagradável tratar com gente grosseira.
As orações formadas com verbos intransitivos não podem (tratar=lidar). Verbos como aspirar, assistir, dispor, servir, etc.,
“transitar” (= passar) para a voz passiva. Verbos intransitivos variam de significação conforme sejam usados como transitivos
passam, ocasionalmente, a transitivos quando construídos com diretos ou indiretos.
o objeto direto ou indireto.
- “Inutilmente a minha alma o chora!” (Cabral do Nascimento) Transitivos Diretos e Indiretos: são os que se usam com
- “Depois me deitei e dormi um sono pesado.” (Luís Jardim) dois objetos: um direto, outro indireto, concomitantemente.
- “Morrerás morte vil da mão de um forte.” (Gonçalves Dias) Exemplos:
- “Inútil tentativa de viajar o passado, penetrar no mundo No inverno, Dona Cléia dava roupas aos pobres.
que já morreu...” (Ciro dos Anjos) A empresa fornece comida aos trabalhadores.
Oferecemos flores à noiva.
Alguns verbos essencialmente intransitivos: anoitecer, Ceda o lugar aos mais velhos.
crescer, brilhar, ir, agir, sair, nascer, latir, rir, tremer, brincar,
chegar, vir, mentir, suar, adoecer, etc. De Ligação: Os que ligam ao sujeito uma palavra ou
expressão chamada predicativo. Esses verbos, entram na
Transitivos Diretos: são os que pedem um objeto direto, isto formação do predicado nominal. Exemplos:
é, um complemento sem preposição. Pertencem a esse grupo: A Terra é móvel.

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APOSTILAS OPÇÃO
A água está fria. Objeto Direto: é o complemento dos verbos de predicação
O moço anda (=está) triste. incompleta, não regido, normalmente, de preposição. Exemplos:
A Lua parecia um disco. As plantas purificaram o ar.
“Nunca mais ele arpoara um peixe-boi.” (Ferreira Castro)
Observações: Os verbos de ligação não servem apenas de Procurei o livro, mas não o encontrei.
anexo, mas exprimem ainda os diversos aspectos sob os quais Ninguém me visitou.
se considera a qualidade atribuída ao sujeito. O verbo ser, por
exemplo, traduz aspecto permanente e o verbo estar, aspecto O objeto direto tem as seguintes características:
transitório: Ele é doente. (aspecto permanente); Ele está doente. - Completa a significação dos verbos transitivos diretos;
(aspecto transitório). Muito desses verbos passam à categoria - Normalmente, não vem regido de preposição;
dos intransitivos em frases como: Era =existia) uma vez uma - Traduz o ser sobre o qual recai a ação expressa por um
princesa.; Eu não estava em casa.; Fiquei à sombra.; Anda com verbo ativo: Caim matou Abel.
dificuldades.; Parece que vai chover. - Torna-se sujeito da oração na voz passiva: Abel foi morto
por Caim.
Os verbos, relativamente à predicação, não têm classificação
fixa, imutável. Conforme a regência e o sentido que apresentam O objeto direto pode ser constituído:
na frase, podem pertencer ora a um grupo, ora a outro. Exemplos: - Por um substantivo ou expressão substantivada: O lavrador
O homem anda. (intransitivo) cultiva a terra.; Unimos o útil ao agradável.
O homem anda triste. (de ligação) - Pelos pronomes oblíquos o, a, os, as, me, te, se, nos, vos:
Espero-o na estação.; Estimo-os muito.; Sílvia olhou-se ao
O cego não vê. (intransitivo) espelho.; Não me convidas?; Ela nos chama.; Avisamo-lo a
O cego não vê o obstáculo. (transitivo direto) tempo.; Procuram-na em toda parte.; Meu Deus, eu vos amo.;
“Marchei resolutamente para a maluca e intimei-a a ficar
Não dei com a chave do enigma. (transitivo indireto) quieta.”; “Vós haveis de crescer, perder-vos-ei de vista.”
Os pais dão conselhos aos filhos. (transitivo direto e indireto) - Por qualquer pronome substantivo: Não vi ninguém na
loja.; A árvore que plantei floresceu. (que: objeto direto de
Predicativo: Há o predicativo do sujeito e o predicativo do plantei); Onde foi que você achou isso? Quando vira as folhas do
objeto. livro, ela o faz com cuidado.; “Que teria o homem percebido nos
meus escritos?”
Predicativo do Sujeito: é o termo que exprime um atributo,
um estado ou modo de ser do sujeito, ao qual se prende por um Frequentemente transitivam-se verbos intransitivos, dando-
verbo de ligação, no predicado nominal. Exemplos: se-lhes por objeto direto uma palavra cognata ou da mesma
A bandeira é o símbolo da Pátria. esfera semântica:
A mesa era de mármore. “Viveu José Joaquim Alves vida tranquila e patriarcal.”
(Vivaldo Coaraci)
Além desse tipo de predicativo, outro existe que entra na “Pela primeira vez chorou o choro da tristeza.” (Aníbal
constituição do predicado verbo-nominal. Exemplos: Machado)
O trem chegou atrasado. (=O trem chegou e estava “Nenhum de nós pelejou a batalha de Salamina.” (Machado
atrasado.) de Assis)
O menino abriu a porta ansioso. Em tais construções é de rigor que o objeto venha
Todos partiram alegres. acompanhado de um adjunto.

Observações: O predicativo subjetivo às vezes está Objeto Direto Preposicionado: Há casos em que o objeto
preposicionado; Pode o predicativo preceder o sujeito e até direto, isto é, o complemento de verbos transitivos diretos, vem
mesmo ao verbo: São horríveis essas coisas!; Que linda precedido de preposição, geralmente a preposição a. Isto ocorre
estava Amélia!; Completamente feliz ninguém é.; Raros são os principalmente:
verdadeiros líderes.; Quem são esses homens?; Lentos e tristes, - Quando o objeto direto é um pronome pessoal tônico:
os retirantes iam passando.; Novo ainda, eu não entendia certas Deste modo, prejudicas a ti e a ela.; “Mas dona Carolina amava
coisas.; Onde está a criança que fui? mais a ele do que aos outros filhos.”; “Pareceu-me que Roberto
Predicativo do Objeto: é o termo que se refere ao objeto de hostilizava antes a mim do que à ideia.”; “Ricardina lastimava o
um verbo transitivo. Exemplos: seu amigo como a si própria.”; “Amava-a tanto como a nós”.
O juiz declarou o réu inocente. - Quando o objeto é o pronome relativo quem: “Pedro
O povo elegeu-o deputado. Severiano tinha um filho a quem idolatrava.”; “Abraçou a todos;
deu um beijo em Adelaide, a quem felicitou pelo desenvolvimento
Observações: O predicativo objetivo, como vemos dos das suas graças.”; “Agora sabia que podia manobrar com ele, com
exemplos acima, às vezes vem regido de preposição. Esta, em aquele homem a quem na realidade também temia, como todos
certos casos, é facultativa; O predicativo objetivo geralmente ali”.
se refere ao objeto direto. Excepcionalmente, pode referir-se - Quando precisamos assegurar a clareza da frase, evitando
ao objeto indireto do verbo chamar. Chamavam-lhe poeta; que o objeto direto seja tomado como sujeito, impedindo
Podemos antepor o predicativo a seu objeto: O advogado construções ambíguas: Convence, enfim, ao pai o filho amado.;
considerava indiscutíveis os direitos da herdeira.; Julgo “Vence o mal ao remédio.”; “Tratava-me sem cerimônia, como a
inoportuna essa viagem.; “E até embriagado o vi muitas um irmão.”; A qual delas iria homenagear o cavaleiro?
vezes.”; “Tinha estendida a seus pés uma planta rústica da - Em expressões de reciprocidade, para garantir a clareza e a
cidade.”; “Sentia ainda muito abertos os ferimentos que aquele eufonia da frase: “Os tigres despedaçam-se uns aos outros.”; “As
choque com o mundo me causara.” companheiras convidavam-se umas às outras.”; “Era o abraço de
duas criaturas que só tinham uma à outra”.
Termos Integrantes da Oração - Com nomes próprios ou comuns, referentes a pessoas,
principalmente na expressão dos sentimentos ou por amor da
Chamam-se termos integrantes da oração os que completam eufonia da frase: Judas traiu a Cristo.; Amemos a Deus sobre
a significação transitiva dos verbos e nomes. Integram (inteiram, todas as coisas. “Provavelmente, enganavam é a Pedro.”; “O
completam) o sentido da oração, sendo por isso indispensável à estrangeiro foi quem ofendeu a Tupã”.
compreensão do enunciado. São os seguintes: - Em construções enfáticas, nas quais antecipamos o objeto
- Complemento Verbais (Objeto Direto e Objeto Indireto); direto para dar-lhe realce: A você é que não enganam!; Ao
- Complemento Nominal; médico, confessor e letrado nunca enganes.; “A este confrade
- Agente da Passiva. conheço desde os seus mais tenros anos”.

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APOSTILAS OPÇÃO
- Sendo objeto direto o numeral ambos(as): “O aguaceiro Como atestam os exemplos acima, o objeto indireto é
caiu, molhou a ambos.”; “Se eu previsse que os matava a representado pelos substantivos (ou expressões substantivas)
ambos...”. ou pelos pronomes. As preposições que o ligam ao verbo são: a,
- Com certos pronomes indefinidos, sobretudo referentes a com, contra, de, em, para e por.
pessoas: Se todos são teus irmãos, por que amas a uns e odeias a
outros?; Aumente a sua felicidade, tornando felizes também aos Objeto Indireto Pleonástico: à semelhança do objeto direto,
outros.; A quantos a vida ilude!. o objeto indireto pode vir repetido ou reforçado, por ênfase.
- Em certas construções enfáticas, como puxar (ou arrancar) Exemplos: “A mim o que me deu foi pena.”; “Que me importa
da espada, pegar da pena, cumprir com o dever, atirar com os a mim o destino de uma mulher tísica...? “E, aos brigões,
livros sobre a mesa, etc.: “Arrancam das espadas de aço fino...”; incapazes de se moverem, basta-lhes xingarem-se a distância.”
“Chegou a costureira, pegou do pano, pegou da agulha, pegou
da linha, enfiou a linha na agulha e entrou a coser.”; “Imagina-se Complemento Nominal: é o termo complementar reclamado
a consternação de Itaguaí, quando soube do caso.” pela significação transitiva, incompleta, de certos substantivos,
Observações: Nos quatro primeiros casos estudados a adjetivos e advérbios. Vem sempre regido de preposição.
preposição é de rigor, nos cinco outros, facultativa; A substituição Exemplos: A defesa da pátria; Assistência às aulas; “O ódio ao
do objeto direto preposicionado pelo pronome oblíquo átono, mal é amor do bem, e a ira contra o mal, entusiasmo divino.”;
quando possível, se faz com as formas o(s), a(s) e não lhe, “Ah, não fosse ele surdo à minha voz!”
lhes: amar a Deus (amá-lo); convencer ao amigo (convencê-
lo); O objeto direto preposicionado, é obvio, só ocorre com Observações: O complemento nominal representa o
verbo transitivo direto; Podem resumir-se em três as razões recebedor, o paciente, o alvo da declaração expressa por um
ou finalidades do emprego do objeto direto preposicionado: nome: amor a Deus, a condenação da violência, o medo de
a clareza da frase; a harmonia da frase; a ênfase ou a força da assaltos, a remessa de cartas, útil ao homem, compositor
expressão. de músicas, etc. É regido pelas mesmas preposições usadas
no objeto indireto. Difere deste apenas porque, em vez de
Objeto Direto Pleonástico: Quando queremos dar destaque complementar verbos, complementa nomes (substantivos,
ou ênfase à ideia contida no objeto direto, colocamo-lo no adjetivos) e alguns advérbios em –mente. Os nomes que
início da frase e depois o repetimos ou reforçamos por meio do requerem complemento nominal correspondem, geralmente, a
pronome oblíquo. A esse objeto repetido sob forma pronominal verbos de mesmo radical: amor ao próximo, amar o próximo;
chama-se pleonástico, enfático ou redundante. Exemplos: perdão das injúrias, perdoar as injúrias; obediente aos pais,
O dinheiro, Jaime o trazia escondido nas mangas da camisa. obedecer aos pais; regresso à pátria, regressar à pátria; etc.
O bem, muitos o louvam, mas poucos o seguem.
“Seus cavalos, ela os montava em pelo.” (Jorge Amado) Agente da Passiva: é o complemento de um verbo na voz
passiva. Representa o ser que pratica a ação expressa pelo verbo
Objeto Indireto: É o complemento verbal regido de passivo. Vem regido comumente pela preposição por, e menos
preposição necessária e sem valor circunstancial. Representa, frequentemente pela preposição de: Alfredo é estimado pelos
ordinariamente, o ser a que se destina ou se refere à ação verbal: colegas; A cidade estava cercada pelo exército romano; “Era
“Nunca desobedeci a meu pai”. O objeto indireto completa a conhecida de todo mundo a fama de suas riquezas.”
significação dos verbos:
O agente da passiva pode ser expresso pelos substantivos ou
- Transitivos Indiretos: Assisti ao jogo; Assistimos à missa e pelos pronomes:
à festa; Aludiu ao fato; Aspiro a uma vida calma. As flores são umedecidas pelo orvalho.
- Transitivos Diretos e Indiretos (na voz ativa ou passiva): A carta foi cuidadosamente corrigida por mim.
Dou graças a Deus; Ceda o lugar aos mais velhos; Dedicou sua
vida aos doentes e aos pobres; Disse-lhe a verdade. (Disse a O agente da passiva corresponde ao sujeito da oração na voz
verdade ao moço.) ativa:
A rainha era chamada pela multidão. (voz passiva)
O objeto indireto pode ainda acompanhar verbos de outras A multidão aclamava a rainha. (voz ativa)
categorias, os quais, no caso, são considerados acidentalmente Ele será acompanhado por ti. (voz passiva)
transitivos indiretos: A bom entendedor meia palavra basta;
Sobram-lhe qualidades e recursos. (lhe=a ele); Isto não lhe Observações:
convém; A proposta pareceu-lhe aceitável. Frase de forma passiva analítica sem complemento agente
expresso, ao passar para a ativa, terá sujeito indeterminado
Observações: Há verbos que podem construir-se com dois e o verbo na 3ª pessoa do plural: Ele foi expulso da cidade.
objetos indiretos, regidos de preposições diferentes: Rogue a (Expulsaram-no da cidade.); As florestas são devastadas.
Deus por nós.; Ela queixou-se de mim a seu pai.; Pedirei para (Devastam as florestas.); Na passiva pronominal não se declara
ti a meu senhor um rico presente; Não confundir o objeto direto o agente: Nas ruas assobiavam-se as canções dele pelos
com o complemento nominal nem com o adjunto adverbial; Em pedestres. (errado); Nas ruas eram assobiadas as canções dele
frases como “Para mim tudo eram alegrias”, “Para ele nada é pelos pedestres. (certo); Assobiavam-se as canções dele nas
impossível”, os pronomes em destaque podem ser considerados ruas. (certo)
adjuntos adverbiais.
Termos Acessórios da Oração
O objeto indireto é sempre regido de preposição, expressa
ou implícita. A preposição está implícita nos pronomes objetivos Termos acessórios são os que desempenham na oração
indiretos (átonos) me, te, se, lhe, nos, vos, lhes. Exemplos: uma função secundária, qual seja a de caracterizar um ser,
Obedece-me. (=Obedece a mim.); Isto te pertence. (=Isto determinar os substantivos, exprimir alguma circunstância. São
pertence a ti.); Rogo-lhe que fique. (=Rogo a você...); Peço- três os termos acessórios da oração: adjunto adnominal, adjunto
vos isto. (=Peço isto a vós.). Nos demais casos a preposição é adverbial e aposto.
expressa, como característica do objeto indireto: Recorro a
Deus.; Dê isto a (ou para) ele.; Contenta-se com pouco.; Ele Adjunto adnominal: É o termo que caracteriza ou determina
só pensa em si.; Esperei por ti.; Falou contra nós.; Conto com os substantivos. Exemplo: Meu irmão veste roupas vistosas.
você.; Não preciso disto.; O filme a que assisti agradou ao (Meu determina o substantivo irmão: é um adjunto adnominal
público.; Assisti ao desenrolar da luta.; A coisa de que mais – vistosas caracteriza o substantivo roupas: é também adjunto
gosto é pescar.; A pessoa a quem me refiro você a conhece.; Os adnominal).
obstáculos contra os quais luto são muitos.; As pessoas com O adjunto adnominal pode ser expresso: Pelos adjetivos:
quem conto são poucas. água fresca, terras férteis, animal feroz; Pelos artigos: o

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APOSTILAS OPÇÃO
mundo, as ruas, um rapaz; Pelos pronomes adjetivos: nosso tio, O aposto pode preceder o termo a que se refere, o qual, às
este lugar, pouco sal, muitas rãs, país cuja história conheço, vezes, está elíptico. Exemplos:
que rua?; Pelos numerais: dois pés, quinto ano, capítulo sexto; Rapaz impulsivo, Mário não se conteve.
Pelas locuções ou expressões adjetivas que exprimem qualidade, Mensageira da ideia, a palavra é a mais bela expressão da
posse, origem, fim ou outra especificação: alma humana.
- presente de rei (=régio): qualidade
- livro do mestre, as mãos dele: posse, pertença O aposto, às vezes, refere-se a toda uma oração. Exemplos:
- água da fonte, filho de fazendeiros: origem Nuvens escuras borravam os espaços silenciosos, sinal de
- fio de aço, casa de madeira: matéria tempestade iminente.
- casa de ensino, aulas de inglês: fim, especialidade O espaço é incomensurável, fato que me deixa atônito.

Observações: Não confundir o adjunto adnominal formado Um aposto pode referir-se a outro aposto:
por locução adjetiva com complemento nominal. Este representa “Serafim Gonçalves casou-se com Lígia Tavares, filha do
o alvo da ação expressa por um nome transitivo: a eleição do velho coronel Tavares, senhor de engenho.” (Ledo Ivo)
presidente, aviso de perigo, declaração de guerra, empréstimo
de dinheiro, plantio de árvores, colheita de trigo, destruidor O aposto pode vir precedido das expressões explicativas isto
de matas, descoberta de petróleo, amor ao próximo, etc. O é, a saber, ou da preposição acidental como:
adjunto adnominal formado por locução adjetiva representa
o agente da ação, ou a origem, pertença, qualidade de alguém Dois países sul-americanos, isto é, a Bolívia e o Paraguai,
ou de alguma coisa: o discurso do presidente, aviso de amigo, não são banhados pelo mar.
declaração do ministro, empréstimo do banco, a casa do Este escritor, como romancista, nunca foi superado.
fazendeiro, folhas de árvores, farinha de trigo, beleza das
matas, cheiro de petróleo, amor de mãe. O aposto que se refere a objeto indireto, complemento
nominal ou adjunto adverbial vem precedido de preposição:
Adjunto adverbial: É o termo que exprime uma circunstância
(de tempo, lugar, modo, etc.) ou, em outras palavras, que modifica O rei perdoou aos dois: ao fidalgo e ao criado.
o sentido de um verbo, adjetivo ou advérbio. Exemplo: “Meninas “Acho que adoeci disso, de beleza, da intensidade das
numa tarde brincavam de roda na praça”. O adjunto adverbial coisas.” (Raquel Jardim)
é expresso: Pelos advérbios: Cheguei cedo.; Ande devagar.; De cobras, morcegos, bichos, de tudo ela tinha medo.
Maria é mais alta.; Não durma ao volante.; Moramos aqui.;
Ele fala bem, fala corretamente.; Volte bem depressa.; Talvez Vocativo: (do latim vocare = chamar) é o termo (nome, título,
esteja enganado.; Pelas locuções ou expressões adverbiais: Às apelido) usado para chamar ou interpelar a pessoa, o animal ou
vezes viajava de trem.; Compreendo sem esforço.; Saí com meu a coisa personificada a que nos dirigimos:
pai.; Júlio reside em Niterói.; Errei por distração.; Escureceu
de repente. “Elesbão? Ó Elesbão! Venha ajudar-nos, por favor!” (Maria
de Lourdes Teixeira)
Observações: Pode ocorrer a elipse da preposição antes “A ordem, meus amigos, é a base do governo.” (Machado de
de adjuntos adverbiais de tempo e modo: Aquela noite, não Assis)
dormi. (=Naquela noite...); Domingo que vem não sairei. (=No “Correi, correi, ó lágrimas saudosas!” (Fagundes Varela)
domingo...); Ouvidos atentos, aproximei-me da porta. (=De
ouvidos atentos...); Os adjuntos adverbiais classificam-se de Observação: Profere-se o vocativo com entoação exclamativa.
acordo com as circunstâncias que exprimem: adjunto adverbial Na escrita é separado por vírgula(s). No exemplo inicial, os
de lugar, modo, tempo, intensidade, causa, companhia, meio, pontos interrogativo e exclamativo indicam um chamado alto e
assunto, negação, etc. É importante saber distinguir adjunto prolongado. O vocativo se refere sempre à 2ª pessoa do discurso,
adverbial de adjunto adnominal, de objeto indireto e de que pode ser uma pessoa, um animal, uma coisa real ou entidade
complemento nominal: sair do mar (ad.adv.); água do mar (adj. abstrata personificada. Podemos antepor-lhe uma interjeição de
adn.); gosta do mar (obj.indir.); ter medo do mar (compl.nom.). apelo (ó, olá, eh!):

Aposto: É uma palavra ou expressão que explica ou esclarece, “Tem compaixão de nós , ó Cristo!” (Alexandre Herculano)
desenvolve ou resume outro termo da oração. Exemplos: “Ó Dr. Nogueira, mande-me cá o Padilha, amanhã!”
D. Pedro II, imperador do Brasil, foi um monarca sábio. (Graciliano Ramos)
“Nicanor, ascensorista, expôs-me seu caso de consciência.” “Esconde-te, ó sol de maio, ó alegria do mundo!” (Camilo
(Carlos Drummond de Andrade) Castelo Branco)
O vocativo é um tempo à parte. Não pertence à estrutura da
O núcleo do aposto é um substantivo ou um pronome oração, por isso não se anexa ao sujeito nem ao predicado.
substantivo:
Foram os dois, ele e ela. Questões
Só não tenho um retrato: o de minha irmã.
01. O termo em destaque é adjunto adverbial de intensidade
O aposto não pode ser formado por adjetivos. Nas frases em:
seguintes, por exemplo, não há aposto, mas predicativo do (A) pode aprender e assimilar MUITA coisa
sujeito: (B) enfrentamos MUITAS novidades
Audaciosos, os dois surfistas atiraram-se às ondas. (C) precisa de um parceiro com MUITO caráter
As borboletas, leves e graciosas, esvoaçavam num balé de (D) não gostam de mulheres MUITO inteligentes
cores. (E) assumimos MUITO conflito e confusão

Os apostos, em geral, destacam-se por pausas, indicadas, na 02. Assinale a alternativa correta: “para todos os males, há
escrita, por vírgulas, dois pontos ou travessões. Não havendo dois remédios: o tempo e o silêncio”, os termos grifados são
pausa, não haverá vírgula, como nestes exemplos: respectivamente:
Minha irmã Beatriz; o escritor João Ribeiro; o romance Tóia; (A) sujeito – objeto direto;
o rio Amazonas; a Rua Osvaldo Cruz; o Colégio Tiradentes, etc. (B) sujeito – aposto;
“Onde estariam os descendentes de Amaro vaqueiro?” (C) objeto direto – aposto;
(Graciliano Ramos) (D) objeto direto – objeto direto;
(E) objeto direto – complemento nominal.

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APOSTILAS OPÇÃO
03. Assinale a alternativa em que o termo destacado é objeto As orações coordenadas são classificadas em assindéticas e
indireto. sindéticas.
(A) “Quem faz um poema abre uma janela.” (Mário Quintana)
(B) “Toda gente que eu conheço e que fala comigo / Nunca - As orações coordenadas são assindéticas (OCA) quando
teve um ato ridículo / Nunca sofreu enxovalho (...)” (Fernando não vêm introduzidas por conjunção. Exemplo:
Pessoa) Os torcedores gritaram, / sofreram, / vibraram.
(C) “Quando Ismália enlouqueceu / Pôs-se na torre a sonhar OCA OCA OCA
/ Viu uma lua no céu, / Viu uma lua no mar.” (Alphonsus de
Guimarães) “Inclinei-me, apanhei o embrulho e segui.” (Machado de
(D) “Mas, quando responderam a Nhô Augusto: ‘– É a Assis)
jagunçada de seu Joãozinho Bem-Bem, que está descendo para “A noite avança, há uma paz profunda na casa deserta.”
a Bahia.’ – ele, de alegre, não se pôde conter.” (Guimarães Rosa) (Antônio Olavo Pereira)
“O ferro mata apenas; o ouro infama, avilta, desonra.”
04. “Recebeu o prêmio o jogador que fez o gol”. Nessa frase (Coelho Neto)
o sujeito de “fez”?
(A) o prêmio; - As orações coordenadas são sindéticas (OCS) quando vêm
(B) o jogador; introduzidas por conjunção coordenativa. Exemplo:
(C) que; O homem saiu do carro / e entrou na casa.
(D) o gol; OCA OCS
(E) recebeu.
As orações coordenadas sindéticas são classificadas de
05. Assinale a alternativa correspondente ao período onde acordo com o sentido expresso pelas conjunções coordenativas
há predicativo do sujeito: que as introduzem. Pode ser:
(A) como o povo anda tristonho!
(B) agradou ao chefe o novo funcionário; - Orações coordenadas sindéticas aditivas: e, nem, não só...
(C) ele nos garantiu que viria; mas também, não só... mas ainda.
(D) no Rio não faltam diversões; Saí da escola / e fui à lanchonete.
(E) o aluno ficou sabendo hoje cedo de sua aprovação. OCA OCS Aditiva

Respostas Observe que a 2ª oração vem introduzida por uma conjunção


01. D\02. C\03. D\04. C\05. A que expressa idéia de acréscimo ou adição com referência à
oração anterior, ou seja, por uma conjunção coordenativa aditiva.
Período
A doença vem a cavalo e volta a pé.
Período: Toda frase com uma ou mais orações constitui um As pessoas não se mexiam nem falavam.
período, que se encerra com ponto de exclamação, ponto de “Não só findaram as queixas contra o alienista, mas até
interrogação ou com reticências. nenhum ressentimento ficou dos atos que ele praticara.”
O período é simples quando só traz uma oração, chamada (Machado de Assis)
absoluta; o período é composto quando traz mais de uma - Orações coordenadas sindéticas adversativas: mas,
oração. Exemplo: Pegou fogo no prédio. (Período simples, oração porém, todavia, contudo, entretanto, no entanto.
absoluta.); Quero que você aprenda. (Período composto.)
Estudei bastante / mas não passei no teste.
Existe uma maneira prática de saber quantas orações há OCA OCS Adversativa
num período: é contar os verbos ou locuções verbais. Num
período haverá tantas orações quantos forem os verbos ou as Observe que a 2ª oração vem introduzida por uma conjunção
locuções verbais nele existentes. Exemplos: que expressa idéia de oposição à oração anterior, ou seja, por
Pegou fogo no prédio. (um verbo, uma oração) uma conjunção coordenativa adversativa.
Quero que você aprenda. (dois verbos, duas orações)
Está pegando fogo no prédio. (uma locução verbal, uma A espada vence, mas não convence.
oração) “É dura a vida, mas aceitam-na.” (Cecília Meireles)
Deves estudar para poderes vencer na vida. (duas locuções
verbais, duas orações) - Orações coordenadas sindéticas conclusivas: portanto,
por isso, pois, logo.
Há três tipos de período composto: por coordenação, por
subordinação e por coordenação e subordinação ao mesmo Ele me ajudou muito, / portanto merece minha gratidão.
tempo (também chamada de misto). OCA OCS Conclusiva

Período Composto por Coordenação – Orações Observe que a 2ª oração vem introduzida por uma conjunção
Coordenadas que expressa ideia de conclusão de um fato enunciado na oração
anterior, ou seja, por uma conjunção coordenativa conclusiva.
Considere, por exemplo, este período composto:
Passeamos pela praia, / brincamos, / recordamos os tempos Vives mentindo; logo, não mereces fé.
de infância. Ele é teu pai: respeita-lhe, pois, a vontade.
1ª oração: Passeamos pela praia
2ª oração: brincamos - Orações coordenadas sindéticas alternativas: ou,ou... ou,
3ª oração: recordamos os tempos de infância ora... ora, seja... seja, quer... quer.
As três orações que compõem esse período têm sentido
próprio e não mantêm entre si nenhuma dependência sintática: Seja mais educado / ou retire-se da reunião!
elas são independentes. Há entre elas, é claro, uma relação de OCA OCS Alternativa
sentido, mas, como já dissemos, uma não depende da outra
sintaticamente. Observe que a 2ª oração vem introduzida por uma
As orações independentes de um período são chamadas conjunção que estabelece uma relação de alternância ou escolha
de orações coordenadas (OC), e o período formado só de com referência à oração anterior, ou seja, por uma conjunção
orações coordenadas é chamado de período composto por coordenativa alternativa.
coordenação.

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APOSTILAS OPÇÃO
Venha agora ou perderá a vez. 05. Os dias já eram quentes, mas a água do mar ainda estava
“Jacinta não vinha à sala, ou retirava-se logo.” (Machado de fria, por isso as praias permaneciam desertas.
Assis)
“Em aviação, tudo precisa ser bem feito ou custará preço Período Composto por Subordinação
muito caro.” (Renato Inácio da Silva)
“A louca ora o acariciava, ora o rasgava freneticamente.” Observe os termos destacados em cada uma destas orações:
(Luís Jardim) Vi uma cena triste. (adjunto adnominal)
Todos querem sua participação. (objeto direto)
- Orações coordenadas sindéticas explicativas: que, Não pude sair por causa da chuva. (adjunto adverbial de
porque, pois, porquanto. causa)
Vamos andar depressa / que estamos atrasados.
OCA OCS Explicativa Veja, agora, como podemos transformar esses termos em
Observe que a 2ª oração é introduzida por uma conjunção orações com a mesma função sintática:
que expressa ideia de explicação, de justificativa em relação Vi uma cena / que me entristeceu. (oração subordinada
à oração anterior, ou seja, por uma conjunção coordenativa com função de adjunto adnominal)
explicativa. Todos querem / que você participe. (oração subordinada
com função de objeto direto)
Leve-lhe uma lembrança, que ela aniversaria amanhã. Não pude sair / porque estava chovendo. (oração
“A mim ninguém engana, que não nasci ontem.” (Érico subordinada com função de adjunto adverbial de causa)
Veríssimo)
Em todos esses períodos, a segunda oração exerce uma
Questões certa função sintática em relação à primeira, sendo, portanto,
subordinada a ela. Quando um período é constituído de pelo
01. Relacione as orações coordenadas por meio de menos um conjunto de duas orações em que uma delas (a
conjunções: subordinada) depende sintaticamente da outra (principal), ele
(A) Ouviu-se o som da bateria. Os primeiros foliões surgiram. é classificado como período composto por subordinação. As
(B) Não durma sem cobertor. A noite está fria. orações subordinadas são classificadas de acordo com a função
(C) Quero desculpar-me. Não consigo encontrá-los. que exercem: adverbiais, substantivas e adjetivas.
  
02. Em: “... ouviam-se amplos bocejos, fortes como o marulhar Orações Subordinadas Adverbiais
das ondas...” a partícula como expressa uma ideia de:
(A) causa As orações subordinadas adverbiais (OSA) são aquelas
(B) explicação que exercem a função de adjunto adverbial da oração principal
(C) conclusão (OP). São classificadas de acordo com a conjunção subordinativa
(D) proporção que as introduz:
(E) comparação
  - Causais: Expressam a causa do fato enunciado na oração
03. “Entrando na faculdade, procurarei emprego”, oração principal. Conjunções: porque, que, como (= porque), pois que,
sublinhada pode indicar uma ideia de: visto que.
(A) concessão Não fui à escola / porque fiquei doente.
(B) oposição OP OSA Causal
(C) condição
(D) lugar O tambor soa porque é oco.
(E) consequência Como não me atendessem, repreendi-os severamente.
   Como ele estava armado, ninguém ousou reagir.
04. Assinale a sequência de conjunções que estabelecem, “Faltou à reunião, visto que esteve doente.” (Arlindo de
entre as orações de cada item, uma correta relação de sentido. Sousa)
1. Correu demais, ... caiu.
2. Dormiu mal, ... os sonhos não o deixaram em paz. - Condicionais: Expressam hipóteses ou condição para a
3. A matéria perece, ... a alma é imortal. ocorrência do que foi enunciado na principal. Conjunções: se,
4. Leu o livro, ... é capaz de descrever as personagens com contanto que, a menos que, a não ser que, desde que.
detalhes. Irei à sua casa / se não chover.
5. Guarde seus pertences, ... podem servir mais tarde. OP OSA Condicional

(A) porque, todavia, portanto, logo, entretanto Deus só nos perdoará se perdoarmos aos nossos
(B) por isso, porque, mas, portanto, que ofensores.
(C) logo, porém, pois, porque, mas Se o conhecesses, não o condenarias.
(D) porém, pois, logo, todavia, porque “Que diria o pai se soubesse disso?” (Carlos Drummond de
(E) entretanto, que, porque, pois, portanto Andrade)
A cápsula do satélite será recuperada, caso a experiência
05. Reúna as três orações em um período composto por tenha êxito.
coordenação, usando conjunções adequadas. - Concessivas: Expressam ideia ou fato contrário ao da
oração principal, sem, no entanto, impedir sua realização.
Os dias já eram quentes. Conjunções: embora, ainda que, apesar de, se bem que, por mais
A água do mar ainda estava fria. que, mesmo que.
As praias permaneciam desertas. Ela saiu à noite / embora estivesse doente.
OP OSA Concessiva
Respostas Admirava-o muito, embora (ou conquanto ou posto que
ou se bem que) não o conhecesse pessoalmente.
01. Embora não possuísse informações seguras, ainda assim
Ouviu-se o som da bateria e os primeiros foliões surgiram. arriscou uma opinião.
Não durma sem cobertor, pois a noite está fria. Cumpriremos nosso dever, ainda que (ou mesmo quando
Quero desculpar-me, mas consigo encontrá-los. ou ainda quando ou mesmo que) todos nos critiquem.
  Por mais que gritasse, não me ouviram.
02. E\03. C\04. B

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APOSTILAS OPÇÃO
- Conformativas: Expressam a conformidade de um fato À proporção que avançávamos, as casas iam rareando.
com outro. Conjunções: conforme, como (=conforme), segundo. O valor do salário, ao passo que os preços sobem, vai
O trabalho foi feito / conforme havíamos planejado. diminuindo.
OP OSA Conformativa
Orações Subordinadas Substantivas
O homem age conforme pensa.
Relatei os fatos como (ou conforme) os ouvi. As orações subordinadas substantivas (OSS) são aquelas
Como diz o povo, tristezas não pagam dívidas. que, num período, exercem funções sintáticas próprias de
O jornal, como sabemos, é um grande veículo de informação. substantivos, geralmente são introduzidas pelas conjunções
integrantes que e se. Elas podem ser:
- Temporais: Acrescentam uma circunstância de tempo ao
que foi expresso na oração principal. Conjunções: quando, assim - Oração Subordinada Substantiva Objetiva Direta: É
que, logo que, enquanto, sempre que, depois que, mal (=assim que). aquela que exerce a função de objeto direto do verbo da oração
Ele saiu da sala / assim que eu cheguei. principal. Observe: O grupo quer a sua ajuda. (objeto direto)
OP OSA Temporal O grupo quer / que você ajude.
OP OSS Objetiva Direta
Formiga, quando quer se perder, cria asas.
“Lá pelas sete da noite, quando escurecia, as casas se O mestre exigia que todos estivessem presentes. (= O
esvaziam.” (Carlos Povina Cavalcânti) mestre exigia a presença de todos.)
“Quando os tiranos caem, os povos se levantam.” (Marquês Mariana esperou que o marido voltasse.
de Maricá) Ninguém pode dizer: Desta água não beberei.
Enquanto foi rico, todos o procuravam. O fiscal verificou se tudo estava em ordem.
- Finais: Expressam a finalidade ou o objetivo do que foi
enunciado na oração principal. Conjunções: para que, a fim de - Oração Subordinada Substantiva Objetiva Indireta: É
que, porque (=para que), que. aquela que exerce a função de objeto indireto do verbo da oração
Abri a porta do salão / para que todos pudessem entrar. principal. Observe: Necessito de sua ajuda. (objeto indireto)
OP OSA Final Necessito / de que você me ajude.
OP OSS Objetiva Indireta
“O futuro se nos oculta para que nós o imaginemos.”
(Marquês de Maricá) Não me oponho a que você viaje. (= Não me oponho à sua
Aproximei-me dele a fim de que me ouvisse melhor. viagem.)
“Fiz-lhe sinal que se calasse.” (Machado de Assis) (que = Aconselha-o a que trabalhe mais.
para que) Daremos o prêmio a quem o merecer.
“Instara muito comigo não deixasse de frequentar as Lembre-se de que a vida é breve.
recepções da mulher.” (Machado de Assis) (não deixasse =
para que não deixasse) - Oração Subordinada Substantiva Subjetiva: É aquela
que exerce a função de sujeito do verbo da oração principal.
- Consecutivas: Expressam a consequência do que foi Observe: É importante sua colaboração. (sujeito)
enunciado na oração principal. Conjunções: porque, que, como (= É importante / que você colabore.
porque), pois que, visto que. OP OSS Subjetiva
A chuva foi tão forte / que inundou a cidade.
OP OSA Consecutiva A oração subjetiva geralmente vem:
- depois de um verbo de ligação + predicativo, em construções
Fazia tanto frio que meus dedos estavam endurecidos. do tipo é bom, é útil, é certo, é conveniente, etc. Ex.: É certo que
“A fumaça era tanta que eu mal podia abrir os olhos.” (José ele voltará amanhã.
J. Veiga) - depois de expressões na voz passiva, como sabe-se, conta-
De tal sorte a cidade crescera que não a reconhecia mais. se, diz-se, etc. Ex.: Sabe-se que ele saiu da cidade.
As notícias de casa eram boas, de maneira que pude - depois de verbos como convir, cumprir, constar, urgir,
prolongar minha viagem. ocorrer, quando empregados na 3ª pessoa do singular e seguidos
das conjunções que ou se. Ex.: Convém que todos participem
- Comparativas: Expressam ideia de comparação com da reunião.
referência à oração principal. Conjunções: como, assim como,
tal como, (tão)... como, tanto como, tal qual, que (combinado com É necessário que você colabore. (= Sua colaboração é
menos ou mais). necessária.)
Ela é bonita / como a mãe. Parece que a situação melhorou.
OP OSA Comparativa Aconteceu que não o encontrei em casa.
Importa que saibas isso bem.
A preguiça gasta a vida como a ferrugem consome o ferro.”
(Marquês de Maricá) - Oração Subordinada Substantiva Completiva Nominal:
Ela o atraía irresistivelmente, como o imã atrai o ferro. É aquela que exerce a função de complemento nominal de um
Os retirantes deixaram a cidade tão pobres como vieram. termo da oração principal. Observe: Estou convencido de sua
Como a flor se abre ao Sol, assim minha alma se abriu à luz inocência. (complemento nominal)
daquele olhar. Estou convencido / de que ele é inocente.
OP OSS Completiva Nominal
Obs.: As orações comparativas nem sempre apresentam
claramente o verbo, como no exemplo acima, em que está Sou favorável a que o prendam. (= Sou favorável à prisão
subentendido o verbo ser (como a mãe é). dele.)
- Proporcionais: Expressam uma ideia que se relaciona Estava ansioso por que voltasses.
proporcionalmente ao que foi enunciado na principal. Sê grato a quem te ensina.
Conjunções: à medida que, à proporção que, ao passo que, quanto “Fabiano tinha a certeza de que não se acabaria tão cedo.”
mais, quanto menos. (Graciliano Ramos)
Quanto mais reclamava / menos atenção recebia.
OSA Proporcional OP - Oração Subordinada Substantiva Predicativa: É aquela
que exerce a função de predicativo do sujeito da oração principal,
À medida que se vive, mais se aprende. vindo sempre depois do verbo ser. Observe: O importante é sua

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APOSTILAS OPÇÃO
felicidade. (predicativo) Valério, que nasceu rico, acabou na miséria.
O importante é / que você seja feliz. Ele tem amor às plantas, que cultiva com carinho.
OP OSS Predicativa Alguém, que passe por ali à noite, poderá ser assaltado.

Seu receio era que chovesse. (Seu receio era a chuva.) Orações Reduzidas
Minha esperança era que ele desistisse. Observe que as orações subordinadas eram sempre
Meu maior desejo agora é que me deixem em paz. introduzidas por uma conjunção ou pronome relativo e
Não sou quem você pensa. apresentavam o verbo numa forma do indicativo ou do
subjuntivo. Além desse tipo de orações subordinadas há outras
- Oração Subordinada Substantiva Apositiva: É aquela que se apresentam com o verbo numa das formas nominais
que exerce a função de aposto de um termo da oração principal. (infinitivo, gerúndio e particípio). Exemplos:
Observe: Ele tinha um sonho: a união de todos em benefício
do país. (aposto) - Ao entrar nas escola, encontrei o professor de inglês.
Ele tinha um sonho / que todos se unissem em benefício do (infinitivo)
país. - Precisando de ajuda, telefone-me. (gerúndio)
OP OSS Apositiva - Acabado o treino, os jogadores foram para o vestiário.
(particípio)
Só desejo uma coisa: que vivam felizes. (Só desejo uma
coisa: a sua felicidade) As orações subordinadas que apresentam o verbo numa das
Só lhe peço isto: honre o nosso nome. formas nominais são chamadas de reduzidas.
“Talvez o que eu houvesse sentido fosse o presságio disto: de Para classificar a oração que está sob a forma reduzida,
que virias a morrer...” (Osmã Lins) devemos procurar desenvolvê-la do seguinte modo: colocamos
“Mas diga-me uma cousa, essa proposta traz algum motivo a conjunção ou o pronome relativo adequado ao sentido e
oculto?” (Machado de Assis) passamos o verbo para uma forma do indicativo ou subjuntivo,
As orações apositivas vêm geralmente antecedidas de dois- conforme o caso. A oração reduzida terá a mesma classificação
pontos. Podem vir, também, entre vírgulas, intercaladas à oração da oração desenvolvida.
principal. Exemplo: Seu desejo, que o filho recuperasse a
saúde, tornou-se realidade. Ao entrar na escola, encontrei o professor de inglês.
Quando entrei na escola, / encontrei o professor de inglês.
Observação: Além das conjunções integrantes que e se, OSA Temporal
as orações substantivas podem ser introduzidas por outros Ao entrar na escola: oração subordinada adverbial temporal,
conectivos, tais como quando, como, quanto, etc. Exemplos: reduzida de infinitivo.
Não sei quando ele chegou.
Diga-me como resolver esse problema. Precisando de ajuda, telefone-me.
Se precisar de ajuda, / telefone-me.
Orações Subordinadas Adjetivas OSA Condicional
Precisando de ajuda: oração subordinada adverbial
As orações subordinadas Adjetivas (OSA) exercem condicional, reduzida de gerúndio.
a função de adjunto adnominal de algum termo da oração
principal. Observe como podemos transformar um adjunto Acabado o treino, os jogadores foram para o vestiário.
adnominal em oração subordinada adjetiva: Assim que acabou o treino, / os jogadores foram para o
Desejamos uma paz duradoura. (adjunto adnominal) vestiário.
Desejamos uma paz / que dure. (oração subordinada OSA Temporal
adjetiva) Acabado o treino: oração subordinada adverbial temporal,
reduzida de particípio.
As orações subordinadas adjetivas são sempre introduzidas
por um pronome relativo (que , qual, cujo, quem, etc.) e podem Observações:
ser classificadas em:
- Há orações reduzidas que permitem mais de um tipo de
- Subordinadas Adjetivas Restritivas: São restritivas desenvolvimento. Há casos também de orações reduzidas
quando restringem ou especificam o sentido da palavra a que se fixas, isto é, orações reduzidas que não são passíveis de
referem. Exemplo: desenvolvimento. Exemplo: Tenho vontade de visitar essa
O público aplaudiu o cantor / que ganhou o 1º lugar. cidade.
OP OSA Restritiva - O infinitivo, o gerúndio e o particípio não constituem
orações reduzidas quando fazem parte de uma locução verbal.
Nesse exemplo, a oração que ganhou o 1º lugar especifica Exemplos:
o sentido do substantivo cantor, indicando que o público não Preciso terminar este exercício.
aplaudiu qualquer cantor mas sim aquele que ganhou o 1º lugar. Ele está jantando na sala.
Essa casa foi construída por meu pai.
Pedra que rola não cria limo. - Uma oração coordenada também pode vir sob a forma
Os animais que se alimentam de carne chamam-se reduzida. Exemplo:
carnívoros. O homem fechou a porta, saindo depressa de casa.
Rubem Braga é um dos cronistas que mais belas páginas O homem fechou a porta e saiu depressa de casa. (oração
escreveram. coordenada sindética aditiva)
“Há saudades que a gente nunca esquece.” (Olegário Saindo depressa de casa: oração coordenada reduzida de
Mariano) gerúndio.
- Subordinadas Adjetivas Explicativas: São explicativas Qual é a diferença entre as orações coordenadas explicativas
quando apenas acrescentam uma qualidade à palavra a que se e as orações subordinadas causais, já que ambas podem ser
referem, esclarecendo um pouco mais seu sentido, mas sem iniciadas por que e porque? Às vezes não é fácil estabelecer a
restringi-lo ou especificá-lo. Exemplo: diferença entre explicativas e causais, mas como o próprio nome
O escritor Jorge Amado, / que mora na Bahia, / lançou um indica, as causais sempre trazem a causa de algo que se revela na
novo livro. oração principal, que traz o efeito.
OP OSA Explicativa OP Note-se também que há pausa (vírgula, na escrita) entre
a oração explicativa e a precedente e que esta é, muitas vezes,
Deus, que é nosso pai, nos salvará. imperativa, o que não acontece com a oração adverbial causal.

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APOSTILAS OPÇÃO
Essa noção de causa e efeito não existe no período composto por Casos referentes a sujeito simples
coordenação. Exemplo: Rosa chorou porque levou uma surra. 1) Em caso de sujeito simples, o verbo concorda com o
Está claro que a oração iniciada pela conjunção é causal, visto núcleo em número e pessoa: O aluno chegou atrasado. 
que a surra foi sem dúvida a causa do choro, que é efeito.
Rosa chorou, porque seus olhos estão vermelhos. O 2) Nos casos referentes a sujeito representado por
período agora é composto por coordenação, pois a oração substantivo coletivo, o verbo permanece na terceira pessoa do
iniciada pela conjunção traz a explicação daquilo que se revelou singular:  A multidão, apavorada, saiu aos gritos.
na coordena anterior. Não existe aí relação de causa e efeito: o Observação:
fato de os olhos de Elisa estarem vermelhos não é causa de ela - No caso de o coletivo aparecer seguido de adjunto adnominal
ter chorado. no plural, o verbo permanecerá no singular ou poderá ir para o
plural: Uma multidão de pessoas saiu aos gritos.
Ela fala / como falaria / se entendesse do assunto. Uma multidão de pessoas saíram aos gritos.
OP OSA Comparativa OSA Condicional
3) Quando o sujeito é representado por expressões partitivas,
Questões representadas por “a maioria de, a maior parte de, a metade de,
uma porção de, entre outras”, o verbo tanto pode concordar
01. Na frase: “Maria do Carmo tinha a certeza de que estava com o núcleo dessas expressões quanto com o substantivo
para ser mãe”, a oração destacada é: que a segue: A  maioria  dos alunos  resolveu  ficar.   A maioria
(A) subordinada substantiva objetiva indireta dos alunos resolveram ficar.
(B) subordinada substantiva completiva nominal
(C) subordinada substantiva predicativa 4) No caso de o sujeito ser representado por expressões
(D) coordenada sindética conclusiva aproximativas, representadas por “cerca de, perto de”, o verbo
(E) coordenada sindética explicativa concorda com o substantivo determinado por elas: Cerca de
vinte candidatos se inscreveram no concurso de piadas.
02. “Na ‘Partida Monção’, não há uma atitude inventada.
Há reconstituição de uma cena como ela devia ter sido na 5) Em casos em que o sujeito é representado pela expressão
realidade.” A oração sublinhada é: “mais de um”, o verbo permanece no singular: Mais de
(A) adverbial conformativa um candidato se inscreveu no concurso de piadas.  
(B) adjetiva Observação:
(C) adverbial consecutiva - No caso da referida expressão aparecer repetida ou
(D) adverbial proporcional associada a um verbo que exprime reciprocidade, o verbo,
(E) adverbial causal necessariamente, deverá permanecer no plural: Mais de um
aluno, mais de um professor  contribuíram na campanha de
03.“Esses produtos podem ser encontrados nos doação de alimentos. 
supermercados com rótulos como ‘sênior’ e com características Mais de um formando se abraçaram durante as solenidades
adaptadas às dificuldades para mastigar e para engolir dos de formatura. 
mais velhos, e preparados para se encaixar em seus hábitos de
consumo”. O segmento “para se encaixar” pode ter sua forma 6) Quando o sujeito for composto da expressão “um dos
verbal reduzida adequadamente desenvolvida em que”, o verbo permanecerá no plural: Esse jogador foi  um dos
(A) para se encaixarem. que atuaram na Copa América.
(B) para seu encaixotamento.
(C) para que se encaixassem. 7) Em casos relativos à concordância com locuções
(D) para que se encaixem. pronominais, representadas por “algum de nós, qual de vós,
(E) para que se encaixariam. quais de vós, alguns de nós”, entre outras, faz-se necessário nos
atermos a duas questões básicas:
Respostas - No caso de o primeiro pronome estar expresso no plural,
01. B\02. A\03. D o verbo poderá com ele concordar, como poderá também
concordar com o pronome pessoal: Alguns de nós o receberemos.
1.4. Sintaxe de concordância: / Alguns de nós o receberão.
- Quando o primeiro pronome da locução estiver expresso
concordâncias verbal e nominal;
no singular, o verbo permanecerá, também, no singular:  Algum
de nós o receberá.  

Concordância Verbal 8) No caso de o sujeito aparecer representado pelo pronome


“quem”, o verbo permanecerá na terceira pessoa do singular
Ao falarmos sobre a  concordância verbal, estamos nos ou poderá concordar com o antecedente desse pronome:   
referindo à relação de dependência estabelecida entre um termo Fomos nós  quem  contou  toda a verdade para ela. / Fomos
e outro mediante um contexto oracional. Desta feita, os agentes nós quem contamos toda a verdade para ela.
principais desse processo são representados pelo sujeito, que no
caso funciona como subordinante; e o verbo, o qual desempenha 9) Em casos nos quais o sujeito aparece realçado pela palavra
a função de subordinado.  “que”, o verbo deverá concordar com o termo que antecede essa
Dessa forma, temos que a concordância verbal caracteriza- palavra: Nesta empresa somos nós que tomamos as decisões. /
se pela adaptação do verbo, tendo em vista os quesitos “número Em casa sou eu que decido tudo.   
e pessoa” em relação ao sujeito. Exemplificando, temos: O aluno
chegou 10) No caso de o sujeito aparecer representado por
Temos que o verbo apresenta-se na terceira pessoa do expressões que indicam porcentagens, o verbo concordará com o
singular, pois faz referência a um sujeito, assim também expresso numeral ou com o substantivo a que se refere essa porcentagem:   
(ele).  Como poderíamos também dizer: os alunos chegaram 50% dos funcionários aprovaram a decisão da diretoria. / 50%
atrasados. do eleitorado apoiou a decisão.
Observações:
Temos aí o que podemos chamar de princípio básico. - Caso o verbo aparecer anteposto à expressão de
Contudo, a intenção a que se presta o artigo em evidência é porcentagem, esse deverá concordar com o numeral: Aprovaram
eleger as principais ocorrências voltadas para os casos de sujeito a decisão da diretoria 50% dos funcionários.     
simples e para os de sujeito composto. Dessa forma, vejamos:  - Em casos relativos a 1%, o verbo permanecerá no singular:
1% dos funcionários não aprovou a decisão da diretoria.  

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APOSTILAS OPÇÃO
- Em casos em que o numeral estiver acompanhado de sentimos presos a uma correia. Um conjunto cultural de regras
determinantes no plural, o verbo permanecerá no plural: Os tácitas e inibições está sempre governando as nossas interações
50% dos funcionários apoiaram a decisão da diretoria.  cotidianas com os outros.
Uma das razões pelas quais os cachorros nos atraem é o fato
11) Nos casos em que o sujeito estiver representado por de eles serem tão desinibidos e livres. Parece que eles jogam
pronomes de tratamento, o verbo deverá ser empregado na terceira com as suas próprias regras, com a sua própria lógica interna.
pessoa do singular ou do plural:  Vossas Majestades gostaram das Eles vivem em um universo paralelo e diferente do nosso - um
homenagens. Vossa Majestade agradeceu o convite.   universo que lhes concede liberdade de espírito e paixão pela
vida enormemente atraentes para nós. Um cachorro latindo ao
12) Casos relativos a sujeito representado por substantivo vento ou uivando durante a noite faz agitar-se dentro de nós
próprio no plural se encontram relacionados a alguns aspectos alguma coisa que também quer se expressar.
que os determinam: Os cachorros são uma constante fonte de diversão para
- Diante de nomes de obras no plural, seguidos do verbo ser, nós porque não prestam atenção as nossas convenções sociais.
este permanece no singular, contanto que o predicativo também Metem o nariz onde não são convidados, pulam para cima
esteja no singular:  Memórias póstumas de Brás Cubas  é  uma do sofá, devoram alegremente a comida que cai da mesa. Os
criação de Machado de Assis.    cachorros raramente se refreiam quando querem fazer alguma
- Nos casos de artigo expresso no plural, o verbo também coisa. Eles não compartilham conosco as nossas inibições. Suas
permanece no plural: Os  Estados Unidos  são  uma potência emoções estão ã flor da pele e eles as manifestam sempre que
mundial. as sentem.
- Casos em que o artigo figura no singular ou em que ele nem (Adaptado de Matt Weistein e Luke Barber. Cão que
aparece, o verbo permanece no singular:  Estados Unidos é uma late não morde. Trad. de Cristina Cupertino. S.Paulo: Francis,
potência mundial.  2005. p 250)

Casos referentes a sujeito composto A frase em que se respeitam as normas de concordância


verbal é:
1) Nos casos relativos a sujeito composto de pessoas (A) Deve haver muitas razões pelas quais os cachorros nos
gramaticais diferentes, o verbo deverá ir para o plural, estando atraem.
relacionado a dois pressupostos básicos: (B) Várias razões haveriam pelas quais os cachorros nos
- Quando houver a 1ª pessoa, esta prevalecerá sobre as atraem.
demais: Eu, tu e ele faremos um lindo passeio. (C) Caberiam notar as muitas razões pelas quais os cachorros
- Quando houver a 2ª pessoa, o verbo poderá nos atraem.
flexionar na 2ª ou na 3ª pessoa: Tu e ele sois primos. (D) Há de ser diversas as razões pelas quais os cachorros nos
Tu e ele são primos. atraem.
(E) Existe mesmo muitas razões pelas quais os cachorros
2) Nos casos em que o sujeito composto aparecer anteposto nos atraem.
ao verbo, este permanecerá no plural: O pai e seus dois
filhos compareceram ao evento.   03. Uma pergunta

3) No caso em que o sujeito aparecer posposto ao verbo, este Frequentemente cabe aos detentores de cargos de
poderá concordar com o núcleo mais próximo ou permanecer responsabilidade tomar decisões difíceis, de graves
no plural: Compareceram  ao evento  o pai e seus dois filhos. consequências. Haveria algum critério básico, essencial, para
Compareceu ao evento o pai e seus dois filhos. amparar tais escolhas? Antonio Gramsci, notável pensador
e político italiano, propôs que se pergunte, antes de tomar a
4) Nos casos relacionados a sujeito simples, porém com decisão: - Quem sofrerá?
mais de um núcleo, o verbo deverá permanecer no singular: Para um humanista, a dor humana é sempre prioridade a se
Meu esposo e grande companheiro merece toda a felicidade do considerar.
mundo. (Salvador Nicola, inédito)

5) Casos relativos a sujeito composto de palavras sinônimas O verbo indicado entre parênteses deverá flexionar-se no
ou ordenado por elementos em gradação, o verbo poderá singular para preencher adequadamente a lacuna da frase:
permanecer no singular ou ir para o plural: Minha vitória, (A) A nenhuma de nossas escolhas ...... (poder) deixar de
minha conquista, minha premiação são frutos de meu esforço. corresponder nossos valores éticos mais rigorosos.
/ Minha vitória, minha conquista, minha premiação é fruto de (B) Não se ...... (poupar) os que governam de refletir sobre o
meu esforço. peso de suas mais graves decisões.
(C) Aos governantes mais responsáveis não ...... (ocorrer)
Questões tomar decisões sem medir suas consequências.
(D) A toda decisão tomada precipitadamente ...... (costumar)
01. A concordância realizou-se adequadamente em qual sobrevir consequências imprevistas e injustas.
alternativa? (E) Diante de uma escolha, ...... (ganhar) prioridade,
(A) Os Estados Unidos é considerado, hoje, a maior potência recomenda Gramsci, os critérios que levam em conta a dor
econômica do planeta, mas há quem aposte que a China, em humana.
breve, o ultrapassará.
(B) Em razão das fortes chuvas haverão muitos candidatos 04. Em um belo artigo, o físico Marcelo Gleiser, analisando a
que chegarão atrasados, tenho certeza disso. constatação do satélite Kepler de que existem muitos planetas
(C) Naquela barraca vendem-se tapiocas fresquinhas, pode com características físicas semelhantes ao nosso, reafirmou sua
comê-las sem receio! fé na hipótese da Terra rara, isto é, a tese de que a vida complexa
(D) A multidão gritaram quando a cantora apareceu na (animal) é um fenômeno não tão comum no Universo.
janela do hotel! Gleiser retoma as ideias de Peter Ward expostas de modo
persuasivo em “Terra Rara”. Ali, o autor sugere que a vida
02. “Se os cachorros correm livremente, por que eu não microbiana deve ser um fenômeno trivial, podendo pipocar até
posso fazer isso também?”, pergunta Bob Dylan em “New em mundos inóspitos; já o surgimento de vida multicelular na
Morning”. Bob Dylan verbaliza um anseio sentido por todos Terra dependeu de muitas outras variáveis físicas e históricas,
nós, humanos supersocializados: o anseio de nos livrarmos o que, se não permite estimar o número de civilizações
de todos os constrangimentos artificiais decorrentes do fato extra terráqueas, ao menos faz com que reduzamos nossas
de vivermos em uma sociedade civilizada em que às vezes nos expectativas.

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APOSTILAS OPÇÃO
Uma questão análoga só arranhada por Ward é a da - Ela tem pai e mãe louros.
inexorabilidade da inteligência. A evolução de organismos - Ela tem pai e mãe loura.
complexos leva necessariamente à consciência e à inteligência?
Robert Wright diz que sim, mas seu argumento é mais 3 - Adjetivo funciona como predicativo: vai obrigatoriamente
matemático do que biológico: complexidade engendra para o plural.
complexidade, levando a uma corrida armamentista entre - O homem e o menino estavam perdidos.
espécies cujo subproduto é a inteligência. - O homem e sua esposa estiveram hospedados aqui.
Stephen J. Gould e Steven Pinker apostam que não. Para
eles, é apenas devido a uma sucessão de pré-adaptações e b) Um adjetivo anteposto a vários substantivos
coincidências que alguns animais transformaram a capacidade 1 - Adjetivo anteposto normalmente concorda com o mais
de resolver problemas em estratégia de sobrevivência. Se próximo.
rebobinássemos o filme da evolução e reencenássemos o Comi delicioso almoço e sobremesa.
processo mudando alguns detalhes do início, seriam grandes as Provei deliciosa fruta e suco.
chances de não chegarmos a nada parecido com a inteligência. 2 - Adjetivo anteposto funcionando como predicativo:
(Adaptado de Hélio Schwartsman. Folha de S. Paulo, concorda com o mais próximo ou vai para o plural.
28/10/2012) Estavam feridos o pai e os filhos.
Estava ferido o pai e os filhos.
A frase em que as regras de concordância estão plenamente
respeitadas é: c) Um substantivo e mais de um adjetivo
(A) Podem haver estudos que comprovem que, no passado, 1- antecede todos os adjetivos com um artigo.
as formas mais complexas de vida - cujo habitat eram oceanos Falava fluentemente a língua inglesa e a espanhola.
ricos em nutrientes - se alimentavam por osmose. 2- coloca o substantivo no plural.
(B) Cada um dos organismos simples que vivem na natureza Falava fluentemente as línguas inglesa e espanhola.
sobrevivem de forma quase automática, sem se valerem de
criatividade e planejamento. d) Pronomes de tratamento
(C) Desde que observe cuidados básicos, como obter energia 1 - sempre concordam com a 3ª pessoa.
por meio de alimentos, os organismos simples podem preservar Vossa Santidade esteve no Brasil.
a vida ao longo do tempo com relativa facilidade.
(D) Alguns animais tem de se adaptar a um ambiente cheio de e) Anexo, incluso, próprio, obrigado
dificuldades para obter a energia necessária a sua sobrevivência 1 - Concordam com o substantivo a que se referem.
e nesse processo expõe- se a inúmeras ameaças. As cartas estão anexas.
(E) A maioria dos organismos mais complexos possui um A bebida está inclusa.
sistema nervoso muito desenvolvido, capaz de se adaptar a Precisamos de nomes próprios.
mudanças ambientais, como alterações na temperatura. Obrigado, disse o rapaz.

05. De acordo com a norma-padrão da língua portuguesa, a f) Um(a) e outro(a), num(a) e noutro(a)
concordância verbal está correta em: 1 - Após essas expressões o substantivo fica sempre no
(A) Ela não pode usar o celular e chamar um taxista, pois singular e o adjetivo no plural.
acabou os créditos. Renato advogou um e outro caso fáceis.
(B) Esta empresa mantêm contato com uma rede de táxis Pusemos numa e noutra bandeja rasas o peixe.
que executa diversos serviços para os clientes.
(C) À porta do aeroporto, havia muitos táxis disponíveis para g) É bom, é necessário, é proibido
os passageiros que chegavam à cidade. 1- Essas expressões não variam se o sujeito não vier
(D) Passou anos, mas a atriz não se esqueceu das calorosas precedido de artigo ou outro determinante.
lembranças que seu tio lhe deixou. Canja é bom. / A canja é boa.
(E) Deve existir passageiros que aproveitam a corrida de táxi É necessário sua presença. / É necessária a sua presença.
para bater um papo com o motorista. É proibido entrada de pessoas não autorizadas. / A entrada
é proibida.
Respostas
01. C\02. A\03. C\04. E\05. C h) Muito, pouco, caro
1- Como adjetivos: seguem a regra geral.
Concordância Nominal Comi muitas frutas durante a viagem.
Pouco arroz é suficiente para mim.
Concordância nominal  é que o ajuste que fazemos aos Os sapatos estavam caros.
demais termos da oração para que concordem em gênero e
número com o  substantivo. Teremos que alterar, portanto, o 2- Como advérbios: são invariáveis.
artigo, o  adjetivo, o numeral e o pronome. Além disso, temos Comi muito durante a viagem.
também o verbo, que se flexionará à sua maneira. Pouco lutei, por isso perdi a batalha.
Comprei caro os sapatos.
Regra geral: O artigo, o adjetivo, o numeral e o pronome
concordam em gênero e número com o substantivo. i) Mesmo, bastante
- A pequena criança é uma gracinha. 1- Como advérbios: invariáveis
- O garoto que encontrei era muito gentil e simpático. Preciso mesmo da sua ajuda.
Fiquei bastante contente com a proposta de emprego.
Casos especiais: Veremos alguns casos que fogem à regra
geral mostrada acima. 2- Como pronomes: seguem a regra geral.
Seus argumentos foram bastantes para me convencer.
a) Um adjetivo após vários substantivos Os mesmos argumentos que eu usei, você copiou.
1 - Substantivos de mesmo gênero: adjetivo vai para o plural
ou concorda com o substantivo mais próximo. j) Menos, alerta
- Irmão e primo recém-chegado estiveram aqui. 1- Em todas as ocasiões são invariáveis.
- Irmão e primo recém-chegados estiveram aqui.
Preciso de menos comida para perder peso.
2 - Substantivos de gêneros diferentes: vai para o Estamos alerta para com suas chamadas.
plural masculino ou concorda com o substantivo mais próximo.

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APOSTILAS OPÇÃO
k) Tal Qual 05. Quanto à concordância nominal, verifica-se ERRO em:
1- “Tal” concorda com o antecedente, “qual” concorda com o (A) O texto fala de uma época e de um assunto polêmicos.
consequente. (B) Tornou-se clara para o leitor a posição do autor sobre o
As garotas são vaidosas tais qual a tia. assunto.
Os pais vieram fantasiados tais quais os filhos. (C) Constata-se hoje a existência de homem, mulher e
criança viciadas.
l) Possível (D) Não será permitido visita de amigos, apenas a de
1- Quando vem acompanhado de “mais”, “menos”, “melhor” parentes.
ou “pior”, acompanha o artigo que precede as expressões. Respostas
A mais possível das alternativas é a que você expôs.
Os melhores cargos possíveis estão neste setor da empresa. 01. D\02. D\03. B
As piores situações possíveis são encontradas nas favelas da
cidade. 04. a) necessária b) alerta c) bastantes d) vazia e) meio

m) Meio 05. C
1- Como advérbio: invariável.
Estou meio (um pouco) insegura. 1.5. Colocação de pronomes:
2- Como numeral: segue a regra geral.
próclise, mesóclise, ênclise;
Comi meia (metade) laranja pela manhã.

n) Só
1- apenas, somente (advérbio): invariável. Colocação dos Pronomes Oblíquos
Só consegui comprar uma passagem. Átonos
2- sozinho (adjetivo): variável.
Estiveram sós durante horas. De acordo com as autoras Rose Jordão e Clenir Bellezi, a
colocação pronominal é a posição que os pronomes pessoais
Questões oblíquos átonos ocupam na frase em relação ao verbo a que se
referem.
01. Indique o uso INCORRETO da concordância verbal ou
nominal: São pronomes oblíquos átonos: me, te, se, o, os, a, as, lhe,
(A) Será descontada em folha sua contribuição sindical. lhes, nos e vos.
(B) Na última reunião, ficou acordado que se realizariam O pronome oblíquo átono pode assumir três posições na
encontros semanais com os diversos interessados no assunto. oração em relação ao verbo:
(C) Alguma solução é necessária, e logo!
(D) Embora tenha ficado demonstrado cabalmente a 1. próclise: pronome antes do verbo
ocorrência de simulação na transferência do imóvel, o pedido 2. ênclise: pronome depois do verbo
não pode prosperar. 3. mesóclise: pronome no meio do verbo
(E) A liberdade comercial da colônia, somada ao fato de D.
João VI ter também elevado sua colônia americana à condição de Próclise
Reino Unido a Portugal e Algarves, possibilitou ao Brasil obter
certa autonomia econômica. A próclise é aplicada antes do verbo quando temos:
- Palavras com sentido negativo:
02. Aponte a alternativa em que NÃO ocorre silepse (de Nada me faz querer sair dessa cama.
gênero, número ou pessoa): Não se trata de nenhuma novidade.
(A) “A gente é feito daquele tipo de talento capaz de fazer a
diferença.” - Advérbios:
(B) Todos sabemos que a solução não é fácil. Nesta casa se fala alemão.
(C) Essa gente trabalhadora merecia mais, pois acordam às Naquele dia me falaram que a professora não veio.
cinco horas para chegar ao trabalho às oito da manhã.
(D) Todos os brasileiros sabem que esse problema vem de - Pronomes relativos:
longe... A aluna que me mostrou a tarefa não veio hoje.
(E) Senhor diretor, espero que Vossa Senhoria seja mais Não vou deixar de estudar os conteúdos que me falaram.
compreensivo.
- Pronomes indefinidos:
03. A concordância nominal está INCORRETA em: Quem me disse isso?
(A) A mídia julgou desnecessária a campanha e o Todos se comoveram durante o discurso de despedida.
envolvimento da empresa.
(B) A mídia julgou a campanha e a atuação da empresa - Pronomes demonstrativos:
desnecessária. Isso me deixa muito feliz!
(C) A mídia julgou desnecessário o envolvimento da empresa Aquilo me incentivou a mudar de atitude!
e a campanha.
(D) A mídia julgou a campanha e a atuação da empresa - Preposição seguida de gerúndio:
desnecessárias. Em se tratando de qualidade, o Brasil Escola é o site mais
indicado à pesquisa escolar.
04. Complete os espaços com um dos nomes colocados nos
parênteses. - Conjunção subordinativa:
(A) Será que é ____ essa confusão toda? (necessário/ Vamos estabelecer critérios, conforme lhe avisaram.
necessária)
(B) Quero que todos fiquem ____. (alerta/ alertas) Ênclise
(C) Houve ____ razões para eu não voltar lá. (bastante/
bastantes) A ênclise é empregada depois do verbo. A norma culta não
(D) Encontrei ____ a sala e os quartos. (vazia/vazios) aceita orações iniciadas com pronomes oblíquos átonos. A
(E) A dona do imóvel ficou ____ desiludida com o inquilino. ênclise vai acontecer quando:
(meio/ meia)
- O verbo estiver no imperativo afirmativo:

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APOSTILAS OPÇÃO
Amem-se uns aos outros. (B) “me” deveria obrigatoriamente ser deslocado para antes
Sigam-me e não terão derrotas. do verbo que acompanha.
(C) a ênclise em “Frustrei-me” é facultativa.
- O verbo iniciar a oração: (D) a inclusão do advérbio Não, no inı́cio da oração “Frustrei-
Diga-lhe que está tudo bem. me”, tornaria a próclise obrigatória.
Chamaram-me para ser sócio. (E) a ênclise em “Frustrei-me” é obrigatória.

- O verbo estiver no infinitivo impessoal regido da preposição 05. A substituição do elemento grifado pelo pronome
“a”: correspondente foi realizada de modo INCORRETO em:
Naquele instante os dois passaram a odiar-se. (A) que permitiu à civilização = que lhe permitiu
Passaram a cumprimentar-se mutuamente. (B) envolveu diferentes fatores = envolveu-os
(C) para fazer a dragagem = para fazê-la
- O verbo estiver no gerúndio: (D) que desviava a água = que lhe desviava
Não quis saber o que aconteceu, fazendo-se de (E) supriam a necessidade = supriam-na
despreocupada.
Despediu-se, beijando-me a face. Respostas
01. D/02. E/03. C/04. D/05. D
- Houver vírgula ou pausa antes do verbo:
Se passar no vestibular em outra cidade, mudo-me no
mesmo instante. 1.6. Pontuação;
Se não tiver outro jeito, alisto-me nas forças armadas.
Mesóclise
Pontuação
A mesóclise acontece quando o verbo está flexionado no
futuro do presente ou no futuro do pretérito: Os sinais de pontuação são marcações gráficas que servem
A prova realizar-se-á neste domingo pela manhã. (= ela se para compor a  coesão  e a  coerência textual  além de ressaltar
realizará) especificidades semânticas e pragmáticas. Vejamos as principais
Far-lhe-ei uma proposta irrecusável. (= eu farei uma funções dos sinais de pontuação conhecidos pelo uso da língua
proposta a você) portuguesa.
Fontes:
http://www.soportugues.com.br/secoes/morf/morf42.php Ponto
http://www.brasilescola.com/gramatica/colocacao-pronominal. 1- Indica o término do discurso ou de parte dele.
htm - Façamos o que for preciso para tirá-la da situação em que
se encontra.
Questões - Gostaria de comprar pão, queijo, manteiga e leite.

01. Considerada a norma culta escrita, há correta substituição - Acordei. Olhei em volta. Não reconheci onde estava.
de estrutura nominal por pronome em:
(A) Agradeço antecipadamente sua Resposta // Agradeço- 2- Usa-se nas abreviações - V. Exª. - Sr.
lhes antecipadamente.
(B) do verbo fabricar se extraiu o substantivo fábrica. // do Ponto e Vírgula ( ; )
verbo fabricar se extraiu-lhe. 1- Separa várias partes do discurso, que têm a mesma
(C) não faltam lexicógrafos // não faltam-os. importância.
(D) Gostaria de conhecer suas considerações // Gostaria de -  “Os pobres dão pelo pão o trabalho; os ricos dão pelo pão
conhecê-las. a fazenda; os de espíritos generosos dão pelo pão a vida; os de
(E) incluindo a palavra ‘aguardo’ // incluindo ela. nenhum espírito dão pelo pão a alma...” (VIEIRA)

02. Caso fosse necessário substituir o termo destacado em 2- Separa partes de frases que já estão separadas por
“Basta apresentar um documento” por um pronome, de acordo vírgulas.
com a norma-padrão, a nova redação deveria ser - Alguns quiseram verão, praia e calor; outros montanhas, frio
(A) Basta apresenta-lo. e cobertor.
(B) Basta apresentar-lhe.
(C) Basta apresenta-lhe. 3- Separa itens de uma enumeração, exposição de motivos,
(D) Basta apresentá-la. decreto de lei, etc.
(E) Basta apresentá-lo. - Ir ao supermercado;
- Pegar as crianças na escola;
03. Em qual período, o pronome átono que substitui o - Caminhada na praia;
sintagma em destaque tem sua colocação de acordo com a - Reunião com amigos.
norma-padrão?
(A) O porteiro não conhecia o portador do embrulho – Dois pontos
conhecia-o 1- Antes de uma citação
(B) Meu pai tinha encontrado um marinheiro na praça Mauá - Vejamos como Afrânio Coutinho trata este assunto:
– tinha encontrado-o.
(C) As pessoas relatarão as suas histórias para o registro no 2- Antes de um aposto
Museu – relatá-las-ão. - Três coisas não me agradam: chuva pela manhã, frio à tarde
(D) Quem explicou às crianças as histórias de seus e calor à noite.
antepassados? – explicou-lhes.
(E) Vinham perguntando às pessoas se aceitavam a ideia de 3- Antes de uma explicação ou esclarecimento
um museu virtual – Lhes vinham perguntando. - Lá estava a deplorável família: triste, cabisbaixa, vivendo a
rotina de sempre.
04. De acordo com a norma-padrão e as questões gramaticais
que envolvem o trecho “Frustrei-me por não ver o Escola”, é 4- Em frases de estilo direto
correto afirmar que  Maria perguntou:
(A) “me” poderia ser deslocado para antes do verbo que - Por que você não toma uma decisão?
acompanha.

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APOSTILAS OPÇÃO
Ponto de Exclamação - o vocativo:
1- Usa-se para indicar entonação de surpresa, cólera, susto, Ora, Thiago, não diga bobagem.
súplica, etc.
- Sim! Claro que eu quero me casar com você! Questões

2- Depois de interjeições ou vocativos 01. Assinale a alternativa em que a pontuação está


- Ai! Que susto! corretamente empregada, de acordo com a norma-padrão da
- João! Há quanto tempo! língua portuguesa.
(A) Diante da testemunha, o homem abriu a bolsa e, embora,
Ponto de Interrogação experimentasse, a sensação de violar uma intimidade, procurou
Usa-se nas interrogações diretas e indiretas livres. a esmo entre as coisinhas, tentando encontrar algo que pudesse
“- Então? Que é isso? Desertaram ambos?” (Artur Azevedo) ajudar a revelar quem era a sua dona.
Reticências (B) Diante, da testemunha o homem abriu a bolsa e, embora
1- Indica que palavras foram suprimidas. experimentasse a sensação, de violar uma intimidade, procurou
- Comprei lápis, canetas, cadernos... a esmo entre as coisinhas, tentando encontrar algo que pudesse
ajudar a revelar quem era a sua dona.
2- Indica interrupção violenta da frase. (C) Diante da testemunha, o homem abriu a bolsa e, embora
“- Não... quero dizer... é verdad... Ah!” experimentasse a sensação de violar uma intimidade, procurou
a esmo entre as coisinhas, tentando encontrar algo que pudesse
3- Indica interrupções de hesitação ou dúvida ajudar a revelar quem era a sua dona.
- Este mal... pega doutor? (D) Diante da testemunha, o homem, abriu a bolsa e, embora
experimentasse a sensação de violar uma intimidade, procurou
4- Indica que o sentido vai além do que foi dito a esmo entre as coisinhas, tentando, encontrar algo que pudesse
- Deixa, depois, o coração falar... ajudar a revelar quem era a sua dona.
(E) Diante da testemunha, o homem abriu a bolsa e, embora,
Vírgula experimentasse a sensação de violar uma intimidade, procurou
Não se usa vírgula a esmo entre as coisinhas, tentando, encontrar algo que pudesse
*separando termos que, do ponto de vista sintático, ligam-se ajudar a revelar quem era a sua dona.
diretamente entre si:
02. Assinale a opção em que está corretamente indicada a
a) entre sujeito e predicado. ordem dos sinais de pontuação que devem preencher as lacunas
Todos os alunos da sala    foram advertidos.  da frase abaixo:
Sujeito                            predicado “Quando se trata de trabalho científico ___ duas coisas devem
ser consideradas ____ uma é a contribuição teórica que o trabalho
b) entre o verbo e seus objetos. oferece ___ a outra é o valor prático que possa ter.
O trabalho custou            sacrifício             aos realizadores.  A) dois pontos, ponto e vírgula, ponto e vírgula
             V.T.D.I.              O.D.                      O.I. B) dois pontos, vírgula, ponto e vírgula;
C) vírgula, dois pontos, ponto e vírgula;
c) entre nome e complemento nominal; entre nome e adjunto D) pontos vírgula, dois pontos, ponto e vírgula;
adnominal. E) ponto e vírgula, vírgula, vírgula.
A surpreendente reação do governo contra os sonegadores
despertou reações entre os empresários. 03. Os sinais de pontuação estão empregados corretamente
adj. adnominal nome adj. adn. complemento nominal em:
A) Duas explicações, do treinamento para consultores
Usa-se a vírgula: iniciantes receberam destaque, o conceito de PPD e a construção
- Para marcar intercalação: de tabelas Price; mas por outro lado, faltou falar das metas de
a) do adjunto adverbial: O café, em razão da sua abundância, vendas associadas aos dois temas.
vem caindo de preço. B) Duas explicações do treinamento para consultores
b) da conjunção: Os cerrados são secos e áridos. Estão iniciantes receberam destaque: o conceito de PPD e a construção
produzindo, todavia, altas quantidades de alimentos. de tabelas Price; mas, por outro lado, faltou falar das metas de
c) das expressões explicativas ou corretivas: As indústrias vendas associadas aos dois temas.
não querem abrir mão de suas vantagens, isto é, não querem abrir C) Duas explicações do treinamento para consultores
mão dos lucros altos. iniciantes receberam destaque; o conceito de PPD e a construção
de tabelas Price, mas por outro lado, faltou falar das metas de
- Para marcar inversão: vendas associadas aos dois temas.
a) do adjunto adverbial (colocado no início da oração): D) Duas explicações do treinamento para consultores
Depois das sete horas, todo o comércio está de portas fechadas. iniciantes, receberam destaque: o conceito de PPD e a construção
b) dos objetos pleonásticos antepostos ao verbo: Aos de tabelas Price, mas, por outro lado, faltou falar das metas de
pesquisadores, não lhes destinaram verba alguma. vendas associadas aos dois temas.
c) do nome de lugar anteposto às datas: Recife, 15 de maio E) Duas explicações, do treinamento para consultores
de 1982. iniciantes, receberam destaque; o conceito de PPD e a construção
de tabelas Price, mas por outro lado, faltou falar das metas, de
- Para separar entre si elementos coordenados (dispostos vendas associadas aos dois temas.
em enumeração):
Era um garoto de 15 anos, alto, magro. 04. Assinale a alternativa em que o período, adaptado da
A ventania levou árvores, e telhados, e pontes, e animais. revista Pesquisa Fapesp de junho de 2012, está correto quanto à
regência nominal e à pontuação.
- Para marcar elipse (omissão) do verbo: (A) Não há dúvida que as mulheres ampliam, rapidamente,
Nós queremos comer pizza; e vocês, churrasco. seu espaço na carreira científica ainda que o avanço seja mais
notável em alguns países, o Brasil é um exemplo, do que em
- Para isolar: outros.
(B) Não há dúvida de que, as mulheres, ampliam rapidamente
- o aposto: seu espaço na carreira científica; ainda que o avanço seja mais
São Paulo, considerada a metrópole brasileira, possui um notável, em alguns países, o Brasil é um exemplo!, do que em
trânsito caótico. outros.

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APOSTILAS OPÇÃO
(C) Não há dúvida de que as mulheres, ampliam rapidamente 2-) diante de  verbos no infinitivo:
seu espaço, na carreira científica, ainda que o avanço seja mais A criança começou a falar.
notável, em alguns países: o Brasil é um exemplo, do que em Ela não tem nada a dizer.
outros.
(D) Não há dúvida de que as mulheres ampliam rapidamente Obs.: como os verbos não admitem artigos, o “a” dos
seu espaço na carreira científica, ainda que o avanço seja mais exemplos acima é apenas preposição, logo não ocorrerá crase.
notável em alguns países – o Brasil é um exemplo – do que em
outros. 3-) diante da maioria dos pronomes e das expressões de
(E) Não há dúvida que as mulheres ampliam rapidamente, tratamento, com exceção das formas senhora, senhorita e dona:
seu espaço na carreira científica, ainda que, o avanço seja mais Diga a ela que não estarei em casa amanhã.
notável em alguns países (o Brasil é um exemplo) do que em Entreguei a todos os documentos necessários.
outros. Ele fez referência a Vossa Excelência no discurso de ontem.

05. Assinale a alternativa em que a frase mantém-se correta Os poucos casos em que ocorre crase diante dos pronomes
após o acréscimo das vírgulas. podem ser identificados pelo método: troque a palavra feminina
(A) Se a criança se perder, quem encontrá-la, verá na pulseira por uma masculina, caso na nova construção surgir a forma ao,
instruções para que envie, uma mensagem eletrônica ao grupo ocorrerá crase. Por exemplo:
ou acione o código na internet.
(B) Um geolocalizador também, avisará, os pais de onde o Refiro-me à mesma pessoa. (Refiro-me ao mesmo indivíduo.)
código foi acionado. Informei o ocorrido à senhora. (Informei o ocorrido ao senhor.)
(C) Assim que o código é digitado, familiares cadastrados, Peça à própria Cláudia para sair mais cedo. (Peça ao próprio
recebem automaticamente, uma mensagem dizendo que a Cláudio para sair mais cedo.)
criança foi encontrada.
(D) De fabricação chinesa, a nova pulseirinha, chega primeiro 4-) diante de numerais cardinais:
às, areias do Guarujá. Chegou a duzentos o número de feridos
(E) O sistema permite, ainda, cadastrar o nome e o telefone Daqui a uma semana começa o campeonato.
de quem a encontrou e informar um ponto de referência
Casos em que a crase SEMPRE ocorre:
Resposta
1-C 2-C 3-B 4-D 5-E 1-) diante de palavras femininas:
Amanhã iremos à festa de aniversário de minha colega.
Sempre vamos à praia no verão.
1.7. Crase. Ela disse à irmã o que havia escutado pelos corredores.
Sou grata à população.
Fumar é prejudicial à saúde.
Crase Este aparelho é posterior à invenção do telefone.

A palavra  crase  é de origem grega e significa «fusão», 2-) diante da palavra “moda”, com o sentido de “à moda de”
«mistura». Na língua portuguesa, é o nome que se dá à «junção» (mesmo que a expressão moda de fique subentendida):
de duas vogais idênticas. É de grande importância a crase da O jogador fez um gol à (moda de) Pelé. 
preposição “a” com o artigo feminino “a” (s), com o “a” inicial dos Usava sapatos à (moda de) Luís XV.
pronomes aquele(s), aquela (s), aquilo e com o “a” do relativo a Estava com vontade de comer frango à (moda de) passarinho.
qual (as quais). Na escrita, utilizamos o acento grave ( ` ) para O menino resolveu vestir-se à (moda de) Fidel Castro.
indicar a crase. O uso apropriado do acento grave depende da
compreensão da fusão das duas vogais. É fundamental também, 3-) na indicação de horas:
para o entendimento da crase, dominar a regência dos verbos Acordei às sete horas da manhã.
e nomes que exigem a preposição  “a”. Aprender a usar a Elas chegaram às dez horas.
crase, portanto, consiste em aprender a verificar a ocorrência Foram dormir à meia-noite.
simultânea de uma preposição e um artigo ou pronome. 
4-) em locuções adverbiais, prepositivas e conjuntivas de
Observe: que participam palavras femininas. Por exemplo:
Vou a + a igreja.
Vou à igreja. à tarde às ocultas às pressas à medida que
à noite às claras às escondidas à força
No exemplo acima, temos a ocorrência da
preposição  “a”,  exigida pelo verbo  ir  (ir a algum lugar) e a à vontade à beça à larga à escuta
ocorrência do artigo  “a”  que está determinando o substantivo às avessas à revelia à exceção de à imitação de
feminino igreja. Quando ocorre esse encontro das duas vogais e
elas se unem, a união delas é indicada pelo acento grave. Observe à esquerda às turras às vezes à chave
os outros exemplos: à direita à procura à deriva à toa

Conheço a aluna. à proporção
à luz à sombra de à frente de
Refiro-me à aluna. que
No primeiro exemplo, o verbo é transitivo direto (conhecer à
algo ou alguém), logo não exige preposição e a crase não pode semelhança às ordens à beira de
ocorrer. No segundo exemplo, o verbo é transitivo indireto de
(referir-se a algo ou a alguém) e exige a preposição  “a”.
Portanto, a crase é possível, desde que o termo seguinte seja Crase diante de Nomes de Lugar
feminino e admita o artigo feminino “a” ou um dos pronomes já
especificados. Alguns nomes de lugar não admitem a anteposição do
Veja os principais casos em que a crase NÃO ocorre: artigo  “a”. Outros, entretanto, admitem o artigo, de modo que
diante deles haverá crase, desde que o termo regente exija a
1-) diante de substantivos masculinos: preposição “a”. Para saber se um nome de lugar admite ou não
Andamos a cavalo. a anteposição do artigo feminino “a”, deve-se substituir o termo
Fomos a pé. regente por um verbo que peça a preposição  “de”  ou  “em”. A

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APOSTILAS OPÇÃO
ocorrência da contração  “da”  ou  “na”  prova que esse nome de Os exemplos são semelhantes aos de antes.
lugar aceita o artigo e, por isso, haverá crase. Suas perguntas são superiores às dele.
Por exemplo: Seus argumentos são superiores aos dele.
Vou  à  França. (Vim  da  [de+a] França. Estou  na  [em+a] Sua blusa é idêntica à de minha colega.
França.) Seu casaco é idêntico ao de minha colega.
Cheguei à Grécia. (Vim da Grécia. Estou na Grécia.)
Retornarei à Itália. (Vim da Itália. Estou na Itália) A Palavra Distância
Vou  a  Porto Alegre. (Vim  de  Porto Alegre. Estou  em  Porto
Alegre.)  Se a palavra  distância  estiver especificada, determinada, a
crase deve ocorrer.
- Minha dica: use a regrinha “Vou A volto DA, crase HÁ; vou A Por exemplo:
volto DE, crase PRA QUÊ?” Sua casa fica  à  distância de 100 Km daqui. (A palavra está
Ex: Vou a Campinas. = Volto de Campinas. determinada)
Vou à praia. = Volto da praia. Todos devem ficar  à  distância de 50 metros do palco. (A
palavra está especificada.)
- ATENÇÃO: quando o nome de lugar estiver especificado,
ocorrerá crase. Veja: Se a palavra  distância  não estiver especificada, a
Retornarei à São Paulo dos bandeirantes. = crase não pode ocorrer. 
mesmo que, pela regrinha acima, seja a do “VOLTO DE” Por exemplo:
Irei à Salvador de Jorge Amado. Os militares ficaram a distância.
Gostava de fotografar a distância.
Crase diante dos Pronomes Demonstrativos Aquele (s), Ensinou a distância.
Aquela (s), Aquilo Dizem que aquele médico cura a distância.
Reconheci o menino a distância.
Haverá crase diante desses pronomes sempre que o termo
regente exigir a preposição “a”. Por exemplo: Observação: por motivo de clareza, para evitar ambiguidade,
pode-se usar a crase.
Refiro-me a + aquele atentado. Veja:
Preposição Pronome Gostava de fotografar à distância.
Ensinou à distância.
Refiro-me àquele atentado. Dizem que aquele médico cura à distância.

O termo regente do exemplo acima é o verbo transitivo Casos em que a ocorrência da crase é FACULTATIVA
indireto referir (referir-se a algo ou alguém) e exige preposição,
portanto, ocorre a crase. Observe este outro exemplo: 1-) diante de nomes próprios femininos:
Observação: é facultativo o uso da crase diante de nomes
Aluguei aquela casa. próprios femininos porque é facultativo o uso do artigo. Observe:
Paula é muito bonita. Laura é minha amiga.
O verbo “alugar” é transitivo direto (alugar algo) e não exige A Paula é muito bonita. A Laura é minha amiga.
preposição. Logo, a crase não ocorre nesse caso.
Veja outros exemplos: Como podemos constatar, é facultativo o uso do artigo
Dediquei àquela senhora todo o meu trabalho. feminino diante de nomes próprios femininos, então podemos
Quero agradecer àqueles que me socorreram. escrever as frases abaixo das seguintes formas:
Refiro-me àquilo que aconteceu com seu pai.
Não obedecerei àquele sujeito. Entreguei o cartão a Paula. Entreguei o cartão a
Roberto.
Crase com os Pronomes Relativos A Qual, As Quais Entreguei o cartão à Paula. Entreguei o cartão ao
Roberto.
A ocorrência da crase com os pronomes relativos a qual e as
quais  depende do verbo. Se o verbo que rege esses pronomes 2-) diante de pronome possessivo feminino:
exigir a preposição  «a»,  haverá crase. É possível detectar a Observação: é facultativo o uso da crase diante de
ocorrência da crase nesses casos utilizando a substituição do pronomes possessivos femininos porque é facultativo o uso do
termo regido feminino por um termo regido masculino.  artigo. Observe:
Por exemplo: Minha avó tem setenta anos. Minha irmã está
A igreja à qual me refiro fica no centro da cidade. esperando por você.
O monumento ao qual me refiro fica no centro da cidade A minha avó tem setenta anos. A minha irmã está
esperando por você.
Caso surja a forma ao com a troca do termo, ocorrerá a crase.
Veja outros exemplos: Sendo facultativo o uso do artigo feminino diante de
São normas às quais todos os alunos devem obedecer. pronomes possessivos femininos, então podemos escrever as
Esta foi a conclusão à qual ele chegou. frases abaixo das seguintes formas:
Várias alunas  às quais  ele fez perguntas não souberam
responder nenhuma das questões. Cedi o lugar a minha avó. Cedi o lugar a meu avô.
A sessão à qual assisti estava vazia. Cedi o lugar à minha avó. Cedi o lugar ao meu avô.

Crase com o Pronome Demonstrativo “a” 3-) depois da preposição até:


Fui até a praia. ou Fui até à praia.
A ocorrência da crase com o pronome Acompanhe-o até a porta. ou Acompanhe-o até à porta.
demonstrativo  “a”  também pode ser detectada através da A palestra vai até as cinco horas da tarde. ou
substituição do termo regente feminino por um termo regido A palestra vai até às cinco horas da tarde.
masculino. 
Veja: Questões
Minha revolta é ligada à do meu país.
Meu luto é ligado ao do meu país. 01. No Brasil, as discussões sobre drogas parecem limitar-
As orações são semelhantes às de antes. se ______aspectos jurídicos ou policiais. É como se suas únicas

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APOSTILAS OPÇÃO
consequências estivessem em legalismos, tecnicalidades O vocábulo a deverá receber o sinal indicativo de crase se o
e estatísticas criminais. Raro ler ____respeito envolvendo segmento grifado for substituído por:
questões de saúde pública como programas de esclarecimento A) leitura apressada e sem profundidade.
e prevenção, de tratamento para dependentes e de reintegração B) cada um de nós neste formigueiro.
desses____ vida. Quantos de nós sabemos o nome de um médico C) exemplo de obras publicadas recentemente.
ou clínica ____quem tentar encaminhar um drogado da nossa D) uma comunicação festiva e virtual.
própria família? E) respeito de autores reconhecidos pelo público.

(Ruy Castro, Da nossa própria família. Folha de S.Paulo, 05. O Instituto Nacional de Administração Prisional
17.09.2012. Adaptado) (INAP) também desenvolve atividades lúdicas de apoio______
ressocialização do indivíduo preso, com o objetivo de prepará-
As lacunas do texto devem ser preenchidas, correta e lo para o retorno______ sociedade. Dessa forma, quando em
respectivamente, com: liberdade, ele estará capacitado______ ter uma profissão e uma
(A) aos … à … a … a vida digna.
(B) aos … a … à … a (Disponível em:
(C) a … a … à … à www.metropolitana.com.br/blog/qual_e_a_importancia_da_
(D) à … à … à … à ressocializacao_de_presos. Acesso em: 18.08.2012. Adaptado)
(E) a … a … a … a
Assinale a alternativa que preenche, correta e
02. Leia o texto a seguir. respectivamente, as lacunas do texto, de acordo com a norma-
Foi por esse tempo que Rita, desconfiada e medrosa, correu padrão da língua portuguesa.
______ cartomante para consultá-la sobre a verdadeira causa do A) à … à … à
procedimento de Camilo. Vimos que ______ cartomante restituiu- B) a … a … à
lhe ______ confiança, e que o rapaz repreendeu-a por ter feito o C) a … à … à
que fez. D) à … à ... a
(Machado de Assis. A cartomante. In: Várias histórias. Rio de E) a … à … a
Janeiro: Globo, 1997, p. 6)
Respostas
Preenchem corretamente as lacunas da frase acima, na 1-B / 2-A / 3-B / 4-A / 5-D
ordem dada:
A) à – a – a
B) a – a – à 2. Interpretação de texto.
C) à – a – à
D) à – à – a
E) a – à – à Interpretação de Texto

03 “Nesta oportunidade, volto ___ referir-me ___ problemas já A leitura é o meio mais importante para chegarmos ao
expostos ___ V. Sª ___ alguns dias”. conhecimento, portanto, precisamos aprender a ler e não
a) à - àqueles - a - há  apenas “passar os olhos sobre algum texto”. Ler, na verdade,
b) a - àqueles - a - há  é dar sentido à vida e ao mundo, é dominar a riqueza de
c) a - aqueles - à - a  qualquer texto, seja literário, informativo, persuasivo, narrativo,
d) à - àqueles - a - a  possibilidades que se misturam e as tornam infinitas. É preciso,
e) a - aqueles - à - há para uma boa leitura, exercitar-se na arte de pensar, de captar
ideias, de investigar as palavras… Para isso, devemos entender,
04. Leia o texto a seguir. primeiro, algumas definições importantes:
Comunicação
Texto
O público ledor (existe mesmo!) é sensorial: quer ter um autor O texto (do latim textum: tecido) é uma unidade básica de
ao vivo, em carne e osso. Quando este morre, há uma queda de organização e transmissão de ideias, conceitos e informações de
popularidade em termos de venda. Ou, quando teatrólogo, em modo geral. Em sentido amplo, uma escultura, um quadro, um
termos de espetáculo. Um exemplo: G. B. Shaw. E, entre nós, o símbolo, um sinal de trânsito, uma foto, um filme, uma novela de
suave fantasma de Cecília Meireles recém está se materializando, televisão também são formas textuais.
tantos anos depois.
Isto apenas vem provar que a leitura é um remédio para Interlocutor
a solidão em que vive cada um de nós neste formigueiro. Claro É a pessoa a quem o texto se dirige.
que não me estou referindo a essa vulgar comunicação festiva e
efervescente. Texto-modelo
Porque o autor escreve, antes de tudo, para expressar-se. Sua “Não é preciso muito para sentir ciúme. Bastam três – você,
comunicação com o leitor decorre unicamente daí. Por afinidades. uma pessoa amada e uma intrusa. Por isso todo mundo sente.
É como, na vida, se faz um amigo. Se sua amiga disser que não, está mentindo ou se enganando.
E o sonho do escritor, do poeta, é individualizar cada Quem agüenta ver o namorado conversando todo animado com
formiga num formigueiro, cada ovelha num rebanho − para que outra menina sem sentir uma pontinha de não-sei-o-quê? (…)
sejamos humanos e não uma infinidade de xerox infinitamente É normal você querer o máximo de atenção do seu namorado,
reproduzidos uns dos outros. das suas amigas, dos seus pais. Eles são a parte mais importante
Mas acontece que há também autores xerox, que nos invadem da sua vida.”
com aqueles seus best-sellers... (Revista Capricho)
Será tudo isto uma causa ou um efeito? Modelo de Perguntas
Tristes interrogações para se fazerem num mundo que já foi 1) Considerando o texto-modelo, é possível identificar quem
civilizado. é o seu interlocutor preferencial?
Um leitor jovem.
(Mário Quintana. Poesia completa. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 1.
ed., 2005. p. 654) 2) Quais são as informações (explícitas ou não) que permitem
a você identificar o interlocutor preferencial do texto?
Claro que não me estou referindo a essa vulgar comunicação Do contexto podemos extrair indícios do interlocutor
festiva e efervescente. preferencial do texto: uma jovem adolescente, que pode ser

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APOSTILAS OPÇÃO
acometida pelo ciúme. Observa-se ainda , que a revista Capricho mais pessoas começam a acreditar que a bicicleta é, numa
tem como público-alvo preferencial: meninas adolescentes. comparação entre todos os meios de transporte, um dos que
A linguagem informal típica dos adolescentes. oferecem mais vantagens.
A bicicleta já pode ser comparada a carros, motocicletas
09 DICAS PARA MELHORAR A INTERPRETAÇÃO DE TEXTOS e a outros veículos que, por lei, devem andar na via e jamais
01) Ler todo o texto, procurando ter uma visão geral do na calçada. Bicicletas, triciclos e outras variações são todos
assunto; considerados veículos, com direito de circulação pelas ruas e
02) Se encontrar palavras desconhecidas, não interrompa a prioridade sobre os automotores.
leitura; Alguns dos motivos pelos quais as pessoas aderem à bicicleta
03) Ler, ler bem, ler profundamente, ou seja, ler o texto pelo no dia a dia são: a valorização da sustentabilidade, pois as bikes
menos duas vezes; não emitem gases nocivos ao ambiente, não consomem petróleo
04) Inferir; e produzem muito menos sucata de metais, plásticos e borracha;
05) Voltar ao texto tantas quantas vezes precisar; a diminuição dos congestionamentos por excesso de veículos
06) Não permitir que prevaleçam suas ideias sobre as do motorizados, que atingem principalmente as grandes cidades; o
autor; favorecimento da saúde, pois pedalar é um exercício físico muito
07) Fragmentar o texto (parágrafos, partes) para melhor bom; e a economia no combustível, na manutenção, no seguro e,
compreensão; claro, nos impostos.
08) Verificar, com atenção e cuidado, o enunciado de cada No Brasil, está sendo implantado o sistema de
questão; compartilhamento de bicicletas. Em Porto Alegre, por exemplo,
09) O autor defende ideias e você deve percebê-las; o BikePOA é um projeto de sustentabilidade da Prefeitura, em
Fonte: http://portuguesemfoco.com/09-dicas-para-melhorar-a- parceria com o sistema de Bicicletas SAMBA, com quase um
interpretacao-de-textos-em-provas/ ano de operação. Depois de Rio de Janeiro, São Paulo, Santos,
Sorocaba e outras cidades espalhadas pelo país aderirem a
Não saber interpretar corretamente um texto pode gerar esse sistema, mais duas capitais já estão com o projeto pronto
inúmeros problemas, afetando não só o desenvolvimento em 2013: Recife e Goiânia. A ideia do compartilhamento é
profissional, mas também o desenvolvimento pessoal. O mundo semelhante em todas as cidades. Em Porto Alegre, os usuários
moderno cobra de nós inúmeras competências, uma delas é a devem fazer um cadastro pelo site. O valor do passe mensal é
proficiência na língua, e isso não se refere apenas a uma boa R$ 10 e o do passe diário, R$ 5, podendo-se utilizar o sistema
comunicação verbal, mas também à capacidade de entender durante todo o dia, das 6h às 22h, nas duas modalidades. Em
aquilo que está sendo lido. O analfabetismo funcional está todas as cidades que já aderiram ao projeto, as bicicletas estão
relacionado com a dificuldade de decifrar as entrelinhas do espalhadas em pontos estratégicos.
código, pois a leitura mecânica é bem diferente da leitura A cultura do uso da bicicleta como meio de locomoção
interpretativa, aquela que fazemos ao estabelecer analogias e não está consolidada em nossa sociedade. Muitos ainda não
criar inferências. Para que você não sofra mais com a análise de sabem que a bicicleta já é considerada um meio de transporte,
textos, elaboramos algumas dicas para você seguir e tirar suas ou desconhecem as leis que abrangem a bike. Na confusão de
dúvidas. um trânsito caótico numa cidade grande, carros, motocicletas,
Uma interpretação de texto competente depende de ônibus e, agora, bicicletas, misturam-se, causando, muitas vezes,
inúmeros fatores, mas nem por isso deixaremos de contemplar discussões e acidentes que poderiam ser evitados.
alguns que se fazem essenciais para esse exercício. Muitas vezes, Ainda são comuns os acidentes que atingem ciclistas. A
apressados, descuidamo-nos das minúcias presentes em um verdade é que, quando expostos nas vias públicas, eles estão
texto, achamos que apenas uma leitura já se faz suficiente, o que totalmente vulneráveis em cima de suas bicicletas. Por isso
não é verdade. Interpretar demanda paciência e, por isso, sempre é tão importante usar capacete e outros itens de segurança. A
releia, pois uma segunda leitura pode apresentar aspectos maior parte dos motoristas de carros, ônibus, motocicletas e
surpreendentes que não foram observados anteriormente. caminhões desconhece as leis que abrangem os direitos dos
Para auxiliar na busca de sentidos do texto, você pode também ciclistas. Mas muitos ciclistas também ignoram seus direitos
retirar dele os tópicos frasais presentes em cada parágrafo, e deveres. Alguém que resolve integrar a bike ao seu estilo de
isso certamente auxiliará na apreensão do conteúdo exposto. vida e usá-la como meio de locomoção precisa compreender
Lembre-se de que os parágrafos não estão organizados, pelo que deverá gastar com alguns apetrechos necessários para
menos em um bom texto, de maneira aleatória, se estão no lugar poder trafegar. De acordo com o Código de Trânsito Brasileiro,
que estão, é porque ali se fazem necessários, estabelecendo as bicicletas devem, obrigatoriamente, ser equipadas com
uma relação hierárquica do pensamento defendido, retomando campainha, sinalização noturna dianteira, traseira, lateral e nos
ideias supracitadas ou apresentando novos conceitos. pedais, além de espelho retrovisor do lado esquerdo.
Para finalizar, concentre-se nas ideias que de fato foram (Bárbara Moreira, http://www.eusoufamecos.net. Adaptado)
explicitadas pelo autor: os textos argumentativos não costumam
conceder espaço para divagações ou hipóteses, supostamente 01. De acordo com o texto, o uso da bicicleta como meio de
contidas nas entrelinhas. Devemos nos ater às ideias do autor, locomoção nas metrópoles brasileiras
isso não quer dizer que você precise ficar preso na superfície (A) decresce em comparação com Holanda e Inglaterra
do texto, mas é fundamental que não criemos, à revelia do devido à falta de regulamentação.
autor, suposições vagas e inespecíficas. Quem lê com cuidado (B) vem se intensificando paulatinamente e tem sido
certamente incorre menos no risco de tornar-se um analfabeto incentivado em várias cidades.
funcional e ler com atenção é um exercício que deve ser (C) tornou-se, rapidamente, um hábito cultivado pela
praticado à exaustão, assim como uma técnica, que fará de nós maioria dos moradores.
leitores proficientes e sagazes. Agora que você já conhece nossas (D) é uma alternativa dispendiosa em comparação com os
dicas, desejamos a você uma boa leitura e bons estudos! demais meios de transporte.
Fonte: http://portugues.uol.com.br/redacao/dicas-para-uma-boa- (E) tem sido rejeitado por consistir em uma atividade
interpretacao-texto.html arriscada e pouco salutar.

Questões 02. A partir da leitura, é correto concluir que um dos


objetivos centrais do texto é
O uso da bicicleta no Brasil (A) informar o leitor sobre alguns direitos e deveres do
ciclista.
A utilização da bicicleta como meio de locomoção no Brasil (B) convencer o leitor de que circular em uma bicicleta é
ainda conta com poucos adeptos, em comparação com países mais seguro do que dirigir um carro.
como Holanda e Inglaterra, por exemplo, nos quais a bicicleta (C) mostrar que não há legislação acerca do uso da bicicleta
é um dos principais veículos nas ruas. Apesar disso, cada vez no Brasil.

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(D) explicar de que maneira o uso da bicicleta como meio de Essa é a evolução de pensamento que alguém poderá
locomoção se consolidou no Brasil. ter antes de passar para a ira de trânsito de fato, levando um
(E) defender que, quando circular na calçada, o ciclista deve motorista a tomar decisões irracionais.
dar prioridade ao pedestre. Dirigir pode ser uma experiência arriscada e emocionante.
Para muitos de nós, os carros são a extensão de nossa
03. Considere o cartum de Evandro Alves. personalidade e podem ser o bem mais valioso que possuímos.
Afogado no Trânsito Dirigir pode ser a expressão de liberdade para alguns, mas
também é uma atividade que tende a aumentar os níveis de
estresse, mesmo que não tenhamos consciência disso no
momento.
Dirigir é também uma atividade comunitária. Uma vez que
entra no trânsito, você se junta a uma comunidade de outros
motoristas, todos com seus objetivos, medos e habilidades ao
volante. Os psicólogos Leon James e Diane Nahl dizem que um
dos fatores da ira de trânsito é a tendência de nos concentrarmos
em nós mesmos, descartando o aspecto comunitário do ato de
dirigir.
Como perito do Congresso em Psicologia do Trânsito, o
Dr. James acredita que a causa principal da ira de trânsito não
são os congestionamentos ou mais motoristas nas ruas, e sim
como nossa cultura visualiza a direção agressiva. As crianças
(http://iiiconcursodecartumuniversitario.blogspot.com.br)
aprendem que as regras normais em relação ao comportamento
e à civilidade não se aplicam quando dirigimos um carro. Elas
Considerando a relação entre o título e a imagem, é correto podem ver seus pais envolvidos em comportamentos de disputa
concluir que um dos temas diretamente explorados no cartum é ao volante, mudando de faixa continuamente ou dirigindo em
(A) o aumento da circulação de ciclistas nas vias públicas. alta velocidade, sempre com pressa para chegar ao destino.
(B) a má qualidade da pavimentação em algumas ruas. Para complicar as coisas, por vários anos psicólogos
(C) a arbitrariedade na definição dos valores das multas. sugeriam que o melhor meio para aliviar a raiva era descarregar
(D) o número excessivo de automóveis nas ruas. a frustração. Estudos mostram, no entanto, que a descarga de
(E) o uso de novas tecnologias no transporte público. frustrações não ajuda a aliviar a raiva. Em uma situação de ira
de trânsito, a descarga de frustrações pode transformar um
04. Considere o cartum de Douglas Vieira. incidente em uma violenta briga.
Televisão Com isso em mente, não é surpresa que brigas violentas
aconteçam algumas vezes. A maioria das pessoas está
predisposta a apresentar um comportamento irracional quando
dirige. Dr. James vai ainda além e afirma que a maior parte das
pessoas fica emocionalmente incapacitada quando dirige. O que
deve ser feito, dizem os psicólogos, é estar ciente de seu estado
emocional e fazer as escolhas corretas, mesmo quando estiver
tentado a agir só com a emoção.
(Jonathan Strickland. Disponível em: http://carros.hsw.uol.com.br/
furia-no-transito1 .htm. Acesso em: 01.08.2013. Adaptado)

05. Tomando por base as informações contidas no texto, é


correto afirmar que
(http://iiiconcursodecartumuniversitario.blogspot.com.br.
(A) os comportamentos de disputa ao volante acontecem à
Adaptado)
medida que os motoristas se envolvem em decisões conscientes.
(B) segundo psicólogos, as brigas no trânsito são causadas
É correto concluir que, de acordo com o cartum, pela constante preocupação dos motoristas com o aspecto
(A) os tipos de entretenimento disponibilizados pelo livro ou comunitário do ato de dirigir.
pela TV são equivalentes. (C) para Dr. James, o grande número de carros nas ruas é
(B) o livro, em comparação com a TV, leva a uma imaginação o principal motivo que provoca, nos motoristas, uma direção
mais ativa. agressiva.
(C) o indivíduo que prefere ler a assistir televisão é alguém (D) o ato de dirigir um carro envolve uma série de
que não sabe se distrair. experiências e atividades não só individuais como também
(D) a leitura de um bom livro é tão instrutiva quanto assistir sociais.
a um programa de televisão. (E) dirigir mal pode estar associado à falta de controle das
(E) a televisão e o livro estimulam a imaginação de modo emoções positivas por parte dos motoristas.
idêntico, embora ler seja mais prazeroso.
Respostas
Leia o texto para responder às questões: 1. (B) / 2. (A) / 3. (D) / 4. (B) / 5. (D)

Propensão à ira de trânsito


Anotações
Dirigir um carro é estressante, além de inerentemente
perigoso. Mesmo que o indivíduo seja o motorista mais seguro
do mundo, existem muitas variáveis de risco no trânsito, como
clima, acidentes de trânsito e obras nas ruas.
E com relação a todas as outras pessoas nas ruas? Algumas
não são apenas maus motoristas, sem condições de dirigir, mas
também se engajam num comportamento de risco – algumas até
agem especificamente para irritar o outro motorista ou impedir
que este chegue onde precisa.

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LEGISLAÇÃO

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APOSTILAS OPÇÃO

Art. 3º Constituem objetivos fundamentais da República


Federativa do Brasil:
I - construir uma sociedade livre, justa e solidária;
II - garantir o desenvolvimento nacional;
III - erradicar a pobreza e a marginalização e reduzir as
desigualdades sociais e regionais;
IV - promover o bem de todos, sem preconceitos de origem,
raça, sexo, cor, idade e quaisquer outras formas de
discriminação.
1. Constituição da República
Art. 4º A República Federativa do Brasil rege-se nas suas
Federativa do Brasil - 1988: relações internacionais pelos seguintes princípios:
1.1. Título I; 1.2. Título I - independência nacional;
II/Capítulo I; II - prevalência dos direitos humanos;
III - autodeterminação dos povos;
1.3. Título III/Capítulo IV. IV - não-intervenção;
V - igualdade entre os Estados;
VI - defesa da paz;
O Título I da Constituição Federal diz respeito aos VII - solução pacífica dos conflitos;
Princípios Fundamentais da República Federativa. VIII - repúdio ao terrorismo e ao racismo;
IX - cooperação entre os povos para o progresso da
Dos Princípios Fundamentais humanidade;
X - concessão de asilo político.
Os princípios fundamentais da Constituição Federal de Parágrafo único. A República Federativa do Brasil buscará a
1988 estão localizados no Título I, artigos 1º a 4º. integração econômica, política, social e cultural dos povos da
Inicialmente, temos que a República Federativa do Brasil é América Latina, visando à formação de uma comunidade latino-
formada pela união indissolúvel dos Estados e Municípios e do americana de nações.
Distrito Federal, constituindo-se em Estado Democrático de
Direito e tem como fundamentos a soberania, a cidadania, a O Capítulo I do Título II fala acerca dos direitos e deveres
dignidade da pessoa humana, os valores sociais do trabalho e individuais e Coletivos. Vamos a eles!
da livre iniciativa e o pluralismo político.
Todo o poder emana do povo, que o exerce por meio de Dos Direitos e Garantias Fundamentais
representantes eleitos ou diretamente, nos termos desta
Constituição. A Constituição Federal de 1988 trouxe em seu Título II os
Dispõe ainda sobre a divisão dos Poderes da União, sendo direitos e garantias fundamentais, subdividindo-os em cinco
esta constituída em três: o Poder Executivo, o Poder capítulos: direitos individuais e coletivos, direitos sociais,
Legislativo e o Poder Judiciário. São eles independentes e nacionalidade, direitos políticos e partidos políticos.
harmônicos entre si.
Com relação aos objetivos fundamentais do Estado É necessária maior atenção na leitura do artigo 5º,
brasileiro, tem-se que a República Federativa do Brasil tendo em vista que este é um dos mais exigidos em
buscará a construção de uma sociedade livre, justa e solidária, concurso público!
trabalhará para garantir o desenvolvimento nacional,
erradicar a pobreza e a marginalização e reduzir as
desigualdades sociais e regionais além de promover o bem de Dos Direitos e Deveres Individuais e Coletivos
todos, sem preconceitos de origem, raça, sexo, cor, idade e
quaisquer outras formas de discriminação. A Constituição de 1988 foi a primeira a estabelecer direitos
E, por fim, disciplina o artigo 4º os princípios que regem o não só de indivíduos, mas também de grupos sociais, os
Brasil em suas relações internacionais. denominados direitos coletivos. As pessoas passaram a ser
coletivamente consideradas. Por outro lado, pela primeira vez,
Vejamos o que dispõe a CF/88 sobre o tema: junto com direitos foram estabelecidos expressamente
deveres fundamentais. Tanto os agentes públicos como os
TÍTULO I indivíduos têm obrigações específicas, inclusive a de respeitar
DOS PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS os direitos das demais pessoas que vivem na ordem social.

Art. 1º A República Federativa do Brasil, formada pela união TÍTULO II


indissolúvel dos Estados e Municípios e do Distrito Federal, DOS DIREITOS E GARANTIAS FUNDAMENTAIS
constitui-se em Estado Democrático de Direito e tem como CAPÍTULO I
fundamentos: DOS DIREITOS E DEVERES INDIVIDUAIS E COLETIVOS
I - a soberania;
II - a cidadania; Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de
III - a dignidade da pessoa humana; qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos
IV - os valores sociais do trabalho e da livre iniciativa; estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à
V - o pluralismo político. vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos
Parágrafo único. Todo o poder emana do povo, que o exerce termos seguintes:
por meio de representantes eleitos ou diretamente, nos termos I - homens e mulheres são iguais em direitos e obrigações,
desta Constituição. nos termos desta Constituição;
II - ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer
Art. 2º São Poderes da União, independentes e harmônicos alguma coisa senão em virtude de lei;
entre si, o Legislativo, o Executivo e o Judiciário. III - ninguém será submetido a tortura nem a tratamento
desumano ou degradante;

Legislação 1
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APOSTILAS OPÇÃO

IV - é livre a manifestação do pensamento, sendo vedado o XV - é livre a locomoção no território nacional em tempo
anonimato; de paz, podendo qualquer pessoa, nos termos da lei, nele
V - é assegurado o direito de resposta, proporcional ao entrar, permanecer ou dele sair com seus bens;
agravo, além da indenização por dano material, moral ou à XVI - todos podem reunir-se pacificamente, sem armas,
imagem; em locais abertos ao público, independentemente de
VI - é inviolável a liberdade de consciência e de crença, autorização, desde que não frustrem outra reunião
sendo assegurado o livre exercício dos cultos religiosos e anteriormente convocada para o mesmo local, sendo apenas
garantida, na forma da lei, a proteção aos locais de culto e a exigido prévio aviso à autoridade competente;
suas liturgias; XVII - é plena a liberdade de associação para fins lícitos,
VII - é assegurada, nos termos da lei, a prestação de vedada a de caráter paramilitar;
assistência religiosa nas entidades civis e militares de XVIII - a criação de associações e, na forma da lei, a de
internação coletiva; cooperativas independem de autorização, sendo vedada a
VIII - ninguém será privado de direitos por motivo de interferência estatal em seu funcionamento;
crença religiosa ou de convicção filosófica ou política, salvo se XIX - as associações só poderão ser compulsoriamente
as invocar para eximir-se de obrigação legal a todos imposta e dissolvidas ou ter suas atividades suspensas por decisão
recusar-se a cumprir prestação alternativa, fixada em lei; judicial, exigindo-se, no primeiro caso, o trânsito em julgado;
IX - é livre a expressão da atividade intelectual, artística, XX - ninguém poderá ser compelido a associar-se ou a
científica e de comunicação, independentemente de censura permanecer associado;
ou licença; XXI - as entidades associativas, quando expressamente
X - são invioláveis a intimidade, a vida privada, a honra e a autorizadas, têm legitimidade para representar seus filiados
imagem das pessoas, assegurado o direito a indenização pelo judicial ou extrajudicialmente;
dano material ou moral decorrente de sua violação; XXII - é garantido o direito de propriedade;
XXIII - a propriedade atenderá a sua função social;
Súmula 403 do STJ: “Independe de prova do prejuízo a XXIV - a lei estabelecerá o procedimento para
indenização pela publicação não autorizada da imagem de desapropriação por necessidade ou utilidade pública, ou por
pessoa com fins econômicos ou comerciais”. interesse social, mediante justa e prévia indenização em
dinheiro, ressalvados os casos previstos nesta Constituição;
XI - a casa é asilo inviolável do indivíduo, ninguém nela Desde que sejam obedecidos alguns requisitos o
podendo penetrar sem consentimento do morador, salvo em proprietário poderá ter subtraída a coisa de sua
caso de flagrante delito ou desastre, ou para prestar socorro, propriedade. São eles:
ou, durante o dia, por determinação judicial; - Necessidade pública;
- Utilidade pública;
Durante o dia Durante a noite - Interesse social;
- Justa e prévia indenização; e
Consentimento do morador Consentimento do morador
- Indenização em dinheiro.
Caso de flagrante delito Caso de flagrante delito
XXV - no caso de iminente perigo público, a autoridade
Desastre ou prestar socorro Desastre ou prestar socorro competente poderá usar de propriedade particular,
Determinação judicial -- assegurada ao proprietário indenização ulterior, se houver
dano;
XXVI - a pequena propriedade rural, assim definida em lei,
XII - é inviolável o sigilo da correspondência e das
desde que trabalhada pela família, não será objeto de
comunicações telegráficas, de dados e das comunicações
penhora para pagamento de débitos decorrentes de sua
telefônicas, salvo, no último caso, por ordem judicial, nas
atividade produtiva, dispondo a lei sobre os meios de
hipóteses e na forma que a lei estabelecer para fins de
financiar o seu desenvolvimento;
investigação criminal ou instrução processual penal; (Vide Lei
nº 9.296, de 1996).
Súmula 364-STJ: O conceito de impenhorabilidade de
bem de família abrange também o imóvel pertencente a
A interceptação só pode ocorrer com ordem judicial,
pessoas solteiras, separadas e viúvas.
para fins de investigação criminal ou instrução processual
penal, sob pena de constituir prova ilícita.
Súmula 486-STJ: É impenhorável o único imóvel
XIII - é livre o exercício de qualquer trabalho, ofício ou residencial do devedor que esteja locado a terceiros, desde
profissão, atendidas as qualificações profissionais que a lei que a renda obtida com a locação seja revertida para a
estabelecer; subsistência ou a moradia da sua família.

Um exemplo muito utilizado pela doutrina para explicar XXVII - aos autores pertence o direito exclusivo de
esse inciso é o do Exame aplicado pela Ordem dos utilização, publicação ou reprodução de suas obras,
Advogados do Brasil aos bacharéis em Direito, para que transmissível aos herdeiros pelo tempo que a lei fixar;
estes obtenham habilitação para exercer a profissão de XXVIII - são assegurados, nos termos da lei:
advogados. Como é notório, a lei garante a liberdade de a) a proteção às participações individuais em obras
trabalho, sendo, no entanto, que a lei posterior, ou seja, o coletivas e à reprodução da imagem e voz humanas, inclusive
Estatuto da OAB, prevê a realização do exame para que seja nas atividades desportivas;
possível o exercício da profissão de advogado. b) o direito de fiscalização do aproveitamento econômico
das obras que criarem ou de que participarem aos criadores,
XIV - é assegurado a todos o acesso à informação e aos intérpretes e às respectivas representações sindicais e
resguardado o sigilo da fonte, quando necessário ao exercício associativas;
profissional; XXIX - a lei assegurará aos autores de inventos industriais
privilégio temporário para sua utilização, bem como proteção

Legislação 2
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às criações industriais, à propriedade das marcas, aos nomes sucessores e contra eles executadas, até o limite do valor do
de empresas e a outros signos distintivos, tendo em vista o patrimônio transferido;
interesse social e o desenvolvimento tecnológico e econômico XLVI - a lei regulará a individualização da pena e adotará,
do País; entre outras, as seguintes:
XXX - é garantido o direito de herança; a) privação ou restrição da liberdade;
XXXI - a sucessão de bens de estrangeiros situados no País b) perda de bens;
será regulada pela lei brasileira em benefício do cônjuge ou c) multa;
dos filhos brasileiros, sempre que não lhes seja mais favorável d) prestação social alternativa;
a lei pessoal do "de cujus"; e) suspensão ou interdição de direitos;
XXXII - o Estado promoverá, na forma da lei, a defesa do XLVII - não haverá penas:
consumidor; a) de morte, salvo em caso de guerra declarada, nos termos
XXXIII - todos têm direito a receber dos órgãos públicos do art. 84, XIX;
informações de seu interesse particular, ou de interesse b) de caráter perpétuo;
coletivo ou geral, que serão prestadas no prazo da lei, sob pena c) de trabalhos forçados;
de responsabilidade, ressalvadas aquelas cujo sigilo seja d) de banimento;
imprescindível à segurança da sociedade e do e) cruéis;
Estado; (Regulamento) (Vide Lei nº 12.527, de 2011). XLVIII - a pena será cumprida em estabelecimentos
XXXIV - são a todos assegurados, independentemente do distintos, de acordo com a natureza do delito, a idade e o sexo
pagamento de taxas: do apenado;
a) o direito de petição aos Poderes Públicos em defesa de XLIX - é assegurado aos presos o respeito à integridade
direitos ou contra ilegalidade ou abuso de poder; física e moral;
b) a obtenção de certidões em repartições públicas, para L - às presidiárias serão asseguradas condições para que
defesa de direitos e esclarecimento de situações de interesse possam permanecer com seus filhos durante o período de
pessoal; amamentação;
XXXV - a lei não excluirá da apreciação do Poder Judiciário LI - nenhum brasileiro será extraditado, salvo o
lesão ou ameaça a direito; naturalizado, em caso de crime comum, praticado antes da
XXXVI - a lei não prejudicará o direito adquirido, o ato naturalização, ou de comprovado envolvimento em tráfico
jurídico perfeito e a coisa julgada; ilícito de entorpecentes e drogas afins, na forma da lei;

- Direito adquirido: Direito que o seu titular, ou alguém Antes da naturalização Depois da naturalização
por ele, possa exercer, como aqueles cujo começo do
- prática de crime comum --
exercício tenha termo prefixo ou condição preestabelecida
inalterável, a arbítrio de outrem; -comprovado envolvimento -comprovado envolvimento
- Ato jurídico perfeito: Ato já consumado segundo a lei em tráfico ilícito de em tráfico ilícito de
vigente ao tempo em que se efetuou; entorpecentes e drogas entorpecentes e drogas
- Coisa julgada: Decisão judicial de que não caiba mais afins afins.
recurso.
LII - não será concedida extradição de estrangeiro por
XXXVII - não haverá juízo ou tribunal de exceção; crime político ou de opinião;
XXXVIII - é reconhecida a instituição do júri, com a LIII - ninguém será processado nem sentenciado senão
organização que lhe der a lei, assegurados: pela autoridade competente;
a) a plenitude de defesa; LIV - ninguém será privado da liberdade ou de seus bens
b) o sigilo das votações; sem o devido processo legal;
c) a soberania dos veredictos; LV - aos litigantes, em processo judicial ou administrativo,
d) a competência para o julgamento dos crimes dolosos e aos acusados em geral são assegurados o contraditório e
contra a vida; ampla defesa, com os meios e recursos a ela inerentes;
XXXIX - não há crime sem lei anterior que o defina, nem
pena sem prévia cominação legal;
Súmula Vinculante 5 do STF: A falta de defesa técnica
XL - a lei penal não retroagirá, salvo para beneficiar o réu;
por advogado no processo administrativo disciplinar não
ofende a Constituição.
A lei penal produz efeitos a partir de sua entrada em
vigor, não se admitindo sua retroatividade maléfica. Não
LVI - são inadmissíveis, no processo, as provas obtidas por
pode retroagir, salvo se beneficiar o réu.
meios ilícitos;
LVII - ninguém será considerado culpado até o trânsito em
XLI - a lei punirá qualquer discriminação atentatória dos julgado de sentença penal condenatória;
direitos e liberdades fundamentais;
XLII - a prática do racismo constitui crime inafiançável e
Até o trânsito em julgado da sentença penal
imprescritível, sujeito à pena de reclusão, nos termos da lei;
condenatória, o acusado não pode ser considerado culpado.
XLIII - a lei considerará crimes inafiançáveis e insuscetíveis
Cabe à acusação provar a sua culpa. A prisão, antes da
de graça ou anistia a prática da tortura, o tráfico ilícito de
condenação definitiva, só é possível em casos de flagrante
entorpecentes e drogas afins, o terrorismo e os definidos como
delito ou por ordem fundamentada do juiz (preventiva ou
crimes hediondos, por eles respondendo os mandantes, os
temporária).
executores e os que, podendo evitá-los, se omitirem;
XLIV - constitui crime inafiançável e imprescritível a ação
de grupos armados, civis ou militares, contra a ordem LVIII - o civilmente identificado não será submetido a
constitucional e o Estado Democrático; identificação criminal, salvo nas hipóteses previstas em lei;
XLV - nenhuma pena passará da pessoa do condenado,
podendo a obrigação de reparar o dano e a decretação do
perdimento de bens ser, nos termos da lei, estendidas aos

Legislação 3
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Atualmente, a Lei nº 12.037/2009, traz em seu artigo direitos e liberdades constitucionais e das prerrogativas
3º, as hipóteses em que o civilmente identificado deverá inerentes à nacionalidade, à soberania e à cidadania;
proceder à identificação criminal. São elas:
– o documento apresentar rasura ou tiver indício de Durante muitos anos não houve uma lei
falsificação; regulamentando o procedimento do mandado de injunção,
– o documento apresentado for insuficiente para e por tal razão, aplicava-se, por analogia, as regras
identificar cabalmente o indiciado; procedimentais do mandado de segurança.
– o indiciado portar documentos de identidade Contudo, após longa espera foi editada a Lei nº
distintos, com informações conflitantes entre si; 13.300/2016, que disciplina o processo e o julgamento dos
– a identificação criminal for essencial às investigações mandados de injunção individual e coletivo.
policiais, segundo despacho da autoridade judiciária A grande consequência do mandado de injunção
competente, que decidirá de ofício ou mediante consiste na comunicação ao Poder Legislativo para que
representação da autoridade policial, do Ministério Público elabore a lei necessária ao exercício dos direitos e
ou da defesa; liberdades constitucionais.
– constar de registros policiais o uso de outros nomes
ou diferentes qualificações;
– o estado de conservação ou a distância temporal ou da LXXII - conceder-se-á "habeas-data":
localidade da expedição do documento apresentado a) para assegurar o conhecimento de informações relativas
impossibilite a completa identificação dos caracteres à pessoa do impetrante, constantes de registros ou bancos de
essenciais. dados de entidades governamentais ou de caráter público;
b) para a retificação de dados, quando não se prefira fazê-
lo por processo sigiloso, judicial ou administrativo;
LIX - será admitida ação privada nos crimes de ação
LXXIII - qualquer cidadão é parte legítima para propor
pública, se esta não for intentada no prazo legal;
ação popular que vise a anular ato lesivo ao patrimônio
LX - a lei só poderá restringir a publicidade dos atos
público ou de entidade de que o Estado participe, à moralidade
processuais quando a defesa da intimidade ou o interesse
administrativa, ao meio ambiente e ao patrimônio histórico e
social o exigirem;
cultural, ficando o autor, salvo comprovada má-fé, isento de
LXI - ninguém será preso senão em flagrante delito ou por
custas judiciais e do ônus da sucumbência;
ordem escrita e fundamentada de autoridade judiciária
LXXIV - o Estado prestará assistência jurídica integral e
competente, salvo nos casos de transgressão militar ou crime
gratuita aos que comprovarem insuficiência de recursos;
propriamente militar, definidos em lei;
LXXV - o Estado indenizará o condenado por erro
LXII - a prisão de qualquer pessoa e o local onde se
judiciário, assim como o que ficar preso além do tempo fixado
encontre serão comunicados imediatamente ao juiz
na sentença;
competente e à família do preso ou à pessoa por ele indicada;
LXXVI - são gratuitos para os reconhecidamente pobres, na
LXIII - o preso será informado de seus direitos, entre os
forma da lei:
quais o de permanecer calado, sendo-lhe assegurada a
a) o registro civil de nascimento;
assistência da família e de advogado;
b) a certidão de óbito;
LXIV - o preso tem direito à identificação dos responsáveis
LXXVII - são gratuitas as ações de "habeas-corpus" e
por sua prisão ou por seu interrogatório policial;
"habeas-data", e, na forma da lei, os atos necessários ao
LXV - a prisão ilegal será imediatamente relaxada pela
exercício da cidadania. (Regulamento).
autoridade judiciária;
LXXVIII a todos, no âmbito judicial e administrativo, são
LXVI - ninguém será levado à prisão ou nela mantido,
assegurados a razoável duração do processo e os meios que
quando a lei admitir a liberdade provisória, com ou sem fiança;
garantam a celeridade de sua tramitação.
LXVII - não haverá prisão civil por dívida, salvo a do
§ 1º - As normas definidoras dos direitos e garantias
responsável pelo inadimplemento voluntário e inescusável de
fundamentais têm aplicação imediata.
obrigação alimentícia e a do depositário infiel;
§ 2º - Os direitos e garantias expressos nesta Constituição
não excluem outros decorrentes do regime e dos princípios
Súmula Vinculante Nº 25 do STF: "É ilícito a prisão por ela adotados, ou dos tratados internacionais em que a
civil de depositário infiel, qualquer que seja a modalidade República Federativa do Brasil seja parte.
do depósito". § 3º Os tratados e convenções internacionais sobre direitos
humanos que forem aprovados, em cada Casa do Congresso
LXVIII - conceder-se-á "habeas-corpus" sempre que Nacional, em dois turnos, por três quintos dos votos dos
alguém sofrer ou se achar ameaçado de sofrer violência ou respectivos membros, serão equivalentes às emendas
coação em sua liberdade de locomoção, por ilegalidade ou constitucionais.
abuso de poder;
LXIX - conceder-se-á mandado de segurança para proteger Cabe ressaltar que este parágrafo somente abrange os
direito líquido e certo, não amparado por "habeas-corpus" tratados e convenções internacionais sobre direitos
ou "habeas-data", quando o responsável pela ilegalidade ou humanos. Assim, os demais tratados serão recepcionados
abuso de poder for autoridade pública ou agente de pessoa pelo ordenamento jurídico brasileiro com o caráter de lei
jurídica no exercício de atribuições do Poder Público; ordinária.

LXX - o mandado de segurança coletivo pode ser impetrado


§ 4º O Brasil se submete à jurisdição de Tribunal Penal
por:
Internacional a cuja criação tenha manifestado adesão.
a) partido político com representação no Congresso
Nacional;
b) organização sindical, entidade de classe ou associação O Brasil se submete à jurisdição do TPI (Tribunal Penal
legalmente constituída e em funcionamento há pelo menos um Internacional), criado pelo Estatuto de Roma em 17 de
ano, em defesa dos interesses de seus membros ou associados; julho de 1998, o qual foi subscrito pelo Brasil e aprovado
LXXI - conceder-se-á mandado de injunção sempre que a pelo Decreto Legislativo nº 112/2002, tendo sua vigência
falta de norma regulamentadora torne inviável o exercício dos apartes desde ano. Trata-se de instituição permanente, com

Legislação 4
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jurisdição para julgar genocídio, crimes de guerra, contra a sessenta mil) habitantes; (Incluída pela Emenda
humanidade e de agressão, e cuja sede se encontra em Haia, Constitucional nº 58, de 2009)
na Holanda. Os crimes de competência desse Tribunal são g) 21 (vinte e um) Vereadores, nos Municípios de mais de
imprescritíveis, dado que atentam contra a humanidade 160.000 (cento e sessenta mil) habitantes e de até 300.000
como um todo. (trezentos mil) habitantes; (Incluída pela Emenda
Constitucional nº 58, de 2009)
h) 23 (vinte e três) Vereadores, nos Municípios de mais de
Já o Capítulo IV do Título III dispõe acerca dos Municípios. 300.000 (trezentos mil) habitantes e de até 450.000
(quatrocentos e cinquenta mil) habitantes; (Incluída pela
Dos Municípios Emenda Constitucional nº 58, de 2009)
O Município pode ser definido como pessoa jurídica de i) 25 (vinte e cinco) Vereadores, nos Municípios de mais de
direito público interno e autônoma nos termos e de acordo 450.000 (quatrocentos e cinquenta mil) habitantes e de até
com as regras estabelecidas na CF/88. 600.000 (seiscentos mil) habitantes; (Incluída pela Emenda
Muito se questionou a respeito de serrem os Municípios Constitucional nº 58, de 2009)
parte integrante ou não de nossa Federação, bem como sobre j) 27 (vinte e sete) Vereadores, nos Municípios de mais de
a sua autonomia. A análise dos arts. 1º e 18, bem como de todo 600.000 (seiscentos mil) habitantes e de até 750.000
o capítulo reservado aos Municípios, leva-nos ao único (setecentos cinquenta mil) habitantes; (Incluída pela Emenda
entendimento de que eles são entes federativos, dotados de Constitucional nº 58, de 2009)
autonomia própria, materializada por sua capacidade de auto- k) 29 (vinte e nove) Vereadores, nos Municípios de mais de
organização (art. 29, caput, da CF), autogoverno (elege, 750.000 (setecentos e cinquenta mil) habitantes e de até
diretamente, o Prefeito, Vice-Prefeito e Vereadores, conforme 900.000 (novecentos mil) habitantes; (Incluída pela Emenda
incisos do art. 29 da CF), autoadministração e auto legislação Constitucional nº 58, de 2009)
(art. 30 da CF). Ainda mais diante do art. 34, VII, “c”, que l) 31 (trinta e um) Vereadores, nos Municípios de mais de
estabelece a intervenção federal na hipótese de o Estado não 900.000 (novecentos mil) habitantes e de até 1.050.000 (um
respeitar a autonomia municipal. milhão e cinquenta mil) habitantes; (Incluída pela Emenda
Constitucional nº 58, de 2009)
TÍTULO III m) 33 (trinta e três) Vereadores, nos Municípios de mais
Da Organização do Estado de 1.050.000 (um milhão e cinquenta mil) habitantes e de até
CAPÍTULO IV 1.200.000 (um milhão e duzentos mil) habitantes; (Incluída
Dos Municípios pela Emenda Constitucional nº 58, de 2009)
n) 35 (trinta e cinco) Vereadores, nos Municípios de mais
Art. 29. O Município reger-se-á por lei orgânica, votada em de 1.200.000 (um milhão e duzentos mil) habitantes e de até
dois turnos, com o interstício mínimo de dez dias, e aprovada 1.350.000 (um milhão e trezentos e cinquenta mil) habitantes;
por dois terços dos membros da Câmara Municipal, que a (Incluída pela Emenda Constitucional nº 58, de 2009)
promulgará, atendidos os princípios estabelecidos nesta o) 37 (trinta e sete) Vereadores, nos Municípios de
Constituição, na Constituição do respectivo Estado e os 1.350.000 (um milhão e trezentos e cinquenta mil) habitantes
seguintes preceitos: e de até 1.500.000 (um milhão e quinhentos mil) habitantes;
I - eleição do Prefeito, do Vice-Prefeito e dos Vereadores, (Incluída pela Emenda Constitucional nº 58, de 2009)
para mandato de quatro anos, mediante pleito direto e p) 39 (trinta e nove) Vereadores, nos Municípios de mais
simultâneo realizado em todo o País; de 1.500.000 (um milhão e quinhentos mil) habitantes e de até
II - eleição do Prefeito e do Vice-Prefeito realizada no 1.800.000 (um milhão e oitocentos mil) habitantes; (Incluída
primeiro domingo de outubro do ano anterior ao término do pela Emenda Constitucional nº 58, de 2009)
mandato dos que devam suceder, aplicadas as regras do art. q) 41 (quarenta e um) Vereadores, nos Municípios de mais
77, no caso de Municípios com mais de duzentos mil eleitores; de 1.800.000 (um milhão e oitocentos mil) habitantes e de até
(Redação dada pela Emenda Constitucional nº 16, de1997) 2.400.000 (dois milhões e quatrocentos mil) habitantes;
III - posse do Prefeito e do Vice-Prefeito no dia 1º de janeiro (Incluída pela Emenda Constitucional nº 58, de 2009)
do ano subsequente ao da eleição; r) 43 (quarenta e três) Vereadores, nos Municípios de mais
IV - para a composição das Câmaras Municipais, será de 2.400.000 (dois milhões e quatrocentos mil) habitantes e de
observado o limite máximo de: (Redação dada pela Emenda até 3.000.000 (três milhões) de habitantes; (Incluída pela
Constitucional nº 58, de 2009) Emenda Constitucional nº 58, de 2009)
a) 9 (nove) Vereadores, nos Municípios de até 15.000 s) 45 (quarenta e cinco) Vereadores, nos Municípios de
(quinze mil) habitantes; (Redação dada pela Emenda mais de 3.000.000 (três milhões) de habitantes e de até
Constitucional nº 58, de 2009) 4.000.000 (quatro milhões) de habitantes; (Incluída pela
b) 11 (onze) Vereadores, nos Municípios de mais de 15.000 Emenda Constitucional nº 58, de 2009)
(quinze mil) habitantes e de até 30.000 (trinta mil) habitantes; t) 47 (quarenta e sete) Vereadores, nos Municípios de mais
(Redação dada pela Emenda Constitucional nº 58, de 2009) de 4.000.000 (quatro milhões) de habitantes e de até
c) 13 (treze) Vereadores, nos Municípios com mais de 5.000.000 (cinco milhões) de habitantes; (Incluída pela
30.000 (trinta mil) habitantes e de até 50.000 (cinquenta mil) Emenda Constitucional nº 58, de 2009)
habitantes; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 58, u) 49 (quarenta e nove) Vereadores, nos Municípios de
de 2009) mais de 5.000.000 (cinco milhões) de habitantes e de até
d) 15 (quinze) Vereadores, nos Municípios de mais de 6.000.000 (seis milhões) de habitantes; (Incluída pela Emenda
50.000 (cinquenta mil) habitantes e de até 80.000 (oitenta mil) Constitucional nº 58, de 2009)
habitantes; (Incluída pela Emenda Constitucional nº 58, de v) 51 (cinquenta e um) Vereadores, nos Municípios de mais
2009) de 6.000.000 (seis milhões) de habitantes e de até 7.000.000
e) 17 (dezessete) Vereadores, nos Municípios de mais de (sete milhões) de habitantes; (Incluída pela Emenda
80.000 (oitenta mil) habitantes e de até 120.000 (cento e vinte Constitucional nº 58, de 2009)
mil) habitantes; (Incluída pela Emenda Constitucional nº 58, w) 53 (cinquenta e três) Vereadores, nos Municípios de
de 2009) mais de 7.000.000 (sete milhões) de habitantes e de até
f) 19 (dezenove) Vereadores, nos Municípios de mais de 8.000.000 (oito milhões) de habitantes; e (Incluída pela
120.000 (cento e vinte mil) habitantes e de até 160.000 (cento Emenda Constitucional nº 58, de 2009)

Legislação 5
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x) 55 (cinquenta e cinco) Vereadores, nos Municípios de Art. 29-A. O total da despesa do Poder Legislativo
mais de 8.000.000 (oito milhões) de habitantes; (Incluída pela Municipal, incluídos os subsídios dos Vereadores e excluídos
Emenda Constitucional nº 58, de 2009) os gastos com inativos, não poderá ultrapassar os seguintes
V - subsídios do Prefeito, do Vice-Prefeito e dos Secretários percentuais, relativos ao somatório da receita tributária e das
Municipais fixados por lei de iniciativa da Câmara Municipal, transferências previstas no § 5º do art. 153 e nos arts. 158 e
observado o que dispõem os arts. 37, XI, 39, § 4º, 150, II, 153, 159, efetivamente realizado no exercício anterior: (Incluído
III, e 153, § 2º, I; (Redação dada pela Emenda constitucional nº pela Emenda Constitucional nº 25, de 2000)
19, de 1998) I - 7% (sete por cento) para Municípios com população de
VI - o subsídio dos Vereadores será fixado pelas até 100.000 (cem mil) habitantes; (Redação dada pela Emenda
respectivas Câmaras Municipais em cada legislatura para a Constituição Constitucional nº 58, de 2009)
subsequente, observado o que dispõe esta Constituição, II - 6% (seis por cento) para Municípios com população
observados os critérios estabelecidos na respectiva Lei entre 100.000 (cem mil) e 300.000 (trezentos mil) habitantes;
Orgânica e os seguintes limites máximos: (Redação dada pela (Redação dada pela Emenda Constituição Constitucional nº 58,
Emenda Constitucional nº 25, de 2000) de 2009)
a) em Municípios de até dez mil habitantes, o subsídio III - 5% (cinco por cento) para Municípios com população
máximo dos Vereadores corresponderá a vinte por cento do entre 300.001 (trezentos mil e um) e 500.000 (quinhentos mil)
subsídio dos Deputados Estaduais; (Incluído pela Emenda habitantes; (Redação dada pela Emenda Constituição
Constitucional nº 25, de 2000) Constitucional nº 58, de 2009)
b) em Municípios de dez mil e um a cinquenta mil IV - 4,5% (quatro inteiros e cinco décimos por cento) para
habitantes, o subsídio máximo dos Vereadores corresponderá Municípios com população entre 500.001 (quinhentos mil e
a trinta por cento do subsídio dos Deputados Estaduais; um) e 3.000.000 (três milhões) de habitantes; (Redação dada
(Incluído pela Emenda Constitucional nº 25, de 2000) pela Emenda Constituição Constitucional nº 58, de 2009)
c) em Municípios de cinquenta mil e um a cem mil V - 4% (quatro por cento) para Municípios com população
habitantes, o subsídio máximo dos Vereadores corresponderá entre 3.000.001 (três milhões e um) e 8.000.000 (oito milhões)
a quarenta por cento do subsídio dos Deputados Estaduais; de habitantes; (Incluído pela Emenda Constituição
(Incluído pela Emenda Constitucional nº 25, de 2000) Constitucional nº 58, de 2009)
d) em Municípios de cem mil e um a trezentos mil VI - 3,5% (três inteiros e cinco décimos por cento) para
habitantes, o subsídio máximo dos Vereadores corresponderá Municípios com população acima de 8.000.001 (oito milhões e
a cinquenta por cento do subsídio dos Deputados Estaduais; um) habitantes. (Incluído pela Emenda Constituição
(Incluído pela Emenda Constitucional nº 25, de 2000) Constitucional nº 58, de 2009)
e) em Municípios de trezentos mil e um a quinhentos mil § 1º A Câmara Municipal não gastará mais de setenta por
habitantes, o subsídio máximo dos Vereadores corresponderá cento de sua receita com folha de pagamento, incluído o gasto
a sessenta por cento do subsídio dos Deputados Estaduais; com o subsídio de seus Vereadores. (Incluído pela Emenda
(Incluído pela Emenda Constitucional nº 25, de 2000) Constitucional nº 25, de 2000)
f) em Municípios de mais de quinhentos mil habitantes, o § 2º Constitui crime de responsabilidade do Prefeito
subsídio máximo dos Vereadores corresponderá a setenta e Municipal: (Incluído pela Emenda Constitucional nº 25, de
cinco por cento do subsídio dos Deputados Estaduais; 2000)
(Incluído pela Emenda Constitucional nº 25, de 2000) I - efetuar repasse que supere os limites definidos neste
VII - o total da despesa com a remuneração dos Vereadores artigo; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 25, de 2000)
não poderá ultrapassar o montante de cinco por cento da II - não enviar o repasse até o dia vinte de cada mês; ou
receita do Município; (Incluído pela Emenda Constitucional nº (Incluído pela Emenda Constitucional nº 25, de 2000)
1, de 1992) III - enviá-lo a menor em relação à proporção fixada na Lei
VIII - inviolabilidade dos Vereadores por suas opiniões, Orçamentária. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 25, de
palavras e votos no exercício do mandato e na circunscrição do 2000)
Município; (Renumerado do inciso VI, pela Emenda § 3º Constitui crime de responsabilidade do Presidente da
Constitucional nº 1, de 1992) Câmara Municipal o desrespeito ao § 1o deste artigo. (Incluído
IX - proibições e incompatibilidades, no exercício da pela Emenda Constitucional nº 25, de 2000)
vereança, similares, no que couber, ao disposto nesta
Constituição para os membros do Congresso Nacional e na Art. 30. Compete aos Municípios:
Constituição do respectivo Estado para os membros da I - legislar sobre assuntos de interesse local;
Assembleia Legislativa; (Renumerado do inciso VII, pela II - suplementar a legislação federal e a estadual no que
Emenda Constitucional nº 1, de 1992) couber;
X - julgamento do Prefeito perante o Tribunal de Justiça; III - instituir e arrecadar os tributos de sua competência,
(Renumerado do inciso VIII, pela Emenda Constitucional nº 1, bem como aplicar suas rendas, sem prejuízo da
de 1992) obrigatoriedade de prestar contas e publicar balancetes nos
XI - organização das funções legislativas e fiscalizadoras da prazos fixados em lei;
Câmara Municipal; (Renumerado do inciso IX, pela Emenda IV - criar, organizar e suprimir distritos, observada a
Constitucional nº 1, de 1992) legislação estadual;
XII - cooperação das associações representativas no V - organizar e prestar, diretamente ou sob regime de
planejamento municipal; (Renumerado do inciso X, pela concessão ou permissão, os serviços públicos de interesse
Emenda Constitucional nº 1, de 1992) local, incluído o de transporte coletivo, que tem caráter
XIII - iniciativa popular de projetos de lei de interesse essencial;
específico do Município, da cidade ou de bairros, através de VI - manter, com a cooperação técnica e financeira da União
manifestação de, pelo menos, cinco por cento do eleitorado; e do Estado, programas de educação infantil e de ensino
(Renumerado do inciso XI, pela Emenda Constitucional nº 1, fundamental; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº
de 1992) 53, de 2006)
XIV - perda do mandato do Prefeito, nos termos do art. 28, VII - prestar, com a cooperação técnica e financeira da
parágrafo único. (Renumerado do inciso XII, pela Emenda União e do Estado, serviços de atendimento à saúde da
Constitucional nº 1, de 1992) população;

Legislação 6
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APOSTILAS OPÇÃO

VIII - promover, no que couber, adequado ordenamento Assembleia Geral das Nações Unidas, no dia 10 de dezembro
territorial, mediante planejamento e controle do uso, do de 1948.
parcelamento e da ocupação do solo urbano;
IX - promover a proteção do patrimônio histórico-cultural Declaração Universal dos Direitos Humanos
local, observada a legislação e a ação fiscalizadora federal e (Resolução nº 217 – Assembleia Geral da ONU)
estadual.
Aprovada pela Res. nº 217, durante a 3ª Sessão Ordinária
Art. 31. A fiscalização do Município será exercida pelo da Assembleia Geral da ONU, em Paris, França, em 10-12-1948.
Poder Legislativo Municipal, mediante controle externo, e
pelos sistemas de controle interno do Poder Executivo Considerando que o reconhecimento da dignidade
Municipal, na forma da lei. inerente a todos os membros da família humana e de seus
§ 1º O controle externo da Câmara Municipal será exercido direitos iguais e inalienáveis é o fundamento da liberdade, da
com o auxílio dos Tribunais de Contas dos Estados ou do justiça e da paz no mundo,
Município ou dos Conselhos ou Tribunais de Contas dos Considerando que o desprezo e o desrespeito pelos
Municípios, onde houver. direitos humanos resultaram em atos bárbaros que ultrajaram
§ 2º O parecer prévio, emitido pelo órgão competente a consciência da humanidade e que o advento de um mundo
sobre as contas que o Prefeito deve anualmente prestar, só em que os homens gozem de liberdade de palavra, de crença e
deixará de prevalecer por decisão de dois terços dos membros da liberdade de viverem a salvo do temor e da necessidade foi
da Câmara Municipal. proclamado como a mais alta aspiração do homem comum,
§ 3º As contas dos Municípios ficarão, durante sessenta Considerando essencial que os direitos humanos sejam
dias, anualmente, à disposição de qualquer contribuinte, para protegidos pelo Estado de Direito, para que o homem não seja
exame e apreciação, o qual poderá questionar-lhes a compelido, como último recurso, à rebelião contra a tirania e a
legitimidade, nos termos da lei. opressão,
§ 4º É vedada a criação de Tribunais, Conselhos ou órgãos Considerando essencial promover o desenvolvimento de
de Contas Municipais. relações amistosas entre as nações,
Considerando que os povos das Nações Unidas
reafirmaram, na Carta, sua fé nos direitos humanos
2. Declaração Universal dos fundamentais, na dignidade e no valor da pessoa humana e na
Direitos Humanos; igualdade de direitos dos homens e das mulheres, e que
decidiram promover o progresso social e melhores condições
de vida em uma liberdade mais ampla,
Declaração Universal dos Direitos Humanos Considerando que os Estados-Membros se
comprometeram a promover, em cooperação com as Nações
A Declaração Universal dos Direitos Humanos foi Unidas, o respeito universal aos direitos humanos e liberdades
delineada pela Carta das Nações Unidas. Uma de suas fundamentais da pessoa e a observância desses direitos e
preocupações foi a positivação internacional dos direitos liberdades,
mínimos dos seres humanos. Considerando que uma compreensão comum desses
Foi proclamada em Paris, em 10/12/1948. direitos e liberdades é da mais alta importância para o pleno
O fundamento da Declaração é a dignidade da pessoa cumprimento desse compromisso,
humana.
A declaração visa estabelecer um padrão mínimo para a A Assembleia Geral proclama:
proteção dos direitos humanos em âmbito mundial.
A Declaração é composta por 30 artigos precedidos de um A presente Declaração Universal dos Direitos Humanos
preâmbulo. como o ideal comum a ser atingido por todos os povos e todas
Sua estrutura é o que chamamos de bipartite, pois conjuga as nações, com o objetivo de que cada indivíduo e cada órgão
num só corpo direitos civis e políticos quanto direitos sociais, da sociedade, tendo sempre em mente esta Declaração, se
econômicos e culturais. esforce, através do ensino e da educação, por promover o
A natureza jurídica da Declaração é de “recomendação”, respeito a esses direitos e liberdades, e, pela adoção de
adotada sob forma de resolução da Assembleia-Geral. medidas progressivas de caráter nacional e internacional, por
assegurar o seu reconhecimento e a sua observância
Mas por que a Declaração Universal dos Direitos universais e efetivos, tanto entre os povos dos próprios
Humanos não é considerada um tratado? Estados-Membros, quanto entre os povos dos territórios sob
Ela não é considerada um tratado, pois não passou pelos sua jurisdição.
procedimentos tanto internacionais como internos que os
tratados devem passar. Artigo 1º

No âmbito internacional dizemos que a Declaração é fonte Todas as pessoas nascem livres e iguais em dignidade e
jurídica para todos os tratados de direitos humanos; já no direitos. São dotadas de razão e consciência e devem agir em
âmbito interno é paradigma às normas domésticas para relação umas às outras com espírito de fraternidade.
proteção dos direitos fundamentais.
Artigo 2º
Vamos ao texto normativo na íntegra:
Toda pessoa tem capacidade para gozar os direitos e as
DECLARAÇÃO UNIVERSAL DOS DIREITOS HUMANOS liberdades estabelecidas nesta Declaração, sem distinção de
qualquer espécie, seja de raça, cor, sexo, língua, religião,
A Declaração Universal dos Direitos Humanos opinião política ou de outra natureza, origem nacional ou
consolida os valores relativos aos direitos humanos, tratando social, riqueza, nascimento, ou qualquer outra condição.
dos direitos civis, políticos, sociais, econômicos e culturais. Não será tampouco feita qualquer distinção fundada na
Referida Declaração foi aprovada pela Resolução 217 da condição política, jurídica ou internacional do país ou
território a que pertença uma pessoa, quer se trate de um

Legislação 7
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território independente, sob tutela, sem governo próprio, quer Artigo 13


sujeito a qualquer outra limitação de soberania.
§ 1º Toda pessoa tem direito à liberdade de locomoção e
Artigo 3º residência dentro das fronteiras de cada Estado.
§ 2º Toda pessoa tem o direito de deixar qualquer país,
Toda pessoa tem direito à vida, à liberdade e à segurança inclusive o próprio, e a este regressar.
pessoal.
Artigo 14
Artigo 4º
§ 1º Toda pessoa, vítima de perseguição, tem o direito de
Ninguém será mantido em escravidão ou servidão; a procurar e de gozar asilo em outros países.
escravidão e o tráfico de escravos serão proibidos em todas as § 2º Este direito não pode ser invocado em caso de
suas formas. perseguição legitimamente motivada por crimes de direito
comum ou por atos contrários aos propósitos e princípios das
Artigo 5º Nações Unidas.

Ninguém será submetido à tortura, nem a tratamento ou Artigo 15


castigo cruel, desumano ou degradante.
§ 1º Toda pessoa tem direito a uma nacionalidade.
Artigo 6º § 2º Ninguém será arbitrariamente privado de sua
nacionalidade, nem do direito de mudar de nacionalidade.
Toda pessoa tem o direito de ser, em todos os lugares,
reconhecida como pessoa perante a lei. Artigo 16

Artigo 7º § 1º Os homens e mulheres de maior idade, sem qualquer


restrição de raça, nacionalidade ou religião, têm o direito de
Todos são iguais perante a lei e tem direito, sem qualquer contrair matrimônio e fundar uma família. Gozam de iguais
distinção, a igual proteção da lei. Todos têm direito a igual direitos em relação ao casamento, sua duração e sua
proteção contra qualquer discriminação que viole a presente dissolução.
Declaração e contra qualquer incitamento a tal discriminação. § 2º O casamento não será válido senão com o livre e pleno
consentimento dos nubentes.
Artigo 8º § 3º A família é o núcleo natural e fundamental da
sociedade e tem direito à proteção da sociedade e do Estado.
Toda pessoa tem direito a receber dos tribunais nacionais
competentes recurso efetivo para os atos que violem os Artigo 17
direitos fundamentais que lhe sejam reconhecidos pela
constituição ou pela lei. § 1º Toda pessoa tem direito à propriedade, só ou em
sociedade com outros.
Artigo 9º § 2º Ninguém será arbitrariamente privado de sua
propriedade.
Ninguém será arbitrariamente preso, detido ou exilado.
Artigo 18
Artigo 10
Toda pessoa tem direito à liberdade de pensamento,
Toda pessoa tem direito, em plena igualdade, a uma consciência e religião; este direito inclui a liberdade de mudar
audiência justa e pública por parte de um tribunal inde- de religião ou crença e a liberdade de manifestar essa religião
pendente e imparcial, para decidir de seus direitos e deveres ou crença, pelo ensino, pela prática, pelo culto e pela
ou do fundamento de qualquer acusação criminal contra ela. observância, isolada ou coletivamente, em público ou em
particular.
Artigo 11
Artigo 19
§ 1º Toda pessoa acusada de um ato delituoso tem o direito
de ser presumida inocente até que a sua culpabilidade tenha Toda pessoa tem direito à liberdade de opinião e
sido provada de acordo com a lei, em julgamento público no expressão; este direito inclui a liberdade de, sem interferência,
qual lhe tenham sido asseguradas todas as garantias ter opiniões e de procurar, receber e transmitir informações e
necessárias à sua defesa. ideias por quaisquer meios e independentemente de
§ 2º Ninguém poderá ser culpado por qualquer ação ou fronteiras.
omissão que, no momento, não constituam delito perante o
direito nacional ou internacional. Tampouco será imposta Artigo 20
pena mais forte do que aquela que, no momento da prática, era
aplicável ao ato delituoso. § 1º Toda pessoa tem direito à liberdade de reunião e
associação pacíficas.
Artigo 12 § 2º Ninguém pode ser obrigado a fazer parte de uma
associação.
Ninguém será sujeito a interferências na sua vida privada,
na de sua família, no seu lar ou na sua correspondência, nem a Artigo 21
ataques à sua honra e reputação. Toda pessoa tem direito à
proteção da lei contra tais interferências ou ataques. § 1º Toda pessoa tem o direito de tomar parte no governo
de seu país, diretamente ou por intermédio de representantes
livremente escolhidos.

Legislação 8
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§ 2º Toda pessoa tem igual direito de acesso ao serviço § 1º Toda pessoa tem o direito de participar livremente da
público do seu país. vida cultural da comunidade, de fruir as artes e de participar
§ 3º A vontade do povo será a base da autoridade do do progresso científico e de seus benefícios.
governo; esta vontade será expressa em eleições periódicas e § 2º Toda pessoa tem direito à proteção dos interesses
legítimas, por sufrágio universal, por voto secreto ou processo morais e materiais decorrentes de qualquer produção
equivalente que assegure a liberdade de voto. científica, literária ou artística da qual seja autor.

Artigo 22 Artigo 28

Toda pessoa, como membro da sociedade, tem direito à Toda pessoa tem direito a uma ordem social e
segurança social e à realização, pelo esforço nacional, pela internacional em que os direitos e liberdades estabelecidos na
cooperação internacional de acordo com a organização e presente Declaração possam ser plenamente realizados.
recursos de cada Estado, dos direitos econômicos, sociais e
culturais indispensáveis à sua dignidade e ao livre Artigo 29
desenvolvimento da sua personalidade.
§ 1º Toda pessoa tem deveres para com a comunidade, em
Artigo 23 que o livre e pleno desenvolvimento de sua personalidade é
possível.
§ 1º Toda pessoa tem direito ao trabalho, à livre escolha de § 2º No exercício de seus direitos e liberdades, toda pessoa
emprego, a condições justas e favoráveis de trabalho e à estará sujeita apenas às limitações determinadas por lei,
proteção contra o desemprego. exclusivamente com o fim de assegurar o devido
§ 2º Toda pessoa, sem qualquer distinção, tem direito a reconhecimento e respeito dos direitos e liberdades de outrem
igual remuneração por igual trabalho. e de satisfazer às justas exigências da moral, da ordem pública
§ 3º Toda pessoa que trabalha tem direito a uma e do bem-estar de uma sociedade democrática.
remuneração justa e satisfatória, que lhe assegure, assim como § 3º Esses direitos e liberdades não podem, em hipótese
à sua família, uma existência compatível com a dignidade alguma, ser exercidos contrariamente aos propósitos e
humana, e a que se acrescentarão, se necessário, outros meios princípios das Nações Unidas.
de proteção social.
§ 4º Toda pessoa tem direito a organizar sindicatos e a Artigo 30
neles ingressar para a proteção de seus interesses.
Nenhuma disposição da presente Declaração pode ser
Artigo 24 interpretada como o reconhecimento a qualquer Estado,
grupo ou pessoa, do direito de exercer qualquer atividade ou
Toda pessoa tem direito a repouso e lazer, inclusive a praticar qualquer ato destinado à destruição de quaisquer dos
limitação razoável das horas de trabalho e a férias periódicas direitos e liberdades aqui estabelecidos.
remuneradas.

Artigo 25 3. Lei Federal n° 8.069, de


§ 1º Toda pessoa tem direito a um padrão de vida capaz de
13/07/1990 - Estatuto da
assegurar a si e a sua família saúde e bem-estar, inclusive criança e do Adolescente
alimentação, vestuário, habitação, cuidados médicos e os ECA;
serviços sociais indispensáveis, e direito à segurança em caso
de desemprego, doença, invalidez, viuvez, velhice ou outros
casos de perda dos meios de subsistência em circunstâncias
LEI Nº 8.069, DE 13 DE JULHO DE 1990.
fora de seu controle.
§ 2º A maternidade e a infância têm direito a cuidados e
Dispõe sobre o Estatuto da Criança e do Adolescente e dá outras
assistência especiais. Todas as crianças, nascidas dentro ou providências.
fora do matrimônio, gozarão da mesma proteção social.
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA: Faço saber que o
Artigo 26 Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei:
§ 1º Toda pessoa tem direito à instrução. A instrução será Título I
gratuita, pelo menos nos graus elementares e fundamentais. A Das Disposições Preliminares
instrução elementar será obrigatória. A instrução técnico-
profissional será acessível a todos, bem como a instrução Art. 1º Esta Lei dispõe sobre a proteção integral à criança
superior, esta baseada no mérito. e ao adolescente.
§ 2º A instrução será orientada no sentido do pleno
desenvolvimento da personalidade humana e do fortaleci- Art. 2º Considera-se criança, para os efeitos desta Lei, a
mento do respeito pelos direitos humanos e pelas liberdades pessoa até doze anos de idade incompletos, e adolescente
fundamentais. A instrução promoverá a compreensão, a aquela entre doze e dezoito anos de idade.
tolerância e a amizade entre todas as nações e grupos raciais Parágrafo único. Nos casos expressos em lei, aplica-se
ou religiosos, e coadjuvará as atividades das Nações Unidas em excepcionalmente este Estatuto às pessoas entre dezoito e
prol da manutenção da paz. vinte e um anos de idade.
§ 3º Os pais têm prioridade de direito na escolha do gênero
de instrução que será ministrada a seus filhos. Art. 3º A criança e o adolescente gozam de todos os direitos
fundamentais inerentes à pessoa humana, sem prejuízo da
Artigo 27 proteção integral de que trata esta Lei, assegurando-se-lhes,
por lei ou por outros meios, todas as oportunidades e
facilidades, a fim de lhes facultar o desenvolvimento físico,

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mental, moral, espiritual e social, em condições de liberdade e § 4º Incumbe ao poder público proporcionar assistência
de dignidade. psicológica à gestante e à mãe, no período pré e pós-natal,
Parágrafo único. Os direitos enunciados nesta Lei aplicam- inclusive como forma de prevenir ou minorar as
se a todas as crianças e adolescentes, sem discriminação de consequências do estado puerperal.
nascimento, situação familiar, idade, sexo, raça, etnia ou cor, § 5º A assistência referida no § 4o deste artigo deverá ser
religião ou crença, deficiência, condição pessoal de prestada também a gestantes e mães que manifestem
desenvolvimento e aprendizagem, condição econômica, interesse em entregar seus filhos para adoção, bem como a
ambiente social, região e local de moradia ou outra condição gestantes e mães que se encontrem em situação de privação de
que diferencie as pessoas, as famílias ou a comunidade em que liberdade. (Redação dada pela Lei nº 13.257, de 2016)
vivem. (Incluído pela Lei nº 13.257, de 2016) § 6º A gestante e a parturiente têm direito a 1 (um)
acompanhante de sua preferência durante o período do pré-
Art. 4º É dever da família, da comunidade, da sociedade em natal, do trabalho de parto e do pós-parto imediato. (Incluído
geral e do poder público assegurar, com absoluta prioridade, a pela Lei nº 13.257, de 2016)
efetivação dos direitos referentes à vida, à saúde, à § 7º A gestante deverá receber orientação sobre
alimentação, à educação, ao esporte, ao lazer, à aleitamento materno, alimentação complementar saudável e
profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à crescimento e desenvolvimento infantil, bem como sobre
liberdade e à convivência familiar e comunitária. formas de favorecer a criação de vínculos afetivos e de
Parágrafo único. A garantia de prioridade compreende: estimular o desenvolvimento integral da criança. (Incluído
a) primazia de receber proteção e socorro em quaisquer pela Lei nº 13.257, de 2016)
circunstâncias; § 8º A gestante tem direito a acompanhamento saudável
b) precedência de atendimento nos serviços públicos ou de durante toda a gestação e a parto natural cuidadoso,
relevância pública; estabelecendo-se a aplicação de cesariana e outras
c) preferência na formulação e na execução das políticas intervenções cirúrgicas por motivos médicos. (Incluído pela
sociais públicas; Lei nº 13.257, de 2016)
d) destinação privilegiada de recursos públicos nas áreas § 9º A atenção primária à saúde fará a busca ativa da
relacionadas com a proteção à infância e à juventude. gestante que não iniciar ou que abandonar as consultas de pré-
natal, bem como da puérpera que não comparecer às consultas
Art. 5º Nenhuma criança ou adolescente será objeto de pós-parto. (Incluído pela Lei nº 13.257, de 2016)
qualquer forma de negligência, discriminação, exploração, § 10. Incumbe ao poder público garantir, à gestante e à
violência, crueldade e opressão, punido na forma da lei mulher com filho na primeira infância que se encontrem sob
qualquer atentado, por ação ou omissão, aos seus direitos custódia em unidade de privação de liberdade, ambiência que
fundamentais. atenda às normas sanitárias e assistenciais do Sistema Único
de Saúde para o acolhimento do filho, em articulação com o
Art. 6º Na interpretação desta Lei levar-se-ão em conta os sistema de ensino competente, visando ao desenvolvimento
fins sociais a que ela se dirige, as exigências do bem comum, os integral da criança. (Incluído pela Lei nº 13.257, de 2016)
direitos e deveres individuais e coletivos, e a condição peculiar
da criança e do adolescente como pessoas em Art. 9º O poder público, as instituições e os empregadores
desenvolvimento. propiciarão condições adequadas ao aleitamento materno,
inclusive aos filhos de mães submetidas a medida privativa de
Título II liberdade.
Dos Direitos Fundamentais § 1º Os profissionais das unidades primárias de saúde
Capítulo I desenvolverão ações sistemáticas, individuais ou coletivas,
Do Direito à Vida e à Saúde visando ao planejamento, à implementação e à avaliação de
ações de promoção, proteção e apoio ao aleitamento materno
Art. 7º A criança e o adolescente têm direito a proteção à e à alimentação complementar saudável, de forma contínua.
vida e à saúde, mediante a efetivação de políticas sociais (Incluído pela Lei nº 13.257, de 2016)
públicas que permitam o nascimento e o desenvolvimento § 2º Os serviços de unidades de terapia intensiva neonatal
sadio e harmonioso, em condições dignas de existência. deverão dispor de banco de leite humano ou unidade de coleta
de leite humano. (Incluído pela Lei nº 13.257, de 2016)
Art. 8º É assegurado a todas as mulheres o acesso aos
programas e às políticas de saúde da mulher e de Art. 10. Os hospitais e demais estabelecimentos de atenção
planejamento reprodutivo e, às gestantes, nutrição adequada, à saúde de gestantes, públicos e particulares, são obrigados a:
atenção humanizada à gravidez, ao parto e ao puerpério e I - manter registro das atividades desenvolvidas, através
atendimento pré-natal, perinatal e pós-natal integral no de prontuários individuais, pelo prazo de dezoito anos;
âmbito do Sistema Único de Saúde. (Redação dada pela Lei nº II - identificar o recém-nascido mediante o registro de sua
13.257, de 2016) impressão plantar e digital e da impressão digital da mãe, sem
§ 1º O atendimento pré-natal será realizado por prejuízo de outras formas normatizadas pela autoridade
profissionais da atenção primária. (Redação dada pela Lei nº administrativa competente;
13.257, de 2016) III - proceder a exames visando ao diagnóstico e
§ 2º Os profissionais de saúde de referência da gestante terapêutica de anormalidades no metabolismo do recém-
garantirão sua vinculação, no último trimestre da gestação, ao nascido, bem como prestar orientação aos pais;
estabelecimento em que será realizado o parto, garantido o IV - fornecer declaração de nascimento onde constem
direito de opção da mulher. (Redação dada pela Lei nº 13.257, necessariamente as intercorrências do parto e do
de 2016) desenvolvimento do neonato;
§ 3º Os serviços de saúde onde o parto for realizado V - manter alojamento conjunto, possibilitando ao neonato
assegurarão às mulheres e aos seus filhos recém-nascidos alta a permanência junto à mãe.
hospitalar responsável e contrarreferência na atenção Art. 11. É assegurado acesso integral às linhas de cuidado
primária, bem como o acesso a outros serviços e a grupos de voltadas à saúde da criança e do adolescente, por intermédio
apoio à amamentação. (Redação dada pela Lei nº 13.257, de do Sistema Único de Saúde, observado o princípio da equidade
2016) no acesso a ações e serviços para promoção, proteção e

Legislação 10
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recuperação da saúde. (Redação dada pela Lei nº 13.257, de Capítulo II


2016) Do Direito à Liberdade, ao Respeito e à Dignidade
§ 1º A criança e o adolescente com deficiência serão
atendidos, sem discriminação ou segregação, em suas Art. 15. A criança e o adolescente têm direito à liberdade,
necessidades gerais de saúde e específicas de habilitação e ao respeito e à dignidade como pessoas humanas em processo
reabilitação. (Redação dada pela Lei nº 13.257, de 2016) de desenvolvimento e como sujeitos de direitos civis, humanos
§ 2º Incumbe ao poder público fornecer gratuitamente, e sociais garantidos na Constituição e nas leis.
àqueles que necessitarem, medicamentos, órteses, próteses e
outras tecnologias assistivas relativas ao tratamento, Art. 16. O direito à liberdade compreende os seguintes
habilitação ou reabilitação para crianças e adolescentes, de aspectos:
acordo com as linhas de cuidado voltadas às suas necessidades I - ir, vir e estar nos logradouros públicos e espaços
específicas. (Redação dada pela Lei nº 13.257, de 2016) comunitários, ressalvadas as restrições legais;
§ 3º Os profissionais que atuam no cuidado diário ou II - opinião e expressão;
frequente de crianças na primeira infância receberão III - crença e culto religioso;
formação específica e permanente para a detecção de sinais de IV - brincar, praticar esportes e divertir-se;
risco para o desenvolvimento psíquico, bem como para o V - participar da vida familiar e comunitária, sem
acompanhamento que se fizer necessário. (Incluído pela Lei nº discriminação;
13.257, de 2016) VI - participar da vida política, na forma da lei;
VII - buscar refúgio, auxílio e orientação.
Art. 12. Os estabelecimentos de atendimento à saúde,
inclusive as unidades neonatais, de terapia intensiva e de Art. 17. O direito ao respeito consiste na inviolabilidade da
cuidados intermediários, deverão proporcionar condições integridade física, psíquica e moral da criança e do
para a permanência em tempo integral de um dos pais ou adolescente, abrangendo a preservação da imagem, da
responsável, nos casos de internação de criança ou identidade, da autonomia, dos valores, ideias e crenças, dos
adolescente. (Redação dada pela Lei nº 13.257, de 2016) espaços e objetos pessoais.

Art. 13. Os casos de suspeita ou confirmação de castigo Art. 18. É dever de todos velar pela dignidade da criança e
físico, de tratamento cruel ou degradante e de maus-tratos do adolescente, pondo-os a salvo de qualquer tratamento
contra criança ou adolescente serão obrigatoriamente desumano, violento, aterrorizante, vexatório ou
comunicados ao Conselho Tutelar da respectiva localidade, constrangedor.
sem prejuízo de outras providências legais. (Redação dada
pela Lei nº 13.010, de 2014) Art. 18-A. A criança e o adolescente têm o direito de ser
§ 1º As gestantes ou mães que manifestem interesse em educados e cuidados sem o uso de castigo físico ou de
entregar seus filhos para adoção serão obrigatoriamente tratamento cruel ou degradante, como formas de correção,
encaminhadas, sem constrangimento, à Justiça da Infância e da disciplina, educação ou qualquer outro pretexto, pelos pais,
Juventude. (Incluído pela Lei nº 13.257, de 2016) pelos integrantes da família ampliada, pelos responsáveis,
§ 2º Os serviços de saúde em suas diferentes portas de pelos agentes públicos executores de medidas socioeducativas
entrada, os serviços de assistência social em seu componente ou por qualquer pessoa encarregada de cuidar deles, tratá-los,
especializado, o Centro de Referência Especializado de educá-los ou protegê-los. (Incluído pela Lei nº 13.010, de
Assistência Social (Creas) e os demais órgãos do Sistema de 2014)
Garantia de Direitos da Criança e do Adolescente deverão Parágrafo único. Para os fins desta Lei, considera-se:
conferir máxima prioridade ao atendimento das crianças na (Incluído pela Lei nº 13.010, de 2014)
faixa etária da primeira infância com suspeita ou confirmação I - castigo físico: ação de natureza disciplinar ou punitiva
de violência de qualquer natureza, formulando projeto aplicada com o uso da força física sobre a criança ou o
terapêutico singular que inclua intervenção em rede e, se adolescente que resulte em: (Incluído pela Lei nº 13.010, de
necessário, acompanhamento domiciliar. (Incluído pela Lei nº 2014)
13.257, de 2016) a) sofrimento físico; ou (Incluído pela Lei nº 13.010, de
2014)
Art. 14. O Sistema Único de Saúde promoverá programas b) lesão; (Incluído pela Lei nº 13.010, de 2014)
de assistência médica e odontológica para a prevenção das II - tratamento cruel ou degradante: conduta ou forma
enfermidades que ordinariamente afetam a população infantil, cruel de tratamento em relação à criança ou ao adolescente
e campanhas de educação sanitária para pais, educadores e que: (Incluído pela Lei nº 13.010, de 2014)
alunos. a) humilhe; ou (Incluído pela Lei nº 13.010, de 2014)
§ 1º É obrigatória a vacinação das crianças nos casos b) ameace gravemente; ou (Incluído pela Lei nº 13.010, de
recomendados pelas autoridades sanitárias. (Renumerado 2014)
do parágrafo único pela Lei nº 13.257, de 2016) c) ridicularize. (Incluído pela Lei nº 13.010, de 2014)
§ 2º O Sistema Único de Saúde promoverá a atenção à
saúde bucal das crianças e das gestantes, de forma transversal, Art. 18-B. Os pais, os integrantes da família ampliada, os
integral e intersetorial com as demais linhas de cuidado responsáveis, os agentes públicos executores de medidas
direcionadas à mulher e à criança. (Incluído pela Lei nº 13.257, socioeducativas ou qualquer pessoa encarregada de cuidar de
de 2016) crianças e de adolescentes, tratá-los, educá-los ou protegê-los
§ 3º A atenção odontológica à criança terá função que utilizarem castigo físico ou tratamento cruel ou
educativa protetiva e será prestada, inicialmente, antes de o degradante como formas de correção, disciplina, educação ou
bebê nascer, por meio de aconselhamento pré-natal, e, qualquer outro pretexto estarão sujeitos, sem prejuízo de
posteriormente, no sexto e no décimo segundo anos de vida, outras sanções cabíveis, às seguintes medidas, que serão
com orientações sobre saúde bucal. (Incluído pela Lei nº aplicadas de acordo com a gravidade do caso: (Incluído pela
13.257, de 2016) Lei nº 13.010, de 2014)
§ 4º A criança com necessidade de cuidados odontológicos I - encaminhamento a programa oficial ou comunitário de
especiais será atendida pelo Sistema Único de Saúde. (Incluído proteção à família; Incluído pela Lei nº 13.010, de 2014)
pela Lei nº 13.257, de 2016)

Legislação 11
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APOSTILAS OPÇÃO

II - encaminhamento a tratamento psicológico ou assegurados os direitos da criança estabelecidos nesta Lei.


psiquiátrico; (Incluído pela Lei nº 13.010, de 2014) (Incluído pela Lei nº 13.257, de 2016)
III - encaminhamento a cursos ou programas de
orientação; (Incluído pela Lei nº 13.010, de 2014) Art. 23. A falta ou a carência de recursos materiais não
IV - obrigação de encaminhar a criança a tratamento constitui motivo suficiente para a perda ou a suspensão do
especializado; (Incluído pela Lei nº 13.010, de 2014) poder familiar.
V - advertência. (Incluído pela Lei nº 13.010, de 2014) § 1º Não existindo outro motivo que por si só autorize a
decretação da medida, a criança ou o adolescente será mantido
Parágrafo único. As medidas previstas neste artigo serão em sua família de origem, a qual deverá obrigatoriamente ser
aplicadas pelo Conselho Tutelar, sem prejuízo de outras incluída em serviços e programas oficiais de proteção, apoio e
providências legais. (Incluído pela Lei nº 13.010, de 2014) promoção. (Redação dada pela Lei nº 13.257, de 2016)
§ 2º A condenação criminal do pai ou da mãe não implicará
Capítulo III a destituição do poder familiar, exceto na hipótese de
Do Direito à Convivência Familiar e Comunitária condenação por crime doloso, sujeito à pena de reclusão,
Seção I contra o próprio filho ou filha. (Incluído pela Lei nº 12.962, de
Disposições Gerais 2014)

Art. 19. É direito da criança e do adolescente ser criado e Art. 24. A perda e a suspensão do poder familiar serão
educado no seio de sua família e, excepcionalmente, em família decretadas judicialmente, em procedimento contraditório, nos
substituta, assegurada a convivência familiar e comunitária, casos previstos na legislação civil, bem como na hipótese de
em ambiente que garanta seu desenvolvimento integral. descumprimento injustificado dos deveres e obrigações a que
(Redação dada pela Lei nº 13.257, de 2016) alude o art. 22.
§ 1º Toda criança ou adolescente que estiver inserido em Seção II
programa de acolhimento familiar ou institucional terá sua Da Família Natural
situação reavaliada, no máximo, a cada 6 (seis) meses,
devendo a autoridade judiciária competente, com base em Art. 25. Entende-se por família natural a comunidade
relatório elaborado por equipe interprofissional ou formada pelos pais ou qualquer deles e seus descendentes.
multidisciplinar, decidir de forma fundamentada pela Parágrafo único. Entende-se por família extensa ou
possibilidade de reintegração familiar ou colocação em família ampliada aquela que se estende para além da unidade pais e
substituta, em quaisquer das modalidades previstas no art. 28 filhos ou da unidade do casal, formada por parentes próximos
desta Lei. com os quais a criança ou adolescente convive e mantém
§ 2º A permanência da criança e do adolescente em vínculos de afinidade e afetividade.
programa de acolhimento institucional não se prolongará por
mais de 2 (dois) anos, salvo comprovada necessidade que Art. 26. Os filhos havidos fora do casamento poderão ser
atenda ao seu superior interesse, devidamente fundamentada reconhecidos pelos pais, conjunta ou separadamente, no
pela autoridade judiciária. próprio termo de nascimento, por testamento, mediante
§ 3º A manutenção ou a reintegração de criança ou escritura ou outro documento público, qualquer que seja a
adolescente à sua família terá preferência em relação a origem da filiação.
qualquer outra providência, caso em que será esta incluída em Parágrafo único. O reconhecimento pode preceder o
serviços e programas de proteção, apoio e promoção, nos nascimento do filho ou suceder-lhe ao falecimento, se deixar
termos do § 1º do art. 23, dos incisos I e IV do caput do art. 101 descendentes.
e dos incisos I a IV do caput do art. 129 desta Lei. (Redação
dada pela Lei nº 13.257, de 2016) Art. 27. O reconhecimento do estado de filiação é direito
§ 4º Será garantida a convivência da criança e do personalíssimo, indisponível e imprescritível, podendo ser
adolescente com a mãe ou o pai privado de liberdade, por meio exercitado contra os pais ou seus herdeiros, sem qualquer
de visitas periódicas promovidas pelo responsável ou, nas restrição, observado o segredo de Justiça.
hipóteses de acolhimento institucional, pela entidade
responsável, independentemente de autorização judicial. Seção III
(Incluído pela Lei nº 12.962, de 2014) Da Família Substituta
Subseção I
Art. 20. Os filhos, havidos ou não da relação do casamento, Disposições Gerais
ou por adoção, terão os mesmos direitos e qualificações,
proibidas quaisquer designações discriminatórias relativas à Art. 28. A colocação em família substituta far-se-á
filiação. mediante guarda, tutela ou adoção, independentemente da
situação jurídica da criança ou adolescente, nos termos desta
Art. 21. O poder familiar será exercido, em igualdade de Lei.
condições, pelo pai e pela mãe, na forma do que dispuser a § 1º Sempre que possível, a criança ou o adolescente será
legislação civil, assegurado a qualquer deles o direito de, em previamente ouvido por equipe interprofissional, respeitado
caso de discordância, recorrer à autoridade judiciária seu estágio de desenvolvimento e grau de compreensão sobre
competente para a solução da divergência. as implicações da medida, e terá sua opinião devidamente
considerada.
Art. 22. Aos pais incumbe o dever de sustento, guarda e § 2º Tratando-se de maior de 12 (doze) anos de idade, será
educação dos filhos menores, cabendo-lhes ainda, no interesse necessário seu consentimento, colhido em audiência.
destes, a obrigação de cumprir e fazer cumprir as § 3º Na apreciação do pedido levar-se-á em conta o grau de
determinações judiciais. parentesco e a relação de afinidade ou de afetividade, a fim de
Parágrafo único. A mãe e o pai, ou os responsáveis, têm evitar ou minorar as consequências decorrentes da medida.
direitos iguais e deveres e responsabilidades compartilhados § 4º Os grupos de irmãos serão colocados sob adoção,
no cuidado e na educação da criança, devendo ser resguardado tutela ou guarda da mesma família substituta, ressalvada a
o direito de transmissão familiar de suas crenças e culturas, comprovada existência de risco de abuso ou outra situação que
justifique plenamente a excepcionalidade de solução diversa,

Legislação 12
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APOSTILAS OPÇÃO

procurando-se, em qualquer caso, evitar o rompimento Art. 34. O poder público estimulará, por meio de
definitivo dos vínculos fraternais. assistência jurídica, incentivos fiscais e subsídios, o
§ 5º A colocação da criança ou adolescente em família acolhimento, sob a forma de guarda, de criança ou adolescente
substituta será precedida de sua preparação gradativa e afastado do convívio familiar.
acompanhamento posterior, realizados pela equipe § 1º A inclusão da criança ou adolescente em programas de
interprofissional a serviço da Justiça da Infância e da acolhimento familiar terá preferência a seu acolhimento
Juventude, preferencialmente com o apoio dos técnicos institucional, observado, em qualquer caso, o caráter
responsáveis pela execução da política municipal de garantia temporário e excepcional da medida, nos termos desta Lei.
do direito à convivência familiar. § 2º Na hipótese do § 1o deste artigo a pessoa ou casal
§ 6º Em se tratando de criança ou adolescente indígena ou cadastrado no programa de acolhimento familiar poderá
proveniente de comunidade remanescente de quilombo, é receber a criança ou adolescente mediante guarda, observado
ainda obrigatório: o disposto nos arts. 28 a 33 desta Lei.
I - que sejam consideradas e respeitadas sua identidade § 3º A União apoiará a implementação de serviços de
social e cultural, os seus costumes e tradições, bem como suas acolhimento em família acolhedora como política pública, os
instituições, desde que não sejam incompatíveis com os quais deverão dispor de equipe que organize o acolhimento
direitos fundamentais reconhecidos por esta Lei e pela temporário de crianças e de adolescentes em residências de
Constituição Federal; famílias selecionadas, capacitadas e acompanhadas que não
II - que a colocação familiar ocorra prioritariamente no estejam no cadastro de adoção. (Incluído pela Lei nº 13.257, de
seio de sua comunidade ou junto a membros da mesma etnia; 2016)
III - a intervenção e oitiva de representantes do órgão § 4º Poderão ser utilizados recursos federais, estaduais,
federal responsável pela política indigenista, no caso de distritais e municipais para a manutenção dos serviços de
crianças e adolescentes indígenas, e de antropólogos, perante acolhimento em família acolhedora, facultando-se o repasse de
a equipe interprofissional ou multidisciplinar que irá recursos para a própria família acolhedora. (Incluído pela Lei
acompanhar o caso. nº 13.257, de 2016)

Art. 29. Não se deferirá colocação em família substituta a Art. 35. A guarda poderá ser revogada a qualquer tempo,
pessoa que revele, por qualquer modo, incompatibilidade com mediante ato judicial fundamentado, ouvido o Ministério
a natureza da medida ou não ofereça ambiente familiar Público.
adequado.
Art. 30. A colocação em família substituta não admitirá Subseção III
transferência da criança ou adolescente a terceiros ou a Da Tutela
entidades governamentais ou não-governamentais, sem
autorização judicial. Art. 36. A tutela será deferida, nos termos da lei civil, a
pessoa de até 18 (dezoito) anos incompletos.
Art. 31. A colocação em família substituta estrangeira Parágrafo único. O deferimento da tutela pressupõe a
constitui medida excepcional, somente admissível na prévia decretação da perda ou suspensão do poder familiar e
modalidade de adoção. implica necessariamente o dever de guarda.

Art. 32. Ao assumir a guarda ou a tutela, o responsável Art. 37. O tutor nomeado por testamento ou qualquer
prestará compromisso de bem e fielmente desempenhar o documento autêntico, conforme previsto no parágrafo único
encargo, mediante termo nos autos. do art. 1.729 da Lei no 10.406, de 10 de janeiro de 2002 -
Código Civil, deverá, no prazo de 30 (trinta) dias após a
Subseção II abertura da sucessão, ingressar com pedido destinado ao
Da Guarda controle judicial do ato, observando o procedimento previsto
nos arts. 165 a 170 desta Lei.
Art. 33. A guarda obriga a prestação de assistência Parágrafo único. Na apreciação do pedido, serão
material, moral e educacional à criança ou adolescente, observados os requisitos previstos nos arts. 28 e 29 desta Lei,
conferindo a seu detentor o direito de opor-se a terceiros, somente sendo deferida a tutela à pessoa indicada na
inclusive aos pais. disposição de última vontade, se restar comprovado que a
§ 1º A guarda destina-se a regularizar a posse de fato, medida é vantajosa ao tutelando e que não existe outra pessoa
podendo ser deferida, liminar ou incidentalmente, nos em melhores condições de assumi-la.
procedimentos de tutela e adoção, exceto no de adoção por
estrangeiros. Art. 38. Aplica-se à destituição da tutela o disposto no art.
§ 2º Excepcionalmente, deferir-se-á a guarda, fora dos 24.
casos de tutela e adoção, para atender a situações peculiares
ou suprir a falta eventual dos pais ou responsável, podendo ser Subseção IV
deferido o direito de representação para a prática de atos Da Adoção
determinados.
§ 3º A guarda confere à criança ou adolescente a condição Art. 39. A adoção de criança e de adolescente reger-se-á
de dependente, para todos os fins e efeitos de direito, inclusive segundo o disposto nesta Lei.
previdenciários. § 1º A adoção é medida excepcional e irrevogável, à qual se
§ 4º Salvo expressa e fundamentada determinação em deve recorrer apenas quando esgotados os recursos de
contrário, da autoridade judiciária competente, ou quando a manutenção da criança ou adolescente na família natural ou
medida for aplicada em preparação para adoção, o extensa, na forma do parágrafo único do art. 25 desta Lei.
deferimento da guarda de criança ou adolescente a terceiros § 2º É vedada a adoção por procuração.
não impede o exercício do direito de visitas pelos pais, assim
como o dever de prestar alimentos, que serão objeto de Art. 40. O adotando deve contar com, no máximo, dezoito
regulamentação específica, a pedido do interessado ou do anos à data do pedido, salvo se já estiver sob a guarda ou tutela
Ministério Público. dos adotantes.

Legislação 13
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Art. 41. A adoção atribui a condição de filho ao adotado, Art. 47. O vínculo da adoção constitui-se por sentença
com os mesmos direitos e deveres, inclusive sucessórios, judicial, que será inscrita no registro civil mediante mandado
desligando-o de qualquer vínculo com pais e parentes, salvo os do qual não se fornecerá certidão.
impedimentos matrimoniais. § 1º A inscrição consignará o nome dos adotantes como
§ 1º Se um dos cônjuges ou concubinos adota o filho do pais, bem como o nome de seus ascendentes.
outro, mantêm-se os vínculos de filiação entre o adotado e o § 2º O mandado judicial, que será arquivado, cancelará o
cônjuge ou concubino do adotante e os respectivos parentes. registro original do adotado.
§ 2º É recíproco o direito sucessório entre o adotado, seus § 3º A pedido do adotante, o novo registro poderá ser
descendentes, o adotante, seus ascendentes, descendentes e lavrado no Cartório do Registro Civil do Município de sua
colaterais até o 4º grau, observada a ordem de vocação residência.
hereditária. § 4º Nenhuma observação sobre a origem do ato poderá
constar nas certidões do registro.
Art. 42. Podem adotar os maiores de 18 (dezoito) anos, § 5º A sentença conferirá ao adotado o nome do adotante
independentemente do estado civil. e, a pedido de qualquer deles, poderá determinar a
§ 1º Não podem adotar os ascendentes e os irmãos do modificação do prenome.
adotando. § 6º Caso a modificação de prenome seja requerida pelo
§ 2º Para adoção conjunta, é indispensável que os adotante, é obrigatória a oitiva do adotando, observado o
adotantes sejam casados civilmente ou mantenham união disposto nos §§ 1o e 2o do art. 28 desta Lei.
estável, comprovada a estabilidade da família. § 7º A adoção produz seus efeitos a partir do trânsito em
§ 3º O adotante há de ser, pelo menos, dezesseis anos mais julgado da sentença constitutiva, exceto na hipótese prevista
velho do que o adotando. no § 6o do art. 42 desta Lei, caso em que terá força retroativa
§ 4º Os divorciados, os judicialmente separados e os ex- à data do óbito.
companheiros podem adotar conjuntamente, contanto que § 8º O processo relativo à adoção assim como outros a ele
acordem sobre a guarda e o regime de visitas e desde que o relacionados serão mantidos em arquivo, admitindo-se seu
estágio de convivência tenha sido iniciado na constância do armazenamento em microfilme ou por outros meios, garantida
período de convivência e que seja comprovada a existência de a sua conservação para consulta a qualquer tempo.
vínculos de afinidade e afetividade com aquele não detentor da § 9º Terão prioridade de tramitação os processos de
guarda, que justifiquem a excepcionalidade da concessão. adoção em que o adotando for criança ou adolescente com
§ 5º Nos casos do § 4o deste artigo, desde que deficiência ou com doença crônica. (Incluído pela Lei nº
demonstrado efetivo benefício ao adotando, será assegurada a 12.955, de 2014)
guarda compartilhada, conforme previsto no art. 1.584 da Lei
no 10.406, de 10 de janeiro de 2002 - Código Civil. Art. 48. O adotado tem direito de conhecer sua origem
§ 6º A adoção poderá ser deferida ao adotante que, após biológica, bem como de obter acesso irrestrito ao processo no
inequívoca manifestação de vontade, vier a falecer no curso do qual a medida foi aplicada e seus eventuais incidentes, após
procedimento, antes de prolatada a sentença. completar 18 (dezoito) anos.
Parágrafo único. O acesso ao processo de adoção poderá
Art. 43. A adoção será deferida quando apresentar reais ser também deferido ao adotado menor de 18 (dezoito) anos,
vantagens para o adotando e fundar-se em motivos legítimos. a seu pedido, assegurada orientação e assistência jurídica e
psicológica.
Art. 44. Enquanto não der conta de sua administração e
saldar o seu alcance, não pode o tutor ou o curador adotar o Art. 49. A morte dos adotantes não restabelece o poder
pupilo ou o curatelado. familiar dos pais naturais.

Art. 45. A adoção depende do consentimento dos pais ou Art. 50. A autoridade judiciária manterá, em cada comarca
do representante legal do adotando. ou foro regional, um registro de crianças e adolescentes em
§ 1º. O consentimento será dispensado em relação à condições de serem adotados e outro de pessoas interessadas
criança ou adolescente cujos pais sejam desconhecidos ou na adoção.
tenham sido destituídos do poder familiar. § 1º O deferimento da inscrição dar-se-á após prévia
§ 2º. Em se tratando de adotando maior de doze anos de consulta aos órgãos técnicos do juizado, ouvido o Ministério
idade, será também necessário o seu consentimento. Público.
§ 2º Não será deferida a inscrição se o interessado não
Art. 46. A adoção será precedida de estágio de convivência satisfazer os requisitos legais, ou verificada qualquer das
com a criança ou adolescente, pelo prazo que a autoridade hipóteses previstas no art. 29.
judiciária fixar, observadas as peculiaridades do caso. § 3º A inscrição de postulantes à adoção será precedida de
§ 1º O estágio de convivência poderá ser dispensado se o um período de preparação psicossocial e jurídica, orientado
adotando já estiver sob a tutela ou guarda legal do adotante pela equipe técnica da Justiça da Infância e da Juventude,
durante tempo suficiente para que seja possível avaliar a preferencialmente com apoio dos técnicos responsáveis pela
conveniência da constituição do vínculo. execução da política municipal de garantia do direito à
§ 2º A simples guarda de fato não autoriza, por si só, a convivência familiar.
dispensa da realização do estágio de convivência. § 4º Sempre que possível e recomendável, a preparação
§ 3º Em caso de adoção por pessoa ou casal residente ou referida no § 3o deste artigo incluirá o contato com crianças e
domiciliado fora do País, o estágio de convivência, cumprido adolescentes em acolhimento familiar ou institucional em
no território nacional, será de, no mínimo, 30 (trinta) dias. condições de serem adotados, a ser realizado sob a orientação,
§ 4º O estágio de convivência será acompanhado pela supervisão e avaliação da equipe técnica da Justiça da Infância
equipe interprofissional a serviço da Justiça da Infância e da e da Juventude, com apoio dos técnicos responsáveis pelo
Juventude, preferencialmente com apoio dos técnicos programa de acolhimento e pela execução da política
responsáveis pela execução da política de garantia do direito à municipal de garantia do direito à convivência familiar.
convivência familiar, que apresentarão relatório minucioso § 5º Serão criados e implementados cadastros estaduais e
acerca da conveniência do deferimento da medida. nacional de crianças e adolescentes em condições de serem
adotados e de pessoas ou casais habilitados à adoção.

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§ 6º Haverá cadastros distintos para pessoas ou casais § 2º Os brasileiros residentes no exterior terão preferência
residentes fora do País, que somente serão consultados na aos estrangeiros, nos casos de adoção internacional de criança
inexistência de postulantes nacionais habilitados nos ou adolescente brasileiro.
cadastros mencionados no § 5o deste artigo. § 3º A adoção internacional pressupõe a intervenção das
§ 7º As autoridades estaduais e federais em matéria de Autoridades Centrais Estaduais e Federal em matéria de
adoção terão acesso integral aos cadastros, incumbindo-lhes a adoção internacional.
troca de informações e a cooperação mútua, para melhoria do
sistema. Art. 52. A adoção internacional observará o procedimento
§ 8º A autoridade judiciária providenciará, no prazo de 48 previsto nos arts. 165 a 170 desta Lei, com as seguintes
(quarenta e oito) horas, a inscrição das crianças e adolescentes adaptações:
em condições de serem adotados que não tiveram colocação I - a pessoa ou casal estrangeiro, interessado em adotar
familiar na comarca de origem, e das pessoas ou casais que criança ou adolescente brasileiro, deverá formular pedido de
tiveram deferida sua habilitação à adoção nos cadastros habilitação à adoção perante a Autoridade Central em matéria
estadual e nacional referidos no § 5o deste artigo, sob pena de de adoção internacional no país de acolhida, assim entendido
responsabilidade. aquele onde está situada sua residência habitual;
§ 9º Compete à Autoridade Central Estadual zelar pela II - se a Autoridade Central do país de acolhida considerar
manutenção e correta alimentação dos cadastros, com que os solicitantes estão habilitados e aptos para adotar,
posterior comunicação à Autoridade Central Federal emitirá um relatório que contenha informações sobre a
Brasileira. identidade, a capacidade jurídica e adequação dos solicitantes
§ 10. A adoção internacional somente será deferida se, para adotar, sua situação pessoal, familiar e médica, seu meio
após consulta ao cadastro de pessoas ou casais habilitados à social, os motivos que os animam e sua aptidão para assumir
adoção, mantido pela Justiça da Infância e da Juventude na uma adoção internacional;
comarca, bem como aos cadastros estadual e nacional III - a Autoridade Central do país de acolhida enviará o
referidos no § 5o deste artigo, não for encontrado interessado relatório à Autoridade Central Estadual, com cópia para a
com residência permanente no Brasil. Autoridade Central Federal Brasileira;
§ 11. Enquanto não localizada pessoa ou casal interessado IV - o relatório será instruído com toda a documentação
em sua adoção, a criança ou o adolescente, sempre que necessária, incluindo estudo psicossocial elaborado por
possível e recomendável, será colocado sob guarda de família equipe interprofissional habilitada e cópia autenticada da
cadastrada em programa de acolhimento familiar. legislação pertinente, acompanhada da respectiva prova de
§ 12. A alimentação do cadastro e a convocação criteriosa vigência;
dos postulantes à adoção serão fiscalizadas pelo Ministério V - os documentos em língua estrangeira serão
Público. devidamente autenticados pela autoridade consular,
§ 13. Somente poderá ser deferida adoção em favor de observados os tratados e convenções internacionais, e
candidato domiciliado no Brasil não cadastrado previamente acompanhados da respectiva tradução, por tradutor público
nos termos desta Lei quando: juramentado;
I - se tratar de pedido de adoção unilateral; VI - a Autoridade Central Estadual poderá fazer exigências
II - for formulada por parente com o qual a criança ou e solicitar complementação sobre o estudo psicossocial do
adolescente mantenha vínculos de afinidade e afetividade; postulante estrangeiro à adoção, já realizado no país de
III - oriundo o pedido de quem detém a tutela ou guarda acolhida;
legal de criança maior de 3 (três) anos ou adolescente, desde VII - verificada, após estudo realizado pela Autoridade
que o lapso de tempo de convivência comprove a fixação de Central Estadual, a compatibilidade da legislação estrangeira
laços de afinidade e afetividade, e não seja constatada a com a nacional, além do preenchimento por parte dos
ocorrência de má-fé ou qualquer das situações previstas nos postulantes à medida dos requisitos objetivos e subjetivos
arts. 237 ou 238 desta Lei. necessários ao seu deferimento, tanto à luz do que dispõe esta
§ 14. Nas hipóteses previstas no § 13 deste artigo, o Lei como da legislação do país de acolhida, será expedido laudo
candidato deverá comprovar, no curso do procedimento, que de habilitação à adoção internacional, que terá validade por,
preenche os requisitos necessários à adoção, conforme no máximo, 1 (um) ano;
previsto nesta Lei. VIII - de posse do laudo de habilitação, o interessado será
autorizado a formalizar pedido de adoção perante o Juízo da
Art. 51. Considera-se adoção internacional aquela na qual Infância e da Juventude do local em que se encontra a criança
a pessoa ou casal postulante é residente ou domiciliado fora do ou adolescente, conforme indicação efetuada pela Autoridade
Brasil, conforme previsto no Artigo 2 da Convenção de Haia, de Central Estadual.
29 de maio de 1993, Relativa à Proteção das Crianças e à § 1º Se a legislação do país de acolhida assim o autorizar,
Cooperação em Matéria de Adoção Internacional, aprovada admite-se que os pedidos de habilitação à adoção
pelo Decreto Legislativo no 1, de 14 de janeiro de 1999, e internacional sejam intermediados por organismos
promulgada pelo Decreto no 3.087, de 21 de junho de 1999. credenciados.
§ 1º A adoção internacional de criança ou adolescente § 2º Incumbe à Autoridade Central Federal Brasileira o
brasileiro ou domiciliado no Brasil somente terá lugar quando credenciamento de organismos nacionais e estrangeiros
restar comprovado: encarregados de intermediar pedidos de habilitação à adoção
I - que a colocação em família substituta é a solução internacional, com posterior comunicação às Autoridades
adequada ao caso concreto; Centrais Estaduais e publicação nos órgãos oficiais de
II - que foram esgotadas todas as possibilidades de imprensa e em sítio próprio da internet.
colocação da criança ou adolescente em família substituta § 3º Somente será admissível o credenciamento de
brasileira, após consulta aos cadastros mencionados no art. 50 organismos que:
desta Lei; I - sejam oriundos de países que ratificaram a Convenção
III - que, em se tratando de adoção de adolescente, este foi de Haia e estejam devidamente credenciados pela Autoridade
consultado, por meios adequados ao seu estágio de Central do país onde estiverem sediados e no país de acolhida
desenvolvimento, e que se encontra preparado para a medida, do adotando para atuar em adoção internacional no Brasil;
mediante parecer elaborado por equipe interprofissional, II - satisfizerem as condições de integridade moral,
observado o disposto nos §§ 1o e 2o do art. 28 desta Lei. competência profissional, experiência e responsabilidade

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exigidas pelos países respectivos e pela Autoridade Central § 12. Uma mesma pessoa ou seu cônjuge não podem ser
Federal Brasileira; representados por mais de uma entidade credenciada para
III - forem qualificados por seus padrões éticos e sua atuar na cooperação em adoção internacional.
formação e experiência para atuar na área de adoção § 13. A habilitação de postulante estrangeiro ou
internacional; domiciliado fora do Brasil terá validade máxima de 1 (um) ano,
IV - cumprirem os requisitos exigidos pelo ordenamento podendo ser renovada.
jurídico brasileiro e pelas normas estabelecidas pela § 14. É vedado o contato direto de representantes de
Autoridade Central Federal Brasileira. organismos de adoção, nacionais ou estrangeiros, com
§ 4º Os organismos credenciados deverão ainda: dirigentes de programas de acolhimento institucional ou
I - perseguir unicamente fins não lucrativos, nas condições familiar, assim como com crianças e adolescentes em
e dentro dos limites fixados pelas autoridades competentes do condições de serem adotados, sem a devida autorização
país onde estiverem sediados, do país de acolhida e pela judicial.
Autoridade Central Federal Brasileira; § 15. A Autoridade Central Federal Brasileira poderá
II - ser dirigidos e administrados por pessoas qualificadas limitar ou suspender a concessão de novos credenciamentos
e de reconhecida idoneidade moral, com comprovada sempre que julgar necessário, mediante ato administrativo
formação ou experiência para atuar na área de adoção fundamentado.
internacional, cadastradas pelo Departamento de Polícia
Federal e aprovadas pela Autoridade Central Federal Art. 52-A. É vedado, sob pena de responsabilidade e
Brasileira, mediante publicação de portaria do órgão federal descredenciamento, o repasse de recursos provenientes de
competente; organismos estrangeiros encarregados de intermediar
III - estar submetidos à supervisão das autoridades pedidos de adoção internacional a organismos nacionais ou a
competentes do país onde estiverem sediados e no país de pessoas físicas.
acolhida, inclusive quanto à sua composição, funcionamento e Parágrafo único. Eventuais repasses somente poderão ser
situação financeira; efetuados via Fundo dos Direitos da Criança e do Adolescente
IV - apresentar à Autoridade Central Federal Brasileira, a e estarão sujeitos às deliberações do respectivo Conselho de
cada ano, relatório geral das atividades desenvolvidas, bem Direitos da Criança e do Adolescente.
como relatório de acompanhamento das adoções
internacionais efetuadas no período, cuja cópia será Art. 52-B. A adoção por brasileiro residente no exterior em
encaminhada ao Departamento de Polícia Federal; país ratificante da Convenção de Haia, cujo processo de adoção
V - enviar relatório pós-adotivo semestral para a tenha sido processado em conformidade com a legislação
Autoridade Central Estadual, com cópia para a Autoridade vigente no país de residência e atendido o disposto na Alínea
Central Federal Brasileira, pelo período mínimo de 2 (dois) “c” do Artigo 17 da referida Convenção, será automaticamente
anos. O envio do relatório será mantido até a juntada de cópia recepcionada com o reingresso no Brasil.
autenticada do registro civil, estabelecendo a cidadania do país § 1º Caso não tenha sido atendido o disposto na Alínea “c”
de acolhida para o adotado; do Artigo 17 da Convenção de Haia, deverá a sentença ser
VI - tomar as medidas necessárias para garantir que os homologada pelo Superior Tribunal de Justiça.
adotantes encaminhem à Autoridade Central Federal § 2º O pretendente brasileiro residente no exterior em país
Brasileira cópia da certidão de registro de nascimento não ratificante da Convenção de Haia, uma vez reingressado no
estrangeira e do certificado de nacionalidade tão logo lhes Brasil, deverá requerer a homologação da sentença
sejam concedidos. estrangeira pelo Superior Tribunal de Justiça.
§ 5º A não apresentação dos relatórios referidos no § 4o
deste artigo pelo organismo credenciado poderá acarretar a Art. 52-C. Nas adoções internacionais, quando o Brasil for
suspensão de seu credenciamento. o país de acolhida, a decisão da autoridade competente do país
§ 6º O credenciamento de organismo nacional ou de origem da criança ou do adolescente será conhecida pela
estrangeiro encarregado de intermediar pedidos de adoção Autoridade Central Estadual que tiver processado o pedido de
internacional terá validade de 2 (dois) anos. habilitação dos pais adotivos, que comunicará o fato à
§ 7º A renovação do credenciamento poderá ser concedida Autoridade Central Federal e determinará as providências
mediante requerimento protocolado na Autoridade Central necessárias à expedição do Certificado de Naturalização
Federal Brasileira nos 60 (sessenta) dias anteriores ao Provisório.
término do respectivo prazo de validade. § 1º A Autoridade Central Estadual, ouvido o Ministério
§ 8º Antes de transitada em julgado a decisão que Público, somente deixará de reconhecer os efeitos daquela
concedeu a adoção internacional, não será permitida a saída decisão se restar demonstrado que a adoção é manifestamente
do adotando do território nacional. contrária à ordem pública ou não atende ao interesse superior
§ 9º Transitada em julgado a decisão, a autoridade da criança ou do adolescente.
judiciária determinará a expedição de alvará com autorização § 2º Na hipótese de não reconhecimento da adoção,
de viagem, bem como para obtenção de passaporte, constando, prevista no § 1o deste artigo, o Ministério Público deverá
obrigatoriamente, as características da criança ou adolescente imediatamente requerer o que for de direito para resguardar
adotado, como idade, cor, sexo, eventuais sinais ou traços os interesses da criança ou do adolescente, comunicando-se as
peculiares, assim como foto recente e a aposição da impressão providências à Autoridade Central Estadual, que fará a
digital do seu polegar direito, instruindo o documento com comunicação à Autoridade Central Federal Brasileira e à
cópia autenticada da decisão e certidão de trânsito em julgado. Autoridade Central do país de origem.
§ 10. A Autoridade Central Federal Brasileira poderá, a
qualquer momento, solicitar informações sobre a situação das Art. 52-D. Nas adoções internacionais, quando o Brasil for
crianças e adolescentes adotados. o país de acolhida e a adoção não tenha sido deferida no país
§ 11. A cobrança de valores por parte dos organismos de origem porque a sua legislação a delega ao país de acolhida,
credenciados, que sejam considerados abusivos pela ou, ainda, na hipótese de, mesmo com decisão, a criança ou o
Autoridade Central Federal Brasileira e que não estejam adolescente ser oriundo de país que não tenha aderido à
devidamente comprovados, é causa de seu Convenção referida, o processo de adoção seguirá as regras da
descredenciamento. adoção nacional.

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Capítulo IV Art. 59. Os municípios, com apoio dos estados e da União,


Do Direito à Educação, à Cultura, ao Esporte e ao estimularão e facilitarão a destinação de recursos e espaços
Lazer para programações culturais, esportivas e de lazer voltadas
para a infância e a juventude.
Art. 53. A criança e o adolescente têm direito à educação,
visando ao pleno desenvolvimento de sua pessoa, preparo Capítulo V
para o exercício da cidadania e qualificação para o trabalho, Do Direito à Profissionalização e à Proteção no
assegurando-se-lhes: Trabalho
I - igualdade de condições para o acesso e permanência na
escola; Art. 60. É proibido qualquer trabalho a menores de
II - direito de ser respeitado por seus educadores; quatorze anos de idade, salvo na condição de aprendiz. (Vide
III - direito de contestar critérios avaliativos, podendo Constituição Federal)
recorrer às instâncias escolares superiores;
IV - direito de organização e participação em entidades Art. 61. A proteção ao trabalho dos adolescentes é regulada
estudantis; por legislação especial, sem prejuízo do disposto nesta Lei.
V - acesso à escola pública e gratuita próxima de sua
residência. Art. 62. Considera-se aprendizagem a formação técnico-
Parágrafo único. É direito dos pais ou responsáveis ter profissional ministrada segundo as diretrizes e bases da
ciência do processo pedagógico, bem como participar da legislação de educação em vigor.
definição das propostas educacionais.
Art. 63. A formação técnico-profissional obedecerá aos
Art. 54. É dever do Estado assegurar à criança e ao seguintes princípios:
adolescente: I - garantia de acesso e frequência obrigatória ao ensino
I - ensino fundamental, obrigatório e gratuito, inclusive regular;
para os que a ele não tiveram acesso na idade própria; II - atividade compatível com o desenvolvimento do
II - progressiva extensão da obrigatoriedade e gratuidade adolescente;
ao ensino médio; III - horário especial para o exercício das atividades.
III - atendimento educacional especializado aos portadores
de deficiência, preferencialmente na rede regular de ensino; Art. 64. Ao adolescente até quatorze anos de idade é
IV – atendimento em creche e pré-escola às crianças de assegurada bolsa de aprendizagem.
zero a cinco anos de idade; (Redação dada pela Lei nº 13.306,
de 2016) Art. 65. Ao adolescente aprendiz, maior de quatorze anos,
V - acesso aos níveis mais elevados do ensino, da pesquisa são assegurados os direitos trabalhistas e previdenciários.
e da criação artística, segundo a capacidade de cada um;
VI - oferta de ensino noturno regular, adequado às Art. 66. Ao adolescente portador de deficiência é
condições do adolescente trabalhador; assegurado trabalho protegido.
VII - atendimento no ensino fundamental, através de
programas suplementares de material didático-escolar, Art. 67. Ao adolescente empregado, aprendiz, em regime
transporte, alimentação e assistência à saúde. familiar de trabalho, aluno de escola técnica, assistido em
§ 1º O acesso ao ensino obrigatório e gratuito é direito entidade governamental ou não-governamental, é vedado
público subjetivo. trabalho:
§ 2º O não oferecimento do ensino obrigatório pelo poder I - noturno, realizado entre as vinte e duas horas de um dia
público ou sua oferta irregular importa responsabilidade da e as cinco horas do dia seguinte;
autoridade competente. II - perigoso, insalubre ou penoso;
§ 3º Compete ao poder público recensear os educandos no III - realizado em locais prejudiciais à sua formação e ao
ensino fundamental, fazer-lhes a chamada e zelar, junto aos seu desenvolvimento físico, psíquico, moral e social;
pais ou responsável, pela frequência à escola. IV - realizado em horários e locais que não permitam a
frequência à escola.
Art. 55. Os pais ou responsável têm a obrigação de Art. 68. O programa social que tenha por base o trabalho
matricular seus filhos ou pupilos na rede regular de ensino. educativo, sob responsabilidade de entidade governamental
ou não-governamental sem fins lucrativos, deverá assegurar
Art. 56. Os dirigentes de estabelecimentos de ensino ao adolescente que dele participe condições de capacitação
fundamental comunicarão ao Conselho Tutelar os casos de: para o exercício de atividade regular remunerada.
I - maus-tratos envolvendo seus alunos; § 1º Entende-se por trabalho educativo a atividade laboral
II - reiteração de faltas injustificadas e de evasão escolar, em que as exigências pedagógicas relativas ao
esgotados os recursos escolares; desenvolvimento pessoal e social do educando prevalecem
III - elevados níveis de repetência. sobre o aspecto produtivo.
§ 2º A remuneração que o adolescente recebe pelo
Art. 57. O poder público estimulará pesquisas, experiências trabalho efetuado ou a participação na venda dos produtos de
e novas propostas relativas a calendário, seriação, currículo, seu trabalho não desfigura o caráter educativo.
metodologia, didática e avaliação, com vistas à inserção de
crianças e adolescentes excluídos do ensino fundamental Art. 69. O adolescente tem direito à profissionalização e à
obrigatório. proteção no trabalho, observados os seguintes aspectos, entre
outros:
Art. 58. No processo educacional respeitar-se-ão os valores I - respeito à condição peculiar de pessoa em
culturais, artísticos e históricos próprios do contexto social da desenvolvimento;
criança e do adolescente, garantindo-se a estes a liberdade da II - capacitação profissional adequada ao mercado de
criação e o acesso às fontes de cultura. trabalho.

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Título III Art. 71. A criança e o adolescente têm direito a informação,


Da Prevenção cultura, lazer, esportes, diversões, espetáculos e produtos e
Capítulo I serviços que respeitem sua condição peculiar de pessoa em
Disposições Gerais desenvolvimento.

Art. 70. É dever de todos prevenir a ocorrência de ameaça Art. 72. As obrigações previstas nesta Lei não excluem da
ou violação dos direitos da criança e do adolescente. prevenção especial outras decorrentes dos princípios por ela
adotados.
Art. 70-A. A União, os Estados, o Distrito Federal e os
Municípios deverão atuar de forma articulada na elaboração Art. 73. A inobservância das normas de prevenção
de políticas públicas e na execução de ações destinadas a coibir importará em responsabilidade da pessoa física ou jurídica,
o uso de castigo físico ou de tratamento cruel ou degradante e nos termos desta Lei.
difundir formas não violentas de educação de crianças e de
adolescentes, tendo como principais ações: (Incluído pela Lei Capítulo II
nº 13.010, de 2014) Da Prevenção Especial
I - a promoção de campanhas educativas permanentes Seção I
para a divulgação do direito da criança e do adolescente de Da informação, Cultura, Lazer, Esportes, Diversões e
serem educados e cuidados sem o uso de castigo físico ou de Espetáculos
tratamento cruel ou degradante e dos instrumentos de
proteção aos direitos humanos; (Incluído pela Lei nº 13.010, Art. 74. O poder público, através do órgão competente,
de 2014) regulará as diversões e espetáculos públicos, informando
II - a integração com os órgãos do Poder Judiciário, do sobre a natureza deles, as faixas etárias a que não se
Ministério Público e da Defensoria Pública, com o Conselho recomendem, locais e horários em que sua apresentação se
Tutelar, com os Conselhos de Direitos da Criança e do mostre inadequada.
Adolescente e com as entidades não governamentais que Parágrafo único. Os responsáveis pelas diversões e
atuam na promoção, proteção e defesa dos direitos da criança espetáculos públicos deverão afixar, em lugar visível e de fácil
e do adolescente; (Incluído pela Lei nº 13.010, de 2014) acesso, à entrada do local de exibição, informação destacada
III - a formação continuada e a capacitação dos sobre a natureza do espetáculo e a faixa etária especificada no
profissionais de saúde, educação e assistência social e dos certificado de classificação.
demais agentes que atuam na promoção, proteção e defesa dos
direitos da criança e do adolescente para o desenvolvimento Art. 75. Toda criança ou adolescente terá acesso às
das competências necessárias à prevenção, à identificação de diversões e espetáculos públicos classificados como
evidências, ao diagnóstico e ao enfrentamento de todas as adequados à sua faixa etária.
formas de violência contra a criança e o adolescente; (Incluído Parágrafo único. As crianças menores de dez anos somente
pela Lei nº 13.010, de 2014) poderão ingressar e permanecer nos locais de apresentação ou
IV - o apoio e o incentivo às práticas de resolução pacífica exibição quando acompanhadas dos pais ou responsável.
de conflitos que envolvam violência contra a criança e o
adolescente; (Incluído pela Lei nº 13.010, de 2014) Art. 76. As emissoras de rádio e televisão somente exibirão,
V - a inclusão, nas políticas públicas, de ações que visem a no horário recomendado para o público infanto juvenil,
garantir os direitos da criança e do adolescente, desde a programas com finalidades educativas, artísticas, culturais e
atenção pré-natal, e de atividades junto aos pais e informativas.
responsáveis com o objetivo de promover a informação, a Parágrafo único. Nenhum espetáculo será apresentado ou
reflexão, o debate e a orientação sobre alternativas ao uso de anunciado sem aviso de sua classificação, antes de sua
castigo físico ou de tratamento cruel ou degradante no transmissão, apresentação ou exibição.
processo educativo; (Incluído pela Lei nº 13.010, de 2014)
VI - a promoção de espaços intersetoriais locais para a Art. 77. Os proprietários, diretores, gerentes e funcionários
articulação de ações e a elaboração de planos de atuação de empresas que explorem a venda ou aluguel de fitas de
conjunta focados nas famílias em situação de violência, com programação em vídeo cuidarão para que não haja venda ou
participação de profissionais de saúde, de assistência social e locação em desacordo com a classificação atribuída pelo órgão
de educação e de órgãos de promoção, proteção e defesa dos competente.
direitos da criança e do adolescente. (Incluído pela Lei nº Parágrafo único. As fitas a que alude este artigo deverão
13.010, de 2014) exibir, no invólucro, informação sobre a natureza da obra e a
Parágrafo único. As famílias com crianças e adolescentes faixa etária a que se destinam.
com deficiência terão prioridade de atendimento nas ações e
políticas públicas de prevenção e proteção. (Incluído pela Lei Art. 78. As revistas e publicações contendo material
nº 13.010, de 2014) impróprio ou inadequado a crianças e adolescentes deverão
ser comercializadas em embalagem lacrada, com a advertência
Art. 70-B. As entidades, públicas e privadas, que atuem nas de seu conteúdo.
áreas a que se refere o art. 71, dentre outras, devem contar, em Parágrafo único. As editoras cuidarão para que as capas
seus quadros, com pessoas capacitadas a reconhecer e que contenham mensagens pornográficas ou obscenas sejam
comunicar ao Conselho Tutelar suspeitas ou casos de maus- protegidas com embalagem opaca.
tratos praticados contra crianças e adolescentes. (Incluído
pela Lei nº 13.046, de 2014) Art. 79. As revistas e publicações destinadas ao público
Parágrafo único. São igualmente responsáveis pela infanto-juvenil não poderão conter ilustrações, fotografias,
comunicação de que trata este artigo, as pessoas encarregadas, legendas, crônicas ou anúncios de bebidas alcoólicas, tabaco,
por razão de cargo, função, ofício, ministério, profissão ou armas e munições, e deverão respeitar os valores éticos e
ocupação, do cuidado, assistência ou guarda de crianças e sociais da pessoa e da família.
adolescentes, punível, na forma deste Estatuto, o injustificado
retardamento ou omissão, culposos ou dolosos. (Incluído pela Art. 80. Os responsáveis por estabelecimentos que
Lei nº 13.046, de 2014) explorem comercialmente bilhar, sinuca ou congênere ou por

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casas de jogos, assim entendidas as que realizem apostas, prevenção e redução de violações de direitos, seus
ainda que eventualmente, cuidarão para que não seja agravamentos ou reincidências; (Redação dada pela Lei nº
permitida a entrada e a permanência de crianças e 13.257, de 2016)
adolescentes no local, afixando aviso para orientação do III - serviços especiais de prevenção e atendimento médico
público. e psicossocial às vítimas de negligência, maus-tratos,
exploração, abuso, crueldade e opressão;
Seção II IV - serviço de identificação e localização de pais,
Dos Produtos e Serviços responsável, crianças e adolescentes desaparecidos;
V - proteção jurídico-social por entidades de defesa dos
Art. 81. É proibida a venda à criança ou ao adolescente de: direitos da criança e do adolescente.
I - armas, munições e explosivos; VI - políticas e programas destinados a prevenir ou
II - bebidas alcoólicas; abreviar o período de afastamento do convívio familiar e a
III - produtos cujos componentes possam causar garantir o efetivo exercício do direito à convivência familiar de
dependência física ou psíquica ainda que por utilização crianças e adolescentes;
indevida; VII - campanhas de estímulo ao acolhimento sob forma de
IV - fogos de estampido e de artifício, exceto aqueles que guarda de crianças e adolescentes afastados do convívio
pelo seu reduzido potencial sejam incapazes de provocar familiar e à adoção, especificamente inter-racial, de crianças
qualquer dano físico em caso de utilização indevida; maiores ou de adolescentes, com necessidades específicas de
V - revistas e publicações a que alude o art. 78; saúde ou com deficiências e de grupos de irmãos.
VI - bilhetes lotéricos e equivalentes.
Art. 88. São diretrizes da política de atendimento:
Art. 82. É proibida a hospedagem de criança ou I - municipalização do atendimento;
adolescente em hotel, motel, pensão ou estabelecimento II - criação de conselhos municipais, estaduais e nacional
congênere, salvo se autorizado ou acompanhado pelos pais ou dos direitos da criança e do adolescente, órgãos deliberativos
responsável. e controladores das ações em todos os níveis, assegurada a
participação popular paritária por meio de organizações
Seção III representativas, segundo leis federal, estaduais e municipais;
Da Autorização para Viajar III - criação e manutenção de programas específicos,
observada a descentralização político-administrativa;
Art. 83. Nenhuma criança poderá viajar para fora da IV - manutenção de fundos nacional, estaduais e
comarca onde reside, desacompanhada dos pais ou municipais vinculados aos respectivos conselhos dos direitos
responsável, sem expressa autorização judicial. da criança e do adolescente;
§ 1º A autorização não será exigida quando: V - integração operacional de órgãos do Judiciário,
a) tratar-se de comarca contígua à da residência da criança, Ministério Público, Defensoria, Segurança Pública e
se na mesma unidade da Federação, ou incluída na mesma Assistência Social, preferencialmente em um mesmo local,
região metropolitana; para efeito de agilização do atendimento inicial a adolescente
b) a criança estiver acompanhada: a quem se atribua autoria de ato infracional;
1) de ascendente ou colateral maior, até o terceiro grau, VI - integração operacional de órgãos do Judiciário,
comprovado documentalmente o parentesco; Ministério Público, Defensoria, Conselho Tutelar e
2) de pessoa maior, expressamente autorizada pelo pai, encarregados da execução das políticas sociais básicas e de
mãe ou responsável. assistência social, para efeito de agilização do atendimento de
§ 2º A autoridade judiciária poderá, a pedido dos pais ou crianças e de adolescentes inseridos em programas de
responsável, conceder autorização válida por dois anos. acolhimento familiar ou institucional, com vista na sua rápida
reintegração à família de origem ou, se tal solução se mostrar
Art. 84. Quando se tratar de viagem ao exterior, a comprovadamente inviável, sua colocação em família
autorização é dispensável, se a criança ou adolescente: substituta, em quaisquer das modalidades previstas no art. 28
I - estiver acompanhado de ambos os pais ou responsável; desta Lei;
II - viajar na companhia de um dos pais, autorizado VII - mobilização da opinião pública para a indispensável
expressamente pelo outro através de documento com firma participação dos diversos segmentos da sociedade.
reconhecida. VIII - especialização e formação continuada dos
profissionais que trabalham nas diferentes áreas da atenção à
Art. 85. Sem prévia e expressa autorização judicial, primeira infância, incluindo os conhecimentos sobre direitos
nenhuma criança ou adolescente nascido em território da criança e sobre desenvolvimento infantil; (Incluído pela Lei
nacional poderá sair do País em companhia de estrangeiro nº 13.257, de 2016)
residente ou domiciliado no exterior. IX - formação profissional com abrangência dos diversos
direitos da criança e do adolescente que favoreça a
PARTE ESPECIAL intersetorialidade no atendimento da criança e do adolescente
TÍTULO I e seu desenvolvimento integral; (Incluído pela Lei nº 13.257,
Da Política de Atendimento de 2016)
Capítulo I X - realização e divulgação de pesquisas sobre
Disposições Gerais desenvolvimento infantil e sobre prevenção da violência.
(Incluído pela Lei nº 13.257, de 2016)
Art. 86. A política de atendimento dos direitos da criança e
do adolescente far-se-á através de um conjunto articulado de Art. 89. A função de membro do conselho nacional e dos
ações governamentais e não-governamentais, da União, dos conselhos estaduais e municipais dos direitos da criança e do
estados, do Distrito Federal e dos municípios. adolescente é considerada de interesse público relevante e não
Art. 87. São linhas de ação da política de atendimento: será remunerada.
I - políticas sociais básicas;
II - serviços, programas, projetos e benefícios de
assistência social de garantia de proteção social e de

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Capítulo II Art. 92. As entidades que desenvolvam programas de


Das Entidades de Atendimento acolhimento familiar ou institucional deverão adotar os
Seção I seguintes princípios:
Disposições Gerais I - preservação dos vínculos familiares e promoção da
reintegração familiar;
Art. 90. As entidades de atendimento são responsáveis pela II - integração em família substituta, quando esgotados os
manutenção das próprias unidades, assim como pelo recursos de manutenção na família natural ou extensa;
planejamento e execução de programas de proteção e III - atendimento personalizado e em pequenos grupos;
socioeducativos destinados a crianças e adolescentes, em IV - desenvolvimento de atividades em regime de
regime de: coeducação;
I - orientação e apoio sócio-familiar; V - não desmembramento de grupos de irmãos;
II - apoio socioeducativo em meio aberto; VI - evitar, sempre que possível, a transferência para
III - colocação familiar; outras entidades de crianças e adolescentes abrigados;
IV - acolhimento institucional; VII - participação na vida da comunidade local;
V - prestação de serviços à comunidade; VIII - preparação gradativa para o desligamento;
VI - liberdade assistida; IX - participação de pessoas da comunidade no processo
VII - semiliberdade; e educativo.
VIII - internação. § 1º O dirigente de entidade que desenvolve programa de
§ 1º As entidades governamentais e não governamentais acolhimento institucional é equiparado ao guardião, para
deverão proceder à inscrição de seus programas, todos os efeitos de direito.
especificando os regimes de atendimento, na forma definida § 2º Os dirigentes de entidades que desenvolvem
neste artigo, no Conselho Municipal dos Direitos da Criança e programas de acolhimento familiar ou institucional remeterão
do Adolescente, o qual manterá registro das inscrições e de à autoridade judiciária, no máximo a cada 6 (seis) meses,
suas alterações, do que fará comunicação ao Conselho Tutelar relatório circunstanciado acerca da situação de cada criança
e à autoridade judiciária. ou adolescente acolhido e sua família, para fins da reavaliação
§ 2º Os recursos destinados à implementação e prevista no § 1o do art. 19 desta Lei.
manutenção dos programas relacionados neste artigo serão § 3º Os entes federados, por intermédio dos Poderes
previstos nas dotações orçamentárias dos órgãos públicos Executivo e Judiciário, promoverão conjuntamente a
encarregados das áreas de Educação, Saúde e Assistência permanente qualificação dos profissionais que atuam direta
Social, dentre outros, observando-se o princípio da prioridade ou indiretamente em programas de acolhimento institucional
absoluta à criança e ao adolescente preconizado pelo caput do e destinados à colocação familiar de crianças e adolescentes,
art. 227 da Constituição Federal e pelo caput e parágrafo único incluindo membros do Poder Judiciário, Ministério Público e
do art. 4o desta Lei. Conselho Tutelar.
§ 3º Os programas em execução serão reavaliados pelo § 4º Salvo determinação em contrário da autoridade
Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente, judiciária competente, as entidades que desenvolvem
no máximo, a cada 2 (dois) anos, constituindo-se critérios para programas de acolhimento familiar ou institucional, se
renovação da autorização de funcionamento: necessário com o auxílio do Conselho Tutelar e dos órgãos de
I - o efetivo respeito às regras e princípios desta Lei, bem assistência social, estimularão o contato da criança ou
como às resoluções relativas à modalidade de atendimento adolescente com seus pais e parentes, em cumprimento ao
prestado expedidas pelos Conselhos de Direitos da Criança e disposto nos incisos I e VIII do caput deste artigo.
do Adolescente, em todos os níveis; § 5º As entidades que desenvolvem programas de
II - a qualidade e eficiência do trabalho desenvolvido, acolhimento familiar ou institucional somente poderão
atestadas pelo Conselho Tutelar, pelo Ministério Público e pela receber recursos públicos se comprovado o atendimento dos
Justiça da Infância e da Juventude; princípios, exigências e finalidades desta Lei.
III - em se tratando de programas de acolhimento § 6º O descumprimento das disposições desta Lei pelo
institucional ou familiar, serão considerados os índices de dirigente de entidade que desenvolva programas de
sucesso na reintegração familiar ou de adaptação à família acolhimento familiar ou institucional é causa de sua
substituta, conforme o caso. destituição, sem prejuízo da apuração de sua responsabilidade
administrativa, civil e criminal.
Art. 91. As entidades não-governamentais somente § 7º Quando se tratar de criança de 0 (zero) a 3 (três) anos
poderão funcionar depois de registradas no Conselho em acolhimento institucional, dar-se-á especial atenção à
Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente, o qual atuação de educadores de referência estáveis e
comunicará o registro ao Conselho Tutelar e à autoridade qualitativamente significativos, às rotinas específicas e ao
judiciária da respectiva localidade. atendimento das necessidades básicas, incluindo as de afeto
§ 1º Será negado o registro à entidade que: como prioritárias. (Incluído pela Lei nº 13.257, de 2016)
a) não ofereça instalações físicas em condições adequadas
de habitabilidade, higiene, salubridade e segurança; Art. 93. As entidades que mantenham programa de
b) não apresente plano de trabalho compatível com os acolhimento institucional poderão, em caráter excepcional e
princípios desta Lei; de urgência, acolher crianças e adolescentes sem prévia
c) esteja irregularmente constituída; determinação da autoridade competente, fazendo
d) tenha em seus quadros pessoas inidôneas. comunicação do fato em até 24 (vinte e quatro) horas ao Juiz
e) não se adequar ou deixar de cumprir as resoluções e da Infância e da Juventude, sob pena de responsabilidade.
deliberações relativas à modalidade de atendimento prestado Parágrafo único. Recebida a comunicação, a autoridade
expedidas pelos Conselhos de Direitos da Criança e do judiciária, ouvido o Ministério Público e se necessário com o
Adolescente, em todos os níveis. apoio do Conselho Tutelar local, tomará as medidas
§ 2º O registro terá validade máxima de 4 (quatro) anos, necessárias para promover a imediata reintegração familiar da
cabendo ao Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do criança ou do adolescente ou, se por qualquer razão não for
Adolescente, periodicamente, reavaliar o cabimento de sua isso possível ou recomendável, para seu encaminhamento a
renovação, observado o disposto no § 1o deste artigo. programa de acolhimento familiar, institucional ou a família
substituta, observado o disposto no § 2o do art. 101 desta Lei.

Legislação 20
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Art. 94. As entidades que desenvolvem programas de Art. 96. Os planos de aplicação e as prestações de contas
internação têm as seguintes obrigações, entre outras: serão apresentados ao estado ou ao município, conforme a
I - observar os direitos e garantias de que são titulares os origem das dotações orçamentárias.
adolescentes;
II - não restringir nenhum direito que não tenha sido Art. 97. São medidas aplicáveis às entidades de
objeto de restrição na decisão de internação; atendimento que descumprirem obrigação constante do art.
III - oferecer atendimento personalizado, em pequenas 94, sem prejuízo da responsabilidade civil e criminal de seus
unidades e grupos reduzidos; dirigentes ou prepostos:
IV - preservar a identidade e oferecer ambiente de respeito I - às entidades governamentais:
e dignidade ao adolescente; a) advertência;
V - diligenciar no sentido do restabelecimento e da b) afastamento provisório de seus dirigentes;
preservação dos vínculos familiares; c) afastamento definitivo de seus dirigentes;
VI - comunicar à autoridade judiciária, periodicamente, os d) fechamento de unidade ou interdição de programa.
casos em que se mostre inviável ou impossível o reatamento II - às entidades não-governamentais:
dos vínculos familiares; a) advertência;
VII - oferecer instalações físicas em condições adequadas b) suspensão total ou parcial do repasse de verbas
de habitabilidade, higiene, salubridade e segurança e os públicas;
objetos necessários à higiene pessoal; c) interdição de unidades ou suspensão de programa;
VIII - oferecer vestuário e alimentação suficientes e d) cassação do registro.
adequados à faixa etária dos adolescentes atendidos; § 1º Em caso de reiteradas infrações cometidas por
IX - oferecer cuidados médicos, psicológicos, entidades de atendimento, que coloquem em risco os direitos
odontológicos e farmacêuticos; assegurados nesta Lei, deverá ser o fato comunicado ao
X - propiciar escolarização e profissionalização; Ministério Público ou representado perante autoridade
XI - propiciar atividades culturais, esportivas e de lazer; judiciária competente para as providências cabíveis, inclusive
XII - propiciar assistência religiosa àqueles que desejarem, suspensão das atividades ou dissolução da entidade.
de acordo com suas crenças; § 2º As pessoas jurídicas de direito público e as
XIII - proceder a estudo social e pessoal de cada caso; organizações não governamentais responderão pelos danos
XIV - reavaliar periodicamente cada caso, com intervalo que seus agentes causarem às crianças e aos adolescentes,
máximo de seis meses, dando ciência dos resultados à caracterizado o descumprimento dos princípios norteadores
autoridade competente; das atividades de proteção específica.
XV - informar, periodicamente, o adolescente internado
sobre sua situação processual; Título II
XVI - comunicar às autoridades competentes todos os Das Medidas de Proteção
casos de adolescentes portadores de moléstias Capítulo I
infectocontagiosas; Disposições Gerais
XVII - fornecer comprovante de depósito dos pertences dos
adolescentes; Art. 98. As medidas de proteção à criança e ao adolescente
XVIII - manter programas destinados ao apoio e são aplicáveis sempre que os direitos reconhecidos nesta Lei
acompanhamento de egressos; forem ameaçados ou violados:
XIX - providenciar os documentos necessários ao exercício I - por ação ou omissão da sociedade ou do Estado;
da cidadania àqueles que não os tiverem; II - por falta, omissão ou abuso dos pais ou responsável;
XX - manter arquivo de anotações onde constem data e III - em razão de sua conduta.
circunstâncias do atendimento, nome do adolescente, seus
pais ou responsável, parentes, endereços, sexo, idade, Capítulo II
acompanhamento da sua formação, relação de seus pertences Das Medidas Específicas de Proteção
e demais dados que possibilitem sua identificação e a
individualização do atendimento. Art. 99. As medidas previstas neste Capítulo poderão ser
§ 1º Aplicam-se, no que couber, as obrigações constantes aplicadas isolada ou cumulativamente, bem como substituídas
deste artigo às entidades que mantêm programas de a qualquer tempo.
acolhimento institucional e familiar.
§ 2º No cumprimento das obrigações a que alude este Art. 100. Na aplicação das medidas levar-se-ão em conta as
artigo as entidades utilizarão preferencialmente os recursos necessidades pedagógicas, preferindo-se aquelas que visem ao
da comunidade. fortalecimento dos vínculos familiares e comunitários.
Parágrafo único. São também princípios que regem a
Art. 94-A. As entidades, públicas ou privadas, que aplicação das medidas:
abriguem ou recepcionem crianças e adolescentes, ainda que I - condição da criança e do adolescente como sujeitos de
em caráter temporário, devem ter, em seus quadros, direitos: crianças e adolescentes são os titulares dos direitos
profissionais capacitados a reconhecer e reportar ao Conselho previstos nesta e em outras Leis, bem como na Constituição
Tutelar suspeitas ou ocorrências de maus-tratos. (Incluído Federal;
pela Lei nº 13.046, de 2014) II - proteção integral e prioritária: a interpretação e
aplicação de toda e qualquer norma contida nesta Lei deve ser
Seção II voltada à proteção integral e prioritária dos direitos de que
Da Fiscalização das Entidades crianças e adolescentes são titulares;
III - responsabilidade primária e solidária do poder
Art. 95. As entidades governamentais e não- público: a plena efetivação dos direitos assegurados a crianças
governamentais referidas no art. 90 serão fiscalizadas pelo e a adolescentes por esta Lei e pela Constituição Federal, salvo
Judiciário, pelo Ministério Público e pelos Conselhos Tutelares. nos casos por esta expressamente ressalvados, é de
responsabilidade primária e solidária das 3 (três) esferas de
governo, sem prejuízo da municipalização do atendimento e

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da possibilidade da execução de programas por entidades não providências a que alude o art. 130 desta Lei, o afastamento da
governamentais; criança ou adolescente do convívio familiar é de competência
IV - interesse superior da criança e do adolescente: a exclusiva da autoridade judiciária e importará na deflagração,
intervenção deve atender prioritariamente aos interesses e a pedido do Ministério Público ou de quem tenha legítimo
direitos da criança e do adolescente, sem prejuízo da interesse, de procedimento judicial contencioso, no qual se
consideração que for devida a outros interesses legítimos no garanta aos pais ou ao responsável legal o exercício do
âmbito da pluralidade dos interesses presentes no caso contraditório e da ampla defesa.
concreto; § 3º Crianças e adolescentes somente poderão ser
V - privacidade: a promoção dos direitos e proteção da encaminhados às instituições que executam programas de
criança e do adolescente deve ser efetuada no respeito pela acolhimento institucional, governamentais ou não, por meio
intimidade, direito à imagem e reserva da sua vida privada; de uma Guia de Acolhimento, expedida pela autoridade
VI - intervenção precoce: a intervenção das autoridades judiciária, na qual obrigatoriamente constará, dentre outros:
competentes deve ser efetuada logo que a situação de perigo I - sua identificação e a qualificação completa de seus pais
seja conhecida; ou de seu responsável, se conhecidos;
VII - intervenção mínima: a intervenção deve ser exercida II - o endereço de residência dos pais ou do responsável,
exclusivamente pelas autoridades e instituições cuja ação seja com pontos de referência;
indispensável à efetiva promoção dos direitos e à proteção da III - os nomes de parentes ou de terceiros interessados em
criança e do adolescente; tê-los sob sua guarda;
VIII - proporcionalidade e atualidade: a intervenção deve IV - os motivos da retirada ou da não reintegração ao
ser a necessária e adequada à situação de perigo em que a convívio familiar.
criança ou o adolescente se encontram no momento em que a § 4º Imediatamente após o acolhimento da criança ou do
decisão é tomada; adolescente, a entidade responsável pelo programa de
IX - responsabilidade parental: a intervenção deve ser acolhimento institucional ou familiar elaborará um plano
efetuada de modo que os pais assumam os seus deveres para individual de atendimento, visando à reintegração familiar,
com a criança e o adolescente; ressalvada a existência de ordem escrita e fundamentada em
X - prevalência da família: na promoção de direitos e na contrário de autoridade judiciária competente, caso em que
proteção da criança e do adolescente deve ser dada também deverá contemplar sua colocação em família
prevalência às medidas que os mantenham ou reintegrem na substituta, observadas as regras e princípios desta Lei.
sua família natural ou extensa ou, se isto não for possível, que § 5º O plano individual será elaborado sob a
promovam a sua integração em família substituta; responsabilidade da equipe técnica do respectivo programa de
XI - obrigatoriedade da informação: a criança e o atendimento e levará em consideração a opinião da criança ou
adolescente, respeitado seu estágio de desenvolvimento e do adolescente e a oitiva dos pais ou do responsável.
capacidade de compreensão, seus pais ou responsável devem § 6º Constarão do plano individual, dentre outros:
ser informados dos seus direitos, dos motivos que I - os resultados da avaliação interdisciplinar;
determinaram a intervenção e da forma como esta se processa; II - os compromissos assumidos pelos pais ou responsável;
XII - oitiva obrigatória e participação: a criança e o e
adolescente, em separado ou na companhia dos pais, de III - a previsão das atividades a serem desenvolvidas com
responsável ou de pessoa por si indicada, bem como os seus a criança ou com o adolescente acolhido e seus pais ou
pais ou responsável, têm direito a ser ouvidos e a participar responsável, com vista na reintegração familiar ou, caso seja
nos atos e na definição da medida de promoção dos direitos e esta vedada por expressa e fundamentada determinação
de proteção, sendo sua opinião devidamente considerada pela judicial, as providências a serem tomadas para sua colocação
autoridade judiciária competente, observado o disposto nos §§ em família substituta, sob direta supervisão da autoridade
1o e 2o do art. 28 desta Lei. judiciária.
§ 7º O acolhimento familiar ou institucional ocorrerá no
Art. 101. Verificada qualquer das hipóteses previstas no local mais próximo à residência dos pais ou do responsável e,
art. 98, a autoridade competente poderá determinar, dentre como parte do processo de reintegração familiar, sempre que
outras, as seguintes medidas: identificada a necessidade, a família de origem será incluída
I - encaminhamento aos pais ou responsável, mediante em programas oficiais de orientação, de apoio e de promoção
termo de responsabilidade; social, sendo facilitado e estimulado o contato com a criança
II - orientação, apoio e acompanhamento temporários; ou com o adolescente acolhido.
III - matrícula e frequência obrigatórias em § 8º Verificada a possibilidade de reintegração familiar, o
estabelecimento oficial de ensino fundamental; responsável pelo programa de acolhimento familiar ou
IV - inclusão em serviços e programas oficiais ou institucional fará imediata comunicação à autoridade
comunitários de proteção, apoio e promoção da família, da judiciária, que dará vista ao Ministério Público, pelo prazo de
criança e do adolescente; (Redação dada pela Lei nº 13.257, de 5 (cinco) dias, decidindo em igual prazo.
2016) § 9º Em sendo constatada a impossibilidade de
V - requisição de tratamento médico, psicológico ou reintegração da criança ou do adolescente à família de origem,
psiquiátrico, em regime hospitalar ou ambulatorial; após seu encaminhamento a programas oficiais ou
VI - inclusão em programa oficial ou comunitário de comunitários de orientação, apoio e promoção social, será
auxílio, orientação e tratamento a alcoólatras e toxicômanos; enviado relatório fundamentado ao Ministério Público, no qual
VII - acolhimento institucional; conste a descrição pormenorizada das providências tomadas e
VIII - inclusão em programa de acolhimento familiar; a expressa recomendação, subscrita pelos técnicos da entidade
IX - colocação em família substituta. ou responsáveis pela execução da política municipal de
§ 1º O acolhimento institucional e o acolhimento familiar garantia do direito à convivência familiar, para a destituição
são medidas provisórias e excepcionais, utilizáveis como do poder familiar, ou destituição de tutela ou guarda.
forma de transição para reintegração familiar ou, não sendo § 10. Recebido o relatório, o Ministério Público terá o
esta possível, para colocação em família substituta, não prazo de 30 (trinta) dias para o ingresso com a ação de
implicando privação de liberdade. destituição do poder familiar, salvo se entender necessária a
§ 2º Sem prejuízo da tomada de medidas emergenciais realização de estudos complementares ou outras providências
para proteção de vítimas de violência ou abuso sexual e das que entender indispensáveis ao ajuizamento da demanda.

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§ 11. A autoridade judiciária manterá, em cada comarca ou Art. 107. A apreensão de qualquer adolescente e o local
foro regional, um cadastro contendo informações atualizadas onde se encontra recolhido serão incontinenti comunicados à
sobre as crianças e adolescentes em regime de acolhimento autoridade judiciária competente e à família do apreendido ou
familiar e institucional sob sua responsabilidade, com à pessoa por ele indicada.
informações pormenorizadas sobre a situação jurídica de cada Parágrafo único. Examinar-se-á, desde logo e sob pena de
um, bem como as providências tomadas para sua reintegração responsabilidade, a possibilidade de liberação imediata.
familiar ou colocação em família substituta, em qualquer das
modalidades previstas no art. 28 desta Lei. Art. 108. A internação, antes da sentença, pode ser
§ 12. Terão acesso ao cadastro o Ministério Público, o determinada pelo prazo máximo de quarenta e cinco dias.
Conselho Tutelar, o órgão gestor da Assistência Social e os Parágrafo único. A decisão deverá ser fundamentada e
Conselhos Municipais dos Direitos da Criança e do Adolescente basear-se em indícios suficientes de autoria e materialidade,
e da Assistência Social, aos quais incumbe deliberar sobre a demonstrada a necessidade imperiosa da medida.
implementação de políticas públicas que permitam reduzir o
número de crianças e adolescentes afastados do convívio Art. 109. O adolescente civilmente identificado não será
familiar e abreviar o período de permanência em programa de submetido a identificação compulsória pelos órgãos policiais,
acolhimento. de proteção e judiciais, salvo para efeito de confrontação,
havendo dúvida fundada.
Art. 102. As medidas de proteção de que trata este Capítulo
serão acompanhadas da regularização do registro civil. Capítulo III
§ 1º Verificada a inexistência de registro anterior, o Das Garantias Processuais
assento de nascimento da criança ou adolescente será feito à
vista dos elementos disponíveis, mediante requisição da Art. 110. Nenhum adolescente será privado de sua
autoridade judiciária. liberdade sem o devido processo legal.
§ 2º Os registros e certidões necessários à regularização de
que trata este artigo são isentos de multas, custas e Art. 111. São asseguradas ao adolescente, entre outras, as
emolumentos, gozando de absoluta prioridade. seguintes garantias:
§ 3º Caso ainda não definida a paternidade, será deflagrado I - pleno e formal conhecimento da atribuição de ato
procedimento específico destinado à sua averiguação, infracional, mediante citação ou meio equivalente;
conforme previsto pela Lei no 8.560, de 29 de dezembro de II - igualdade na relação processual, podendo confrontar-
1992. se com vítimas e testemunhas e produzir todas as provas
§ 4º Nas hipóteses previstas no § 3o deste artigo, é necessárias à sua defesa;
dispensável o ajuizamento de ação de investigação de III - defesa técnica por advogado;
paternidade pelo Ministério Público se, após o não IV - assistência judiciária gratuita e integral aos
comparecimento ou a recusa do suposto pai em assumir a necessitados, na forma da lei;
paternidade a ele atribuída, a criança for encaminhada para V - direito de ser ouvido pessoalmente pela autoridade
adoção. competente;
§ 5º Os registros e certidões necessários à inclusão, a VI - direito de solicitar a presença de seus pais ou
qualquer tempo, do nome do pai no assento de nascimento são responsável em qualquer fase do procedimento.
isentos de multas, custas e emolumentos, gozando de absoluta
prioridade. (Incluído dada pela Lei nº 13.257, de 2016) Capítulo IV
§ 6º São gratuitas, a qualquer tempo, a averbação Das Medidas Socioeducativas
requerida do reconhecimento de paternidade no assento de Seção I
nascimento e a certidão correspondente. (Incluído dada pela Disposições Gerais
Lei nº 13.257, de 2016)
Art. 112. Verificada a prática de ato infracional, a
Título III autoridade competente poderá aplicar ao adolescente as
Da Prática de Ato Infracional seguintes medidas:
Capítulo I I - advertência;
Disposições Gerais II - obrigação de reparar o dano;
III - prestação de serviços à comunidade;
Art. 103. Considera-se ato infracional a conduta descrita IV - liberdade assistida;
como crime ou contravenção penal. V - inserção em regime de semiliberdade;
VI - internação em estabelecimento educacional;
Art. 104. São penalmente inimputáveis os menores de VII - qualquer uma das previstas no art. 101, I a VI.
dezoito anos, sujeitos às medidas previstas nesta Lei. § 1º A medida aplicada ao adolescente levará em conta a
Parágrafo único. Para os efeitos desta Lei, deve ser sua capacidade de cumpri-la, as circunstâncias e a gravidade
considerada a idade do adolescente à data do fato. da infração.
§ 2º Em hipótese alguma e sob pretexto algum, será
Art. 105. Ao ato infracional praticado por criança admitida a prestação de trabalho forçado.
corresponderão as medidas previstas no art. 101. § 3º Os adolescentes portadores de doença ou deficiência
mental receberão tratamento individual e especializado, em
Capítulo II local adequado às suas condições.
Dos Direitos Individuais
Art. 113. Aplica-se a este Capítulo o disposto nos arts. 99 e
Art. 106. Nenhum adolescente será privado de sua 100.
liberdade senão em flagrante de ato infracional ou por ordem
escrita e fundamentada da autoridade judiciária competente. Art. 114. A imposição das medidas previstas nos incisos II
Parágrafo único. O adolescente tem direito à identificação a VI do art. 112 pressupõe a existência de provas suficientes
dos responsáveis pela sua apreensão, devendo ser informado da autoria e da materialidade da infração, ressalvada a
acerca de seus direitos. hipótese de remissão, nos termos do art. 127.

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Parágrafo único. A advertência poderá ser aplicada sempre § 1º São obrigatórias a escolarização e a profissionalização,
que houver prova da materialidade e indícios suficientes da devendo, sempre que possível, ser utilizados os recursos
autoria. existentes na comunidade.
§ 2º A medida não comporta prazo determinado
Seção II aplicando-se, no que couber, as disposições relativas à
Da Advertência internação.

Art. 115. A advertência consistirá em admoestação verbal, Seção VII


que será reduzida a termo e assinada. Da Internação

Seção III Art. 121. A internação constitui medida privativa da


Da Obrigação de Reparar o Dano liberdade, sujeita aos princípios de brevidade,
excepcionalidade e respeito à condição peculiar de pessoa em
Art. 116. Em se tratando de ato infracional com reflexos desenvolvimento.
patrimoniais, a autoridade poderá determinar, se for o caso, § 1º Será permitida a realização de atividades externas, a
que o adolescente restitua a coisa, promova o ressarcimento critério da equipe técnica da entidade, salvo expressa
do dano, ou, por outra forma, compense o prejuízo da vítima. determinação judicial em contrário.
Parágrafo único. Havendo manifesta impossibilidade, a § 2º A medida não comporta prazo determinado, devendo
medida poderá ser substituída por outra adequada. sua manutenção ser reavaliada, mediante decisão
fundamentada, no máximo a cada seis meses.
Seção IV § 3º Em nenhuma hipótese o período máximo de
Da Prestação de Serviços à Comunidade internação excederá a três anos.
§ 4º Atingido o limite estabelecido no parágrafo anterior, o
Art. 117. A prestação de serviços comunitários consiste na adolescente deverá ser liberado, colocado em regime de
realização de tarefas gratuitas de interesse geral, por período semiliberdade ou de liberdade assistida.
não excedente a seis meses, junto a entidades assistenciais, § 5º A liberação será compulsória aos vinte e um anos de
hospitais, escolas e outros estabelecimentos congêneres, bem idade.
como em programas comunitários ou governamentais. § 6º Em qualquer hipótese a desinternação será precedida
Parágrafo único. As tarefas serão atribuídas conforme as de autorização judicial, ouvido o Ministério Público.
aptidões do adolescente, devendo ser cumpridas durante § 7º A determinação judicial mencionada no § 1o poderá
jornada máxima de oito horas semanais, aos sábados, ser revista a qualquer tempo pela autoridade judiciária.
domingos e feriados ou em dias úteis, de modo a não (Incluído pela Lei nº 12.594, de 2012) (Vide)
prejudicar a frequência à escola ou à jornada normal de
trabalho. Art. 122. A medida de internação só poderá ser aplicada
quando:
Seção V I - tratar-se de ato infracional cometido mediante grave
Da Liberdade Assistida ameaça ou violência a pessoa;
II - por reiteração no cometimento de outras infrações
Art. 118. A liberdade assistida será adotada sempre que se graves;
afigurar a medida mais adequada para o fim de acompanhar, III - por descumprimento reiterado e injustificável da
auxiliar e orientar o adolescente. medida anteriormente imposta.
§ 1º A autoridade designará pessoa capacitada para § 1º O prazo de internação na hipótese do inciso III deste
acompanhar o caso, a qual poderá ser recomendada por artigo não poderá ser superior a 3 (três) meses, devendo ser
entidade ou programa de atendimento. decretada judicialmente após o devido processo legal.
§ 2º A liberdade assistida será fixada pelo prazo mínimo de (Redação dada pela Lei nº 12.594, de 2012) (Vide)
seis meses, podendo a qualquer tempo ser prorrogada, § 2º. Em nenhuma hipótese será aplicada a internação,
revogada ou substituída por outra medida, ouvido o havendo outra medida adequada.
orientador, o Ministério Público e o defensor.
Art. 123. A internação deverá ser cumprida em entidade
Art. 119. Incumbe ao orientador, com o apoio e a exclusiva para adolescentes, em local distinto daquele
supervisão da autoridade competente, a realização dos destinado ao abrigo, obedecida rigorosa separação por
seguintes encargos, entre outros: critérios de idade, compleição física e gravidade da infração.
I - promover socialmente o adolescente e sua família, Parágrafo único. Durante o período de internação,
fornecendo-lhes orientação e inserindo-os, se necessário, em inclusive provisória, serão obrigatórias atividades
programa oficial ou comunitário de auxílio e assistência social; pedagógicas.
II - supervisionar a frequência e o aproveitamento escolar
do adolescente, promovendo, inclusive, sua matrícula; Art. 124. São direitos do adolescente privado de liberdade,
III - diligenciar no sentido da profissionalização do entre outros, os seguintes:
adolescente e de sua inserção no mercado de trabalho; I - entrevistar-se pessoalmente com o representante do
IV - apresentar relatório do caso. Ministério Público;
II - peticionar diretamente a qualquer autoridade;
Seção VI III - avistar-se reservadamente com seu defensor;
Do Regime de Semiliberdade IV - ser informado de sua situação processual, sempre que
solicitada;
Art. 120. O regime de semiliberdade pode ser determinado V - ser tratado com respeito e dignidade;
desde o início, ou como forma de transição para o meio aberto, VI - permanecer internado na mesma localidade ou
possibilitada a realização de atividades externas, naquela mais próxima ao domicílio de seus pais ou
independentemente de autorização judicial. responsável;
VII - receber visitas, ao menos, semanalmente;
VIII - corresponder-se com seus familiares e amigos;

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IX - ter acesso aos objetos necessários à higiene e asseio X - suspensão ou destituição do poder familiar.
pessoal; Parágrafo único. Na aplicação das medidas previstas nos
X - habitar alojamento em condições adequadas de higiene incisos IX e X deste artigo, observar-se-á o disposto nos arts.
e salubridade; 23 e 24.
XI - receber escolarização e profissionalização;
XII - realizar atividades culturais, esportivas e de lazer: Art. 130. Verificada a hipótese de maus-tratos, opressão ou
XIII - ter acesso aos meios de comunicação social; abuso sexual impostos pelos pais ou responsável, a autoridade
XIV - receber assistência religiosa, segundo a sua crença, e judiciária poderá determinar, como medida cautelar, o
desde que assim o deseje; afastamento do agressor da moradia comum.
XV - manter a posse de seus objetos pessoais e dispor de Parágrafo único. Da medida cautelar constará, ainda, a
local seguro para guardá-los, recebendo comprovante fixação provisória dos alimentos de que necessitem a criança
daqueles porventura depositados em poder da entidade; ou o adolescente dependentes do agressor. (Incluído pela Lei
XVI - receber, quando de sua desinternação, os nº 12.415, de 2011)
documentos pessoais indispensáveis à vida em sociedade.
§ 1º Em nenhum caso haverá incomunicabilidade. Título V
§ 2º A autoridade judiciária poderá suspender Do Conselho Tutelar
temporariamente a visita, inclusive de pais ou responsável, se Capítulo I
existirem motivos sérios e fundados de sua prejudicialidade Disposições Gerais
aos interesses do adolescente.
Art. 131. O Conselho Tutelar é órgão permanente e
Art. 125. É dever do Estado zelar pela integridade física e autônomo, não jurisdicional, encarregado pela sociedade de
mental dos internos, cabendo-lhe adotar as medidas zelar pelo cumprimento dos direitos da criança e do
adequadas de contenção e segurança. adolescente, definidos nesta Lei.

Capítulo V Art. 132. Em cada Município e em cada Região


Da Remissão Administrativa do Distrito Federal haverá, no mínimo, 1 (um)
Conselho Tutelar como órgão integrante da administração
Art. 126. Antes de iniciado o procedimento judicial para pública local, composto de 5 (cinco) membros, escolhidos pela
apuração de ato infracional, o representante do Ministério população local para mandato de 4 (quatro) anos, permitida 1
Público poderá conceder a remissão, como forma de exclusão (uma) recondução, mediante novo processo de escolha.
do processo, atendendo às circunstâncias e consequências do (Redação dada pela Lei nº 12.696, de 2012)
fato, ao contexto social, bem como à personalidade do
adolescente e sua maior ou menor participação no ato Art. 133. Para a candidatura a membro do Conselho
infracional. Tutelar, serão exigidos os seguintes requisitos:
Parágrafo único. Iniciado o procedimento, a concessão da I - reconhecida idoneidade moral;
remissão pela autoridade judiciária importará na suspensão II - idade superior a vinte e um anos;
ou extinção do processo. III - residir no município.

Art. 127. A remissão não implica necessariamente o Art. 134. Lei municipal ou distrital disporá sobre o local,
reconhecimento ou comprovação da responsabilidade, nem dia e horário de funcionamento do Conselho Tutelar, inclusive
prevalece para efeito de antecedentes, podendo incluir quanto à remuneração dos respectivos membros, aos quais é
eventualmente a aplicação de qualquer das medidas previstas assegurado o direito a: (Redação dada pela Lei nº 12.696, de
em lei, exceto a colocação em regime de semiliberdade e a 2012)
internação. I - cobertura previdenciária; (Incluído pela Lei nº 12.696,
de 2012)
Art. 128. A medida aplicada por força da remissão poderá II - gozo de férias anuais remuneradas, acrescidas de 1/3
ser revista judicialmente, a qualquer tempo, mediante pedido (um terço) do valor da remuneração mensal; (Incluído pela Lei
expresso do adolescente ou de seu representante legal, ou do nº 12.696, de 2012)
Ministério Público. III - licença-maternidade; (Incluído pela Lei nº 12.696, de
2012)
Título IV IV - licença-paternidade; (Incluído pela Lei nº 12.696, de
Das Medidas Pertinentes aos Pais ou Responsável 2012)
V - gratificação natalina. (Incluído pela Lei nº 12.696, de
Art. 129. São medidas aplicáveis aos pais ou responsável: 2012)
I - encaminhamento a serviços e programas oficiais ou Parágrafo único. Constará da lei orçamentária municipal e
comunitários de proteção, apoio e promoção da família; da do Distrito Federal previsão dos recursos necessários ao
(Redação dada pela Lei nº 13.257, de 2016) funcionamento do Conselho Tutelar e à remuneração e
II - inclusão em programa oficial ou comunitário de auxílio, formação continuada dos conselheiros tutelares. (Redação
orientação e tratamento a alcoólatras e toxicômanos; dada pela Lei nº 12.696, de 2012)
III - encaminhamento a tratamento psicológico ou
psiquiátrico; Art. 135. O exercício efetivo da função de conselheiro
IV - encaminhamento a cursos ou programas de constituirá serviço público relevante e estabelecerá presunção
orientação; de idoneidade moral. (Redação dada pela Lei nº 12.696, de
V - obrigação de matricular o filho ou pupilo e acompanhar 2012)
sua frequência e aproveitamento escolar;
VI - obrigação de encaminhar a criança ou adolescente a Capítulo II
tratamento especializado; Das Atribuições do Conselho
VII - advertência;
VIII - perda da guarda; Art. 136. São atribuições do Conselho Tutelar:
IX - destituição da tutela;

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I - atender as crianças e adolescentes nas hipóteses § 3º No processo de escolha dos membros do Conselho
previstas nos arts. 98 e 105, aplicando as medidas previstas no Tutelar, é vedado ao candidato doar, oferecer, prometer ou
art. 101, I a VII; entregar ao eleitor bem ou vantagem pessoal de qualquer
II - atender e aconselhar os pais ou responsável, aplicando natureza, inclusive brindes de pequeno valor. (Incluído pela
as medidas previstas no art. 129, I a VII; Lei nº 12.696, de 2012)
III - promover a execução de suas decisões, podendo para
tanto: Capítulo V
a) requisitar serviços públicos nas áreas de saúde, Dos Impedimentos
educação, serviço social, previdência, trabalho e segurança;
b) representar junto à autoridade judiciária nos casos de Art. 140. São impedidos de servir no mesmo Conselho
descumprimento injustificado de suas deliberações. marido e mulher, ascendentes e descendentes, sogro e genro
IV - encaminhar ao Ministério Público notícia de fato que ou nora, irmãos, cunhados, durante o cunhadio, tio e sobrinho,
constitua infração administrativa ou penal contra os direitos padrasto ou madrasta e enteado.
da criança ou adolescente; Parágrafo único. Estende-se o impedimento do
V - encaminhar à autoridade judiciária os casos de sua conselheiro, na forma deste artigo, em relação à autoridade
competência; judiciária e ao representante do Ministério Público com
VI - providenciar a medida estabelecida pela autoridade atuação na Justiça da Infância e da Juventude, em exercício na
judiciária, dentre as previstas no art. 101, de I a VI, para o comarca, foro regional ou distrital.
adolescente autor de ato infracional;
VII - expedir notificações; Título VI
VIII - requisitar certidões de nascimento e de óbito de Do Acesso à Justiça
criança ou adolescente quando necessário; Capítulo I
IX - assessorar o Poder Executivo local na elaboração da Disposições Gerais
proposta orçamentária para planos e programas de
atendimento dos direitos da criança e do adolescente; Art. 141. É garantido o acesso de toda criança ou
X - representar, em nome da pessoa e da família, contra a adolescente à Defensoria Pública, ao Ministério Público e ao
violação dos direitos previstos no art. 220, § 3º, inciso II, da Poder Judiciário, por qualquer de seus órgãos.
Constituição Federal; § 1º. A assistência judiciária gratuita será prestada aos que
XI - representar ao Ministério Público para efeito das ações dela necessitarem, através de defensor público ou advogado
de perda ou suspensão do poder familiar, após esgotadas as nomeado.
possibilidades de manutenção da criança ou do adolescente § 2º As ações judiciais da competência da Justiça da
junto à família natural. Infância e da Juventude são isentas de custas e emolumentos,
XII - promover e incentivar, na comunidade e nos grupos ressalvada a hipótese de litigância de má-fé.
profissionais, ações de divulgação e treinamento para o
reconhecimento de sintomas de maus-tratos em crianças e Art. 142. Os menores de dezesseis anos serão
adolescentes. (Incluído pela Lei nº 13.046, de 2014) representados e os maiores de dezesseis e menores de vinte e
Parágrafo único. Se, no exercício de suas atribuições, o um anos assistidos por seus pais, tutores ou curadores, na
Conselho Tutelar entender necessário o afastamento do forma da legislação civil ou processual.
convívio familiar, comunicará incontinenti o fato ao Ministério Parágrafo único. A autoridade judiciária dará curador
Público, prestando-lhe informações sobre os motivos de tal especial à criança ou adolescente, sempre que os interesses
entendimento e as providências tomadas para a orientação, o destes colidirem com os de seus pais ou responsável, ou
apoio e a promoção social da família. quando carecer de representação ou assistência legal ainda
que eventual.
Art. 137. As decisões do Conselho Tutelar somente
poderão ser revistas pela autoridade judiciária a pedido de Art. 143. E vedada a divulgação de atos judiciais, policiais e
quem tenha legítimo interesse. administrativos que digam respeito a crianças e adolescentes
a que se atribua autoria de ato infracional.
Capítulo III Parágrafo único. Qualquer notícia a respeito do fato não
Da Competência poderá identificar a criança ou adolescente, vedando-se
fotografia, referência a nome, apelido, filiação, parentesco,
Art. 138. Aplica-se ao Conselho Tutelar a regra de residência e, inclusive, iniciais do nome e sobrenome.
competência constante do art. 147.
Art. 144. A expedição de cópia ou certidão de atos a que se
Capítulo IV refere o artigo anterior somente será deferida pela autoridade
Da Escolha dos Conselheiros judiciária competente, se demonstrado o interesse e
justificada a finalidade.
Art. 139. O processo para a escolha dos membros do
Conselho Tutelar será estabelecido em lei municipal e Capítulo II
realizado sob a responsabilidade do Conselho Municipal dos Da Justiça da Infância e da Juventude
Direitos da Criança e do Adolescente, e a fiscalização do Seção I
Ministério Público. (Redação dada pela Lei nº 8.242, de Disposições Gerais
12.10.1991)
§ 1º O processo de escolha dos membros do Conselho Art. 145. Os estados e o Distrito Federal poderão criar
Tutelar ocorrerá em data unificada em todo o território varas especializadas e exclusivas da infância e da juventude,
nacional a cada 4 (quatro) anos, no primeiro domingo do mês cabendo ao Poder Judiciário estabelecer sua
de outubro do ano subsequente ao da eleição presidencial. proporcionalidade por número de habitantes, dotá-las de
(Incluído pela Lei nº 12.696, de 2012) infraestrutura e dispor sobre o atendimento, inclusive em
§ 2º A posse dos conselheiros tutelares ocorrerá no dia 10 plantões.
de janeiro do ano subsequente ao processo de escolha.
(Incluído pela Lei nº 12.696, de 2012)

Legislação 26
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Seção II e) estúdios cinematográficos, de teatro, rádio e televisão.


Do Juiz II - a participação de criança e adolescente em:
a) espetáculos públicos e seus ensaios;
Art. 146. A autoridade a que se refere esta Lei é o Juiz da b) certames de beleza.
Infância e da Juventude, ou o juiz que exerce essa função, na § 1º Para os fins do disposto neste artigo, a autoridade
forma da lei de organização judiciária local. judiciária levará em conta, dentre outros fatores:
a) os princípios desta Lei;
Art. 147. A competência será determinada: b) as peculiaridades locais;
I - pelo domicílio dos pais ou responsável; c) a existência de instalações adequadas;
II - pelo lugar onde se encontre a criança ou adolescente, à d) o tipo de frequência habitual ao local;
falta dos pais ou responsável. e) a adequação do ambiente a eventual participação ou
§ 1º. Nos casos de ato infracional, será competente a frequência de crianças e adolescentes;
autoridade do lugar da ação ou omissão, observadas as regras f) a natureza do espetáculo.
de conexão, continência e prevenção. § 2º As medidas adotadas na conformidade deste artigo
§ 2º A execução das medidas poderá ser delegada à deverão ser fundamentadas, caso a caso, vedadas as
autoridade competente da residência dos pais ou responsável, determinações de caráter geral.
ou do local onde sediar-se a entidade que abrigar a criança ou
adolescente. Seção III
§ 3º Em caso de infração cometida através de transmissão Dos Serviços Auxiliares
simultânea de rádio ou televisão, que atinja mais de uma
comarca, será competente, para aplicação da penalidade, a Art. 150. Cabe ao Poder Judiciário, na elaboração de sua
autoridade judiciária do local da sede estadual da emissora ou proposta orçamentária, prever recursos para manutenção de
rede, tendo a sentença eficácia para todas as transmissoras ou equipe interprofissional, destinada a assessorar a Justiça da
retransmissoras do respectivo estado. Infância e da Juventude.

Art. 148. A Justiça da Infância e da Juventude é competente Art. 151. Compete à equipe interprofissional dentre outras
para: atribuições que lhe forem reservadas pela legislação local,
I - conhecer de representações promovidas pelo Ministério fornecer subsídios por escrito, mediante laudos, ou
Público, para apuração de ato infracional atribuído a verbalmente, na audiência, e bem assim desenvolver trabalhos
adolescente, aplicando as medidas cabíveis; de aconselhamento, orientação, encaminhamento, prevenção
II - conceder a remissão, como forma de suspensão ou e outros, tudo sob a imediata subordinação à autoridade
extinção do processo; judiciária, assegurada a livre manifestação do ponto de vista
III - conhecer de pedidos de adoção e seus incidentes; técnico.
IV - conhecer de ações civis fundadas em interesses
individuais, difusos ou coletivos afetos à criança e ao Capítulo III
adolescente, observado o disposto no art. 209; Dos Procedimentos
V - conhecer de ações decorrentes de irregularidades em Seção I
entidades de atendimento, aplicando as medidas cabíveis; Disposições Gerais
VI - aplicar penalidades administrativas nos casos de
infrações contra norma de proteção à criança ou adolescente; Art. 152. Aos procedimentos regulados nesta Lei aplicam-
VII - conhecer de casos encaminhados pelo Conselho se subsidiariamente as normas gerais previstas na legislação
Tutelar, aplicando as medidas cabíveis. processual pertinente.
Parágrafo único. Quando se tratar de criança ou Parágrafo único. É assegurada, sob pena de
adolescente nas hipóteses do art. 98, é também competente a responsabilidade, prioridade absoluta na tramitação dos
Justiça da Infância e da Juventude para o fim de: processos e procedimentos previstos nesta Lei, assim como na
a) conhecer de pedidos de guarda e tutela; execução dos atos e diligências judiciais a eles referentes.
b) conhecer de ações de destituição do poder familiar,
perda ou modificação da tutela ou guarda; Art. 153. Se a medida judicial a ser adotada não
c) suprir a capacidade ou o consentimento para o corresponder a procedimento previsto nesta ou em outra lei, a
casamento; autoridade judiciária poderá investigar os fatos e ordenar de
d) conhecer de pedidos baseados em discordância paterna ofício as providências necessárias, ouvido o Ministério
ou materna, em relação ao exercício do poder familiar; Público.
e) conceder a emancipação, nos termos da lei civil, quando Parágrafo único. O disposto neste artigo não se aplica para
faltarem os pais; o fim de afastamento da criança ou do adolescente de sua
f) designar curador especial em casos de apresentação de família de origem e em outros procedimentos
queixa ou representação, ou de outros procedimentos judiciais necessariamente contenciosos.
ou extrajudiciais em que haja interesses de criança ou
adolescente; Art. 154. Aplica-se às multas o disposto no art. 214.
g) conhecer de ações de alimentos;
h) determinar o cancelamento, a retificação e o suprimento Seção II
dos registros de nascimento e óbito. Da Perda e da Suspensão do Poder Familiar

Art. 149. Compete à autoridade judiciária disciplinar, Art. 155. O procedimento para a perda ou a suspensão do
através de portaria, ou autorizar, mediante alvará: poder familiar terá início por provocação do Ministério
I - a entrada e permanência de criança ou adolescente, Público ou de quem tenha legítimo interesse.
desacompanhado dos pais ou responsável, em:
a) estádio, ginásio e campo desportivo; Art. 156. A petição inicial indicará:
b) bailes ou promoções dançantes; I - a autoridade judiciária a que for dirigida;
c) boate ou congêneres; II - o nome, o estado civil, a profissão e a residência do
d) casa que explore comercialmente diversões eletrônicas; requerente e do requerido, dispensada a qualificação em se

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tratando de pedido formulado por representante do quando este for o requerente, designando, desde logo,
Ministério Público; audiência de instrução e julgamento.
III - a exposição sumária do fato e o pedido; § 1º A requerimento de qualquer das partes, do Ministério
IV - as provas que serão produzidas, oferecendo, desde Público, ou de ofício, a autoridade judiciária poderá
logo, o rol de testemunhas e documentos. determinar a realização de estudo social ou, se possível, de
perícia por equipe interprofissional.
Art. 157. Havendo motivo grave, poderá a autoridade § 2º Na audiência, presentes as partes e o Ministério
judiciária, ouvido o Ministério Público, decretar a suspensão Público, serão ouvidas as testemunhas, colhendo-se oralmente
do poder familiar, liminar ou incidentalmente, até o o parecer técnico, salvo quando apresentado por escrito,
julgamento definitivo da causa, ficando a criança ou manifestando-se sucessivamente o requerente, o requerido e
adolescente confiado a pessoa idônea, mediante termo de o Ministério Público, pelo tempo de vinte minutos cada um,
responsabilidade. prorrogável por mais dez. A decisão será proferida na
audiência, podendo a autoridade judiciária, excepcionalmente,
Art. 158. O requerido será citado para, no prazo de dez designar data para sua leitura no prazo máximo de cinco dias.
dias, oferecer resposta escrita, indicando as provas a serem
produzidas e oferecendo desde logo o rol de testemunhas e Art. 163. O prazo máximo para conclusão do procedimento
documentos. será de 120 (cento e vinte) dias.
Parágrafo único. A sentença que decretar a perda ou a
§ 1º A citação será pessoal, salvo se esgotados todos os suspensão do poder familiar será averbada à margem do
meios para sua realização. (Incluído pela Lei nº 12.962, de registro de nascimento da criança ou do adolescente.
2014)
§ 2º O requerido privado de liberdade deverá ser citado Seção III
pessoalmente. (Incluído pela Lei nº 12.962, de 2014) Da Destituição da Tutela

Art. 159. Se o requerido não tiver possibilidade de Art. 164. Na destituição da tutela, observar-se-á o
constituir advogado, sem prejuízo do próprio sustento e de sua procedimento para a remoção de tutor previsto na lei
família, poderá requerer, em cartório, que lhe seja nomeado processual civil e, no que couber, o disposto na seção anterior.
dativo, ao qual incumbirá a apresentação de resposta,
contando-se o prazo a partir da intimação do despacho de Seção IV
nomeação. Da Colocação em Família Substituta
Parágrafo único. Na hipótese de requerido privado de
liberdade, o oficial de justiça deverá perguntar, no momento Art. 165. São requisitos para a concessão de pedidos de
da citação pessoal, se deseja que lhe seja nomeado defensor. colocação em família substituta:
(Incluído pela Lei nº 12.962, de 2014) I - qualificação completa do requerente e de seu eventual
cônjuge, ou companheiro, com expressa anuência deste;
Art. 160. Sendo necessário, a autoridade judiciária II - indicação de eventual parentesco do requerente e de
requisitará de qualquer repartição ou órgão público a seu cônjuge, ou companheiro, com a criança ou adolescente,
apresentação de documento que interesse à causa, de ofício ou especificando se tem ou não parente vivo;
a requerimento das partes ou do Ministério Público. III - qualificação completa da criança ou adolescente e de
seus pais, se conhecidos;
Art. 161. Não sendo contestado o pedido, a autoridade IV - indicação do cartório onde foi inscrito nascimento,
judiciária dará vista dos autos ao Ministério Público, por cinco anexando, se possível, uma cópia da respectiva certidão;
dias, salvo quando este for o requerente, decidindo em igual V - declaração sobre a existência de bens, direitos ou
prazo. rendimentos relativos à criança ou ao adolescente.
§ 1º A autoridade judiciária, de ofício ou a requerimento Parágrafo único. Em se tratando de adoção, observar-se-ão
das partes ou do Ministério Público, determinará a realização também os requisitos específicos.
de estudo social ou perícia por equipe interprofissional ou
multidisciplinar, bem como a oitiva de testemunhas que Art. 166. Se os pais forem falecidos, tiverem sido
comprovem a presença de uma das causas de suspensão ou destituídos ou suspensos do poder familiar, ou houverem
destituição do poder familiar previstas nos arts. 1.637 e 1.638 aderido expressamente ao pedido de colocação em família
da Lei no 10.406, de 10 de janeiro de 2002 - Código Civil, ou no substituta, este poderá ser formulado diretamente em
art. 24 desta Lei. cartório, em petição assinada pelos próprios requerentes,
§ 2º Em sendo os pais oriundos de comunidades indígenas, dispensada a assistência de advogado.
é ainda obrigatória a intervenção, junto à equipe profissional § 1º Na hipótese de concordância dos pais, esses serão
ou multidisciplinar referida no § 1o deste artigo, de ouvidos pela autoridade judiciária e pelo representante do
representantes do órgão federal responsável pela política Ministério Público, tomando-se por termo as declarações.
indigenista, observado o disposto no § 6o do art. 28 desta Lei. § 2º O consentimento dos titulares do poder familiar será
§ 3º Se o pedido importar em modificação de guarda, será precedido de orientações e esclarecimentos prestados pela
obrigatória, desde que possível e razoável, a oitiva da criança equipe interprofissional da Justiça da Infância e da Juventude,
ou adolescente, respeitado seu estágio de desenvolvimento e em especial, no caso de adoção, sobre a irrevogabilidade da
grau de compreensão sobre as implicações da medida. medida.
§ 4º É obrigatória a oitiva dos pais sempre que esses forem § 3º O consentimento dos titulares do poder familiar será
identificados e estiverem em local conhecido. colhido pela autoridade judiciária competente em audiência,
§ 5º Se o pai ou a mãe estiverem privados de liberdade, a presente o Ministério Público, garantida a livre manifestação
autoridade judicial requisitará sua apresentação para a oitiva. de vontade e esgotados os esforços para manutenção da
(Incluído pela Lei nº 12.962, de 2014) criança ou do adolescente na família natural ou extensa.
§ 4º O consentimento prestado por escrito não terá
Art. 162. Apresentada a resposta, a autoridade judiciária validade se não for ratificado na audiência a que se refere o §
dará vista dos autos ao Ministério Público, por cinco dias, salvo 3o deste artigo.

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§ 5º O consentimento é retratável até a data da publicação Parágrafo único. Nas demais hipóteses de flagrante, a
da sentença constitutiva da adoção. lavratura do auto poderá ser substituída por boletim de
§ 6º O consentimento somente terá valor se for dado após ocorrência circunstanciada.
o nascimento da criança.
§ 7º A família substituta receberá a devida orientação por Art. 174. Comparecendo qualquer dos pais ou responsável,
intermédio de equipe técnica interprofissional a serviço do o adolescente será prontamente liberado pela autoridade
Poder Judiciário, preferencialmente com apoio dos técnicos policial, sob termo de compromisso e responsabilidade de sua
responsáveis pela execução da política municipal de garantia apresentação ao representante do Ministério Público, no
do direito à convivência familiar. mesmo dia ou, sendo impossível, no primeiro dia útil imediato,
exceto quando, pela gravidade do ato infracional e sua
Art. 167. A autoridade judiciária, de ofício ou a repercussão social, deva o adolescente permanecer sob
requerimento das partes ou do Ministério Público, internação para garantia de sua segurança pessoal ou
determinará a realização de estudo social ou, se possível, manutenção da ordem pública.
perícia por equipe interprofissional, decidindo sobre a
concessão de guarda provisória, bem como, no caso de adoção, Art. 175. Em caso de não liberação, a autoridade policial
sobre o estágio de convivência. encaminhará, desde logo, o adolescente ao representante do
Parágrafo único. Deferida a concessão da guarda Ministério Público, juntamente com cópia do auto de
provisória ou do estágio de convivência, a criança ou o apreensão ou boletim de ocorrência.
adolescente será entregue ao interessado, mediante termo de § 1º Sendo impossível a apresentação imediata, a
responsabilidade. autoridade policial encaminhará o adolescente à entidade de
atendimento, que fará a apresentação ao representante do
Art. 168. Apresentado o relatório social ou o laudo pericial, Ministério Público no prazo de vinte e quatro horas.
e ouvida, sempre que possível, a criança ou o adolescente, dar- § 2º Nas localidades onde não houver entidade de
se-á vista dos autos ao Ministério Público, pelo prazo de cinco atendimento, a apresentação far-se-á pela autoridade policial.
dias, decidindo a autoridade judiciária em igual prazo. À falta de repartição policial especializada, o adolescente
aguardará a apresentação em dependência separada da
Art. 169. Nas hipóteses em que a destituição da tutela, a destinada a maiores, não podendo, em qualquer hipótese,
perda ou a suspensão do poder familiar constituir pressuposto exceder o prazo referido no parágrafo anterior.
lógico da medida principal de colocação em família substituta,
será observado o procedimento contraditório previsto nas Art. 176. Sendo o adolescente liberado, a autoridade
Seções II e III deste Capítulo. policial encaminhará imediatamente ao representante do
Parágrafo único. A perda ou a modificação da guarda Ministério Público cópia do auto de apreensão ou boletim de
poderá ser decretada nos mesmos autos do procedimento, ocorrência.
observado o disposto no art. 35.
Art. 177. Se, afastada a hipótese de flagrante, houver
Art. 170. Concedida a guarda ou a tutela, observar-se-á o indícios de participação de adolescente na prática de ato
disposto no art. 32, e, quanto à adoção, o contido no art. 47. infracional, a autoridade policial encaminhará ao
Parágrafo único. A colocação de criança ou adolescente representante do Ministério Público relatório das
sob a guarda de pessoa inscrita em programa de acolhimento investigações e demais documentos.
familiar será comunicada pela autoridade judiciária à entidade
por este responsável no prazo máximo de 5 (cinco) dias. Art. 178. O adolescente a quem se atribua autoria de ato
infracional não poderá ser conduzido ou transportado em
Seção V compartimento fechado de veículo policial, em condições
Da Apuração de Ato Infracional Atribuído a atentatórias à sua dignidade, ou que impliquem risco à sua
Adolescente integridade física ou mental, sob pena de responsabilidade.

Art. 171. O adolescente apreendido por força de ordem Art. 179. Apresentado o adolescente, o representante do
judicial será, desde logo, encaminhado à autoridade judiciária. Ministério Público, no mesmo dia e à vista do auto de
apreensão, boletim de ocorrência ou relatório policial,
Art. 172. O adolescente apreendido em flagrante de ato devidamente autuados pelo cartório judicial e com informação
infracional será, desde logo, encaminhado à autoridade sobre os antecedentes do adolescente, procederá imediata e
policial competente. informalmente à sua oitiva e, em sendo possível, de seus pais
Parágrafo único. Havendo repartição policial especializada ou responsável, vítima e testemunhas.
para atendimento de adolescente e em se tratando de ato Parágrafo único. Em caso de não apresentação, o
infracional praticado em coautoria com maior, prevalecerá a representante do Ministério Público notificará os pais ou
atribuição da repartição especializada, que, após as responsável para apresentação do adolescente, podendo
providências necessárias e conforme o caso, encaminhará o requisitar o concurso das polícias civil e militar.
adulto à repartição policial própria.
Art. 180. Adotadas as providências a que alude o artigo
Art. 173. Em caso de flagrante de ato infracional cometido anterior, o representante do Ministério Público poderá:
mediante violência ou grave ameaça a pessoa, a autoridade I - promover o arquivamento dos autos;
policial, sem prejuízo do disposto nos arts. 106, parágrafo II - conceder a remissão;
único, e 107, deverá: III - representar à autoridade judiciária para aplicação de
I - lavrar auto de apreensão, ouvidos as testemunhas e o medida sócio-educativa.
adolescente;
II - apreender o produto e os instrumentos da infração; Art. 181. Promovido o arquivamento dos autos ou
III - requisitar os exames ou perícias necessários à concedida a remissão pelo representante do Ministério
comprovação da materialidade e autoria da infração. Público, mediante termo fundamentado, que conterá o resumo
dos fatos, os autos serão conclusos à autoridade judiciária para
homologação.

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§ 1º Homologado o arquivamento ou a remissão, a § 4º Na audiência em continuação, ouvidas as testemunhas


autoridade judiciária determinará, conforme o caso, o arroladas na representação e na defesa prévia, cumpridas as
cumprimento da medida. diligências e juntado o relatório da equipe interprofissional,
§ 2º Discordando, a autoridade judiciária fará remessa dos será dada a palavra ao representante do Ministério Público e
autos ao Procurador-Geral de Justiça, mediante despacho ao defensor, sucessivamente, pelo tempo de vinte minutos
fundamentado, e este oferecerá representação, designará para cada um, prorrogável por mais dez, a critério da
outro membro do Ministério Público para apresentá-la, ou autoridade judiciária, que em seguida proferirá decisão.
ratificará o arquivamento ou a remissão, que só então estará a
autoridade judiciária obrigada a homologar. Art. 187. Se o adolescente, devidamente notificado, não
comparecer, injustificadamente à audiência de apresentação, a
Art. 182. Se, por qualquer razão, o representante do autoridade judiciária designará nova data, determinando sua
Ministério Público não promover o arquivamento ou conceder condução coercitiva.
a remissão, oferecerá representação à autoridade judiciária,
propondo a instauração de procedimento para aplicação da Art. 188. A remissão, como forma de extinção ou suspensão
medida sócio-educativa que se afigurar a mais adequada. do processo, poderá ser aplicada em qualquer fase do
§ 1º A representação será oferecida por petição, que procedimento, antes da sentença.
conterá o breve resumo dos fatos e a classificação do ato
infracional e, quando necessário, o rol de testemunhas, Art. 189. A autoridade judiciária não aplicará qualquer
podendo ser deduzida oralmente, em sessão diária instalada medida, desde que reconheça na sentença:
pela autoridade judiciária. I - estar provada a inexistência do fato;
§ 2º A representação independe de prova pré-constituída II - não haver prova da existência do fato;
da autoria e materialidade. III - não constituir o fato ato infracional;
IV - não existir prova de ter o adolescente concorrido para
Art. 183. O prazo máximo e improrrogável para a o ato infracional.
conclusão do procedimento, estando o adolescente internado Parágrafo único. Na hipótese deste artigo, estando o
provisoriamente, será de quarenta e cinco dias. adolescente internado, será imediatamente colocado em
liberdade.
Art. 184. Oferecida a representação, a autoridade judiciária
designará audiência de apresentação do adolescente, Art. 190. A intimação da sentença que aplicar medida de
decidindo, desde logo, sobre a decretação ou manutenção da internação ou regime de semiliberdade será feita:
internação, observado o disposto no art. 108 e parágrafo. I - ao adolescente e ao seu defensor;
§ 1º O adolescente e seus pais ou responsável serão II - quando não for encontrado o adolescente, a seus pais
cientificados do teor da representação, e notificados a ou responsável, sem prejuízo do defensor.
comparecer à audiência, acompanhados de advogado. § 1º Sendo outra a medida aplicada, a intimação far-se-á
§ 2º Se os pais ou responsável não forem localizados, a unicamente na pessoa do defensor.
autoridade judiciária dará curador especial ao adolescente. § 2º Recaindo a intimação na pessoa do adolescente,
§ 3º Não sendo localizado o adolescente, a autoridade deverá este manifestar se deseja ou não recorrer da sentença.
judiciária expedirá mandado de busca e apreensão,
determinando o sobrestamento do feito, até a efetiva Seção V-A
apresentação. (Incluído pela Lei nº 13.441, de 2017)
§ 4º Estando o adolescente internado, será requisitada a Da Infiltração de Agentes de Polícia para a
sua apresentação, sem prejuízo da notificação dos pais ou Investigação de Crimes contra a Dignidade Sexual de
responsável. Criança e de Adolescente

Art. 185. A internação, decretada ou mantida pela Art. 190-A. A infiltração de agentes de polícia na internet
autoridade judiciária, não poderá ser cumprida em com o fim de investigar os crimes previstos nos arts. 240, 241,
estabelecimento prisional. 241-A, 241-B, 241-C e 241-D desta Lei e nos arts. 154-A, 217-
§ 1º Inexistindo na comarca entidade com as A, 218, 218-A e 218-B do Decreto-Lei nº 2.848, de 7 de
características definidas no art. 123, o adolescente deverá ser dezembro de 1940 (Código Penal), obedecerá às seguintes
imediatamente transferido para a localidade mais próxima. regras: (Incluído pela Lei nº 13.441, de 2017)
§ 2º Sendo impossível a pronta transferência, o I – será precedida de autorização judicial devidamente
adolescente aguardará sua remoção em repartição policial, circunstanciada e fundamentada, que estabelecerá os limites
desde que em seção isolada dos adultos e com instalações da infiltração para obtenção de prova, ouvido o Ministério
apropriadas, não podendo ultrapassar o prazo máximo de Público; (Incluído pela Lei nº 13.441, de 2017)
cinco dias, sob pena de responsabilidade. II – dar-se-á mediante requerimento do Ministério Público
Art. 186. Comparecendo o adolescente, seus pais ou ou representação de delegado de polícia e conterá a
responsável, a autoridade judiciária procederá à oitiva dos demonstração de sua necessidade, o alcance das tarefas dos
mesmos, podendo solicitar opinião de profissional qualificado. policiais, os nomes ou apelidos das pessoas investigadas e,
§ 1º Se a autoridade judiciária entender adequada a quando possível, os dados de conexão ou cadastrais que
remissão, ouvirá o representante do Ministério Público, permitam a identificação dessas pessoas; (Incluído pela Lei nº
proferindo decisão. 13.441, de 2017)
§ 2º Sendo o fato grave, passível de aplicação de medida de III – não poderá exceder o prazo de 90 (noventa) dias, sem
internação ou colocação em regime de semiliberdade, a prejuízo de eventuais renovações, desde que o total não
autoridade judiciária, verificando que o adolescente não exceda a 720 (setecentos e vinte) dias e seja demonstrada sua
possui advogado constituído, nomeará defensor, designando, efetiva necessidade, a critério da autoridade judicial. (Incluído
desde logo, audiência em continuação, podendo determinar a pela Lei nº 13.441, de 2017)
realização de diligências e estudo do caso. § 1º A autoridade judicial e o Ministério Público poderão
§ 3º O advogado constituído ou o defensor nomeado, no requisitar relatórios parciais da operação de infiltração antes
prazo de três dias contado da audiência de apresentação, do término do prazo de que trata o inciso II do § 1º deste artigo.
oferecerá defesa prévia e rol de testemunhas. (Incluído pela Lei nº 13.441, de 2017)

Legislação 30
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§ 2º Para efeitos do disposto no inciso I do § 1º deste artigo, liminarmente o afastamento provisório do dirigente da
consideram-se: (Incluído pela Lei nº 13.441, de 2017) entidade, mediante decisão fundamentada.
I – dados de conexão: informações referentes a hora, data,
início, término, duração, endereço de Protocolo de Internet Art. 192. O dirigente da entidade será citado para, no prazo
(IP) utilizado e terminal de origem da conexão; (Incluído pela de dez dias, oferecer resposta escrita, podendo juntar
Lei nº 13.441, de 2017) documentos e indicar as provas a produzir.
II – dados cadastrais: informações referentes a nome e
endereço de assinante ou de usuário registrado ou autenticado Art. 193. Apresentada ou não a resposta, e sendo
para a conexão a quem endereço de IP, identificação de usuário necessário, a autoridade judiciária designará audiência de
ou código de acesso tenha sido atribuído no momento da instrução e julgamento, intimando as partes.
conexão. § 1º Salvo manifestação em audiência, as partes e o
§ 3º A infiltração de agentes de polícia na internet não será Ministério Público terão cinco dias para oferecer alegações
admitida se a prova puder ser obtida por outros meios. finais, decidindo a autoridade judiciária em igual prazo.
(Incluído pela Lei nº 13.441, de 2017) § 2º Em se tratando de afastamento provisório ou
definitivo de dirigente de entidade governamental, a
Art. 190-B. As informações da operação de infiltração autoridade judiciária oficiará à autoridade administrativa
serão encaminhadas diretamente ao juiz responsável pela imediatamente superior ao afastado, marcando prazo para a
autorização da medida, que zelará por seu sigilo. (Incluído pela substituição.
Lei nº 13.441, de 2017) § 3º Antes de aplicar qualquer das medidas, a autoridade
Parágrafo único. Antes da conclusão da operação, o acesso judiciária poderá fixar prazo para a remoção das
aos autos será reservado ao juiz, ao Ministério Público e ao irregularidades verificadas. Satisfeitas as exigências, o
delegado de polícia responsável pela operação, com o objetivo processo será extinto, sem julgamento de mérito.
de garantir o sigilo das investigações. (Incluído pela Lei nº § 4º A multa e a advertência serão impostas ao dirigente da
13.441, de 2017) entidade ou programa de atendimento.

Art. 190-C. Não comete crime o policial que oculta a sua Seção VII
identidade para, por meio da internet, colher indícios de Da Apuração de Infração Administrativa às Normas
autoria e materialidade dos crimes previstos nos arts. 240, de Proteção à Criança e ao Adolescente
241, 241-A, 241-B, 241-C e 241-D desta Lei e nos arts. 154-A,
217-A, 218, 218-A e 218-B do Decreto-Lei nº 2.848, de 7 de Art. 194. O procedimento para imposição de penalidade
dezembro de 1940 (Código Penal). (Incluído pela Lei nº administrativa por infração às normas de proteção à criança e
13.441, de 2017) ao adolescente terá início por representação do Ministério
Parágrafo único. O agente policial infiltrado que deixar de Público, ou do Conselho Tutelar, ou auto de infração elaborado
observar a estrita finalidade da investigação responderá pelos por servidor efetivo ou voluntário credenciado, e assinado por
excessos praticados. (Incluído pela Lei nº 13.441, de 2017) duas testemunhas, se possível.
§ 1º No procedimento iniciado com o auto de infração,
Art. 190-D. Os órgãos de registro e cadastro público poderão ser usadas fórmulas impressas, especificando-se a
poderão incluir nos bancos de dados próprios, mediante natureza e as circunstâncias da infração.
procedimento sigiloso e requisição da autoridade judicial, as § 2º Sempre que possível, à verificação da infração seguir-
informações necessárias à efetividade da identidade fictícia se-á a lavratura do auto, certificando-se, em caso contrário, dos
criada. (Incluído pela Lei nº 13.441, de 2017) motivos do retardamento.
Parágrafo único. O procedimento sigiloso de que trata esta
Seção será numerado e tombado em livro específico. (Incluído Art. 195. O requerido terá prazo de dez dias para
pela Lei nº 13.441, de 2017) apresentação de defesa, contado da data da intimação, que
será feita:
Art. 190-E. Concluída a investigação, todos os atos I - pelo autuante, no próprio auto, quando este for lavrado
eletrônicos praticados durante a operação deverão ser na presença do requerido;
registrados, gravados, armazenados e encaminhados ao juiz e II - por oficial de justiça ou funcionário legalmente
ao Ministério Público, juntamente com relatório habilitado, que entregará cópia do auto ou da representação
circunstanciado. (Incluído pela Lei nº 13.441, de 2017) ao requerido, ou a seu representante legal, lavrando certidão;
Parágrafo único. Os atos eletrônicos registrados citados no III - por via postal, com aviso de recebimento, se não for
caput deste artigo serão reunidos em autos apartados e encontrado o requerido ou seu representante legal;
apensados ao processo criminal juntamente com o inquérito IV - por edital, com prazo de trinta dias, se incerto ou não
policial, assegurando-se a preservação da identidade do sabido o paradeiro do requerido ou de seu representante legal.
agente policial infiltrado e a intimidade das crianças e dos Art. 196. Não sendo apresentada a defesa no prazo legal, a
adolescentes envolvidos. (Incluído pela Lei nº 13.441, de autoridade judiciária dará vista dos autos do Ministério
2017) Público, por cinco dias, decidindo em igual prazo.

Seção VI Art. 197. Apresentada a defesa, a autoridade judiciária


Da Apuração de Irregularidades em Entidade de procederá na conformidade do artigo anterior, ou, sendo
Atendimento necessário, designará audiência de instrução e julgamento.
Parágrafo único. Colhida a prova oral, manifestar-se-ão
Art. 191. O procedimento de apuração de irregularidades sucessivamente o Ministério Público e o procurador do
em entidade governamental e não-governamental terá início requerido, pelo tempo de vinte minutos para cada um,
mediante portaria da autoridade judiciária ou representação prorrogável por mais dez, a critério da autoridade judiciária,
do Ministério Público ou do Conselho Tutelar, onde conste, que em seguida proferirá sentença.
necessariamente, resumo dos fatos.
Parágrafo único. Havendo motivo grave, poderá a
autoridade judiciária, ouvido o Ministério Público, decretar

Legislação 31
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APOSTILAS OPÇÃO

Seção VIII cronológica de habilitação e conforme a disponibilidade de


Da Habilitação de Pretendentes à Adoção crianças ou adolescentes adotáveis.
§ 1º A ordem cronológica das habilitações somente poderá
Art. 197-A. Os postulantes à adoção, domiciliados no Brasil, deixar de ser observada pela autoridade judiciária nas
apresentarão petição inicial na qual conste: hipóteses previstas no § 13 do art. 50 desta Lei, quando
I - qualificação completa; comprovado ser essa a melhor solução no interesse do
II - dados familiares; adotando.
III - cópias autenticadas de certidão de nascimento ou § 2º A recusa sistemática na adoção das crianças ou
casamento, ou declaração relativa ao período de união estável; adolescentes indicados importará na reavaliação da
IV - cópias da cédula de identidade e inscrição no Cadastro habilitação concedida.
de Pessoas Físicas;
V - comprovante de renda e domicílio; Capítulo IV
VI - atestados de sanidade física e mental; Dos Recursos
VII - certidão de antecedentes criminais;
VIII - certidão negativa de distribuição cível. Art. 198. Nos procedimentos afetos à Justiça da Infância e
da Juventude, inclusive os relativos à execução das medidas
Art. 197-B. A autoridade judiciária, no prazo de 48 socioeducativas, adotar-se-á o sistema recursal da Lei no
(quarenta e oito) horas, dará vista dos autos ao Ministério 5.869, de 11 de janeiro de 1973 (Código de Processo Civil),
Público, que no prazo de 5 (cinco) dias poderá: com as seguintes adaptações:
I - apresentar quesitos a serem respondidos pela equipe I - os recursos serão interpostos independentemente de
interprofissional encarregada de elaborar o estudo técnico a preparo;
que se refere o art. 197-C desta Lei; II - em todos os recursos, salvo nos embargos de
II - requerer a designação de audiência para oitiva dos declaração, o prazo para o Ministério Público e para a defesa
postulantes em juízo e testemunhas; será sempre de 10 (dez) dias;
III - requerer a juntada de documentos complementares e III - os recursos terão preferência de julgamento e
a realização de outras diligências que entender necessárias. dispensarão revisor;
IV - Revogado
Art. 197-C. Intervirá no feito, obrigatoriamente, equipe V - Revogado
interprofissional a serviço da Justiça da Infância e da VI - Revogado
Juventude, que deverá elaborar estudo psicossocial, que VII - antes de determinar a remessa dos autos à superior
conterá subsídios que permitam aferir a capacidade e o instância, no caso de apelação, ou do instrumento, no caso de
preparo dos postulantes para o exercício de uma paternidade agravo, a autoridade judiciária proferirá despacho
ou maternidade responsável, à luz dos requisitos e princípios fundamentado, mantendo ou reformando a decisão, no prazo
desta Lei. de cinco dias;
§ 1º É obrigatória a participação dos postulantes em VIII - mantida a decisão apelada ou agravada, o escrivão
programa oferecido pela Justiça da Infância e da Juventude remeterá os autos ou o instrumento à superior instância
preferencialmente com apoio dos técnicos responsáveis pela dentro de vinte e quatro horas, independentemente de novo
execução da política municipal de garantia do direito à pedido do recorrente; se a reformar, a remessa dos autos
convivência familiar, que inclua preparação psicológica, dependerá de pedido expresso da parte interessada ou do
orientação e estímulo à adoção inter-racial, de crianças Ministério Público, no prazo de cinco dias, contados da
maiores ou de adolescentes, com necessidades específicas de intimação.
saúde ou com deficiências e de grupos de irmãos.
§ 2º Sempre que possível e recomendável, a etapa Art. 199. Contra as decisões proferidas com base no art.
obrigatória da preparação referida no § 1o deste artigo 149 caberá recurso de apelação.
incluirá o contato com crianças e adolescentes em regime de
acolhimento familiar ou institucional em condições de serem Art. 199-A. A sentença que deferir a adoção produz efeito
adotados, a ser realizado sob a orientação, supervisão e desde logo, embora sujeita a apelação, que será recebida
avaliação da equipe técnica da Justiça da Infância e da exclusivamente no efeito devolutivo, salvo se se tratar de
Juventude, com o apoio dos técnicos responsáveis pelo adoção internacional ou se houver perigo de dano irreparável
programa de acolhimento familiar ou institucional e pela ou de difícil reparação ao adotando
execução da política municipal de garantia do direito à
convivência familiar. Art. 199-B. A sentença que destituir ambos ou qualquer
dos genitores do poder familiar fica sujeita a apelação, que
Art. 197-D. Certificada nos autos a conclusão da deverá ser recebida apenas no efeito devolutivo.
participação no programa referido no art. 197-C desta Lei, a
autoridade judiciária, no prazo de 48 (quarenta e oito) horas, Art. 199-C. Os recursos nos procedimentos de adoção e de
decidirá acerca das diligências requeridas pelo Ministério destituição de poder familiar, em face da relevância das
Público e determinará a juntada do estudo psicossocial, questões, serão processados com prioridade absoluta,
designando, conforme o caso, audiência de instrução e devendo ser imediatamente distribuídos, ficando vedado que
julgamento. aguardem, em qualquer situação, oportuna distribuição, e
Parágrafo único. Caso não sejam requeridas diligências, ou serão colocados em mesa para julgamento sem revisão e com
sendo essas indeferidas, a autoridade judiciária determinará a parecer urgente do Ministério Público.
juntada do estudo psicossocial, abrindo a seguir vista dos
autos ao Ministério Público, por 5 (cinco) dias, decidindo em Art. 199-D. O relator deverá colocar o processo em mesa
igual prazo. para julgamento no prazo máximo de 60 (sessenta) dias,
contado da sua conclusão.
Art. 197-E. Deferida a habilitação, o postulante será Parágrafo único. O Ministério Público será intimado da
inscrito nos cadastros referidos no art. 50 desta Lei, sendo a data do julgamento e poderá na sessão, se entender
sua convocação para a adoção feita de acordo com ordem necessário, apresentar oralmente seu parecer.

Legislação 32
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APOSTILAS OPÇÃO

Art. 199-E. O Ministério Público poderá requerer a § 2º As atribuições constantes deste artigo não excluem
instauração de procedimento para apuração de outras, desde que compatíveis com a finalidade do Ministério
responsabilidades se constatar o descumprimento das Público.
providências e do prazo previstos nos artigos anteriores. § 3º O representante do Ministério Público, no exercício de
suas funções, terá livre acesso a todo local onde se encontre
Capítulo V criança ou adolescente.
Do Ministério Público § 4º O representante do Ministério Público será
responsável pelo uso indevido das informações e documentos
Art. 200. As funções do Ministério Público previstas nesta que requisitar, nas hipóteses legais de sigilo.
Lei serão exercidas nos termos da respectiva lei orgânica. § 5º Para o exercício da atribuição de que trata o inciso VIII
deste artigo, poderá o representante do Ministério Público:
Art. 201. Compete ao Ministério Público: a) reduzir a termo as declarações do reclamante,
I - conceder a remissão como forma de exclusão do instaurando o competente procedimento, sob sua presidência;
processo; b) entender-se diretamente com a pessoa ou autoridade
II - promover e acompanhar os procedimentos relativos às reclamada, em dia, local e horário previamente notificados ou
infrações atribuídas a adolescentes; acertados;
III - promover e acompanhar as ações de alimentos e os c) efetuar recomendações visando à melhoria dos serviços
procedimentos de suspensão e destituição do poder familiar, públicos e de relevância pública afetos à criança e ao
nomeação e remoção de tutores, curadores e guardiães, bem adolescente, fixando prazo razoável para sua perfeita
como oficiar em todos os demais procedimentos da adequação.
competência da Justiça da Infância e da Juventude;
IV - promover, de ofício ou por solicitação dos Art. 202. Nos processos e procedimentos em que não for
interessados, a especialização e a inscrição de hipoteca legal e parte, atuará obrigatoriamente o Ministério Público na defesa
a prestação de contas dos tutores, curadores e quaisquer dos direitos e interesses de que cuida esta Lei, hipótese em que
administradores de bens de crianças e adolescentes nas terá vista dos autos depois das partes, podendo juntar
hipóteses do art. 98; documentos e requerer diligências, usando os recursos
V - promover o inquérito civil e a ação civil pública para a cabíveis.
proteção dos interesses individuais, difusos ou coletivos
relativos à infância e à adolescência, inclusive os definidos no Art. 203. A intimação do Ministério Público, em qualquer
art. 220, § 3º inciso II, da Constituição Federal; caso, será feita pessoalmente.
VI - instaurar procedimentos administrativos e, para
instruí-los: Art. 204. A falta de intervenção do Ministério Público
a) expedir notificações para colher depoimentos ou acarreta a nulidade do feito, que será declarada de ofício pelo
esclarecimentos e, em caso de não comparecimento juiz ou a requerimento de qualquer interessado.
injustificado, requisitar condução coercitiva, inclusive pela
polícia civil ou militar; Art. 205. As manifestações processuais do representante
b) requisitar informações, exames, perícias e documentos do Ministério Público deverão ser fundamentadas.
de autoridades municipais, estaduais e federais, da
administração direta ou indireta, bem como promover Capítulo VI
inspeções e diligências investigatórias; Do Advogado
c) requisitar informações e documentos a particulares e
instituições privadas; Art. 206. A criança ou o adolescente, seus pais ou
VII - instaurar sindicâncias, requisitar diligências responsável, e qualquer pessoa que tenha legítimo interesse
investigatórias e determinar a instauração de inquérito na solução da lide poderão intervir nos procedimentos de que
policial, para apuração de ilícitos ou infrações às normas de trata esta Lei, através de advogado, o qual será intimado para
proteção à infância e à juventude; todos os atos, pessoalmente ou por publicação oficial,
VIII - zelar pelo efetivo respeito aos direitos e garantias respeitado o segredo de justiça.
legais assegurados às crianças e adolescentes, promovendo as Parágrafo único. Será prestada assistência judiciária
medidas judiciais e extrajudiciais cabíveis; integral e gratuita àqueles que dela necessitarem.
IX - impetrar mandado de segurança, de injunção e habeas
corpus, em qualquer juízo, instância ou tribunal, na defesa dos Art. 207. Nenhum adolescente a quem se atribua a prática
interesses sociais e individuais indisponíveis afetos à criança e de ato infracional, ainda que ausente ou foragido, será
ao adolescente; processado sem defensor.
X - representar ao juízo visando à aplicação de penalidade § 1º Se o adolescente não tiver defensor, ser-lhe-á
por infrações cometidas contra as normas de proteção à nomeado pelo juiz, ressalvado o direito de, a todo tempo,
infância e à juventude, sem prejuízo da promoção da constituir outro de sua preferência.
responsabilidade civil e penal do infrator, quando cabível; § 2º A ausência do defensor não determinará o adiamento
XI - inspecionar as entidades públicas e particulares de de nenhum ato do processo, devendo o juiz nomear substituto,
atendimento e os programas de que trata esta Lei, adotando de ainda que provisoriamente, ou para o só efeito do ato.
pronto as medidas administrativas ou judiciais necessárias à § 3º Será dispensada a outorga de mandato, quando se
remoção de irregularidades porventura verificadas; tratar de defensor nomeado ou, sido constituído, tiver sido
XII - requisitar força policial, bem como a colaboração dos indicado por ocasião de ato formal com a presença da
serviços médicos, hospitalares, educacionais e de assistência autoridade judiciária.
social, públicos ou privados, para o desempenho de suas
atribuições. Capítulo VII
§ 1º A legitimação do Ministério Público para as ações Da Proteção Judicial dos Interesses Individuais,
cíveis previstas neste artigo não impede a de terceiros, nas Difusos e Coletivos
mesmas hipóteses, segundo dispuserem a Constituição e esta
Lei. Art. 208. Regem-se pelas disposições desta Lei as ações de
responsabilidade por ofensa aos direitos assegurados à

Legislação 33
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criança e ao adolescente, referentes ao não oferecimento ou § 1º Aplicam-se às ações previstas neste Capítulo as
oferta irregular: normas do Código de Processo Civil.
I - do ensino obrigatório; § 2º Contra atos ilegais ou abusivos de autoridade pública
II - de atendimento educacional especializado aos ou agente de pessoa jurídica no exercício de atribuições do
portadores de deficiência; poder público, que lesem direito líquido e certo previsto nesta
III – de atendimento em creche e pré-escola às crianças de Lei, caberá ação mandamental, que se regerá pelas normas da
zero a cinco anos de idade; (Redação dada pela Lei nº 13.306, lei do mandado de segurança.
de 2016)
IV - de ensino noturno regular, adequado às condições do Art. 213. Na ação que tenha por objeto o cumprimento de
educando; obrigação de fazer ou não fazer, o juiz concederá a tutela
V - de programas suplementares de oferta de material específica da obrigação ou determinará providências que
didático-escolar, transporte e assistência à saúde do assegurem o resultado prático equivalente ao do
educando do ensino fundamental; adimplemento.
VI - de serviço de assistência social visando à proteção à § 1º Sendo relevante o fundamento da demanda e havendo
família, à maternidade, à infância e à adolescência, bem como justificado receio de ineficácia do provimento final, é lícito ao
ao amparo às crianças e adolescentes que dele necessitem; juiz conceder a tutela liminarmente ou após justificação
VII - de acesso às ações e serviços de saúde; prévia, citando o réu.
VIII - de escolarização e profissionalização dos § 2º O juiz poderá, na hipótese do parágrafo anterior ou na
adolescentes privados de liberdade. sentença, impor multa diária ao réu, independentemente de
IX - de ações, serviços e programas de orientação, apoio e pedido do autor, se for suficiente ou compatível com a
promoção social de famílias e destinados ao pleno exercício do obrigação, fixando prazo razoável para o cumprimento do
direito à convivência familiar por crianças e adolescentes. preceito.
X - de programas de atendimento para a execução das § 3º A multa só será exigível do réu após o trânsito em
medidas socioeducativas e aplicação de medidas de proteção. julgado da sentença favorável ao autor, mas será devida desde
XI - de políticas e programas integrados de atendimento à o dia em que se houver configurado o descumprimento.
criança e ao adolescente vítima ou testemunha de violência.
(Incluído pela Lei nº 13.341/2017) Art. 214. Os valores das multas reverterão ao fundo gerido
§ 1º As hipóteses previstas neste artigo não excluem da pelo Conselho dos Direitos da Criança e do Adolescente do
proteção judicial outros interesses individuais, difusos ou respectivo município.
coletivos, próprios da infância e da adolescência, protegidos § 1º As multas não recolhidas até trinta dias após o trânsito
pela Constituição e pela Lei. em julgado da decisão serão exigidas através de execução
§ 2º A investigação do desaparecimento de crianças ou promovida pelo Ministério Público, nos mesmos autos,
adolescentes será realizada imediatamente após notificação facultada igual iniciativa aos demais legitimados.
aos órgãos competentes, que deverão comunicar o fato aos § 2º Enquanto o fundo não for regulamentado, o dinheiro
portos, aeroportos, Polícia Rodoviária e companhias de ficará depositado em estabelecimento oficial de crédito, em
transporte interestaduais e internacionais, fornecendo-lhes conta com correção monetária.
todos os dados necessários à identificação do desaparecido.
Art. 215. O juiz poderá conferir efeito suspensivo aos
Art. 209. As ações previstas neste Capítulo serão propostas recursos, para evitar dano irreparável à parte.
no foro do local onde ocorreu ou deva ocorrer a ação ou
omissão, cujo juízo terá competência absoluta para processar Art. 216. Transitada em julgado a sentença que impuser
a causa, ressalvadas a competência da Justiça Federal e a condenação ao poder público, o juiz determinará a remessa de
competência originária dos tribunais superiores. peças à autoridade competente, para apuração da
responsabilidade civil e administrativa do agente a que se
Art. 210. Para as ações cíveis fundadas em interesses atribua a ação ou omissão.
coletivos ou difusos, consideram-se legitimados
concorrentemente: Art. 217. Decorridos sessenta dias do trânsito em julgado
I - o Ministério Público; da sentença condenatória sem que a associação autora lhe
II - a União, os estados, os municípios, o Distrito Federal e promova a execução, deverá fazê-lo o Ministério Público,
os territórios; facultada igual iniciativa aos demais legitimados.
III - as associações legalmente constituídas há pelo menos
um ano e que incluam entre seus fins institucionais a defesa Art. 218. O juiz condenará a associação autora a pagar ao
dos interesses e direitos protegidos por esta Lei, dispensada a réu os honorários advocatícios arbitrados na conformidade do
autorização da assembleia, se houver prévia autorização § 4º do art. 20 da Lei n.º 5.869, de 11 de janeiro de 1973
estatutária. (Código de Processo Civil), quando reconhecer que a
§ 1º Admitir-se-á litisconsórcio facultativo entre os pretensão é manifestamente infundada.
Ministérios Públicos da União e dos estados na defesa dos Parágrafo único. Em caso de litigância de má-fé, a
interesses e direitos de que cuida esta Lei. associação autora e os diretores responsáveis pela
§ 2º Em caso de desistência ou abandono da ação por propositura da ação serão solidariamente condenados ao
associação legitimada, o Ministério Público ou outro décuplo das custas, sem prejuízo de responsabilidade por
legitimado poderá assumir a titularidade ativa. perdas e danos.

Art. 211. Os órgãos públicos legitimados poderão tomar Art. 219. Nas ações de que trata este Capítulo, não haverá
dos interessados compromisso de ajustamento de sua conduta adiantamento de custas, emolumentos, honorários periciais e
às exigências legais, o qual terá eficácia de título executivo quaisquer outras despesas.
extrajudicial.
Art. 212. Para defesa dos direitos e interesses protegidos Art. 220. Qualquer pessoa poderá e o servidor público
por esta Lei, são admissíveis todas as espécies de ações deverá provocar a iniciativa do Ministério Público, prestando-
pertinentes. lhe informações sobre fatos que constituam objeto de ação
civil, e indicando-lhe os elementos de convicção.

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Art. 221. Se, no exercício de suas funções, os juízos e Art. 229. Deixar o médico, enfermeiro ou dirigente de
tribunais tiverem conhecimento de fatos que possam ensejar a estabelecimento de atenção à saúde de gestante de identificar
propositura de ação civil, remeterão peças ao Ministério corretamente o neonato e a parturiente, por ocasião do parto,
Público para as providências cabíveis. bem como deixar de proceder aos exames referidos no art. 10
desta Lei:
Art. 222. Para instruir a petição inicial, o interessado Pena - detenção de seis meses a dois anos.
poderá requerer às autoridades competentes as certidões e Parágrafo único. Se o crime é culposo:
informações que julgar necessárias, que serão fornecidas no Pena - detenção de dois a seis meses, ou multa.
prazo de quinze dias. Art. 230. Privar a criança ou o adolescente de sua
liberdade, procedendo à sua apreensão sem estar em flagrante
Art. 223. O Ministério Público poderá instaurar, sob sua de ato infracional ou inexistindo ordem escrita da autoridade
presidência, inquérito civil, ou requisitar, de qualquer pessoa, judiciária competente:
organismo público ou particular, certidões, informações, Pena - detenção de seis meses a dois anos.
exames ou perícias, no prazo que assinalar, o qual não poderá Parágrafo único. Incide na mesma pena aquele que
ser inferior a dez dias úteis. procede à apreensão sem observância das formalidades legais.
§ 1º Se o órgão do Ministério Público, esgotadas todas as
diligências, se convencer da inexistência de fundamento para Art. 231. Deixar a autoridade policial responsável pela
a propositura da ação cível, promoverá o arquivamento dos apreensão de criança ou adolescente de fazer imediata
autos do inquérito civil ou das peças informativas, fazendo-o comunicação à autoridade judiciária competente e à família do
fundamentadamente. apreendido ou à pessoa por ele indicada:
§ 2º Os autos do inquérito civil ou as peças de informação Pena - detenção de seis meses a dois anos.
arquivados serão remetidos, sob pena de se incorrer em falta
grave, no prazo de três dias, ao Conselho Superior do Art. 232. Submeter criança ou adolescente sob sua
Ministério Público. autoridade, guarda ou vigilância a vexame ou a
§ 3º Até que seja homologada ou rejeitada a promoção de constrangimento:
arquivamento, em sessão do Conselho Superior do Ministério Pena - detenção de seis meses a dois anos.
público, poderão as associações legitimadas apresentar razões
escritas ou documentos, que serão juntados aos autos do Art. 233. Revogado
inquérito ou anexados às peças de informação.
§ 4º A promoção de arquivamento será submetida a exame Art. 234. Deixar a autoridade competente, sem justa causa,
e deliberação do Conselho Superior do Ministério Público, de ordenar a imediata liberação de criança ou adolescente, tão
conforme dispuser o seu regimento. logo tenha conhecimento da ilegalidade da apreensão:
§ 5º Deixando o Conselho Superior de homologar a Pena - detenção de seis meses a dois anos.
promoção de arquivamento, designará, desde logo, outro
órgão do Ministério Público para o ajuizamento da ação. Art. 235. Descumprir, injustificadamente, prazo fixado
nesta Lei em benefício de adolescente privado de liberdade:
Art. 224. Aplicam-se subsidiariamente, no que couber, as Pena - detenção de seis meses a dois anos.
disposições da Lei n.º 7.347, de 24 de julho de 1985.
Art. 236. Impedir ou embaraçar a ação de autoridade
Título VII judiciária, membro do Conselho Tutelar ou representante do
Dos Crimes e Das Infrações Administrativas Ministério Público no exercício de função prevista nesta Lei:
Capítulo I Pena - detenção de seis meses a dois anos.
Dos Crimes
Seção I Art. 237. Subtrair criança ou adolescente ao poder de quem
Disposições Gerais o tem sob sua guarda em virtude de lei ou ordem judicial, com
o fim de colocação em lar substituto:
Art. 225. Este Capítulo dispõe sobre crimes praticados Pena - reclusão de dois a seis anos, e multa.
contra a criança e o adolescente, por ação ou omissão, sem
prejuízo do disposto na legislação penal. Art. 238. Prometer ou efetivar a entrega de filho ou pupilo
a terceiro, mediante paga ou recompensa:
Art. 226. Aplicam-se aos crimes definidos nesta Lei as Pena - reclusão de um a quatro anos, e multa.
normas da Parte Geral do Código Penal e, quanto ao processo, Parágrafo único. Incide nas mesmas penas quem oferece
as pertinentes ao Código de Processo Penal. ou efetiva a paga ou recompensa.

Art. 227. Os crimes definidos nesta Lei são de ação pública Art. 239. Promover ou auxiliar a efetivação de ato
incondicionada destinado ao envio de criança ou adolescente para o exterior
com inobservância das formalidades legais ou com o fito de
Seção II obter lucro:
Dos Crimes em Espécie Pena - reclusão de quatro a seis anos, e multa.
Parágrafo único. Se há emprego de violência, grave ameaça
Art. 228. Deixar o encarregado de serviço ou o dirigente de ou fraude:
estabelecimento de atenção à saúde de gestante de manter Pena - reclusão, de 6 (seis) a 8 (oito) anos, além da pena
registro das atividades desenvolvidas, na forma e prazo correspondente à violência.
referidos no art. 10 desta Lei, bem como de fornecer à
parturiente ou a seu responsável, por ocasião da alta médica, Art. 240. Produzir, reproduzir, dirigir, fotografar, filmar ou
declaração de nascimento, onde constem as intercorrências do registrar, por qualquer meio, cena de sexo explícito ou
parto e do desenvolvimento do neonato: pornográfica, envolvendo criança ou adolescente:
Pena - detenção de seis meses a dois anos. Pena – reclusão, de 4 (quatro) a 8 (oito) anos, e multa.
Parágrafo único. Se o crime é culposo: § 1º Incorre nas mesmas penas quem agencia, facilita,
Pena - detenção de dois a seis meses, ou multa. recruta, coage, ou de qualquer modo intermedeia a

Legislação 35
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APOSTILAS OPÇÃO

participação de criança ou adolescente nas cenas referidas no qualquer meio, adquire, possui ou armazena o material
caput deste artigo, ou ainda quem com esses contracena. produzido na forma do caput deste artigo.
§ 2º Aumenta-se a pena de 1/3 (um terço) se o agente
comete o crime: Art. 241-D. Aliciar, assediar, instigar ou constranger, por
I – no exercício de cargo ou função pública ou a pretexto de qualquer meio de comunicação, criança, com o fim de com ela
exercê-la; praticar ato libidinoso:
II – prevalecendo-se de relações domésticas, de coabitação Pena – reclusão, de 1 (um) a 3 (três) anos, e multa.
ou de hospitalidade; ou Parágrafo único. Nas mesmas penas incorre quem:
III – prevalecendo-se de relações de parentesco I – facilita ou induz o acesso à criança de material
consanguíneo ou afim até o terceiro grau, ou por adoção, de contendo cena de sexo explícito ou pornográfica com o fim de
tutor, curador, preceptor, empregador da vítima ou de quem, com ela praticar ato libidinoso;
a qualquer outro título, tenha autoridade sobre ela, ou com seu II – pratica as condutas descritas no caput deste artigo
consentimento. com o fim de induzir criança a se exibir de forma pornográfica
ou sexualmente explícita.
Art. 241. Vender ou expor à venda fotografia, vídeo ou
outro registro que contenha cena de sexo explícito ou Art. 241-E. Para efeito dos crimes previstos nesta Lei, a
pornográfica envolvendo criança ou adolescente: expressão “cena de sexo explícito ou pornográfica”
Pena – reclusão, de 4 (quatro) a 8 (oito) anos, e multa. compreende qualquer situação que envolva criança ou
adolescente em atividades sexuais explícitas, reais ou
Art. 241-A. Oferecer, trocar, disponibilizar, transmitir, simuladas, ou exibição dos órgãos genitais de uma criança ou
distribuir, publicar ou divulgar por qualquer meio, inclusive adolescente para fins primordialmente sexuais
por meio de sistema de informática ou telemático, fotografia,
vídeo ou outro registro que contenha cena de sexo explícito ou Art. 242. Vender, fornecer ainda que gratuitamente ou
pornográfica envolvendo criança ou adolescente: entregar, de qualquer forma, a criança ou adolescente arma,
Pena – reclusão, de 3 (três) a 6 (seis) anos, e multa. munição ou explosivo:
§ 1º Nas mesmas penas incorre quem: Pena - reclusão, de 3 (três) a 6 (seis) anos.
I – assegura os meios ou serviços para o armazenamento
das fotografias, cenas ou imagens de que trata o caput deste Art. 243. Vender, fornecer, servir, ministrar ou entregar,
artigo; ainda que gratuitamente, de qualquer forma, a criança ou a
II – assegura, por qualquer meio, o acesso por rede de adolescente, bebida alcoólica ou, sem justa causa, outros
computadores às fotografias, cenas ou imagens de que trata o produtos cujos componentes possam causar dependência
caput deste artigo. física ou psíquica: (Redação dada pela Lei nº 13.106, de 2015)
§ 2º As condutas tipificadas nos incisos I e II do § 1o deste Pena - detenção de 2 (dois) a 4 (quatro) anos, e multa, se o
artigo são puníveis quando o responsável legal pela prestação fato não constitui crime mais grave. (Redação dada pela
do serviço, oficialmente notificado, deixa de desabilitar o Lei nº 13.106, de 2015)
acesso ao conteúdo ilícito de que trata o caput deste artigo.
Art. 244. Vender, fornecer ainda que gratuitamente ou
Art. 241-B. Adquirir, possuir ou armazenar, por qualquer entregar, de qualquer forma, a criança ou adolescente fogos de
meio, fotografia, vídeo ou outra forma de registro que estampido ou de artifício, exceto aqueles que, pelo seu
contenha cena de sexo explícito ou pornográfica envolvendo reduzido potencial, sejam incapazes de provocar qualquer
criança ou adolescente: dano físico em caso de utilização indevida:
Pena – reclusão, de 1 (um) a 4 (quatro) anos, e multa. Pena - detenção de seis meses a dois anos, e multa.
§ 1º A pena é diminuída de 1 (um) a 2/3 (dois terços) se
de pequena quantidade o material a que se refere o caput deste Art. 244-A. Submeter criança ou adolescente, como tais
artigo. definidos no caput do art. 2º desta Lei, à prostituição ou à
§ 2º Não há crime se a posse ou o armazenamento tem a exploração sexual:
finalidade de comunicar às autoridades competentes a Pena – reclusão de quatro a dez anos e multa, além da
ocorrência das condutas descritas nos arts. 240, 241, 241-A e perda de bens e valores utilizados na prática criminosa em
241-C desta Lei, quando a comunicação for feita por: favor do Fundo dos Direitos da Criança e do Adolescente da
I – agente público no exercício de suas funções; unidade da Federação (Estado ou Distrito Federal) em que foi
II – membro de entidade, legalmente constituída, que cometido o crime, ressalvado o direito de terceiro de boa-fé.
inclua, entre suas finalidades institucionais, o recebimento, o (Redação dada pela Lei nº 13.440, de 2017)
processamento e o encaminhamento de notícia dos crimes § 1º Incorrem nas mesmas penas o proprietário, o gerente
referidos neste parágrafo; ou o responsável pelo local em que se verifique a submissão de
III – representante legal e funcionários responsáveis de criança ou adolescente às práticas referidas no caput deste
provedor de acesso ou serviço prestado por meio de rede de artigo.
computadores, até o recebimento do material relativo à notícia § 2º Constitui efeito obrigatório da condenação a cassação
feita à autoridade policial, ao Ministério Público ou ao Poder da licença de localização e de funcionamento do
Judiciário. estabelecimento.
§ 3º As pessoas referidas no § 2o deste artigo deverão
manter sob sigilo o material ilícito referido. Art. 244-B. Corromper ou facilitar a corrupção de menor
de 18 (dezoito) anos, com ele praticando infração penal ou
Art. 241-C. Simular a participação de criança ou induzindo-o a praticá-la:
adolescente em cena de sexo explícito ou pornográfica por Pena - reclusão, de 1 (um) a 4 (quatro) anos.
meio de adulteração, montagem ou modificação de fotografia, § 1º Incorre nas penas previstas no caput deste artigo
vídeo ou qualquer outra forma de representação visual: quem pratica as condutas ali tipificadas utilizando-se de
Pena – reclusão, de 1 (um) a 3 (três) anos, e multa. quaisquer meios eletrônicos, inclusive salas de bate-papo da
Parágrafo único. Incorre nas mesmas penas quem vende, internet.
expõe à venda, disponibiliza, distribui, publica ou divulga por § 2º As penas previstas no caput deste artigo são
aumentadas de um terço no caso de a infração cometida ou

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induzida estar incluída no rol do art. 1o da Lei no 8.072, de 25 § 2º Se comprovada a reincidência em período inferior a
de julho de 1990. Capítulo II 30 (trinta) dias, o estabelecimento será definitivamente
fechado e terá sua licença cassada.
Das Infrações Administrativas
Art. 251. Transportar criança ou adolescente, por qualquer
Art. 245. Deixar o médico, professor ou responsável por meio, com inobservância do disposto nos arts. 83, 84 e 85
estabelecimento de atenção à saúde e de ensino fundamental, desta Lei:
pré-escola ou creche, de comunicar à autoridade competente Pena - multa de três a vinte salários de referência,
os casos de que tenha conhecimento, envolvendo suspeita ou aplicando-se o dobro em caso de reincidência.
confirmação de maus-tratos contra criança ou adolescente:
Pena - multa de três a vinte salários de referência, Art. 252. Deixar o responsável por diversão ou espetáculo
aplicando-se o dobro em caso de reincidência. público de afixar, em lugar visível e de fácil acesso, à entrada
do local de exibição, informação destacada sobre a natureza da
Art. 246. Impedir o responsável ou funcionário de entidade diversão ou espetáculo e a faixa etária especificada no
de atendimento o exercício dos direitos constantes nos incisos certificado de classificação:
II, III, VII, VIII e XI do art. 124 desta Lei: Pena - multa de três a vinte salários de referência,
Pena - multa de três a vinte salários de referência, aplicando-se o dobro em caso de reincidência.
aplicando-se o dobro em caso de reincidência.
Art. 253. Anunciar peças teatrais, filmes ou quaisquer
Art. 247. Divulgar, total ou parcialmente, sem autorização representações ou espetáculos, sem indicar os limites de idade
devida, por qualquer meio de comunicação, nome, ato ou a que não se recomendem:
documento de procedimento policial, administrativo ou Pena - multa de três a vinte salários de referência,
judicial relativo a criança ou adolescente a que se atribua ato duplicada em caso de reincidência, aplicável, separadamente,
infracional: à casa de espetáculo e aos órgãos de divulgação ou
Pena - multa de três a vinte salários de referência, publicidade.
aplicando-se o dobro em caso de reincidência.
§ 1º Incorre na mesma pena quem exibe, total ou Art. 254. Transmitir, através de rádio ou televisão,
parcialmente, fotografia de criança ou adolescente envolvido espetáculo em horário diverso do autorizado ou sem aviso de
em ato infracional, ou qualquer ilustração que lhe diga sua classificação:
respeito ou se refira a atos que lhe sejam atribuídos, de forma Pena - multa de vinte a cem salários de referência;
a permitir sua identificação, direta ou indiretamente. duplicada em caso de reincidência a autoridade judiciária
§ 2º Se o fato for praticado por órgão de imprensa ou poderá determinar a suspensão da programação da emissora
emissora de rádio ou televisão, além da pena prevista neste por até dois dias.
artigo, a autoridade judiciária poderá determinar a apreensão
da publicação ou a suspensão da programação da emissora até Art. 255. Exibir filme, trailer, peça, amostra ou congênere
por dois dias, bem como da publicação do periódico até por classificado pelo órgão competente como inadequado às
dois números. (Expressão declara inconstitucional pela ADIN crianças ou adolescentes admitidos ao espetáculo:
869-2) Pena - multa de vinte a cem salários de referência; na
reincidência, a autoridade poderá determinar a suspensão do
Art. 248. Deixar de apresentar à autoridade judiciária de espetáculo ou o fechamento do estabelecimento por até quinze
seu domicílio, no prazo de cinco dias, com o fim de regularizar dias.
a guarda, adolescente trazido de outra comarca para a
prestação de serviço doméstico, mesmo que autorizado pelos Art. 256. Vender ou locar a criança ou adolescente fita de
pais ou responsável: programação em vídeo, em desacordo com a classificação
Pena - multa de três a vinte salários de referência, atribuída pelo órgão competente:
aplicando-se o dobro em caso de reincidência, Pena - multa de três a vinte salários de referência; em caso
independentemente das despesas de retorno do adolescente, de reincidência, a autoridade judiciária poderá determinar o
se for o caso. fechamento do estabelecimento por até quinze dias.

Observação: A Lei nº 13.431/2017 revoga o art. 248, Art. 257. Descumprir obrigação constante dos arts. 78 e 79
entretanto, essa lei só entrará em vigor após 1 ano de sua desta Lei:
publicação (04/04/2018). Pena - multa de três a vinte salários de referência,
duplicando-se a pena em caso de reincidência, sem prejuízo de
Art. 249. Descumprir, dolosa ou culposamente, os deveres apreensão da revista ou publicação.
inerentes ao poder familiar ou decorrente de tutela ou guarda,
bem assim determinação da autoridade judiciária ou Conselho Art. 258. Deixar o responsável pelo estabelecimento ou o
Tutelar: empresário de observar o que dispõe esta Lei sobre o acesso
Pena - multa de três a vinte salários de referência, de criança ou adolescente aos locais de diversão, ou sobre sua
aplicando-se o dobro em caso de reincidência. participação no espetáculo:
Pena - multa de três a vinte salários de referência; em caso
Art. 250. Hospedar criança ou adolescente de reincidência, a autoridade judiciária poderá determinar o
desacompanhado dos pais ou responsável, ou sem autorização fechamento do estabelecimento por até quinze dias.
escrita desses ou da autoridade judiciária, em hotel, pensão,
motel ou congênere: Art. 258-A. Deixar a autoridade competente de
Pena – multa. providenciar a instalação e operacionalização dos cadastros
§ 1º Em caso de reincidência, sem prejuízo da pena de previstos no art. 50 e no § 11 do art. 101 desta Lei:
multa, a autoridade judiciária poderá determinar o Pena - multa de R$ 1.000,00 (mil reais) a R$ 3.000,00 (três
fechamento do estabelecimento por até 15 (quinze) dias. mil reais).
Parágrafo único. Incorre nas mesmas penas a autoridade
que deixa de efetuar o cadastramento de crianças e de

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adolescentes em condições de serem adotadas, de pessoas ou § 4º O Ministério Público determinará em cada comarca a
casais habilitados à adoção e de crianças e adolescentes em forma de fiscalização da aplicação, pelo Fundo Municipal dos
regime de acolhimento institucional ou familiar. Direitos da Criança e do Adolescente, dos incentivos fiscais
referidos neste artigo.
Art. 258-B. Deixar o médico, enfermeiro ou dirigente de § 5º Observado o disposto no § 4º do art. 3º da Lei no 9.249,
estabelecimento de atenção à saúde de gestante de efetuar de 26 de dezembro de 1995, a dedução de que trata o inciso I
imediato encaminhamento à autoridade judiciária de caso de do caput:
que tenha conhecimento de mãe ou gestante interessada em I - será considerada isoladamente, não se submetendo a
entregar seu filho para adoção: limite em conjunto com outras deduções do imposto; e
Pena - multa de R$ 1.000,00 (mil reais) a R$ 3.000,00 (três II - não poderá ser computada como despesa operacional
mil reais). na apuração do lucro real.
Parágrafo único. Incorre na mesma pena o funcionário de
programa oficial ou comunitário destinado à garantia do Art. 260-A. A partir do exercício de 2010, ano-calendário
direito à convivência familiar que deixa de efetuar a de 2009, a pessoa física poderá optar pela doação de que trata
comunicação referida no caput deste artigo. o inciso II do caput do art. 260 diretamente em sua Declaração
de Ajuste Anual.
Art. 258-C. Descumprir a proibição estabelecida no inciso § 1º A doação de que trata o caput poderá ser deduzida até
II do art. 81: (Redação dada pela Lei nº 13.106, de 2015) os seguintes percentuais aplicados sobre o imposto apurado
Pena - multa de R$ 3.000,00 (três mil reais) a R$ 10.000,00 na declaração:
(dez mil reais); Redação dada pela Lei nº 13.106, de 2015) I - (VETADO);
Medida Administrativa - interdição do estabelecimento II - (VETADO);
comercial até o recolhimento da multa aplicada. (Redação III - 3% (três por cento) a partir do exercício de 2012.
dada pela Lei nº 13.106, de 2015) § 2º A dedução de que trata o caput:
I - está sujeita ao limite de 6% (seis por cento) do imposto
Disposições Finais e Transitórias sobre a renda apurado na declaração de que trata o inciso II do
caput do art. 260;
Art. 259. A União, no prazo de noventa dias contados da II - não se aplica à pessoa física que:
publicação deste Estatuto, elaborará projeto de lei dispondo a) utilizar o desconto simplificado;
sobre a criação ou adaptação de seus órgãos às diretrizes da b) apresentar declaração em formulário; ou
política de atendimento fixadas no art. 88 e ao que estabelece c) entregar a declaração fora do prazo;
o Título V do Livro II. III - só se aplica às doações em espécie; e
Parágrafo único. Compete aos estados e municípios IV - não exclui ou reduz outros benefícios ou deduções em
promoverem a adaptação de seus órgãos e programas às vigor.
diretrizes e princípios estabelecidos nesta Lei. § 3º O pagamento da doação deve ser efetuado até a data
de vencimento da primeira quota ou quota única do imposto,
Art. 260. Os contribuintes poderão efetuar doações aos observadas instruções específicas da Secretaria da Receita
Fundos dos Direitos da Criança e do Adolescente nacional, Federal do Brasil.
distrital, estaduais ou municipais, devidamente comprovadas, § 4º O não pagamento da doação no prazo estabelecido no
sendo essas integralmente deduzidas do imposto de renda, § 3o implica a glosa definitiva desta parcela de dedução,
obedecidos os seguintes limites: ficando a pessoa física obrigada ao recolhimento da diferença
I - 1% (um por cento) do imposto sobre a renda devido de imposto devido apurado na Declaração de Ajuste Anual com
apurado pelas pessoas jurídicas tributadas com base no lucro os acréscimos legais previstos na legislação.
real; e § 5º A pessoa física poderá deduzir do imposto apurado na
II - 6% (seis por cento) do imposto sobre a renda apurado Declaração de Ajuste Anual as doações feitas, no respectivo
pelas pessoas físicas na Declaração de Ajuste Anual, observado ano-calendário, aos fundos controlados pelos Conselhos dos
o disposto no art. 22 da Lei no 9.532, de 10 de dezembro de Direitos da Criança e do Adolescente municipais, distrital,
1997. estaduais e nacional concomitantemente com a opção de que
§ 1º - Revogado trata o caput, respeitado o limite previsto no inciso II do art.
§ 1º-A. Na definição das prioridades a serem atendidas 260.
com os recursos captados pelos fundos nacional, estaduais e
municipais dos direitos da criança e do adolescente, serão Art. 260-B. A doação de que trata o inciso I do art. 260
consideradas as disposições do Plano Nacional de Promoção, poderá ser deduzida:
Proteção e Defesa do Direito de Crianças e Adolescentes à I - do imposto devido no trimestre, para as pessoas
Convivência Familiar e Comunitária e as do Plano Nacional jurídicas que apuram o imposto trimestralmente; e
pela Primeira Infância. (Redação dada pela Lei nº 13.257, de II - do imposto devido mensalmente e no ajuste anual, para
2016) as pessoas jurídicas que apuram o imposto anualmente.
§ 2º Os conselhos nacional, estaduais e municipais dos Parágrafo único. A doação deverá ser efetuada dentro do
direitos da criança e do adolescente fixarão critérios de período a que se refere a apuração do imposto.
utilização, por meio de planos de aplicação, das dotações
subsidiadas e demais receitas, aplicando necessariamente Art. 260-C. As doações de que trata o art. 260 desta Lei
percentual para incentivo ao acolhimento, sob a forma de podem ser efetuadas em espécie ou em bens.
guarda, de crianças e adolescentes e para programas de Parágrafo único. As doações efetuadas em espécie devem
atenção integral à primeira infância em áreas de maior ser depositadas em conta específica, em instituição financeira
carência socioeconômica e em situações de calamidade. pública, vinculadas aos respectivos fundos de que trata o art.
(Redação dada pela Lei nº 13.257, de 2016) 260.
§ 3º O Departamento da Receita Federal, do Ministério da
Economia, Fazenda e Planejamento, regulamentará a Art. 260-D. Os órgãos responsáveis pela administração das
comprovação das doações feitas aos fundos, nos termos deste contas dos Fundos dos Direitos da Criança e do Adolescente
artigo. nacional, estaduais, distrital e municipais devem emitir recibo

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em favor do doador, assinado por pessoa competente e pelo dados do Sistema de Informações sobre a Infância e a
presidente do Conselho correspondente, especificando: Adolescência; e
I - número de ordem; VI - a avaliação dos resultados dos projetos beneficiados
II - nome, Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica (CNPJ) e com recursos dos Fundos dos Direitos da Criança e do
endereço do emitente; Adolescente nacional, estaduais, distrital e municipais.
III - nome, CNPJ ou Cadastro de Pessoas Físicas (CPF) do
doador; Art. 260-J. O Ministério Público determinará, em cada
IV - data da doação e valor efetivamente recebido; e Comarca, a forma de fiscalização da aplicação dos incentivos
V - ano-calendário a que se refere a doação. fiscais referidos no art. 260 desta Lei.
§ 1º O comprovante de que trata o caput deste artigo pode Parágrafo único. O descumprimento do disposto nos arts.
ser emitido anualmente, desde que discrimine os valores 260-G e 260-I sujeitará os infratores a responder por ação
doados mês a mês. judicial proposta pelo Ministério Público, que poderá atuar de
§ 2º No caso de doação em bens, o comprovante deve ofício, a requerimento ou representação de qualquer cidadão.
conter a identificação dos bens, mediante descrição em campo Art. 260-K. A Secretaria de Direitos Humanos da
próprio ou em relação anexa ao comprovante, informando Presidência da República (SDH/PR) encaminhará à Secretaria
também se houve avaliação, o nome, CPF ou CNPJ e endereço da Receita Federal do Brasil, até 31 de outubro de cada ano,
dos avaliadores. arquivo eletrônico contendo a relação atualizada dos Fundos
dos Direitos da Criança e do Adolescente nacional, distrital,
Art. 260-E. Na hipótese da doação em bens, o doador estaduais e municipais, com a indicação dos respectivos
deverá: números de inscrição no CNPJ e das contas bancárias
I - comprovar a propriedade dos bens, mediante específicas mantidas em instituições financeiras públicas,
documentação hábil; destinadas exclusivamente a gerir os recursos dos Fundos.
II - baixar os bens doados na declaração de bens e direitos,
quando se tratar de pessoa física, e na escrituração, no caso de Art. 260-L. A Secretaria da Receita Federal do Brasil
pessoa jurídica; e expedirá as instruções necessárias à aplicação do disposto nos
III - considerar como valor dos bens doados: arts. 260 a 260-K.
a) para as pessoas físicas, o valor constante da última
declaração do imposto de renda, desde que não exceda o valor Art. 261. A falta dos conselhos municipais dos direitos da
de mercado; criança e do adolescente, os registros, inscrições e alterações a
b) para as pessoas jurídicas, o valor contábil dos bens. que se referem os arts. 90, parágrafo único, e 91 desta Lei serão
Parágrafo único. O preço obtido em caso de leilão não será efetuados perante a autoridade judiciária da comarca a que
considerado na determinação do valor dos bens doados, pertencer a entidade.
exceto se o leilão for determinado por autoridade judiciária. Parágrafo único. A União fica autorizada a repassar aos
estados e municípios, e os estados aos municípios, os recursos
Art. 260-F. Os documentos a que se referem os arts. 260-D referentes aos programas e atividades previstos nesta Lei, tão
e 260-E devem ser mantidos pelo contribuinte por um prazo logo estejam criados os conselhos dos direitos da criança e do
de 5 (cinco) anos para fins de comprovação da dedução adolescente nos seus respectivos níveis.
perante a Receita Federal do Brasil.
Art. 260-G. Os órgãos responsáveis pela administração das Art. 262. Enquanto não instalados os Conselhos Tutelares,
contas dos Fundos dos Direitos da Criança e do Adolescente as atribuições a eles conferidas serão exercidas pela
nacional, estaduais, distrital e municipais devem: autoridade judiciária.
I - manter conta bancária específica destinada
exclusivamente a gerir os recursos do Fundo; Art. 263. O Decreto-Lei n.º 2.848, de 7 de dezembro de
II - manter controle das doações recebidas; e 1940 (Código Penal), passa a vigorar com as seguintes
III - informar anualmente à Secretaria da Receita Federal alterações:
do Brasil as doações recebidas mês a mês, identificando os 1) Art. 121 ............................................................
seguintes dados por doador: § 4º No homicídio culposo, a pena é aumentada de um
a) nome, CNPJ ou CPF; terço, se o crime resulta de inobservância de regra técnica de
b) valor doado, especificando se a doação foi em espécie ou profissão, arte ou ofício, ou se o agente deixa de prestar
em bens. imediato socorro à vítima, não procura diminuir as
consequências do seu ato, ou foge para evitar prisão em
Art. 260-H. Em caso de descumprimento das obrigações flagrante. Sendo doloso o homicídio, a pena é aumentada de
previstas no art. 260-G, a Secretaria da Receita Federal do um terço, se o crime é praticado contra pessoa menor de
Brasil dará conhecimento do fato ao Ministério Público. catorze anos.
2) Art. 129 ...............................................................
Art. 260-I. Os Conselhos dos Direitos da Criança e do § 7º Aumenta-se a pena de um terço, se ocorrer qualquer
Adolescente nacional, estaduais, distrital e municipais das hipóteses do art. 121, § 4º.
divulgarão amplamente à comunidade: § 8º Aplica-se à lesão culposa o disposto no § 5º do art. 121.
I - o calendário de suas reuniões; 3) Art. 136.................................................................
II - as ações prioritárias para aplicação das políticas de § 3º Aumenta-se a pena de um terço, se o crime é praticado
atendimento à criança e ao adolescente; contra pessoa menor de catorze anos.
III - os requisitos para a apresentação de projetos a serem 4) Art. 213 ..................................................................
beneficiados com recursos dos Fundos dos Direitos da Criança Parágrafo único. Se a ofendida é menor de catorze anos:
e do Adolescente nacional, estaduais, distrital ou municipais; Pena - reclusão de quatro a dez anos.
IV - a relação dos projetos aprovados em cada ano- 5) Art. 214...................................................................
calendário e o valor dos recursos previstos para Parágrafo único. Se o ofendido é menor de catorze anos:
implementação das ações, por projeto; Pena - reclusão de três a nove anos
V - o total dos recursos recebidos e a respectiva destinação,
por projeto atendido, inclusive com cadastramento na base de Art. 264. O art. 102 da Lei n.º 6.015, de 31 de dezembro de
1973, fica acrescido do seguinte item:

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"Art. 102 .................................................................... III – destinação privilegiada de recursos públicos nas áreas
6º) a perda e a suspensão do pátrio poder. " relacionadas com a proteção ao idoso;
IV – viabilização de formas alternativas de participação,
Art. 265. A Imprensa Nacional e demais gráficas da União, ocupação e convívio do idoso com as demais gerações;
da administração direta ou indireta, inclusive fundações V – priorização do atendimento do idoso por sua própria
instituídas e mantidas pelo poder público federal promoverão família, em detrimento do atendimento asilar, exceto dos que
edição popular do texto integral deste Estatuto, que será posto não a possuam ou careçam de condições de manutenção da
à disposição das escolas e das entidades de atendimento e de própria sobrevivência;
defesa dos direitos da criança e do adolescente. VI – capacitação e reciclagem dos recursos humanos nas
áreas de geriatria e gerontologia e na prestação de serviços aos
Art. 265-A. O poder público fará periodicamente ampla idosos;
divulgação dos direitos da criança e do adolescente nos meios VII – estabelecimento de mecanismos que favoreçam a
de comunicação social. (Redação dada pela Lei nº 13.257, de divulgação de informações de caráter educativo sobre os
2016) aspectos biopsicossociais de envelhecimento;
Parágrafo único. A divulgação a que se refere o caput será VIII – garantia de acesso à rede de serviços de saúde e de
veiculada em linguagem clara, compreensível e adequada a assistência social locais.
crianças e adolescentes, especialmente às crianças com idade IX – prioridade no recebimento da restituição do Imposto
inferior a 6 (seis) anos. (Incluído dada pela Lei nº 13.257, de de Renda.
2016)
Art. 4º Nenhum idoso será objeto de qualquer tipo de
Art. 266. Esta Lei entra em vigor noventa dias após sua negligência, discriminação, violência, crueldade ou opressão, e
publicação. todo atentado aos seus direitos, por ação ou omissão, será
Parágrafo único. Durante o período de vacância deverão punido na forma da lei.
ser promovidas atividades e campanhas de divulgação e § 1º É dever de todos prevenir a ameaça ou violação aos
esclarecimentos acerca do disposto nesta Lei. direitos do idoso.
§ 2º As obrigações previstas nesta Lei não excluem da
Art. 267. Revogam-se as Leis n.º 4.513, de 1964, e 6.697, de prevenção outras decorrentes dos princípios por ela adotados.
10 de outubro de 1979 (Código de Menores), e as demais
disposições em contrário. Art. 5º A inobservância das normas de prevenção
importará em responsabilidade à pessoa física ou jurídica nos
termos da lei.
4. Lei Federal n° 10.741, de
1°/10/2003 - Estatuto do Art. 6º Todo cidadão tem o dever de comunicar à
autoridade competente qualquer forma de violação a esta Lei
Idoso; que tenha testemunhado ou de que tenha conhecimento.

LEI Nº 10.741, DE 1º DE OUTUBRO DE 2003 Art. 7º Os Conselhos Nacional, Estaduais, do Distrito


Federal e Municipais do Idoso, previstos na Lei no 8.842, de 4
Dispõe sobre o Estatuto do Idoso e dá outras providências. de janeiro de 1994, zelarão pelo cumprimento dos direitos do
idoso, definidos nesta Lei.
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA Faço saber que o
Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei: TÍTULO II
DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS
TÍTULO I CAPÍTULO I
DISPOSIÇÕES PRELIMINARES DO DIREITO À VIDA

Art. 1º É instituído o Estatuto do Idoso, destinado a regular Art. 8º O envelhecimento é um direito personalíssimo e a
os direitos assegurados às pessoas com idade igual ou superior sua proteção um direito social, nos termos desta Lei e da
a 60 (sessenta) anos. legislação vigente.

Art. 2º O idoso goza de todos os direitos fundamentais Art. 9º É obrigação do Estado, garantir à pessoa idosa a
inerentes à pessoa humana, sem prejuízo da proteção integral proteção à vida e à saúde, mediante efetivação de políticas
de que trata esta Lei, assegurando-se lhe, por lei ou por outros sociais públicas que permitam um envelhecimento saudável e
meios, todas as oportunidades e facilidades, para preservação em condições de dignidade.
de sua saúde física e mental e seu aperfeiçoamento moral,
intelectual, espiritual e social, em condições de liberdade e CAPÍTULO II
dignidade. DO DIREITO À LIBERDADE, AO RESPEITO E À
DIGNIDADE
Art. 3º É obrigação da família, da comunidade, da
sociedade e do Poder Público assegurar ao idoso, com absoluta Art. 10. É obrigação do Estado e da sociedade, assegurar à
prioridade, a efetivação do direito à vida, à saúde, à pessoa idosa a liberdade, o respeito e a dignidade, como pessoa
alimentação, à educação, à cultura, ao esporte, ao lazer, ao humana e sujeito de direitos civis, políticos, individuais e
trabalho, à cidadania, à liberdade, à dignidade, ao respeito e à sociais, garantidos na Constituição e nas leis.
convivência familiar e comunitária. § 1º O direito à liberdade compreende, entre outros, os
Parágrafo único. A garantia de prioridade compreende: seguintes aspectos:
I – atendimento preferencial imediato e individualizado I – faculdade de ir, vir e estar nos logradouros públicos e
junto aos órgãos públicos e privados prestadores de serviços à espaços comunitários, ressalvadas as restrições legais;
população; II – opinião e expressão;
II – preferência na formulação e na execução de políticas III – crença e culto religioso;
sociais públicas específicas; IV – prática de esportes e de diversões;

Legislação 40
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V – participação na vida familiar e comunitária; II - quando de interesse do próprio idoso, este se fará
VI – participação na vida política, na forma da lei; representar por procurador legalmente constituído.
VII – faculdade de buscar refúgio, auxílio e orientação. § 6º É assegurado ao idoso enfermo o atendimento
§ 2º O direito ao respeito consiste na inviolabilidade da domiciliar pela perícia médica do Instituto Nacional do Seguro
integridade física, psíquica e moral, abrangendo a preservação Social - INSS, pelo serviço público de saúde ou pelo serviço
da imagem, da identidade, da autonomia, de valores, ideias e privado de saúde, contratado ou conveniado, que integre o
crenças, dos espaços e dos objetos pessoais. Sistema Único de Saúde - SUS, para expedição do laudo de
§ 3º É dever de todos zelar pela dignidade do idoso, saúde necessário ao exercício de seus direitos sociais e de
colocando-o a salvo de qualquer tratamento desumano, isenção tributária.
violento, aterrorizante, vexatório ou constrangedor.
Art. 16. Ao idoso internado ou em observação é assegurado
CAPÍTULO III o direito a acompanhante, devendo o órgão de saúde
DOS ALIMENTOS proporcionar as condições adequadas para a sua permanência
em tempo integral, segundo o critério médico.
Art. 11. Os alimentos serão prestados ao idoso na forma da Parágrafo único. Caberá ao profissional de saúde
lei civil. responsável pelo tratamento conceder autorização para o
acompanhamento do idoso ou, no caso de impossibilidade,
Art. 12. A obrigação alimentar é solidária, podendo o idoso justificá-la por escrito.
optar entre os prestadores.
Art. 17. Ao idoso que esteja no domínio de suas faculdades
Art. 13. As transações relativas a alimentos poderão ser mentais é assegurado o direito de optar pelo tratamento de
celebradas perante o Promotor de Justiça ou Defensor Público, saúde que lhe for reputado mais favorável.
que as referendará, e passarão a ter efeito de título executivo Parágrafo único. Não estando o idoso em condições de
extrajudicial nos termos da lei processual civil. proceder à opção, esta será feita:
I – pelo curador, quando o idoso for interditado;
Art. 14. Se o idoso ou seus familiares não possuírem II – pelos familiares, quando o idoso não tiver curador ou
condições econômicas de prover o seu sustento, impõe-se ao este não puder ser contatado em tempo hábil;
Poder Público esse provimento, no âmbito da assistência III – pelo médico, quando ocorrer iminente risco de vida e
social. não houver tempo hábil para consulta a curador ou familiar;
IV – pelo próprio médico, quando não houver curador ou
CAPÍTULO IV familiar conhecido, caso em que deverá comunicar o fato ao
DO DIREITO À SAÚDE Ministério Público.

Art. 15. É assegurada a atenção integral à saúde do idoso, Art. 18. As instituições de saúde devem atender aos
por intermédio do Sistema Único de Saúde – SUS, garantindo- critérios mínimos para o atendimento às necessidades do
lhe o acesso universal e igualitário, em conjunto articulado e idoso, promovendo o treinamento e a capacitação dos
contínuo das ações e serviços, para a prevenção, promoção, profissionais, assim como orientação a cuidadores familiares e
proteção e recuperação da saúde, incluindo a atenção especial grupos de autoajuda.
às doenças que afetam preferencialmente os idosos.
§ 1º A prevenção e a manutenção da saúde do idoso serão Art. 19. Os casos de suspeita ou confirmação de violência
efetivadas por meio de: praticada contra idosos serão objeto de notificação
I – cadastramento da população idosa em base territorial; compulsória pelos serviços de saúde públicos e privados à
II – atendimento geriátrico e gerontológico em autoridade sanitária, bem como serão obrigatoriamente
ambulatórios; comunicados por eles a quaisquer dos seguintes órgãos:
III – unidades geriátricas de referência, com pessoal I – autoridade policial;
especializado nas áreas de geriatria e gerontologia social; II – Ministério Público;
IV – atendimento domiciliar, incluindo a internação, para a III – Conselho Municipal do Idoso;
população que dele necessitar e esteja impossibilitada de se IV – Conselho Estadual do Idoso;
locomover, inclusive para idosos abrigados e acolhidos por V – Conselho Nacional do Idoso.
instituições públicas, filantrópicas ou sem fins lucrativos e § 1º Para os efeitos desta Lei, considera-se violência contra
eventualmente conveniadas com o Poder Público, nos meios o idoso qualquer ação ou omissão praticada em local público
urbano e rural; ou privado que lhe cause morte, dano ou sofrimento físico ou
V – reabilitação orientada pela geriatria e gerontologia, psicológico.
para redução das sequelas decorrentes do agravo da saúde. § 2º Aplica-se, no que couber, à notificação compulsória
§ 2º Incumbe ao Poder Público fornecer aos idosos, prevista no caput deste artigo, o disposto na Lei no 6.259, de
gratuitamente, medicamentos, especialmente os de uso 30 de outubro de 1975.
continuado, assim como próteses, órteses e outros recursos
relativos ao tratamento, habilitação ou reabilitação. CAPÍTULO V
§ 3º É vedada a discriminação do idoso nos planos de saúde DA EDUCAÇÃO, CULTURA, ESPORTE E LAZER
pela cobrança de valores diferenciados em razão da idade.
§ 4º Os idosos portadores de deficiência ou com limitação Art. 20. O idoso tem direito a educação, cultura, esporte,
incapacitante terão atendimento especializado, nos termos da lazer, diversões, espetáculos, produtos e serviços que
lei. respeitem sua peculiar condição de idade.
§ 5º É vedado exigir o comparecimento do idoso enfermo
perante os órgãos públicos, hipótese na qual será admitido o Art. 21. O Poder Público criará oportunidades de acesso do
seguinte procedimento: idoso à educação, adequando currículos, metodologias e
I - quando de interesse do poder público, o agente material didático aos programas educacionais a ele
promoverá o contato necessário com o idoso em sua destinados.
residência; ou

Legislação 41
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APOSTILAS OPÇÃO

§ 1º Os cursos especiais para idosos incluirão conteúdo percentual definido em regulamento, observados os critérios
relativo às técnicas de comunicação, computação e demais estabelecidos pela Lei no 8.213, de 24 de julho de 1991.
avanços tecnológicos, para sua integração à vida moderna.
§ 2º Os idosos participarão das comemorações de caráter Art. 30. A perda da condição de segurado não será
cívico ou cultural, para transmissão de conhecimentos e considerada para a concessão da aposentadoria por idade,
vivências às demais gerações, no sentido da preservação da desde que a pessoa conte com, no mínimo, o tempo de
memória e da identidade culturais. contribuição correspondente ao exigido para efeito de
carência na data de requerimento do benefício.
Art. 22. Nos currículos mínimos dos diversos níveis de Parágrafo único. O cálculo do valor do benefício previsto
ensino formal serão inseridos conteúdos voltados ao processo no caput observará o disposto no caput e § 2º do art. 3º da Lei
de envelhecimento, ao respeito e à valorização do idoso, de no 9.876, de 26 de novembro de 1999, ou, não havendo
forma a eliminar o preconceito e a produzir conhecimentos salários-de-contribuição recolhidos a partir da competência
sobre a matéria. de julho de 1994, o disposto no art. 35 da Lei no 8.213, de 1991.

Art. 23. A participação dos idosos em atividades culturais e Art. 31. O pagamento de parcelas relativas a benefícios,
de lazer será proporcionada mediante descontos de pelo efetuado com atraso por responsabilidade da Previdência
menos 50% (cinquenta por cento) nos ingressos para eventos Social, será atualizado pelo mesmo índice utilizado para os
artísticos, culturais, esportivos e de lazer, bem como o acesso reajustamentos dos benefícios do Regime Geral de Previdência
preferencial aos respectivos locais. Social, verificado no período compreendido entre o mês que
deveria ter sido pago e o mês do efetivo pagamento.
Art. 24. Os meios de comunicação manterão espaços ou
horários especiais voltados aos idosos, com finalidade Art. 32. O Dia Mundial do Trabalho, 1º de Maio, é a data-
informativa, educativa, artística e cultural, e ao público sobre base dos aposentados e pensionistas.
o processo de envelhecimento.
CAPÍTULO VIII
Art. 25. O Poder Público apoiará a criação de universidade DA ASSISTÊNCIA SOCIAL
aberta para as pessoas idosas e incentivará a publicação de
livros e periódicos, de conteúdo e padrão editorial adequados Art. 33. A assistência social aos idosos será prestada, de
ao idoso, que facilitem a leitura, considerada a natural redução forma articulada, conforme os princípios e diretrizes previstos
da capacidade visual. na Lei Orgânica da Assistência Social, na Política Nacional do
Idoso, no Sistema Único de Saúde e demais normas
CAPÍTULO VI pertinentes.
DA PROFISSIONALIZAÇÃO E DO TRABALHO
Art. 34. Aos idosos, a partir de 65 (sessenta e cinco) anos,
Art. 26. O idoso tem direito ao exercício de atividade que não possuam meios para prover sua subsistência, nem de
profissional, respeitadas suas condições físicas, intelectuais e tê-la provida por sua família, é assegurado o benefício mensal
psíquicas. de 1 (um) salário-mínimo, nos termos da Lei Orgânica da
Assistência Social – Loas.
Art. 27. Na admissão do idoso em qualquer trabalho ou Parágrafo único. O benefício já concedido a qualquer
emprego, é vedada a discriminação e a fixação de limite membro da família nos termos do caput não será computado
máximo de idade, inclusive para concursos, ressalvados os para os fins do cálculo da renda familiar per capita a que se
casos em que a natureza do cargo o exigir. refere a Loas.
Parágrafo único. O primeiro critério de desempate em
concurso público será a idade, dando-se preferência ao de Art. 35. Todas as entidades de longa permanência, ou casa-
idade mais elevada. lar, são obrigadas a firmar contrato de prestação de serviços
com a pessoa idosa abrigada.
Art. 28. O Poder Público criará e estimulará programas de: § 1º No caso de entidades filantrópicas, ou casa-lar, é
I – profissionalização especializada para os idosos, facultada a cobrança de participação do idoso no custeio da
aproveitando seus potenciais e habilidades para atividades entidade.
regulares e remuneradas; § 2º O Conselho Municipal do Idoso ou o Conselho
II – preparação dos trabalhadores para a aposentadoria, Municipal da Assistência Social estabelecerá a forma de
com antecedência mínima de 1 (um) ano, por meio de estímulo participação prevista no § 1º, que não poderá exceder a 70%
a novos projetos sociais, conforme seus interesses, e de (setenta por cento) de qualquer benefício previdenciário ou de
esclarecimento sobre os direitos sociais e de cidadania; assistência social percebido pelo idoso.
III – estímulo às empresas privadas para admissão de § 3º Se a pessoa idosa for incapaz, caberá a seu
idosos ao trabalho. representante legal firmar o contrato a que se refere o caput
deste artigo.
CAPÍTULO VII
DA PREVIDÊNCIA SOCIAL Art. 36. O acolhimento de idosos em situação de risco
social, por adulto ou núcleo familiar, caracteriza a dependência
Art. 29. Os benefícios de aposentadoria e pensão do econômica, para os efeitos legais.
Regime Geral da Previdência Social observarão, na sua
concessão, critérios de cálculo que preservem o valor real dos CAPÍTULO IX
salários sobre os quais incidiram contribuição, nos termos da DA HABITAÇÃO
legislação vigente.
Parágrafo único. Os valores dos benefícios em manutenção Art. 37. O idoso tem direito a moradia digna, no seio da
serão reajustados na mesma data de reajuste do salário- família natural ou substituta, ou desacompanhado de seus
mínimo, pro rata, de acordo com suas respectivas datas de familiares, quando assim o desejar, ou, ainda, em instituição
início ou do seu último reajustamento, com base em pública ou privada.

Legislação 42
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APOSTILAS OPÇÃO

§ 1º A assistência integral na modalidade de entidade de Art. 42. São asseguradas a prioridade e a segurança do
longa permanência será prestada quando verificada idoso nos procedimentos de embarque e desembarque nos
inexistência de grupo familiar, casa-lar, abandono ou carência veículos do sistema de transporte coletivo.
de recursos financeiros próprios ou da família.
§ 2º Toda instituição dedicada ao atendimento ao idoso TÍTULO III
fica obrigada a manter identificação externa visível, sob pena DAS MEDIDAS DE PROTEÇÃO
de interdição, além de atender toda a legislação pertinente. CAPÍTULO I
§ 3º As instituições que abrigarem idosos são obrigadas a DAS DISPOSIÇÕES GERAIS
manter padrões de habitação compatíveis com as
necessidades deles, bem como provê-los com alimentação Art. 43. As medidas de proteção ao idoso são aplicáveis
regular e higiene indispensáveis às normas sanitárias e com sempre que os direitos reconhecidos nesta Lei forem
estas condizentes, sob as penas da lei. ameaçados ou violados:
I – por ação ou omissão da sociedade ou do Estado;
Art. 38. Nos programas habitacionais, públicos ou II – por falta, omissão ou abuso da família, curador ou
subsidiados com recursos públicos, o idoso goza de prioridade entidade de atendimento;
na aquisição de imóvel para moradia própria, observado o III – em razão de sua condição pessoal.
seguinte:
I - reserva de pelo menos 3% (três por cento) das unidades CAPÍTULO II
habitacionais residenciais para atendimento aos idosos; DAS MEDIDAS ESPECÍFICAS DE PROTEÇÃO
II – implantação de equipamentos urbanos comunitários
voltados ao idoso; Art. 44. As medidas de proteção ao idoso previstas nesta
III – eliminação de barreiras arquitetônicas e urbanísticas, Lei poderão ser aplicadas, isolada ou cumulativamente, e
para garantia de acessibilidade ao idoso; levarão em conta os fins sociais a que se destinam e o
IV – critérios de financiamento compatíveis com os fortalecimento dos vínculos familiares e comunitários.
rendimentos de aposentadoria e pensão.
Parágrafo único. As unidades residenciais reservadas para Art. 45. Verificada qualquer das hipóteses previstas no art.
atendimento a idosos devem situar-se, preferencialmente, no 43, o Ministério Público ou o Poder Judiciário, a requerimento
pavimento térreo. daquele, poderá determinar, dentre outras, as seguintes
medidas:
CAPÍTULO X I – encaminhamento à família ou curador, mediante termo
DO TRANSPORTE de responsabilidade;
II – orientação, apoio e acompanhamento temporários;
Art. 39. Aos maiores de 65 (sessenta e cinco) anos fica III – requisição para tratamento de sua saúde, em regime
assegurada a gratuidade dos transportes coletivos públicos ambulatorial, hospitalar ou domiciliar;
urbanos e semiurbanos, exceto nos serviços seletivos e IV – inclusão em programa oficial ou comunitário de
especiais, quando prestados paralelamente aos serviços auxílio, orientação e tratamento a usuários dependentes de
regulares. drogas lícitas ou ilícitas, ao próprio idoso ou à pessoa de sua
§ 1º Para ter acesso à gratuidade, basta que o idoso convivência que lhe cause perturbação;
apresente qualquer documento pessoal que faça prova de sua V – abrigo em entidade;
idade. VI – abrigo temporário.
§ 2º Nos veículos de transporte coletivo de que trata este
artigo, serão reservados 10% (dez por cento) dos assentos TÍTULO IV
para os idosos, devidamente identificados com a placa de DA POLÍTICA DE ATENDIMENTO AO IDOSO
reservado preferencialmente para idosos. CAPÍTULO I
§ 3º No caso das pessoas compreendidas na faixa etária DISPOSIÇÕES GERAIS
entre 60 (sessenta) e 65 (sessenta e cinco) anos, ficará a
critério da legislação local dispor sobre as condições para Art. 46. A política de atendimento ao idoso far-se-á por
exercício da gratuidade nos meios de transporte previstos no meio do conjunto articulado de ações governamentais e não-
caput deste artigo. governamentais da União, dos Estados, do Distrito Federal e
dos Municípios.
Art. 40. No sistema de transporte coletivo interestadual
observar-se-á, nos termos da legislação específica: Art. 47. São linhas de ação da política de atendimento:
I – a reserva de 2 (duas) vagas gratuitas por veículo para I – políticas sociais básicas, previstas na Lei no 8.842, de 4
idosos com renda igual ou inferior a 2 (dois) salários-mínimos; de janeiro de 1994;
II – desconto de 50% (cinquenta por cento), no mínimo, no II – políticas e programas de assistência social, em caráter
valor das passagens, para os idosos que excederem as vagas supletivo, para aqueles que necessitarem;
gratuitas, com renda igual ou inferior a 2 (dois) salários- III – serviços especiais de prevenção e atendimento às
mínimos. vítimas de negligência, maus-tratos, exploração, abuso,
Parágrafo único. Caberá aos órgãos competentes definir os crueldade e opressão;
mecanismos e os critérios para o exercício dos direitos IV – serviço de identificação e localização de parentes ou
previstos nos incisos I e II. responsáveis por idosos abandonados em hospitais e
instituições de longa permanência;
Art. 41. É assegurada a reserva, para os idosos, nos termos V – proteção jurídico-social por entidades de defesa dos
da lei local, de 5% (cinco por cento) das vagas nos direitos dos idosos;
estacionamentos públicos e privados, as quais deverão ser VI – mobilização da opinião pública no sentido da
posicionadas de forma a garantir a melhor comodidade ao participação dos diversos segmentos da sociedade no
idoso. atendimento do idoso.

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CAPÍTULO II XV – manter arquivo de anotações onde constem data e


DAS ENTIDADES DE ATENDIMENTO AO IDOSO circunstâncias do atendimento, nome do idoso, responsável,
parentes, endereços, cidade, relação de seus pertences, bem
Art. 48. As entidades de atendimento são responsáveis pela como o valor de contribuições, e suas alterações, se houver, e
manutenção das próprias unidades, observadas as normas de demais dados que possibilitem sua identificação e a
planejamento e execução emanadas do órgão competente da individualização do atendimento;
Política Nacional do Idoso, conforme a Lei no 8.842, de 1994. XVI – comunicar ao Ministério Público, para as
Parágrafo único. As entidades governamentais e não- providências cabíveis, a situação de abandono moral ou
governamentais de assistência ao idoso ficam sujeitas à material por parte dos familiares;
inscrição de seus programas, junto ao órgão competente da XVII – manter no quadro de pessoal profissionais com
Vigilância Sanitária e Conselho Municipal da Pessoa Idosa, e formação específica.
em sua falta, junto ao Conselho Estadual ou Nacional da Pessoa
Idosa, especificando os regimes de atendimento, observados Art. 51. As instituições filantrópicas ou sem fins lucrativos
os seguintes requisitos: prestadoras de serviço ao idoso terão direito à assistência
I – oferecer instalações físicas em condições adequadas de judiciária gratuita.
habitabilidade, higiene, salubridade e segurança;
II – apresentar objetivos estatutários e plano de trabalho CAPÍTULO III
compatíveis com os princípios desta Lei; DA FISCALIZAÇÃO DAS ENTIDADES DE ATENDIMENTO
III – estar regularmente constituída;
IV – demonstrar a idoneidade de seus dirigentes. Art. 52. As entidades governamentais e não-
governamentais de atendimento ao idoso serão fiscalizadas
Art. 49. As entidades que desenvolvam programas de pelos Conselhos do Idoso, Ministério Público, Vigilância
institucionalização de longa permanência adotarão os Sanitária e outros previstos em lei.
seguintes princípios:
I – preservação dos vínculos familiares; Art. 53. O art. 7º da Lei no 8.842, de 1994, passa a vigorar
II – atendimento personalizado e em pequenos grupos; com a seguinte redação:
III – manutenção do idoso na mesma instituição, salvo em
caso de força maior; "Art. 7º Compete aos Conselhos de que trata o art. 6º desta
IV – participação do idoso nas atividades comunitárias, de Lei a supervisão, o acompanhamento, a fiscalização e a
caráter interno e externo; avaliação da política nacional do idoso, no âmbito das
V – observância dos direitos e garantias dos idosos; respectivas instâncias político-administrativas." (NR)
VI – preservação da identidade do idoso e oferecimento de
ambiente de respeito e dignidade. Art. 54. Será dada publicidade das prestações de contas dos
Parágrafo único. O dirigente de instituição prestadora de recursos públicos e privados recebidos pelas entidades de
atendimento ao idoso responderá civil e criminalmente pelos atendimento.
atos que praticar em detrimento do idoso, sem prejuízo das
sanções administrativas. Art. 55. As entidades de atendimento que descumprirem as
determinações desta Lei ficarão sujeitas, sem prejuízo da
Art. 50. Constituem obrigações das entidades de responsabilidade civil e criminal de seus dirigentes ou
atendimento: prepostos, às seguintes penalidades, observado o devido
I – celebrar contrato escrito de prestação de serviço com o processo legal:
idoso, especificando o tipo de atendimento, as obrigações da I – as entidades governamentais:
entidade e prestações decorrentes do contrato, com os a) advertência;
respectivos preços, se for o caso; b) afastamento provisório de seus dirigentes;
II – observar os direitos e as garantias de que são titulares c) afastamento definitivo de seus dirigentes;
os idosos; d) fechamento de unidade ou interdição de programa;
III – fornecer vestuário adequado, se for pública, e II – as entidades não-governamentais:
alimentação suficiente; a) advertência;
IV – oferecer instalações físicas em condições adequadas b) multa;
de habitabilidade; c) suspensão parcial ou total do repasse de verbas
V – oferecer atendimento personalizado; públicas;
VI – diligenciar no sentido da preservação dos vínculos d) interdição de unidade ou suspensão de programa;
familiares; e) proibição de atendimento a idosos a bem do interesse
VII – oferecer acomodações apropriadas para recebimento público.
de visitas; § 1º Havendo danos aos idosos abrigados ou qualquer tipo
VIII – proporcionar cuidados à saúde, conforme a de fraude em relação ao programa, caberá o afastamento
necessidade do idoso; provisório dos dirigentes ou a interdição da unidade e a
IX – promover atividades educacionais, esportivas, suspensão do programa.
culturais e de lazer; § 2º A suspensão parcial ou total do repasse de verbas
X – propiciar assistência religiosa àqueles que desejarem, públicas ocorrerá quando verificada a má aplicação ou desvio
de acordo com suas crenças; de finalidade dos recursos.
XI – proceder a estudo social e pessoal de cada caso; § 3º Na ocorrência de infração por entidade de
XII – comunicar à autoridade competente de saúde toda atendimento, que coloque em risco os direitos assegurados
ocorrência de idoso portador de doenças infectocontagiosas; nesta Lei, será o fato comunicado ao Ministério Público, para
XIII – providenciar ou solicitar que o Ministério Público as providências cabíveis, inclusive para promover a suspensão
requisite os documentos necessários ao exercício da cidadania das atividades ou dissolução da entidade, com a proibição de
àqueles que não os tiverem, na forma da lei; atendimento a idosos a bem do interesse público, sem prejuízo
XIV – fornecer comprovante de depósito dos bens móveis das providências a serem tomadas pela Vigilância Sanitária.
que receberem dos idosos; § 4º Na aplicação das penalidades, serão consideradas a
natureza e a gravidade da infração cometida, os danos que dela

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provierem para o idoso, as circunstâncias agravantes ou CAPÍTULO VI


atenuantes e os antecedentes da entidade. DA APURAÇÃO JUDICIAL DE IRREGULARIDADES EM
ENTIDADE DE ATENDIMENTO
CAPÍTULO IV
DAS INFRAÇÕES ADMINISTRATIVAS Art. 64. Aplicam-se, subsidiariamente, ao procedimento
administrativo de que trata este Capítulo as disposições das
Art. 56. Deixar a entidade de atendimento de cumprir as Leis nos 6.437, de 20 de agosto de 1977, e 9.784, de 29 de
determinações do art. 50 desta Lei: janeiro de 1999.
Pena – multa de R$ 500,00 (quinhentos reais) a R$
3.000,00 (três mil reais), se o fato não for caracterizado como Art. 65. O procedimento de apuração de irregularidade em
crime, podendo haver a interdição do estabelecimento até que entidade governamental e não-governamental de atendimento
sejam cumpridas as exigências legais. ao idoso terá início mediante petição fundamentada de pessoa
Parágrafo único. No caso de interdição do estabelecimento interessada ou iniciativa do Ministério Público.
de longa permanência, os idosos abrigados serão transferidos
para outra instituição, a expensas do estabelecimento Art. 66. Havendo motivo grave, poderá a autoridade
interditado, enquanto durar a interdição. judiciária, ouvido o Ministério Público, decretar liminarmente
o afastamento provisório do dirigente da entidade ou outras
Art. 57. Deixar o profissional de saúde ou o responsável por medidas que julgar adequadas, para evitar lesão aos direitos
estabelecimento de saúde ou instituição de longa permanência do idoso, mediante decisão fundamentada.
de comunicar à autoridade competente os casos de crimes
contra idoso de que tiver conhecimento: Art. 67. O dirigente da entidade será citado para, no prazo
Pena – multa de R$ 500,00 (quinhentos reais) a R$ de 10 (dez) dias, oferecer resposta escrita, podendo juntar
3.000,00 (três mil reais), aplicada em dobro no caso de documentos e indicar as provas a produzir.
reincidência.
Art. 68. Apresentada a defesa, o juiz procederá na
Art. 58. Deixar de cumprir as determinações desta Lei conformidade do art. 69 ou, se necessário, designará audiência
sobre a prioridade no atendimento ao idoso: de instrução e julgamento, deliberando sobre a necessidade de
Pena – multa de R$ 500,00 (quinhentos reais) a R$ produção de outras provas.
1.000,00 (um mil reais) e multa civil a ser estipulada pelo juiz, § 1º Salvo manifestação em audiência, as partes e o
conforme o dano sofrido pelo idoso. Ministério Público terão 5 (cinco) dias para oferecer alegações
finais, decidindo a autoridade judiciária em igual prazo.
CAPÍTULO V § 2º Em se tratando de afastamento provisório ou
DA APURAÇÃO ADMINISTRATIVA DE INFRAÇÃO ÀS definitivo de dirigente de entidade governamental, a
NORMAS DE PROTEÇÃO AO IDOSO autoridade judiciária oficiará a autoridade administrativa
imediatamente superior ao afastado, fixando-lhe prazo de 24
Art. 59. Os valores monetários expressos no Capítulo IV (vinte e quatro) horas para proceder à substituição.
serão atualizados anualmente, na forma da lei. § 3º Antes de aplicar qualquer das medidas, a autoridade
judiciária poderá fixar prazo para a remoção das
Art. 60. O procedimento para a imposição de penalidade irregularidades verificadas. Satisfeitas as exigências, o
administrativa por infração às normas de proteção ao idoso processo será extinto, sem julgamento do mérito.
terá início com requisição do Ministério Público ou auto de § 4º A multa e a advertência serão impostas ao dirigente da
infração elaborado por servidor efetivo e assinado, se possível, entidade ou ao responsável pelo programa de atendimento.
por duas testemunhas.
§ 1º No procedimento iniciado com o auto de infração TÍTULO V
poderão ser usadas fórmulas impressas, especificando-se a DO ACESSO À JUSTIÇA
natureza e as circunstâncias da infração. CAPÍTULO I
§ 2º Sempre que possível, à verificação da infração seguir- DISPOSIÇÕES GERAIS
se-á a lavratura do auto, ou este será lavrado dentro de 24
(vinte e quatro) horas, por motivo justificado. Art. 69. Aplica-se, subsidiariamente, às disposições deste
Capítulo, o procedimento sumário previsto no Código de
Art. 61. O autuado terá prazo de 10 (dez) dias para a Processo Civil, naquilo que não contrarie os prazos previstos
apresentação da defesa, contado da data da intimação, que nesta Lei.
será feita:
I – pelo autuante, no instrumento de autuação, quando for Art. 70. O Poder Público poderá criar varas especializadas
lavrado na presença do infrator; e exclusivas do idoso.
II – por via postal, com aviso de recebimento.
Art. 71. É assegurada prioridade na tramitação dos
Art. 62. Havendo risco para a vida ou à saúde do idoso, a processos e procedimentos e na execução dos atos e
autoridade competente aplicará à entidade de atendimento as diligências judiciais em que figure como parte ou interveniente
sanções regulamentares, sem prejuízo da iniciativa e das pessoa com idade igual ou superior a 60 (sessenta) anos, em
providências que vierem a ser adotadas pelo Ministério qualquer instância.
Público ou pelas demais instituições legitimadas para a § 1º O interessado na obtenção da prioridade a que alude
fiscalização. este artigo, fazendo prova de sua idade, requererá o benefício
à autoridade judiciária competente para decidir o feito, que
Art. 63. Nos casos em que não houver risco para a vida ou determinará as providências a serem cumpridas, anotando-se
a saúde da pessoa idosa abrigada, a autoridade competente essa circunstância em local visível nos autos do processo.
aplicará à entidade de atendimento as sanções § 2º A prioridade não cessará com a morte do beneficiado,
regulamentares, sem prejuízo da iniciativa e das providências estendendo-se em favor do cônjuge supérstite, companheiro
que vierem a ser adotadas pelo Ministério Público ou pelas ou companheira, com união estável, maior de 60 (sessenta)
demais instituições legitimadas para a fiscalização. anos.

Legislação 45
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APOSTILAS OPÇÃO

§ 3º A prioridade se estende aos processos e Art. 75. Nos processos e procedimentos em que não for
procedimentos na Administração Pública, empresas parte, atuará obrigatoriamente o Ministério Público na defesa
prestadoras de serviços públicos e instituições financeiras, ao dos direitos e interesses de que cuida esta Lei, hipóteses em
atendimento preferencial junto à Defensoria Pública da União, que terá vista dos autos depois das partes, podendo juntar
dos Estados e do Distrito Federal em relação aos Serviços de documentos, requerer diligências e produção de outras
Assistência Judiciária. provas, usando os recursos cabíveis.
§ 4º Para o atendimento prioritário será garantido ao idoso
o fácil acesso aos assentos e caixas, identificados com a Art. 76. A intimação do Ministério Público, em qualquer
destinação a idosos em local visível e caracteres legíveis. caso, será feita pessoalmente.

CAPÍTULO II Art. 77. A falta de intervenção do Ministério Público


DO MINISTÉRIO PÚBLICO acarreta a nulidade do feito, que será declarada de ofício pelo
juiz ou a requerimento de qualquer interessado.
Art. 72. (VETADO)
CAPÍTULO III
Art. 73. As funções do Ministério Público, previstas nesta DA PROTEÇÃO JUDICIAL DOS INTERESSES DIFUSOS,
Lei, serão exercidas nos termos da respectiva Lei Orgânica. COLETIVOS E INDIVIDUAIS INDISPONÍVEIS OU
HOMOGÊNEOS
Art. 74. Compete ao Ministério Público:
I – instaurar o inquérito civil e a ação civil pública para a Art. 78. As manifestações processuais do representante do
proteção dos direitos e interesses difusos ou coletivos, Ministério Público deverão ser fundamentadas.
individuais indisponíveis e individuais homogêneos do idoso;
II – promover e acompanhar as ações de alimentos, de Art. 79. Regem-se pelas disposições desta Lei as ações de
interdição total ou parcial, de designação de curador especial, responsabilidade por ofensa aos direitos assegurados ao
em circunstâncias que justifiquem a medida e oficiar em todos idoso, referentes à omissão ou ao oferecimento insatisfatório
os feitos em que se discutam os direitos de idosos em de:
condições de risco; I – acesso às ações e serviços de saúde;
III – atuar como substituto processual do idoso em situação II – atendimento especializado ao idoso portador de
de risco, conforme o disposto no art. 43 desta Lei; deficiência ou com limitação incapacitante;
IV – promover a revogação de instrumento procuratório III – atendimento especializado ao idoso portador de
do idoso, nas hipóteses previstas no art. 43 desta Lei, quando doença infectocontagiosa;
necessário ou o interesse público justificar; IV – serviço de assistência social visando ao amparo do
V – instaurar procedimento administrativo e, para instruí- idoso.
lo: Parágrafo único. As hipóteses previstas neste artigo não
a) expedir notificações, colher depoimentos ou excluem da proteção judicial outros interesses difusos,
esclarecimentos e, em caso de não comparecimento coletivos, individuais indisponíveis ou homogêneos, próprios
injustificado da pessoa notificada, requisitar condução do idoso, protegidos em lei.
coercitiva, inclusive pela Polícia Civil ou Militar;
b) requisitar informações, exames, perícias e documentos Art. 80. As ações previstas neste Capítulo serão propostas
de autoridades municipais, estaduais e federais, da no foro do domicílio do idoso, cujo juízo terá competência
administração direta e indireta, bem como promover absoluta para processar a causa, ressalvadas as competências
inspeções e diligências investigatórias; da Justiça Federal e a competência originária dos Tribunais
c) requisitar informações e documentos particulares de Superiores.
instituições privadas;
VI – instaurar sindicâncias, requisitar diligências Art. 81. Para as ações cíveis fundadas em interesses
investigatórias e a instauração de inquérito policial, para a difusos, coletivos, individuais indisponíveis ou homogêneos,
apuração de ilícitos ou infrações às normas de proteção ao consideram-se legitimados, concorrentemente:
idoso; I – o Ministério Público;
VII – zelar pelo efetivo respeito aos direitos e garantias II – a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios;
legais assegurados ao idoso, promovendo as medidas judiciais III – a Ordem dos Advogados do Brasil;
e extrajudiciais cabíveis; IV – as associações legalmente constituídas há pelo menos
VIII – inspecionar as entidades públicas e particulares de 1 (um) ano e que incluam entre os fins institucionais a defesa
atendimento e os programas de que trata esta Lei, adotando de dos interesses e direitos da pessoa idosa, dispensada a
pronto as medidas administrativas ou judiciais necessárias à autorização da assembleia, se houver prévia autorização
remoção de irregularidades porventura verificadas; estatutária.
IX – requisitar força policial, bem como a colaboração dos § 1º Admitir-se-á litisconsórcio facultativo entre os
serviços de saúde, educacionais e de assistência social, Ministérios Públicos da União e dos Estados na defesa dos
públicos, para o desempenho de suas atribuições; interesses e direitos de que cuida esta Lei.
X – referendar transações envolvendo interesses e direitos § 2º Em caso de desistência ou abandono da ação por
dos idosos previstos nesta Lei. associação legitimada, o Ministério Público ou outro
§ 1º A legitimação do Ministério Público para as ações legitimado deverá assumir a titularidade ativa.
cíveis previstas neste artigo não impede a de terceiros, nas
mesmas hipóteses, segundo dispuser a lei. Art. 82. Para defesa dos interesses e direitos protegidos
§ 2º As atribuições constantes deste artigo não excluem por esta Lei, são admissíveis todas as espécies de ação
outras, desde que compatíveis com a finalidade e atribuições pertinentes.
do Ministério Público. Parágrafo único. Contra atos ilegais ou abusivos de
§ 3º O representante do Ministério Público, no exercício de autoridade pública ou agente de pessoa jurídica no exercício
suas funções, terá livre acesso a toda entidade de atendimento de atribuições de Poder Público, que lesem direito líquido e
ao idoso. certo previsto nesta Lei, caberá ação mandamental, que se
regerá pelas normas da lei do mandado de segurança.

Legislação 46
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APOSTILAS OPÇÃO

Art. 83. Na ação que tenha por objeto o cumprimento de § 1º Se o órgão do Ministério Público, esgotadas todas as
obrigação de fazer ou não-fazer, o juiz concederá a tutela diligências, se convencer da inexistência de fundamento para
específica da obrigação ou determinará providências que a propositura da ação civil ou de peças informativas,
assegurem o resultado prático equivalente ao adimplemento. determinará o seu arquivamento, fazendo-o
§ 1º Sendo relevante o fundamento da demanda e havendo fundamentadamente.
justificado receio de ineficácia do provimento final, é lícito ao § 2º Os autos do inquérito civil ou as peças de informação
juiz conceder a tutela liminarmente ou após justificação arquivados serão remetidos, sob pena de se incorrer em falta
prévia, na forma do art. 273 do Código de Processo Civil. grave, no prazo de 3 (três) dias, ao Conselho Superior do
§ 2º O juiz poderá, na hipótese do § 1º ou na sentença, Ministério Público ou à Câmara de Coordenação e Revisão do
impor multa diária ao réu, independentemente do pedido do Ministério Público.
autor, se for suficiente ou compatível com a obrigação, fixando § 3º Até que seja homologado ou rejeitado o arquivamento,
prazo razoável para o cumprimento do preceito. pelo Conselho Superior do Ministério Público ou por Câmara
§ 3º A multa só será exigível do réu após o trânsito em de Coordenação e Revisão do Ministério Público, as
julgado da sentença favorável ao autor, mas será devida desde associações legitimadas poderão apresentar razões escritas ou
o dia em que se houver configurado. documentos, que serão juntados ou anexados às peças de
informação.
Art. 84. Os valores das multas previstas nesta Lei § 4º Deixando o Conselho Superior ou a Câmara de
reverterão ao Fundo do Idoso, onde houver, ou na falta deste, Coordenação e Revisão do Ministério Público de homologar a
ao Fundo Municipal de Assistência Social, ficando vinculados promoção de arquivamento, será designado outro membro do
ao atendimento ao idoso. Ministério Público para o ajuizamento da ação.
Parágrafo único. As multas não recolhidas até 30 (trinta)
dias após o trânsito em julgado da decisão serão exigidas por O Estatuto do Idoso traz em seu Título VI importantes
meio de execução promovida pelo Ministério Público, nos disposições acerca da tutela penal ao idoso. Tal proteção tem
mesmos autos, facultada igual iniciativa aos demais como bem jurídico a dignidade da pessoa humana.
legitimados em caso de inércia daquele.
TÍTULO VI
Art. 85. O juiz poderá conferir efeito suspensivo aos DOS CRIMES
recursos, para evitar dano irreparável à parte. CAPÍTULO I
DISPOSIÇÕES GERAIS
Art. 86. Transitada em julgado a sentença que impuser
condenação ao Poder Público, o juiz determinará a remessa de Art. 93. Aplicam-se subsidiariamente, no que couber, as
peças à autoridade competente, para apuração da disposições da Lei nº 7.347, de 24 de julho de 1985.
responsabilidade civil e administrativa do agente a que se
atribua a ação ou omissão. Art. 94. Aos crimes previstos nesta Lei, cuja pena máxima
privativa de liberdade não ultrapasse 4 (quatro) anos, aplica-
Art. 87. Decorridos 60 (sessenta) dias do trânsito em se o procedimento previsto na Lei nº 9.099, de 26 de setembro
julgado da sentença condenatória favorável ao idoso sem que de 1995, e, subsidiariamente, no que couber, as disposições do
o autor lhe promova a execução, deverá fazê-lo o Ministério Código Penal e do Código de Processo Penal.
Público, facultada, igual iniciativa aos demais legitimados,
como assistentes ou assumindo o polo ativo, em caso de CAPÍTULO II
inércia desse órgão. DOS CRIMES EM ESPÉCIE

Art. 88. Nas ações de que trata este Capítulo, não haverá Art. 95. Os crimes definidos nesta Lei são de ação penal
adiantamento de custas, emolumentos, honorários periciais e pública incondicionada, não se lhes aplicando os arts. 181 e
quaisquer outras despesas. 182 do Código Penal.
Parágrafo único. Não se imporá sucumbência ao Ministério
Público. Art. 96. Discriminar pessoa idosa, impedindo ou
dificultando seu acesso a operações bancárias, aos meios de
Art. 89. Qualquer pessoa poderá, e o servidor deverá, transporte, ao direito de contratar ou por qualquer outro meio
provocar a iniciativa do Ministério Público, prestando-lhe ou instrumento necessário ao exercício da cidadania, por
informações sobre os fatos que constituam objeto de ação civil motivo de idade:
e indicando-lhe os elementos de convicção. Pena – reclusão de 6 (seis) meses a 1 (um) ano e multa.
§ 1º Na mesma pena incorre quem desdenhar, humilhar,
Art. 90. Os agentes públicos em geral, os juízes e tribunais, menosprezar ou discriminar pessoa idosa, por qualquer
no exercício de suas funções, quando tiverem conhecimento de motivo.
fatos que possam configurar crime de ação pública contra § 2º A pena será aumentada de 1/3 (um terço) se a vítima
idoso ou ensejar a propositura de ação para sua defesa, devem se encontrar sob os cuidados ou responsabilidade do agente.
encaminhar as peças pertinentes ao Ministério Público, para
as providências cabíveis. Art. 97. Deixar de prestar assistência ao idoso, quando
possível fazê-lo sem risco pessoal, em situação de iminente
Art. 91. Para instruir a petição inicial, o interessado poderá perigo, ou recusar, retardar ou dificultar sua assistência à
requerer às autoridades competentes as certidões e saúde, sem justa causa, ou não pedir, nesses casos, o socorro
informações que julgar necessárias, que serão fornecidas no de autoridade pública:
prazo de 10 (dez) dias. Pena – detenção de 6 (seis) meses a 1 (um) ano e multa.
Parágrafo único. A pena é aumentada de metade, se da
Art. 92. O Ministério Público poderá instaurar sob sua omissão resulta lesão corporal de natureza grave, e triplicada,
presidência, inquérito civil, ou requisitar, de qualquer pessoa, se resulta a morte.
organismo público ou particular, certidões, informações,
exames ou perícias, no prazo que assinalar, o qual não poderá Art. 98. Abandonar o idoso em hospitais, casas de saúde,
ser inferior a 10 (dez) dias. entidades de longa permanência, ou congêneres, ou não

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APOSTILAS OPÇÃO

prover suas necessidades básicas, quando obrigado por lei ou TÍTULO VII
mandado: DISPOSIÇÕES FINAIS E TRANSITÓRIAS
Pena – detenção de 6 (seis) meses a 3 (três) anos e multa.
Art. 109. Impedir ou embaraçar ato do representante do
Art. 99. Expor a perigo a integridade e a saúde, física ou Ministério Público ou de qualquer outro agente fiscalizador:
psíquica, do idoso, submetendo-o a condições desumanas ou Pena – reclusão de 6 (seis) meses a 1 (um) ano e multa.
degradantes ou privando-o de alimentos e cuidados
indispensáveis, quando obrigado a fazê-lo, ou sujeitando-o a Art. 110. O Decreto-Lei no 2.848, de 7 de dezembro de
trabalho excessivo ou inadequado: 1940, Código Penal, passa a vigorar com as seguintes
Pena – detenção de 2 (dois) meses a 1 (um) ano e multa. alterações:
§ 1º Se do fato resulta lesão corporal de natureza grave: "Art. 61. ...
Pena – reclusão de 1 (um) a 4 (quatro) anos. II - ...
§ 2º Se resulta a morte: h) contra criança, maior de 60 (sessenta) anos, enfermo ou
Pena – reclusão de 4 (quatro) a 12 (doze) anos. mulher grávida;" (NR)

Art. 100. Constitui crime punível com reclusão de 6 (seis) "Art. 121. ...
meses a 1 (um) ano e multa: § 4º No homicídio culposo, a pena é aumentada de 1/3 (um
I – obstar o acesso de alguém a qualquer cargo público por terço), se o crime resulta de inobservância de regra técnica de
motivo de idade; profissão, arte ou ofício, ou se o agente deixa de prestar
II – negar a alguém, por motivo de idade, emprego ou imediato socorro à vítima, não procura diminuir as
trabalho; consequências do seu ato, ou foge para evitar prisão em
III – recusar, retardar ou dificultar atendimento ou deixar flagrante. Sendo doloso o homicídio, a pena é aumentada de
de prestar assistência à saúde, sem justa causa, a pessoa idosa; 1/3 (um terço) se o crime é praticado contra pessoa menor de
IV – deixar de cumprir, retardar ou frustrar, sem justo 14 (quatorze) ou maior de 60 (sessenta) anos. (NR)
motivo, a execução de ordem judicial expedida na ação civil a
que alude esta Lei; "Art. 133. ...
V – recusar, retardar ou omitir dados técnicos § 3º ...
indispensáveis à propositura da ação civil objeto desta Lei, III – se a vítima é maior de 60 (sessenta) anos." (NR)
quando requisitados pelo Ministério Público.
"Art. 140. ...
Art. 101. Deixar de cumprir, retardar ou frustrar, sem justo § 3º Se a injúria consiste na utilização de elementos
motivo, a execução de ordem judicial expedida nas ações em referentes a raça, cor, etnia, religião, origem ou a condição de
que for parte ou interveniente o idoso: pessoa idosa ou portadora de deficiência: (NR)
Pena – detenção de 6 (seis) meses a 1 (um) ano e multa.
"Art. 141. ...
Art. 102. Apropriar-se de ou desviar bens, proventos, IV – contra pessoa maior de 60 (sessenta) anos ou
pensão ou qualquer outro rendimento do idoso, dando-lhes portadora de deficiência, exceto no caso de injúria." (NR)
aplicação diversa da de sua finalidade:
Pena – reclusão de 1 (um) a 4 (quatro) anos e multa. "Art. 148. ...
§ 1º...
Art. 103. Negar o acolhimento ou a permanência do idoso, I – se a vítima é ascendente, descendente, cônjuge do
como abrigado, por recusa deste em outorgar procuração à agente ou maior de 60 (sessenta) anos. " (NR)
entidade de atendimento:
Pena – detenção de 6 (seis) meses a 1 (um) ano e multa. "Art. 159...
§ 1º Se o sequestro dura mais de 24 (vinte e quatro) horas,
Art. 104. Reter o cartão magnético de conta bancária se o sequestrado é menor de 18 (dezoito) ou maior de 60
relativa a benefícios, proventos ou pensão do idoso, bem como (sessenta) anos, ou se o crime é cometido por bando ou
qualquer outro documento com objetivo de assegurar quadrilha. " (NR)
recebimento ou ressarcimento de dívida:
Pena – detenção de 6 (seis) meses a 2 (dois) anos e multa. "Art. 183...
III – se o crime é praticado contra pessoa com idade igual
Art. 105. Exibir ou veicular, por qualquer meio de ou superior a 60 (sessenta) anos." (NR)
comunicação, informações ou imagens depreciativas ou
injuriosas à pessoa do idoso: "Art. 244. Deixar, sem justa causa, de prover a subsistência
Pena – detenção de 1 (um) a 3 (três) anos e multa. do cônjuge, ou de filho menor de 18 (dezoito) anos ou inapto
para o trabalho, ou de ascendente inválido ou maior de 60
Art. 106. Induzir pessoa idosa sem discernimento de seus (sessenta) anos, não lhes proporcionando os recursos
atos a outorgar procuração para fins de administração de bens necessários ou faltando ao pagamento de pensão alimentícia
ou deles dispor livremente: judicialmente acordada, fixada ou majorada; deixar, sem justa
Pena – reclusão de 2 (dois) a 4 (quatro) anos. causa, de socorrer descendente ou ascendente, gravemente
enfermo: (NR)
Art. 107. Coagir, de qualquer modo, o idoso a doar,
contratar, testar ou outorgar procuração: Art. 111. O art. 21 do Decreto-Lei nº 3.688, de 3 de outubro
Pena – reclusão de 2 (dois) a 5 (cinco) anos. de 1941, Lei das Contravenções Penais, passa a vigorar
acrescido do seguinte parágrafo único:
Art. 108. Lavrar ato notarial que envolva pessoa idosa sem
discernimento de seus atos, sem a devida representação legal: "Art. 21...
Pena – reclusão de 2 (dois) a 4 (quatro) anos. Parágrafo único. Aumenta-se a pena de 1/3 (um terço) até
a metade se a vítima é maior de 60 (sessenta) anos." (NR)

Legislação 48
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Art. 112. O inciso II do § 4º do art. 1º da Lei nº 9.455, de 7 pluralista e sem preconceitos, promulgamos, sob a proteção de
de abril de 1997, passa a vigorar com a seguinte redação: Deus, a seguinte Lei Orgânica:

"Art. 1º ... TÍTULO I


§ 4º ... DISPOSIÇÕES PRELIMINARES
II – se o crime é cometido contra criança, gestante,
portador de deficiência, adolescente ou maior de 60 (sessenta) Art. 1º - O Município de Belo Horizonte integra, com
anos; (NR) autonomia político-administrativa, a República Federativa do
Brasil e o Estado de Minas Gerais.
Art. 113. O inciso III do art. 18 da Lei no 6.368, de 21 de Parágrafo único - O Município se organiza e se rege por esta
outubro de 1976, passa a vigorar com a seguinte redação: Lei Orgânica e demais leis que adotar, observados os
princípios constitucionais da República e do Estado.
"Art. 18...
III – se qualquer deles decorrer de associação ou visar a Art. 2º - Todo o poder do Município emana do povo, que o
menores de 21 (vinte e um) anos ou a pessoa com idade igual exerce por meio de seus representantes eleitos, ou
ou superior a 60 (sessenta) anos ou a quem tenha, por diretamente, nos termos da Constituição da República e desta
qualquer causa, diminuída ou suprimida a capacidade de Lei Orgânica.
discernimento ou de autodeterminação: § 1º - O exercício indireto do poder pelo povo no Município
se dá por representantes eleitos pelo sufrágio universal e pelo
Art. 114. O art. 1º da Lei no 10.048, de 8 de novembro de voto direto e secreto, com igual valor para todos, na forma da
2000, passa a vigorar com a seguinte redação: legislação federal, e por representantes indicados pela
comunidade, nos termos desta Lei Orgânica.
"Art. 1º As pessoas portadoras de deficiência, os idosos § 2º - O exercício direto do poder pelo povo no Município
com idade igual ou superior a 60 (sessenta) anos, as gestantes, se dá, na forma desta Lei Orgânica, mediante:
as lactantes e as pessoas acompanhadas por crianças de colo I - plebiscito;
terão atendimento prioritário, nos termos desta Lei." (NR) II - referendo;
III - iniciativa popular no processo legislativo;
Art. 115. O Orçamento da Seguridade Social destinará ao IV - participação na administração pública;
Fundo Nacional de Assistência Social, até que o Fundo V - ação fiscalizadora sobre a administração pública.
Nacional do Idoso seja criado, os recursos necessários, em § 3º - A participação na administração pública e a
cada exercício financeiro, para aplicação em programas e fiscalização sobre esta se dão por meio de instâncias
ações relativos ao idoso. populares, com estatutos próprios, aprovados pela Câmara
Municipal.
Art. 116. Serão incluídos nos censos demográficos dados
relativos à população idosa do País. Art. 3º - São objetivos prioritários do Município, além
daqueles previstos no art. 166 da Constituição do Estado:
Art. 117. O Poder Executivo encaminhará ao Congresso I - garantir a efetividade dos direitos públicos subjetivos;
Nacional projeto de lei revendo os critérios de concessão do II - assegurar o exercício, pelo cidadão, dos mecanismos de
Benefício de Prestação Continuada previsto na Lei Orgânica da controle da legalidade e da legitimidade dos atos do Poder
Assistência Social, de forma a garantir que o acesso ao direito Público e da eficácia dos serviços públicos;
seja condizente com o estágio de desenvolvimento III - preservar os interesses gerais e coletivos;
socioeconômico alcançado pelo País. IV - promover o bem de todos, sem distinção de origem,
raça, sexo, cor, credo religioso, idade, ou quaisquer outras
Art. 118. Esta Lei entra em vigor decorridos 90 (noventa) formas de discriminação;
dias da sua publicação, ressalvado o disposto no caput do art. V - proporcionar aos seus habitantes condições de vida
36, que vigorará a partir de 1º de janeiro de 2004. compatíveis com a dignidade humana, a justiça social e o bem
comum;
VI - priorizar o atendimento das demandas da sociedade
civil de educação, saúde, transporte, moradia, abastecimento,
5. Lei Orgânica do Município lazer e assistência social;
- 1990: 5.1. Título I; 5.2. VII - preservar a sua identidade, adequando as exigências
Título II; 5.3. Título do desenvolvimento à preservação de sua memória, tradição e
peculiaridades;
III/Capítulo I, II, III, IV e V; VIII - valorizar e desenvolver a sua vocação de centro
5.4. Título VII/Artigo 220. aglutinador e irradiador da cultura brasileira.
Parágrafo único - O Município concorrerá, nos limites de
sua competência, para a consecução dos objetivos
LEI ORGÂNICA DO MUNICÍPIO DE BELO HORIZONTE fundamentais da República e prioritários do Estado.

PREÂMBULO TÍTULO II
DOS DIREITOS E GARANTIAS FUNDAMENTAIS
Nós, representantes do povo de Belo Horizonte, investidos
pela Constituição da República na atribuição de elaborar a lei Art. 4º - O Município assegura, no seu território e nos
basilar da ordem municipal autônoma e democrática, que, limites de sua competência, os direitos e garantias
fundada no império de justiça social e na participação direta fundamentais que a Constituição da República confere aos
da sociedade civil, instrumentalize a descentralização e a brasileiros e aos estrangeiros residentes no País.
desconcentração do poder político, como forma de assegurar § 1º - Nenhuma pessoa será discriminada, ou de qualquer
ao cidadão o controle do seu exercício, o acesso de todos à forma prejudicada, pelo fato de litigar com órgão ou entidade
cidadania plena e a convivência em uma sociedade fraterna, municipal, no âmbito administrativo ou judicial.

Legislação 49
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APOSTILAS OPÇÃO

§ 2º - Todos podem reunir-se pacificamente, sem armas, III - eleger o Prefeito, o Vice-Prefeito e os Vereadores;
em locais abertos ao público, independentemente de IV - organizar o seu governo e administração.
autorização, desde que não frustrem outra reunião
anteriormente convocada para o mesmo local, sendo apenas Art. 8º - São símbolos do Município a bandeira, o hino e o
exigido prévio aviso à autoridade competente, que, no brasão.
Município, é o Prefeito ou aquele a quem ele delegar a
atribuição. Art. 9º - O Distrito de Belo Horizonte é a sede do Município
§ 3º - Nos processos administrativos, qualquer que seja o e lhe dá o nome.
objeto e o procedimento, observar-se-ão, entre outros
requisitos de validade, a publicidade, o contraditório, a defesa Art. 10 - Depende de lei a criação, organização e supressão
ampla e o despacho ou a decisão motivados. de distritos ou subdistritos, observada, quanto àqueles, a
§ 4º - Todos têm o direito de requerer e obter informação legislação estadual.
sobre projeto do Poder Público, ressalvada aquela cujo sigilo
seja, temporariamente, imprescindível à segurança da CAPÍTULO II
sociedade e do Município, nos termos da lei, que fixará também DA COMPETÊNCIA DO MUNICÍPIO
o prazo em que deva ser prestada a informação.
§ 5º - Independe de pagamento de taxa ou emolumentos, Art. 11 - Compete ao Município prover a tudo quanto
ou de garantia de instância, o exercício do direito de petição ou respeite ao seu interesse local.
representação, bem como a obtenção de certidão, devendo o
Poder Público fornecê-la no prazo máximo de trinta dias, para Art. 12 - Compete ao Município, entre outras atribuições:
defesa de direitos ou esclarecimentos de interesse pessoal ou I - manter relações com a União, os Estados Federados, o
coletivo. Distrito Federal e os demais Municípios;
§ 6º - É direito de qualquer cidadão e entidade legalmente II - organizar, regulamentar e executar seus serviços
constituída denunciar às autoridades competentes a prática, administrativos;
por órgão ou entidade pública ou por delegatário de serviço III - firmar acordo, convênio, ajuste e instrumento
público, de atos lesivos aos direitos dos usuários, incumbindo congênere;
ao Poder Público apurar sua veracidade e aplicar as sanções IV - difundir a seguridade social, a educação, a cultura, o
cabíveis, sob pena de responsabilização. desporto, a ciência e a tecnologia;
§ 7º - Será punido, nos termos da lei, o agente público que, V - proteger o meio ambiente;
no exercício de suas atribuições e independentemente da VI - instituir e arrecadar os tributos de sua competência e
função que exerça, violar direito previsto nas Constituições da aplicar as suas receitas, sem prejuízo da obrigatoriedade de
República e do Estado e nesta Lei Orgânica. prestar contas e publicar balancetes trimestralmente;
§ 8º - Incide na penalidade de destituição de mandato VII - organizar e prestar, diretamente ou mediante
administrativo ou de cargo ou função de direção, em órgão ou delegação, os serviços públicos de interesse local, incluído o de
entidade da administração pública, o agente público que transporte coletivo, que tem caráter essencial;
deixar injustificadamente de sanar, dentro de sessenta dias da VIII - fixar os preços dos bens e serviços públicos;
data do requerimento do interessado, omissão que inviabilize IX - promover adequado ordenamento territorial,
o exercício de direito previsto nas Constituições da República mediante planejamento e controle do parcelamento, da
ou do Estado ou nesta Lei Orgânica. ocupação e do uso do solo urbano;
§ 9º - O Poder Público coibirá todo e qualquer ato X - administrar seus bens, adquiri-los e aliená-los, aceitar
discriminatório, nos limites de sua competência, dispondo, na doações, legados e heranças, e dispor sobre sua aplicação;
forma da lei, sobre a punição dos agentes públicos e dos XI - desapropriar bens, por necessidade ou utilidade
estabelecimentos privados que pratiquem tais atos. pública, ou por interesse social, nos casos previstos em lei;
XII - estabelecer servidões administrativas necessárias à
Art. 5º - Ao Município é vedado: realização de seus serviços, inclusive os prestados mediante
I - estabelecer culto religioso ou igreja subvencioná-los, delegação, e, em caso de iminente perigo ou calamidade
embaraçar-lhes o funcionamento ou manter com eles ou com pública, ocupar e usar de propriedade particular, bens e
seus representantes relações de dependência ou de aliança, serviços, assegurada indenização ulterior, se houver dano;
ressalvada, na forma da lei, a colaboração de interesse público; XIII - estabelecer o regime jurídico único de seus
II - recusar fé a documento público; servidores e os respectivos planos de carreira;
III - criar distinção entre brasileiros ou preferência de uma XIV - constituir guarda municipal destinada à proteção de
em relação às demais unidades da federação. seus bens, serviços e instalações, nos termos da Constituição
da República;
TÍTULO III XV - associar-se a outros municípios do mesmo complexo
DA ORGANIZAÇÃO DO MUNICÍPIO geoeconômico e social, mediante convênio previamente
CAPÍTULO I aprovado pela Câmara, para a gestão, sob planejamento, de
DISPOSIÇÕES GERAIS funções públicas ou serviços de interesse comum, de forma
permanente ou transitória;
Art. 6º - São Poderes do Município, independentes e XVI - cooperar com a União e o Estado, nos termos de
harmônicos entre si, o Legislativo e o Executivo. convênio ou consórcio previamente aprovados pela Câmara,
Parágrafo único - Salvo as exceções previstas nesta Lei na execução de serviços e obras de interesse para o
Orgânica, é vedado a qualquer dos Poderes delegar atribuição desenvolvimento local;
e, a quem for investido na função de um deles, exercer a de XVII - participar, autorizado por lei, da criação de entidade
outro. intermunicipal para a realização de obra, o exercício de
atividade ou a execução de serviço específico de interesse
Art. 7º - O Município exerce sua autonomia, especialmente, comum;
ao: XVIII - fiscalizar a produção, a conservação, o comércio e o
I - elaborar e promulgar a Lei Orgânica; transporte de gênero alimentício e produto farmacêutico
II - legislar sobre assuntos de interesse local e suplementar destinados ao abastecimento público, bem como de substância
as legislações federal e estadual no que couber;

Legislação 50
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APOSTILAS OPÇÃO

potencialmente nociva ao meio ambiente, à saúde e ao bem- § 1º - A moralidade e a razoabilidade dos atos do Poder
estar da população; Público serão apuradas, para efeito de controle e invalidação,
XIX - licenciar a construção de qualquer obra; em face dos dados objetivos de cada caso.
XX - licenciar estabelecimento industrial, comercial, § 2º - O agente público motivará o ato administrativo que
prestador de serviços similares e cassar o alvará de licença dos praticar, explicitando-lhe o fundamento legal, o fático e a
que se tornarem danosos ao meio ambiente, à saúde ou ao finalidade.
bem-estar da população;
XXI - fixar o horário de funcionamento de Art. 16 - A administração pública direta é a que compete ao
estabelecimentos referidos no inciso anterior; órgão de qualquer dos Poderes do Município.
XXII - regulamentar e fiscalizar o comércio ambulante,
inclusive o de papéis e de outros resíduos recicláveis; Art. 17 - A administração pública indireta é a que compete:
XXIII - interditar edificações em ruínas ou em condições de I - à autarquia;
insalubridade e as que apresentem as irregularidades II - à sociedade de economia mista;
previstas na legislação específica, bem como fazer demolir III - à empresa pública;
construções que ameacem a segurança individual ou coletiva; IV - à fundação pública;
XXIV - regulamentar e fiscalizar a instalação e o V - às demais entidades de direito privado, sob o controle
funcionamento de aparelho de transporte; direto ou indireto do Município.
XXV - licenciar e fiscalizar, nos locais sujeitos ao seu poder
de polícia, a fixação de cartazes, anúncios e quaisquer outros Art. 18 - A ação administrativa do Poder Executivo será
meios de publicidade e propaganda; organizada segundo os critérios de descentralização,
XXVI - regulamentar e fiscalizar, na área de sua regionalização e participação popular.
competência, os espetáculos e os divertimentos públicos;
XXVII - estabelecer e impor penalidades por infrações a Art. 19 - A atividade administrativa, subordinada ou
suas leis e regulamentos. vinculada ao Prefeito Municipal, se organizará em sistemas,
integrados por:
Art. 13 - É competência do Município, comum à União e ao I - órgão central de direção e coordenação;
Estado: II - entidade da administração indireta, se houver;
I - zelar pela guarda da Constituição, das leis e das III - unidade administrativa.
instituições democráticas e conservar o patrimônio público; § 1º - Secretaria Municipal é o órgão central de cada
II - cuidar da saúde e assistência pública, da proteção e da sistema administrativo.
garantia das pessoas portadoras de deficiência; § 2º - Unidade administrativa é a parte de órgão central ou
III - proteger os documentos, as obras e outros bens de de entidade da administração indireta.
valor histórico, artístico e cultural, os monumentos, as
paisagens naturais notáveis e os sítios arqueológicos; Art. 20 - Funcionará junto a cada sistema administrativo
IV - impedir a evasão, a destruição e a descaracterização de uma instância, com atribuições de:
obras de arte e de outros bens de valor histórico, artístico ou I - participar da elaboração de política de ação do Poder
cultural; Público para o setor;
V - proporcionar os meios de acesso à cultura, à educação II - participar da elaboração de planos e programas para o
e à ciência; setor e do levantamento de seus custos;
VI - proteger o meio ambiente e combater a poluição em III - analisar e manifestar-se sobre o plano diretor, o plano
qualquer de suas formas; plurianual, as diretrizes orçamentárias e o orçamento anual;
VII - preservar as florestas, a fauna e a flora; IV - acompanhar e fiscalizar a execução de plano e
VIII - fomentar a produção agropecuária e organizar o programas setoriais;
abastecimento alimentar; V - acompanhar e fiscalizar a aplicação de recursos
IX - promover programas de construção de moradias e a públicos destinados ao setor;
melhoria das condições habitacionais e o saneamento básico; VI - manifestar-se sobre proposta de alteração na
X - combater as causas da pobreza e os fatores de legislação pertinente à atividade do setor.
marginalização, promovendo a integração social dos setores Parágrafo único - Admitir-se-á o funcionamento de
desfavorecidos; instâncias junto a sistema administrativo ou a órgão ou
XI - registrar, acompanhar e fiscalizar as concessões de entidade da administração pública, nos termos do art. 23 e
direitos de pesquisa e exploração de recursos hídricos e seus parágrafos, voltados para as áreas de interesse
minerais em seu território; específicos da criança, do adolescente, do idoso, do portador
XII - estabelecer e implantar política de educação para a de deficiência, do negro e da mulher.
segurança do trânsito.
Art. 21 - Administração Regional é a unidade
CAPÍTULO III descentralizada do Poder Executivo, com circunscrição,
DO DOMÍNIO PÚBLICO atribuição, organização e funcionamento definidos em lei.
Parágrafo único - As diretrizes, metas e prioridades da
Art. 14 - Constituem bens municipais todas as coisas administração municipal serão definidas, para cada
móveis e imóveis, direitos e ações que, a qualquer título, Administração Regional, nas leis de que trata o art. 125.
pertençam ao Município.
Art. 22 - Funcionará junto a cada Administração Regional
CAPÍTULO IV uma instância, com atribuições de:
DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA I - relacionar as carências e reivindicações regionais, nas
áreas, entre outras, de saúde, educação, habitação, transporte,
Art. 15 - A atividade de administração pública dos Poderes saneamento básico, meio ambiente, urbanização, cultura,
do Município e a de entidade descentralizada obedecerão aos esporte e lazer e nas relativas à criança, ao adolescente e ao
princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade, portador de deficiência, e hierarquizar as prioridades;
publicidade e razoabilidade. II - participar da elaboração de planos de obras prioritárias
para a região e do levantamento de seus custos;

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APOSTILAS OPÇÃO

III - analisar e manifestar-se sobre o plano diretor, o plano convenientemente autenticados, que forem necessários aos
plurianual, as diretrizes orçamentárias e o orçamento anual; seus serviços.
IV - acompanhar e fiscalizar as ações regionais do Poder Parágrafo único - O Município terá um livro especial para o
Público; registro de suas leis.
V - acompanhar e fiscalizar a aplicação de recursos
públicos destinados à região; Art. 31 - Cabe ao Prefeito a administração dos bens
VI - elaborar proposta de solução para problema da região. municipais, respeitada a competência da Câmara quanto
àqueles utilizados em seus serviços.
Art. 23 – As instâncias de que tratam os arts. 20 e 22
atuarão de forma autônoma e independente do Poder Público, Art. 32 – A aquisição de bem imóvel, por meio de compra,
nos termos fixados em lei, sendo-lhes garantido o livre acesso permuta ou doação com encargo, depende de autorização
a documentos e informações de que necessitar. legislativa e, nos dois primeiros casos, também de prévia
§ 1º - A composição, organização e funcionamento das avaliação.
instâncias serão definidos em estatutos próprios, registrados
em cartório e protocolados no órgão junto ao qual cada Art. 33 - A alienação de bem imóvel público edificado
instância atuará. depende de avaliação prévia, licitação e autorização
§ 2º - A participação nas instâncias não acarretará legislativa.
qualquer ônus para o Município. Parágrafo único - A alienação aos proprietários de imóveis
lindeiros de áreas urbanas remanescentes, resultantes de
Art. 24 - O Poder Público garantirá a participação da obras públicas, e inaproveitáveis para edificação ou outra
sociedade civil na elaboração do plano diretor, do plano destinação de interesse público, bem como de áreas
plurianual, das diretrizes orçamentárias e do orçamento anual. resultantes de modificação de alinhamento, dependerá de
prévia avaliação e autorização legislativa.
Art. 25 - Depende de lei, em cada caso:
I - a instituição e a extinção de autarquia e fundação Art. 34 - A alienação de bem imóvel público não edificado
pública; depende de interesse público, avaliação prévia, autorização
II - a autorização para instituir e extinguir sociedade de legislativa e licitação, observadas, quanto a esta, as exceções
economia mista e empresa pública e para alienar ações que previstas em lei. (Redação dada pela Emenda à Lei Orgânica nº
garantam, nessas entidades, o controle pelo Município; 22, de 01/06/2010)
III - a criação de subsidiária das entidades mencionadas § 1º - São inalienáveis os bens imóveis públicos, edificados
nos incisos anteriores e sua participação em empresa privada. ou não, utilizados pela população em atividades de lazer,
§ 1º - Ao Município somente é permitido instituir ou esporte e cultura, os quais somente poderão ser utilizados
manter fundação com a natureza jurídica de direito público. para outros fins se o interesse público o justificar e mediante
§ 2º - É vedada a delegação de poderes ao Executivo para a autorização legislativa. (Redação dada pela Emenda à Lei
criação, extinção ou transformação de entidade de sua Orgânica nº 22, de 01/06/2010)
administração indireta. § 2º - A autorização legislativa mencionada neste artigo e
no art. 33 é sempre prévia e depende do voto da maioria dos
Art. 26 - Para o procedimento de licitação, obrigatório para membros da Câmara.
contratação de obra, serviço, compra, alienação e concessão, o
Município observará as normas gerais expedidas pela União. Art. 35 - O Município, preferencialmente à venda ou doação
Parágrafo único revogado pela Emenda à Lei Orgânica nº de seus imóveis, outorgará concessão de direito real de uso.
11, de 02/01/1996 Parágrafo único - O título de domínio e o de concessão do
direito real de uso serão conferidos ao homem ou à mulher, ou
Art. 27 - As pessoas jurídicas de direito público e as de a ambos, independentemente do estado civil, nos termos e
direito privado prestadoras de serviços públicos responderão condições previstos em lei.
pelos danos que seus agentes, nessa qualidade, causarem a
terceiros, sendo obrigatória a regressão, no prazo estabelecido Art. 36 - Os bens imóveis públicos de interesse histórico,
em lei, contra o responsável, nos casos de dolo ou culpa. artístico ou cultural somente podem ser utilizados por
terceiros para finalidades culturais.
Art. 28 - A publicidade de ato, programa, projeto, obra,
serviço e campanha de órgão público, por qualquer veículo de Art. 37 - A alienação de bem móvel é feita mediante
comunicação, somente pode ter caráter informativo, educativo procedimento licitatório e depende de avaliação prévia.
ou de orientação social, e dela não constarão nome, cor ou § 1º - Para os fins do artigo, o órgão competente expedirá
imagem que caracterizem a promoção pessoal de autoridade, laudo técnico que comprove a obsolescência ou exaustão, em
servidor público ou partido político. razão de uso, do bem.
§ 1º - É vedado ao Município subvencionar ou auxiliar, com § 2º - É dispensável o procedimento licitatório nas
recursos públicos e por qualquer meio de comunicação, hipóteses de:
propaganda político-partidária ou com finalidade estranha à I - doação, admitida exclusivamente para fins de interesse
administração pública. social;
§ 2º - Os Poderes do Município, incluídos os órgãos que os II - permuta;
compõem, publicarão trimestralmente, o montante das III - venda de ações em bolsa.
despesas com publicidade que, no período, tiverem sido § 3º - O disposto no inciso III do parágrafo anterior
contratadas ou pagas a cada agência publicitária ou veículo de depende de prévia autorização legislativa.
comunicação. § 4º - Nos casos em que for dispensada a Autorização
legislativa, o Executivo encaminhará à Câmara relatório
Art. 29 - A lei definirá os atos decisórios de relevância que explicando a alienação feita, particularmente sobre o preço, se
deverão ser publicados para produzir efeitos. for o caso, e os critérios de escolha do adquirente.

Art. 30 - Para registro dos atos e fatos administrativos, o Art. 38 - O uso especial de bem patrimonial do Município
Município terá livros, fichas ou outro sistema, por terceiro será objeto, na forma da lei, de:

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I - concessão, mediante contrato de direito público, § 1º - A investidura em cargo ou emprego público depende
remunerada ou gratuita, ou a título de direito real resolúvel; de aprovação prévia em concurso público de provas, ou de
II - permissão; provas e títulos, ressalvadas as nomeações para cargo em
III - cessão; comissão declarado em lei de livre nomeação e exoneração.
IV - autorização. § 2º - O prazo de validade do concurso público é de até dois
§ 1º - O uso especial de bem patrimonial por terceiro será anos, prorrogável, uma vez, por igual período.
sempre a título precário, condicionado ao atendimento de § 3º - Durante o prazo improrrogável previsto no edital de
condições previamente estabelecidas e submetido à aprovação convocação, o aprovado em concurso público será convocado,
de comissão a ser criada pelo Executivo. observada a ordem de classificação, com prioridade sobre
§ 2º - O uso especial de bem patrimonial será remunerado novos concursados, para assumir o cargo ou emprego na
e dependerá de licitação quando destinado a finalidade carreira.
econômica. § 4º - A inobservância do disposto nos parágrafos
§ 3º - O uso especial de bem patrimonial poderá ser anteriores implica nulidade do ato e punição da autoridade
gratuito quando se destinar a outras entidades de direito responsável, nos termos da lei.
público, entidades assistenciais, religiosas, educacionais, § 5º - Ao servidor público municipal são garantidos, nos
esportivas, desde que verificado relevante interesse público. concursos públicos, cinco por cento da pontuação total dos
títulos, por ano de serviço prestado, mediante subordinação, à
Art. 39 - Os bens do patrimônio municipal devem ser administração pública do Município, até o máximo de trinta
cadastrados, zelados e tecnicamente identificados, por cento.
especialmente as edificações de interesse administrativo, as
terras públicas e a documentação dos serviços públicos. Art. 46 - A lei estabelecerá os casos de contratação por
§ 1º - O cadastramento e a identificação técnica dos tempo determinado, para atender a necessidade temporária
imóveis do Município, de que trata o artigo, devem ser de excepcional interesse público.
anualmente atualizados, garantido o acesso às informações § 1º - O disposto no artigo não se aplica a funções de
neles contidas. magistério.
§ 2º - Os imóveis não-edificados deverão ser murados ou § 2º - É vedado o desvio de função de pessoa contratada na
cercados e identificados com placas indicativas da forma autorizada no artigo, bem como sua recontratação, sob
propriedade municipal. pena de nulidade do contrato e responsabilização
administrativa e civil da autoridade contratante.
Art. 40 - É vedado ao Poder Público edificar,
descaracterizar ou abrir vias públicas em praças, parques, Art. 47 - Serão exercidos por servidores ou empregados
reservas ecológicas e espaços tombados do Município, públicos municipais os cargos em comissão e as funções de
ressalvadas as construções estritamente necessárias à confiança da administração direta, inferiores, no Poder
preservação e ao aperfeiçoamento das mencionadas áreas. Executivo, ao terceiro nível hierárquico da estrutura
organizacional e, no Poder Legislativo, ao primeiro nível.
Art. 41 - O disposto nos arts. 32 a 40 se aplica às autarquias Parágrafo único - Excetuam-se do disposto no artigo os
e às fundações públicas. cargos e funções de assessoria, apoio e execução estabelecidos
em lei.
Art. 42 - O Prefeito, o Vice-Prefeito, os Vereadores, os
ocupantes de cargo em comissão ou função de confiança, as Art. 48 - Na administração indireta, os cargos ou empregos
pessoas ligadas a qualquer deles por matrimônio ou de provimento em comissão e as funções de confiança,
parentesco, afim ou consanguíneo, até o segundo grau, ou por inferiores ao primeiro nível hierárquico da estrutura
adoção, e os servidores e empregados públicos municipais não organizacional, e metade dos cargos e funções da
poderão firmar contrato com o Município, subsistindo a administração superior serão exercidos por servidores ou
proibição até seis meses após findas as respectivas funções. empregados de carreira da respectiva entidade.

Art. 43 - É vedada a contratação de empresas, inclusive as Art. 49 - A revisão geral da remuneração do servidor
locadoras de mão-de-obra, para a execução de tarefas próprias público, sob um índice único, far-se-á sempre no mês que a lei
e permanentes de órgãos e entidades da administração fixar, sendo, ainda, assegurada a preservação mensal de seu
pública, salvo as situações de emergência, bem como as poder aquisitivo, desde que respeitados os limites a que se
atividades sazonais ou para as quais a manutenção de pessoal refere a Constituição da República.
técnico e operacional e de equipamentos e instalações seja § 1º - A lei fixará o limite máximo e a relação entre a maior
inconveniente ao interesse público, nos termos da lei. e a menor remuneração dos servidores públicos, a qual não
poderá exceder a percebida, em espécie, a qualquer título, pelo
CAPÍTULO V Prefeito.
DOS SERVIDORES PÚBLICOS § 2º - Os vencimentos dos cargos do Poder Legislativo não
podem ser superiores aos percebidos no Poder Executivo.
Art. 44 - A atividade administrativa permanente é § 3º - É vedada a vinculação ou equiparação de
exercida: vencimentos para efeito de remuneração de pessoal do serviço
I - em qualquer dos Poderes do Município, nas autarquias público, ressalvado o disposto nesta Lei Orgânica.
e nas fundações públicas, por servidor público, ocupante de § 4º - Os acréscimos pecuniários percebidos por servidor
cargo público, em caráter efetivo ou em comissão, ou de função público não serão computados nem acumulados, para o fim de
pública; concessão de acréscimo ulterior, sob o mesmo título ou
II - nas sociedades de economia mista, nas empresas idêntico fundamento.
públicas e nas demais entidades de direito privado sob o § 5º - Os vencimentos do servidor público são irredutíveis,
controle direto ou indireto do Município, por empregado e a remuneração observará o disposto nos §§ 1º e 2º deste
público, ocupante de emprego público ou função de confiança. artigo e os preceitos estabelecidos nos arts. 150, II, 153, III, e
153, § 2º, I, da Constituição da República.
Art. 45 - Os cargos, empregos e funções são acessíveis aos § 6º - Serão corrigidos mensalmente, de acordo com os
brasileiros que preencham os requisitos estabelecidos em lei. índices oficiais aplicáveis, os vencimentos, vantagens ou

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qualquer parcela remuneratória pagos com atraso ao servidor Art. 52 - A lei reservará percentual dos cargos e empregos
público. públicos para pessoas portadoras de deficiência e para ex-
§ 7º - É assegurado aos servidores públicos e às suas presidiários recém-colocados em liberdade e definirá os
entidades representativas o direito de reunião nos locais de critérios de sua admissão.
trabalho, após prévia comunicação à chefia imediata, e desde
que o atendimento externo ao público, se houver, não sofra Art. 53 - Os atos de improbidade administrativa importam
interrupção. suspensão dos direitos políticos, perda de função pública,
indisponibilidade dos bens e ressarcimento ao erário, na
Art. 49-A - Fica proibida a nomeação ou a designação para forma e na gradação estabelecidas em lei, sem prejuízo da ação
cargos ou empregos de direção, chefia e assessoramento, na penal cabível.
administração direta e indireta do Município, de pessoa
declarada inelegível em razão de condenação pela prática de Art. 54 - É vedado ao servidor público desempenhar
ato ilícito, nos termos da legislação federal. (Acrescentado pela atividades que não sejam próprias do cargo de que for titular,
Emenda à Lei Orgânica nº 23, de 14/09/2011) exceto quando ocupar cargo em comissão ou desempenhar
§ 1º - Incorrem na mesma proibição de que trata este artigo função de confiança.
os detentores de mandato eletivo declarados inelegíveis por
renunciarem a seus mandatos desde o oferecimento de Art. 55 - Os servidores dos órgãos da administração direta,
representação ou petição capaz de autorizar a abertura de das autarquias e das fundações públicas sujeitar-se-ão a
processo por infringência a dispositivo da Constituição regime jurídico único e a planos de carreira a serem instituídos
Federal, da Constituição Estadual ou da Lei Orgânica do pelo Município.
Município ou do Distrito Federal. § 1º - A política de pessoal obedecerá às seguintes
§ 2º - Fica o servidor nomeado ou designado obrigado a diretrizes:
apresentar, antes da posse, declaração de que não se encontra I - valorização e dignificação da função pública e do
na situação de vedação de que trata este artigo. servidor público;
II - profissionalização e aperfeiçoamento do servidor
Art. 49-B - Não poderão prestar serviço a órgãos e público;
entidades do Município os trabalhadores das empresas III - constituição de quadro dirigente, mediante formação e
contratadas declarados inelegíveis em resultado de decisão aperfeiçoamento de administradores públicos;
transitada em julgado ou proferida por órgão colegiado IV - sistema de mérito objetivamente apurado para
relativa a, pelo menos, uma das seguintes situações: ingresso no serviço e desenvolvimento na carreira;
(Acrescentado pela Emenda à Lei Orgânica nº 23, de V - remuneração compatível com a complexidade e a
14/09/2011) responsabilidade das tarefas e com a escolaridade exigida para
I - representação contra sua pessoa julgada procedente o seu desempenho.
pela Justiça Eleitoral em processo de abuso do poder § 2º - Ao servidor público que, por acidente ou doença, se
econômico ou político; tornar inapto para exercer as atribuições específicas de seu
II - condenação por crimes contra a economia popular, a fé cargo, serão assegurados os direitos e vantagens a ele
pública, a administração pública ou o patrimônio público. inerentes, até seu definitivo aproveitamento em outro cargo,
Parágrafo único - Ficam as empresas a que se refere o de atribuições afins, respeitada a habilitação exigida, ou até a
caput deste artigo obrigadas a apresentar ao contratante, aposentadoria.
antes do início da execução do contrato, declaração de que os § 3º - Para provimento de cargo de natureza técnica, exigir-
trabalhadores que prestarão serviço ao Município não se-á a respectiva habilitação profissional.
incorrem nas proibições de que trata este artigo. (NR)
Art. 56 - O Município assegurará ao servidor os direitos
Art. 50 - É vedada a acumulação remunerada de cargos previstos no art. 7º, incisos IV, VI, VII, VIII, IX, XII, XV, XVI, XVII,
públicos, permitida, no entanto, se houver compatibilidade de XIX, XX, XXII, XXIII e XXX da Constituição da República e os que,
horários: nos termos da lei, visem à melhoria de sua condição social e à
I - a de dois cargos de professor; produtividade no serviço público, especialmente:
II - a de um cargo de professor com outro técnico ou I - duração do trabalho normal não-superior a oito horas
científico; diárias e quarenta semanais, facultada a compensação de
III - a de dois cargos privativos de médico. horários e a redução da jornada nos termos em que dispuser a
Parágrafo único - A proibição de acumular se estende a lei;
empregos e funções e abrange autarquias, empresas públicas, II - adicionais por tempo de serviço;
sociedades de economia mista e fundações públicas. III - revogado pela Emenda à Lei Orgânica nº 19, de
05/01/2006
Art. 51 - Ao servidor público municipal em exercício de (*) Emenda à Lei Orgânica nº 19 declarada
mandato eletivo se aplicam as seguintes disposições: inconstitucional pelo Tribunal de Justiça de Minas Gerais
I - tratando-se de mandato eletivo federal ou estadual, (ADI nº 1.0000.07.467.202-3/000)
ficará afastado do cargo, emprego ou função; IV - assistência e previdência sociais, extensivas ao cônjuge
II - investido no mandato de Prefeito ou de Vereador, será ou companheiro e aos dependentes;
afastado do cargo, emprego ou função, sendo-lhe facultado V - atendimento gratuito, em creche e pré-escola, aos filhos
optar por sua remuneração; e dependentes, desde o nascimento até seis anos de idade;
III - em qualquer caso que exija o afastamento para o VI - licença a gestante, com duração de cento e vinte dias e,
exercício de mandato eletivo, seu tempo de serviço será nos termos da lei, a adotante, sem prejuízo da remuneração;
contado para todos os efeitos legais, exceto para a promoção VII - auxílio-transporte;
por merecimento; VIII - progressão horizontal e vertical.
IV - para o efeito de benefício previdenciário, no caso de § 1º declarado inconstitucional pelo Tribunal de
afastamento, os valores serão determinados como se no Justiça de Minas Gerais (ADI nº 159)
exercício estivesse. § 2º - Para os fins do inciso II, é assegurado o cômputo
integral do tempo de serviço público.

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§ 3º - Haverá, na administração pública, serviços § 2º - O plano será custeado com o produto da arrecadação
especializados em segurança e medicina do trabalho e de contribuições sociais obrigatórias do servidor público e do
comissões internas de prevenção de acidentes, com agente político, do Poder, do órgão ou da entidade a que se
atribuições definidas em lei. encontra vinculado, e de outras fontes de receita definidas em
§ 4º - O servidor público, incluído o das autarquias e lei.
fundações, detentor de título declaratório que lhe assegure § 3º - A contribuição mensal do servidor público e do
direito à continuidade de percepção da remuneração de cargo agente político será diferenciada em razão da remuneração, na
de provimento em comissão, tem direito aos vencimentos, às forma da lei, e não será superior a um terço do valor
gratificações e a todas as demais vantagens inerentes ao cargo atuarialmente exigível.
em relação ao qual tenha ocorrido o apostilamento, ainda que § 4º - Os benefícios do plano serão concedidos nos termos
decorrentes de transformação ou reclassificação posteriores. e nas condições estabelecidos em lei e compreendem:
§ 5º - declarado inconstitucional pelo Tribunal de Justiça I - quanto ao servidor público e agente político:
de Minas Gerais (ADI nº 1.0000.07.467.202-3/000) a) aposentadoria;
§ 6º - declarado inconstitucional pelo Tribunal de Justiça b) auxílio-natalidade;
de Minas Gerais (ADI nº 1.0000.07.467.202-3/000) c) salário-família diferenciado;
d) licença para tratamento de saúde;
Art. 57 - A lei assegurará ao servidor público da e) licença-maternidade, licença-paternidade e licença-
administração direta isonomia de vencimentos para cargos de adoção;
atribuições iguais ou assemelhados do mesmo Poder, ou entre f) licença por acidente em serviço;
servidores dos poderes Executivo e Legislativo, ressalvadas as II - quanto ao dependente:
vantagens de caráter individual e as relativas à natureza ou ao a) pensão por morte;
local de trabalho. b) auxílio-reclusão;
c) auxílio-funeral;
Art. 58 - É livre a associação profissional ou sindical dos d) pecúlio.
servidores públicos, nos termos da Constituição da República. § 5º - Nos casos previstos nas alíneas “d”, “e” e “f” do inciso
Parágrafo único - É garantida a liberação de servidor ou I do parágrafo anterior, o servidor perceberá remuneração
empregado público para o exercício de mandato eletivo em integral, como se em exercício estivesse.
diretoria executiva de entidade sindical, sem prejuízo da § 6º - declarado inconstitucional pelo Tribunal de Justiça
remuneração e dos demais direitos e vantagens de seu cargo de Minas Gerais (ADI Nº 1477918-64.2000.8.13.10000)
ou emprego, exceto promoção por merecimento. § 7º - O Poder, o órgão ou a entidade a que se vincule o
servidor público ou o agente político terá, após os descontos, o
Art. 59 - É garantido ao servidor público o direito de greve, prazo de dez dias para recolher as respectivas contribuições
a ser exercido nos termos e limites definidos em lei sociais, sob pena de responsabilização do seu preposto e
complementar federal. pagamento dos acréscimos definidos em lei.

Art. 60 - É estável, após dois anos de efetivo exercício, o Art. 63 - O servidor público será aposentado:
servidor público nomeado em virtude de concurso público. I - por invalidez permanente, com proventos integrais,
§ 1º - O servidor público estável só perderá o cargo em quando decorrente de acidente em serviço, moléstia
virtude de sentença judicial transitada em julgado ou processo profissional ou doença grave, contagiosa ou incurável,
administrativo em que lhe seja assegurada ampla defesa. especificadas em lei, e proporcionais nos demais casos;
§ 2º - Invalidada por sentença judicial a demissão do II - compulsoriamente, aos setenta anos de idade, com
servidor público estável, será ele reintegrado no cargo proventos proporcionais ao tempo de serviço;
anteriormente ocupado, com ressarcimento de todas as III - voluntariamente:
vantagens, sendo o eventual ocupante da vaga reconduzido ao a) aos trinta e cinco anos de serviço, se homem, e aos trinta,
cargo de origem, sem direito a indenização, aproveitado em se mulher, com proventos integrais;
outro cargo ou posto em disponibilidade. b) aos trinta anos de efetivo exercício em funções de
§ 3º - Extinto o cargo ou declarada a sua desnecessidade, o magistério, se professor, e aos vinte e cinco, se professora, com
servidor público estável ficará em disponibilidade proventos integrais;
remunerada, até seu adequado aproveitamento em outro c) aos trinta anos de exercício, se homem, e aos vinte e
cargo de atribuições e vencimentos compatíveis com o cinco, se mulher, com proventos proporcionais a esse tempo;
anteriormente ocupado, respeitada a habilitação exigida. d) aos sessenta e cinco anos de idade, se homem, e aos
sessenta, se mulher, com proventos proporcionais ao tempo de
Art. 61 - A administração fazendária e seus servidores serviço.
fiscais terão, dentro de suas áreas de competência e jurisdição, § 1º - As exceções ao disposto no inciso III, alíneas “a” e “c”,
precedência sobre os demais setores administrativos no caso de exercício de atividades consideradas penosas,
municipais, na forma da lei. insalubres ou perigosas, serão as estabelecidas em legislação
federal.
Art. 62 - O Município manterá plano de previdência e § 2º - A lei disporá sobre a aposentadoria em cargo, função
assistência sociais para o agente político e o servidor público ou emprego temporários.
submetido a regime próprio e para a sua família. § 3º - O tempo de serviço público será computado
§ 1º - O plano de previdência e assistência sociais visa a dar integralmente para os efeitos de aposentadoria e
cobertura aos riscos a que estão sujeitos os beneficiários disponibilidade.
mencionados no artigo e atenderá, nos termos da lei, a: § 4º - Os proventos da aposentadoria e as pensões por
I - cobertura dos eventos de doença, invalidez, velhice, morte, nunca inferiores ao salário mínimo, serão revistos, na
acidente em serviço, falecimento e reclusão; mesma proporção e na mesma data, sempre que se modificar
II - proteção à maternidade, à adoção e à paternidade; a remuneração do servidor em atividade.
III - assistência à saúde; § 5º - Serão estendidos ao inativo os benefícios ou
IV - ajuda à manutenção dos dependentes dos vantagens posteriormente concedidos ao servidor em
beneficiários. atividade, mesmo quando decorrentes de transformação ou

Legislação 55
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reclassificação do cargo ou da função em que se tiver dado a


aposentadoria. 6. Lei Municipal n° 8.198, de
§ 6º - O benefício da pensão por morte corresponderá à
totalidade dos vencimentos ou proventos do servidor falecido,
13/07/2001 - Uso de
até o limite estabelecido em lei, observado o disposto nos §§ focinheiras em cães na via
4º e 5º. pública;
§ 7º - A pensão de que trata o parágrafo anterior será
devida ao cônjuge ou companheiro e aos demais dependentes,
na forma da lei.
LEI Nº 8.198, DE 13 DE JULHO DE 2001
§ 8º - É assegurado ao servidor afastar-se da atividade a
partir da data do requerimento de aposentadoria, e sua não-
Obriga o uso de focinheiras e correntes pelos cães e dá outras
concessão importará a reposição do período de afastamento. providências.
§ 9º - Para efeito de aposentadoria, é assegurada a
contagem recíproca do tempo de contribuição na O Povo do Município de Belo Horizonte, por seus
administração pública e na atividade privada, rural e urbana, representantes, decreta e eu sanciono a seguinte Lei:
hipótese em que os diversos sistemas de previdência social se
compensarão financeiramente, segundo critérios Art. 1º - Fica obrigatório o uso de focinheiras e correntes
estabelecidos em lei federal. pelos cães que circulam com os donos nas ruas e praças do
§ 10 - Nenhum benefício ou serviço da previdência social Município.
poderá ser criado, majorado ou estendido sem a
correspondente fonte de custeio total. Art. 2º - O descumprimento do disposto nesta Lei sujeita o
responsável pelo cão às seguintes penalidades:
Art. 64 - O servidor público que retornar à atividade após I - apreensão do cão;
a cessação dos motivos que causaram sua aposentadoria por II - multa de R$50,00 (cinqüenta reais).
invalidez terá direito, para todos os fins, salvo para o de Parágrafo único - Após o pagamento da multa, o cão será
promoção, à contagem do tempo relativo ao período de devolvido ao seu dono.
afastamento.
Art. 3º - O Executivo regulamentará esta Lei no prazo de 60
Art. 65 - Incumbe a entidade da administração indireta (sessenta) dias, contado a partir da data de sua publicação.
gerir, com exclusividade, o sistema de previdência e
assistência sociais dos servidores públicos e agentes políticos. Art. 4º - Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação
oficial.
§ 1º - Os cargos de direção da entidade serão ocupados por
servidores municipais de carreira dela contribuintes, ativos e
aposentados, observada a habilitação profissional exigida
quando se tratar de diretoria técnica. 7. Lei Municipal n° 8.354, de
§ 2º - Um terço dos cargos de direção da entidade será 24/04/2002 - Lei do "Pit Bul";
provido por servidor efetivo, eleito pelos filiados ativos e
aposentados, para mandato de dois anos, vedada a recondução
consecutiva.
§ 3º - Homologado o resultado da eleição, o Prefeito, nos LEI Nº 8.354 DE 24 DE ABRIL DE 2002
vinte dias subsequentes, nomeará o eleito e lhe dará posse.
Dispõe sobre propriedade, importação, adoção, comercialização,
§ 4º - Caso o Prefeito não o nomeie ou emposse, no prazo
criação e manutenção de cães das raças que menciona e dá outras
do parágrafo anterior, ficará o eleito investido no respectivo providências.
cargo.
O Povo do Município de Belo Horizonte, por seus
[...] representantes, decreta e eu sanciono a seguinte Lei:

TÍTULO VI Art. 1º - Ficam proibidas a propriedade, a importação, a


DA ORDEM SOCIAL E ECONÔMICA adoção, a comercialização, a criação e a manutenção de cães
CAPÍTULO I das seguintes raças:
DISPOSIÇÕES GERAIS I - pitbull;
II - (VETADO)
Art. 220 - Compete ao Conselho Municipal de Defesa dos III- produto de cruzamento das raças mencionadas nos
Direitos Humanos propagar os direitos e garantias incisos anteriores.
fundamentais, assegurados na Declaração Universal dos
Direitos do Homem e na Constituição da República, investigar- Art. 2º - Fica o proprietário de cão das raças referidas no
lhes as violações, encaminhar denúncias a quem de direito e art. 1º obrigado, no prazo de 30 (trinta) dias, contado a partir
zelar para que sejam respeitados pelo Poder Público. da publicação do decreto de regulamentação desta Lei aos
§ 1º - O Conselho será composto: seguintes procedimentos:
I - por representante da Comissão de Direitos Humanos da I - atualizar as vacinas e esterilizar o animal;
Câmara Municipal; II- equipar o animal de coleira e mordaça ao conduzi-lo a
II - por um representante de cada entidade situada no lugares públicos;
Município e voltada, exclusivamente ou por meio de setor III - registrar o animal no órgão estadual competente;
próprio, para defesa desses direitos e garantias. IV - permitir, somente a pessoas maiores de 18 (dezoito)
§ 2º - A participação no Conselho será gratuita. anos, a condução do animal, em vias e logradouros públicos.
[...] Art. 3º - O descumprimento do disposto no art. 2º desta Lei
sujeita o infrator às seguintes penalidades:

Legislação 56
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APOSTILAS OPÇÃO

I - perda da propriedade do animal, em caso de infração ao Art. 6º - Dependerá de prévio licenciamento a realização
disposto no art. 1º e no inciso I do artigo 2º; das operações e dos usos previstos nos incisos do caput do art.
II - apreensão e multa no valor de R$500,00 (quinhentos 2º, conforme exigência expressa que neste Código se fizer
reais), em caso de infração ao disposto nos incisos de II a IV do acerca de cada caso.
art. 2º;
III - (VETADO) Art. 6º-A - É vedada a colocação de qualquer elemento que
Parágrafo único - (VETADO) obstrua, total ou parcialmente, o logradouro público, exceto o
mobiliário urbano que atenda às disposições desta Lei.
Art. 4º - O Executivo regulamentará esta Lei no prazo de 60
(sessenta) dias, contado a partir da data de sua publicação. Art. 7º - O regulamento deste Código disporá sobre o
processo de licenciamento, sobre o documento que poderá
Art. 5º - Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação. dele resultar e sobre as regras para o cancelamento do
documento expedido.
§ 1º - Dependendo da operação ou uso a ser licenciado, o
8. Lei Municipal n° 8.616, de processo de licenciamento será distinto, podendo, conforme o
caso, exigir:
14/07/2003 - Código de I - pagamento de taxa de valor diferenciado;
Posturas Municipais; II - prévia licitação ou outro procedimento de seleção;
III - elenco específico de documentos para a instrução do
requerimento inicial;
IV - cumprimento de ritual próprio de tramitação, com
LEI Nº 8.616, DE 14 DE JULHO DE 2003
prazos específicos para cada uma de suas fases.
§ 2º - Dependendo do processo de licenciamento, o tipo do
Contém o Código de Posturas do Município de Belo
documento expedido será distinto, podendo ter, conforme
Horizonte.
cada caso:
I - nome específico;
O Povo do Município de Belo Horizonte, por seus
II - prazo de vigência temporário determinado ou validade
representantes, decreta e eu sanciono a seguinte Lei:
permanente;
III - caráter precário.
TÍTULO I
§ 3º - Dependendo do tipo de documento de licenciamento
DISPOSIÇÕES PRELIMINARES
expedido, o cancelamento terá ritual próprio e será feito por
meio de um dos seguintes procedimentos:
Art. 1º - Este Código contém as posturas destinadas a
I - cassação, se descumpridas as normas reguladoras da
promover a harmonia e o equilíbrio no espaço urbano por
operação ou uso licenciados;
meio do disciplinamento dos comportamentos, das condutas e
II - anulação, se expedido o documento sem observância
dos procedimentos dos cidadãos no Município de Belo
das normas pertinentes;
Horizonte.
III - revogação, se manifestado interesse público
superveniente.
Art. 2º - As posturas de que trata o art. 1º regulam:
§ 4º - Será considerada licenciada, para os fins deste
I - as operações de construção, conservação e manutenção
Código, a pessoa natural ou jurídica a quem tenha sido
e o uso do logradouro público;
conferido, ao final do processo, o documento de licenciamento
II - as operações de construção, conservação e manutenção
respectivo.
e o uso da propriedade pública ou particular, quando tais
§ 5° - A licença caducará quando não for exercido pelo
operações e uso afetarem o interesse público;
licenciado o direito de renovação dentro do prazo de validade
III - o uso do espaço aéreo e do subsolo. Inciso III
da mesma, não sendo necessária sua declaração pelo
acrescentado pela Lei nº 9.845, de 8/4/2010 (Art. 1º)
Executivo.
§ 1º - Para os fins deste Código, entende-se por logradouro
público:
Art. 7°-A - Constatada a irregularidade urbanística da
I - o conjunto formado pelo passeio e pela via pública, no
edificação onde seja exercida atividade que cause dano ou
caso da avenida, rua e alameda;
ameaça de dano a terceiros, especialmente ocasionando risco
II - a passagem de uso exclusivo de pedestre e,
à segurança ou à saúde pública, a fiscalização, mediante
excepcionalmente, de ciclista;
despacho fundamentado, poderá solicitar à autoridade
III - a praça;
competente autorização para interdição da atividade.
IV - o quarteirão fechado.
§ 2º - Entende-se por via pública o conjunto formado pela
Art. 8º - O processo de licenciamento receberá decisão
pista de rolamento e pelo acostamento e, se existentes, pelas
favorável sempre que:
faixas de estacionamento, ilha e canteiro central.
I - forem preenchidos os requisitos legais pertinentes;
II - houver conveniência ou interesse públicos.
Art. 3º - (VETADO)
§ 1º - A decisão desfavorável baseada no previsto pelo
inciso II deste artigo será acompanhada de justificativa
Art. 4º - O uso do logradouro público é facultado a todos e
técnica.
o acesso a ele é livre, respeitadas as regras deste Código e de
§ 2º - O regulamento deste Código, considerando a
seu regulamento.
operação ou uso a ser licenciado, definirá prazo máximo para
deliberação sobre o licenciamento requerido.
Art. 5º - As operações de construção, conservação e
manutenção e o uso da propriedade pública ou particular
Art. 9º - Se dada decisão favorável ao processo de
afetarão o interesse público quando interferirem em direito do
licenciamento, será expedido o documento comprobatório
consumidor ou em questão ambiental, sanitária, de segurança,
respectivo, o qual especificará, no mínimo, a operação ou uso
de trânsito, estética ou cultural do Município.
a que se refere, o local ou área de abrangência respectiva e o

Legislação 57
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APOSTILAS OPÇÃO

seu prazo de vigência, além de outras condições previstas CAPÍTULO I


neste Código. DO PASSEIO
Parágrafo único - Deverá o documento de licenciamento
ser mantido no local onde se realiza a operação ou se usa o Art. 11-D - A utilização do passeio deverá priorizar a
bem, devendo ser apresentado à fiscalização quando circulação de pedestres, com segurança, conforto e
solicitado. acessibilidade, em especial nas áreas com grande fluxo de
pedestres.
Art. 9º-A - Na hipótese de decisão desfavorável ao pedido Parágrafo único - O Executivo deverá identificar rotas
de licenciamento, o requerente poderá recorrer, em primeira preferencialmente utilizadas por pedestres, priorizando nas
instância, à Secretaria de Administração Regional Municipal mesmas o tratamento de passeios e travessias das vias, de
competente e, em segunda instância, à Secretaria Municipal modo a garantir a acessibilidade.
Adjunta de Regulação Urbana.
§ 1° - O prazo para a interposição dos recursos previstos Art. 12 - Cabe ao proprietário de imóvel lindeiro a
no caput deste artigo será de 15 (quinze) dias, contados da logradouro público a construção do passeio em frente à
notificação pessoal do requerente ou da publicação no Diário testada respectiva, a sua manutenção e a sua conservação em
Oficial do Município. perfeito estado.
§ 2° - Os recursos em primeira e segunda instâncias § 1º - Em se tratando de lote com mais de uma testada, a
deverão ser julgados no prazo máximo de 2 (dois) meses, obrigação estabelecida no caput se estende a todas elas.
contados do seu recebimento. § 2º - A obrigatoriedade de construir o passeio não se
aplica aos casos em que a via pública não esteja pavimentada
Art. 9º-B - O Executivo deverá definir parâmetros ou em que não tenha sido construído o meio-fio
específicos para regulação e fiscalização de posturas nas Zonas correspondente.
de Especial Interesse Social – ZEIS. § 3º - No caso de não cumprimento do disposto no caput
deste artigo, poderá o Executivo realizar a obra, cujo custo será
Art. 10 - Dos atos do Executivo previstos neste Título e que ressarcido pelo proprietário, acrescido da taxa de
se relacionem a casos omissos ou a interpretação dos administração, sem prejuízo das sanções cabíveis.
dispositivos deste Código, caberá recurso ao Conselho § 4° - O Município adotará medidas para fomentar a
Municipal de Política Urbana (COMPUR), conforme ritual a ser adequação dos passeios ao padrão estabelecido pelo
estabelecido em regulamento. Executivo, nos termos do regulamento.
§ 5° - O regulamento desta Lei irá definir os passeios
Art. 11 - (VETADO) considerados de fluxo intenso de pedestres, que receberão
tratamento especial e manutenção pelo Executivo.
TÍTULO II
DAS OPERAÇÕES DE CONSTRUÇÃO, MANUTENÇÃO E Art. 12-A - A construção do passeio deve prever, conforme
CONSERVAÇÃO DO LOGRADOURO PÚBLICO regulamento:
DISPOSIÇÕES GERAIS I - faixa reservada a trânsito de pedestres, obrigatória;
II - faixa destinada a mobiliário urbano, sempre que
Art. 11-A - No caso de realização de obra ou serviço, o possível;
responsável por dano ao logradouro público deverá restaurá- III - faixa ajardinada, obrigatória em áreas específicas.
lo integralmente, sem saliências, depressões, defeitos Parágrafo único - A faixa reservada a trânsito de pedestres
construtivos ou estéticos, abrangendo toda a largura e deverá ter largura igual ou superior a 1,50m (um metro e
extensão do logradouro ao longo da intervenção, meio) ou, no caso de passeio com medida inferior a 2,00m
imediatamente após o término da obra, conforme parâmetros (dois metros), a 75% (setenta e cinco por cento) da largura
legais, normas e padrões estabelecidos pelo Executivo. desse passeio.
Parágrafo único - Na hipótese de descumprimento do
disposto neste artigo, o responsável terá o prazo máximo de 5 Art. 13 - No caso de dano a passeio, a restauração deverá
(cinco) dias úteis, contados da notificação, para a restauração ser realizada sem defeitos construtivos ou estéticos,
do logradouro. abrangendo toda a largura e extensão do passeio ao longo da
intervenção, de forma a atender aos parâmetros legais
Art. 11-B - Estando a recomposição do logradouro público estabelecidos.
em conformidade com esta Lei e livre de entulho ou outro Parágrafo único - Na hipótese de não existir padronização
material decorrente da obra, o Executivo emitirá o Termo de de tratamento do passeio definido para a área, a restauração
Aceitação Provisório, que será relativo à sua perfeita condição deverá obedecer às demais normas estabelecidas em decreto
de utilização. regulamentador.
§ 1° - O responsável, o licenciado ou a empresa executora
da obra responderá por qualquer deficiência técnica que Art. 14 - O revestimento do passeio deverá ser de material
comprometa a estabilidade da mesma pelo prazo irredutível antiderrapante, resistente e capaz de garantir a formação de
de 5 (cinco) anos, a partir da data de emissão do Termo de uma superfície contínua, sem ressalto ou depressão.
Aceitação Provisório. § 1° - O Executivo poderá definir padrões para passeio e
§ 2° - Decorrido o prazo fixado no § 1° deste artigo e fixar prazos para a adaptação dos existentes, respeitando a
constatada a regularidade mediante nova vistoria ao local da especificidade de cada região do Município.
obra, o órgão competente emitirá o Termo de Aceitação § 2° - Os padrões deverão ser obedecidos inclusive para
Definitivo e cessará a responsabilidade do executor da obra. eventuais acréscimos posteriores aos passeios.

Art. 11-C - A faixa de pedestre na via pública deve ter Art. 15 - O passeio não poderá ser usado como espaço de
largura compatível com o volume de pedestres e garantir, por manobra, estacionamento ou parada de veículo, mas somente
meio de demarcação com sinalização horizontal, passagem como acesso a imóvel.
separada em ambos os sentidos, evitando colisão entre os § 1° - É proibida a colocação de cunha de terra, concreto ou
pedestres. madeira ou de qualquer outro objeto no logradouro público
Parágrafo único – VETADO

Legislação 58
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APOSTILAS OPÇÃO

para facilitar o acesso referido no caput deste artigo, sendo caso, aprovado pelo órgão municipal responsável pelo
admitido o rebaixamento do meio-fio. trânsito.
§ 2º - O rampamento do passeio terá apenas o
comprimento suficiente para vencer a altura do meio-fio; CAPÍTULO II
§ 3° - Ficam estabelecidos os seguintes prazos para DA ARBORIZAÇÃO
adequação ao disposto no § 1° deste artigo:
I - 18 (dezoito) meses, para as cunhas colocadas sobre a via Art. 21 - É obrigatório o plantio de árvores nos passeios
pública; públicos do Município, respeitada a faixa reservada ao trânsito
II - 3 (três) anos, para as cunhas colocadas sobre o passeio. de pedestre, nos termos deste Código.
§ 4° - Na hipótese em que a Lei de Parcelamento, Ocupação Parágrafo único - Nos passeios com largura inferior a
e Uso do Solo possibilite a utilização do afastamento frontal 1,50m (um metro e cinquenta centímetros), o Executivo
como área de estacionamento, havendo conflito entre a poderá autorizar o plantio de árvore na via pública, sem
circulação de pedestres e a de veículos, o Executivo poderá obstrução do escoamento de águas pluviais, nos termos do
autorizar que a área reservada ao trânsito de pedestre seja regulamento desta Lei.
transferida para junto do alinhamento da edificação, ficando a
área de estacionamento no mesmo plano da via, podendo ser Art. 22 - O plantio das mudas, sua prévia obtenção e
demarcada ou revestida com material diferenciado, conforme posterior conservação constituem responsabilidade do
dispuser o regulamento. proprietário do terreno para o qual for aprovado projeto de
§ 5° - Ocorrendo o disposto no § 4° deste artigo, as áreas construção de edificação.
que forem destinadas a estacionamento ficarão desafetadas,
enquanto durar a utilização prevista. Art. 23 - Deverão constar do projeto arquitetônico das
edificações as seguintes indicações:
Art. 16 - As águas pluviais serão canalizadas por baixo do I - as espécies de árvores a serem plantadas e sua
passeio até a sarjeta lindeira à testada do imóvel respectivo, localização;
sendo proibido seu lançamento sobre o passeio. II - o espaçamento longitudinal a ser mantido entre as
árvores plantadas;
Art. 17 - É proibida a instalação precária ou permanente de III - o distanciamento entre as árvores plantadas e as
obstáculo físico ou de equipamento de qualquer natureza no esquinas, postes de luz e similares.
passeio ou projetado sobre ele, salvo no caso de mobiliário § 1º - Para a escolha das espécies e para a definição do
urbano. espaçamento e do distanciamento a que se referem os incisos
Parágrafo único - Equipara-se a obstáculo físico do caput, bem como para a adoção das técnicas de plantio e
permanente a porta ou o portão com abertura sobre o passeio. conservação adequadas, deverão ser observadas as
prescrições técnicas estipuladas pela legislação específica.
Art. 18 - Será prevista abertura para arborização pública § 2º - Caso o passeio lindeiro ao terreno onde se pretende
no passeio, a qual será localizada junto ao meio-fio, na faixa construir já seja arborizado, deverá o projeto arquitetônico
destinada a mobiliário urbano, com dimensões e critérios de prever, na inexistência de ordenamento técnico contrário, o
locação determinados pelo órgão competente. aproveitamento da arborização existente.

Art. 19 - As regras referentes às operações de construção, Art. 24 - A expedição da Certidão de Baixa de Construção e
manutenção e conservação do passeio contidas nesta Lei Habite-se à edificação construída fica condicionada à
aplicam-se também ao afastamento frontal mínimo comprovação de que foram plantadas as árvores previstas no
configurado como extensão do passeio. respectivo projeto arquitetônico.

Art. 20 - O regulamento deste Código definirá as Art. 25 - Somente o Executivo poderá executar, ou delegar
dimensões, as declividades e as características a serem a terceiro, as operações de transplantio, poda e supressão de
observadas para a construção, conservação e manutenção do árvores localizadas no logradouro público, após orientação
passeio, respeitando, dentre outras, as seguintes regras: técnica do setor competente.
I - a construção de passeio observará o greide da rua, sendo § 1º - O proprietário interessado em qualquer das
vedada a construção de degrau, salvo nos casos em que, em operações previstas no caput apresentará requerimento
razão da declividade do logradouro público, o regulamento próprio ao Executivo, que o submeterá a exame de seu órgão
deste Código admitir ou determinar; competente.
II - o rebaixamento de meio-fio e o rampamento do passeio § 2º - No caso de supressão, deferido o requerimento e
para acesso de veículo a imóvel e para acesso de pedestre executada a operação, o proprietário obriga-se a plantar novo
respeitarão o percentual máximo fixado, em regulamento, por espécime adequado na área indicada.
testada;
III - o rebaixamento do meio-fio e o rampamento do Art. 26 - As operações de transplantio, supressão e poda de
passeio serão obrigatórios na parte lindeira à faixa de árvores, bem como outras que se fizerem necessárias para a
pedestre, sendo vedada a colocação de qualquer mobiliário conservação e a manutenção da arborização urbana, não
urbano no local, inclusive aquele destinado a recolher água causarão danos ao logradouro público ou a mobiliário urbano.
pluvial;
IV - a acessibilidade e o trânsito da pessoa portadora de Art. 27 - É proibida a pintura ou a caiação de árvores em
deficiência física e da pessoa com mobilidade reduzida serão logradouro público.
garantidos, definindo-se condições próprias para tanto;
V - a implantação de mobiliário urbano e de faixa Art. 28 - É proibida a utilização da arborização pública para
ajardinada, quando ocorrer, resguardará faixa contínua para a colocação de cartazes e anúncios, para a afixação de cabos e
circulação de pedestre. fios ou para suporte ou apoio a instalações de qualquer
Parágrafo único - Para a construção de acesso de veículo natureza.
poderão ser admitidos parâmetros diferentes dos definidos Parágrafo único - Excetua-se da proibição prevista no
neste artigo ou no seu regulamento, devendo, para tanto, ser caput:
apresentado projeto específico, que será avaliado e, se for o I - a decoração natalina de iniciativa do Executivo;

Legislação 59
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APOSTILAS OPÇÃO

II - (VETADO) programas de trabalho previstos para o local, conforme


definido no regulamento.
Art. 29 - Qualquer árvore do Município poderá, mediante Parágrafo único - Sempre que a execução da obra ou
ato do Conselho Municipal de Meio Ambiente (COMAM), ser serviço implicar interdição de parte do logradouro público,
declarada imune de corte, por motivo de sua localização, deverá o requerimento de licenciamento ser instruído ainda
raridade ou antigüidade, de seu interesse histórico, científico com projeto das providências que garantirão o trânsito seguro
ou paisagístico, ou de sua condição de porta-sementes, ficando de pedestre e veículo, devidamente sinalizado.
sua proteção a cargo do Executivo.
Art. 36 - Atendidas as exigências de que trata o art. 35 deste
Art. 29-A - O Executivo deverá priorizar, nos espaços Código, o Executivo emitirá seu parecer dentro de 7 (sete) dias,
públicos, o plantio de árvores frutíferas de pequeno porte e a contar da data de protocolo do requerimento devidamente
floríferas, observadas as restrições técnicas. instruído com os planos e programas de trabalho e demais
documentos exigidos.
Art. 29-B - O Executivo procederá ao exame periódico das
árvores localizadas nos logradouros públicos do Município, Art. 37 - Se deferido o requerimento, o Executivo expedirá
com o objetivo de combater a ação de pragas e insetos e de o correspondente documento de licenciamento, do qual
preservar o meio ambiente. constarão, dentre outros, lançamentos sobre fixação da data
Parágrafo único - No caso de árvores que estejam em risco de início e término da obra, horários para execução da obra
de queda devido à ação de pragas e insetos, o Executivo obriga- tendo em vista o logradouro em que ela será executada,
se a proceder ao seu isolamento, de forma a evitar danos eventuais alterações quanto aos prazos de desenvolvimento
materiais e a resguardar a segurança dos munícipes. Art. 29-B dos trabalhos, proteções, sinalizações e demais exigências
acrescentado pela Lei nº 10.610, de 15/01/2013 (Art. 1°) previstas neste Código e em seu regulamento.
Parágrafo único - O Executivo poderá estabelecer
CAPÍTULO III restrições quanto ao trabalho diurno nos dias úteis.
DA LIMPEZA
Art. 38 - O Executivo poderá, a qualquer momento,
Art. 30 - A limpeza do logradouro público observará as determinar a alteração:
disposições contidas no Regulamento de Limpeza Urbana do I - do programa de trabalho, de forma a diminuir ou
Município. eliminar, conforme o caso, a interferência da obra ou serviço
na infra-estrutura ou mobiliário existentes na sua área de
Art. 31 - Art. 31 revogado pela Lei nº 10.534, de 10/9/2012 abrangência;
II - do horário ou do dia para a execução da obra ou serviço,
Art. 32 - O Executivo exigirá que os muros e paredes em favor do trânsito de veículo e da segurança de pedestre;
pintados com propaganda comercial ou política sejam limpos III - do horário ou do dia para a execução da obra ou
imediatamente após o prazo previsto pela legislação específica serviço, se constatada a ocorrência de transtornos em
ou pelo licenciamento concedido para a pintura. decorrência de poluição sonora.
Parágrafo único - No caso de não cumprimento do disposto
no caput, poderá o Executivo realizar a limpeza dos locais Art. 39 - A execução de obra ou serviço em logradouro
pintados, sendo o respectivo custo, acrescido da taxa de público, por particular ou pelo Poder Público, somente poderá
administração, ressarcido pelo proprietário do imóvel, sem ser iniciada se tiverem sido atendidas as condições que o
prejuízo das sanções cabíveis. documento de licenciamento respectivo tiver estabelecido
para a segurança do pedestre, do bem localizado em sua área
Art. 33 revogado pela Lei nº 10.534, de 10/9/2012 (Art. de abrangência e do trânsito de veículo.
88)
Art. 40 - (VETADO)
CAPÍTULO IV
DA EXECUÇÃO DE OBRA OU SERVIÇO Art. 41 - O responsável pela execução de obra ou serviço
deverá, ao seu final, recompor o logradouro público na forma
Art. 34 - A execução de obra ou serviço em logradouro em que o tiver encontrado.
público do Município, por particular ou pelo Poder Público, Parágrafo único - A obrigação prevista no caput se estende
depende de prévio licenciamento. pelo prazo dos 24 (vinte e quatro) meses seguintes ao final da
§ 1º - Excetua-se do disposto no caput a execução de obra obra ou serviço, caso o dano superveniente seja deles
ou serviço: decorrente.
I - necessário para evitar colapso em serviço público ou
risco à segurança; Art. 42 - (VETADO)
II - referente à instalação domiciliar de serviço público,
desde que da obra não resulte obstrução total ou parcial do Art. 43 - Concluída a obra ou serviço, o responsável fará a
logradouro público. devida comunicação ao órgão próprio do Executivo, que
§ 2º - Na hipótese do inciso I do § 1º deste artigo, o realizará a competente vistoria.
licenciamento prévio será substituído por comunicado escrito Parágrafo único - Em se tratando de abertura de
ao Executivo, a ser feito no prazo de até 1 (um) dia útil após o logradouro público ou outra hipótese prevista no
início da execução da obra ou serviço, e por requerimento de regulamento, o responsável anexará à comunicação de que
licenciamento posterior, que deverá ser feito dentro de 7 trata o caput o respectivo projeto de como foi implantado o
(sete) dias úteis após o referido comunicado. serviço ou de como foi executada a obra, conforme o caso.

Art. 35 - Para o licenciamento previsto no art. 34 deste Art. 43-A - A instalação de mobiliário urbano subterrâneo
Código, o responsável pela execução de obra ou serviço em deverá ser feita conforme projeto previamente licenciado,
logradouro público apresentará requerimento ao Executivo, ficando suas caixas de acesso na faixa destinada a mobiliário
instruído, dentre outros documentos, com os planos e urbano, respeitando, ainda, os critérios definidos em
regulamento.

Legislação 60
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APOSTILAS OPÇÃO

§ 1° - Será realizado chamamento público para a realização CAPÍTULO II


de obras em dutos subterrâneos sempre que houver DOS USOS QUE INDEPENDEM DE LICENCIAMENTO
solicitação para realização dessas intervenções por uma Seção I
concessionária. Do Trânsito, Estacionamento e Operações de Carga e
§ 2° - Concluídas as obras objeto do chamamento público, Descarga
novas intervenções no local ficam proibidas durante 5 (cinco)
anos. Arts. 50, 51, 52, 53, 54, 55, 56 e 57- (VETADOS)

Art. 43-B - Os parâmetros e normas estabelecidos pela Seção II


TELEBRÁS, ANATEL, ELETROBRÁS e ANEEL, para a instalação Da Passeata e Manifestação Popular
de equipamentos e fiações aéreos de telecomunicações e
energia, constituem regras de posturas a serem observadas no Art. 58 - A realização de passeata ou manifestação popular
Município. em logradouro público é livre, desde que:
I - não haja outro evento previsto para o mesmo local;
Art. 44 - As regras deste Capítulo estendem-se à realização II - tenha sido feita comunicação oficial ao Executivo e ao
de serviço de manutenção ou reparo de qualquer natureza em Batalhão de Eventos da Polícia Militar de Minas Gerais,
instalação ou equipamento do serviço público. informando dia, local e natureza do evento, com, no mínimo,
24 (vinte e quatro) horas de antecedência;
Art. 45 - As normas e exigências previstas neste Código e III - não ofereça risco à segurança pública.
em seu regulamento aplicam-se também a obra ou serviço de
responsabilidade do Município em logradouro público, CAPÍTULO III
devendo as respectivas unidades administrativas adotar as DA INSTALAÇÃO DE MOBILIÁRIO URBANO
medidas necessárias ao seu cumprimento. Seção I
Disposições Gerais
TÍTULO III
DO USO DO LOGRADOURO PÚBLICO Art. 59 - Mobiliário urbano é o equipamento de uso
CAPÍTULO I coletivo instalado em logradouro público com o fim de atender
DISPOSIÇÕES GERAIS a uma utilidade ou a um conforto públicos.
Parágrafo único - O mobiliário urbano poderá ser:
Art. 46 - Com exceção dos usos de que trata o Capítulo II I - em relação ao espaço que utilizará para sua instalação:
deste Título, o uso do logradouro público depende de prévio a) superficial, aquele que estiver apoiado diretamente no
licenciamento. solo;
b) aéreo, aquele que estiver suspenso sobre o solo;
Art. 47 - O Executivo somente expedirá o competente c) subterrâneo, aquele que estiver instalado no subsolo;
documento de licenciamento para uso do logradouro público d) misto, aquele que utilizar mais de uma das categorias
se atendidas as exigências pertinentes. anteriores;
Parágrafo único - Em caso de praça, a expedição do II - em relação à sua instalação:
documento de licenciamento dependerá, adicionalmente, de a) fixo, aquele que depende, para sua remoção, de ser
parecer favorável do órgão responsável pela gestão ambiental. carregado ou rebocado por outro equipamento ou veículo;
b) móvel, aquele que, para ser removido, depende
Art. 47-A - As licenças para utilização do logradouro exclusivamente de tração própria ou aquele não fixado ao solo
público para afixação de engenho de publicidade, para e de fácil remoção diária.
colocação de mesa e cadeira e para utilização de toldo, entre
outros, ficarão vinculadas ao Alvará de Localização e Art. 60 - A instalação de mobiliário urbano em logradouro
Funcionamento da atividade. público depende de prévio licenciamento, em processo a ser
definido no regulamento deste Código.
Art. 48 - O logradouro público não poderá ser utilizado
para depósito ou guarda de material ou equipamento, para Parágrafo único - Em caso de mobiliário urbano
despejo de entulho, água servida ou similar ou para apoio a considerado pelo regulamento deste Código como de risco
canteiro de obra em imóvel a ele lindeiro, salvo quando este para a segurança pública, será exigida, em termos a serem
Código expressamente admitir algum destes atos. definidos no mesmo regulamento, documentação
Parágrafo único - (VETADO) complementar, podendo ser estabelecido ritual específico
para a renovação do respectivo documento de licenciamento.
Art. 49 - O logradouro público, observado o previsto neste
Código, somente será utilizado para: Art. 61 - O mobiliário urbano pertencerá a um elenco de
I - trânsito de pedestre e de veículo; tipos e obedecerá a padrões definidos pelo Executivo, exceto
II - estacionamento de veículo; aquele de caráter artístico, como escultura ou obelisco.
III - operação de carga e descarga; § 1º - A definição dos tipos e dos padrões será feita pelos
IV - passeata e manifestação popular; órgãos responsáveis pela gestão urbana, ambiental, cultural e
V - instalação de mobiliário urbano; de trânsito, que observarão critérios técnicos e especificarão
VI - execução de obra ou serviço; para cada tipo e para cada padrão as seguintes condições,
VII - exercício de atividade; dentre outras:
VIII - instalação de engenho de publicidade; I - dimensão;
IX - eventos; II - formato;
X - atividades de lazer. III - cor;
IV - material;
V - tempo de permanência;
VI - horário de instalação, substituição ou remoção;
VII - posicionamento no logradouro público,
especialmente em relação a outro mobiliário urbano.

Legislação 61
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APOSTILAS OPÇÃO

§ 2º - O Executivo poderá adotar diferentes padrões para § 2º - Enquanto o órgão referido no § 1º deste artigo não
cada tipo de mobiliário urbano, podendo acoplar dois ou mais definir a altura e a distância de cada mobiliário em relação a
tipos, bem como poderá adotar padrões distintos para cada algum bem tombado, poderá ser expedido documento de
área do Município. licenciamento para sua instalação, desde que se respeitem a
§ 3º - Poderá ser vedada, nos termos do regulamento deste distância mínima de 10,00 m (dez metros) e a altura máxima
Código, a instalação de qualquer tipo de mobiliário urbano em de 3,00 m (três metros), que prevalecerão pelo prazo de
área específica do Município. vigência do mesmo.
§ 4º - A localização e o desenho do mobiliário urbano
deverão ser definidos de forma a evitar danos ou conflitos com Art. 69 revogado pela Lei nº 9.845, de 8/4/2010 (Art. 91,
a arborização urbana. II)

Art. 62 - Em quarteirão fechado e em praça, a instalação de Art. 70 - O Executivo poderá delegar a terceiros e conceder,
mobiliário urbano será submetida à aprovação prévia dos mediante licitação, a instalação de mobiliário urbano de
órgãos competentes. interesse público, definindo-se no edital correspondente as
Parágrafo único - A regra do caput aplica-se, por extensão, condições de contraprestação.
ao parque e à área verde.
Art. 71 - O mobiliário urbano que constituir engenho de
Art. 63 - Em via pública, somente poderá ser autorizada a publicidade e aquele em que for acrescida publicidade deverão
instalação de mobiliário urbano quando: respeitar as regras do Capítulo V do Título III deste Código,
I - tecnicamente não for possível ou conveniente sua sem prejuízo das previstas nesta Seção, no que não conflitarem
instalação em passeio; com aquelas.
II - tratar-se de palanque, palco, arquibancada ou similar,
desde que destinados à utilização em evento licenciado e que Art. 72 - O mobiliário urbano deverá ser mantido, por
não impeçam o trânsito de pedestre; quem o instalar, em perfeita condição de funcionamento,
III - tratar-se de mobiliário urbano destinado à utilização conservação e segurança.
em feira ou evento regularmente licenciado.
IV - tratar-se de fechamento de quarteirão, visando à Art. 73 - O responsável pela instalação do mobiliário
reorganização do sistema de circulação e a criação de áreas urbano deverá removê-lo:
verdes e de lazer. I - ao final do horário de funcionamento diário da atividade
ou uso, no caso de mobiliário móvel;
Art. 64 - A instalação de mobiliário urbano no passeio: II - ao final da vigência do licenciamento, por qualquer
I - deixará livre a faixa reservada a trânsito de pedestre; hipótese, no caso de mobiliário fixo, ressalvadas as situações
II - respeitará as áreas de embarque e desembarque de em que o mobiliário se incorpore ao patrimônio municipal;
transporte coletivo; III - quando devidamente caracterizado o interesse público
III - manterá distância mínima de 5,00 m (cinco metros) da que justifique a remoção.
esquina, contados a partir do alinhamento dos lotes, quando se § 1º - Os ônus com a remoção do mobiliário urbano são de
tratar de mobiliário urbano que prejudique a visibilidade de quem tiver sido o responsável por sua instalação.
pedestres e de condutores de veículos; § 2º - Se a remoção do mobiliário urbano implicar dano ao
IV - respeitará os seguintes limites máximos: logradouro público, o responsável por sua instalação deverá
a) com relação à ocupação no sentido longitudinal do fazer os devidos reparos, restabelecendo no logradouro as
passeio: 30 % (trinta por cento) do comprimento da faixa de mesmas condições em que ele se encontrava antes da
passeio destinada a este fim em cada testada da quadra instalação respectiva.
respectiva, excetuados deste limite os abrigos de ônibus; § 3º - No caso de não cumprimento do disposto no § 2º
b) com relação à ocupação no sentido transversal do deste artigo, poderá o Executivo realizar a obra, sendo o custo
passeio: 40 % (quarenta por cento) da largura do passeio. respectivo ressarcido pelo proprietário, acrescido da taxa de
Parágrafo único revogado pela Lei nº 9.845, de 8/4/2010 administração, sem prejuízo das sanções cabíveis.
(Art. 91, I)
Art. 73-A - O Executivo deverá promover a instalação de
Art. 65 - O mobiliário urbano instalado em logradouro mobiliário para estacionamento de bicicletas,
público estará sujeito ao pagamento de preço público, preferencialmente nas estações do BHBUS, metrô e praças.
conforme dispuser regulamento.
Art. 73-B - A instalação de mobiliário urbano será onerosa,
Art. 66 - É vedada a instalação em logradouro público de na forma disposta em regulamento.
mobiliário urbano destinado a:
I - abrir portão eletrônico de garagem; Art. 73-C - O Município adotará políticas para viabilizar a
II - obstruir o estacionamento de veículo sobre o passeio; colocação de câmeras de vídeo em locais públicos, em toda a
III - proteger contra veículo. cidade, em cooperação com o Estado de Minas Gerais e com a
iniciativa privada.
Art. 67 - É vedada a instalação de mobiliário urbano em
local em que tal mobiliário prejudique a segurança ou o Seção II
trânsito de veículo ou pedestre ou comprometa a estética da Da Mesa e Cadeira
cidade.
Art. 74 - A área a ser destinada à colocação de mesa e
Art. 68 - É vedada a instalação de mobiliário urbano em cadeira é a do afastamento frontal da edificação, desde que tal
posição em que tal mobiliário interfira na visibilidade de bem afastamento não seja configurado como extensão do passeio e
tombado. se respeitem os limites com o passeio.
§ 1º - O órgão responsável pela gestão cultural deverá Parágrafo único - A colocação de mesa e cadeira na área de
estabelecer a altura e a distância que cada tipo de mobiliário afastamento frontal de que trata o caput deste artigo
urbano deverá ter em relação a cada bem tombado, de forma a independe de licenciamento.
não comprometer sua visibilidade.

Legislação 62
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APOSTILAS OPÇÃO

Art. 75 - Independentemente do uso do afastamento correspondente ao estabelecimento, exceto se contar com a


frontal, a colocação de mesa e cadeira poderá ser feita, anuência do vizinho lateral.
alternativamente:
I - no passeio, desde que o mesmo tenha largura igual ou Art. 80 - Nas hipóteses do art. 75 deste Código, o
superior a 2,70m (dois metros e setenta centímetros); Inciso I documento de licenciamento poderá fixar o horário permitido
com redação dada pela Lei nº 11.019, de 12/1/2017 (Art. para a colocação de mesa e cadeira, em função das condições
1º) locais de sossego ou de segurança pública e do trânsito de
II - no espaço do quarteirão fechado; pedestre.
III - Na área de estacionamento de veículos em via pública
local lindeira à testada do imóvel correspondente ao Art. 81 - Com relação à largura do passeio, serão
estabelecimento, quando o passeio tiver largura inferior a observadas, em qualquer dos casos previstos nesta Seção, as
2,70m (dois metros e setenta centímetros), mediante seguintes regras:
avaliação do Executivo; Inciso III com redação dada pela Lei I - não será permitida, salvo em condições especiais, a
nº 11.019, de 12/1/2017 (Art. 1º) colocação de mesa e cadeira em passeio com menos de 2,70m
IV - na via pública, nos casos de feira ou evento (dois metros e setenta centímetros) de largura;
regularmente licenciado. II - nos passeios de até 4,00 m (quatro metros) de largura,
Parágrafo único - O licenciamento para a colocação de a ocupação não poderá ter dimensão superior à de sua metade;
mesa e cadeira na área prevista no inciso III do caput deste III - nos passeios de dimensão superior a 4,00 m (quatro
artigo será permitido mediante a instalação de tablado metros), a ocupação poderá exceder o limite estabelecido no
removível protegido, que não impeça o escoamento de água inciso II deste artigo, desde que o espaço livre não fique
pluvial, e poderá exceder a testada do imóvel correspondente reduzido a menos de 2,00 m (dois metros).
ao estabelecimento se contar com a anuência do vizinho
lateral. Art. 82 - Ao licenciado para o exercício de atividade em
logradouro público é vedada a colocação de mesa e cadeira em
Art. 76 - Somente poderá colocar mesa e cadeira nos passeio, quarteirão fechado ou via pública, mesmo que a
termos do art. 75 desta Lei a edificação utilizada para o atividade por ele exercida tenha natureza similar à dos
funcionamento de restaurante, bar, lanchonete, café, livraria estabelecimentos referidos nesta Seção.
ou similares. Parágrafo único - O disposto no caput não se aplica ao
exercício de atividades em feira ou evento regularmente
Art. 77 - A colocação de mesa e cadeira nos locais definidos licenciados.
no art. 75 desta Lei depende de prévio licenciamento, a ser
definido no regulamento. Art. 83 - As mesas de que trata esta Seção poderão ter
Parágrafo único - Para a abertura do processo de que trata guarda-sol removível.
o caput, poderá ser solicitado ao interessado, entre outros
documentos, o layout da ocupação do espaço pretendido. Seção III
Do Toldo
Art. 78 - Na hipótese de utilização de área de passeio ou de
afastamento frontal configurado como sua extensão para a Art. 84 - Toldo é o mobiliário acrescido à fachada da
colocação de mesa e cadeira, deverá ser reservada faixa de edificação, projetado sobre o afastamento existente ou sobre o
pedestre, livre de qualquer obstáculo, inclusive de mobiliário passeio, com estrutura leve e cobertura em material flexível ou
urbano, com largura mínima de 1,00m (um metro), respeitado translúcido, passível de ser removido sem necessidade de obra
o seguinte: de demolição, ainda que parcial.
I - que o passeio lindeiro tenha largura igual ou superior a Parágrafo único - A colocação de toldo depende de prévio
2,00m (dois metros); licenciamento.
II - que o espaço utilizado não exceda a fachada da
edificação, exceto se contar com a anuência do vizinho lateral; Art. 85 - O toldo será de um dos seguintes tipos:
III - que sejam observadas as regras aplicáveis da Seção I I - passarela, aquele que se desenvolve no sentido
deste Capítulo, referentes à instalação de mobiliário urbano perpendicular ou oblíquo à fachada, exclusivamente para
em passeio. acesso à edificação, podendo utilizar colunas de sustentação;
§ 1° - A área destinada à colocação de mesa e cadeira será II - em balanço, aquele apoiado apenas na fachada;
demarcada fisicamente, com a instalação de barreira III- cortina, aquele instalado sob marquise ou laje, com
removível, podendo permanecer no local somente no horário planejamento vertical.
definido no documento de licenciamento, obedecendo ao
padrão estabelecido pelo Executivo. Art. 86 - É admitida a instalação de toldo sobre o passeio,
§ 2° - A barreira removível deverá privilegiar a paisagem desde que este toldo:
urbana, com a colocação, preferencialmente, de floreiras ou I - não desça nenhum de seus elementos a altura inferior a
vasos ornamentais. 2,30 m (dois metros e trinta centímetros) do nível do passeio
§ 3° - O licenciado responderá por danos aos pedestres em qualquer ponto;
decorrentes de elementos utilizados na instalação de barreira II - não prejudique a arborização ou a iluminação públicas;
removível. III - não oculte placa de nomenclatura de logradouros e
§ 4° - VETADO próprios públicos;
IV - não prejudique as áreas mínimas de iluminação e
Art. 79 - A área do quarteirão fechado a ser utilizada para ventilação da edificação;
a colocação de mesa e cadeira será aquela imediatamente em V - não exceda a largura do passeio.
frente à edificação, junto ao alinhamento, reservada, no eixo VI - não oculte sinalização de trânsito.
longitudinal do logradouro, passagem para pedestre, livre de § 1° - O toldo do tipo passarela sobre o passeio é admitido
qualquer obstáculo, com largura mínima de 3,00m (três apenas em fachada de hotel, bar, restaurante, clube, casa de
metros). recepção e congêneres e desde que utilize no máximo 2 (duas)
Parágrafo único - O espaço utilizado para colocação de colunas de sustentação e não exceda a largura da entrada do
mesa e cadeira não poderá exceder a testada do imóvel estabelecimento.

Legislação 63
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§ 2° - O pedido de licenciamento de toldo em balanço com local e à recuperação do espaço em que ela estava instalada,
mais de 1,20m (um metro e vinte centímetros) deverá ser obedecido prazo previsto em regulamento.
acompanhado de laudo de responsabilidade técnica de
profissional habilitado, atestando a segurança do mesmo. Art. 93-A - Em local destinado a ponto de táxi, situado fora
dos limites da Zona Central de Belo Horizonte (ZCBH), poderá
Art. 87 - Poderá ser instalado toldo sobre afastamento de ser instalada uma cabine para uso dos motoristas de táxi.
edificação, sem que o espaço coberto resultante seja § 1º - A cabine de que trata o caput deste artigo será
considerado como área construída, desde que esse toldo: padronizada pelo órgão competente do Executivo e não
I - não tenha mais de 2,00m (dois metros) de projeção poderá exceder a 3m² (três metros quadrados).
horizontal, limitando-se à metade do afastamento; § 2º - A autorização para instalação da cabine deverá ser
II - não utilize colunas de sustentação; solicitada, por meio de requerimento à Prefeitura de Belo
III - não desça nenhum de seus elementos a altura inferior Horizonte, cabendo aos motoristas de táxi, usuários do ponto,
a 2,30 m (dois metros e trinta centímetros) do nível do piso do a instalação e a manutenção desse equipamento.
pavimento; § 3º - O requerimento a que se refere o § 2º será assinado
IV - não prejudique as áreas mínimas de iluminação e por, no mínimo, 5 (cinco) motoristas do ponto de táxi,
ventilação da edificação; cadastrados no órgão gerenciador do trânsito no Município.
V - não prejudique as áreas mínimas de permeabilidade.
§ 1º - A área de afastamento frontal lindeira a restaurante, Art. 93-B - As cabines previstas nesta seção poderão ser
bar, café, lanchonete e similares poderá ser coberta por toldo, dotadas de um sanitário com vaso e pia, sistema de água,
dispensando-se as exigências contidas nos incisos I e II deste esgotamento sanitário, energia elétrica, ponto de telefone e
artigo, desde que o toldo tenha a função de cobrir mesas e acesso à internet.
cadeiras regularmente licenciadas.
§ 2º revogado pela Lei nº 9.845, de 8/4/2010 Art. 93-C - Os sanitários a que se refere esta Seção deverão
ter como área máxima a necessária para atendimento das
Art. 87-A - A área do passeio e do afastamento frontal normas relativas à acessibilidade.
lindeiro a restaurante, bar, café, lanchonete e similares poderá
ser coberta por toldo do tipo cortina após as 22h (vinte e duas Seção V
horas), dispensando-se as exigências contidas no inciso I do Da Banca
art. 86 e nos incisos I, III e IV do art. 87, ambos desta Lei, desde
que o toldo tenha a função de cobrir mesas e cadeiras Art. 94 - Poderá ser instalada no logradouro público banca
regularmente licenciadas. destinada ao exercício da atividade prevista na Seção II do
Capítulo IV do Título III deste Código, sendo que sua instalação
Seção IV depende de prévio licenciamento, em processo definido neste
Do Sanitário Público e da Cabine Sanitária Código e em seu regulamento.

Art. 88 - O Executivo poderá instalar sanitários públicos Art. 95 - A banca obedecerá a padrões definidos em
nos locais de maior trânsito de pedestres, especialmente na regulamento, que especificarão modelos e dimensões
Zona Central de Belo Horizonte - ZCBH -, podendo delegar a diferenciados, de modo a atender às particularidades do local
terceiros, mediante licitação, a construção, manutenção e de instalação e do produto a ser comercializado.
exploração do sanitário, conforme avaliação técnica. § 1º - Poderá ser instalada banca em desconformidade com
Parágrafo único - A instalação de sanitários somente os padrões estabelecidos pelo regulamento, desde que haja
poderá ocorrer em logradouros dotados de faixa de licenciamento especial do Executivo, com a finalidade de
mobiliário urbano, nos termos do regulamento. adaptá-la a projeto de urbanização e paisagismo.
§ 2º - A banca destinada ao comércio de flores e plantas
Art. 89 - O ponto final da linha de ônibus do serviço de naturais será dotada de mecanismos físicos de aeração,
transporte coletivo urbano será equipado com cabine sanitária adequados à proteção da mercadoria, de forma a não
para uso exclusivo dos empregados neste serviço. comprometer o viço e a resistência das flores e plantas.
§ 1º - Considera-se ponto final o ponto de apoio onde
ocorrem o controle dos horários de partida da linha respectiva, Art. 96 - O local para a instalação de banca será indicado
a parada e o estacionamento dos veículos a seu serviço. pelo Executivo, que cuidará de resguardar as seguintes
§ 2° - Nas hipóteses em que o ponto final de transporte distâncias mínimas:
coletivo for fixado na área central do Município, fica vedada a I - 10,00 m (dez metros) com relação aos pontos de
instalação de sanitários no logradouro público. embarque e desembarque de coletivos;
II - 100 m (cem metros) com relação a outra banca na Zona
Art. 90 - A cabine sanitária será instalada pela empresa Hipercentral (ZHIP) e Zona Central de Belo Horizonte (ZCBH)
subconcessionária do transporte coletivo e pelas cooperativas e 200 m (duzentos metros) nos demais locais;
do sistema de transporte suplementar e não acarretará ônus III - 50 m (cinqüenta metros) com relação a lojas que
para os cofres públicos. comercializam o mesmo produto que a banca.
Parágrafo único - As distâncias previstas nos incisos deste
Art. 91 - Estando o ponto final a distância inferior ou igual artigo serão medidas ao longo do eixo do logradouro.
a 100 m (cem metros) da garagem da empresa
subconcessionária da respectiva linha, esta fica desobrigada Art. 97 - Não será permitida alteração no modelo externo
de instalar a cabine sanitária, bastando comunicar o fato ao original da banca, nem mudança na sua localização, sem
órgão competente do Executivo, que o comprovará. autorização expressa do Executivo.

Art. 92 - (VETADO) Art. 98 - A banca será de propriedade da pessoa a quem


tiver sido conferido o documento de licenciamento, que
Art. 93 - A mudança do ponto final de um local para outro providenciará a sua instalação, obedecidos o prazo, as
no logradouro público obriga à realocação da cabine no novo condições e o local previamente estabelecidos.

Legislação 64
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APOSTILAS OPÇÃO

Seção VI II - no local sinalizado com placa que proíba parar e


Do Suporte para Colocação de Lixo estacionar;
III - junto ao hidrante e sobre registro de água ou tampa de
Art. 99 - O suporte para colocação de lixo é equipamento poço de inspeção de galeria subterrânea;
da edificação e, quando fixo, será instalado sobre base própria IV - inclinada em relação ao meio-fio, quando ocupar
fixada na faixa de mobiliário urbano do passeio lindeiro ao espaço maior que 2,70 m (dois metros e setenta centímetros)
respectivo terreno. de largura.
Parágrafo único - Os estabelecimentos de industrialização
e comercialização de gêneros alimentícios e congêneres ficam Art. 106 - Poderão ser formados grupos de até 2 (duas)
obrigados a adotar coletor móvel para colocação de lixo, no caçambas no logradouro público, desde que obedecido o
formato fechado e com tampa. espaço mínimo de 10,00 m (dez metros) entre os grupos.

Art. 100 - A instalação, a conservação e a manutenção do Art. 107 - O tempo de permanência máximo por caçamba
suporte para colocação de lixo são da responsabilidade do em um mesmo local, exceto o previsto no art. 108 deste Código,
proprietário do terreno e deverão seguir as normas do órgão é de 3 (três) dias úteis.
de limpeza urbana.
Art. 108 - Na Zona Hipercentral (ZHIP), o horário de
Art. 101 - Condiciona a aprovação do projeto arquitetônico colocação, de permanência e de retirada das caçambas é:
da edificação a indicação do número e tamanho dos suportes I - das 20 (vinte) às 7 (sete) horas nos dias úteis;
para colocação de lixo demandados, bem como o local II - das 14 (catorze) horas de sábado às 7 (sete) horas de
destinado à sua instalação, quando fixo. segunda-feira;
Parágrafo único - O Executivo poderá eximir o proprietário III - livre nos feriados.
da instalação de suporte para colocação de lixo em função do
intenso trânsito de pedestres no logradouro, da excessiva Art. 109 - Na operação de colocação e na de retirada da
quantidade de lixo que o coletor deverá suportar ou de outras caçamba, deverá ser observada a legislação referente à
especificidades locais. limpeza urbana, ao meio ambiente e à segurança de veículo e
pedestre, cuidando-se para que sejam utilizados:
Seção VII I - sinalização com 3 (três) cones refletores;
Da Caçamba II - calços nas rodas traseiras dos veículos, no caso de
logradouro com declividade.
Art. 102 - Caçamba é o mobiliário destinado à coleta de
terra e entulho provenientes de obra, construção, reforma ou Art. 110 - O Executivo poderá determinar a retirada de
demolição de qualquer natureza. caçamba, mesmo no local para o qual ela tenha sido liberada,
quando, devido a alguma excepcionalidade, a mesma venha a
Art. 103 - A colocação, a permanência, a utilização e o prejudicar o trânsito de veículo e pedestre.
transporte de caçamba em logradouro público sujeitam-se a
prévio licenciamento, em processo a ser definido no Art. 111 - As penalidades previstas neste Código referentes
regulamento deste Código. a esta Seção serão aplicadas ao proprietário da caçamba.
§ 1º - A unidade licenciada será o conjunto de 1 (um)
caminhão e 15 (quinze) caçambas. Seção VIII
§ 2º - O licenciamento previsto pelo § 1º deste artigo estará Da Cadeira de Engraxate
condicionado ao licenciamento do local de guarda das
caçambas. Art. 112 - A cadeira de engraxate é o mobiliário utilizado
§ 3º - É vedada a utilização de logradouro público para para a prestação do serviço a que se refere, com a realização
guarda de caçamba. de pequenos consertos em calçados e a venda de cadarços
avulsos e de palmilhas, devendo, para sua instalação, obedecer
Art. 104 - A caçamba obedecerá a modelo próprio, que terá à padronização estabelecida pelo Executivo.
as seguintes características, entre outras a serem definidas em Parágrafo único - O licenciado para atividade em cadeira
regulamento: de engraxate poderá fazer a cadeira, por sua conta,
I - capacidade máxima de 7m³ (sete metros cúbicos); obedecendo ao modelo oficial.
II - cores vivas, preferencialmente combinando amarelo e
azul ou alaranjado e vermelho; Art. 113 - O Executivo definirá o local adequado à
III - tarja refletora com área mínima de 100cm² (cem instalação da cadeira de engraxate, cuidando para que a
centímetros quadrados) em cada extremidade, para assegurar mesma não seja instalada:
a visibilidade noturna; I - em passeio de largura inferior a 3,00 m (três metros);
IV - identificação do nome do licenciado e do número do II - na proximidade de ponto de coletivo, saída de
telefone da empresa nas faces laterais externas. repartição pública, estabelecimento bancário ou de ensino,
cinema e teatro.
Art. 105 - O local para a colocação de caçamba em Parágrafo único - O Executivo poderá, por conveniência
logradouro público poderá ser: pública, mudar a localização da cadeira a qualquer tempo,
I - a via pública, ao longo do alinhamento da guia do meio- devendo a transferência dar-se no prazo para tanto
fio, em sentido longitudinal; estabelecido.
II - o passeio, na faixa destinada a mobiliário urbano ou
faixa gramada, desde que deixe livre faixa para circulação de Art. 114 - (VETADO)
pedestre de no mínimo 1,50m (um metro e cinquenta
centímetros) de largura. Art. 115 - (VETADO)
Parágrafo único - Não será permitida a colocação de
caçamba:
I - a menos de 5,00 m (cinco metros) da esquina do
alinhamento dos lotes;

Legislação 65
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APOSTILAS OPÇÃO

Seção IX Art. 118 - Fica proibido o exercício de atividade por


Do Abrigo para Ponto de Ônibus camelôs, toreros e flanelinhas no logradouro público.

Art. 115-A - O abrigo para ponto de ônibus é o mobiliário Art. 118-A - O passeio poderá ser utilizado por ambulante
urbano destinado à proteção e ao conforto dos usuários do somente para exercício de atividade de comércio:
transporte coletivo do Município. I - em veículo de tração humana;
Parágrafo único - O abrigo para ponto de ônibus conterá, II - por deficiente visual.
no mínimo:
I - cobertura para proteção de passageiros; Art. 119 - O regulamento deste Código poderá:
II - banco; I - estabelecer área do Município em que será proibido o
III - coletor de lixo. exercício de atividade, correlacionando ou não essa vedação a
determinada época, circunstância ou atividade;
Art. 115-B - O abrigo para ponto de ônibus obedecerá a II - (VETADO)
padrões definidos em regulamento, que especificará modelos III - definir locais específicos para a concentração do
e dimensões diferenciados, de modo a corresponder às comércio exercido por ambulantes.
particularidades do local de instalação e ao número de
usuários atendidos. Art. 120 - A atividade exercida no logradouro público pode
Parágrafo único - Poderá ser instalado abrigo para ponto ser:
de ônibus em desconformidade com os padrões estabelecidos I - constante, aquela que se realiza periodicamente;
pelo regulamento, desde que haja licenciamento especial do II - eventual, aquela que se realiza esporadicamente.
Executivo, com a finalidade de adaptá-lo a projeto de
urbanização e paisagismo. Art. 121 - O licenciamento para exercício de atividade em
logradouro público terá sempre caráter precário e será feito
Seção X por meio de licitação, conforme procedimento previsto no
Do Quiosque em Locais de Caminhada regulamento deste Código, que poderá ser simplificado em
relação a alguma atividade, particularmente a classificada
Art. 115-C - Poderá ser instalado quiosque no logradouro como eventual.
público, exclusivamente em locais destinados à prática de Parágrafo único - O prazo de validade do documento de
caminhada, sendo que sua instalação depende de prévio licenciamento variará conforme a classificação da atividade,
Iicenciamento, em processo definido neste Código e em seu podendo ser:
regulamento. I - de até 1 (um) ano, prorrogável conforme dispuser o
regulamento deste Código, quando se tratar de atividade
Art. 115-D - O quiosque obedecerá a padrões definidos em constante;
regulamento, que especificará modelos e dimensões II - de até 3 (três) meses ou até o encerramento do evento,
diferenciados, de modo a atender às particularidades do local conforme o caso, quando se tratar de atividade eventual,
de instalação e do produto a ser comercializado. sendo, em ambos os casos, improrrogável.
Parágrafo único - Poderá ser instalado quiosque em
desconformidade com padrões estabelecidos pelo Art. 122 - O documento de licenciamento deverá explicitar
regulamento, desde que haja licenciamento especial do o equipamento ou apetrecho de uso admitido no exercício da
Executivo, com a finalidade de adaptá-Io a projeto de atividade respectiva no logradouro público e mencionar,
urbanização e paisagismo. inclusive, a possibilidade de utilização de aparelho sonoro,
sendo vedada a utilização de qualquer outro equipamento ou
Art. 115-E – VETADO apetrecho nele não explicitado.

Art. 115-F - O Executivo poderá delegar a terceiros, Art. 123 - O documento de licenciamento é pessoal e
mediante licitação, a construção, manutenção e exploração do específico para a atividade e o local de instalação ou área de
comércio, inclusive a construção de banheiro público que trânsito nele indicados.
também será explorado. § 1º - Somente poderá ser licenciada para exercício de
atividade em logradouro público a pessoa natural e desde que
CAPÍTULO IV não seja proprietária de estabelecimento industrial, comercial
DO EXERCÍCIO DE ATIVIDADES ou de serviços.
Seção I § 2º - Não será liberado mais de um documento de
Disposições Gerais licenciamento para a mesma pessoa natural, mesmo que para
atividades distintas.
Art. 116 - O exercício de atividades em logradouro público § 3º - O titular do documento de licenciamento poderá
depende de licenciamento prévio junto ao Executivo. indicar preposto para auxiliá-lo no exercício da atividade,
Parágrafo único - O Executivo poderá licenciar, para o desde que tal preposto não seja titular de documento de
exercício em logradouro público, apenas as seguintes licenciamento da mesma natureza, ainda que de atividade
atividades, observadas as limitações previstas neste Código: distinta.
I - em banca; § 4º - As vedações de que tratam os § § 1º, 2º e 3º deste
II - em veículo de tração humana e veículo automotor; artigo não se aplicam à possibilidade de acumular 1 (um)
III - exercida por deficiente visual; documento de licenciamento para atividade constante com 1
IV - de engraxate; (um) documento de licenciamento para atividade eventual.
V - evento; § 5º - Será especificado no regulamento deste Código o
VI - feira; número de prepostos a que se refere o § 3º deste artigo,
VII - em quiosque em local de caminhada; podendo haver variação desse número em função da atividade.
VIII - exploração de sanitário público; § 6º - No caso do exercício da atividade em banca de jornais
IX - lavador de veículo automotor. e revistas, cada licenciado poderá indicar 3 (três) prepostos,
que poderão substituir o titular em qualquer de suas ausências
Art. 117 - (VETADO) e impedimentos, independentemente de comunicação prévia,

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respondendo solidariamente por todas as obrigações Seção II


decorrentes da licença. Da Atividade em Banca
§ 7º - O exercício de atividade em logradouro público
poderá ser licenciado a pessoas jurídicas, excepcionalmente, Art. 133 - Poderá ser exercida a atividade de comércio em
quando permissionárias do “Programa ABasteCer - Alimentos banca instalada em logradouro público, que se sujeita a prévio
a Baixo Custo” ou de outro programa que venha a sucedê-lo. licenciamento, em processo a ser definido no regulamento
deste Código.
Art. 124 - Ocorrerá desistência quando:
I - o licenciado, sem motivo justificado, não iniciar o Art. 134 - O comércio de que trata o art. 133 deste Código
exercício da atividade no prazo determinado; será destinado exclusivamente à venda ao consumidor das
II - o licenciado, tendo iniciado o exercício da atividade, mercadorias previstas nesta Seção para os seguintes tipos de
requerer ao Executivo a revogação do licenciamento. banca:
§ 1º - No caso de a desistência ocorrer durante o primeiro I - banca de jornais e revistas, que será fixa;
ano, o licenciamento será repassado ao habilitado II - banca de flores e plantas naturais, que será fixa;
imediatamente classificado na respectiva licitação. III - banca de bebidas naturais, que será móvel.
§ 2º - No caso de a desistência ocorrer após a vigência do § 1º - Cada um dos tipos de banca somente poderá explorar
primeiro ano, será o licenciamento restituído ao Executivo, a o comércio das mercadorias que para ele tiverem sido
fim de que seja redistribuído por meio de nova licitação. previstas nesta Seção.
§ 3º - Em ambos os casos, a pessoa desistente não estará § 2º - A banca móvel será instalada, preferencialmente,
isenta de suas obrigações fiscais junto ao Poder Público. próximo a área de lazer e será montada sobre estrutura
metálica que facilite sua transferência para outro local.
Art. 125 - O documento de licenciamento é intransferível, § 3º - Em caso de interesse público, devidamente
exceto se o titular: justificado, em que se demonstre haver necessidade de
I - falecer; remoção da banca de bebidas naturais, esta deverá ser
II - entrar em licença médica por prazo superior a 60 transferida para local a ser definido pelo Executivo.
(sessenta) dias; § 4º - O Executivo poderá autorizar a remoção da banca de
III - tornar-se portador de invalidez permanente. bebidas naturais para outro local, mediante solicitação do
§ 1º - Nos casos admitidos nos incisos deste artigo, a proprietário da banca.
transferência obedecerá à seguinte ordem:
I - cônjuge ou companheiro estável; Art. 135 - A banca de jornais e revistas destina-se à
II - filho; comercialização de:
III - irmão. I - jornal e revista;
§ 2° - A validade do documento de licenciamento II - flâmula, álbum de figurinha, emblema e adesivo;
transferido nos termos deste artigo se estenderá até que III - cartão postal e comemorativo;
ocorra nova licitação para o exercício da atividade. IV - mapa e livro;
V - cartão telefônico e recarga de cartão magnético do
Art. 126 - O horário de exercício de atividade no sistema de transporte coletivo;
logradouro público será previsto no documento de VI - talão de estacionamento;
licenciamento respectivo. VII - selo postal;
VIII - bilhete de loteria e prognóstico explorado ou
Art. 127 - Para os fins deste Código, o equipamento para concedido pelo Poder Público;
exercício de atividade no logradouro público constitui IX - periódico de qualquer natureza, inclusive audiovisual
modalidade de mobiliário urbano. integrante do mesmo;
X - ingresso para espetáculo público;
Art. 128 - É expressamente proibida a instalação de trailer XI - carnê de sorteio autorizado pela fazenda Pública;
em logradouro público, à exceção dos que, não se destinando a XII - artigo de papelaria de pequeno porte e serviço de
atividade comercial, tenham obtido anuência do órgão cópia e fax;
competente do Executivo. XIII - impresso de utilidade pública;
XIV - artigo para fumante, pilha, barbeador, preservativo;
Art. 129 - Somente é permitida a comercialização no XV - objeto encartado em publicação e material
logradouro público de mercadoria com origem legal fotográfico descartável;
comprovada. XVI - (VETADO)
XVII - (VETADO)
Art. 130 - É proibida no logradouro público a realização de XVIII - (VETADO)
campanha para arrecadação de fundos. XIX - (VETADO)
XX - (VETADO)
Art. 131 - O Executivo capacitará o licenciado para o XXI - acessórios para aparelho telefônico celular;
exercício de atividade no logradouro público, visando a XXII - (VETADO)
engajá-lo nos programas de interesse público desenvolvidos XXIII - bombonière;
no respectivo local, podendo, inclusive, vir a utilizar o XXIV - brindes diversos;
mobiliário onde a atividade é exercida como ponto de apoio e XXV - serviço de revelação de filmes fotográficos;
referência para a comunidade. XXVI - cópias de chaves;
XXVII - brinquedos;
Art. 132 - O Executivo regulamentará este Capítulo, XXVIII - artesanatos;
especialmente no que se refere ao detalhamento dos critérios XXIX - (VETADO).
de licenciamento, às taxas respectivas e à fiscalização das XXX - água mineral em embalagem descartável, sorvete e
atividades. picolé embalados;
XXXI - refrigerantes;
XXXII - sucos em embalagens descartáveis.

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§ 1º - Será facultado à banca de jornais e revistas fazer a Art. 140 - A atividade de que trata esta Seção poderá ser
distribuição de encarte, folheto e similar de cunho exercida em sistema de rodízio estabelecido pela entidade
promocional. representativa de cada segmento, segundo critérios a serem
§ 2º - A distribuição prevista no § 1º deste artigo não definidos pelo regulamento.
poderá descaracterizar a atividade própria da banca.
§ 3º - De acordo com o previsto no art. 131 desta lei, a Art. 141 - O licenciado para exercer atividade comercial em
banca de jornais e revistas deverá expor, em local visível, e veículo de tração humana ou automotor deverá, quando em
distribuir material institucional. serviço:
§ 4º - Entende-se como material institucional, para os I - portar o documento de licenciamento atualizado;
efeitos desta lei, panfletos, folhetos, encartes, publicações e II - usar uniforme limpo e de cor clara;
similares, elaborados pelo poder público municipal, com III - manter rigoroso asseio pessoal;
objetivo de: IV - zelar para que as mercadorias não estejam
I - informar sobre os serviços oferecidos pela Prefeitura; deterioradas ou contaminadas e se apresentem em perfeitas
II - informar sobre pontos turísticos do Município de Belo condições higiênicas;
Horizonte e de sua região metropolitana; V - zelar pela limpeza do logradouro público;
III - divulgar campanhas promovidas pelo poder público VI - manter o veículo em perfeitas condições de
municipal; conservação, higiene e limpeza;
IV - fornecer informações de utilidade pública. VII - acatar os dispositivos legais que lhe forem aplicáveis.
§ 5º - A distribuição do material institucional às bancas é
de responsabilidade do poder público municipal. Art. 142 - O veículo será de tipo padronizado, definido pelo
Executivo para cada modalidade de comércio, sendo, em
§ 6º - O licenciado para o exercício de atividade em banca qualquer caso, dotado de:
de jornais e revistas e seus prepostos deverão ser qualificados I - recipiente adequado à coleta de resíduos;
pelo Executivo para o exercício da função de divulgação e II - extintor de incêndio apropriado, no caso de utilização
distribuição de material institucional, de acordo com o de substância inflamável no preparo dos produtos a serem
previsto no art. 131 desta lei, passando a ser denominados comercializados.
Agentes de Divulgação de Informações - Adin.
§ 7º - Nas laterais da banca será delimitado espaço, a ser Parágrafo único - O veículo não poderá apresentar
definido em regulamento, para instalação de painel destinado expansão ou acréscimo de qualquer espécie, vedada a
a publicidade institucional. exposição de mercadoria em suas partes externas.
§ 8º - O espaço previsto no § 7º deste artigo deverá ocupar,
no máximo, 30% (trinta por cento) da área das laterais da Art. 143 - A mercadoria não poderá ficar exposta em
banca. caixote ou assemelhado colocado no passeio ou via pública.
§ 9º - A banca de jornais e revistas poderá funcionar 24
(vinte e quatro) horas por dia. Art. 144 - É proibido comercializar em veículo:
I - Inciso I revogado pela Lei nº 10.947, de 13/7/2016
Art. 136 - É proibida a exploração de banca de jornais e II - caldo de cana;
revistas ao proprietário de empresa distribuidora de jornal e III - café;
revista, proibição extensiva ao cônjuge. IV - carnes e derivados;
IV - sorvete de fabricação instantânea, proveniente de
Art. 137 - A banca de flores e plantas naturais poderá xaropes ou qualquer outro processo;
comercializar, além de flores e plantas naturais, também VI - fruta descascada ou partida, exceto laranja, que deverá
produto utilizado no cultivo domiciliar de pequeno porte, ser descascada na hora, a pedido e à vista do consumidor.
como terra vegetal, adubo e semente.
Art. 145 - Os produtos comercializados em veículos
Art. 137-A - A banca de bebidas naturais destina-se à deverão atender ao disposto na legislação sanitária específica.
comercialização de:
I - água de coco; Art. 146 - O licenciado para o comércio em veículo de
II - caldo de cana; tração humana somente poderá comercializar algodão-doce,
III - refresco; milho verde, água-de-coco, doces, água mineral, suco e
IV - suco natural; refresco industrializado, refrigerante, picolé, sorvete, pipoca,
V - água mineral. praliné, amendoim torrado, cachorro-quente, churro e frutas.

Art. 138 - Em qualquer dos tipos de banca, a exposição do Art. 147 - É vedado ao licenciado para atividade
produto que comercializa somente será permitida no local desenvolvida em veículo de tração humana:
próprio, previsto para esta finalidade, em modelos I - o preparo de alimentos não elencados no art. 146 deste
padronizados aprovados pelo Poder Público. Código;
II - o preparo de bebida, ou mistura de xarope, essência ou
Seção III outro produto corante ou aromático;
Da Atividade em Veículo de Tração Humana e Veículo III - a venda fracionada de refrigerante, água mineral, suco
Automotor ou refresco industrializado.

Art. 139 - Poderão ser utilizados o veículo de tração Art. 148 - O licenciado para o comércio em veículo
humana e o automotor para a comercialização de alimento em automotor somente poderá comercializar lanche rápido, água
logradouro público, devendo tais veículos, bem como os mineral, suco ou refresco industrializado e refrigerante,
utensílios e vasilhames utilizados no serviço, ser vistoriados e conforme definido em regulamento.
aprovados pelo órgão municipal responsável pela vigilância
sanitária. Art. 149 - O veículo automotor a ser utilizado deverá:

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I - estar devidamente emplacado pelo órgão competente, II - haja isenção do pagamento de taxa ou de qualquer
respeitando-se as normas aplicáveis do Código de Trânsito outro tributo ou preço público.
Brasileiro;
II - ser utilitário de até 1.500Kg (mil e quinhentos Art. 155 - O Executivo poderá celebrar convênio com
quilogramas) Inciso II com redação dada pela Lei nº 10.899, entidade voltada à garantia dos direitos da criança e do
de 7/1/2016 (Art. 1º) adolescente com vistas à seleção de menores candidatos à
III - estar devidamente adaptado; obtenção do licenciamento de que trata o art. 154 deste
IV - atender às normas de segurança e de saúde pública; Código.
V - ser aprovado em vistoria técnica anual pelo órgão
municipal responsável pelo trânsito. Art. 156 - O licenciado poderá explorar apenas 1 (uma)
Parágrafo único - Não se admitirá o comércio em trailer ou cadeira de engraxate e uma mesma cadeira de engraxate
reboque em logradouro público. poderá ser explorada por até 2 (duas) pessoas.

Art. 150 - É proibida ao comércio em veículo automotor a Art. 157 - O licenciado deverá exercer pessoalmente as
utilização de: atividades respectivas, ressalvada a possibilidade de auxílio
I - sombrinha, mesa e cadeira; prevista no § 3° do art. 123 desta Lei.
II - som. Parágrafo único - A proibição prevista no caput não atinge
Parágrafo único - A instalação de toldo e o uso de o irmão ou o filho do licenciado, desde que comprovada e
publicidade obedecerão ao disposto no regulamento. comunicada ao Executivo a sua incapacidade temporária ou
definitiva.
Art. 151 - O comércio em veículo automotor não poderá
ocorrer: Art. 157-A - É permitido ao licenciado, vedado o uso de
I - em frente a portaria de estabelecimento de ensino, outro mobiliário urbano além da cadeira de engraxate:
hospital, clube e templo religioso; I - comercializar cadarços de sapatos e de tênis;
II - a menos de 50 m (cinqüenta metros) de lanchonete, bar, II - realizar pequenos consertos.
restaurante e similar;
III - em afastamento frontal de edificação; Art. 158 - Cumpre ao licenciado:
IV - em local onde a legislação de trânsito não permita a I - manter a cadeira e acessórios em bom estado de
parada ou o estacionamento de veículo. conservação e aparência;
II - portar o documento de licenciamento e apresentá-lo à
Art. 152 - Não será permitida a venda ambulante de fiscalização quando solicitado;
alimento em cesto, baú, tabuleiro ou qualquer outro recipiente III - observar a tabela de preços e afixá-la em local visível;
similar. IV - usar o uniforme estipulado pelo Executivo;
V - manter limpa a área num raio de 5 m (cinco metros) da
Art. 153 - O regulamento deste Código: cadeira;
I - definirá a documentação necessária ao licenciamento VI - usar em serviço material de boa qualidade.
para o exercício de atividade comercial em veículos de tração
humana e automotor; Art. 159 - É vedado ao licenciado:
II - poderá estabelecer, em área específica, proibições I - permanecer inativo por mais de 5 (cinco) dias, salvo em
adicionais relativas a horários e a locais para o exercício de caso de superveniência de incapacidade temporária, se ela não
atividade comercial em veículos. for substituída na forma do parágrafo único do art. 157 deste
Código;
Seção III-A II - ocupar o logradouro público com mercadoria, objeto ou
Da Atividade Exercida por Pessoa com Deficiência instalação diversa de sua atividade;
Seção III-A renomeada pela Lei nº 10.947, de III - realizar serviços de sapataria além dos permitidos
13/7/2016 (Art. 2º) nesta Seção;
IV - comercializar qualquer espécie de produto não
Art. 153-A - Poderá ser exercida, nos termos desta Seção, a prevista nesta Seção.
atividade de comércio em logradouro público por pessoa com
deficiência, que dependerá de prévio licenciamento. Caput Seção V
com redação dada pela Lei nº 10.947, de 13/7/2016 (Art. Do Evento
3º)
Parágrafo único - O licenciado deverá: Art. 160 - Poderá ser realizado evento em logradouro
I - exercer a atividade de que trata esta Seção sem a público, desde que atenda ao interesse público, devidamente
utilização de carrinho, banca, mesa ou outro equipamento que demonstrado no processo de licenciamento respectivo.
ocupe espaço no logradouro público; Parágrafo único - Considera-se evento, para os fins deste
II - exercer pessoalmente as atividades respectivas, sendo- Código, qualquer realização, sem caráter de permanência, de
lhe proibido colocar preposto no serviço; atividade recreativa, social, cultural, religiosa ou esportiva.
III - portar o documento de licenciamento e apresentá-lo à
fiscalização quando solicitado. Art. 161 - revogado pela Lei nº 9.063, de 17/01/2005

Seção IV Art. 162 - revogado pela Lei nº 9.063, de 17/01/2005


Da Atividade de Engraxate
Art. 163 - O espetáculo pirotécnico é considerado evento e
Art. 154 - Poderá ser exercida em logradouro público a dependerá de licenciamento e comunicação prévia ao Corpo
atividade de engraxate, que dependerá de licenciamento, de Bombeiros.
observado que: Parágrafo único - O espetáculo pirotécnico respeitará as
I - seja dada prioridade aos candidatos com maior grau de regras de segurança pública e de proteção ao meio ambiente,
carência socioeconômica; podendo o regulamento proibir a sua realização na

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proximidade que definir em relação a local onde possa V - adotar o modelo de equipamento definido pelo
comprometer a segurança de pessoa ou de bem. Executivo;
VI - colaborar com a fiscalização no que for necessário,
Seção VI prestando as informações solicitadas e apresentando os
Da Feira documentos pertinentes à atividade;
Subseção I VII - manter os equipamentos em bom estado de higiene e
Disposições Preliminares conservação;
VIII - manter plaquetas contendo nome, preço e
Art. 164 - As áreas destinadas a feira em logradouro classificação do produto;
público serão fechadas ao trânsito de veículos durante sua IX - manter balança aferida e nivelada, quando for o caso;
realização. X - respeitar o regulamento de limpeza pública e demais
normas expedidas pelo órgão competente do Executivo;
Art. 164-A - O Executivo adotará sistema de XI - tratar com urbanidade o público em geral e os clientes;
monitoramento para as feiras realizadas no logradouro XII - afixar cartazes e avisos de interesse público
público, visando garantir a compatibilidade do funcionamento determinados pelo Executivo.
das mesmas com o interesse público.
Art. 172 - É proibido ao feirante:
Art. 164-B – VETADO I - faltar injustificadamente a 2 (dois) dias de feira
consecutivos ou a mais de 4 (quatro) dias de feira por mês;
Art. 165 - É vedada a realização de feira que fira o interesse II - apregoar mercadoria em voz alta;
público, a critério do Executivo. III - vender produto diferente dos constantes em seu
documento de licenciamento;
Art. 166 - A feira será criada pelo Executivo, nos termos do IV - fazer uso do passeio, da arborização pública, do
art. 31 da Lei Orgânica do Município de Belo Horizonte. mobiliário urbano público, da fachada ou de quaisquer outras
áreas das edificações lindeiras para exposição, depósito ou
Subseção II estocagem de mercadoria ou vasilhame ou para colocação de
Do Documento de Licenciamento apetrecho destinado à afixação de faixa e cartaz ou a suporte
de toldo ou barraca;
Art. 167 - A participação em feira depende de prévio V - ocupar espaço maior do que o que lhe foi licenciado;
licenciamento e da expedição do respectivo documento de VI – explorar a atividade exclusivamente por meio de
licenciamento. auxiliar previsto no § 3º do art. 123 desta Lei;
§ 1º - O documento de licenciamento para participação em VII - lançar, na área da feira ou em seus arredores, detrito,
feira terá validade de 1 (um) ano, podendo, a critério do gordura e água servida ou lixo de qualquer natureza;
Executivo, ser renovado ao final do período por igual prazo. VIII - vender, alugar ou ceder a qualquer título, total ou
§ 2º - Para a renovação do documento de licenciamento parcialmente, permanente ou temporariamente, seu direito de
deverá ser encaminhado ao órgão competente requerimento participação na feira;
instruído com cópia do documento vigente e comprovação de IX - utilizar letreiro, cartaz, faixa e outro processo de
pagamento da última taxa devida. comunicação no local de realização da feira;
X - fazer propaganda de caráter político ou religioso
Art. 168 - O documento de licenciamento será específico durante a realização da feira, no local onde ela funcione.
para cada feira ou, se for o caso, para cada dia. Parágrafo único - No caso de feira permanente, é permitido
Parágrafo único - No caso de feira permanente, é vedado ao feirante fazer uso do passeio, desde que seja respeitada a
deter mais de um documento de licenciamento, a qualquer faixa reservada a trânsito de pedestre, conforme dispõe o art.
título, para uma mesma feira. 64 deste Código.

Art. 169 - O Executivo reservará vagas nas feiras, nos Art. 173 - (VETADO)
termos prescritos no regulamento, até o limite de 5% (cinco
por cento), para entidades assistenciais ou filantrópicas ou Art. 174 - O feirante deverá utilizar banca para expor sua
para pessoas portadoras de deficiência, que ficarão isentas do mercadoria, respeitando o disposto nos arts. 95, 96 e 97 deste
pagamento das taxas devidas. Código, no que for compatível.

Art. 170 - Em caso de necessidade, devidamente Subseção IV


comprovada, o feirante poderá indicar pessoa prevista no § 3° Das Modalidades e Especificidades da Feira
do art. 123 desta Lei para substituí-lo.
Parágrafo único - O prazo máximo para substituição será Art. 175 - A feira poderá ser:
de 60 (sessenta) dias, ficando os casos excepcionais sujeitos a I - permanente, a que for realizada continuamente, ainda
avaliação pela comissão paritária de que trata o art. 182 deste que tenha caráter periódico;
Código. II - eventual, a que for realizada esporadicamente, sem o
sentido de continuidade.
Subseção III Parágrafo único - As feiras permanentes deverão ter
Dos Deveres e Vedações espaço destinado a apresentação gratuita de grupos regionais,
culturais e de diversão.
Art. 171 - O feirante é obrigado a:
I - trabalhar apenas na feira e com os materiais para os Art. 176 - Serão admitidas as seguintes modalidades de
quais esteja licenciado; feira:
II - respeitar o local demarcado para a instalação de sua I - feira livre, a que se destinar à venda, exclusivamente a
banca; varejo, de frutas, legumes, verduras, aves vivas e abatidas,
III - manter rigoroso asseio pessoal; ovos, gêneros alimentícios componentes da cesta básica,
IV - respeitar e cumprir o horário de funcionamento da pescados, doces e laticínios, biscoitos a granel, cereais, óleos
feira; comestíveis, artigos de higiene e limpeza artesanais, utilidades

Legislação 70
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domésticas, produtos comprovadamente artesanais e § 6º - O regulamento deste Código definirá as regras de


produtos da lavoura e indústria rural; funcionamento e de realização das reuniões da comissão
II - de plantas e flores; paritária, considerando as prescrições desta Subseção.
III - de livros e periódicos;
IV - de artes plásticas e artesanato; Art. 183 - Em virtude da dimensão de alguma feira em
V - de antigüidades; particular, poderá ser criada uma comissão paritária
VI - de comidas e bebidas típicas nacionais ou estrangeiras; específica para ela, obedecidas as regras do art. 182 deste
VII - promocional. Código.
Parágrafo único- (VETADO)
Art. 184 - À comissão paritária compete:
Art. 177 - A feira de plantas e flores naturais comercializará I - solicitar ao Poder Público a constituição de grupo
os produtos naturais previstos no art. 137 deste Código. técnico de avaliação, sempre que entender necessário;
Parágrafo único - É vedada a comercialização, na feira de II - organizar e orientar o funcionamento das feiras;
plantas e flores naturais, de espécimes coletados na natureza III - manifestar-se sobre os recursos impetrados por
que possam representar risco de depredação da flora nativa. feirantes em caso de aplicação de penalidade.

Art. 178 - A feira de arte e artesanato comercializará Art. 185 - O Poder Público, de ofício ou mediante
produtos resultantes da ação predominantemente manual, solicitação da comissão paritária, constituirá um grupo técnico
que agreguem significado cultural, utilitário, artístico, de avaliação, composto por especialistas nas atividades
patrimonial ou estético e que, feitos com todos os materiais desenvolvidas nas feiras e em urbanismo e que não sejam
possíveis, sejam de elaboração exclusivamente artesanal, não feirantes.
sendo elaborados em nível final, exceto quando reciclados. Parágrafo único - Compete ao grupo técnico de avaliação:
I - avaliar a natureza, a qualidade da produção e do
Art. 179 - A feira de antigüidade comercializará objetos material e as ferramentas utilizadas, podendo fazê-lo nos
selecionados de acordo com a data de fabricação - que é locais de exposição, armazenagem ou produção;
critério fundamental -, com o estilo de época, a raridade, a II - apreciar a compatibilização do material a ser exposto e
possibilidade de serem colecionados e as peculiaridades comercializado com as prescrições deste Código, de seu
locais. regulamento e do documento de licenciamento respectivo;
Parágrafo único - A fim de se evitar a evasão do patrimônio III - assessorar a comissão paritária sempre que solicitado.
histórico, artístico e cultural, cada expositor deverá manter
registro de procedência e destino das peças sacras, mobiliário Seção VII
e outros que porventura venha a comercializar na feira. Da Atividade em Quiosque em Locais de Caminhada

Art. 180 - A feira de comidas e bebidas típicas Art. 185-A - Poderá ser exercida atividade de comércio em
comercializará produtos que: quiosque instalado no logradouro público, exclusivamente em
I - estejam ligados a origem cultural determinada, locais de caminhada, sujeita a prévio Iicenciamento, em
constituindo tradição cultural das cozinhas mineira, nacional processo a ser definido no regulamento deste Código.
e internacional;
II - resultem de preparo e processo exclusivamente Art. 185-B - O quiosque destina-se à comercialização de:
caseiro, à exceção de cerveja, refrigerante, suco e refresco I - água mineral;
industrializado e água mineral. II - água de coco;
III - bebidas não alcoólicas;
Art. 181 - A feira promocional será destinada a divulgar IV - bombonière;
atividade, produto, tecnologia, serviço, país, estado ou cidade. V - picolés e sorvetes em embalagens descartáveis;
§ 1º - Na feira prevista no caput é vedada a venda a varejo. VI - exploração de sanitário público.
§ 2º - É permitida, na feira prevista no caput, a instalação
de espaços destinados à prestação de serviço distinto da CAPÍTULO V
finalidade da feira, desde que ocupando no máximo 10 % (dez DA INSTALAÇÃO DE ENGENHO DE PUBLICIDADE
por cento) de seu espaço total.
Art. 186 - Poderá ser instalado engenho de publicidade no
Subseção V logradouro público e no espaço aéreo do Município,
Da Coordenação das Feiras observadas as permissões expressas constantes neste
Capítulo e o disposto no Capítulo II do Título VI desta Lei, no
Art. 182 - As feiras serão coordenadas por uma comissão que couber.
paritária constituída, em igual número, por representantes do
Executivo e dos feirantes, com suplência, sendo que haverá Art. 187 - Em qualquer hipótese, é vedada a instalação de
uma comissão para cada uma das modalidades de feira engenho de publicidade:
previstas no art. 176 deste Código. I - em local em que o engenho prejudique a identificação e
§ 1º - Os representantes dos feirantes serão eleitos preservação dos marcos referenciais urbanos;
diretamente entre os licenciados nas feiras, em processo II - nas árvores;
autônomo. III - em local em que, de qualquer maneira, o engenho
§ 2º - Os membros suplentes serão escolhidos da mesma prejudique a sinalização de trânsito ou outra destinada à
forma que os membros titulares. orientação pública, ou ainda, em que cause insegurança ao
§ 3º - O mandato dos membros da comissão paritária será trânsito de veículo e pedestre, especialmente em viaduto,
de 1 (um) ano, renovável uma vez por igual período. ponte, canal, túnel, pontilhão, passarela de pedestre, passarela
§ 4º - Os membros da comissão paritária não farão jus a de acesso, trevo, entroncamento, trincheira, elevado e
qualquer espécie de remuneração. similares;
§ 5º - Serão excluídos da comissão paritária os membros, IV - em placa indicativa de trânsito;
titulares ou suplentes, que faltarem injustificadamente a mais V - em faixa de domínio de rodovias, nos seguintes pontos:
de 4 (quatro) reuniões por ano. a) no trevo e no trecho em curva;

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b) em distância inferior a 100,00 m (cem metros) da Art. 192-A revogado pela Lei n° 10.704, de 13/1/2014
entrada e saída de túnel;
c) em distância inferior a 50,00 m (cinqüenta metros) de Art. 193 - É permitida, durante a realização de evento em
elevado e rótula; logradouro público, a instalação de engenho de publicidade no
VI - em veículo, motorizado ou não, com o fim exclusivo de espaço aéreo sobre a área em que o evento esteja sendo
divulgação de publicidade, salvo previsão do art. 194 deste realizado.
Código; Parágrafo único - Entende-se por espaço aéreo aquele
VII - em mobiliário urbano de pequeno porte, conforme situado acima da altura máxima permitida para a instalação de
previsto em regulamento; engenho de publicidade no local.
VIII - em postes e demais equipamentos de energia e
comunicação, exceto telefone público, respeitado o art. 190 Art. 194 - A empresa concessionária do sistema de
desta Lei; transporte público do Município poderá autorizar, mediante
IX - em postes de sinalização e identificação de logradouro normatização, a publicidade em ônibus, táxi e mobiliário
público. urbano relacionado àquele sistema, observadas as disposições
gerais deste Código e as disposições e determinações da
Art. 188 - É permitida a instalação de engenho de legislação de trânsito, naquilo que lhes for aplicável.
publicidade em logradouro público durante a realização de
evento, desde que o local de sua instalação seja estritamente o CAPÍTULO VI
do evento, obedecidos os critérios estabelecidos no DO TRANSPORTE COLETIVO
licenciamento do evento.
Arts. 195, 196 e 197 - (VETADOS)
Art. 189 - É permitida a instalação de faixa e estandarte
no logradouro público quando transmitirem exclusivamente TÍTULO IV
mensagem institucional, nos termos desta Lei, veiculada por DAS OPERAÇÕES DE CONSTRUÇÃO, CONSERVAÇÃO E
órgão ou entidade do Poder Público. MANUTENÇÃO DA PROPRIEDADE
§ 1º - É permitida a veiculação da marca do patrocinador CAPÍTULO I
da divulgação das mensagens previstas no caput deste artigo, DISPOSIÇÕES GERAIS
desde que para tanto se respeite o limite de 10 % (dez por
cento) da área total da faixa ou estandarte. Art. 198 - Serão observadas, para a promoção e a
§ 2º - A faixa e o estandarte destinados à divulgação de manutenção do controle sanitário nos terrenos e nas
campanha de interesse público poderão permanecer edificações, as disposições contidas no Código Sanitário
instalados por período máximo de 30 (trinta) dias, desde que Municipal e no Regulamento de Limpeza Urbana.
a entidade do Poder Público responsável pela campanha
encaminhe ao órgão municipal competente a relação de Art. 199 - Para a instalação de cerca elétrica ou de qualquer
endereços de instalação e dos respectivos prazos de exposição, dispositivo de segurança que apresente risco de dano a
com antecedência mínima de 24 (vinte e quatro) horas da terceiros exige-se que:
instalação. I - qualquer elemento energizado esteja a, no mínimo,
2,50m (dois metros e cinquenta centímetros) acima do piso
Art. 190 - É permitida a instalação de engenho de circundante;
publicidade em mobiliário urbano, que observará os critérios II - a projeção ortogonal do dispositivo esteja contida nos
e preços a serem estabelecidos pelo Executivo. limites do terreno;
Parágrafo único - No caso de mobiliário urbano objeto de III - sejam feitas a apresentação de Responsável Técnico e
concessão estadual ou federal, somente é permitido utilizar a de comprovação de contratação de seguro de
engenho de publicidade quando houver interesse do responsabilidade civil.
Município em que a concessionária instale mobiliário além dos
exigidos nos termos da respectiva concessão. Art. 200 - A instalação, o funcionamento e a manutenção de
elevadores e aparelhos de transporte similares observarão o
Art. 190-A - O engenho de publicidade instalado no disposto na Lei nº 7.647, de 23 de fevereiro de 1999, e nas que
mobiliário urbano poderá ser luminoso, sendo proibido o a modificarem ou sucederem, aplicando-se às infrações nelas
engenho iluminado. elencadas as penalidades previstas neste Código.

Art. 190-B - É permitida a instalação de sombrinha como CAPÍTULO II


engenho de publicidade em veículo de tração humana, DO TERRENO OU LOTE VAGO
devendo-se observar os critérios a serem estabelecidos pelo
Executivo. Art. 201 - Entende-se por terreno ou lote vago aquele
destituído de qualquer edificação permanente.
Art. 191 - É permitida a instalação de engenho de
publicidade no canteiro central da via pública e na praça, Art. 202 - Em logradouro público dotado de meio-fio, o
respeitados a legislação específica e o modelo padronizado proprietário de terreno ou lote vago deverá fechá-lo em sua
pelo Executivo, nas seguintes hipóteses: divisa com o alinhamento, com vedação de no mínimo 1,80 m
I - para a divulgação de entidade patrocinadora de (um metro e oitenta centímetros) de altura, medida em relação
programa de adoção de área verde; ao passeio.
II - em relógios. § 1º - O fechamento de que trata este artigo poderá ser feito
com qualquer material admitido no regulamento, podendo
Art. 192 - É permitida a veiculação de publicidade de este padronizar ou proibir determinado material em alguma
entidade patrocinadora da pista de Cooper e da ciclovia área específica do Município.
regularmente instaladas no logradouro público, respeitados os § 2º - O material a ser usado no fechamento deverá ser
padrões previamente estabelecidos pelo Executivo para o capaz de impedir o carreamento de material do lote ou terreno
local. vago para o logradouro público.

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§ 3º - Deverá ser previsto um acesso ao terreno ou lote Art. 212 - O documento de licenciamento para a instalação
vago. de tapume terá validade pelo prazo de duração da obra.
§ 1º - No caso de ocupação de mais da metade da largura
Art. 203 - É proibido o despejo de lixo no terreno ou lote do passeio, o documento de licenciamento vigerá pelo prazo
vago. máximo e improrrogável de 1 (um) ano, variando conforme a
Parágrafo único - O proprietário de terreno ou lote vago é intensidade do trânsito de pedestre no local.
obrigado a mantê-lo limpo, capinado e drenado, independendo § 2° - No caso de paralisação da obra, o tapume colocado
de licenciamento os respectivos atos. sobre passeio deverá ser recuado para o alinhamento do
terreno no prazo máximo de 7 (sete) dias corridos, contados
CAPÍTULO III da paralisação respectiva.
DO LOTE EDIFICADO § 3° - Decorridos 120 (cento e vinte dias) de paralisação da
obra, o tapume deverá ser substituído por muro de alvenaria
Art. 204 revogado pela Lei nº 9.725, de 16/7/2009 ou gradil no alinhamento.

Art. 205 revogado pela Lei nº 9.845, de 8/4/2010 CAPÍTULO III


DO BARRACÃO DE OBRA
Art. 206 revogado pela Lei nº 9.725, de 16/7/2009
Art. 213 - A instalação de barracão de obra suspenso sobre
TÍTULO V o passeio será admitida quando se tratar de obra executada em
DA OBRA NA PROPRIEDADE E DE SUA imóvel localizado em logradouro público de intenso trânsito
INTERFERÊNCIA EM LOGRADOURO PÚBLICO de pedestre - conforme classificação feita pelo órgão
CAPÍTULO I responsável pela gestão do trânsito - e desde que não tenha
DISPOSIÇÕES GERAIS sido concluído qualquer piso na obra.

Art. 207 revogado pela Lei nº 9.845, de 8/4/2010 Art. 214 - A instalação de barracão de obra sujeita-se a
processo prévio de licenciamento, sendo de 1 (um) ano o prazo
Art. 208 - O tapume, o barracão de obra e o dispositivo de máximo de vigência do documento de licenciamento
segurança instalados não poderão prejudicar a arborização respectivo.
pública, o mobiliário urbano instalado, nem a visibilidade de Parágrafo único - O documento de licenciamento de que
placa de identificação de logradouro público ou de sinalização trata o caput ficará automaticamente cancelado,
de trânsito. independentemente do prazo transcorrido, quando a obra
tiver concluída a construção de seu terceiro piso acima do
CAPÍTULO II nível do passeio.
DO TAPUME
Art. 215 - O barracão de obra será instalado a pelo menos
Art. 209 - O responsável pela execução de obra, reforma ou 2,50m (dois metros e cinqüenta centímetros) de altura em
demolição deverá instalar, ao longo do alinhamento, tapume relação ao passeio, admitida a colocação de pontalete de
de proteção. sustentação na faixa de mobiliário urbano.
§ 1º - O tapume terá altura mínima de 1,80 m (um metro e
oitenta centímetros) e poderá ser construído com qualquer CAPÍTULO IV
material que cumpra finalidade de vedação e garanta a DOS DISPOSITIVOS DE SEGURANÇA
segurança do pedestre.
§ 2º - A instalação do tapume é dispensada: Art. 216 - Durante a execução de obra, reforma ou
I - em caso de obra interna à edificação; demolição, o responsável técnico e o proprietário, visando à
II - em obra cujo vulto ou posição não comprometam a proteção de pedestre ou de edificação vizinha, deverão instalar
segurança de pedestre ou de veículo, desde que autorizado tela protetora envolvendo toda a fachada da edificação, nos
pelo Executivo; termos do regulamento, e dispositivos de segurança, conforme
III - em caso de obra em imóvel fechado com muro ou critérios definidos na legislação específica sobre a segurança
gradil. do trabalho.
§ 3° - O tapume deverá ser mantido em bom estado de § 1° - A obrigação prevista neste artigo estende-se a
conservação. qualquer serviço executado na fachada da edificação, mesmo
que tal serviço não tenha natureza de construção ou similar.
Art. 210 - O tapume poderá avançar sobre o passeio § 2° - No caso de obra paralisada, os dispositivos que não
correspondente à testada do imóvel em que será executada a apresentarem bom estado de conservação deverão ser
obra, desde que o avanço não ultrapasse a metade da largura retirados ou reparados imediatamente.
do passeio e desde que deixe livre faixa contínua para
passagem de pedestre de no mínimo 1,20 m (um metro e vinte CAPÍTULO V
centímetros) de largura. DA DESCARGA DE MATERIAL DE CONSTRUÇÃO
Parágrafo único - Nos casos em que, segundo a devida
comprovação pelo interessado, as condições técnicas da obra Art. 217 - A descarga de material de construção será feita
exigirem a ocupação de área maior no passeio, poderá ser no canteiro da respectiva obra, admitindo-se
tolerado avanço superior ao permitido neste artigo, mediante excepcionalmente o uso do logradouro público para tal fim,
o pagamento do preço público relativo à área excedente, observadas as determinações contidas no Regulamento de
excetuando-se o trecho de logradouro de grande trânsito, a Limpeza Urbana.
juízo do órgão competente do Executivo. Parágrafo único - Na exceção admitida no caput, o
responsável pela obra deverá iniciar imediatamente a
Art. 211 - A instalação de tapume sobre o passeio sujeita- remoção do material descarregado para o respectivo canteiro,
se a processo prévio de licenciamento, nos termos do tolerando-se prazo máximo de 24 (vinte e quatro) horas,
regulamento deste Código. contadas da finalização da descarga, para total remoção.

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Art. 218 - O responsável pela obra é obrigado a manter o dentre eles os referentes ao uso licenciado, à área ocupada e às
passeio lindeiro ao imóvel em que está sendo executada a obra restrições específicas.
em bom estado de conservação e em condições de ser utilizado § 2º - O documento de licenciamento terá validade máxima
para trânsito de pedestre. de 5 (cinco) anos.

CAPÍTULO VI Art. 228 - O exercício de atividade em parque deverá


DO MOVIMENTO DE TERRA E ENTULHO atender às exigências contidas no Capítulo IV do Título III
deste Código no que for compatível, bem como às exigências
Art. 219 - O movimento de terra e entulho sujeita-se a adicionais previstas nos regulamentos específicos de cada
processo prévio de licenciamento, devendo o respectivo parque.
requerimento ser instruído com:
I - projeto de terraplenagem ou cópia do documento de Art. 229 - Deverão ser afixados no estabelecimento onde se
licenciamento de demolição, conforme o caso; exerce a atividade, em local e posição de imediata visibilidade:
II - planta do local, do levantamento plani-altimétrico I - o documento de licenciamento;
correspondente e do perfil projetado para o terreno após a II - cartaz com o número do telefone dos órgãos de defesa
terraplenagem; do consumidor e da ordem econômica;
III - declaração de inexistência de material tóxico ou III - cartaz com o número do telefone do órgão de defesa da
infecto-contagioso no local. saúde pública, conforme exigência no regulamento,
considerada a natureza da atividade;
Art. 220 - O transporte de terra e entulho provenientes de IV - certificado de regularidade, emitido pelo órgão
execução de obra, reforma ou demolição deverá ser feito em competente, referente a equipamento de aferição de peso ou
veículo cadastrado e licenciado pelo órgão competente do medida, no caso de a atividade exercida utilizar tal
Executivo. equipamento;
§ 1º - No caso de utilização de caçamba, deverão ser V - demais documentos elencados no documento de
respeitados adicionalmente os critérios previstos na Seção VII licenciamento que condicionem a sua validade.
do Capítulo III do Título III deste Código. Parágrafo único - O certificado de que trata o inciso IV
§ 2º - A licença do veículo a que se refere o caput deverá deste artigo deverá ser mantido em local próximo ao
ser renovada anualmente. equipamento, sem prejuízo de sua imediata visibilidade.

Art. 221 - A terra e o entulho decorrentes de Art. 230 - É permitida a exposição de produto fora do
terraplenagem ou de demolição serão levados para local de estabelecimento, nos afastamentos laterais, frontal e de fundo
bota-fora definido pelo Executivo. da respectiva edificação, desde que se utilizem para tanto
Parágrafo único - O licenciado poderá indicar outro local vitrine, banca ou similares e desde que a projeção horizontal
para o bota-fora, desde que tal local seja de propriedade máxima desses equipamentos não tenha mais de 0,25m (vinte
privada, que o proprietário respectivo apresente termo escrito e cinco centímetros) além dos limites da edificação.
de concordância e que a indicação seja aprovada pelo Parágrafo único - A exposição de produto fora do
Executivo. estabelecimento não pode avançar sobre o passeio, mesmo
quando se tratar de edificação construída sobre o
Art. 222 - É proibida a utilização de logradouro público, de alinhamento, sem afastamento frontal.
parque, de margens de curso d’água e de área verde para bota-
fora ou empréstimo. Art. 230-A - Ressalvadas as hipóteses autorizadas neste
Código, é proibido:
Art. 223 - A operação de remoção de terra e entulho será I - apregoar a prestação de serviços e a venda de
realizada de segunda-feira a sábado, no horário de 7 (sete) às mercadorias no logradouro público;
19 (dezenove) horas. II - prestar serviços ou vender mercadorias no logradouro
público;
Art. 224 - Caberá ao infrator remover imediatamente o III - afixar produtos em toldos;
material depositado em local não autorizado, sem prejuízo das IV - afixar produtos e publicidade em postes, exceto
demais penalidades previstas neste Código. mobiliário urbano, conforme dispuser o regulamento.

Art. 225 - O movimento de terra e entulho obedecerá às Art. 231 - A edificação destinada total ou parcialmente a
determinações contidas no Regulamento de Limpeza Urbana. atividade não- residencial que atraia um alto número de
pessoas está sujeita à elaboração de laudo técnico descritivo
TÍTULO VI de suas condições de segurança.
DO USO DA PROPRIEDADE § 1º - O laudo previsto no caput deve ser de autoria de
CAPÍTULO I profissional competente, com a respectiva anotação de
DO EXERCÍCIO DE ATIVIDADES responsabilidade técnica junto ao Conselho Regional de
Seção I Engenharia, Arquitetura e Agronomia de Minas Gerais
Disposições Gerais (CREA/MG).
§ 2º - O regulamento deste Código estabelecerá, com
Art. 226 - O disposto neste Capítulo complementa o relação ao laudo técnico:
previsto na legislação de parcelamento, ocupação e uso do solo I - a listagem das atividades, conforme o porte e
no que diz respeito à localização de usos e ao exercício de características, que se obrigam a elaborá-lo;
atividades na propriedade pública e privada. II - a relação e o nível de detalhamento mínimos dos itens
de segurança que deverão constar na análise para cada tipo de
Art. 227 - O exercício de atividade não-residencial depende atividade;
de prévio licenciamento. III - o prazo de validade.
§ 1º - A atividade a ser desenvolvida deverá estar em § 3º - O laudo técnico e suas respectivas renovações, em
conformidade com os termos do documento de licenciamento, inteiro teor, serão arquivados no órgão competente do
Executivo, para fins de fiscalização.

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Art. 232 - As atividades mencionadas no art. 231 deste fácil combustão contratará seguro contra incêndio em favor de
Código obrigam-se a contratar seguro de responsabilidade terceiros.
civil em favor de terceiros. Parágrafo único - A apólice de seguro cobrirá qualquer
dano material causado a terceiros instalados ou residentes no
Seção II imóvel onde tenha ocorrido o incêndio.
Da Atividade em Trailer
Art. 240 - A estocagem máxima de pólvora permitida no
Art. 233 - O trailer fixo, destinado à comercialização de estabelecimento varejista que comercializa fogos de artifício é
comestíveis e bebidas, é considerado estabelecimento de 20 kg (vinte quilogramas).
comercial, sujeito às normas que regem o bar, a lanchonete e
similares, com as restrições deste Código. Art. 241 - O transporte de produto perigoso deverá atender
às exigências da legislação específica.
Art. 234 - É proibida a instalação de trailer em logradouro
público. Seção IV
Parágrafo único - Poderá ser excepcionado da regra Do Estacionamento
prevista no caput deste artigo o trailer que, não se destinando
a atividade empresarial, tenha obtido prévia anuência do Art. 242 - A atividade de estacionamento sujeita-se a
órgão competente do Executivo. processo prévio de licenciamento, nos termos do regulamento.
Parágrafo único - Será exigida a instalação de alarme
Art. 235 - A instalação de trailer sujeita-se a prévio sonoro e visual na saída do imóvel em que a atividade vier a
processo de licenciamento, em que deverá ser observado o ser exercida.
atendimento das exigências da legislação sobre parcelamento,
ocupação e uso do solo no que diz respeito à localização de Art. 242-A - Nos dias de jogos e/ou eventos realizados no
atividades e ao afastamento frontal. Mineirão ou no Mineirinho, a atividade de estacionamento
será permitida em imóveis residenciais, imóveis comerciais e
Art. 236 - A utilização de mesa e cadeira no passeio pelo lotes vagos existentes no entorno desses estádios, desde que
trailer está sujeita a prévio processo de licenciamento, possuam espaço para abrigar veículos. Art. 242-A
obedecidos os limites estabelecidos na legislação vigente, acrescentado pela Lei nº 10.973, de 16/9/2016
vedada a utilização de instrumento de som. § 1º - O licenciamento para a atividade referida no caput
Parágrafo único - O trailer não poderá possuir área deste artigo se sujeita a processo prévio simples de
superior a 30 m² (trinta metros quadrados). licenciamento e só terá validade pelo período de 12 (doze)
horas antes e 3 (três) horas depois do evento.
Seção III § 2º - O processo prévio simples de licenciamento se dará
Da Atividade Perigosa pelo pagamento de uma taxa a ser fixada pelo poder público
para cada dia ou evento.
Art. 237 - A atividade perigosa será definida no § 3º - O valor da taxa será fixado por meio de portaria ou
regulamento deste Código, nela se incluindo, necessariamente, decreto regulamentador e a guia deverá ser afixada em local
aquela relacionada com a fabricação, a guarda, o visível à fiscalização.
armazenamento, a comercialização, a utilização ou o § 4º - Nenhuma outra atividade será simultaneamente
transporte de produto explosivo, inflamável ou químico de permitida nos respectivos imóveis.
fácil combustão. § 5º - Aplica-se à permissão estabelecida neste artigo o
Parágrafo único - Entende-se por produto químico de fácil disposto no art. 243 e §§ 1º e 2º desta lei.
combustão a tinta, o verniz, o querosene, a graxa, o óleo, o § 6º - O proprietário que utilizar o imóvel como
plástico, a espuma e congêneres. estacionamento fica obrigado a manter segurança física no
local.
Art. 238 - O exercício de atividade perigosa sujeita-se a
processo prévio de licenciamento, devendo o requerimento Art. 243 - O estabelecimento dedicado à atividade de
inicial estar instruído com: estacionamento será responsável pela proteção dos veículos
I - laudo de responsabilidade técnica de profissional nele estacionados, respondendo pelos danos a eles causados,
habilitado, que ateste o atendimento das normas de segurança enquanto estiverem sob sua guarda.
pertinentes; § 1º - A responsabilidade do estabelecimento de
II - comprovação de contratação de seguro de estacionamento estende-se aos objetos que estiverem no
responsabilidade civil em favor de terceiros, no valor mínimo interior dos veículos estacionados, caso as chaves dos mesmos
apurado pelos critérios constantes do regulamento deste tenham sido confiadas à sua guarda.
Código. § 2º - O estabelecimento a que se refere este artigo fica
§ 1º - O laudo de responsabilidade técnica de profissional obrigado a contratar e manter atualizado seguro de
habilitado poderá determinar a adaptação do equipamento, da responsabilidade civil em favor dos proprietários dos veículos
instalação e do veículo, conforme o caso, por motivo de que ali estacionarem, devendo este cobrir obrigatoriamente os
segurança, fixando o prazo para sua implementação. casos de furto, roubo e colisões.
§ 2º - O licenciado deverá apresentar comprovação de
renovação do seguro e do laudo de responsabilidade técnica Art. 244 - Cartaz informativo, contendo a transcrição das
de profissional habilitado, ao final do prazo de validade responsabilidades de que trata o art. 243 deste Código, será
respectiva. afixado pelo proprietário em local visível da área do
§ 3º - Aplicam-se as regras deste artigo mesmo que a estabelecimento dedicado à atividade de estacionamento.
atividade perigosa não seja a única exercida no local.
Art. 245 - O estabelecimento comercial que presta serviço
Art. 239 - A atividade relacionada com a fabricação, a por tempo decorrido terá de tomar como fração, para fins de
guarda, o armazenamento, a comercialização, a utilização ou o cobrança, o tempo de 15 (quinze) minutos.
transporte de produto explosivo, inflamável ou químico de § 1º - O valor cobrado na primeira fração, ou seja, nos
primeiros 15 (quinze) minutos, tem de ser o mesmo nas

Legislação 75
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frações subseqüentes e, necessariamente, representar parcela III - termo de permissão, se tratar-se de ocupação de
aritmética proporcional ao custo da hora integral. propriedade pública, ou contrato, se tratar-se de terreno
§ 2º - Deverá ser afixada placa, próximo à entrada do privado;
estabelecimento, com os valores devidos por permanência de IV - laudo de vistoria realizada pelo Corpo de Bombeiros
15 (quinze), 30 (trinta), 45 (quarenta e cinco) e 60 (sessenta) Militar do Estado de Minas Gerais para o local em que se
minutos. montou o circo.
§ 3° - O requerimento de que trata o inciso I do § 2° deste
Seção V artigo deverá ser protocolizado no órgão competente pelo
Da Atividade de Diversão Pública interessado em até 5 (cinco) dias úteis antes da data prevista
para o início das atividades, podendo o laudo do Corpo de
Art. 246 - O exercício de atividade de diversão pública Bombeiros Militar do Estado de Minas Gerais ser juntado
sujeita-se a processo prévio de licenciamento, devendo o posteriormente.
requerimento inicial estar instruído com: § 4° - O órgão competente deverá expedir o ato de
I - termo de responsabilidade técnica referente ao sistema autorização de funcionamento para a localidade específica em
de isolamento e condicionamento acústico instalado, nos que se instalou o circo após a apresentação pelo interessado
termos da legislação ambiental; de vistoria realizada pelo Corpo de Bombeiros Militar do
II - termo de responsabilidade técnica referente ao Estado de Minas Gerais e dos demais documentos referidos no
equipamento de diversão pública, quando este for utilizado; § 2° deste artigo.
III - laudo técnico descritivo de suas condições de § 5° - A expedição do ato de autorização de funcionamento
segurança, conforme previsto pelo art. 231 deste Código. ocorrerá até 48 (quarenta e oito) horas após a apresentação
pelo interessado dos documentos referidos no § 2° deste
Art. 247 - A instalação de parque de diversões somente artigo, período durante o qual os órgãos municipais
será feita após a expedição do documento de licenciamento, e competentes poderão realizar vistoria nos locais em que se
seu funcionamento somente terá início após a vistoria feita instalou o circo.
pelo órgão competente do Executivo, observando-se o § 6° - A não expedição do ato de autorização no prazo
cumprimento da legislação municipal e as normas de determinado no § 5° deste artigo dá ao titular do requerimento
segurança. protocolizado no órgão competente, nos termos do § 2° deste
§ 1° - A região onde se pretende instalar o parque de artigo, o direito de exercer a atividade pelo período solicitado,
diversões deverá apresentar satisfatória fluidez de tráfego e desde que o protocolo do requerimento esteja acompanhado
área de estacionamento nas suas proximidades, salvo se no dos documentos enumerados nos incisos lI, III e IV do § 2°
local houver espaço suficiente para esse fim. deste artigo.
§ 2° - O responsável pelo parque de diversões deverá § 7° - O órgão executivo competente poderá a qualquer
instalar pelo menos 2 (dois) banheiros para uso dos tempo anular o ato de autorização ou cassar o direito exercido
frequentadores, sendo um para cada sexo, do tipo móvel ou com base no § 6º deste artigo, caso o beneficiário não esteja
não. cumprindo os requisitos legais para expedição do ato de
§ 3° - O regulamento deste Código definirá a relação entre autorização.
o número de banheiros e o porte ou especificidade da § 8° - O ato de autorização de funcionamento terá validade
atividade. territorial e temporal definida no próprio ato.
§ 9° - O regulamento deste Código definirá a relação entre
Art. 247-A - Para os efeitos deste Código, considera-se o número mínimo de banheiros e o porte ou especificidade das
atividade circense a atividade de diversão pública de caráter atividades.
permanente com funcionamento itinerante.
Art. 248 - A maior de 60 (sessenta) anos será garantida a
Art. 247-B - O licenciamento para o exercício de atividade gratuidade do acesso a cinema, cineclube, evento esportivo,
circense será anual e dependerá de apresentação dos teatro, parque de diversões e espetáculos circense e musical
seguintes documentos: instalados em próprio público municipal.
I - requerimento e termo de responsabilidade
devidamente preenchido e assinado; Art. 249 - O direito previsto no art. 248 deste Código será
II - cópia do contrato social registrado na respectiva junta exercido nas seguintes condições:
comercial ou estatuto registrado em cartório, se o responsável I - em cinema e cineclube, de segunda a sexta-feira, exceto
pelo circo for pessoa jurídica; feriados, com entrada até 18 (dezoito) horas;
III - cópia da inscrição no Cadastro Nacional da Pessoa II - nos demais locais, em qualquer dia e horário, em
Jurídica - CNPJ -, se o responsável pelo circo for pessoa jurídica, percentual a ser definido no regulamento deste Código.
ou cópia do Cadastro de Pessoas Físicas - CPF - e documento
de identidade, se o responsável pelo circo for pessoa física; Art. 250 - No caso de o evento previsto no art. 248 deste
IV - laudo técnico de segurança, definido em regulamento Código não se realizar em próprio público municipal, a pessoa
do Executivo, acompanhado de Anotação de Responsabilidade com mais de 60 (sessenta) anos terá direito de adquirir
Técnica, devidamente assinados; ingresso pela metade do preço cobrado normalmente ao
V - seguro de responsabilidade civil em favor de terceiros. público freqüentador.
§ 1° - A licença fundamentada neste artigo possibilitará ao Parágrafo único - O benefício previsto no caput deste artigo
titular a montagem dos equipamentos circenses em todo o incidirá somente sobre as apresentações realizadas de
âmbito municipal, ficando, porém, o início das atividades segunda a quinta-feira.
condicionado à autorização do órgão executivo competente.
§ 2° - A autorização de que trata o § 1° deste artigo Art. 251 - A comprovação da idade do beneficiário será
dependerá de: feita mediante apresentação de documento de identidade de
I - requerimento de funcionamento pelo interessado ao validade nacional ou de carteira de idoso usuário de
órgão executivo competente em que se indique a data prevista transporte público municipal.
para o início das atividades e o tempo de permanência no local;
II - licenciamento municipal expedido com base no caput Art. 252 - O responsável pelo estabelecimento ou evento
deste artigo; referidos nos arts. 248 e 250 deste Código deverá afixar, na

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bilheteria, cartaz contendo a transcrição ou o resumo e o feira, podendo fazê-lo, ainda, quando essa realização, a seu
número dos arts. 248 a 252 deste Código. critério, venha a ferir o interesse público do Município.

Seção VI Art. 258 - A realização das feiras de que trata o art. 254
Da Feira desta Seção sem o respectivo documento de licenciamento
ensejará a aplicação de multa, que variará de acordo com o
Art. 253 - A feira promovida pelo Executivo na propriedade porte do estabelecimento, conforme vier a estabelecer o
atenderá às seguintes exigências: regulamento deste Código.
I - caso a modalidade da feira seja uma das previstas no art. § 1º - A aplicação da multa não prejudica o dever de
176 deste Código, será obedecido o regramento estabelecido encerramento imediato das atividades, até que seja liberado o
pela Seção VI do Capítulo IV do Título III deste Código, no que documento de licenciamento respectivo.
for compatível; § 2º - A cada notificação por funcionamento sem o
II - caso a modalidade da feira não esteja entre as previstas documento de licenciamento, respeitado o prazo de 10 (dez)
no art. 176 deste Código, seus licenciados serão dias entre uma e outra, será cobrada nova multa, que terá
exclusivamente pessoas naturais e será obedecido o como valor o equivalente ao devido na última autuação
regramento da Lei Municipal nº 6.854, de 19 de abril de 1995, acrescido do valor da multa inicial.
da que a modificar ou suceder. § 3º - Fica ressalvado do procedimento previsto no § 2º
deste artigo o estabelecimento que já tenha protocolado, junto
Art. 254 - A feira promovida por particular na propriedade ao órgão competente, o requerimento do documento de
privada e que inclua venda a varejo se sujeita a processo prévio licenciamento.
de licenciamento e não poderá ter duração superior a 10 (dez)
dias consecutivos. Seção VII
Da Defesa do Consumidor
Art. 255 - O requerimento para a concessão do documento
de licenciamento para realização da feira de que trata o art. Art. 259 - A administradora de imóveis para locação deverá
254 deste Código será instruído com: afixar em locais de seu estabelecimento, visíveis ao público,
I - projeto de ocupação e distribuição de espaços para os placas contendo, no mínimo, as seguintes informações:
expositores, para os órgãos das administrações fazendárias do I - documentação exigida no processo de locação;
Estado e do Município e para órgãos de defesa do consumidor II - locais de levantamento cadastral, especificando a quem
e de segurança pública; cabe a iniciativa do cadastro;
II - projeto de localização e identificação de instalações III - taxas e despesas de intermediação, destacando seus
sanitárias, aprovado pelo órgão municipal competente; valores monetários e especificando, entre as partes envolvidas
III - projeto de segurança contra incêndio, devidamente no processo de locação, quem se obriga aos ônus;
aprovado pelo órgão competente; IV - endereço e telefone de um dos órgãos de defesa do
IV - comprovação de contratação de seguro contra consumidor.
incêndio, destinado: Parágrafo único - As placas deverão ser confeccionadas
a) à cobertura de sinistros contra edificações e instalações com caracteres legíveis e de fácil entendimento e em
em todo o espaço ocupado pela feira; dimensões compatíveis com as informações delas constantes.
b) à cobertura de danos pessoais que atinjam visitantes,
freqüentadores, clientes da feira, bem como servidores Art. 260 - É obrigatório, ao estabelecimento vendedor de
públicos e trabalhadores em serviço; veículos, o fornecimento de certidão de informações de nada
V - cópia, com atestado de prazo de validade, do consta de multas, furto, roubos e impedimentos para
comprovante de inscrição no Cadastro Nacional de Pessoa comprador de veículo automotor usado.
Jurídica do organizador da feira e dos expositores; § 1º - A certidão de que trata o caput será a expedida pela
VI - cópia do contrato social do organizador da feira, bem delegacia de trânsito competente.
como dos expositores devidamente registrados; § 2º - O estabelecimento vendedor de veículo deverá afixar
VII - revogado pela Lei nº 9.845, de 8/4/2010 placa, em local visível e de fácil leitura, contendo as seguintes
VIII - (VETADO) inscrições: "O comprador tem direito à certidão de
IX - comprovação do recolhimento de taxas, nos termos da informações de nada consta de multas, furtos, roubos e
legislação em vigor sobre a matéria e devidas em razão do impedimentos".
exercício do poder de polícia ou em razão da utilização, efetiva § 3º - Deverá ser mantida, em arquivo próprio no
ou potencial, de serviços públicos específicos e divisíveis, estabelecimento, cópia autenticada do documento referido no
prestados ao contribuinte ou postos à sua disposição; caput, a qual será apresentada à fiscalização sempre que
X - comprovante de comunicação da realização da feira às solicitado.
Secretarias da Fazenda do Estado e do Município.
Parágrafo único - O requerimento do documento de Art. 261 - O hotel, o restaurante, a lanchonete, o bar e os
licenciamento deverá ser apresentado ao órgão competente da similares obrigam-se:
Administração Pública do Município com antecedência I - a fornecer cardápio em braile aos clientes portadores de
mínima de 30 (trinta) dias da data prevista para início da deficiência visual;
realização da feira. II - a afixar em local visível cartaz com os dizeres: "Se você
for beber, não dirija. Se dirigir, não beba. Além do perigo,
Art. 256 - O expositor manterá à disposição da fiscalização existem pesadas multas e você ainda poderá ficar sem a sua
do Município, durante todo o período de duração da feira, os carteira de habilitação”.
documentos a que se referem os incisos V, VI e VII do art. 255 III - a afixar nos cardápios ou em lugar conveniente os
desta Seção, bem como as notas fiscais dos produtos expostos. telefones dos serviços de táxi ou outro serviço de transporte
de passageiros.
Art. 257 - O Executivo, na ausência isolada ou em conjunto Parágrafo único - O regulamento definirá as dimensões
dos documentos a que se refere o art. 255 desta Seção, deixará mínimas do cartaz a que se refere o inciso II deste artigo.
de liberar o documento de licenciamento para a realização da

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CAPÍTULO II seguinte: § 1º acrescentado pela Lei nº 10.893, de


DA INSTALAÇÃO DE ENGENHO DE PUBLICIDADE 23/12/2015
Seção I I - admitem-se, no máximo, dois engenhos provisórios de
Das Diretrizes e Definições divulgação por imóvel anunciado;
II - cada anúncio ocupará a área máxima de 0,50m2 (meio
Art. 262 - Este Capítulo é aplicável a todo engenho de metro quadrado);
publicidade exposto na paisagem urbana e visível de qualquer III - os anúncios conterão apenas indicação do anunciante,
ponto do espaço público. seu telefone e mensagem que indique a qual destinação o
imóvel se encontra disponível;
Art. 263 - Constituem diretrizes a serem observadas no IV - é vedada a instalação na área comum dos prédios,
disciplinamento da instalação do engenho de publicidade: devendo o engenho ser afixado exclusivamente em vão de
I - garantia de livre acesso à infraestrutura urbana; janela, vitrine ou similar da unidade habitacional ou comercial
II - priorização da sinalização pública, de modo a não anunciada, observadas as regras contidas na convenção do
confundir o motorista na condução de seu veículo e a garantir condomínio;
a livre e segura locomoção do pedestre; V - poderá ser instalado apenas um engenho em lote ou
III - participação da população e de entidades no terreno não edificado, diretamente sobre o solo, com área
acompanhamento da adequada aplicação desta Lei, para máxima de 1m2 (um metro quadrado) e não ultrapassando a
corrigir distorções causadas pela poluição visual e seus efeitos; altura de 2m (dois metros), desde que fora da área destinada
IV - combate à poluição visual e à degradação ambiental; ao afastamento frontal mínimo, do fechamento do imóvel, de
V - proteção, preservação e recuperação do patrimônio tapume ou barracão de obras.
cultural, histórico, artístico e paisagístico, bem como do meio § 2° - A instalação de engenhos provisórios de divulgação
ambiente natural ou construído da cidade; independe de autorização. § 2º acrescentado pela Lei nº
VI - não obstrução de elementos de ventilação e iluminação 10.893, de 23/12/2015
das edificações; § 3° - A inobservância das normas do § 1° deste artigo
VII - compatibilização técnica entre as modalidades de sujeita o responsável pelo anúncio e, subsidiariamente, o
engenho e os locais aptos a receber cada uma delas, nos termos proprietário do imóvel às sanções previstas em regulamento
desta Lei; próprio § 3º acrescentado pela Lei nº 10.893, de
VIII - zelo pela segurança da população, das edificações e 23/12/2015
do logradouro público.
Art. 265 - Com relação à mensagem que transmitem, os
Art. 264 - Para os fins desta Lei, não são considerados como engenhos de publicidade classificam-se em:
engenho de publicidade: I - indicativo: engenho que contém exclusivamente a
I - os que contenham mensagens obrigatórias por identificação da atividade exercida no local em que está
legislação federal, estadual ou municipal; instalado ou a identificação da propriedade deste;
II - as placas públicas de sinalização colocadas por órgão II - publicitário: engenho que comunica qualquer
federal, estadual ou municipal; mensagem de propaganda, sem caráter indicativo;
III - as denominações de prédios e condomínios quando III - cooperativo: engenho indicativo que também contém
possuírem área de até 1,00m2 (um metro quadrado); mensagem publicitária, não superior a 50% (cinquenta por
IV - qualquer elemento, pintura, adesivo ou similar, com cento) de sua área;
função decorativa, bem como revestimento de fachada IV - institucional: engenho que contém mensagem
diferenciado; exclusivamente de cunho cívico ou de utilidade pública
V - os que contenham referências que indiquem lotação, veiculada por órgão ou entidade do Poder Público.
capacidade e os que recomendem cautela ou indiquem perigo, Parágrafo único - De acordo com as características que
desde que sem qualquer legenda, dístico ou desenho de valor possuem, os engenhos de publicidade classificam-se em:
publicitário; I - simples: os que, cumulativamente:
VI - os banners ou pôsteres que veiculem exclusivamente a) veiculem mensagem indicativa ou institucional;
mensagem de propaganda dos eventos culturais que serão b) possuam área igual ou inferior a 1,00m2 (um metro
exibidos na própria edificação do museu, teatro ou cinema quadrado);
onde estão instalados, desde que a área dedicada aos c) não possuam dispositivo de iluminação ou animação;
patrocinadores não ultrapasse 50% (cinquenta por cento) do d) não possuam estrutura própria de sustentação;
tamanho do engenho; II - complexos: todos os demais engenhos que não se
VII - os logotipos ou logomarcas de postos de enquadrem na descrição contida no inciso I deste artigo.
abastecimento e serviços, quando veiculados nos
equipamentos próprios do mobiliário, como bombas, Seção II
densímetros e similares; Dos Locais de Instalação
VIII - os que contenham indicação de monitoramento de Subseção I
empresas de segurança com área máxima de 0,04m2 (quatro Dos Locais Proibidos
decímetros quadrados);
IX - os que contenham as bandeiras dos cartões de crédito Art. 266 - É proibida a instalação e manutenção de engenho
aceitos no estabelecimento comercial, desde que não de publicidade:
ultrapassem a área total de 0,09m2 (nove decímetros I - nos corpos d’água, tais como rios, lagoas, lagos e
quadrados); congêneres, exceto quando vinculada a datas comemorativas,
X - os expostos no interior de estabelecimentos comerciais, observado o interesse público e a autorização pelo Executivo;
desde que não estejam fixados em qualquer vão ou abertura II - nos dutos de abastecimento de água, hidrantes e caixas
que componha a fachada, inclusive vitrines; d’água;
XI - os que contenham mensagem alusiva à disponibilidade III - sobre faixas de domínio nas rodovias e ferrovias, bem
do imóvel para venda, aluguel ou destinação similar. Inciso XI como nas áreas non aedificandi adjacentes às mesmas;
com redação dada pela Lei nº 10.893, de 23/12/2015 IV - em edificação de uso exclusivamente residencial e na
§ 1° - Denomina-se engenho provisório de divulgação parte residencial da edificação de uso misto, nos termos da Lei
aqueles mencionados no inciso XI, cuja utilização observará o de Parcelamento, Ocupação e Uso do Solo;

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V - nos afastamentos laterais e de fundos das edificações, determinações estabelecidas em deliberações pelo Conselho
ressalvadas as hipóteses previstas nos incisos VII e VIII do art. Deliberativo do Patrimônio Cultural do Município de Belo
269; Horizonte para os conjuntos urbanos protegidos e imóveis
VI - em marquise ou qualquer elemento da edificação que com tombamento isolado.
avance para além da fachada;
VII - em toldos, exceto o engenho de publicidade Art. 268 - É permitida a instalação de engenho publicitário
classificado como indicativo na testeira frontal do toldo, no espaço aéreo da propriedade, em caráter provisório,
limitado à altura máxima de 0,30m (trinta centímetros); durante o evento que nela se realize, desde que licenciado para
VIII - em gradis ou em qualquer elemento translúcido esse fim.
utilizado para vedação;
IX - em coberturas de edificações de qualquer tipologia; Art. 269 - Respeitado o disposto no Capítulo V do Título III
X - cobrindo total ou parcialmente portas e janelas ou em desta Lei e as regras previstas neste Capítulo, a instalação de
posição que altere as condições de circulação, ventilação ou engenhos de publicidade classificados como institucionais
iluminação da edificação; somente será permitida nos seguintes locais:
XI - na área de afastamento frontal do lote em obras; I - em terreno ou lote vago lindeiro a via de ligação regional
XII - na área de afastamento frontal mínimo do lote ou arterial, limitada a 2 (dois) engenhos por face de quadra;
edificado localizado nas vias de ligação regional e arterial; II - em empena cega de edificações situadas em via de
XIII - em obra paralisada; ligação regional ou arterial, fora da ZHIP, da ZCBH e de ambos
XIV - onde obstruam visadas de referenciais simbólicas os lados da Avenida do Contorno, limitada a 1 (uma) empena
como edifícios históricos, obras de arte e Serra do Curral; por face de quadra;
XV - em terrenos e lotes vagos e em empenas cegas III - em telas protetoras de edificações em obra, respeitado
localizados nas Áreas de Diretrizes Especiais - ADEs - o disposto no art. 275 desta Lei;
exclusivamente residenciais, na ADE da Pampulha, na ADE de IV - sobre o solo na área de afastamento frontal em lotes
Santa Tereza, na ADE do Mangabeiras, na ADE do Belvedere, edificados, exceto no afastamento frontal mínimo nos
na ADE Santa Lúcia, na ADE São Bento, na ADE Cidade Jardim, localizados nas vias classificadas como de ligação regional ou
nas Zonas de Preservação Ambiental - ZPAMs - e nas Zonas de arterial;
Proteção 1 e 2 - ZP-1 e ZP-2 -, nos termos da Lei de V - na fachada frontal das edificações, em paralelo,
Parcelamento, Ocupação e Uso do Solo; perpendicular ou oblíquo;
XVI - em terrenos e lotes vagos localizados na Zona Central VI - em terrenos não parcelados, limitada a 1 (um) engenho
de Belo Horizonte - ZCBH -, na Zona Hipercentral - ZHIP -, na a cada 100m (cem metros);
Zona Central do Barreiro - ZCBA -, na Zona Central de Venda VII - em imóvel destinado exclusivamente a
Nova - ZCVN - e em ambos os lados da Avenida do Contorno, estacionamento ou manobra de veículos, desde que atendidas,
nos termos da Lei de Parcelamento, Ocupação e Uso do Solo; cumulativamente, as seguintes condições:
XVII - em terrenos e lotes vagos localizados nas Zonas de a) tenha área mínima de 360m2 (trezentos e sessenta
Proteção 3 - ZP-3; metros quadrados);
XVIII - que veicule mensagem classificada como b) a área total construída não ultrapasse 20m2 (vinte
publicitária em lotes edificados, à exceção da previsão contida metros quadrados);
nos arts. 269 e 270 desta Lei; c) esteja situado em via arterial ou de ligação regional, fora
XIX - em obras públicas de arte, salvo para identificação do da ZCBH, da ZHIP e de ambos os lados da Avenida do Contorno;
autor; d) observe o limite de 1 (um) engenho por face de quadra;
XX - que veicule mensagem: VIII - em imóvel destinado exclusivamente a fins
a) de apologia à violência ou crime; comerciais que possuam área lateral não edificada, desde que
b) contrária ao pluralismo filosófico, ideológico, religioso atendidas, cumulativamente, as seguintes condições:
ou político; a) a área lateral não edificada tenha, no mínimo, 150m2
c) que promova a exclusão social ou discriminação de (cento e cinquenta metros quadrados);
qualquer tipo; b) esteja situado em via arterial ou de ligação regional, fora
XXI - no muro situado em qualquer local da cidade, exceto da ZCBH, da ZHIP e de ambos os lados da Avenida do Contorno;
aquela destinada à veiculação de programação de eventos c) observe o limite de 1 (um) engenho por face de quadra;
culturais, hipótese em que deverão obedecer às regras d) o engenho de publicidade seja instalado inteiramente na
constantes do inciso VI do art. 264 desta Lei e terão área área lateral e não avance sobre o afastamento frontal do
limitada a 15m2 (quinze metros quadrados); imóvel.
XXII - em empenas cegas localizadas na ZCBH, na ZHIP e IX - em imóvel destinado a campo de futebol de várzea,
em ambos os lados da Avenida do Contorno, nos termos da Lei entendido como campo de uso público, usado para a prática de
de Parcelamento, Ocupação e Uso do Solo. futebol amador, desde que atendidas condições a serem
Parágrafo único - Excetua-se do disposto no inciso IV do estabelecidas pelo Executivo. Inciso IX acrescentado pela Lei
caput deste artigo, a instalação de engenho de publicidade em nº 10.653, de 2/9/2013
empena cega de edificações de uso misto, desde que a § 1° - A utilização das formas de instalação de engenho de
edificação tenha, no mínimo, 5 (cinco) andares e esteja publicidade previstas nos incisos IV e V deste artigo será
localizada em via arterial ou de ligação regional. alternativa.
§ 2° - A limitação do número de engenhos por face de
Subseção II quadra prevista nos incisos I, II, VI, VII e VIII do caput deste
Dos Locais Permitidos artigo compreende todas as formas de instalação de
publicidade previstas nesses incisos, de modo que a instalação
Art. 267 - Nas edificações existentes nos locais descritos no do engenho baseada em um dos referidos incisos exclui a
inciso XV do artigo 266 desta Lei, em edificações tombadas, em possibilidade de instalação dos demais na mesma face de
conjuntos urbanos protegidos e em monumentos públicos quadra.
somente são admitidos engenhos de publicidade classificados § 3° - Para efeito do disposto na alínea "b" do inciso VII e
como indicativos e institucionais. na alínea "a" do inciso VIII do caput deste artigo, não se
Parágrafo único - A instalação de engenhos de publicidade consideram como área construída as coberturas com até
nos locais previstos no caput deste artigo deve respeitar as

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3,00m (três metros) de altura e que não possuam fechamento § 1° - A tela protetora deverá envolver toda a edificação, e
lateral. a publicidade deverá ser veiculada na própria tela, sendo
vedada a fixação de quaisquer engenhos sobre a mesma.
Art. 270 - Respeitado o disposto no art. 265 desta Lei, a § 2° - Fica vedada a utilização de engenho de publicidade
permissão para a instalação das demais classificações de em telas protetoras em obras de reforma ou modificação
engenho de publicidade atenderá ao seguinte: internas à edificação.
I - os engenhos de publicidade classificados como § 3° - Na hipótese prevista no inciso III do caput deste
indicativos somente poderão localizar-se nos locais previstos artigo, fica facultado o uso de tela protetora como engenho de
nos incisos II, IV e V do caput do art. 269 desta Lei; publicidade em outra edificação, situada em área de maior
II - os engenhos de publicidade classificados como visibilidade, mediante autorização do Executivo, em área
cooperativos somente poderão localizar-se nos locais equivalente à das fachadas do imóvel tombado.
previstos nos incisos II, IV e V do caput do art. 269 desta Lei;
III - os engenhos de publicidade classificados como Art. 276 - O engenho de publicidade indicativo e
publicitários somente poderão localizar-se nos locais cooperativo sobre o solo deverá atender aos seguintes
previstos nos incisos I, II, III, VI, VII e VIII do caput do art. 269 requisitos:
desta Lei. I - engenhos verticais:
a) altura máxima de 2,10m (dois metros e dez
Seção III centímetros);
Das Condições para Instalação b) largura máxima de 0,60m (sessenta centímetros);
c) possuir até 3 (três) faces;
Art. 271 - A altura máxima para instalação de engenho de II - engenhos horizontais:
publicidade é de 9,00m (nove metros), exceto quando a) altura máxima de 1,00m (um metro), contada a partir do
instalado: piso natural do terreno;
I - em empena cega; b) espessura máxima de 0,20m (vinte centímetros), no
II - sobre tela protetora de edificação em construção; caso de engenho de publicidade luminoso;
III - em pedestal com logotipo ou logomarca na c) comprimento máximo de 1,50m (um metro e cinquenta
extremidade, nos postos de abastecimento de combustíveis, centímetros);
com altura máxima de 12,00m (doze metros). d) possuir apenas um plano, com utilização opcional de
§ 1° - A altura a que se refere este artigo é contada do ponto ambas as faces.
médio do passeio no alinhamento. § 1° - Somente poderá ser instalado um engenho por
§ 2° - A projeção do engenho deve estar contida nos limites edificação.
do lote no qual o mesmo estiver instalado, não sendo admitido § 2° - No caso de edificação implantada em lote de esquina,
avançar sobre lote vizinho ou sobre logradouro público. poderá ser instalado um engenho por fachada voltada para o
logradouro público.
Art. 272 - O engenho de publicidade luminoso não poderá
ser instalado em posição que permita a reflexão de luz nas Art. 277 - O engenho de publicidade instalado na fachada
fachadas laterais e de fundos dos imóveis contíguos ou que frontal, em paralelo à mesma, deverá atender aos seguintes
interfira na eficácia dos sinais luminosos de trânsito. requisitos: Art. 277 com redação dada pela Lei nº 10.065, de
12/1/2011
Art. 273 - O engenho de publicidade instalado em terreno I - 1 (um) engenho para cada estabelecimento, somente no
ou lote vago, bem como nos locais previstos nos incisos VII e pavimento térreo e em galerias superiores recuadas, exceto no
VIII do art. 269 terá, no máximo, 27m2 (vinte e sete metros caso de shopping centers;
quadrados) de área. II - estar alinhado com a fachada, não podendo se projetar
Parágrafo único - O licenciamento do engenho de além desta;
publicidade instalado em terreno e lote vago fica condicionado III - apresentar espessura máxima de 0,20m (vinte
ao atendimento das disposições desta Lei relativas à centímetros);
construção de passeio e ao fechamento do terreno ou lote IV - apresentar altura mínima de 2,30m (dois metros e
vago. trinta centímetros), medida entre o ponto mais baixo do
anúncio e o ponto mais alto do passeio.
Art. 274 - O engenho de publicidade instalado sobre
empena cega poderá ocupar até 50% (cinquenta por cento) da Art. 278 - O engenho de publicidade instalado na fachada
área da empena sobre a qual se apoia. frontal, em posição perpendicular ou oblíqua à mesma,
§ 1° - É permitida a fixação de apenas 1 (um) engenho de obedecerá ao seguinte:
publicidade na empena cega da edificação. I - 1 (um) por estabelecimento que esteja no pavimento
§ 2° - É permitida a utilização de apenas 1 (uma) empena térreo;
cega por edificação. II - ter projeção com comprimento máximo de 2/3 (dois
§ 3° - A iluminação em empena cega deverá ser direcionada terços) da largura do passeio limitada a 1,50m (um metro e
exclusivamente ao engenho de publicidade. cinquenta centímetros);
III - apresentar espessura máxima igual a 0,05m (cinco
Art. 275 - A utilização de telas protetoras de edificações em centímetros), se iluminado, e de até 0,15m (quinze
obras como engenho de publicidade somente será possível nas centímetros), se luminoso;
seguintes hipóteses: IV - estar instalado a uma altura mínima de 2,30m (dois
I - reforma da fachada, até a conclusão de seu revestimento, metros e trinta centímetros), medidos entre o ponto mais
limitada a 6 (seis) meses; baixo do anúncio e o ponto mais alto do passeio.
II - obra de edificação pública, mediante realização de § 1° - O engenho de publicidade a que se refere o caput
licitação pelo Executivo, visando seu financiamento parcial ou deste artigo deverá deixar um espaçamento mínimo de 0,15m
integral; (quinze centímetros) entre as suas extremidades laterais e os
III - obra de restauração de imóvel tombado. alinhamentos da marquise e da fachada do imóvel, não
devendo, portanto, ultrapassar a área sob a marquise.

Legislação 80
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APOSTILAS OPÇÃO

§ 2° - No caso de edificações de dois pavimentos, é possível IV - acarrete risco à segurança dos ocupantes das
a instalação de engenhos publicitários perpendiculares edificações e à população em geral;
também no segundo pavimento, desde que este abrigue uma V - não atenda aos requisitos desta Lei;
única atividade comercial. VI - não obedeça ao padrão fixado pelo Executivo.

Art. 279 - A área máxima de exposição de engenho de Art. 286 - Para fins de fiscalização, serão consideradas
publicidade indicativo ou cooperativo na fachada frontal da responsáveis pelo engenho de publicidade as pessoas
edificação será o resultado da proporção de: relacionadas no art. 12, parágrafo único e seus incisos, da Lei
I - 0,45m² (quarenta e cinco decímetros quadrados) para nº 5.641, de 22 de dezembro de 1989, independente da ordem
cada 1,00m (um metro) de testada medida sobre o ali inscrita.
alinhamento do lote correspondente; § 1° - No caso de engenho de publicidade indicativo
II - 0,50m² (meio metro quadrado) para cada 1,00m (um instalado irregularmente, será responsabilizado o
metro) de testada medida sobre o alinhamento do lote proprietário do engenho.
correspondente, para estabelecimentos que atendam o § 2° - Nos demais casos de engenhos de publicidade
seguinte: instalados irregularmente, serão responsabilizados,
a) equipamentos de grande porte, conforme definição do individualmente, o anunciante, a agência de publicidade, o
regulamento desta Lei; proprietário do engenho, o dono do imóvel e o responsável
b) a fachada da edificação não apresente marcações pela sua instalação.
aparentes da estrutura ou de pavimentos e possua altura § 3° - No caso de edificações de múltiplos usuários, o
mínima de 5,00m (cinco metros), contados a partir do ponto condomínio será considerado responsável pelo engenho de
médio do passeio no alinhamento. publicidade instalado no local, pelo que respondem
solidariamente os coproprietários do imóvel, mesmo quando
Art. 280 - Visando assegurar condições estéticas e de não constituído formalmente o condomínio.
segurança, o Executivo poderá regulamentar a utilização de
materiais de execução e acabamento dos engenhos de Art. 287 - Constatada a irregularidade do engenho, fica o
publicidade. responsável obrigado a removê-lo no prazo fixado na
notificação, sob pena de aplicação de multa diária, conforme
Seção IV dispuser o regulamento desta Lei.
Do Licenciamento e Fiscalização § 1° - Não removido o engenho irregular pelo responsável,
o Poder Público procederá à remoção do mesmo, mantendo,
Art. 281 - A instalação de engenho de publicidade sujeita- em qualquer hipótese, a multa a que se refere o caput deste
se a processo prévio de licenciamento, mediante requerimento artigo.
ao Executivo, do qual resultará documento de licenciamento § 2° - Enquanto não realizada a remoção do engenho, nos
próprio, expedido a título precário. termos do disposto no § 1° deste artigo, o Poder Público
§ 1° - Ficam dispensados da exigência de que trata o caput poderá sobrepor ao mesmo tarja alusiva à irregularidade ou
deste artigo os engenhos de publicidade classificados como cobri-lo total ou parcialmente.
simples.
§ 2° - A dispensa de licenciamento prevista no § 1° deste Art. 288 - Ocorrendo a retirada do engenho, fica o
artigo não se aplica ao engenho de publicidade instalado em responsável obrigado a providenciar sua baixa junto ao órgão
logradouro público, que estará sujeito às regras específicas municipal competente, conforme dispuser o regulamento, no
estabelecidas nesta Lei. prazo máximo de 30 (trinta) dias, a contar da data da
§ 3° - A dispensa de licenciamento prevista no § 1° deste ocorrência.
artigo não desobriga o responsável pelo engenho do
cumprimento das demais exigências desta Lei. Art. 289 - O regulamento deverá prever critérios que
§ 4° - O regulamento definirá as características de assegurem a proporcionalidade entre a multa e a área de
engenhos para os quais será exigida, no processo de exposição do engenho.
licenciamento, indicação de responsável técnico pela sua
instalação, devidamente registrado no CREA. Seção V
Do Cadastro
Art. 282 - Expedido o documento de licenciamento, será
obrigatória, em espaço do próprio engenho, a indicação do seu Art. 290 - O engenho de publicidade, licenciado ou não,
respectivo número e do nome do licenciado. inclusive o classificado como simples, deverá integrar cadastro
municipal específico, cujos elementos darão suporte ao
Art. 283 - O documento de licenciamento deverá ser exercício do poder de polícia.
mantido à disposição da fiscalização municipal para
apresentação imediata no local onde estiver instalado o Art. 291 - A inscrição de engenho de publicidade no
engenho ou, se este estiver instalado em terreno ou lote vago, cadastro será feita:
no local indicado no requerimento original. I - mediante solicitação do responsável;
II - de ofício, com base nas informações obtidas pelo
Art. 284 - Qualquer alteração quanto ao local de instalação, Executivo;
à dimensão e à propriedade do engenho de publicidade III - por órgãos da Administração Direta ou Indireta do
implica novo e prévio licenciamento. Município em se tratando de engenho instalado em ônibus,
táxi ou mobiliário urbano vinculado àquele serviço.
Art. 285 - Não poderá permanecer instalado o engenho de Parágrafo único - A área do engenho de publicidade será
publicidade que: arbitrada pelo agente público responsável quando sua
I - veicule mensagem fora do prazo autorizado; apuração for impedida ou dificultada.
II - veicule mensagem relativa a estabelecimento
desativado;
III - esteja em mau estado de conservação nos aspectos
visual e estrutural;

Legislação 81
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APOSTILAS OPÇÃO

Seção VI § 2º - (VETADO)
Disposições Finais § 3º - (VETADO)
§ 4º - (VETADO)
Art. 292 - Regulamento irá dispor sobre os prazos e as
condições para o licenciamento dos engenhos de publicidade. CAPÍTULO II
Parágrafo único - No caso de haver mais de um interessado DAS PENALIDADES
no licenciamento de engenho publicitário, nos moldes
previstos nos incisos I, II, VI, VII e VIII do caput do art. 269 Art. 307 - O cometimento de infração implicará a aplicação
desta Lei, a forma de escolha dos interessados será definida em das seguintes penalidades:
regulamento. I - revogado pela Lei nº 9.845, de 8/4/2010 (Art. 91, I)
II - multa;
Seção V III - apreensão de produto ou equipamento;
Das Condições para Instalação IV - embargo de obra ou serviço;
(Revogado pela Lei nº 9.845/10) V - cassação do documento de licenciamento;
VI - interdição da atividade ou do estabelecimento;
Art. 293 - revogado pela Lei nº 9.845, de 8/4/2010 VII - demolição.
§ 1º - Quando o infrator praticar, simultaneamente, duas
Art. 294 - revogado pela Lei nº 9.845, de 8/4/2010 ou mais infrações, ser-lhe-ão aplicadas, cumulativamente, as
penalidades pertinentes.
Art. 295 - revogado pela Lei nº 9.845, de 8/4/2010 § 2º - Decreto irá dispor sobre as infrações que comportam
notificação prévia ou acessória, e sobre as hipóteses em que a
Art. 296 - revogado pela Lei nº 9.845, de 8/4/2010 notificação é dispensada.

Seção VI Art. 308 - A aplicação da penalidade prevista no art. 307


Do Cadastro e da Fiscalização deste Código não isenta o infrator da obrigação de reparar o
(Revogado pela Lei nº 9.845/10) dano resultante da infração.

Art. 297 - revogado pela Lei nº 9.845, de 8/4/2010 Art. 309 - Responderá solidariamente com o infrator quem,
de qualquer modo, concorrer para a prática da infração ou dela
Art. 298 - revogado pela Lei nº 9.845, de 8/4/2010 se beneficiar.

Art. 299 - revogado pela Lei nº 9.845, de 8/4/2010 Art. 310 - A notificação implica a obrigatoriedade de o
infrator sanar a irregularidade dentro do prazo fixado em
Art. 300 - (VETADO) regulamento.
§ 1º - (VETADO)
Art. 301 - revogado pela Lei nº 9.845, de 8/4/2010 § 2º - (VETADO)

Seção VII Art. 310-A - A notificação será dispensada quando:


Do Engenho de Publicidade Instalado I - houver apreensão, interdição ou embargo imediatos;
II - houver obstrução de via pública;
Art. 302 - (VETADO) III - houver exercício de atividade ou instalação de engenho
não licenciado em logradouro público;
Art. 303 - (VETADO) IV - o infrator já tiver sido autuado por cometimento da
mesma infração no período compreendido nos 24 (vinte e
CAPÍTULO III quatro) meses imediatamente anteriores;
DA ANTENA DE TELECOMUNICAÇÃO V - nos demais casos previstos no regulamento desta Lei.

Art. 304 - A localização, a instalação e a operação de antena Art. 311 - A multa será aplicada quando o infrator não
de telecomunicação com estrutura em torre ou similar sanar a irregularidade dentro do prazo fixado na notificação,
obedecerão às determinações contidas nas Leis Municipais nºs ou imediatamente, nas hipóteses em que não haja previsão,
8.201, de 17 de setembro de 2001, e 7.277, de 17 de dezembro nesta Lei ou em seu regulamento, de notificação prévia.
de 1997, e das que as modificarem ou sucederem. § 1° - A multa será fixada em real, obedecendo à seguinte
escala:
TÍTULO VII I - na infração leve, de R$50,00 (cinquenta reais) a
DA INFRAÇÃO R$300,00 (trezentos reais);
CAPÍTULO I II - na infração média, de R$400,00 (quatrocentos reais) a
DISPOSIÇÕES GERAIS R$1.000,00 (mil reais);
III - na infração grave, de R$1.200,00 (um mil e duzentos
Art. 305 - A ação ou a omissão que resultem em reais) a R$3.000,00 (três mil reais);
inobservância às regras deste Código constituem infração, que IV - na infração gravíssima, de R$4.000,00 (quatro mil
se classifica em leve, média, grave e gravíssima. reais) a R$10.000,00 (dez mil reais).
§ 2º - Em caso de primeira e segunda reincidência, a multa
Art. 306 - O regulamento definirá a classificação de cada será aplicada, respectivamente, em dobro ou em triplo em
infração prevista neste Código, considerando o grau de relação aos valores previstos no § 1º deste artigo.
comprometimento à saúde, à segurança, ao meio ambiente, à § 3° - Considera-se reincidência, para os fins desta Lei, o
paisagem urbana, ao patrimônio, ao trânsito e ao interesse cometimento da mesma infração pela qual foi aplicada
público. penalidade anterior, dentro do prazo de 24 (vinte e quatro)
§ 1º - A classificação de que trata o caput conterá a meses, contados da última autuação, por prática ou
especificação da infração e o dispositivo deste Código que a persistência na mesma infração, mesmo que tenha sido
prevê. emitido novo documento de licenciamento.

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APOSTILAS OPÇÃO

§ 4º - Os valores de multa serão reajustados anualmente § 1° - Durante o embargo, somente poderão ser executadas
nos mesmos termos da legislação específica em vigor. as obras necessárias à garantia da segurança e à regularização
§ 5° - A multa deverá ser paga no prazo fixado no da obra ou serviço, mediante autorização do Executivo.
regulamento desta Lei e, na hipótese de não pagamento, § 2° - A desobediência do auto de embargo acarretará ao
poderá ser inscrita em dívida ativa 30 (trinta) dias após o infrator a aplicação de multa.
vencimento desse prazo. § 3° - O embargo persistirá até que seja regularizada a
situação que o provocou.
Art. 312 - O regulamento deverá indicar os casos em que a
multa será aplicada diariamente. Art. 315 - A penalidade de cassação do licenciamento será
Parágrafo único - Sanada a irregularidade, o infrator aplicada na primeira reincidência e nas demais hipóteses
comunicará por escrito o fato ao Executivo e, uma vez previstas no regulamento desta Lei.
constatada sua veracidade, o termo final do curso diário da § 1° - Cassado o licenciamento, o documento
multa retroagirá à data da comunicação feita. correspondente poderá ser requisitado pelo fiscal para ser
inserido no processo administrativo, sob pena de multa.
Art. 312-A - As multas aplicadas aos responsáveis pela § 2° - A aplicação da penalidade prevista neste artigo
fixação de cartazes, faixas e outros meios de publicidade impede a concessão de novo licenciamento, até que seja
corresponderão, no mínimo, a 3 (três) vezes o custo de efetuado o pagamento das multas correspondentes e
remoção do respectivo engenho de publicidade. regularizada a situação que levou à cassação da licença.
§ 3° - Aplicada a penalidade prevista neste artigo, o infrator
Art. 313 - A penalidade de apreensão de produto ou deverá interromper o exercício da atividade ou o uso do bem,
equipamento será aplicada quando sua comercialização ou conforme o caso, na data do conhecimento da cassação, sob
utilização, respectivamente, estiver em desacordo com o pena de multa e interdição.
licenciamento ou sem este, sem prejuízo da aplicação da multa
cabível. Art. 316 - No caso de aplicação da penalidade de cassação
§ 1° - Ocorrerá a apreensão imediata de bem do documento de licenciamento, o infrator deverá
simultaneamente à aplicação de multa: interromper o exercício da atividade ou o uso do bem,
I - no caso de exercício de atividade comercial sem licença conforme o caso, na data fixada na decisão administrativa
no logradouro público, ainda que acondicionados em bolsas, correspondente.
sacolas, malas ou similares, mesmo que apoiadas sobre o
corpo; Art. 317 - A interdição do estabelecimento ou atividade
II - nos casos previstos no regulamento desta Lei. dar-se-á, sem prejuízo da aplicação da multa cabível, quando:
§ 2° - O bem apreendido será restituído mediante I - houver risco à saúde, ao meio ambiente ou à segurança
comprovação de depósito do valor correspondente à multa de pessoas ou bens;
aplicada, acrescida do preço público de remoção, transporte e II - tratar-se de atividade poluente, assim definida pela
guarda do mesmo, definido em decreto, desde que legislação ambiental;
comprovada a origem regular do produto, nos seguintes III - constatar-se a impossibilidade de regularização da
prazos: atividade;
I - 24 (vinte e quatro) horas, no caso de produto perecível; IV - houver cassação do documento de licenciamento.
II - 30 (trinta) dias, no caso de produto ou equipamento V - tratar-se de atividade exercida sem licenciamento;
não perecível. VI - nos demais casos previstos no regulamento desta Lei.
§ 3° - O bem apreendido e não reclamado no prazo fixado § 1º - O regulamento definirá situações em que a interdição
no § 2° deste artigo, e nem retirado no prazo fixado para dar-se-á de imediato.
liberação, será destruído ou inutilizado, ressalvadas as § 2º - A interdição persistirá até que seja regularizada a
seguintes hipóteses: situação que a provocou.
I - quando necessário à instrução criminal; § 3° - A desobediência ao auto de interdição acarretará ao
II - quando for de interesse público a doação para fim infrator a aplicação de multa.
social, destinado exclusivamente a órgão ou entidade de § 4° - Será garantido o acesso ao local para regularização
assistência social; da situação ou retirada de produto ou equipamento não
III - quando for recomendável a alienação, por razões envolvido na infração, mediante autorização do Executivo.
econômicas, que deverá ser realizada por meio de hasta
pública pelo Executivo. Art. 318 - A demolição, total ou parcial, será imposta
§ 4º - A importância apurada na venda em hasta pública quando se tratar de:
será aplicada no pagamento da multa e no ressarcimento das I - construção não licenciada em logradouro público ou em
despesas de que trata o § 2º deste artigo, restituindo-se ao imóvel público municipal;
infrator o valor remanescente. II - fechamento de logradouro público mediante
§ 5° - Nas hipóteses previstas no § 2° deste artigo, fica o construção de muro, cerca ou elemento construtivo de
Executivo isento de qualquer responsabilidade relativa a natureza similar;
eventuais danos do produto ou equipamento. III - estrutura não licenciada de fixação, sustentação ou
§ 6° - Na impossibilidade de remoção ou apreensão do acréscimo de mobiliário urbano;
bem, será aplicada multa diária e interdição, conforme IV - passeio construído fora das normas estabelecidas
previsto em regulamento. neste Código.
§ 1° - Nas invasões de logradouro ou imóvel públicos:
Art. 314 - A penalidade de embargo de obra ou serviço I - sendo edificação com utilização comercial, edificação em
executado em logradouro público será aplicada quando: andamento, ou edificação provisória, antes de iniciada a
I - a execução estiver em desacordo com o licenciamento, demolição, o invasor será notificado para desocupá-Ia e
sem licenciamento ou comunicação; demoli-la no prazo de 48 (quarenta e oito) horas;
II - for iniciada sem o acompanhamento de um responsável II - sendo construção utilizada para moradia e com
técnico; característica de permanência definitiva (invasão
III - colocar em risco a estabilidade da obra; consumada), antes de serem iniciados os procedimentos para
IV - o infrator não corrigir a irregularidade.

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a demolição, o invasor deverá ser notificado para desocupá-Ia TÍTULO VIII


e demoli-la no prazo de 30 (trinta) dias. DISPOSIÇÕES FINAIS
§ 2° - O descumprimento da notificação prevista no inciso
I do § 1° deste artigo implica na demolição, pelo Executivo, com Art. 325 - As regras e conceitos deste Código estendem-se
base no poder de polícia administrativa, independentemente às leis que vierem a ser editadas para sua complementação.
de propositura de ação judicial, podendo ser cobrados do Parágrafo único - As leis de que trata o caput não deverão
infrator os custos envolvidos na demolição. conter prescrições sobre penalidades, aplicando-se a elas as
§ 3° - O descumprimento da notificação prevista no inciso regras do Título VII deste Código.
II do § 1° deste artigo implica na propositura de ação
demolitória, pelo Executivo, podendo ser cobrados do infrator Art. 325-A - As regras do Título VII desta Lei e de seu
os custos envolvidos na demolição. regulamento se aplicam à Lei nº 9.063, de 17 de janeiro de
§ 4° - No caso de mobiliário urbano, a demolição limita-se 2005.
à estrutura de fixação, sustentação ou acréscimo. Parágrafo único - O descumprimento pelo promotor do
§ 5° - Todo o material proveniente de demolição de evento das condições ajustadas com o Poder Público para a sua
edificação ou obra em logradouro ou imóvel públicos, realização impede a concessão de licenciamento para o mesmo
inclusive equipamentos, deverá ser apreendido. promotor ou para o mesmo evento pelo prazo de 2 (dois) anos.

Art. 319 - O responsável pela infração será intimado a Art. 326 - Na contagem dos prazos estabelecidos neste
providenciar a necessária demolição e, quando for o caso, a Código ou em seu regulamento, excluir-se-á o dia do começo e
recompor o logradouro público segundo as normas deste incluir-se-á o do vencimento e, se este recair em dia sem
Código. expediente, o término ocorrerá no primeiro dia útil
Parágrafo único - No caso de não cumprimento do disposto subseqüente.
no caput, poderá o Executivo realizar a obra, sendo o custo
respectivo, acrescido da taxa de administração, ressarcido Art. 327 - Para efeito do cumprimento deste Código, as
pelo proprietário, sem prejuízo das sanções cabíveis. citações nele contidas referentes a zoneamento, Área de
Diretrizes Especiais (ADE), parâmetros urbanísticos e uso
CAPÍTULO III correspondem ao previsto pela legislação relativa ao
DA APLICAÇÃO DAS PENALIDADES parcelamento, ocupação e uso do solo em vigor.

Art. 320 - O documento de autuação deverá conter, além de Art. 328 - O regulamento deste Código poderá acrescentar
outros dados previstos no regulamento deste Código: outros documentos a serem exigidos para a instrução de
I - a identificação do infrator; requerimentos de licenciamento.
II - a descrição da infração, com indicação do dispositivo
legal correspondente; Art. 329 - Aplicar-se-ão as regras previstas no art. 7º das
III - o prazo fixado para que se sane a irregularidade; Disposições Transitórias deste Código às propostas de
IV - a indicação da quantidade e a especificação do produto modificação, acréscimo ou decréscimo do regulamento deste
ou equipamento apreendido, se for o caso, indicando o local Código.
onde ficará depositado.
Art. 330 - Este Código entra em vigor em até 180 (cento e
Art. 321 - O infrator será notificado da lavratura da oitenta) dias após a sua publicação, sendo que os prazos que
autuação por meio de entrega de cópia do documento de nele não tiverem sido previstos para adequação a seus
autuação ou por edital. dispositivos serão estabelecidos pelo regulamento, conforme
§ 1º - A entrega de cópia do documento de autuação poderá o tipo de documento de licenciamento.
ser feita pessoalmente ao infrator ou a seu representante legal, Parágrafo único - Este artigo, o art. 326 e o art. 7º das
podendo também ser feita pelo correio. Disposições Transitórias deste Código entram em vigor na
§ 2° - Na hipótese de o infrator ser notificado pessoalmente data da publicação deste Código.
ou pelo correio e recusar-se a receber sua cópia do documento
de autuação ou se a notificação se der por meio de preposto, a Art. 331 - A partir da publicação deste Código qualquer
notificação será ratificada em diário oficial e se consumará na disciplinamento legal referente aos temas nele contidos
data da publicação. deverá ser feito por meio de lei que o altere expressamente.
§ 3° - Não sendo o infrator ou seu representante legal
encontrado para receber a autuação, esta será feita mediante Art. 332 - A Conferência Municipal de Política Urbana,
publicação em diário oficial, consumando-se a autuação na instituída pela Lei Municipal nº 7.165, de 27 de agosto de 1996,
data da publicação. que contém o Plano Diretor do Município de Belo Horizonte,
deverá analisar e sugerir modificações a este Código de
Art. 322 - O infrator poderá recorrer em primeira instância Posturas.
no prazo de 15 (quinze) dias, contados da autuação respectiva.
Art. 333 - Ficam revogadas as disposições em contrário,
Art. 323 - Da decisão condenatória caberá recurso em especialmente:
segunda instância, desde que interposto no prazo de 15 I - o art. 138, do art.152 ao 155, do art. 269 ao 277, o art.
(quinze) dias, contados da publicação, em diário oficial, 297 e o art. 300 do Decreto-Lei nº 84, de 21 de dezembro de
daquela decisão. 1940;
II - a Lei nº 347, de 1º de outubro de 1953;
Art. 324 - Os recursos serão julgados por juntas criadas III - a Lei nº 777, de 13 de maio de 1959;
para este fim. IV - a Lei nº 779, de 20 de maio de 1959;
Parágrafo único - A interposição de recurso não suspende V - a Lei nº 938, de 17 de setembro de 1962;
o curso da ação fiscal respectiva, suspendendo apenas o prazo VI - a Lei nº 968, de 18 de dezembro de 1962;
para pagamento da multa. VII - a Lei nº 1.032, de 5 de agosto de 1963;
VIII - a Lei nº 1.137, de 17 de setembro de 1964;
IX - a Lei nº 1.377, de 4 de julho de 1967;

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X - a Lei nº 1.465, de 3 de abril de 1968; LXXVIII - a Lei nº 7.413, de 4 de dezembro de 1997;


XI - a Lei nº 1.479, de 26 de abril de 1968; LXXIX - a Lei nº 7.505, de 13 de maio de 1998;
XII - a Lei nº 1.799, de 14 de abril de 1970; LXXX - a Lei nº 7.532, de 8 de junho de 1998;
XIII - a Lei nº 2.113, de 2 de agosto de 1972; LXXXI - a Lei nº 7.562, de 28 de agosto de 1998;
XIV - a Lei nº 2.181, de 9 de maio de 1973; LXXXII - a Lei nº 7.567, de 2 de setembro de 1998;
XV - a Lei nº 2.240, de 30 de outubro de 1973; LXXXIII - a Lei nº 7.578, de 22 de setembro de 1998;
XVI - a Lei nº 2.279, de 16 de janeiro de 1974; LXXXIV - a Lei nº 7.592, de 30 de outubro de 1998;
XVII - a Lei nº 2.805, de 11 de outubro de 1977; LXXXV - a Lei nº 7.596, de 6 de novembro de 1998;
XVIII - a Lei nº 2.896, de 27 de março de 1978; LXXXVI - a Lei nº 7.731, de 24 de maio de 1999;
XIX - a Lei nº 3.014, de 18 de dezembro de 1978; LXXXVII - a Lei nº 7.745, de 9 de junho de 1999;
XX - a Lei nº 3.115, de 15 de outubro de 1979; LXXXVIII - a Lei nº 7.788, de 27 de agosto de 1999;
XXI - a Lei nº 3.213, de 26 de junho de 1980; LXXXIX - (VETADO)
XXII - a Lei nº 3.299, de 14 de janeiro de 1981; XC - a Lei nº 7.901, de 1º de dezembro de 1999;
XXIII - a Lei nº 3.678, de 22 de dezembro de 1983; XCI - a Lei nº 7.908, de 13 de dezembro de 1999;
XXIV - a Lei nº 3.679, de 22 de dezembro de 1983; XCII - a Lei nº 7.954, de 8 de março de 2000;
XXV - a Lei nº 3.687, de 29 de dezembro de 1984; XCIII - a Lei nº 7.975, de 7 de abril de 2000;
XXVI - a Lei nº 3.692, de 16 de janeiro de 1984; XCIV - a Lei nº 7.976, de 7 de abril de 2000;
XXVII - a Lei nº 3.841, de 17 de agosto de 1984; XCV - a Lei nº 8.059, de 12 de julho de 2000;
XXVIII -a Lei nº 3.847, de 3 de setembro de 1984; XCVI - a Lei nº 8.072, de 4 de setembro de 2000;
XXIX - (VETADO) XCVII - a Lei nº 8.088, de 26 de setembro de 2000;
XXX - a Lei nº 4.185, de 19 de setembro de 1985; XCVIII - a Lei nº 8.136, de 13 de dezembro de 2000;
XXXI - a Lei nº 4.451, de 8 de maio de 1986; XCIX - a Lei nº 8.210, de 24 de setembro de 2001;
XXXII - a Lei nº 4.695, de 22 de abril de 1987; C - a Lei nº 8.234, de 16 de outubro de 2001;
XXXIII - a Lei nº 4.895, de 2 de dezembro de 1987; CI - a Lei nº 8.320, de 1º de fevereiro de 2002;
XXXIV - a Lei nº 5.072, de 19 de abril de 1988; CII - a Lei nº 8.347, de 24 de abril de 2002;
XXXV - a Lei nº 5.108, de 17 de maio de 1988; CIII - o art. 3º da Lei nº 8.359, de 29 de abril de 2002;
XXXVI - a Lei nº 5.148, de 20 de junho de 1988; CIV - a Lei nº 8.403, de 3 de julho de 2002;
XXXVII - a Lei nº 5.171, de 12 de julho de 1988; CV - a Lei nº 8.459, de 4 de dezembro de 2002.
XXXVIII - a Lei nº 5.590, de 3 de agosto de 1989;
XXXIX - a Lei nº 5.598, de 12 de setembro de 1989; TÍTULO IX
XL - a Lei nº 5.732, de 28 de maio de 1990; DISPOSIÇÕES TRANSITÓRIAS
XLI - a Lei nº 5.753, de 24 de julho de 1990;
XLII - a Lei nº 5.861, de 27 de fevereiro de 1991; Art. 1º - O responsável por toldo já instalado e licenciado
XLIII - do art. 3º ao art. 20 da Lei nº 5.872, de 14 de março ou em processo de licenciamento terá prazo de 90 (noventa)
de 1991; dias a partir da entrada em vigor deste Código para adequá-lo
XLIV - a Lei nº 5.934, de 18 de julho de 1991; ao disposto na Seção III do Capítulo III de seu Título III.
XLV - a Lei nº 5.955, de 26 de agosto de 1991;
XLVI - a Lei nº 6.007, de 22 de novembro de 1991; Art. 2º - Fica obrigatório remover do logradouro público:
XLVII - a Lei nº 6.137, de 27 de março de 1992; I - o equipamento destinado à abertura de portão
XLVIII - os arts.1º, 3º e 4º da Lei nº 6.154, de 27 de abril de eletrônico de garagem;
1992; II - o equipamento destinado à obstrução de
XLIX - a Lei nº 6.244, de 28 de setembro de 1992; estacionamento de veículo sobre passeio.
L - a Lei nº 6.505, de 12 de janeiro de 1994; Parágrafo único - O responsável pelos equipamentos a que
LI - a Lei nº 6.733, de 20 de setembro de 1994; se referem os incisos do caput deste artigo terá o prazo de 60
LII - a Lei nº 6.507, de 12 de janeiro de 1994; (sessenta) dias a partir da entrada em vigor deste Código para
LIII - a Lei nº 6.558, de 24 de fevereiro de 1994; o cumprimento do previsto no artigo.
LIV - a Lei nº 6.732, de 20 de setembro de 1994;
LV - a Lei nº 6.733, de 20 de setembro de 1994; Art. 3º - Os camelôs e toreros cadastrados pelo Executivo
LVI - a Lei nº 6.793, de 13 de dezembro de 1994; entre 1998 e novembro de 2002 e que estejam exercendo suas
LVII - a Lei nº 6.823, de 6 de janeiro de 1995; atividades poderão permanecer no local de exercício até que
LVIII - a Lei nº 6.837, de 21 de fevereiro de 1995; sejam criados os espaços de que trata o § 1º do art. 4º das
LIX - a Lei nº 6.845, de 9 de março de 1995; Disposições Transitórias deste Código, para os quais serão
LX - a Lei nº 6.857, de 27 de abril de 1995; transferidos.
LXI - a Lei nº 6.882, de 30 de junho de 1995;
LXII - a Lei nº 6.912, de 11 de julho de 1995; Art. 4º - O Executivo promoverá, de forma negociada,
LXIII - a Lei nº 6.914, de 21 de julho de 1995; dentro do prazo de 6 (seis) meses a partir da vigência deste
LXIV - a Lei nº 6.927, de 3 de agosto de 1995; Código, a desocupação de camelôs e toreros do logradouro
LXV - a Lei nº 6.999, de 6 de dezembro de 1995; público.
LXVI - a Lei nº 7.022, de 2 de janeiro de 1996; § 1º - Serão criados, fora do logradouro público, na Zona
LXVII - a Lei nº 7.035, de 7 de fevereiro de 1996; Central de Belo Horizonte (ZCBH), na Zona Hipercentral
LXVIII - (VETADO) (ZHIP) ou em área de grande circulação de pedestres, locais
LXIX - a Lei nº 7.131, de 24 de junho de 1996; específicos com viabilidade econômica destinados a abrigar as
LXX - a Lei nº 7.132, de 24 de junho de 1996; atividades exercidas por camelôs e toreros.
LXXI - a Lei nº 7.155, de 25 de julho de 1996; § 2º - (VETADO)
LXXII - a Lei nº 7.162, de 21 de agosto de 1996; § 3º - O Executivo garantirá, por meio de política de
LXXIII - a Lei nº 7.193, de 15 de outubro de 1996; fiscalização específica, que os espaços desocupados dos
LXXIV - a Lei nº 7.204, de 6 de novembro de 1996; logradouros públicos não venham a ser novamente ocupados
LXXV - a Lei nº 7.226, de 20 de dezembro de 1996; para o exercício da atividade desenvolvida por camelôs e
LXXVI - a Lei nº 7.261, de 15 de janeiro de 1997; toreros.
LXXVII - (VETADO)

Legislação 85
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APOSTILAS OPÇÃO

§ 4º - A utilização dos locais previstos no § 1º deste artigo ENGENHO DE PUBLICIDADE: todo e qualquer dispositivo
será feita de forma não gratuita. ou equipamento utilizado com o fim de veicular publicidade,
tais como tabuleta, cartaz, letreiro, totem, poliedro, painel,
Art. 5º - (VETADO) placa, faixa, pintura, banner, adesivos, bandeira, estandarte,
balão ou pipa, bem como outros mecanismos que se
Art. 6º - As atividades obrigadas, por este Código, a enquadrem na definição contida neste inciso,
contratar seguro de responsabilidade civil terão prazo de 180 independentemente da denominação dada.
(cento e oitenta) dias a partir da entrada em vigor deste Código ENGENHO DE PUBLICIDADE ILUMINADO: aquele no qual
para regularizarem sua situação mediante apresentação de a iluminação é externa ao engenho.
comprovante da apólice junto ao órgão municipal competente. ENGENHO DE PUBLICIDADE LUMINOSO: aquele no qual a
iluminação é interna ao engenho.
Art. 7º - O Executivo elaborará, nos 90 (noventa) dias ESPAÇO AÉREO DA PROPRIEDADE: aquele situado acima
seguintes à publicação deste Código, a proposta de dos locais permitidos para a instalação de engenho de
regulamento do mesmo. publicidade.
§ 1º - A proposta de que trata o caput será publicada no FACE DE QUADRA: o mesmo que lado ou face de
Diário Oficial do Município, abrindo-se prazo de 60 (sessenta) quarteirão, testada de lotes contíguos voltados para a mesma
dias para apresentação de sugestões populares e dos via, compreendido entre dois logradouros públicos.
Conselhos Municipais de Política Urbana (COMPUR), de Meio FACHADA: qualquer uma das faces externas da edificação.
Ambiente (COMAM) e Deliberativo do Patrimônio Cultural do FACHADA FRONTAL: face externa da edificação voltada
Município. para o logradouro público.
§ 2º - O Executivo terá 30 (trinta) dias, ao final do prazo GUARITA: compartimento destinado ao uso da vigilância
previsto no § 1º deste artigo, para apreciar as sugestões da edificação.
apresentadas e decidir sobre a forma final do regulamento a LOTE: porção do terreno parcelado, com frente para via
ser publicado. pública e destinado a receber edificação.
§ 3º - Caso os Conselhos não se manifestem nos prazos LOTE EM OBRAS: aquele onde esteja sendo construída ou
previstos, o Executivo publicará o regulamento. modificada uma edificação.
§ 4º - As propostas posteriores de modificação do LOTE COM OBRA PARALISADA: aquele com obra iniciada
regulamento, bem como os casos omissos, serão submetidos à e paralisada por período superior a 3 (três) meses.
apreciação do COMPUR. LOTE EDIFICADO: aquele onde exista edificação concluída
§ 5º - O regulamento de que trata o caput poderá ser ou onde seja exercida alguma atividade.
elaborado por partes, sem prejuízo das regras previstas neste MARQUISE: laje em balanço projetada sobre o passeio ou
artigo. sobre o afastamento frontal.
PASSEIO: parte do logradouro público reservada ao
Art. 8º - Entrando em vigor este Código sem que tenha trânsito de pedestres.
havido a publicação de seu regulamento, as infrações nele PUBLICIDADE: mensagem veiculada por qualquer meio,
previstas serão consideradas leves. forma e material, cuja finalidade seja a de promover ou
Parágrafo único - A consideração de que trata o caput será identificar produtos, empresas, serviços, empreendimentos,
provisória, deixando de aplicar-se com a publicação de decreto profissionais, pessoas, coisas ou idéias de qualquer espécie.
que promova a classificação das infrações previstas neste TERRENO OU LOTE VAGO: aquele destituído de qualquer
Código. edificação.
TESTADA DO LOTE OU TERRENO: medida da linha
ANEXO I divisória entre o lote ou terreno e o logradouro público,
GLOSSÁRIO conforme o Anexo lI-C desta Lei." (NR)

Para os fins desta Lei, ficam estabelecidos os seguintes ANEXO II


conceitos:
Os desenhos constantes deste Anexo são ilustrativos e
AFASTAMENTO FRONTAL MÍNIMO: menor distância entre visam demonstrar a lógica de aplicação de conceitos desta Lei:
a edificação e o alinhamento do lote permitida pela Lei de
Parcelamento, Ocupação e Uso do Solo. Anexo II-A: permuta de área de estacionamento, nos
AFASTAMENTO FRONTAL: distância entre o alinhamento termos do art. 15, § 4°;
do lote ou terreno e a edificação. Anexo II-B: apuração do comprimento da fachada;
AFASTAMENTO LATERAL: distância entre a divisa lateral Anexo II-C: testada de terreno.
do lote ou terreno e a edificação.
AFASTAMENTO DE FUNDOS: distância entre a divisa de
fundos do lote ou terreno e a edificação.
ALINHAMENTO: limite divisório entre o lote ou terreno e
o logradouro público.
ÁREA DE ESTACIONAMENTO: área destinada a
estacionamento ou guarda de veículos.
COBERTURA: último pavimento de uma unidade
residencial ou comercial em edificação com mais de duas
unidades autônomas agrupadas verticalmente.
COMPRIMENTO DA FACHADA DO ESTABELECIMENTO:
medida da projeção da fachada frontal do estabelecimento
sobre o alinhamento do lote conforme desenho constante do
Anexo II-B desta Lei.
EMPENA CEGA: fachada da edificação totalmente sem
aberturas, voltada para as divisas laterais ou de fundos do lote
e sobre elas construída.

Legislação 86
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APOSTILAS OPÇÃO

Comunicação Social do Município, a Assessoria Policial Militar


9. Lei Municipal nº 9.011, de e as Secretarias de Administração Regional Municipal;
II - à Secretaria Municipal Adjunta equivalem a
1º/01/2005. Dispõe sobre a Procuradoria-Geral Adjunta Administrativo-Consultiva do
estrutura organizacional da Município, a Procuradoria-Geral Adjunta Contenciosa do
administração direta do Poder Município, a Procuradoria-Geral Adjunta Tributária do
Município, a Assessoria de Comunicação Social Adjunta do
Executivo e dá outras Município, a Auditoria-Geral do Município, a Contadoria-Geral
providências; do Município, a Corregedoria-Geral do Município, a Secretaria
Especial de Prevenção à Corrupção e Informações
Estratégicas, a Ouvidoria do Município, as secretarias adjuntas
LEI Nº 9.011, DE 1° DE JANEIRO DE 2005 de administração regional municipal, a Guarda Municipal de
Belo Horizonte, a Corregedoria da Guarda Municipal de Belo
Dispõe sobre a estrutura organizacional da Administração Direta Horizonte, a Assessoria de Cerimonial e Mobilização, a
do Poder Executivo e dá outras providências. Coordenadoria Municipal de Defesa Civil e a Coordenação
Executiva do Programa BH Metas e Resultados. Inciso II com
O Povo do Município de Belo Horizonte, por seus redação dada pela Lei nº 10.878, de 25/11/2015
representantes, decreta e eu sanciono a seguinte Lei: III – à Gerência de 1º Nível classe C equivalem as demais
Coordenadorias.
CAPÍTULO I
DISPOSIÇÕES PRELIMINARES CAPÍTULO II
DAS SECRETARIAS MUNICIPAIS E ÓRGÃOS
Art. 1º - A Administração Direta do Poder Executivo tem a EQUIVALENTES
seguinte estrutura: Seção I
I - Secretaria Municipal de Governo; Do Gabinete do Prefeito
II - revogado pela Lei nº 9.489, de 14/1/2008
III - Secretaria Municipal de Finanças; Art. 3º - O Gabinete do Prefeito, órgão dotado de autonomia
IV - Secretaria Municipal de Planejamento, Orçamento e funcional, tem por finalidade prestar assistência e
Informação; assessoramento direto e imediato ao Prefeito.
V - Secretaria Municipal de Políticas Sociais;
VI - revogado pela Lei nº 10.101, de 14/1/2011 Art. 4º - Compete ao Gabinete do Prefeito:
VII - Secretaria Municipal de Educação; I – coordenar e desenvolver as atividades de relações
VIII - Secretaria Municipal de Saúde; públicas;
IX - Secretaria Municipal de Segurança Urbana e II – coordenar e desenvolver as atividades de cerimonial;
Patrimonial; III – desempenhar missões específicas, expressamente
X - Secretarias de Administração Regional Municipal, em atribuídas por meio de atos próprios e despachos.
número de 9 (nove);
XI - Secretaria Municipal de Meio Ambiente; Art. 5º - Compõe o Gabinete do Prefeito a Assessoria de
XII - Secretaria Municipal de Desenvolvimento; Cerimonial e Mobilização.
XIII - Secretaria Municipal de Obras e Infraestrutura;
XIV - Secretaria Municipal de Serviços Urbanos; Subseção I
XV - Secretaria Municipal de Assuntos Institucionais. Da Assessoria de Cerimonial e Mobilização
XVI - Secretaria Municipal de Esporte e Lazer.
Parágrafo único - Integram, ainda, a Administração Direta Art. 6º - Compete à Assessoria de Cerimonial e
do Poder Executivo os seguintes órgãos: Mobilização:
I - Gabinete do Prefeito; I – desenvolver as atividades de comunicação dirigida,
II - Gabinete do Vice-Prefeito; divulgação e mobilização;
III - Procuradoria Geral do Município; II – exercer as atividades de cerimonial;
IV - Controladoria-Geral do Município; III – desenvolver outras atividades afetas à comunicação
V - Assessoria de Comunicação Social do Município; social, em colaboração com a Assessoria de Comunicação
VI - Assessoria Policial Militar; Social.
VII - Coordenação Executiva do Programa BH Metas e
Resultados. Seção II
Do Gabinete do Vice-Prefeito
Art. 2º - A estrutura dos órgãos componentes da
Administração Direta obedecerá ao seguinte escalonamento: Art. 7º - O Gabinete do Vice-Prefeito, órgão dotado de
I -1º grau hierárquico: Secretaria Municipal ou autonomia funcional, tem por finalidade prestar assistência e
equivalente; assessoramento direto e imediato ao Vice-Prefeito.
II - 2º grau hierárquico: Secretaria Municipal Adjunta ou
equivalente; Art. 8º - Compete ao Gabinete do Vice-Prefeito:
III - 3º grau hierárquico: Gerência ou equivalente. I – prestar assistência e assessoramento direto e imediato
§ 1º - A Gerência de 1º nível do 3º grau hierárquico e o ao Vice-Prefeito;
cargo em comissão de Assessor III serão segmentados nas II – coordenar e desenvolver as atividades de relações
classes A, B, e C, de acordo com o disposto nos §§ 2º e 3º do art. públicas relacionadas ao Gabinete;
90 desta Lei. III – desempenhar missões específicas, expressamente
§ 2º - A equivalência a que se refere o caput observará o atribuídas por meio de atos próprios e despachos.
seguinte:
I - à Secretaria Municipal equivalem o Gabinete do Prefeito,
o Gabinete do Vice-Prefeito, a Procuradoria-Geral do
Município, a Controladoria-Geral do Município, a Assessoria de

Legislação 87
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APOSTILAS OPÇÃO

Seção III I - prestar consultoria e assessoramento jurídico à


Da Assessoria Policial Militar Administração Direta, incluída a assistência ao Prefeito nos
assuntos relativos à entidade da Administração Indireta;
Art. 9º - Compete à Assessoria Policial-Militar: II - representar o Município em qualquer juízo ou tribunal,
I – assessorar nas relações institucionais entre a PBH, atuando nos feitos em que tenha interesse;
PMMG, CBMMG, Organizações Militares, Polícia Civil e Polícia III - representar, em regime de colaboração, interesse de
Federal; entidade da Administração Indireta em qualquer juízo ou
II – coordenar as atividades de ajudância de ordens e tribunal, mediante solicitação da entidade e autorização do
segurança pessoal do Prefeito; prefeito;
III – assessorar e acompanhar o apoio policial-militar aos IV - manter coletânea atualizada da legislação, doutrina e
diversos órgãos do Executivo Municipal, estabelecendo os jurisprudência sobre assuntos de interesse do Município,
contatos com as Unidades do Comando de Policiamento da como subsídio às atividades da Administração Pública e
Capital envolvidas; informação à população;
IV – prestar o apoio necessário à atividade de segurança V - coordenar e implementar as atividades de destinação
física da sede do Executivo Municipal. de honorários decorrentes de sua atuação em juízo,
Parágrafo único – As funções previstas para a Assessoria observados o critério de participação coletiva dos
Policial-Militar serão exercidas por servidores da ativa da procuradores municipais e a legislação especifica;
Polícia Militar do Estado de Minas Gerais –PMMG-, cedidos VI - coordenar a execução de atividades administrativas e
pela referida corporação, observada a legislação própria da financeiras da Procuradoria-Geral do Município;
instituição. VII - coordenar outras atividades destinadas à consecução
de seus objetivos;
Seção IV VIII - representar os servidores públicos do Poder
Da Assessoria de Comunicação Social do Município Executivo em ações judiciais e processos administrativos nos
quais figurem como parte em razão de atos praticados no
Art. 10 – A Assessoria de Comunicação Social do Município exercício regular de cargo ou função, desde que em
tem por finalidade planejar e coordenar as atividades consonância com as orientações gerais ou específicas
inerentes à comunicação social, visando à integração da previstas em regulamento.
política e das atividades dos órgãos e entidades da § 1° - Integram a Procuradoria-Geral do Município a
Administração Pública nessa área. Procuradoria-Geral Adjunta Contenciosa do Município, a
Procuradoria-Geral Adjunta Administrativo-Consultiva do
Art. 11 – Compete à Assessoria de Comunicação Social do Município, a Procuradoria-Geral Adjunta Tributária do
Município: Município, a cujos titulares compete atuar em parceria com o
I – coordenar e desenvolver a política de comunicação Procurador-Geral do Município e substituí-lo em suas
externa e interna da Administração Pública no âmbito do ausências e impedimentos.
Poder Executivo; § 2° - As competências estabelecidas neste artigo poderão
II – coordenar e desenvolver as atividades de cobertura e ser delegadas, no todo ou em parte, a outros órgãos jurídicos
distribuição de material jornalístico; ou respectivos titulares da Administração Direta e Indireta do
III – coordenar e desenvolver as atividades de Poder Executivo, ainda que não lhe sejam diretamente
comunicação dirigida e divulgação; subordinados, por meio de ato formal do Procurador-Geral do
IV – assistir o Prefeito, os órgãos da administração direta e Município, quando for conveniente, em razão de
as entidades da Administração Pública em matéria de sua circunstâncias de índole técnica, social, econômica, jurídica ou
competência; territorial.
V – coordenar outras atividades destinadas à consecução § 3° - O ato de delegação especificará as matérias e poderes
dos seus objetivos. transferidos, os limites da atuação do delegado, os objetivos da
Parágrafo único – Integra a Assessoria de Comunicação delegação e, quando for o caso, o prazo de vigência, que, na
Social do Município a Assessoria de Comunicação Social omissão, ter-se-á por indeterminado, até sua revogação pela
Adjunta a cujo titular compete atuar em parceria com o autoridade delegante.
Assessor de Comunicação Social do Município e substituí-lo § 4° - O ato de delegação poderá conter ressalva de
em suas ausências e impedimentos. exercício da atribuição delegada e é revogável a qualquer
tempo pela autoridade delegante.
Seção V § 5° - O ato de delegação e sua revogação serão publicados
Da Auditoria do Município no Diário Oficial do Município - Dom.
§ 6° - Para o bom desempenho das atribuições delegadas,
Art. 12 – revogado pela Lei nº 9.155, de 12/1/2006 normas complementares ao disposto neste artigo poderão ser
disciplinadas em Decreto. Art. 14-A acrescentado pela Lei nº
Art. 13 – revogado pela Lei nº 9.155, de 12/1/2006 10.878, de 25/11/2015

Seção VI Subseção I
Da Procuradoria-Geral do Município Da Procuradoria-Geral Adjunta Contenciosa do
Seção VI com redação dada pela Lei nº 10.878, de Município
25/11/2015
Art. 14-B - Compete à Procuradoria-Geral Adjunta
Art. 14 - A Procuradoria-Geral do Município tem por Contenciosa do Município: Art. 14-B acrescentado pela Lei nº
finalidade planejar, coordenar, controlar e executar as 10.878, de 25/11/2015
atividades jurídicas e correlatas de interesse do Município. I - coordenar as atividades de organização e modernização
Art. 14 com redação dada pela Lei nº 10.878, de das atividades contenciosas do Município;
25/11/2015 II - coordenar e supervisionar a atuação do Município nas
ações judiciais;
Art. 14-A - Compete à Procuradoria-Geral do Município: III - desenvolver outras atividades destinadas à
consecução de seus objetivos;

Legislação 88
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APOSTILAS OPÇÃO

IV - exercer demais atribuições definidas em decreto. Seção VII


Da Secretaria Municipal de Governo
Subseção II
Da Procuradoria-Geral Adjunta Administrativo- Art. 16 – A Secretaria Municipal de Governo tem por
Consultiva do Município finalidade coordenar as atividades de apoio às ações políticas
do Governo Municipal.
Art. 14-C - Compete à Procuradoria Geral-Adjunta
Administrativo-Consultiva do Município: Art. 14-C Art. 17 – Compete à Secretaria Municipal de Governo:
acrescentado pela Lei nº 10.878, de 25/11/2015 I – realizar, em conjunto com a Secretaria Municipal de
I - coordenar as atividades de organização e modernização Assuntos Institucionais, as atividades de apoio às ações
das atividades jurídico-consultivas e de assessoramento do políticas do Governo Municipal;
Município; II – planejar e coordenar, com a participação dos órgãos e
II - desenvolver outras atividades destinadas à consecução entidades da Administração Pública, as políticas de
de seus objetivos; mobilização social;
III - exercer demais atribuições definidas em decreto. III – planejar as atividades relacionadas com o sistema de
atendimento ao cidadão;
Subseção III IV – assessorar o Governo Municipal nos assuntos de
Da Procuradoria-Geral Adjunta Tributária do natureza técnico-legislativa;
Município V – coordenar as atividades relacionadas com o sistema de
informação gerencial da Administração Direta e Indireta do
Art. 15 - Compete à Procuradoria-Geral Adjunta Tributária Poder Executivo;
do Município: Art. 15 com redação dada pela Lei nº 10.878, VI – coordenar e executar as atividades de integração e
de 25/11/2015 valorização da juventude;
I - coordenar as atividades de organização e modernização VII - prestar suporte técnico e administrativo ao Conselho
das atividades jurídico-tributárias do Município; Municipal da Juventude e ao Conselho Municipal de Políticas
II - desenvolver outras atividades destinadas à consecução sobre Drogas de Belo Horizonte - CMPD-BH;
de seus objetivos. VIII – coordenar a execução das atividades administrativas
III - exercer demais atribuições definidas em decreto. e financeiras da Secretaria, do Gabinete do Prefeito, da
Coordenação Executiva do Programa BH Metas e Resultados,
Seção VI-A do Gabinete do Vice-Prefeito, da Assessoria de Comunicação
Da Coordenação Executiva do Programa BH Metas e Social do Município e da Assessoria Policial Militar;
Resultados IX – planejar e coordenar as atividades de organização e
modernização da Administração Direta do Poder Executivo,
Art. 15-A – A Coordenação Executiva do Programa BH incluída a realocação de gerências;
Metas e Resultados tem por finalidade planejar, coordenar e X – coordenar e desenvolver outras atividades destinadas
monitorar a execução do Plano de Governo, gerenciando os à consecução dos objetivos do Governo Municipal.
Compromissos de Resultados, viabilizando a ação coordenada XI – expedir, publicar e controlar os atos administrativos
do Executivo em cada Área de Resultado e alinhando as ações de nomeação e exoneração para cargos comissionados, bem
estratégicas de governo, de forma a proporcionar a atuação como os atos de cessão dos servidores da Administração
articulada dos órgãos e das entidades encarregados da gestão Direta do Município.
dos Projetos Sustentadores.
Art. 18 – Compõem a Secretaria Municipal de Governo:
Art. 15-B – Compete à Coordenação Executiva do Programa I – Secretaria Municipal Adjunta de Gestão Compartilhada;
BH Metas e Resultados: II – Secretaria Municipal Adjunta de Modernização.
I – assessorar no planejamento e na coordenação geral do
Plano de Governo; Subseção I
II – monitorar a execução do Plano de Governo em nível Da Secretaria Municipal Adjunta de Gestão
estratégico; Compartilhada
III – coordenar o processo de pactuação e formalização dos Subseção I (Arts. 19 e 20) com redação dada pela Lei nº
Compromissos de Resultados; 10.101, de 14/1/2011
IV – monitorar a execução dos Projetos Sustentadores e
dos Compromissos de Resultados; Art. 19 – A Secretaria Municipal Adjunta de Gestão
V – participar do processo decisório referente à alocação, Compartilhada tem por finalidade planejar e coordenar a
ao controle e ao fluxo de recursos financeiros aos Projetos implantação das políticas de participação popular no
Sustentadores; Município, fomentando o envolvimento habitual e significativo
VI – viabilizar a ação coordenada do Executivo nas Áreas dos cidadãos nos processos de tomada de decisão, na definição
de Resultado; de metas e objetivos, na resolução de problemas e no acesso às
VII – alinhar as ações estratégicas de governo, de forma a informações da Administração Pública.
proporcionar a atuação articulada dos órgãos e das entidades
encarregados da gestão dos Projetos Sustentadores; Art. 20 – Compete à Secretaria Municipal Adjunta de
VIII – incentivar o alcance dos objetivos e metas das Áreas Gestão Compartilhada:
de Resultado e de Projetos Sustentadores; I – coordenar e executar as atividades de
IX – dar publicidade às metas e aos resultados relacionados acompanhamento e suporte às instâncias de participação e aos
à gestão estratégica do Governo, com o apoio da Assessoria de colegiados, em colaboração com os órgãos e entidades da
Comunicação Social do Município; Administração Municipal;
X – desenvolver outras atividades destinadas à consecução II – promover espaços de relação e mobilização no
de seus objetivos. Município;
III – coordenar as atividades relacionadas com o sistema
de estruturação de dados referentes às instâncias de
participação e aos colegiados;

Legislação 89
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APOSTILAS OPÇÃO

IV – desenvolver outras atividades destinadas à II – coordenar as atividades relativas a lançamento,


consecução de seus objetivos. arrecadação e fiscalização dos tributos mobiliários e
imobiliários, mantendo atualizado o cadastro respectivo;
Subseção II III – coordenar a organização da legislação tributária
Da Secretaria Municipal Adjunta de Modernização municipal, para orientação aos contribuintes sobre sua correta
Subseção II (Arts. 20-A e 20B) acrescentada pela Lei nº aplicação;
10.101, de 14/1/2011 IV – revogado pela Lei nº 9.155, de 12/1/2006
V – coordenar o recebimento das rendas municipais, os
Art. 20-A – A Secretaria Municipal Adjunta de pagamentos dos compromissos do Município e as operações
Modernização tem por finalidade planejar e coordenar a relativas a financiamentos e repasses;
implantação das políticas de reestruturação organizacional, VI – coordenar, em conjunto com a Secretaria Municipal de
qualificação gerencial e sistematização de informação Administração e Recursos Humanos, a política de
gerencial, visando à modernização das atividades da remuneração e relações de trabalho dos servidores e
Administração Pública no âmbito do Poder Executivo. empregados públicos da Administração Direta e Indireta do
Poder Executivo;
Art. 20-B – Compete à Secretaria Municipal Adjunta de VII – coordenar a execução de suas atividades
Modernização: administrativas e financeiras;
I – coordenar as atividades de organização e modernização VIII – coordenar outras atividades destinadas à
administrativa; consecução de seus objetivos.
II – coordenar as atividades de qualificação gerencial; IX – coordenar e executar a contabilização financeira,
III – coordenar as atividades relacionadas ao sistema de patrimonial e orçamentária do Município, nos termos da
atendimento ao cidadão; legislação em vigor;
IV – desenvolver o sistema de informações gerenciais do X – coordenar e executar o controle das operações de
Município; crédito, avais e garantias, bem como dos direitos e haveres do
V – desenvolver outras atividades destinadas à consecução Município;
de seus objetivos. XI – supervisionar e executar os procedimentos
relacionados com as normas de finanças relativas à gestão
Seção VIII fiscal;
Da Secretaria Municipal de Administração e Recursos XII – coordenar o sistema de suprimento da Administração
Humanos Direta do Executivo;
XIII – coordenar as atividades de serviços gerais da
Art. 21 - revogado pela Lei nº 9.489, de 14/1/2008 Administração Direta do Executivo, inclusive as de
comunicação, arquivo, telefonia, gráfica, transporte,
Art. 22 – revogado pela Lei nº 9.489, de 14/1/2008 conservação e limpeza;
XIV – coordenar o sistema de gerenciamento do
Art. 23 – revogado pela Lei nº 9.489, de 14/1/2008 patrimônio da Administração Direta do Executivo, respeitada
a competência da Secretaria Municipal de Políticas Urbanas,
Subseção I quanto ao patrimônio específico;
Da Corregedoria do Município XV – supervisionar e executar a fiscalização de atos e
procedimentos relacionados com o processamento da despesa
Art. 24 – revogado pela Lei nº 9.155, de 12/1/2006 municipal.

Subseção II Art. 29 – Compõem a Secretaria Municipal de Finanças:


Da Secretaria Municipal Adjunta de Gestão I – Secretaria Municipal Adjunta de Arrecadações;
Administrativa II – Secretaria Municipal Adjunta do Tesouro.
III – Secretaria Municipal Adjunta de Gestão
Art. 25 - revogado pela Lei nº 9.489, de 14/1/2008 Administrativa;
IV – Contadoria-Geral do Município.
Subseção III
Da Secretaria Municipal Adjunta de Recursos Subseção I
Humanos Da Secretaria Municipal Adjunta de Arrecadações

Art. 26 – revogado pela Lei nº 9.489, de 14/1/2008 Art. 30 – Compete à Secretaria Municipal Adjunta de
Arrecadações:
Seção IX I – desenvolver as atividades relativas à cobrança de
Da Secretaria Municipal de Finanças créditos fiscais e tributários e de fiscalização;
II – desenvolver as atividades relativas ao lançamento,
Art. 27 – A Secretaria Municipal de Finanças tem por arrecadação e fiscalização de tributos mobiliários e
finalidade planejar e coordenar a política fazendária imobiliários, mantendo atualizado o cadastro respectivo;
municipal, estabelecendo programas, projetos e atividades III – manter coletânea atualizada da legislação tributária
relacionadas com as áreas financeira, contábil, fiscal e municipal, orientando os contribuintes sobre sua correta
tributária, bem como coordenar, planejar e executar as aplicação;
atividades de gestão administrativa visando a garantir o pleno IV – desenvolver outras atividades destinadas à
funcionamento da Administração Direta do Executivo e a consecução de seus objetivos.
promover o seu constante aprimoramento organizacional.
Subseção II
Art. 28 – Compete à Secretaria Municipal de Finanças: Da Secretaria Municipal Adjunta do Tesouro
I – coordenar e fiscalizar a cobrança dos créditos
tributários e fiscais do Município; Art. 31 – Compete à Secretaria Municipal Adjunta do
Tesouro:

Legislação 90
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APOSTILAS OPÇÃO

I – revogado pela Lei nº 9.155, de 12/1/2006 Art. 33 – Compete à Secretaria de Planejamento,


II – proceder ao recebimento das rendas municipais, Orçamento e Informação:
efetuar pagamentos dos compromissos do Município e I – coordenar o desenvolvimento de novos canais de
registrar e monitorar as operações relativas a financiamentos participação popular direta no Governo Municipal;
e repasses, e coordenar o serviço da dívida; II – planejar, coordenar e gerir o orçamento municipal da
III – coordenar a execução das atividades administrativas Administração Direta e Indireta, incluindo a coordenação do
e financeiras da Secretaria; orçamento participativo em suas várias modalidades, bem
IV – revogado pela Lei nº 9.155, de 12/1/2006 como coordenar a Junta de Execução Orçamentária e
V – desenvolver outras atividades destinadas à consecução Financeira – JUCOF;
de seus objetivos. III – planejar, controlar e coordenar, com a colaboração da
Secretaria Municipal de Finanças e dos demais órgãos e
Subseção III entidades da Administração Pública, a captação e a negociação
Da Secretaria Municipal Adjunta de Gestão de recursos junto a órgãos e instituições nacionais e monitorar
Administrativa a sua aplicação;
IV – planejar, articular e monitorar, em colaboração com os
Art. 31-A – Compete à Secretaria Municipal Adjunta de órgãos e as entidades da Administração Direta e Indireta do
Gestão Administrativa: Poder Executivo, as políticas de articulação metropolitanas;
I – definir regras e padrões de desempenho para a V – coordenar as atividades relacionadas com o sistema de
realização de compras e para a contratação de serviços informação da Administração Direta e Indireta do Poder
terceirizados pelos órgãos municipais que assegurem a Executivo;
melhoria da qualidade dos bens e dos serviços adquiridos, a VI – planejar e coordenar as políticas de gestão de
redução de preços e de gastos com logística e com distribuição; tecnologia de informação e comunicação da Administração
II – identificar níveis de desempenho inadequados e Direta e Indireta do Poder Executivo, assim como a articulação
indicar ações de melhoria nos procedimentos administrativos e o monitoramento das políticas referentes à área de
da Administração Direta do Executivo; Informática;
III – planejar, implementar, executar e avaliar o sistema de VII – coordenar a execução de suas atividades
suprimento da Administração Direta do Executivo; administrativas e financeiras;
IV – planejar, normatizar, executar e avaliar as atividades VIII – coordenar outras atividades destinadas à
de serviços gerais da Administração Direta do Executivo, consecução dos objetivos do Governo Municipal.
inclusive as de comunicação, arquivo, telefonia, gráfica, IX – planejar e coordenar os programas e as atividades de
transporte, conservação e limpeza; incorporação, de manutenção e de desenvolvimento de
V – planejar, normatizar, executar e avaliar o sistema de recursos humanos da Administração Direta e Indireta do
gerenciamento do patrimônio da Administração Direta do Poder Executivo; nesta hipótese, em colaboração com as
Executivo, respeitada a competência da Secretaria Municipal respectivas entidades;
de Políticas Urbanas quanto à gestão do patrimônio específico; X – coordenar as atividades de registro e de pagamento de
VI – executar as suas atividades administrativas e pessoal e zelar pela obediência à legislação pertinente;
financeiras; XI – coordenar as atividades de segurança e de medicina
VII – desenvolver outras atividades destinadas à do trabalho;
consecução de seus objetivos. XII – coordenar, em conjunto com a Secretaria Municipal
de Finanças, a política de remuneração e relações de trabalho
Subseção IV dos servidores e dos empregados públicos da Administração
Da Contadoria-Geral do Município Direta e Indireta do Executivo;
XIII – planejar, gerir e monitorar o Regime Próprio de
Art. 31-B – Compete à Contadoria-Geral do Município: Previdência Municipal, assim como os seus respectivos
I – supervisionar e executar a contabilidade financeira, Fundos;
patrimonial e orçamentária da Administração Direta do XIV – planejar, coordenar, monitorar e executar, com a
Município; colaboração de suas Secretarias Adjuntas, o Plano Plurianual
II – supervisionar e executar a gestão do plano de contas de Ação Governamental – PPAG – e o Plano Estratégico de
único da administração municipal; Longo Prazo;
III – supervisionar e executar as atividades relacionadas XV – coordenar, articular e monitorar, em colaboração com
com a consolidação da contabilidade do Município, nos termos os órgãos e entidades da Administração Direta e Indireta do
da legislação em vigor; Poder Executivo, a gestão da execução de contratos e
IV – supervisionar e executar a orientação e a avaliação das convênios;
atividades relacionadas aos procedimentos contábeis XVI – gerir e monitorar, em colaboração com os órgãos e as
adotados no Município; entidades da Administração Direta e Indireta do Poder
V – desenvolver outras atividades destinadas à consecução Executivo, o Portal da Transparência Pública da PBH.
de seus objetivos.
Art. 34 – Compõem a Secretaria Municipal de
Seção X Planejamento, Orçamento e Informação:
Da Secretaria Municipal de Planejamento, Orçamento I – Secretaria Municipal Adjunta de Planejamento e Gestão;
e Informação II – Secretaria Municipal Adjunta de Orçamento;
III – Secretaria Municipal Adjunta de Gestão
Art. 32 – A Secretaria Municipal de Planejamento, Previdenciária;
Orçamento e Informação tem por finalidade coordenar a IV – Secretaria Municipal Adjunta de Recursos Humanos.
elaboração e a execução das políticas públicas municipais,
visando à integração das políticas e das atividades dos órgãos
e das entidades da administração pública, bem como
coordenar, planejar e executar as atividades de
desenvolvimento de recursos humanos da Administração
Direta do Executivo.

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APOSTILAS OPÇÃO

Subseção I Art. 40 – Compete à Secretaria Municipal Adjunta de


Da Secretaria Municipal Adjunta de Planejamento e Gestão Previdenciária:
Gestão I – gerir o Regime Próprio de Previdência Social do
Município;
Art. 35 – A Secretaria Municipal Adjunta de Planejamento II – administrar a gestão dos recursos do Fundo
e Gestão tem por finalidade planejar, coordenar, monitorar e Previdenciário, visando melhor rentabilidade e segurança nas
avaliar, em colaboração com os órgãos e entidades da aplicações;
Administração Direta e Indireta do Poder Executivo, planos, III – relacionar-se com órgãos externos fiscalizadores e
programas e projetos relativos às políticas públicas nas áreas normatizadores dos Regimes Próprios de Previdência Social;
econômica e social. IV – zelar pela fiel aplicação da legislação previdenciária,
relativamente aos benefícios vinculados ao Fundo
Art. 36 – Compete à Secretaria Municipal Adjunta de Previdenciário, orientando, quando necessário, os órgãos e
Planejamento e Gestão: entidades da Administração Municipal;
I – coordenar o planejamento das políticas públicas V – coordenar a elaboração da avaliação atuarial do
municipais; Regime Próprio de Previdência Social, adotando e propondo as
II – executar, em articulação com as demais Secretarias, medidas destinadas a garantir o seu equilíbrio financeiro e
órgãos e entidades da Administração Pública, a elaboração do atuarial;
plano plurianual e de projetos especiais de desenvolvimento, VI – elaborar e submeter, periodicamente, à apreciação e
e acompanhar a sua execução; à análise superior, relatório estatístico e gerencial das
III – revogado pela Lei nº 10.101, de 14/1/2011 (Art. 48, atividades desenvolvidas.
III, “b”)
IV – executar, em articulação com as demais Secretarias, Subseção IV
órgãos e entidades da Administração Pública, a captação e Da Secretaria Municipal Adjunta de Recursos
negociação de recursos junto a órgãos e instituições nacionais Humanos
e internacionais;
V – desenvolver outras atividades destinadas à consecução Art. 40A – Compete à Secretaria Municipal Adjunta de
de seus objetivos. Recursos Humanos:
I – definir e executar a Política de Profissionalização e
Subseção II Capacitação continuada dos servidores municipais;
Da Secretaria Municipal Adjunta de Orçamento II – gerenciar o sistema informatizado e descentralizado de
recursos humanos;
Art. 37 – A Secretaria Municipal Adjunta de Orçamento tem III – executar os programas e as atividades de
por finalidade coordenar a elaboração das Leis Orçamentárias incorporação, de manutenção e de desenvolvimento de
do Município e supervisionar a sua execução, exercer seu recursos humanos da Administração Direta e, em colaboração
gerenciamento realizando as liberações, suplementações e com as entidades respectivas, as de manutenção e
demais procedimentos orçamentários demandados pelas desenvolvimento de recursos humanos da Administração
Secretarias Municipais além de dar apoio logístico e Indireta do Poder Executivo;
administrativo à Junta de Coordenação Orçamentária e IV – executar as atividades de registro e de pagamento de
Financeira – JUCOF. pessoal e zelar pela obediência à legislação pertinente;
V – planejar, coordenar e executar as atividades de seleção,
Art. 38 – Compete à Secretaria Municipal Adjunta de contratação e acompanhamento da política de estágios;
Orçamento: VI – planejar, coordenar e executar as atividades de
I – elaborar, em articulação com a Secretaria Municipal de avaliação de desempenho, observada a legislação pertinente a
Finanças, as diretrizes orçamentárias e o orçamento anual do cada carreira;
Município; VII – expedir, publicar e controlar os atos administrativos
II – acompanhar a execução orçamentária; referentes a servidores da Administração Direta do Executivo,
III – realizar os provisionamentos orçamentários de cada respeitada a competência prevista no inciso XI do art. 17 desta
Secretaria Municipal; Lei;
IV – estabelecer as normas necessárias à elaboração e à VIII – executar as atividades de segurança e de medicina do
implantação das peças orçamentárias municipais; trabalho;
V – proceder, sem prejuízo da competência atribuída a IX – planejar, negociar e executar a política de
outros órgãos, ao acompanhamento gerencial e físico da remuneração da Administração Direta do Executivo, ouvidos
execução orçamentária; os demais órgãos competentes e, em especial, as atribuições
VI – realizar estudos e pesquisas concernentes ao definidas no inciso XII do art. 33 desta Lei;
desenvolvimento e ao aperfeiçoamento do processo X – gerenciar o Fundo Previdenciário;
orçamentário municipal. XI – desenvolver outras atividades destinadas à
VII – receber e processar as demandas apresentadas à consecução de seus objetivos.
JUCOF prestando todo o suporte administrativo necessário à
apreciação, analise e decisão da Junta. Seção XI
Da Secretaria Municipal de Políticas Sociais.
Subseção III
Da Secretaria Municipal Adjunta de Gestão Art. 41 – A Secretaria Municipal de Políticas Sociais tem
Previdenciária por finalidade articular a definição e a implementação das
políticas sociais do Município de forma integrada e
Art. 39 – A Secretaria Municipal Adjunta de Gestão intersetorial.
Previdenciária tem por finalidade planejar, coordenar e
executar a política de previdência social dos servidores Art. 42 – Compete à Secretaria Municipal de Políticas
públicos estatutários da Administração Municipal. Sociais:
I – elaborar planos, programas e projetos de
desenvolvimento social;

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APOSTILAS OPÇÃO

II – coordenar a estratégia de implementação de planos, política municipal de segurança alimentar e nutricional,


programas e projetos de desenvolvimento social; planejando e executando programas, projetos e atividades que
III – revogado pela Lei nº 10.883, de 27/11/2015 visem ao adequado funcionamento do sistema de distribuição
IV – coordenar as atividades relativas a direitos humanos e comercialização de alimentos, bem como assegurar o acesso
e cidadania; e garantir o direito da população à alimentação de boa
V - coordenar as atividades de cultura, política de qualidade, com regularidade e quantidade suficiente e de
abastecimento e assistência social; baixo custo.
VI – planejar, coordenar e executar programas e atividades § 1º - O poder público garantirá à população em situação
de apoio à pessoa portadora de necessidades especiais e à de rua o direito às refeições necessárias e adequadas,
pessoa que apresenta dependência química, visando à mediante o acesso regular e permanente ao restaurante
reintegração e readaptação funcional na sociedade; popular.
VII - gerir os fundos municipais vinculados à Secretaria, § 2º - VETADO
coordenando as suas atividades administrativas e financeiras;
Inciso VII com redação dada pela Lei nº 10.883, de Art. 47 – Compete à Secretaria Municipal Adjunta de
27/11/2015 Segurança Alimentar e Nutricional:
VIII – coordenar as ações do Município em relação à I – planejar e coordenar as ações de credenciamento,
Associação Municipal de Assistência Social – AMAS -; fiscalização e administração dos equipamentos e programas
IX – coordenar as atividades relativas às políticas de que integram o sistema municipal de abastecimento;
gênero; II – planejar e coordenar as ações sociais de Segurança
X – coordenar as atividades relativas às políticas para a Alimentar e Nutricional e de combate à fome, incluindo o
população idosa; fornecimento de informações e orientações à população, a fim
XI – coordenar outras atividades destinadas à consecução de ampliar o seu conhecimento a respeito de mercado, de
de seus objetivos. acompanhamento de preços e do valor nutricional dos
Inciso XII revogado pela Lei nº 10.101, de 14/1/2011 (Art. alimentos;
48, III, “c”) III – planejar e coordenar as ações de organização e
XIII – coordenar a gestão municipalizada dos programas da incentivo à produção de alimentos;
Política Pública de Trabalho do Ministério do Trabalho e IV – coordenar o atendimento do educando no aspecto de
Emprego. merenda escolar;
V – prestar suporte técnico e administrativo aos Conselhos
Art. 43 – Compõem a Secretaria Municipal de Políticas Municipais de Abastecimento e Segurança Alimentar e de
Sociais: Alimentação Escolar;
I – Secretaria Municipal Adjunta de Assistência Social; VI – gerenciar os Fundos Municipais de Merenda Escolar e
II – Secretaria Municipal Adjunta de Segurança Alimentar de Abastecimento Alimentar;
e Nutricional; VII – coordenar a execução de suas atividades
Inciso III revogado pela Lei nº 10.264, de 20/9/2011 (Art. administrativas e financeiras;
12, I) VIII – exercer outras atividades destinadas à consecução
IV – Secretaria Municipal Adjunta de Direitos de Cidadania. de seus objetivos.
IX – prestar suporte técnico e administrativo ao Conselho
Subseção I Municipal de Segurança Alimentar e Nutricional de Belo
Da Secretaria Municipal Adjunta de Assistência Social Horizonte.

Art. 44 – A Secretaria Municipal Adjunta de Assistência Subseção III


Social tem por finalidade planejar e coordenar a execução de Da Secretaria Municipal Adjunta de Esportes
projetos, programas e atividades visando à erradicação da Subseção III (Arts. 48 e 49) revogada pela Lei nº
pobreza, ao desenvolvimento social e à garantia dos direitos 10.264, de 20/9/2011
sociais.
Subseção IV
Art. 45 – Compete à Secretaria Municipal Adjunta de Da Secretaria Municipal Adjunta de Direitos de
Assistência Social: Cidadania
I – planejar, coordenar e executar programas e atividades
de promoção nas áreas de desenvolvimento comunitário e Art. 50 – A Secretaria Municipal Adjunta de Direitos de
assistência social básica; Cidadania tem por finalidade elaborar políticas públicas
II – prestar suporte técnico e administrativo aos Conselhos voltadas para a propagação e garantia dos direitos humanos.
Municipais dos Direitos da Criança e do Adolescente e de
Assistência Social; Art. 51 – Compete à Secretaria Municipal Adjunta de
Inciso III revogado pela Lei nº 10.836, de 29/7/2015 Direitos de Cidadania:
IV – coordenar a execução de suas atividades I – coordenar e executar políticas públicas destinadas a
administrativas e financeiras; garantir a plena cidadania da mulher;
V – exercer outras atividades destinadas à consecução de II – coordenar e executar as atividades de integração e
seus objetivos. valorização da comunidade negra;
VI – planejar, coordenar e executar programas e atividades III – revogado pela Lei nº 10.883, de 27/11/2015
de inclusão produtiva, desenvolvimento comunitário e IV – coordenar as atividades relativas a direitos humanos
assistência social básica. e cidadania;
V – revogado pela Lei nº 9.155, de 12/1/2006
Subseção II VI – coordenar as atividades relativas às pessoas
Da Secretaria Municipal Adjunta de Segurança portadoras de deficiência;
Alimentar e Nutricional VII – revogado pela Lei nº 9.155, de 12/1/2006
VIII - prestar suporte técnico e administrativo aos
Art. 46 – A Secretaria Municipal Adjunta de Segurança conselhos municipais dos Direitos da Mulher, do Idoso, da
Alimentar e Nutricional tem por finalidade coordenar a Pessoa com Deficiência e de Promoção da Igualdade Racial;

Legislação 93
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Inciso VIII com redação dada pela Lei nº 10.883, de I – planejar e coordenar, nos níveis ambulatorial e
27/11/2015 hospitalar, as atividades de atenção à saúde, médica e
IX – revogado pela Lei nº 10.883, de 27/11/2015 odontológica, de controle de zoonoses, de vigilância
X – prestar atendimento, coordenar e executar políticas epidemiológica e de fiscalização e vigilância sanitária, estas,
públicas e atividades de direitos humanos e cidadania para a inclusive, mediante delegação a outros órgãos e entidades da
população, em cada circunscrição administrativa regional, Administração Municipal, de saúde do trabalhador, de
mediante Núcleos de Cidadania; controle, avaliação e regulação da rede contratada e
XI – coordenar e executar as políticas públicas de cidadania conveniada do SUS, articulando-se com os outros níveis de
para a população idosa; gestão do SUS para as atividades integradas de atenção e
XII - gerenciar o Fundo Municipal do Idoso; Inciso IX com gestão da saúde na região metropolitana de Belo Horizonte,
redação dada pela Lei nº 10.883, de 27/11/2015 bem como propor e elaborar normas no seu nível de gestão
XIII – coordenar a execução de suas atividades sobre essas atividades;
administrativas e financeiras; II – coordenar as atividades dos distritos sanitários, em
XIV – exercer outras atividades destinadas à consecução de colaboração com as Secretarias de Administração Regional
seus objetivos. Municipal;
III – prestar suporte técnico e administrativo ao Conselho
Seção XII Municipal de Saúde;
Da Secretaria Municipal de Políticas Urbanas IV – gerir o Fundo Municipal de Saúde;
Seção XII (Arts. 52 a 62) revogada pela Lei nº 10.101, de V – coordenar a execução de suas atividades
14/1/2011 administrativas e financeiras;
VI – desenvolver outras atividades destinadas à
Seção XII consecução de seus objetivos.
Da Secretaria Municipal de Educação Parágrafo único – Integra a Secretaria Municipal de Saúde
a Secretaria Municipal Adjunta, a cujo titular compete atuar em
Art. 63 – A Secretaria Municipal de Educação tem por parceria com o Secretário Municipal de Saúde e substituí-lo em
finalidade coordenar a formulação e a execução da política suas ausências e impedimentos.
educacional do Município, visando à garantia do direito à
educação básica e ao cumprimento dos preceitos e princípios Seção XV
constitucionais. Da Secretaria de Segurança Urbana e Patrimonial

Art. 64 – Compete à Secretaria Municipal de Educação: Art. 67 – A Secretaria Municipal de Segurança Urbana e
I – oferecer educação básica em todos os seus níveis e nas Patrimonial tem por finalidade, planejar e coordenar políticas
modalidades de educação especial e educação de jovens e municipais de segurança patrimonial e em conjunto com o
adultos; Estado e a União cooperar na busca da redução do índice de
II – coordenar as atividades de organização escolar nos criminalidade no Município de Belo Horizonte.
aspectos legal, administrativo, financeiro e da estrutura física
e material; Art. 68 – Compete à Secretaria Municipal de Segurança
III – desenvolver e coordenar as atividades de Urbana e Patrimonial:
implementação da política pedagógica no Município; I – no âmbito das políticas de segurança no Município:
IV – desenvolver e coordenar o acompanhamento e a) planejar a operacionalidade das políticas de segurança
supervisão das atividades do Sistema Municipal de Ensino; com vistas à redução da criminalidade;
V – desenvolver e coordenar a implementação de políticas b) viabilizar o entrosamento do Poder Público Municipal
de formação continuada, destinadas ao aperfeiçoamento dos com os órgãos de segurança de outros níveis federativos que
profissionais da educação; atuem no Município;
VI – implementar políticas de garantia de acesso e c) auxiliar a obtenção de linhas de crédito específicas para
permanência na educação básica; programas voltados para a segurança;
VII – gerir o Fundo Municipal de Manutenção e d) coordenar as atividades da Guarda Patrimonial do
Desenvolvimento do Ensino Fundamental e Valorização do Município;
Magistério; e) fomentar a participação da comunidade na formulação
VIII – prestar suporte técnico e administrativo ao Conselho e aplicação das políticas de segurança;
Municipal de Educação; II – no âmbito das políticas de segurança social;
IX – coordenar a execução de suas atividades a) financiar estudos e desenvolver projetos voltados à
administrativas e financeiras; segurança, em parceria com a comunidade, órgãos públicos e
X – desenvolver outras atividades destinadas à consecução entidades da sociedade civil;
de seus objetivos. b) planejar a operacionalidade das políticas públicas de
Parágrafo único – Integra a Secretaria Municipal de segurança social, em conjunto com órgãos municipais, visando
Educação a Secretaria Municipal Adjunta de Educação, a cujo à diminuição da criminalidade;
titular compete atuar em parceria com o Secretário Municipal c) formular e aplicar, diretamente ou em colaboração com
de Educação e substituí-lo em suas ausências e impedimentos. órgãos municipais, métodos preventivos para reduzir a
violência e a sensação de insegurança;
Seção XIV III – prestar apoio técnico e administrativo às unidades de
Da Secretaria Municipal de Saúde alistamento militar, em colaboração com os demais entes
federados;
Art. 65 – A Secretaria Municipal de Saúde tem por IV – gerenciar o Fundo Municipal de Calamidade Pública.
finalidade coordenar e executar programas, projetos e Parágrafo único – Integram a Secretaria Municipal de
atividades visando promover o atendimento integral à saúde Segurança Urbana e Patrimonial:
da população do Município, como gestora municipal do I – a Guarda Municipal de Belo Horizonte;
Sistema Único de Saúde – SUS. II – a Corregedoria da Guarda Municipal de Belo Horizonte;
III – a Coordenadoria Municipal de Defesa Civil.
Art. 66 – Compete à Secretaria Municipal de Saúde:

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Subseção I população, à gestão democrática dos recursos públicos e à


Guarda Municipal de Belo Horizonte garantia do controle social.

Art. 69 – A Guarda Municipal de Belo Horizonte tem por Art. 73 – Compete às Secretarias de Administração
finalidade garantir a segurança aos órgãos, serviços e Regional Municipal, no âmbito da respectiva circunscrição:
patrimônio do Poder Público Municipal. I – coordenar a implementação dos planos e programas
relativos à saúde, educação, abastecimento alimentar, serviços
Art. 70 – Compete à Guarda Municipal de Belo Horizonte: sociais, cultura, esportes, controle urbano e ambiental,
I – proteger os bens, serviços e instalações do patrimônio limpeza urbana, manutenção e obras definidos pelas
público do Município; Secretarias Municipais, adequando-os às necessidades da
II – prestar serviços de vigilância e de portaria das respectiva circunscrição, ouvida a Secretaria Municipal
administrações direta e indireta; competente;
III – auxiliar nas ações de defesa civil, sempre que em risco II – coordenar a execução das atividades de manutenção
bens, serviços e instalações municipais e, em situações urbana;
excepcionais, a critério do Prefeito; III – implantar, em colaboração com a Secretaria Municipal
IV – auxiliar permanentemente o exercício da fiscalização de Administração e Recursos Humanos, o sistema de
municipal, sempre que em risco bens, serviços e instalações gerenciamento do patrimônio da Administração Direta do
municipais e, temporariamente, diante de situações Poder Executivo, coordenando sua execução;
excepcionais, a critério do Prefeito; IV – licenciar as atividades de obras e posturas urbanas, em
V – atuar na fiscalização, controle e orientação de trânsito conjunto com a Secretaria Municipal Adjunta de Regulação
diante de situações excepcionais, a critério do Prefeito. Urbana, na forma e no limite do regulamento desta Lei;
Parágrafo único – A proteção dos bens serviços e V – coordenar o desenvolvimento de projetos e atividades
instalações do Município, prevista neste artigo, inclui a abrangidos na competência dos órgãos relativos à saúde,
atividade de orientação e proteção dos agentes públicos e dos educação, abastecimento alimentar, serviços sociais, cultura,
usuários dos serviços públicos. esportes, controle urbano e ambiental, limpeza urbana,
manutenção e obras definidos pelas respectivas Secretarias
Subseção II Municipais;
Da Corregedoria da Guarda Municipal de Belo VI – prestar suporte administrativo ao Conselho Tutelar da
Horizonte circunscrição;
VII – prestar suporte administrativo ao Núcleo de
Art. 71 – Compete à Corregedoria da Guarda Municipal de Cidadania da circunscrição;
Belo Horizonte: VIII – coordenar a execução de suas atividades
I – coordenar e executar as atividades relativas à disciplina administrativas e financeiras;
dos membros da Guarda Municipal de Belo Horizonte; IX – coordenar a execução das atividades de fiscalização
II – assessorar o Prefeito em matéria de que trata o inciso I urbana definidas pelas secretarias municipais competentes;
deste artigo; X – coordenar outras atividades destinadas à consecução
III – desenvolver outras atividades destinadas à de seus objetivos.
consecução de seus objetivos. Parágrafo único – Integra a Secretaria de Administração
Regional Municipal a Secretaria Adjunta de Administração
Subseção III Regional Municipal, a cujo titular compete atuar em parceria
Da Coordenadoria Municipal de Defesa Civil com o Secretário de Administração Regional Municipal e
substituí-lo em suas ausências ou impedimentos.
Art. 71-A – A Coordenadoria Municipal de Defesa Civil tem
por finalidade articular a definição e a implementação das Subseção I
políticas de Defesa Civil do Município de forma integrada e Dos Conselhos Consultivos Regionais de Participação
intersetorial. Popular

Art. 71-B – Compete à Coordenadoria Municipal de Defesa Art. 74 – Ficam criados, no âmbito da Administração Direta
Civil: do Poder Executivo, 9 (nove) conselhos consultivos regionais
I – coordenar as atividades de defesa civil no Município, de Participação Popular, como instrumento participativo da
articulando-se, em caráter cooperativo, com outros órgãos e população nas ações governamentais regionalizadas.
entidades públicas ou privadas; Parágrafo único – Funcionará um Conselho Consultivo
II – implementar planos, programas e projetos de defesa Regional de Participação Popular na circunscrição de cada
civil; Secretaria de Administração Regional Municipal.
III – elaborar plano de ação anual, visando ao atendimento
das ações em tempo de normalidade e também das ações Art. 75 – Compete aos conselhos consultivos regionais de
emergenciais; Participação Popular, no âmbito da respectiva circunscrição:
IV – coordenar a implantação de programas de I – acompanhar e fiscalizar as ações regionais do Poder
treinamento para voluntariado; Público;
V – desenvolver outras atividades destinadas à consecução II – participar da elaboração das políticas de ação do Poder
de seus objetivos. Público para a respectiva circunscrição;
III – acompanhar e fiscalizar a aplicação de recursos
Seção XVI públicos para a circunscrição;
Das Secretarias de Administração Regional Municipal IV – acompanhar e manifestar-se sobre a elaboração e
execução de planos, programas e projetos;
Art. 72 – As Secretarias de Administração Regional V – acompanhar o plano de intervenção para o setor de
Municipal têm por finalidade coordenar as atividades de cultura, em especial nas ações referentes ao adolescente e ao
implementação das políticas públicas urbanas, ambientais e idoso;
sociais na respectiva circunscrição, visando à eficiência na VI – participar do plano de ação das políticas intersetoriais,
prestação de serviços, à melhoria da qualidade de vida da sociais, urbanas e de direitos humanos e cidadania;

Legislação 95
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VII – relacionar carências e reivindicações regionais nas XIII – gerenciar o Fundo Municipal de Defesa Ambiental;
áreas, entre outras, de saúde, educação, habitação, transporte, XIV – coordenar a execução de suas atividades
saneamento, meio ambiente, urbanização, cultura, esporte e administrativas e financeiras;
relativas à criança, ao adolescente e ao idoso; XV – coordenar outras atividades destinadas à consecução
VIII – coordenar a implementação das ações dos conselhos de seus objetivos.
setoriais, garantindo sua integração. Parágrafo único – Integra a Secretaria Municipal de Meio
Ambiente a Secretaria Municipal Adjunta de Meio Ambiente, a
Art. 76 – Cada Conselho será composto por representantes cujo titular compete atuar em parceria com o Secretário
do Poder Público e da população. Municipal de Meio Ambiente e substituí-lo em suas ausências
§ 1º - Cada Conselho terá sua composição definida em ou impedimentos.
decreto, observados os parágrafos seguintes.
§ 2º - O Poder Executivo e a Câmara Municipal terão, cada Seção XVIII
um, 4 (quatro) representantes em cada conselho. Da Secretaria Municipal de Desenvolvimento
§ 3º - Os representantes da Câmara Municipal serão,
preferencialmente, os vereadores mais votados na Art. 80-C – A Secretaria Municipal de Desenvolvimento tem
circunscrição. por finalidade articular a definição e a implementação da
política de desenvolvimento econômico do Município, de
Art. 77 – O regulamento de cada Conselho deverá ser forma integrada e intersetorial, visando ao fomento industrial,
aprovado pelo plenário respectivo. comercial e de prestação de serviços, à promoção de
programas estratégicos de planejamento urbano e à execução
Art. 78 – Cada Conselho será presidido pelo Administrador de atividades destinadas ao desenvolvimento econômico
Municipal Regional da respectiva circunscrição. sustentável do Município, harmonizado com a inclusão social
de todos os cidadãos.
Art. 79 – Cada Conselho terá uma Secretaria Executiva,
competente para dar suporte a seus trabalhos e decisões. Art. 80-D – Compete à Secretaria Municipal de
Desenvolvimento:
Art. 80 – A participação como Conselheiro será de I – coordenar a elaboração e a execução de políticas e
relevante interesse público, vedada a remuneração. projetos destinados ao fomento econômico no Município,
assim compreendidas as ações destinadas ao incremento e ao
Seção XVII aperfeiçoamento da qualidade dos setores produtivos do
Da Secretaria Municipal de Meio Ambiente Município, por meio da execução de atividades de atração,
incentivo à criação, à preservação e à ampliação de
Art. 80-A – A Secretaria Municipal de Meio Ambiente tem empreendimentos, incluindo as que decorram de sua inserção
por finalidade coordenar a elaboração e implementação da em planos metropolitanos, regionais, estaduais, nacionais e
política ambiental do Município, visando a promover proteção, internacionais;
conservação e melhoria da qualidade de vida da população. II – coordenar e promover a colaboração entre os órgãos e
as entidades da Administração Municipal e a iniciativa privada,
Art. 80-B – Compete à Secretaria Municipal de Meio visando à realização de atividades de interesse público mútuo,
Ambiente: especialmente por meio de estímulos de parcerias público-
I – elaborar e implementar os planos, programas, privadas;
pesquisas, projetos e atividades para a promoção da política III – coordenar as atividades de planejamento urbano e de
ambiental; implementação do Plano Diretor do Município, em
II – coordenar, executar e avaliar a implementação de colaboração com os demais órgãos e entidades da
planos, programas e projetos de desenvolvimento ambiental; Administração Municipal;
III – coordenar a elaboração da política de recursos IV – normatizar e avaliar a realização de ações de
hídricos no Município; intervenção urbana;
IV – coordenar a elaboração das políticas de proteção e V – coordenar a estratégia, monitorar e avaliar a
preservação da biodiversidade no Município; implementação dos planos, programas e projetos de
V – coordenar a elaboração de proposta de legislação desenvolvimento urbano;
ambiental municipal; VI – coordenar a elaboração dos planos regionais e dos
VI – coordenar e executar as atividades de controle projetos de requalificação urbana, em colaboração com as
ambiental, gerenciando o licenciamento ambiental e a Secretarias de Administração Regional Municipal;
avaliação dos empreendimentos de impacto e das respectivas VII – coordenar a elaboração de proposta de legislação
medidas mitigadoras ou compensatórias, com colaboração dos urbanística municipal;
demais órgãos municipais; VIII – coordenar as atividades de relações internacionais
VII – coordenar, executar, normatizar e avaliar a do Município em conjunto com os demais órgãos e entidades
fiscalização de controle ambiental no Município, em da Administração Municipal;
colaboração com outros órgãos e entidades da Administração IX - prestar suporte técnico e administrativo ao Conselho
Municipal; Municipal de Política Urbana - Compur, ao Conselho Municipal
VIII – executar e monitorar a política de educação de Turismo - Comtur, ao Conselho Municipal de
ambiental do Município; Desenvolvimento Econômico - Codecom - e ao Conselho
IX – executar e monitorar estudos e projetos de Municipal de Proteção e Defesa do Consumidor -
desenvolvimento ambiental; Comdecon/BH; Inciso IX com redação dada pela Lei nº 10.883,
X – normatizar, monitorar e avaliar a qualidade ambiental de 27/11/2015
do Município; X – promover a colaboração entre os órgãos e as entidades
XI – normatizar e monitorar a política de áreas verdes e de da Administração Municipal e a iniciativa privada visando à
arborização do Município e desenvolver estudos e projetos articulação e ao fomento das atividades turísticas do
sobre a matéria; Município;
XII – prestar suporte técnico e administrativo ao Conselho XI – gerenciar o Fundo Municipal de Desenvolvimento
Municipal de Meio Ambiente – COMAM; Econômico;

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APOSTILAS OPÇÃO

XII – planejar e coordenar as políticas de ciência e IX – prospectar, identificar e criar oportunidades locais,
tecnologia destinadas a apoiar o desenvolvimento do setor no nacionais e internacionais de negócios, promovendo a atração
Município; de investimentos para o Município;
XIII – coordenar a execução de suas atividades X – produzir, gerir e difundir dados e informações sobre o
administrativas e financeiras; Município e sua economia, com ênfase nos incentivos fiscais e
XIV - coordenar a execução das atividades de proteção e creditícios;
defesa do consumidor e gerir o fundo municipal XI – promover convênios e parcerias necessários à
correspondente; Inciso XIV com redação dada pela Lei nº execução de políticas de desenvolvimento econômico;
10.883, de 27/11/2015 XII – planejar, desenvolver e coordenar as atividades
XV - coordenar outras atividades destinadas à consecução relacionadas a parcerias público-privadas, assessorando todos
de seus objetivos. Inciso XV acrescentado pela Lei nº 10.883, de os órgãos da Administração Municipal nestas atividades;
27/11/2015 XIII – desenvolver outras atividades destinadas à
consecução de seus objetivos.
Art. 80-E – Compõem a Secretaria Municipal de
Desenvolvimento: Subseção II
I – a Secretaria Municipal Adjunta de Desenvolvimento Da Secretaria Municipal Adjunta de Trabalho e
Econômico; Emprego
II – a Secretaria Municipal Adjunta de Trabalho e Emprego;
III – a Secretaria Municipal Adjunta de Planejamento Art. 80-H – A Secretaria Municipal Adjunta de Trabalho e
Urbano; Emprego tem por finalidade elaborar e implementar a política
IV – a Secretaria Municipal Adjunta de Relações de investimento em qualificação e requalificação profissional
Internacionais. e em geração de emprego no Município, visando ao
desenvolvimento econômico com inclusão social.
Subseção I
Da Secretaria Municipal Adjunta de Desenvolvimento Art. 80-I – Compete à Secretaria Municipal Adjunta de
Econômico Trabalho e Emprego:
I – elaborar e executar políticas de geração de trabalho no
Art. 80-F – A Secretaria Municipal Adjunta de Município e articulá-las com as demais cidades integrantes da
Desenvolvimento Econômico tem por finalidade elaborar e Região Metropolitana, em articulação com os órgãos e
implementar a política de fomento industrial, de comércio e de entidades da Administração Pública;
prestação de serviços, e outras parcerias que priorizem a II – promover a inserção socioeconômica e a qualificação
vocação da Cidade. profissional dos cidadãos, bem como a sua habilitação ao
sistema público de emprego, mediante convênios e parcerias
Art. 80-G – Compete à Secretaria Municipal Adjunta de com entidades de direito público ou privado;
Desenvolvimento Econômico: III – promover a requalificação profissional e a reinserção
I – elaborar e implementar a política de desenvolvimento do trabalhador desempregado no mercado de trabalho,
econômico do Município, mediante a adoção de medidas que mediante convênios e parcerias com entidades de direito
representem estímulos e incentivos à iniciativa privada, público ou privado;
harmonizadas com a inclusão social de todos os cidadãos; IV – promover o aprimoramento das relações do trabalho;
II – promover e gerenciar a integração dos planos e V – articular os mecanismos públicos municipais de
projetos dos diversos órgãos e entidades da Administração geração de oportunidades de trabalho e emprego, em
Direta e Indireta do Poder Executivo relacionados ao conformidade com os órgãos e entidades afins dos demais
desenvolvimento econômico do Município, de forma a entes federados;
maximizar o crescimento econômico sustentável; VI – desenvolver outras atividades destinadas à
III – promover e propor programas e políticas que consecução de seus objetivos.
estimulem a economia solidária e a concessão de crédito
popular, bem como a articulação de cooperativas de trabalho, Subseção III
crédito, serviços, produção e consumo; Da Secretaria Municipal Adjunta de Planejamento
IV – estimular o desenvolvimento de atividades artesanais Urbano
e de economia de pequena escala, abrangendo a valorização do
artesão e a promoção da industrialização e da comercialização; Art. 80-J – A Secretaria Municipal Adjunta de Planejamento
V – desenvolver ações para a melhoria do ambiente Urbano tem por finalidade elaborar e implementar a política
municipal de negócios, apoiar e assistir o empresariado por de planejamento urbano e a execução de atividades destinadas
meio de núcleos avançados de prestação de serviços ao desenvolvimento urbano sustentável do Município.
integrados e prestar apoio e orientação técnica às empresas
em nível municipal, com ênfase no microempreendedor Art. 80-K – Compete à Secretaria Municipal Adjunta de
individual, na micro, pequena e média empresa, e no jovem Planejamento Urbano:
empreendedor; I – elaborar planos, programas e projetos de
VI – consolidar e gerenciar planos de desenvolvimento desenvolvimento urbano;
econômico de médio e longo prazo, em parceria com a II – propor a normatização das ações de intervenção
iniciativa privada e com outros entes federados; urbana;
VII – estimular e apoiar a manutenção, a instalação e o III – articular estratégias destinadas à qualificação e à
desenvolvimento de empreendimentos nas atividades de requalificação urbana que resultem em promoção da
vocação da Cidade, com ênfase na pesquisa, na produção e na qualidade de vida e do ambiente, reduzindo as desigualdades
disseminação de novas tecnologias; e a exclusão social;
VIII – propiciar a integração entre os setores produtivos, IV – coordenar o planejamento da regulação pública sobre
os prestadores de serviços e o setor público, visando o solo urbano;
impulsionar o desenvolvimento local; V – orientar as atividades destinadas à universalização da
mobilidade e da acessibilidade do espaço urbano;

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APOSTILAS OPÇÃO

VI – elaborar propostas de legislação urbanística pavimentação, infraestrutura, edificação de próprios públicos,


municipal; equipamentos urbanos e de moradia;
VII – monitorar a implementação do Plano Diretor do VII – planejar, implementar, executar e avaliar o processo
Município; de contratação de obras e serviços referentes aos planos,
VIII – desenvolver outras atividades destinadas à programas e projetos de obras de manutenção, edificação,
consecução de seus objetivos. saneamento básico relativo ao sistema de drenagem,
pavimentação, infraestrutura e moradia, em colaboração com
Subseção IV outros órgãos e entidades da Administração Municipal;
Da Secretaria Municipal Adjunta de Relações VIII – licitar e contratar serviços e obras de engenharia
Internacionais para a construção, a recuperação e a manutenção de próprios
públicos, dos equipamentos urbanos, de saneamento básico
Art. 80-L – A Secretaria Municipal Adjunta de Relações relativo ao sistema de drenagem, de pavimentação do
Internacionais tem por finalidade estabelecer e manter Município, de conjuntos habitacionais e de intervenções em
relações e parcerias internacionais e planejar e coordenar as Zonas de Especial Interesse Social – ZEIS -, de forma integrada
políticas e ações para negociação e captação de recursos e intersetorial, inclusive sob a forma de concessão ou
financeiros junto a organismos multilaterais e agências permissão, sendo que tais competências poderão ser
governamentais estrangeiras. delegadas às entidades da Administração Indireta do Poder
Executivo, no todo ou em parte, por meio de ato específico do
Art. 80-M – Compete à Secretaria Municipal Adjunta de titular da pasta;
Relações Internacionais: IX – delegar às entidades da Administração Indireta do
I – estabelecer e manter relações e parcerias com Poder Executivo o gerenciamento dos contratos de sua
organismos internacionais multilaterais, cidades-irmãs do competência;
Município de Belo Horizonte, entidades voltadas à organização X – monitorar o andamento das obras públicas contratadas
de cidades, organizações não-governamentais internacionais, a terceiros;
representantes diplomáticos de governos, representantes de XI – gerenciar o Fundo Municipal de Habitação Popular e o
trabalhadores e empresários internacionais, empresas Fundo Municipal de Saneamento;
internacionais estabelecidas ou não no Município, e outras XII – coordenar a política de moradia no Município;
entidades afins; XIII – coordenar o desenvolvimento de projetos e a
II – formular diretrizes, planejar e coordenar, em execução de obras de conjuntos habitacionais, edificações e
articulação com os demais órgãos e entidades da parcelamentos de interesse social e as atividades de produção
Administração Pública, as políticas e ações voltadas para a de moradia;
negociação e a captação de recursos junto a órgãos e XIV – normatizar, monitorar e avaliar as ações de
instituições internacionais; intervenção em conjuntos habitacionais de interesse social no
III – fornecer suporte técnico aos órgãos da Administração Município;
Direta e Indireta do Poder Executivo em contatos XV – manter atualizado, em conjunto com a URBEL, o banco
internacionais, bem como no desenvolvimento e na elaboração de dados unificado das famílias beneficiadas pelos programas
de convênios e projetos de cooperação internacional; do Município;
IV – desenvolver outras atividades destinadas à XVI – implementar ações visando à organização e à
consecução de seus objetivos. convivência dos grupos de famílias beneficiárias dos
programas habitacionais, especialmente no que diz respeito à
Seção XIX gestão de áreas de uso coletivo;
Da Secretaria Municipal de Obras e Infraestrutura XVII – prestar suporte técnico e administrativo ao
Conselho Municipal de Habitação e ao Conselho Municipal de
Art. 80-N – A Secretaria Municipal de Obras e Saneamento – COMUSA;
Infraestrutura tem por finalidade articular a definição e a XVIII – coordenar e avaliar a preparação de documentação
implementação da política de obras públicas a cargo do técnica de planos, programas e projetos para captação de
Município, inclusive sua política de moradia. recursos junto a órgãos e instituições nacionais e
internacionais, em colaboração com outros órgãos e entidades
Art. 80-O – Compete à Secretaria Municipal de Obras e da Administração Municipal, e monitorar a sua execução;
Infraestrutura: XIX – planejar e coordenar a relação institucional com os
I – coordenar o desenvolvimento de projetos e a execução entes federados para a execução de obras públicas;
de obras públicas a cargo do Município, por administração XX – planejar e definir as diretrizes da política de serviços
direta ou por meio de terceiros, competindo-lhe, ainda, a prestados em regime de concessão de sua competência;
elaboração e a execução do orçamento referente a planos, XXI – coordenar a execução de suas atividades
programas e projetos de obras de edificação, pavimentação, administrativas e financeiras;
infraestrutura, moradia e saneamento básico relativo ao XXII – desenvolver outras atividades destinadas à
sistema de drenagem; consecução de seus objetivos.
II – coordenar a elaboração das políticas de estruturação
urbana, de habitação e de saneamento básico relativo ao Art. 80-P – Compõe a Secretaria Municipal de Obras e
sistema de drenagem no Município; Infraestrutura a Secretaria Municipal Adjunta de
III – normatizar, monitorar e avaliar a realização de obras Planejamento e Controle.
públicas;
IV – coordenar a fixação de metas e diretrizes que Subseção I
viabilizem a implementação de obras relativas aos sistemas Da Secretaria Municipal Adjunta de Planejamento e
viário e rodoviário municipal; Controle
V – planejar, acompanhar e fiscalizar a execução de
trabalhos topográficos e geotécnicos das obras municipais; Art. 80-Q – A Secretaria Municipal Adjunta de
VI – coordenar a estratégia, monitorar e avaliar a Planejamento e Controle tem por finalidade coordenar a
implementação dos planos, programas e projetos de obras de elaboração e a implementação da política de manutenção dos
saneamento básico relativo ao sistema de drenagem, próprios públicos, dos equipamentos e dos logradouros

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APOSTILAS OPÇÃO

públicos do Município, bem como elaborar, monitorar e Subseção I


implementar as políticas de planejamento e controle de Da Secretaria Municipal Adjunta de Regulação Urbana
serviços e obras a cargo da Secretaria Municipal de Obras e
Infraestrutura. Art. 80-V – A Secretaria Municipal Adjunta de Regulação
Urbana tem por finalidade planejar e coordenar a elaboração
Art. 80-R – Compete à Secretaria Municipal Adjunta de e a implementação da política de regulação e controle urbano
Planejamento e Controle: no Município, visando ao pleno cumprimento da função social
I – coordenar e normatizar os serviços e obras de da propriedade e ao bem-estar da população.
manutenção dos próprios públicos, dos equipamentos e dos
logradouros públicos do Município; Art. 80-W – Compete à Secretaria Municipal Adjunta de
II – integrar a implementação de planos, programas e Regulação Urbana:
projetos de manutenção, de infraestrutura, de pavimentação, I – planejar, coordenar e gerenciar a política de controle
de edificação, de saneamento básico relativo ao sistema de urbano no Município, visando à unificação dos procedimentos
drenagem e de moradia; de atendimento aos munícipes;
III – planejar, coordenar, controlar, apurar, sistematizar e II – manter banco de dados atualizado sobre as redes
divulgar os dados relativos à elaboração de empreendimentos; existentes no subsolo;
IV – interagir com os demais órgãos executores de obras III – coordenar as ações de concessionárias de serviço
públicas, objetivando compatibilizar os empreendimentos; público, visando a articulá-las com o Município e monitorando
V – monitorar o processo de adequação ambiental dos a utilização do subsolo;
empreendimentos da Secretaria Municipal de Obras e IV – licenciar as atividades de obras e posturas urbanas, em
Infraestrutura e dos órgãos e entidades a ela vinculados; conjunto com as Secretarias de Administração Regional
VI – promover a integração das informações e programar Municipal, na forma e no limite do regulamento desta Lei;
e elaborar o planejamento dos empreendimentos da V – coordenar o licenciamento de atividades em espaços
Secretaria Municipal de Obras e Infraestrutura e dos órgãos e públicos, no solo, no subsolo e nos espaços aéreos;
entidades a ela vinculados; VI – coordenar a expedição de atos de autorização,
VII – desenvolver outras atividades destinadas à permissão ou concessão de uso e parcelamento do solo;
consecução de seus objetivos. VII – desenvolver outras atividades destinadas à
consecução de seus objetivos.
Seção XX
Da Secretaria Municipal de Serviços Urbanos Subseção II
Da Secretaria Municipal Adjunta de Fiscalização
Art. 80-S – A Secretaria Municipal de Serviços Urbanos tem
por finalidade articular a definição e a implementação das Art. 80-X – A Secretaria Municipal Adjunta de Fiscalização
políticas públicas concernentes à prestação de serviços tem por finalidade coordenar a elaboração e a implementação
públicos e ao controle e regularização urbanos. da política de fiscalização nas áreas de controle ambiental, de
limpeza urbana, de obras, posturas e vias urbanas no
Art. 80-T – Compete à Secretaria Municipal de Serviços Município, inclusive mediante delegação para outros órgãos e
Urbanos: entidades da Administração Municipal.
I – coordenar a elaboração das políticas e a execução de
serviços de controle e regularização urbana, de transporte e Art. 80-Y – Compete à Secretaria Municipal Adjunta de
trânsito, de saneamento básico e de limpeza urbana do Fiscalização:
Município; I – planejar, coordenar, normatizar, monitorar e avaliar a
II – monitorar e fiscalizar a realização de ações de fiscalização das áreas de controle ambiental, de limpeza
intervenção urbana; urbana, de obras, posturas e vias urbanas no Município,
III – licitar e contratar serviços de saneamento básico e inclusive o exercício do respectivo poder de polícia, podendo
limpeza urbana, como varrição, capina, coleta de lixo e delegar a execução da fiscalização a outros órgãos e entidades
disposição final de resíduos sólidos, inclusive sob a forma de da Administração Municipal;
concessão ou permissão, aqui autorizadas mediante licitação; II – normatizar a aplicação das sanções legais pelos agentes
IV – delegar às entidades da Administração Indireta do da fiscalização nos casos de infração;
Poder Executivo o gerenciamento dos contratos de sua III – executar as atividades de fiscalização de vigilância
competência; sanitária, mediante delegação da Secretaria Municipal de
V – gerenciar o Fundo de Transportes Urbanos; Saúde;
VI – coordenar a fiscalização de controle ambiental, de IV – desenvolver outras atividades destinadas à
limpeza urbana, de obras, de posturas e de vias urbanas no consecução de seus objetivos.
Município, em colaboração com outros órgãos e entidades da
Administração Municipal, e coordenar as atividades de Seção XXI
fiscalização de vigilância sanitária, mediante delegação da Da Secretaria Municipal de Assuntos Institucionais
Secretaria Municipal de Saúde;
VII – revogado pela Lei nº 10.264, de 20/9/2011 Art. 80-Z – A Secretaria Municipal de Assuntos
VIII – planejar e definir as diretrizes da política de serviços Institucionais tem por finalidade planejar e coordenar as ações
prestados em regime de concessão de sua competência; e os assuntos de natureza parlamentar e de relacionamentos e
IX – coordenar a execução de suas atividades interlocuções políticas com outras instâncias legislativas, com
administrativas e financeiras; os demais entes federados e com os organismos da sociedade
X – coordenar outras atividades destinadas à consecução civil.
de seus objetivos.
Art. 80-AA – Compete à Secretaria Municipal de Assuntos
Art. 80-U – Compõem a Secretaria Municipal de Serviços Institucionais:
Urbanos: I – assistir direta e imediatamente o Prefeito na condução
I – a Secretaria Municipal Adjunta de Regulação Urbana; do relacionamento do Poder Executivo com o Poder
II – a Secretaria Municipal Adjunta de Fiscalização. Legislativo Municipal e as instituições políticas;

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II – responsabilizar-se pela relação e pela gestão da relação IV - coordenar as atividades de planejamento, implantação
política e administrativa com o Poder Legislativo Municipal, e controle de equipamentos esportivos no Município;
bem como com outras instâncias legislativas e entes V - executar as atividades necessárias à implantação,
federados; conservação e manutenção de áreas para a prática esportiva;
III – assessorar, em conjunto com a Secretaria Municipal de VI - realizar estudos e pesquisas com vistas ao
Governo, o Governo Municipal em sua representação política; desenvolvimento do esporte como fator de reintegração social,
IV – realizar, quando solicitado pelo Prefeito, estudos de destinados, em especial, a crianças e jovens em situação de
natureza político-institucionais; exclusão e risco social, à terceira idade e a pessoas com
V – articular as respostas às demandas da sociedade civil deficiência;
que lhe forem encaminhadas pelo Prefeito; VII - promover ações que visem à preservação e à
VI – coordenar a execução de suas atividades recuperação da memória esportiva no Município;
administrativas e financeiras; VIII - executar outras atividades destinadas à consecução
VII – desenvolver outras atividades destinadas à de seus objetivos.
consecução de seus objetivos.
Subseção II
Seção XXII Da Secretaria Municipal Adjunta de Lazer
Da Secretaria Municipal de Esporte e Lazer
Art. 80-AG - A Secretaria Municipal Adjunta de Lazer tem
Art. 80-AB - A Secretaria Municipal de Esporte e Lazer tem por finalidade coordenar a execução de programas, projetos e
por finalidade planejar, dirigir, executar, controlar e avaliar as atividades relacionadas ao lazer para a população do
atividades setoriais a cargo do Município que visem ao Município.
desenvolvimento social, por meio de ações relacionadas ao
esporte e ao lazer. Art. 80-AH - Compete à Secretaria Municipal Adjunta de
Lazer:
Art. 80-AC - Compete à Secretaria Municipal de Esporte e I - definir diretrizes e desenvolver programas e atividades
Lazer: de lazer, atividade física e qualidade de vida para a população,
I - coordenar as atividades de práticas de esportes, contribuindo para a produção de indicadores sociais
atividades físicas e de lazer para a população; favoráveis em espaços urbanos;
II - planejar as atividades de implantação e controle de II - planejar e acompanhar o desenvolvimento de
equipamentos esportivos no Município; programas e projetos multiculturais de lazer, observando os
III - definir diretrizes e coordenar a celebração de interesses e demandas da população e a cultura local, com
convênios e parcerias com associações e entidades públicas e vistas à democratização do acesso ao lazer;
privadas para a implantação de programas e para a realização III - organizar e gerir programas e eventos de lazer que
de atividades esportivas e de lazer; incentivem a cultura da atividade física e a busca pela
IV - articular-se com o Governo Federal, o Governo do qualidade de vida, considerando a diversidade cultural e a
Estado, o terceiro setor e o setor privado, com a finalidade de pluralidade de interesses dos grupos sociais das comunidades;
promover a intersetorialidade das ações voltadas para o IV - gerir, executar e avaliar convênios e parcerias
incremento das atividades físicas, da prática esportiva e do estabelecidas com associações e entidades públicas e privadas
lazer; para a implantação de programas e para a realização de
V - coordenar a execução de suas atividades atividades de lazer;
administrativas e financeiras; V - documentar as ações realizadas, zelando pelo registro e
VI - executar outras atividades destinadas à consecução de preservação da memória no que concerne à realização dos
seus objetivos. programas e eventos de sua responsabilidade;
VI - realizar o levantamento de informação sobre grupos,
Art. 80-AD - Compõem a Secretaria Municipal de Esporte e agrupamentos e iniciativas de lazer existentes nas
Lazer: comunidades;
I - a Secretaria Municipal Adjunta de Esporte; VII - articular-se com outras secretarias e órgãos, com o
II - a Secretaria Municipal Adjunta de Lazer. objetivo de promover a intersetorialidade das ações
propostas;
Subseção I VIII - coordenar a execução de suas atividades
Da Secretaria Municipal Adjunta de Esporte administrativas e financeiras;
IX - exercer outras atividades destinadas à consecução de
Art. 80-AE - A Secretaria Municipal Adjunta de Esporte tem seus objetivos.” (NR)
por finalidade coordenar a execução de programas, projetos e
atividades relacionadas ao esporte para a população do CAPÍTULO III
Município. DISPOSIÇÕES FINAIS E TRANSITÓRIAS

Art. 80-AF - Compete à Secretaria Municipal Adjunta de Art. 81 – As Secretarias Municipais e os órgãos
Esporte: equivalentes:
I - definir diretrizes e desenvolver políticas públicas para o I – definirão as diretrizes, políticas e programas relativos à
desenvolvimento do esporte em todas as suas dimensões: sua área de atuação;
educacional, participação e rendimento, contribuindo para o II – estabelecerão as diretrizes técnicas para a execução
acesso da população à pratica esportiva; das atividades, conforme sua área de atuação.
II - propor e executar programas, projetos, eventos e ações Parágrafo único – As Secretarias Municipais e os órgãos
esportivas, considerando os interesses, a cultura local e a equivalentes, para atingirem suas finalidades, articular-se-ão,
diversidade cultural das comunidades; quando necessário, com órgãos e entidades federais, estaduais
III - gerir, executar e avaliar convênios e parcerias e de outros Municípios cujas competências digam respeito à
estabelecidas com associações e entidades públicas e privadas mesma área de atuação.
para a implantação de programas e para a realização de
atividades do esporte;

Legislação 100
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Art. 82 - São ordenadores de despesas os secretários V – Secretário Municipal Adjunto: dirigir e responsabilizar-
municipais, o procurador-geral do Município, o controlador- se pelas atividades do órgão a que se vincule, atinentes à sua
geral do Município, o chefe da Assessoria de Comunicação área de atuação, conforme delegação do Secretário Municipal;
Social e os secretários de Administração Regional Municipal. VI – Chefe da Assessoria de Comunicação Social Adjunto,
Art. 82 com redação dada pela Lei nº 10.855, de Procurador-Geral Adjunto e Secretário Municipal Adjunto:
16/10/2015 assistir o titular do órgão a que se vincule e substituí-lo nas
Parágrafo único - A ordenação de despesas prevista no ausências e impedimentos;
caput deste artigo poderá ser delegada nos termos fixados em VII – Controlador-Geral do Município: dirigir e
Decreto. Parágrafo único acrescentado pela Lei nº 10.878, responsabilizar-se pelas atividades do órgão a que se vincule;
de 25/11/2015 VIII – Consultor Técnico Especializado: realizar serviços
técnicos profissionais especializados da sua área de formação,
Art. 83 – Decreto disporá sobre a substituição de neles incluídos os necessários à implementação e controle de
Secretário Municipal e de cargo equivalente, em suas programas, projetos e atividades estruturantes e de alta
ausências e impedimentos, além dos casos previstos nesta Lei. relevância para o planejamento e execução das políticas
municipais urbanas e sociais;
Art. 84 – As entidades integrantes da Administração IX – Gerente: gerenciar e responsabilizar-se pelos projetos
Indireta vinculam-se: e atividades inerentes aos órgãos a que se vincule;
I – ao Gabinete do Prefeito, a Fundação Municipal de X – Coordenador: coordenar os projetos e atividades do
Cultura – FMC; órgão a que se vincule;
II – à Secretaria Municipal de Planejamento, Orçamento e XI – Assessor: prestar assessoramento ao titular do órgão
Informação, a Empresa de Informática e Informação do a que se vincule;
Município de Belo Horizonte S.A. – PRODABEL; XII – Assessor de Segurança: prestar segurança pessoal ao
III – à Secretaria Municipal de Desenvolvimento, a Governo Municipal e desempenhar outras funções junto à
Empresa Municipal de Turismo de Belo Horizonte – BELOTUR; Assessoria Policial-Militar.
IV – à Secretaria Municipal de Obras e Infraestrutura: XIII - Auditor-Geral do Município, Contador-Geral do
a) a Companhia Urbanizadora e de Habitação de Belo Município, Corregedor-Geral do Município, Ouvidor do
Horizonte – URBEL; Município e Secretário Especial de Prevenção da Corrupção e
b) a Superintendência de Desenvolvimento da Capital – Informações Estratégicas: dirigir e responsabilizar-se pelas
SUDECAP; atividades dos órgãos a que se vinculem.
V – à Secretaria Municipal de Serviços Urbanos: XIV – Chefe de Cerimonial e Mobilização: dirigir e
a) a Empresa de Transportes e Trânsito de Belo Horizonte responsabilizar-se pelo planejamento e execução das
S.A. – BHTRANS; atividades de comunicação dirigida, divulgação, mobilização e
b) a Superintendência de Limpeza Urbana – SLU; cerimonial.
VI – à Secretaria Municipal de Saúde, o Hospital
Metropolitano Odilon Behrens – HOB; Denominação alterada Art. 86 – Os cargos em comissão relativos aos órgãos da
pelo Decreto nº 16.336, de 30/5/2016 Administração Direta do Poder Executivo serão providos pelo
VII – à Secretaria Municipal de Meio Ambiente: Prefeito, observado o seguinte:
a) a Fundação Zoo-Botânica de Belo Horizonte – FZB; I – os gabinetes do Prefeito e do Vice-Prefeito serão
b) a Fundação de Parques Municipais – FPM. dirigidos por Chefe de Gabinete;
II – a Assessoria de Comunicação Social do Município será
Art. 85 – O provimento dos cargos em comissão do Quadro dirigida pelo Chefe da Assessoria de Comunicação Social do
da Administração Direta do Poder Executivo dar-se-á sob as Município;
seguintes regras: III – a Controladoria-Geral do Município será dirigida pelo
I – no caso de cargos de 1º e 2º graus hierárquicos e dos Controlador-Geral do Município;
cargos de Consultor Técnico Especializado, de Assessor, de IV – a Procuradoria-Geral do Município será dirigida pelo
Assistente, de Coordenador e Chefe de Gabinete, por Procurador-Geral;
recrutamento amplo; V – as Secretarias Municipais serão dirigidas pelo
II – no caso de cargo de Depositário, Diretor e Vice-Diretor Secretário Municipal;
de Estabelecimento de Ensino, por recrutamento limitado; VI – as Secretarias de Administração Regional Municipal
III – nos demais casos, por recrutamento limitado e amplo, serão dirigidas por Secretários de Administração Regional
na proporção de 65% (sessenta e cinco por cento) e 35% Municipal;
(trinta e cinco por cento), respectivamente, podendo este VII – a Corregedoria-Geral do Município será dirigida pelo
último percentual atingir 50% (cinqüenta por cento), com Corregedor-Geral do Município;
redução proporcional do primeiro, desde que o acréscimo seja VIII – as gerências serão dirigidas por Gerente;
destinado, exclusivamente, a servidor da Administração IX – as coordenadorias serão dirigidas por Coordenador.
Indireta. X – a Auditoria-Geral do Município será dirigida pelo
Auditor-Geral do Município;
§ 1º - São atribuições dos cargos constantes do Anexo I: XI – a Contadoria-Geral do Município será dirigida pelo
I – Secretário Municipal: dirigir e responsabilizar-se pelas Contador-Geral do Município;
atividades do órgão a que vincule; XII – a Ouvidoria do Município será dirigida pelo Ouvidor
II – Chefe de Gabinete: exercer as atividades de chefia do do Município;
gabinete do respectivo titular; XIII – a Assessoria de Cerimonial e Mobilização do
III – Chefe da Assessoria de Comunicação Social: dirigir e Município será dirigida pelo Chefe da Assessoria de Cerimonial
responsabilizar-se pelo planejamento e execução das de Mobilização do Município.
atividades de comunicação social; XIV - a Secretaria Especial de Prevenção da Corrupção e
IV – Procurador-Geral do Município: dirigir e Informações Estratégicas será dirigida pelo Secretário
responsabilizar-se pelas atividades jurídicas de interesse da Especial de Prevenção da Corrupção e Informações
Administração Pública; Estratégicas.

Legislação 101
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Art. 87 – As atividades da Administração Direta do Poder I – dirigir o planejamento ou execução de atividades


Executivo são as seguintes: pertinentes à área ou subárea de atuação;
I – governadoria: II – garantir adequada gestão de pessoal e de recursos,
I.1 – procuradoria; assegurando orientação técnica e administrativa;
I.2 – assessoria de comunicação; III – controlar resultados, garantindo o cumprimento dos
I.3 – articulação governamental; objetivos institucionais e as metas dos planos, programas e
I.4 – gabinete; projetos;
I.5 – articulação regional; IV – responsabilizar-se por atividades correlatas.
II – planejamento e monitoramento do Plano de Governo:
II. 1 – planejamento e coordenação geral; Art. 90 – Para o fim de atribuição específica a órgão de
II. 2 – planejamento setorial; terceiro grau hierárquico, as atividades são discriminadas por
II. 3 – desenvolvimento de informações gerenciais; subáreas de planejamento ou execução compreendidas nas
II. 4 – fomento econômico e social; áreas funcionais ou temáticas, nos termos do art. 87 desta Lei.
II. 5 – monitoramento do Plano de Governo; Parágrafo único – As atividades gerenciais, aglutinadas em
II. 6 – informatização e fluxo de informações; órgãos de gerência, serão exercidas em até 3 (três) subgraus
III – gestão financeira e administrativa: do terceiro grau hierárquico, observada a complexidade e a
III. 1 – arrecadação; abrangência da atuação.
III. 2 – tesouraria; § 1º - As atividades gerenciais, aglutinadas em órgãos de
III. 3 – pessoal; gerência, serão exercidas em até 3 (três) subgraus do terceiro
III. 4 – controle interno; grau hierárquico, observada a complexidade e a abrangência
III. 5 – coordenação de administração e recursos humanos; da atuação.
III. 6 – administração geral; § 2º - Os cargos públicos de provimento em comissão de
III. 7 – gestão geral de recursos humanos; Gerente de 1º nível serão segmentados nas classes A, B e C,
III. 8 – informatização e fluxo de informações; conforme os níveis de competências e responsabilidades, as
III. 9 – gestão administrativo-financeira e jurídico- áreas de atuação, a relevância estratégica, a quantidade e a
consultiva; qualidade do atendimento a demandas internas e externas, os
III. 10 – gestão administrativo-financeira de política projetos e programas desenvolvidos, o número de gerências
urbana e ambiental; que lhe forem subordinadas, o volume orçamentário alocado e
III. 11 – gestão administrativo-financeira de política social; o número de servidores lotados em suas respectivas unidades,
III. 12 – gestão administrativo-financeira regional; de acordo com a classificação estabelecida no regulamento
III. 13 – coordenação de programas e projetos especiais; desta Lei.
IV – política urbana e ambiental: § 3º - Os cargos públicos de provimento em comissão de
IV. 1 planejamento e desenvolvimento urbano; Assessor III serão segmentados nas classes A, B e C, conforme
IV. 2 – limpeza urbana; os níveis de competências e responsabilidades, a relevância
IV. 3 – proteção do meio ambiente; estratégica, a quantidade e a qualidade do atendimento a
IV. 4 – gestão e controle de transporte e trânsito; demandas internas e externas, bem como os projetos e
IV. 5. – habitação; programas desenvolvidos, de acordo com a classificação
IV. 6 – reestruturação de vilas e favelas; estabelecida no regulamento desta Lei e conforme os atos de
IV. 7 – obras e estruturação urbana; nomeação para o provimento dos referidos cargos.
IV. 8 – controle e regulação urbana; § 4º - A segmentação prevista no § 3º deste artigo estende-
IV. 9 – defesa civil; se aos cargos públicos de provimento em comissão de
IV. 10 – coordenação de programas e projetos especiais; Assessor Jurídico III.
IV. 11 – iluminação pública e saneamento ambiental;
V – política social: Art. 91 – A organização administrativa da Administração
V.1 – saúde; Direta do Poder Executivo é a definida por esta Lei, observados
V.2 – educação; os quantitativos do Anexo I.
V.3 – abastecimento;
V.4 – assistência social; Art. 92 – Na alocação das gerências, estas poderão ser
V.5 – cultura; agrupadas em cada grau ou subgrau e subáreas constantes no
V.6 – esportes; art. 87 desta Lei, observada a segmentação a que se refere o §
V.7 – defesa dos direitos de cidadania; 2º de seu art. 90.
V.8 – coordenação de programas e projetos especiais;
VI – gestão regional de serviços e obras públicas: Art. 93 – Decreto definirá:
VI. 1 – execução regionalizada de obras e de serviços I – a alocação dos órgãos de terceiro grau hierárquico por
urbanos; Secretaria Municipal, Secretaria Municipal Adjunta ou órgãos
VI. 2 – execução regionalizada de serviços sociais; equivalentes, bem como dos órgãos correspondentes aos 3
VI. 3 – coordenação de programas ou projetos especiais; (três) subníveis daquele terceiro grau hierárquico, todos
VII – atividades de política administrativa. criados por esta Lei;
II – a descrição pormenorizada das atribuições incluídas nas
Art. 88 – As competências relacionadas com as atividades especificações das atividades relativas às sub-áreas de
enumeradas no artigo anterior são distribuídas, segundo planejamento ou execução das áreas e os núcleos de atividades
pertinência funcional, em primeiro grau hierárquico, às de apoio.
secretarias municipais ou a órgãos equivalentes; em segundo
grau hierárquico, às secretarias municipais adjuntas ou a Art. 94 – Ficam mantidos os atuais Conselhos Municipais,
órgãos equivalentes; e em terceiro grau hierárquico, às criados anteriormente à vigência desta Lei, permanecendo
gerências ou órgãos equivalentes, sendo que as gerências de com o número de membros atuais, sendo que a composição
1º nível ou equivalentes serão segmentadas conforme o dos Conselhos será definida em decreto, respeitada a paridade
disposto nos §§ 2º e 3º do art. 90 desta Lei. existente.

Art. 89 – Compete ao órgão de gerência:

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APOSTILAS OPÇÃO

§ 1º - Da regra de permanência da vinculação prevista na Inciso XIX com redação dada pela Lei nº 10.883, de
legislação anterior a esta Lei, determinada no caput, excetuam- 27/11/2015
se os seguintes casos, com a respectiva nova vinculação: XX – Conselho de Administração de Pessoal – CONAP -,
I – Conselho Deliberativo do Patrimônio Cultural, criado criado pela Lei nº 7.169, de 30 de agosto de 1996: Secretaria
pela Lei nº 3.802, de 6 de julho de 1984, com as alterações Municipal Adjunta de Recursos Humanos;
posteriores: Administração Direta do Poder Executivo; XXI – Conselho Municipal de Defesa Social, criado pela Lei
II – Conselho Municipal do Meio Ambiente – COMAM -, nº 7.616, de 10 de dezembro de 1998: Secretaria Municipal de
criado pelo Decreto nº 4.796, de 30 de agosto de 1984, e Segurança Urbana e Patrimonial;
ratificado pela Lei nº 4.253, de 4 de dezembro de 1985, com as XXII – Conselho Consultivo do Eixo Cultural Rua da Bahia
alterações posteriores: Secretaria Municipal de Meio Viva, criado pela Lei nº 7.620, de 12 de dezembro de 1998:
Ambiente; Secretaria Municipal de Políticas Sociais;
III - Conselho Municipal de Políticas sobre Drogas de Belo XXIII – Conselho Municipal de Desenvolvimento
Horizonte - CMPD-BH, criado pela Lei nº 8.806, de 6 de abril de Econômico – CODECOM -, criado pela Lei nº 7.638, de 18 de
2004: Secretaria Municipal de Governo; janeiro de 1999: Secretaria Municipal de Desenvolvimento;
IV – Conselho Municipal de Prevenção de Acidentes do XXIV – Conselho de Alimentação Escolar – CAE -, criado
Trabalho, criado pela Lei nº 5.815, de 23 de novembro de pelo Decreto nº 10.306, de 26 de julho de 2000: Secretaria
1990, com as alterações posteriores: Secretaria Municipal de Municipal de Políticas Sociais;
Administração e Recursos Humanos; XXV – Conselho Municipal de Habitação, criado pela Lei nº
V – Conselho Municipal de Saúde, criado pela Lei nº 5.903, 6.508, de 12 de janeiro de 1994: Secretaria Municipal de Obras
de 3 de junho de 1991, e recomposto pela Lei nº 7.536, de 19 e Infraestrutura;
de junho de 1998, com as alterações posteriores: Secretaria XXVI – revogado pela Lei nº 10.101, de 14/1/2011 (Art. 48,
Municipal de Saúde; III, “e”)
VI – Conselho Municipal do Idoso, criado pela Lei nº 6.173, XXVII – Conselho Municipal de Segurança Alimentar e
de 28 de maio de 1992, com as alterações posteriores: Nutricional de Belo Horizonte – COMUSAN-BH -, criado pelo
Secretaria Municipal de Políticas Sociais; Decreto n° 11.341, de 30 de maio de 2003: Secretaria
VII – Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Municipal de Políticas Sociais.
Adolescente, criado pela Lei nº 8.502, de 06 de março de 2003: § 2º - Decreto estabelecerá a compatibilização da disciplina
Secretaria Municipal de Políticas Sociais; específica dos Conselhos Municipais, tendo em vista a nova
VIII – Conselho Tutelar, previsto na Lei nº 6.263, de 20 de vinculação estabelecida nesta Lei, respeitadas as matérias de
novembro de 1992, instituído pela Portaria nº 3.704, de 19 de reserva legal.
maio de 1999, e disciplinado pelas Leis nºs 6.705, de 5 de
agosto de 1994, e 7.024, de 3 de janeiro de 1996, com as Art. 95 – Ficam mantidas as atuais Coordenadorias
alterações posteriores: Secretaria Municipal de Políticas Municipais, criadas anteriormente à vigência desta Lei, sendo
Sociais; que sua vinculação será definida em decreto.
IX – Conselho Municipal de Saneamento – COMUSA -,
criado pela Lei nº 8.260, de 3 de dezembro de 2001: Secretaria Art. 96 – Ficam mantidos como órgãos os Centros de Apoio
Municipal de Obras e Infraestrutura; Comunitário – CAC -, os centros culturais, os museus, os
X – Conselho Municipal de Abastecimento e Segurança teatros, as bibliotecas, os parques, as unidades de Ensino, as
Alimentar – COMASA -, criado pela Lei nº 6.739, de 17 de unidades auxiliares de Ensino, as unidades de Atendimento à
outubro de 1994: Secretaria Municipal de Políticas Sociais; Saúde, os laboratórios, as centrais de Internação, as farmácias,
XI – Conselho Municipal de Pessoas Portadoras de os centros de Convivência e de Referência especializados, as
Deficiência, criado pela Lei nº 6.953, de 10 de outubro de 1995: centrais de Esterilização e as unidades de Controle Sanitário.
Secretaria Municipal de Políticas Sociais; Parágrafo único – Decreto disporá sobre a alocação dos
XII – Conselho Municipal dos Direitos da Mulher, criado órgãos referidos no caput, bem como dos equipamentos
pela Lei nº 6.948, de 14 de setembro de 1995, regulamentado públicos e comunitários, observada a circunscrição respectiva.
pelo Decreto nº 8.544, de 8 de janeiro de 1996: Secretaria
Municipal de Políticas Sociais; Art. 97 – Os cargos públicos efetivos da estrutura funcional
XIII – Conselho Municipal de Política Urbana – COMPUR -, da Administração direta do Poder Executivo são os previstos
criado pela Lei nº 7.165, de 27 de agosto de 1996: Secretaria na Lei nº 7.235/96, na Lei nº 7.238/96, na Lei nº 7.645/99, na
Municipal de Desenvolvimento; Lei nº 7.971/00, na Lei nº 8.690/03, na Lei nº 8.691/03, na Lei
XIV – Conselho Municipal de Assistência Social, criado pela nº 8.788/04, no inciso III do artigo 81 da Lei nº 7.169/96, e na
Lei nº 7.099, de 27 de maio de 1996: Secretaria Municipal de legislação pertinente à matéria.
Políticas Sociais; Parágrafo único – Também integram a estrutura funcional
XV – Conselho Municipal de Turismo – COMTUR -, criado da Administração direta do Poder Executivo os cargos
pela Lei nº 7.250, de 14 de janeiro de 1997: Secretaria públicos cujos ocupantes não optaram pelas carreiras
Municipal de Desenvolvimento; instituídas pelas leis mencionadas no caput e os empregos
XVI – Conselho Municipal de Acompanhamento e Controle públicos previstos no § 3º do artigo 271 da Lei nº 7.169/96.
Social do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento do Ensino
Fundamental e da Valorização do Magistério, criado pela Lei Art. 98 – A Secretaria Municipal de Administração e
nº 7.438, de 7 de janeiro de 1998: Secretaria Municipal de Recursos Humanos compatibilizará a lotação dos cargos e
Educação; empregos públicos de caráter efetivo nos diversos órgãos da
XVII – Conselho Municipal de Educação, criado pela Lei nº Administração Direta, com a nova definição de objetivos e
7.543, de 30 de junho de 1998: Secretaria Municipal de competências estabelecidos por esta Lei.
Educação;
XVIII – Conselho Municipal da Juventude, criado pela Lei nº Art. 99 – A habilitação exigida para o provimento dos
7.551, de 9 de julho de 1998: Secretaria Municipal de Governo; cargos públicos efetivos da estrutura funcional da
XIX - Conselho Municipal de Proteção e Defesa do Administração direta do Poder Executivo são os previstos na
Consumidor - Comdecon/BH, criado pela Lei nº 7.568, de 4 de Lei nº 7.235/96, na Lei nº 7.238/96, na Lei nº 7.645/99, na Lei
setembro de 1998: Secretaria Municipal de Desenvolvimento; nº 7.971/00, na Lei nº 8.690/03, na Lei nº 8.691/03, na Lei nº

Legislação 103
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8.788/04, e na legislação pertinente à matéria inclusive no II – executar os serviços e obras de manutenção dos bens
regulamento desta Lei. imóveis e logradouros públicos;
III – prestar suporte técnico e administrativo ao Conselho
Art. 100 – Ficam extintos os cargos em comissão do Quadro Municipal de Saneamento – COMUSA -;
da Administração Direta do Poder Executivo cuja quantidade IV - gerenciar, por delegação específica, os contratos de
de vagas não conste do Anexo I. obras e serviços de engenharia firmados pelo Município;
V – executar, mediante regime de concessão, os serviços
Art. 101 – Ficam criados os cargos especificados no Anexo relativos ao abastecimento de água, luz e esgotamento
I, com a quantidade de vagas nele prevista, dentre os quais se sanitário do Município, inclusive suas atividades acessórias,
incluem os decorrentes de transformação, mantida a conforme os planos definidos pela Secretaria Municipal de
correlação entre o Quadro previsto no Anexo I da Lei nº Obras e Infraestrutura e em colaboração com os demais entes
8.146/00, com a redação dada pela Lei nº 8.288/01, e pela Lei federados.
nº 8.567/03 e o composto pelos cargos criados ou § 2º - A estrutura administrativa superior da SUDECAP
transformados por força desta Lei na forma de seu Anexo I. passa a ter a seguinte composição:
I – Na administração superior:
Art. 102 – O Executivo atribuirá a um ocupante de cargo de I.1 – Conselho Fiscal;
Consultor Técnico Especializado ou de Assessor Especial as I.2 – 01 (um) cargo de Superintendente de 1º nível;
tarefas relacionadas aos assuntos metropolitanos. I.3 – 06 (seis) cargos de Diretor:
I.3.1 - 1 (um) cargo de Diretor de Projetos;
Art. 103 – Fica mantida, para os servidores alcançados pela I.3.2 - 1 (um) cargo de Diretor de Obras;
norma do Parágrafo único do artigo 76 da Lei nº 6.352, de 15 I.3.3 - 1 (um) cargo de Diretor de Planejamento e Controle
de julho de 1993, a ratificação ali determinada. I.3.4 – 01 (um) cargo de Diretor Jurídico;
I.3.5 – 01 (um) cargo de Diretor Administrativo –
Art. 104 – A remuneração devida a ocupante de cargo de Financeiro.
Secretário Municipal e equivalentes, assim como a I.3.6 – 1 (um) cargo de Diretor de Manutenção;
remuneração devida a Secretário Municipal Adjunto e II – Na estrutura organizacional:
equivalentes é a definida em legislação em vigor no Município, a) 26 (vinte e seis) cargos de Chefe de Departamento, de 3º
conforme processo legislativo ditado pela Constituição nível;
Federal. b) 06 (seis) cargos de Assessor de 3° nível;
§ 1º - O cargo de Consultor Técnico Especializado será c) 01 (um) cargo de chefe de gabinete de 3° nível;
remunerado em valor equivalente ao subsídio do Secretário d) 46 (quarenta e seis) cargos de Chefe de Divisão, de 4º
Municipal Adjunto, e ainda que exercido por servidor do nível;
quadro efetivo, a soma do acréscimo relativo a direitos e e) 12 (doze) cargos de Chefe de Seção, de 5º nível;
vantagens do cargo ou emprego de origem fica limitada ao f) 8 (oito) cargos de Secretário, de 5º nível.”
valor máximo do subsídio do Secretário Municipal. § 3º - O Conselho Fiscal, unidade colegiada de fiscalização
§ 2º - Os cargos de Assessor Especial e Assessor Especial e controle, será composto por 5 (cinco) membros efetivos e
de Defesa Social serão remunerados em valor equivalente a respectivos suplentes, de livre escolha do Prefeito, para
85% (oitenta e cinco por cento) do subsídio do Secretário mandato de 2 (dois) anos, permitida a recondução;
Municipal Adjunto, e ainda que exercido por servidor do § 4º - Decreto adequará a regulamentação da SUDECAP a
quadro efetivo, a soma do acréscimo relativo a direitos e esta Lei, no que couber, respeitadas as matérias de reserva
vantagens do cargo ou emprego de origem fica limitada ao legal.
valor máximo do subsídio do Secretário Municipal.
§ 3º - O Chefe da Coordenadoria de Defesa Civil será Art. 106 – Fica mantida a Superintendência de Limpeza
remunerado em valor equivalente a Secretário Municipal Urbana de Belo Horizonte – SLU -, autarquia municipal criada
Adjunto. pela Lei nº 2.220, de 27 de agosto de 1973, com as alterações
§ 4° - O Assessor de Segurança II será remunerado em valor da Lei nº 6.290, de 23 de dezembro de 1992, com seu objetivo
equivalente ao Gerente de 2° nível. circunscrito à implementação da política governamental para
§ 5° - O Assessor de Segurança I será remunerado em valor o Sistema de Limpeza Urbana e de metas do Plano Diretor de
equivalente ao Gerente de 3° nível. Resíduos Sólidos em colaboração com a Administração Direta
§ 6º - Os pisos de remuneração e as gratificações de do Poder Executivo.
dedicação exclusiva dos cargos públicos de provimento em § 1º - À SLU compete:
comissão relacionados no Anexo V são os nele fixados, I – elaborar projetos de limpeza, coleta domiciliar e
permanecendo inalterados os pisos de remuneração, as seletiva;
gratificações de dedicação exclusiva e as gratificações de II – executar, direta ou indiretamente, os serviços de
função dos demais cargos comissionados e funções públicas. limpeza urbana;
III – realizar atividades de envolvimento, sensibilização e
Art. 105 – Fica mantida a Superintendência de conscientização da sociedade em relação à limpeza urbana e
Desenvolvimento da Capital – SUDECAP -, autarquia criada ao adequado manejo do lixo;
pela Lei nº 1.747, de 9 de dezembro de 1969, com as alterações IV – colaborar com a Secretaria Municipal Adjunta de
introduzidas pela legislação posterior, com seu objetivo Fiscalização no exercício do poder de polícia, no âmbito do
circunscrito à implementação da política governamental para Sistema de Limpeza Urbana, sobre os serviços e as condutas
o Plano de Obras do Município e ao planejamento e execução dos operadores e usuários;
dos serviços de abastecimento de água e esgotamento V – gerenciar, por delegação específica, os contratos de
sanitário em colaboração com a Administração Direta do serviços de limpeza e conservação de vias públicas e
Poder Executivo. congêneres firmados pelo Município, empenhados pela
§ 1º - À SUDECAP compete: Secretaria Municipal de Serviços Urbanos.
I – elaborar projetos e executar obras, inclusive em ZEIS, § 2º - A SLU passa a ter a seguinte estrutura administrativa:
conforme os planos definidos pela Secretaria Municipal de I – Na administração superior:
Obras e Infraestrutura; I.1 – Conselho Fiscal;
I.2 – 01 (um) cargo de Superintendente, de 1º nível;

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I.3 – 04 (quatro) cargos de Diretor, de 2º nível: público das autarquias municipais referidas na sua Lei de
I.3.1 – Diretoria Operacional; criação admitidos até a data da publicação desta Lei.
I.3.2 – Diretoria de Gestão e Planejamento;
I.3.3 – Diretoria Jurídica Art. 110 – Ficam extintas da estrutura organizacional da
I.3.4 – Diretoria Administrativo-Financeira Administração Direta do Poder Executivo a Secretaria
II – Na estrutura organizacional: Municipal de Estrutura Urbana, a Secretaria Municipal de
a) 08 (oito) cargos de Chefe de Departamento, de 3° nível; Limpeza Urbana e a Secretaria Municipal Administrativa e
b) 06 (seis) cargos de Assessor de 3° nível; Financeira da Política Urbana e Ambiental, a Secretaria
c) 01 (um) cargo de chefe de gabinete de 3° nível; Municipal de Cultura e a Secretaria Municipal Administrativa
d) 17 (dezessete) cargos de Chefe de Divisão, de 4° nível; e Financeira da Política Social.
e) 21 (vinte e um) cargos de Chefe de Seção de 5° nível;
f) 05 (cinco) cargos de Secretário de 5° nível. Art. 111 – Fica o Executivo autorizado a promover os atos
§ 3º - O Conselho Fiscal, unidade colegiada de fiscalização de alteração dos objetivos da Companhia Urbanizadora de
e controle, será composto por 5 (cinco) membros efetivos e Belo Horizonte – URBEL -, cuja constituição inicial, como Ferro
respectivos suplentes, de livre escolha do Prefeito, para de Belo Horizonte S.A., ocorreu mediante autorização contida
mandato de 2 (dois) anos, permitida a recondução; na Lei nº 898, de 30 de outubro de 1961, e que passa a ser
§ 4º - Decreto adequará a regulamentação da SLU a esta designada Companhia Urbanizadora e de Habitação de Belo
Lei, no que couber, respeitadas as matérias de reserva legal. Horizonte – URBEL -, para circunscrevê-los, em colaboração
com a Secretaria Municipal de Obras e Infraestrutura, às
Art. 107 – O provimento dos cargos em comissão das seguintes atividades:
Autarquias dar-se-á sob as seguintes regras: I – coordenação e execução de projetos e obras de
I – no caso de cargos de Superintendente e Diretor, por urbanização de vilas e favelas, em colaboração com os órgãos
escolha do Prefeito, devendo ser diplomados em nível da Administração Municipal;
superior; II – habitação popular em vilas e favelas;
II – no caso de cargos de Chefes de Departamento; Divisão, III – coordenação da estratégia de intervenção em áreas de
Seção, Secretário, Chefe de Gabinete e Assessor, por escolha do risco no Município;
Prefeito. IV – urbanização, reurbanização e administração de
III – o provimento dos cargos de diretores, chefes de patrimônio imobiliário do Poder Público Municipal e de áreas
departamento; de divisão; de seção, chefe de gabinete, classificadas como ZEIS-1;
assessor e secretários, dar-se-á por recrutamento limitado e V – atividades de cooperação em nível técnico e de
amplo, na proporção de 65% (sessenta e cinco por cento) e execução com a Administração Direta do Executivo, mantidos
35% (trinta e cinco por cento), respectivamente, podendo este os demais objetivos legais e estatutários;
último percentual atingir 50% (cinqüenta por cento), com VI – elaborar e implementar a política de moradia no
redução proporcional do primeiro, desde que o acréscimo seja Município;
destinado, exclusivamente, a servidor da Administração Direta VII – coordenar a elaboração de projetos e obras de
e Indireta. conjuntos habitacionais, edificações e parcelamentos de
interesse social e as atividades de produção de moradia;
Art. 107-A – Os cargos de provimento em comissão da VIII – normatizar, monitorar e avaliar as ações de
estrutura organizacional da SLU e da SUDECAP, do 3° ao 5° intervenção em conjuntos habitacionais de interesse social no
nível hierárquico, terão suas remunerações fixadas em Município;
parâmetros equivalentes às remunerações dos cargos de IX – manter atualizado banco de dados unificado das
provimento em comissão da Administração Direta do Poder famílias beneficiadas pelos programas do Município;
Executivo de igual hierarquia, nos seguintes termos: X – implementar ações visando à organização e à
convivência dos grupos de famílias beneficiárias dos
CARGOS PÚBLICOS DE programas habitacionais, especialmente no que diz respeito à
CARGOS PÚBLICOS DE
PROVIMENTO EM COMISSÃO gestão de áreas de uso coletivo;
PROVIMENTO EM
EQUIVALENTES NA XI – prestar, em colaboração com a Secretaria Municipal de
COMISSÃO DA
ESTRUTURA Obras e Infraestrutura, suporte técnico e administrativo ao
ESTRUTURA
ORGANIZACIONAL DA Conselho Municipal de Habitação.
ORGANIZACIONAL DA SLU
ADMINISTRAÇÃO DIRETA DO
E DA SUDECAP
PODER EXECUTIVO Art. 112 – Fica criada a Fundação de Parques Municipais –
Cargos públicos em Gerente de 1º nível – C / FPM -, com personalidade jurídica de direito público, prazo de
comissão do 3º nível Assessor III – C duração indeterminado, sede e foro nesta Capital.
Cargos públicos em Parágrafo único – A Fundação integra a Administração
Gerente de 2º nível Pública Indireta do Município, vinculando-se à Secretaria
comissão do 4º nível
Cargos públicos em Municipal de Meio Ambiente.
Gerente de 3º nível
comissão do 5º nível
Art. 113 – A Fundação de Parques Municipais tem por
Art. 108 – Serão fixadas pelos superintendentes da finalidade desenvolver atividades, programas e projetos de
SUDECAP e da SLU e pelos titulares da Secretaria Municipal de conservação e desenvolvimento dos parques municipais,
Obras e Infraestrutura e da Secretaria Municipal de Serviços observadas as diretrizes da política de meio ambiente do
Urbanos, respectivamente, conforme a vinculação Município.
estabelecida nesta Lei, aprovadas pelo Chefe do Poder
Executivo, mediante decreto, as atribuições das diretorias, dos Art. 114 – Para cumprir sua finalidade, compete à
departamentos, das divisões e das seções dos referidos entes Fundação de Parques Municipais:
autárquicos. I – planejar, administrar e manter os parques do
Município;
Art. 109 – O Programa de Incentivo à Aposentadoria – PIA II – promover atividades sistemáticas de educação
-, criado pela Lei nº 8.288, de 28 de dezembro de 2001, fica ambiental, associada à proteção e valorização dos recursos
mantido exclusivamente para os ocupantes de emprego florísticos e faunísticos;

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III – promover atividades e eventos voltados para as Art. 119 – O estatuto da Fundação de Parques Municipais
atividades de lazer e recreação; detalhará as competências das unidades mencionadas no
IV – articular-se com entidades públicas ou privadas artigo anterior, observadas as seguintes normas:
visando aprimorar os recursos técnicos e operacionais; I – as funções do Conselho Curador, unidade colegiada de
V – revogado pela Lei nº 10.101, de 14/1/2011 direção superior, não remunerada, serão exercidas conforme
VI – gerenciar o Fundo Municipal de Operação do Parque se dispuser no estatuto da Fundação;
das Mangabeiras. II – O Conselho Fiscal, unidade colegiada de fiscalização e
VII - planejar, normatizar, executar e avaliar o sistema de controle, será composto por 3 (três) membros efetivos e
gerenciamento das necrópoles municipais. respectivos suplentes, de livre escolha do Prefeito, para
mandato de 2 (dois) anos, permitida a recondução;
Art. 115 – A Fundação de Parques Municipais reger-se-á
pelas disposições da presente Lei, pelo estatuto a ser aprovado Art. 120 – O provimento dos cargos em comissão da
por decreto, e pelas demais normas de direito aplicáveis. Fundação de Parques Municipais dar-se-á sob as seguintes
regras:
Art. 116 – O patrimônio da Fundação de Parques I – a Diretoria Executiva será composta por 01 (um)
Municipais será constituído por: presidente, nomeado pelo Prefeito a partir de lista tríplice
I – bens que adquirir; elaborada pelo Conselho Curador, e por 3 (três) diretores,
II – legados e doações que receber. nomeados pelo Prefeito;
§ 1° - Os bens e direitos da Fundação serão utilizados e II – no caso de cargos de Chefes de Departamento; Divisão,
aplicados exclusivamente na consecução de sua finalidade. Seção, Secretário, Coordenador, Chefe de Gabinete e Assessor,
§ 2° - A alienação de bens da Fundação dependerá de por escolha do Presidente, homologada pelo Prefeito;
prévia aprovação de seu Conselho Curador, avaliação, licitação III – o provimento dos cargos de diretores, chefes de
e, no caso de bens imóveis, também de autorização legislativa. departamento; de divisão; de seção, coordenador, secretários,
§ 3° - Em caso de extinção, os bens e direitos da Fundação chefe de gabinete e assessor, dar-se-á por recrutamento
serão incorporados ao patrimônio do Município. limitado e amplo, na proporção de 65% (sessenta e cinco por
cento) e 35% (trinta e cinco por cento), respectivamente,
Art. 117 – Constituem receitas da Fundação de Parques podendo este último percentual atingir 50% (cinqüenta por
Municipais: cento), com redução proporcional do primeiro, desde que o
I – dotação orçamentária consignada anualmente no acréscimo seja destinado, exclusivamente, a servidor da
orçamento do Município; Administração Direta e Indireta.
II – renda resultante da remuneração de serviços
prestados; Art. 121 – O quadro de pessoal da Fundação de Parques
III – renda patrimonial, inclusive a proveniente de Municipais é constituído por cargos de provimento efetivo,
concessão e permissão de uso de bens imóveis; cuja investidura dependerá de prévia aprovação em concurso
IV – subvenção ou auxílio de órgão ou entidade pública ou público, bem como de cargos de provimento em comissão, de
privada, nacional, estrangeira ou internacional; livre nomeação e exoneração, nos termos desta Lei.
V – recurso proveniente de incentivo fiscal; § 1º - O quadro de pessoal efetivo da Fundação de Parques
VI – contribuição e donativos em geral; Municipais é o constante do Anexo III desta Lei, compondo-se
VII – empréstimos; dos cargos públicos de Técnico de Nível Superior, Técnico de
VIII – renda proveniente da aplicação financeira; Nível Médio e Assistente Administrativo.
IX – outras rendas. § 2º - A habilitação, atribuições, jornada de trabalho e
remuneração dos cargos públicos efetivos de Técnico de Nível
Art. 118 – A Fundação de Parques Municipais terá a Superior, Técnico de Nível Médio e Assistente Administrativo
seguinte estrutura: são equivalentes às dos cargos públicos efetivos de Analista de
I – Na administração superior: Políticas Públicas, Técnico de Serviço Público e Assistente
I.1 – Conselho Curador; Administrativo, respectivamente, previstos na Lei nº 8.690, de
I.2 – Conselho Fiscal; 19 de novembro de 2003 e seu regulamento.
I.3 – Diretoria Executiva; § 3º - Os cargos de Presidente e Diretor da Fundação terão
I.3.1 – 01 (um) cargo de Presidente, de 1º nível; a mesma remuneração dos cargos de igual nível da Fundação
I.3.2 – 1 (um) cargo de Diretor de Parques da Área Norte, Zoobotânica de Belo Horizonte.
de 2º nível; § 4º - Os cargos de provimento em comissão da estrutura
I.3.3 – 1 (um) cargo de Diretor de Parques da Área Sul, de organizacional da Fundação de Parques Municipais, do 3° ao
2º nível; 5° nível hierárquico, terão suas remunerações fixadas em
I.3.4 – 01 (um) cargo de Diretor Administrativo Financeiro, parâmetros equivalentes às remunerações dos cargos de
de 2º nível; provimento em comissão da Administração Direta do Poder
II – Na estrutura organizacional: Executivo de igual hierarquia, nos seguintes termos:
a) 1 (um) cargo de Chefe de Departamento, de 3º nível;
b) 01 (um) cargo de Chefe de Gabinete do Presidente, 3º CARGOS PÚBLICOS DE
CARGOS PÚBLICOS DE
nível; PROVIMENTO EM COMISSÃO
PROVIMENTO EM
c) 1 (um) cargo de Assessor, de 3º nível; EQUIVALENTES NA
COMISSÃO DA ESTRUTURA
d) 01 (um) cargo de Assessor Jurídico 3º nível; ESTRUTURA
ORGANIZACIONAL DA
e) 4 (quatro) cargos de Chefe de Divisão, de 4° nível; ORGANIZACIONAL DA
FUNDAÇÃO DE PARQUES
f) 06 (seis) cargos de Chefe de Seção de 5° nível; ADMINISTRAÇÃO DIRETA DO
MUNICIPAIS
g) 04 (quatro) cargos de Secretário de 5° nível. PODER EXECUTIVO
Parágrafo único - Incluem-se, na estrutura da Fundação, 20 Cargos públicos em Gerente de 1º nível – C /
(vinte) cargos de direção de parque, sendo 1 (um) de 2º nível, comissão do 3º nível Assessor III – C
5 (cinco) de 3º nível e 14 (catorze) de 4º nível, distribuídos na Cargos públicos em
forma do Estatuto. Gerente de 2º nível
comissão do 4º nível
Cargos públicos em
Gerente de 3º nível
comissão do 5º nível

Legislação 106
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APOSTILAS OPÇÃO

§ 5º - Aos ocupantes dos cargos públicos efetivos de correspondentes aos Departamentos indicados no art. 7°,
Técnico de Nível Superior, Técnico de Nível Médio e Assistente nomeados pelo Prefeito. (NR)”.
Administrativo da Fundação de Parques Municipais aplica-se,
no que couber, a legislação de pessoal dos servidores públicos Art. 129 – Fica alterado o Anexo I a que se refere o artigo
efetivos da Administração direta do Poder Executivo, 10 da Lei n° 5.904/91, na seguinte forma:
especialmente as regras da Lei nº 7.169, de 30 de agosto de
1996 e suas alterações, as regras de progressão profissional ANEXO I A QUE SE REFERE O ARTIGO 10 DA LEI N°
previstas na Lei nº 8.690/03, o disposto no art. 5º da Lei nº 5.904/91
6.560, de 28 de fevereiro de 1994 e suas alterações, e o FUNDAÇÃO ZOOBOTÂNICA DE BELO HORIZONTE
disposto nos artigos 122, 122ª e 122B da Lei nº 8.146, de 29 CARGOS DE PROVIMENTO EM COMISSÃO
de dezembro de 2000, com redação dada pelo art. 23 da Lei nº
8.288, de 28 de dezembro de 2001. DENOMINAÇÃO/N° DE CARGOS/RECRUTAMENTO
§ 6º - Aos ocupantes do cargo público efetivo de Técnico de (...)
Nível Superior e aos servidores titulares do cargo efetivo de Diretor / 04 / amplo
Analista de Políticas Públicas, cedidos para a Fundação de (...)
Parques Municipais é devida a gratificação instituída na Lei nº Chefe de Serviço / 02 / limitado
7.717, de 4 de maio de 1999, suas alterações e seu (...).(NR)”.
regulamento.
§ 7º - A jornada de trabalho dos servidores poderá ocorrer Art. 130 – Fica criada a Fundação Municipal de Cultura –
em turnos diurnos e noturnos ou em finais de semana, de FMC -, com personalidade jurídica de direito público, prazo de
acordo com as especificidades das atividades e conforme as duração indeterminado, sede e foro nesta Capital.
necessidades da Fundação, podendo ser praticado o sistema Parágrafo único – A Fundação integra a Administração
de plantão. Pública indireta do Município, vinculando-se ao Gabinete do
§ 8º - Aos ocupantes dos cargos públicos de provimento em Prefeito.
comissão da Fundação de Parques Municipais aplica-se, no que
couber, a Lei nº 7.169/96, e suas alterações. Art. 131 – A Fundação Municipal de Cultura tem por
finalidade planejar e executar a política cultural do Município
Art. 122 – A Fundação de Parques Municipais gozará de com atividades que visem ao desenvolvimento cultural.
autonomia administrativa e financeira, assegurada, Parágrafo único – A Comissão Municipal de Incentivo à
especialmente, por dotações orçamentárias e saldos de fim de Cultura –CMIC-, instituída pela Lei n° 6.498, de 29 de
exercício, patrimônio próprio e renda dele decorrente, dezembro de 1993, e suas alterações posteriores, vincula-se à
aplicação de suas receitas, assinatura de contratos e convênios Fundação Municipal de Cultura.
com outras instituições.
Art. 132 – Para cumprir sua finalidade, compete à
Art. 123 – Fica o Poder Executivo autorizado a conferir à Fundação Municipal de Cultura:
Fundação de Parques Municipais, diretamente ou através de I – planejar e coordenar programas, projetos e atividades
estabelecimento oficial de crédito, garantia do Município de que visem ao desenvolvimento cultural;
Belo Horizonte em operações de crédito e financiamento. II – dirigir a execução de projetos, programas e atividades
de ação cultural do Município;
Art. 124 – Será fixada, por decreto, a data de entrada em III – planejar e coordenar as atividades de casas de
operação da Fundação de Parques Municipais, após a espetáculos, museus, bibliotecas, arquivos, centros culturais e
aprovação do respectivo estatuto. outras atividades culturais promovidas ou patrocinadas pelo
Município;
Art. 125 – O Parque Ecológico Francisco Lins do Rego IV – gerenciar as unidades de cultura citadas no inciso III
permanece sob o gerenciamento e conservação da Fundação deste artigo.
Zoo-Botânica de Belo Horizonte – FZB. V – promover, conjuntamente com as Administrações
Regionais, manifestações culturais organizadas pela
Art. 126 – Fica alterada a redação do inciso I do artigo 3° população dos bairros ou de interesse desta;
da Lei n° 5.904/91, na seguinte forma: VI – implantar a política municipal de arquivos, mediante
“I – planejar e administrar o Jardim Zoológico, o Jardim o recolhimento e catalogação de documentos produzidos e
Botânico, o Parque Ecológico Francisco Lins do Rego, as hortas recebidos pela Administração Pública no âmbito do Poder
e viveiros do Município. (NR)”. Executivo, bem como estabelecer normas, gerir, conservar e
organizar os arquivos públicos municipais, de modo a facultar
Art. 127 – Fica revogado o item III. 1.1 do artigo 7° da Lei o seu acesso ao público interessado;
n° 5.904/91, e acrescidos os itens III.5, III.5.1 e III.5.2, na VII – promover atividades e eventos voltados para as
seguinte forma: atividades de lazer e recreação;
“III. 1.1 – (Revogado). VIII – articular-se com entidades públicas ou privadas
(...) visando aprimorar os recursos técnicos e operacionais;
III. 5 – Departamento de Educação Ambiental e Gestão do IX – gerir os Fundos Municipais de Incentivo à Cultura e de
Parque Ecológico Francisco Lins do Rego; Projetos Culturais.
III. 5.1 – Serviço de Educação Ambiental; X – elaborar a política de proteção do patrimônio histórico
III. 5.2 – Serviço de Gestão do Parque Ecológico Francisco urbano, articulando-a com a política de estruturação urbana
Lins do Rego. (AC)” do Município;
XI – prestar suporte técnico e administrativo ao Conselho
Art. 128 – Fica alterada a redação do inciso III do art. 8° Deliberativo do Patrimônio Cultural.
da Lei n° 5.904/91, na seguinte forma:
“(...) Art. 133 – A Fundação Municipal de Cultura reger-se-á
III – A Diretoria Executiva será composta por um pelas disposições da presente Lei, pelo estatuto a ser aprovado
presidente, nomeado pelo Prefeito, a partir de lista tríplice por decreto, e pelas demais normas de direito aplicáveis.
elaborada pelo Conselho Curador e por 4 (quatro) diretores,

Legislação 107
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Art. 134 – O patrimônio da Fundação Municipal de Cultura III – supervisionar as ações desenvolvidas e a produção de
será constituído por: cada servidor lotado no Centro Cultural;
I – bens que adquirir; IV – promover reuniões de trabalho objetivando a
II – legados e doações que receber. integração e a articulação entre os servidores do Centro
§ 1° - Os bens e direitos da Fundação serão utilizados e Cultural e a população.
aplicados exclusivamente na consecução de sua finalidade.
§ 2° - A alienação de bens da Fundação dependerá de Art. 136-B – A jornada prevista para a função de Gerente
prévia aprovação de seu Conselho Curador, avaliação, licitação de Centro Cultural será de 40 (quarenta) horas semanais.
e, no caso de bens imóveis, também de autorização legislativa.
§ 3° - Em caso de extinção, os bens e direitos da Fundação Art. 136-C – Fica criada a Gratificação por Exercício de
serão incorporados ao patrimônio do Município. Função de Gerente de Centro Cultural, que será paga sem
prejuízo da remuneração atribuída ao cargo de provimento
Art. 135 – Constituem receitas da Fundação Municipal de efetivo, no valor de R$1.322,25 (hum mil, trezentos e vinte e
Cultura: dois reais e vinte e cinco centavos).
I – dotação orçamentária consignada anualmente no
orçamento do Município; Art. 136-D – É permitida a criação ou a extinção de centros
II – renda resultante da remuneração de serviços culturais por decreto, devendo o Prefeito encaminhar projeto
prestados; de lei à Câmara Municipal contendo a respectiva ratificação, no
III – renda patrimonial, inclusive a proveniente de cessão, prazo de 30 (trinta) dias seguintes à publicação do referido
concessão e permissão de uso de bens imóveis; decreto no Diário Oficial do Município.
IV – subvenção ou auxílio de órgão ou entidade pública ou
privada, nacional, estrangeira ou internacional; Art. 137 – O estatuto da Fundação Municipal de Cultura
V – recurso proveniente de incentivo fiscal; detalhará as competências das unidades mencionadas no
VI – contribuição e donativos em geral; artigo anterior, observadas as seguintes normas:
VII – empréstimos; I – as funções do Conselho Curador, unidade colegiada de
VIII – renda proveniente da aplicação financeira; direção superior, não remunerada, serão exercidas conforme
IX – outras rendas. se dispuser no estatuto da Fundação;
II – O Conselho Fiscal, unidade colegiada de fiscalização e
Art. 136 – A Fundação Municipal de Cultura terá a seguinte controle, será composto por 3 (três) membros efetivos e
estrutura: respectivos suplentes, de livre escolha do Prefeito, para
I – Na administração superior: mandato de 2 (dois) anos, permitida a recondução.
I.1 – Conselho Curador;
I.2 – Conselho Fiscal; Art. 138 – O provimento dos cargos em comissão da
I.3 – Diretoria Executiva Fundação Municipal de Cultura dar-se-á sob as seguintes
I.3.1 – 01 (um) cargo de Presidente, de 1º nível; regras:
I.3.2 – 01 (um) cargo de Diretor de Planejamento e Projetos I – a Diretoria Executiva será composta por 01 (um)
Culturais, de 2º nível; presidente, nomeado pelo Prefeito a partir de lista tríplice
I.3.3 – 01 (um) cargo de Diretor de Ação Cultural, de 2º elaborada pelo Conselho Curador, e por 3 (três) diretores,
nível; nomeados pelo Prefeito;
I.3.4 – 01 (um) cargo de Diretor Administrativo Financeiro, II – no caso de cargos de Chefes de Departamento; Divisão,
de 2º nível. Seção, Secretário, Coordenador, Chefe de Gabinete e Assessor,
II – Na estrutura organizacional: por escolha do Presidente, homologada pelo Prefeito;
a) 9 (nove) cargos de Chefe de Departamento, de 3º nível; III – o provimento dos cargos de diretores, chefes de
b) 01 (um) cargo de Chefe de Gabinete do Presidente, de 3º departamento; de divisão; de seção, coordenador, secretários,
nível; chefe de gabinete e assessor, dar-se-á por recrutamento
c) 1 (um) cargo de Assessor III, de 3º nível; limitado e amplo, na proporção de 65% (sessenta e cinco por
d) 01 (um) cargo de Assessor Jurídico, de 3º nível; cento) e 35% (trinta e cinco por cento), respectivamente,
e) 16 (dezesseis) funções públicas de recrutamento podendo este último percentual atingir 50% (cinqüenta por
restrito de Gerente de Centro Cultural; cento), com redução proporcional do primeiro, desde que o
f) 6 (seis) cargos de Chefe de Seção, de 5° nível; acréscimo seja destinado, exclusivamente, a servidor da
g) 2 (dois) cargos de Assessor II, de 4º nível. Administração Direta e Indireta.
Parágrafo único - Incluem-se, na estrutura da Fundação, 40 Parágrafo único - O recrutamento limitado a que se refere
(quarenta) cargos de direção de equipamentos e unidades o inciso III do caput deste artigo compreenderá servidores
culturais, sendo 5 (cinco) de 2º nível, 9 (nove) de 3º nível e 26 ocupantes de cargos de provimento efetivo da Fundação
(vinte e seis) de 4º nível, distribuídos na forma do estatuto. Municipal de Cultura, bem como servidores ocupantes de
Parágrafo único com redação dada pela Lei nº 10.889, de cargos ou empregos de provimento efetivo da administração
16/12/2015 direta ou indireta do Município, cedidos à Fundação Municipal
de Cultura, que tenham exercido cargo, emprego ou função
Art. 136-A – Fica criada a função pública de Gerente de pública na extinta Secretaria Municipal de Cultura. Parágrafo
Centro Cultural, provida por ato livre de nomeação e Único acrescentado ao Art. 138 pela Lei nº 10.764, de
exoneração do Prefeito, a ser exercida por servidor público 2/10/2014
municipal efetivo que não ocupe cargo em comissão e que já
tenha cumprido o estágio probatório. Art. 139 – O quadro de pessoal da Fundação Municipal de
Parágrafo único – São responsabilidades do Gerente de Cultura é constituído por cargos de provimento efetivo, cuja
Centro Cultural: investidura dependerá de prévia aprovação em concurso
I – gerenciar a unidade respectiva, zelando pela qualidade público, bem como de cargos de provimento em comissão, de
dos serviços prestados; livre nomeação e exoneração, nos termos desta Lei.
II – planejar e programar as ações a serem desenvolvidas § 1º - O quadro de pessoal efetivo da Fundação Municipal
na área de abrangência do Centro Cultural; de Cultura é o constante do Anexo IV desta Lei, compondo-se
dos cargos públicos de Técnico de Nível Superior, Técnico de

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Nível Médio, Técnico Cultural de Nível Médio e Assistente


Administrativo. Art. 141 – Fica o Poder Executivo autorizado a conferir à
§ 2º - A habilitação, atribuições, jornada de trabalho e Fundação Municipal de Cultura, diretamente ou por meio de
remuneração dos cargos públicos efetivos de Técnico de Nível estabelecimento oficial de crédito, garantia do Município de
Superior, Técnico de Nível Médio e Assistente Administrativo Belo Horizonte em operações de crédito e financiamento.
são equivalentes às dos cargos públicos efetivos de Analista de
Políticas Públicas, Técnico de Serviço Público e Assistente Art. 142 – Será fixada, por decreto, a data de entrada em
Administrativo, respectivamente, previstos na Lei nº 8.690/03 operação da Fundação Municipal de Cultura, após a aprovação
e seu regulamento, e a habilitação, atribuições, jornada de do respectivo estatuto.
trabalho e remuneração do cargo público efetivo de Técnico
Cultural de Nível Médio são as constantes do Anexo VI desta Art. 143 – Para a implementação da estrutura
Lei. organizacional e cumprimento das diretrizes, objetivos e
§ 3º - Os cargos de Presidente e Diretor da Fundação terão competências estabelecidas nesta Lei, serão priorizados,
a mesma remuneração dos cargos de igual nível da Fundação quanto à alocação de recursos humanos, os instrumentos de
Zoobotânica de Belo Horizonte. cooperação entre órgãos e entidades da Administração Pública
§ 4º - Os cargos de provimento em comissão da estrutura Municipal.
organizacional da Fundação Municipal de Cultura, do 3° ao 5° Parágrafo único – Os servidores do Município,
nível hierárquico, terão suas remunerações fixadas em aproveitados nos quadros da Fundação na fase de sua
parâmetros equivalentes às remunerações dos cargos de implantação, permanecerão sob o regime de sua contratação
provimento em comissão da Administração Direta do Poder na Administração Direta ou Indireta do Município, conforme
Executivo de igual hierarquia, nos seguintes termos: dispuser convênio específico para essa finalidade.

CARGOS PÚBLICOS DE Art. 144 – Poderão participar, mediante atos de cessão ou


CARGOS PÚBLICOS DE
PROVIMENTO EM COMISSÃO outro instrumento de cooperação, do Grupo de Trabalho de
PROVIMENTO EM
EQUIVALENTES NA Implementação da Gestão Regionalizada, a ser disciplinado em
COMISSÃO DA ESTRUTURA
ESTRUTURA decreto, servidores e empregados públicos das entidades da
ORGANIZACIONAL DA
ORGANIZACIONAL DA Administração Indireta que tenham sofrido redução de
FUNDAÇÃO MUNICIPAL DE
ADMINISTRAÇÃO DIRETA DO objetivos e de estrutura organizacional por força desta Lei.
CULTURA
PODER EXECUTIVO Parágrafo único – A participação do Grupo de Trabalho de
Cargos públicos em Gerente de 1º nível – C / Implementação da Gestão Regionalizada, em nível de
comissão do 3º nível Assessor III – C planejamento ou execução, não criará vínculo com a
Cargos públicos em Administração Direta do Poder Executivo, nem alterará o
Gerente de 2º nível vínculo e a situação funcional do servidor ou empregado
comissão do 4º nível
Cargos públicos em público, aí incluídos o regime jurídico, as condições e as
Gerente de 3º nível atribuições do cargo ou emprego ocupado no ente de origem.
comissão do 5º nível

§ 5º - Aos ocupantes dos cargos públicos efetivos de Art. 145 – O Fundo de Transportes Urbanos – FTU -, a que
Técnico de Nível Superior, Técnico de Nível Médio, Técnico se refere o art. 7º da Lei nº 5.953, de 31 de julho de 1991,
Cultural de Nível Médio e Assistente Administrativo da mantidos os objetivos, a disciplina e as fontes de sua
Fundação Municipal de Cultura aplica-se, no que couber, a composição, será gerido pela Secretaria Municipal de Serviços
legislação de pessoal dos servidores públicos efetivos da Urbanos.
Administração direta do Poder Executivo, especialmente as
regras da Lei nº 7.169, de 30 de agosto de 1996 e suas Art. 146 – Fica criada a Câmara Intersetorial de Políticas
alterações, as regras de progressão profissional previstas na Sociais, órgão colegiado com a finalidade de discutir, avaliar,
Lei nº 8.690/03, o disposto no art. 5º da Lei nº 6.560, de 28 de coordenar e deliberar sobre a implementação das políticas
fevereiro de 1994 e suas alterações, e o disposto nos artigos sociais e das ações delas decorrentes, buscando a articulação,
122, 122ª e 122B da Lei nº 8.146, de 29 de dezembro de 2000, a integração e a intersetorialidade no seu planejamento e
com redação dada pelo art. 23 da Lei nº 8.288, de 28 de execução, em âmbito municipal.
dezembro de 2001.
§ 6º - Aos ocupantes do cargo público efetivo de Técnico de Art. 147 – A Câmara Intersetorial de Políticas Sociais será
Nível Superior e aos servidores titulares do cargo efetivo de composta pelos seguintes membros:
Analista de Políticas Públicas, cedidos para a Fundação I – Secretário Municipal de Políticas Sociais;
Municipal de Cultura é devida a gratificação instituída na Lei II – Secretário Municipal de Saúde;
nº 7.717, de 4 de maio de 1999, suas alterações e seu III – Secretário Municipal de Educação;
regulamento. IV – Secretário Municipal Adjunto de Segurança Alimentar
§ 7º - A jornada de trabalho dos servidores poderá ocorrer e Nutricional;
em turnos diurnos e noturnos ou em finais de semana, de V – Secretário Municipal Adjunto de Assistência Social;
acordo com as especificidades das atividades e conforme as VI - Secretário Municipal de Esporte e Lazer;
necessidades da Fundação, podendo ser praticado o sistema VII – Secretário Municipal Adjunto de Trabalho e Direitos
de plantão. de Cidadania;
§ 8º - Aos ocupantes dos cargos públicos de provimento em VIII – Secretários de Administração Regional Municipal de
comissão da Fundação Municipal de Cultura aplica-se, no que cada uma das nove Regionais;
couber, a Lei nº 7.169/96, e suas alterações.” (AC) IX – Presidente da Fundação Municipal de Cultura.
§ 1º - A coordenação da Câmara Intersetorial competirá ao
Art. 140 – A Fundação Municipal de Cultura gozará de Secretário Municipal de Políticas Sociais.
autonomia administrativa e financeira, assegurada, § 2º - Nenhuma remuneração será atribuída aos membros
especialmente, por dotações orçamentárias e saldos de fim de da Câmara Intersetorial pelo desempenho de suas atribuições.
exercício, patrimônio próprio e renda dele decorrente,
aplicação de suas receitas, assinatura de contratos e convênios Art. 148 – Compete à Câmara Intersetorial de Políticas
com outras instituições. Sociais:

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I – articular planos, programas e projetos de todas as equipamentos e outros bens públicos e particulares, assim
políticas sociais do Município, de forma a se buscar a como na hipótese de grave perturbação da ordem pública.
integração e intersetorialidade entre seus órgãos;
II – analisar, discutir e deliberar sobre a implementação de Art. 156 revogado pela Lei nº 9.155, de 12/1/2006
novas ações e programas de política social do Município,
buscando a sua maior efetividade; Art. 157 – Fica autorizada a criação da Agência de
III – analisar, discutir e deliberar sobre as alterações e Desenvolvimento Urbano e Econômico do Município de Belo
acréscimos de ações e programas de natureza continuada de Horizonte S.A., vinculada ao Gabinete do Prefeito, competindo-
política social, buscando a sua maior efetividade; lhe o fomento industrial, de comércio e de prestação de
IV – analisar e discutir sobre a elaboração da proposta do serviços, a promoção de programas estratégicos de
orçamento anual e plurianual no que se refere a cada planejamento urbano e a execução de atividades destinadas ao
Secretaria que compõe a Câmara Intersetorial, limitando-se, desenvolvimento sustentável do Município, de forma
no caso das Secretarias de Administração Regional Municipal, articulada com os órgãos de planejamento e monitoramento
às ações e programas de política social; do Plano de Governo.
V – analisar, discutir e deliberar sobre a proposta de cota § 1º - A Agência de Desenvolvimento Urbano e Econômico
orçamentária e financeira anual para as ações e programas de do Município de Belo Horizonte S.A. será dirigida por um
cada secretaria que compõe a Câmara Intersetorial, de acordo Presidente, nomeado pelo Chefe do Executivo.
com o planejamento apresentado por cada órgão; § 2º - As atribuições do Presidente da Agência de
VI – discutir, avaliar e opinar sobre programas e atividades Desenvolvimento Urbano e Econômico do Município de Belo
de incorporação, manutenção e desenvolvimento de recursos Horizonte S.A. serão definidas no regulamento desta Lei, e sua
humanos que estejam vinculados à política social. remuneração é equivalente à atribuída a Secretário Municipal
Adjunto.
Art. 149 – O funcionamento da Câmara Intersetorial de
Políticas Sociais será definido em regulamento próprio. Art. 158 – Fica criada a Coordenadoria da Juventude,
vinculada à Secretaria Municipal de Governo, e tendo por
Art. 150 – revogado pela Lei nº 10.101, de 14/1/2011 finalidade elaborar, coordenar e executar políticas públicas
que garantam o atendimento de necessidades específicas da
Art. 151 revogado pela Lei nº 10.101, de 14/1/2011 juventude.

Art. 152 revogado pela Lei nº 10.101, de 14/1/2011 Art. 158-A - Fica criada a Coordenadoria de Defesa dos
Animais, vinculada à Secretaria Municipal de Meio Ambiente,
Art. 153 revogado pela Lei nº 10.101, de 14/1/2011 cuja finalidade é elaborar, coordenar e executar políticas
públicas voltadas à proteção e defesa dos animais que
Art. 154 – A partir da data da vigência desta Lei, o pessoal compõem a fauna urbana, em cooperação com as demais
contratado na forma da Lei nº 6.833, de 16 de janeiro de 1995, instâncias municipais, estaduais e federais envolvidas, as
e da Lei nº 7.125, de 12 de junho de 1996, fica vinculado ao instituições de ensino e pesquisa e a sociedade civil em geral.
Regime Geral de Previdência de que trata a Lei Federal nº
8.213, de 24 de julho de 1991, conforme disposto em seu Art. 159 – Os recursos humanos, orçamentários e materiais
regulamento. das unidades administrativas extintas ou transferidas para
Parágrafo único – Em decorrência da vinculação outra Secretaria serão remanejados conforme a conveniência
estabelecida no caput, fica revogado o inciso VI do art. 5º da e critérios definidos pela Administração, observada a
Lei nº 6.833, de 16 de janeiro de 1995. legislação em vigor.

Art. 155 – Aplica-se o disposto na Lei nº 7.125, de 12 de Art. 160 – A previsão contida na legislação anterior a esta
junho de 1996, combinada com o que contém o art. 1º da Lei Lei a órgãos da Administração Direta e Indireta do Poder
7.523, de 20 de maio de 1998, às demais Áreas de Atividades Executivo será revista, por decreto.
da Administração Direta e Indireta, quando, por ato
devidamente motivado pelo titular do órgão da Administração Art. 161 – Será constituída uma comissão composta por
Direta ou da entidade da Administração Indireta, aprovado representantes do Poder Executivo, da Câmara Municipal e das
pela JUCOF, restarem comprovadas a necessidade temporária entidades representativas dos servidores, com igual número
de interesse público ou o interesse público excepcional ou a de membros para cada uma das três representações, com a
insuficiência de pessoal efetivo no momento de sua ocorrência, finalidade de acompanhar a implantação da reforma
inclusive o de candidatos aprovados em concurso público, tais promovida por esta Lei.
como: Parágrafo único – Decreto fixará a quantidade de membros
I – campanhas de saúde pública; da comissão de que trata o caput, bem como a forma de escolha
II – realização de obras de saneamento básico, contenção dos representantes do Poder Executivo e das entidades
ou melhorias emergenciais em comunidades carentes; representativas dos servidores.
III – situações de urgência para a garantia da realização de
políticas e eventos públicos; Art. 162 – As previsões desta Lei, ou da legislação anterior
IV – situações em que haja necessidade de intervenção ou a ela que esteja sendo mantida e que seja relacionada com a
assistência da Administração Pública e inexista previsão de natureza de seu conteúdo, que sejam relacionadas com a
cargo com atribuição equivalente na estrutura funcional do outorga de competência a órgão do Poder Executivo para
órgão ou entidade; ADI nº 1.0000.08.476830-8/000, do normatizar, regular, criar obrigações, limitar direitos ou
Tribunal de Justiça do Estado de Minas Gerais - JULGADA elaborar políticas públicas, implicam o dever de se exercer tais
PARCIALMENTE PROCEDENTE - Suspensa a vigência do inciso atividades nos estritos termos e limites previstos em lei.
IV do art. 155
V – situações de ameaça ou perturbação à continuidade Art. 163 – O prazo previsto no artigo 14 da Lei nº 8.486/03,
dos serviços públicos e que possa gerar prejuízo ou com a redação dada pelo artigo 5º da Lei 8.794/04, fica
comprometer a segurança dos cidadãos, bens, obras, serviços, prorrogado, a partir de 19 de janeiro de 2005, por mais 12
(doze) meses ou até a data da homologação do primeiro

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concurso público para o provimento do cargo público efetivo


de Guarda Municipal de Belo Horizonte, o que ocorrer
primeiro. 11. Decreto Municipal n° 12.639
de 23/02/2007 - Dispõe sobre
Art. 164 – Para atender às despesas decorrentes da alocação, denominação e
estrutura organizacional, fica o Poder Executivo autorizado a
reprogramar o Orçamento, a partir da vigência desta Lei, nos atribuições dos órgãos de
termos do inciso III, § 1º do artigo 43 da Lei nº 4.320, de 17 de terceiro grau hierárquico e
março de 1964, por meio dos seguintes dispositivos: respectivos subníveis da
I – remanejar os créditos orçamentários vigentes no limite
de R$2.100.000.000,00 (dois bilhões e cem milhões de reais), estrutura organizacional da
por meio de abertura de crédito especial, em atendimento à Administração Direta do
realocação de recursos humanos e de infra-estrutura Executivo, na Secretaria
administrativa, entre os órgãos e entidades prestadores de
serviços públicos; Municipal de Segurança Urbana
II – realizar aporte de créditos orçamentários no limite de e Patrimonial e dá outras
R$262.500.000,00 (duzentos e sessenta e dois milhões e providências;
quinhentos mil reais), por meio de abertura de créditos
suplementares, aos programas de trabalho com insuficiência
de recursos fiscais, em decorrência da presente estrutura
administrativa. DECRETO Nº 12.639, DE 23 DE FEVEREIRO DE 2007

Art. 165 – Esta Lei entra em vigor na data de sua Dispõe sobre a alocação, a denominação e as atribuições dos
publicação, revogadas as disposições em contrário, em órgãos de terceiro grau hierárquico e respectivos subníveis da
especial os artigos 1º a 112 da Lei 8.146, de 29 de dezembro estrutura organizacional da Administração Direta do Executivo, na
de 2000, com suas alterações posteriores, os incisos I e I.1. do Secretaria Municipal de Segurança Urbana e Patrimonial e dá outras
artigo 3º e o artigo 5º, ambos da Lei nº 6.290, de 23 de providências.
dezembro de 1992.
O Prefeito de Belo Horizonte, no uso de suas atribuições
legais, e de conformidade com o disposto na Lei nº 9.011, de 1º
de janeiro de 2005 e suas alterações, decreta:
10. Decreto Municipal n°
11.566, de 19/12/2003 - CAPÍTULO I
DAS DISPOSIÇÕES PRELIMINARES
Designa Patrono da Guarda
Municipal o Embaixador Art. 1º - Os órgãos de terceiro grau hierárquico da
Sérgio Vieira de Melo; estrutura organizacional da Secretaria Municipal de Segurança
Urbana e Patrimonial e dos órgãos que a compõem estão
estruturados em gerências, escalonadas em até três subníveis.

DECRETO Nº 11.566, DE 19 DE DEZEMBRO DE 2003 Art. 2º - As gerências e os demais subníveis da Secretaria


Municipal de Segurança Urbana e Patrimonial são os
Designa Patrono da Guarda Municipal Patrimonial - GMP - o seguintes:
Embaixador Sérgio Vieira de Mello.
I - Gerência de Pesquisas, de 1º nível;
II - Gerência de Projetos, de 1º nível;
O Prefeito de Belo Horizonte, no uso de suas atribuições
III - revogado pelo Decreto nº 16.618, de 12/5/2017
legais e em conformidade com o disposto no art. 108, inciso VII
IV - Gerência de Relações Institucionais, de 1º nível;
da Lei Orgânica do Município de Belo Horizonte, decreta:
V - Gerência Administrativo-Financeira, de 1º nível:
V.1 - Gerência de Recursos Humanos, de 2º nível:
Art. 1º - Fica designado Patrono da Guarda Municipal
V.1.1 - Gerência de Controle de Pessoal, de 3º nível;
Patrimonial o Embaixador Sérgio Vieira de Mello.
V.2 - Gerência de Controle Orçamentário e Financeiro, de
2º nível;
Art. 2º - A Guarda Municipal Patrimonial manterá registro
V.3 - Gerência de Serviços Gerais, de 2º nível;
da biografia de seu Patrono e organizará eventos em
V.4 - Gerência de Logística Operacional, de 2º nível;
comemoração de seu aniversário natalício anualmente,
VI - Gerência de Saúde e Trabalho, de 1º nível;
ficando esta data incluída no calendário oficial da GMP.
VII - Gerência de Atividades Culturais e Educação
Continuada, de 1º nível:
Art. 3º - A Guarda Municipal Patrimonial usará, em sua
VII.1 - Gerência de Qualificação Profissional, de 2º nível;
documentação oficial, a denominação honorífica Guarda
VII.2 - revogado pelo Decreto nº 16.612, de 19/4/2017
Municipal Embaixador Sérgio Vieira de Mello.
VIII - Gerência de Mobilização Institucional e Intercâmbio,
de 1º nível.
Art. 4º - Este Decreto entra em vigor na data de sua
Inciso IX revogado pelo Decreto n° 15.177, de 19/03/2013
publicação.
Art. 3º - As gerências e os demais subníveis da Guarda
Municipal de Belo Horizonte são os seguintes:
I - Gerência de Execução Operacional, de 1º nível:
I.1 - Gerência de Atividades Especiais I, de 2º nível;
I.2 - Gerência de Atividades Especiais II, de 2º nível;
I.3 - Gerência da Coordenação Operacional, de 2º nível;
I.4 - Gerência de Suporte Regional I - Regionais Pampulha,
Venda Nova e Norte, de 2º nível;
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I.5 - Gerência de Suporte Regional II - Regionais Pampulha, I - desenvolver atividades relacionadas ao tratamento
Venda Nova e Norte, de 2º nível; estatístico de dados que interessem à segurança urbana do
I.6 - Gerência de Suporte Regional I - Regionais Noroeste, Município;
Oeste e Barreiro, de 2º nível; II - viabilizar o tratamento estatístico de crimes e
I.7 - Gerência de Suporte Regional II - Regionais Noroeste, contravenções, conforme parâmetros próprios da divisão
Oeste e Barreiro, de 2º nível; geopolítica do Município;
I.8 - Gerência de Suporte Regional I - Regionais Centro-Sul, III - propor e sistematizar metodologias para o
Leste e Nordeste, de 2º nível; acompanhamento gerencial das atividades desenvolvidas pelo
I.9 - Gerência de Suporte Regional II - Regionais Centro-Sul, Município, atinentes à segurança urbana;
Leste e Nordeste, de 2º nível; IV - disponibilizar dados e informações para a execução de
II - Gerência de Controle Institucional, de 1º nível: projetos;
II.1 - Gerência de Inteligência, de 2º nível: V - elaborar mapa geral de informações estatísticas das
II.1.1 - Gerência de Documentos e Arquivos, de 3º nível; atividades da Secretaria Municipal de Segurança Urbana e
II.1.2 - Gerência de Segurança Interna, de 3º nível; Patrimonial.
II.1.3 - Gerência de Defesa Urbana, de 3º nível;
II.1.4 - Gerência de Apoio Técnico, de 3º nível; Seção II
III - Gerência Técnico-Operacional, de 1º nível: Da Gerência de Projetos
III.1 - Gerência de Análise Operacional, de 2º nível;
III.2 - Gerência de Estatística, de 2º nível; Art. 6º - À Gerência de Projetos compete:
III.3 - Gerência de Segurança Física, de 2º nível: I - prestar assistência técnica necessária ao
III.3.1 - Gerência de Segurança Patrimonial, de 3º nível. desenvolvimento de projetos junto a órgãos e instituições
III.4 - Gerência de Atividades Musicais, de 2º nível. Inciso nacionais e internacionais;
III.4 acrescentado pelo Decreto nº 16.612, de 19/4/2017 II - proceder à execução de projetos de interesse da
segurança urbana para implementação operacional e captação
Art. 4º - As gerências e os demais subníveis da de recursos;
Corregedoria da Guarda Municipal de Belo Horizonte são as III - avaliar projetos de financiamento de estudos sobre
seguintes: segurança urbana, indicando os passíveis de adoção;
I - Gerência Administrativa e de Atividades Correicionais, IV - responsabilizar-se pela mobilização comunitária e de
de 1º nível: entidades para a discussão de projetos e avaliação da
I.1 - Gerência de Feitos Correicionais, de 2º nível: produção de segurança no Município.
I.1.1 - Gerência de Desenvolvimento de Feitos, de 3º nível;
I.1.2 - Gerência de Registro e Arquivo de Feitos, de 3º nível; Seção III
II - Gerência Correicional, de 1º nível: Da Gerência de Programas Setoriais
II.1 - Gerência de Desenvolvimento Correcional, de 2º Seção III revogada pelo Decreto nº 16.618, de
nível: 12/5/2017
II.1.1 - Gerência de Suporte Correicional , de 3º nível;
II.2 - Gerência de Assuntos Internos, de 2º nível. Art. 7º revogado pelo Decreto nº 16.618, de 12/5/2017

Art. 4º-A - As gerências e demais subníveis da Seção IV


Coordenadoria Municipal de Defesa Civil são as seguintes: Da Gerência de Relações Institucionais
I - Gerência de Gestão de Riscos Naturais, de 1º nível classe
A; Art. 8º - À Gerência de Relações Institucionais compete:
II - Gerência Técnica, de 1º nível classe C; I - coordenar, em conjunto com a Secretaria Municipal de
III - Gerência Operacional da Defesa Civil, de 1º nível - Planejamento, Orçamento e Informação, com a Secretaria
classe A: Municipal de Finanças e com a Secretaria Municipal de
III.0.1 - Gerência de Coordenadoria de Operações Diurnas Governo, a captação e negociação de recursos junto a órgãos e
I, de 3º nível; instituições nacionais e internacionais;
III.0.2 - Gerência de Coordenadoria de Operações Diurnas II - manter os agentes financiadores e repassadores
II, de 3º nível; informados do andamento dos contratos e convênios;
III.0.3 - Gerência de Coordenadoria de Operações Noturnas III - elaborar relatórios que agilizem informações
I, de 3º nível; referentes a acordos celebrados;
III.0.4 - Gerência de Coordenadoria de Operações Noturnas IV - recomendar alterações de projetos e especificações
II, de 3º nível; necessárias à captação de recursos;
IV - Gerência Administrativo-Financeira, de 2º nível; V - fornecer dados necessários a outros órgãos para
V - Gerência de Controle e Expedição, de 3º nível. elaboração de relatórios e pareceres;
VI - Gerência de Integração Institucional e Prevenção, de VI - monitorar todo o processo de execução de acordos
1º nível - classe A; Inciso VI acrescentado pelo Decreto nº desde a sua concepção até a prestação de contas final.
16.587, de 03/03/2017
VII - Gerência de Preparação para Emergências, de 2º Seção V
nível. Inciso VII acrescentado pelo Decreto nº 16.587, de Da Gerência Administrativo-Financeira
03/03/2017
Art. 9º - À Gerência Administrativo-Financeira compete:
CAPÍTULO II I - elaborar o planejamento global de atividades de
DAS GERÊNCIAS DA SECRETARIA MUNICIPAL DE desenvolvimento de recursos humanos e promover a sua
SEGURANÇA URBANA E PATRIMONIAL implementação;
Seção I II - dar suporte administrativo às atividades das demais
Da Gerência de Pesquisas gerências;
III - gerenciar e executar as atividades de controle do
Art. 5º - À Gerência de Pesquisas compete: patrimônio mobiliário;
IV - programar e controlar as atividades de transporte;

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V - coordenar as atividades relativas à administração de IV - controlar a concessão e o pagamento de diárias, vale-


pessoal; transporte, vale-refeição e afins;
VI - gerir o arquivo administrativo e técnico do órgão; V - manter o registro e acompanhar a execução dos
VII - supervisionar e executar os serviços de protocolo, de programas de treinamento e de segurança do trabalho em
comunicação e reprografia; colaboração com o órgão competente da Secretaria Municipal
VIII - supervisionar os serviços de zeladoria, vigilância, de Administração e Recursos Humanos;
limpeza, copa e manutenção de equipamentos e instalações; VI - controlar a nomeação, lotação e exoneração de pessoal
IX - controlar, realizar e avaliar a execução físico-financeira de recrutamento amplo, acompanhando a escala de férias e o
dos planos, programas, projetos e atividades previstas no controle numérico e nominal;
orçamento; VII - colaborar e receber apoio técnico das demais
X - elaborar proposta preliminar de cotas às unidades unidades administrativas dos órgãos vinculados à Secretaria
orçamentárias; Municipal de Segurança Urbana e Patrimonial, no desempenho
XI - acompanhar, controlar a execução de contratos, de suas funções;
convênios, acordos e ajustes e recomendar a necessidade de VIII - elaborar, periodicamente, e submeter à apreciação e
aditivos contratuais; análise superiores, relatórios estatísticos e gerenciais das
XII - acompanhar e avaliar a execução financeira de atividades desenvolvidas;
convênios e contratos de financiamento. IX - controlar e manter o registro de aptidão dos Guardas
XIII – realizar a gestão orçamentária e financeira do Fundo Municipais de Belo Horizonte, para uso de arma de fogo.
Municipal de Calamidade Pública.
Subseção II
Art. 10 - Integram a Gerência Administrativo-Financeira as Da Gerência de Controle Orçamentário e Financeiro
seguintes gerências, de 2º nível:
I - Gerência de Recursos Humanos; Art. 13 - À Gerência de Controle Orçamentário e Financeiro
II - Gerência de Controle Orçamentário e Financeiro; compete:
III - Gerência de Serviços Gerais; I - coordenar a elaboração da proposta orçamentária e
IV - Gerência de Logística Operacional. financeira, bem como dos programas, projetos e ações de
segurança urbana;
Subseção I II - realizar a execução orçamentária dos planos,
Da Gerência de Recursos Humanos programas, projetos e atividades previstas no Orçamento
Anual para a segurança urbana;
Art. 11 - À Gerência de Recursos Humanos compete: III - liberar as cotas às unidades orçamentárias com base
I - dirigir, planejar e executar as atividades pertinentes aos na participação relativa de cada uma no orçamento;
recursos humanos, adotando medidas para o seu IV - executar as atividades de empenho e processamento
aprimoramento e maior eficiência, observadas as políticas e das despesas;
diretrizes emanadas da Secretaria Municipal de Administração V - elaborar periodicamente relatórios estatísticos e
e Recursos Humanos; financeiros das atividades desenvolvidas, visando subsidiar
II - administrar todas as atividades relacionadas com os suas ações de planejamento;
direitos, deveres, registro funcional, movimentação, escala de VI - informar à Gerência Administrativo-Financeira a
férias, controle numérico e nominal dos quadros de pessoal, disponibilidade de recursos para a devida instrução dos
freqüência e folhas de pagamento, respeitada a competência procedimentos de contratação de fornecimento e serviços,
da Secretaria Municipal de Administração e Recursos assim como para os convênios;
Humanos; VII - realizar a execução financeira dos planos, programas,
III - coordenar e controlar a concessão e o pagamento de projetos e atividades previstos no Orçamento Anual;
diárias, ajudas de custo, vale-transporte, vale-refeição e afins; VIII - acompanhar e controlar os recursos financeiros
IV - manter o registro e acompanhar a execução dos oriundos de transferências da União, do Estado de Minas
programas de treinamento; Gerais e do Tesouro Municipal para as contas bancárias
V - implantar as atividades relacionadas com a segurança movimentadas pela Secretaria Municipal de Segurança Urbana
do trabalho em colaboração com o órgão competente da e Patrimonial;
Secretaria Municipal de Administração e Recursos Humanos; IX - executar as atividades de liberação e de prestação de
VI - implementar procedimentos de avaliação de contas de recursos de transferências da União, do Estado de
desempenho de pessoal visando garantir a sua perfeita Minas Gerais e do Tesouro Municipal;
integração às atividades da instituição assim como de sua X - executar as atividades de pagamento dos processos,
valorização; segundo normas e orientações emanadas pelo Município;
VII - coordenar e executar a avaliação de desempenho dos XI - processar o pagamento de ajudas de custo, de diárias,
Guardas Municipais de Belo Horizonte. vale-transporte, vale-refeição e afins;
XII - executar as atividades de remessa de ordens de
Art. 12 - Integra a Gerência de Recursos Humanos a pagamento das entidades conveniadas aos bancos
Gerência de Controle de Pessoal, de 3º nível, à qual compete: credenciados, assim como a conferência dos arquivos
I - executar as atividades pertinentes à gestão de recursos transmitidos via on-line ao banco e o controle formal dos
humanos, adotando medidas para o seu aprimoramento e procedimentos de inspeção, legalidade e formalidade dos
maior eficiência, observadas as políticas e diretrizes emanadas processos de pagamento;
da Secretaria Municipal de Administração e Recursos XIII - executar as atividades de conciliação bancária das
Humanos; contas movimentadas pela Secretaria.
II - executar as atividades relacionadas com os direitos e
deveres dos servidores, registro funcional, movimentação e Subseção III
lotação de pessoal, escala de férias, controle numérico e Da Gerência de Serviços Gerais
nominal dos quadros de pessoal;
III - controlar a freqüência e preparar as folhas de Art. 14 - À Gerência de Serviços Gerais compete:
pagamento, bem como promover o controle das despesas de
custeio de pessoal;

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I - programar e executar os serviços de comunicação, X - realizar o atendimento ambulatorial de urgência,


telefonia e reprografia, respeitada a competência da Secretaria encaminhando o Guarda Municipal para os serviços
Municipal de Administração e Recursos Humanos; especializados, quando necessário;
II - programar e executar todas as atividades relacionadas XI - manter organizado e atualizado o prontuário
com compras, licitação e almoxarifado, respeitada a psicológico de cada Guarda Municipal;
competência da Secretaria Municipal de Administração e XII - elaborar e submeter periodicamente à análise
Recursos Humanos; superior, relatórios estatísticos das atividades desenvolvidas;
III - apoiar todas gerências e assessorias e disponibilizar os XIII - encaminhar para a Gerência Administrativo-
recursos logísticos necessários aos eventos por elas Financeira o resultado dos exames da capacidade psicológica
promovidos; para fins de uso de arma de fogo;
IV - controlar a movimentação de bens móveis entre XIV - orientar sobre medidas de proteção e desinfecção.
gerências, assessorias e equipamentos, encaminhando
denúncias de extravio, de acordo com as diretrizes Secretaria Seção VII
Municipal de Administração e Recursos Humanos; Da Gerência de Atividades Culturais e Educação
V - coordenar os serviços de limpeza, manutenção e Continuada
reparos das unidades que compõem a Secretaria;
VI - proceder à abertura de processos de contratos e Art. 17 - À Gerência de Atividades Culturais e Educação
convênios, com recebimento e conferência das documentações Continuada compete:
que comporão os processos. I - planejar, coordenar e controlar as atividades de ensino,
formação e treinamento do contingente da Guarda Municipal
Subseção IV de Belo Horizonte;
Da Gerência de Logística Operacional II - buscar intercâmbio técnico, científico e cultural com
outras instituições de ensino, pesquisa e extensão, em nível
Art. 15 - À Gerência de Logística Operacional compete: municipal, estadual e nacional;
I - planejar, coordenar e controlar a logística do III - propor a realização de convênios, programas e
armamento, munição, equipamentos de proteção, projetos de intercâmbio e transferência de tecnologias, de
equipamentos de comunicação, viaturas e demais materiais incentivo à realização de atividades de estudos, pesquisa e
necessários ao emprego operacional; extensão, entre entidades públicas e privadas;
II - adotar medidas especiais de segurança para o IV - diagnosticar e propor, com base em critérios objetivos,
armazenamento do armamento e munição, em consonância os assuntos temáticos objeto de estudos e pesquisas;
com a legislação vigente; V - propor a composição de comissões de estudos e
III - providenciar as adequações necessárias ao pesquisas para assuntos de interesse da Secretaria;
cumprimento, no âmbito municipal, das legislações federal e VI - apoiar, por meio de consultoria técnico-científica e
estadual referentes a armamento, munição e equipamentos avaliação constante, as atividades de pesquisa;
diversos, destinados ao emprego operacional da Guarda VII - propor os processos pedagógicos a serem
Municipal de Belo Horizonte; implementados e emitir pareceres pedagógicos sobre
IV - controlar a utilização e operação de veículos próprios assuntos educacionais;
e alugados. VIII - coordenar as atividades relacionadas às diversas
formas de manifestação cultural, incluindo o incentivo às
Seção VI potencialidades individuais;
Da Gerência de Saúde e Trabalho IX - realizar anualmente a qualificação profissional de no
mínimo 80 horas/aula, encaminhando o resultado para a
Art. 16 - À Gerência de Saúde e Trabalho compete: Gerência Administrativo-Financeira.
I - planejar, coordenar, organizar, supervisionar e prestar
assessoria técnica em atividades, ações e projetos Art. 18 - Integra a Gerência de Atividades Culturais e
desenvolvidos na área de saúde e trabalho, em conjunto com a Educação Continuada a Gerência de Qualificação Profissional,
Secretaria Municipal de Administração e Recursos Humanos; de 2º nível. Art. 18 com redação dada pelo Decreto nº
II - coordenar o planejamento e a organização de 16.612, de 19/4/2017
programas de promoção da saúde, envolvendo áreas
específicas de saúde mental, ergonomia e outros, em conjunto Subseção I
com a Secretaria Municipal de Administração e Recursos Da Gerência de Qualificação Profissional
Humanos;
III - planejar as avaliações periódicas dos Guardas Art. 19 - À Gerência de Qualificação Profissional compete:
Municipais; I - desdobrar planos e diretrizes estabelecidos para as
IV - promover ações integradas com as demais áreas da atividades de ensino, treinamento e capacitação, bem como
Secretaria Municipal de Segurança Urbana e Patrimonial para coordenar a sua execução;
atividades de promoção da saúde; II - assessorar a Gerência de Atividades Culturais e
V - promover e executar programas de treinamento para Educação Continuada no planejamento, coordenação e
os Guardas Municipais em educação para a saúde; controle das atividades de ensino, formação e treinamento dos
VI - proceder à avaliação psicológica dos Guardas integrantes da Guarda Municipal de Belo Horizonte;
Municipais para definição acerca das atribuições a serem III - manter o acompanhamento sistemático da evolução do
exercidas; ensino e do treinamento, com vistas ao aperfeiçoamento dos
VII - realizar o acompanhamento psicológico continuado processos;
dos Guardas Municipais que necessitarem do serviço; IV - promover os registros necessários das atividades de
VIII - analisar e emitir relatório de estudo psicológico ensino e treinamento, coletando e avaliando os dados
sobre as atuações realizadas pelos Guardas Municipais; estatísticos pertinentes;
IX - elaborar, mediante estudo científico e aplicação de V - assessorar a Gerência de Atividades Culturais e
métodos e técnicas específicos, o perfil comportamental dos Educação Continuada nos assuntos didático-pedagógicos do
Guardas Municipais; processo de ensino e treinamento, propondo medidas para a
sua melhoria;

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VI - manter organizada e atualizada a legislação dos III - estabelecer mapas de controle de atividades
assuntos afetos à Gerência, consolidando os calendários de operacionais, bem como sistemas codificados de
atividades; comunicações operacionais;
VII - responsabilizar-se pela emissão de relatórios e IV - planejar, o emprego do efetivo da Guarda Municipal de
análises anuais dos planos de ensino e treinamento; Belo Horizonte, de forma a suprir as necessidades das diversas
VIII - gerenciar a execução dos cursos de formação e de gerências regionais e dos diversos postos e turnos de serviço;
treinamento; V - manter contatos horizontais, visando a maior
IX - manter controle estatístico dos cursos e treinamentos efetividade das atividades operacionais;
desenvolvidos; VI - responsabilizar-se, diretamente, pela coordenação e
X - propor e desenvolver o processo de avaliação de controle dos postos da Guarda Municipal de Belo Horizonte
desempenho do sistema de ensino; nos locais de permanência funcional do Prefeito;
XI - manter organizado e atualizado o sistema de arquivo VII - zelar pelo rigoroso controle dos horários de serviço,
da Gerência. da postura, compostura, uniformes e equipamentos
empregados nas atividades operacionais;
Subseção II VIII - propor medidas de execução operacional, cuja
Da Gerência de Atividades Musicais implementação redunde em aprimoramento técnico-
Subseção II revogada pelo Decreto nº 16.612, de operacional;
19/4/2017 IX - buscar, na atividade operacional, a integração com os
órgãos do Sistema de Defesa Social, visando à cooperação
Art. 20 revogado pelo Decreto nº 16.612, de 19/4/2017 mútua.

Seção VIII Art. 22 - Integram a Gerência de Execução Operacional as


Da Gerência de Mobilização Institucional e seguintes gerências, de 2º nível:
Intercâmbio I - Gerência de Atividades Especiais I;
II - Gerência de Atividades Especiais II;
Art. 20A - À Gerência de Mobilização Institucional e III - Gerência da Coordenação Operacional;
Intercâmbio compete: IV - Gerência de Suporte Regional I - Regionais Pampulha,
I - coordenar o Fórum Municipal de Segurança Urbana; Venda Nova e Norte;
II - secretariar executivamente os trabalhos da Secretaria V - Gerência de Suporte Regional II - Regionais Pampulha,
Municipal de Segurança Urbana e Patrimonial nos eventos e Venda Nova e Norte;
reuniões de fóruns e seminários diversos, e assessorar o VI - Gerência de Suporte Regional I - Regionais Noroeste,
Secretário nos eventos cujo tema for segurança urbana; Oeste e Barreiro;
III - realizar intercâmbio com órgãos e entidades dos três VII - Gerência de Suporte Regional II - Regionais Noroeste,
níveis federativos no tocante a assuntos de segurança urbana; Oeste e Barreiro;
IV - acompanhar, juntamente com a Gerência de Relações VIII - Gerência de Suporte Regional I - Regionais Centro-
Institucionais, programas e projetos decorrentes da iniciativa Sul, Leste e Nordeste;
dos governos federal ou estadual que incentivem ou IX - Gerência de Suporte Regional II - Regionais Centro-Sul,
possibilitem o aporte de recursos ao Município; Leste e Nordeste.
V - elaborar estudos e planejamentos de aplicação
metropolitana, regional ou estadual a serem apresentados ou Subseção I
propostos nos fóruns e outros eventos de segurança urbana, Das Gerências de Atividades Especiais I e II
mantendo, com a Gerência de Análise Operacional,
relacionamento para a utilização de base de dados comum; Art. 23 - Às Gerências de Atividades Especiais I e II
VI - buscar e expedir informações sobre segurança urbana, compete:
por meio de relatórios e pareceres utilizando e divulgando, no I - coordenar, controlar e apoiar o emprego da Guarda
que couber, dados trabalhados pela Gerência de Controle Municipal de Belo Horizonte, em atividades de trânsito, de
Institucional; defesa civil e de fiscalização do Município, quando
VII - acompanhar, na área de interesse, os trabalhos de determinado pelo Prefeito e em eventos que necessitem de sua
municípios brasileiros que tenham reflexo na segurança participação;
urbana. II - manter estreita relação com órgãos e entidades
municipais, estaduais e federais, visando o emprego
Seção IX operacional da Guarda Municipal de Belo Horizonte em
Da Gerência de Integração Setorial atividades de apoio, quando solicitado.
Seção IX (Art. 20-B) revogada pelo Decreto n° 15.177,
de 19/03/2013 Subseção II
Da Gerência de Coordenação Operacional
CAPÍTULO III
DAS GERÊNCIAS DA GUARDA MUNICIPAL DE BELO Art. 24 - À Gerência de Coordenação Operacional compete:
HORIZONTE I - coordenar e controlar todas as atividades
Seção I desenvolvidas, no acompanhamento dos serviços
Da Gerência de Execução Operacional operacionais;
II - manter toda a documentação atualizada, cuidando para
Art. 21 - À Gerência de Execução Operacional compete: que todas as recomendações do Comando sejam cumpridas
I - elaborar as diretrizes, planos de ação e instruções de fielmente;
serviço, em conjunto com as demais gerências, visando a III - manter o Comando e a Secretaria Municipal de
adequada atuação da Guarda Municipal de Belo Horizonte; Segurança Urbana e Patrimonial constantemente informados
II - supervisionar diretamente o emprego operacional da de todas as ocorrências e fatos de destaque que ocorram no
Guarda Municipal, notadamente nos eventos especiais; âmbito das atribuições da Guarda Municipal de Belo
Horizonte;

Legislação 115
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APOSTILAS OPÇÃO

IV - responsabilizar-se pela disciplina de rede de VIII - estabelecer relações com órgãos afins, nos âmbitos
comunicação operacional; federal, estadual e municipal, objetivando informações de
V - manter as equipes da Central de Coordenação Geral interesse comum;
atualizadas acerca dos planos, diretrizes e instruções. IX - acompanhar, os fatos e/ou eventos que possam
influenciar na segurança urbana, visando à produção de
Subseção III informações operacionais;
Das Gerências de Suporte Regional I e II - Regionais X - cuidar da produção de informações de segurança
Pampulha, Venda Nova e Norte, Noroeste, Oeste e urbana, visando subsidiar o Comando no emprego mais eficaz
Barreiro, Centro-Sul, Leste e Nordeste dos recursos humanos e materiais;
XI - propor cursos e seminários de interesse das atividades
Art. 25 - Às Gerências de Suporte Regional I e II - Regionais de inteligência.
Pampulha, Venda Nova e Norte, Noroeste, Oeste e Barreiro,
Centro-Sul, Leste e Nordeste, compete: Art. 27 - Integra a Gerência de Controle Institucional a
I - coordenar e controlar, de forma descentralizada, todas Gerência de Inteligência, de 2º nível.
as atividades operacionais da Guarda Municipal desenvolvidas
na circunscrição da Regional sob sua responsabilidade, em Subseção I
consonância com as normas expedidas pelo Comando; Da Gerência de Inteligência
II - apresentar propostas que visem o aprimoramento das
atividades operacionais desenvolvidas em sua área de Art. 28 - À Gerência de Inteligência compete:
responsabilidade; I - cuidar da salvaguarda de assuntos de interesse da
III - manter estreito relacionamento com a Secretaria Secretaria Municipal de Segurança Urbana e Patrimonial e da
Regional visando identificar as demandas por segurança no Guarda Municipal;
âmbito da Regional, adotando as medidas necessárias para a II - coordenar e controlar as atividades de busca de
sua solução; informações de interesse da segurança urbana;
IV - estar atento aos problemas e necessidades dos III - apoiar atividades de acompanhamento de desvios de
Guardas Municipais que integram o efetivo de sua Regional, conduta dos integrantes da Guarda Municipal de Belo
envidando esforços para a solução dos mesmos, Horizonte;
encaminhando ao Comando aqueles que fujam à sua IV - supervisionar as atividades das equipes de busca;
capacidade de decisão; V - elaborar, coordenar e controlar as medidas de
V - responsabilizar-se pela elaboração, coordenação e segurança de documentos sob sua responsabilidade;
controle das escalas de serviço, conforme diretrizes expedidas VI - preparar toda a documentação dos diversos setores de
pelo Comando; inteligência para análise e decisão do Gerente de Controle
VI - representar o Comando da Guarda Municipal de Belo Institucional.
Horizonte, quando determinado;
VII - zelar pela postura e compostura dos Guardas Art. 29 - Integram a Gerência Inteligência as seguintes
Municipais sob seu comando, bem como pela correta conduta gerências, de 3º nível:
disciplinar dos mesmos, adotando as medidas corretivas, nos I - Gerência de Documentos e Arquivos;
casos de desvios de conduta, em conformidade com a II - Gerência de Segurança Interna;
legislação em vigor e diretrizes do Comando; III - Gerência de Defesa Urbana;
VIII - apresentar sugestões para a elaboração do programa IV - Gerência de Apoio Técnico.
de instrução dos Guardas Municipais de Belo Horizonte;
IX - zelar pela correta utilização do armamento e demais Art. 30 - À Gerência de Documentos e Arquivos compete:
equipamentos distribuídos aos Guardas Municipais sob seu I - produzir toda a documentação afeta à Gerência de
comando; Inteligência;
X - organizar e manter sempre atualizada a documentação II - organizar, coordenar e controlar o sistema de arquivo
afeta à sua gerência. e protocolo da Gerência;
III - acompanhar e registrar o noticiário de interesse
Seção II institucional;
Da Gerência de Controle Institucional IV - produzir o Diário de Informações de Segurança
Urbana.
Art. 26 - À Gerência de Controle Institucional compete:
I - planejar, coordenar, controlar e supervisionar todas as Art. 31 - À Gerência de Segurança Interna compete:
atividades de inteligência da Guarda Municipal; I - proceder ao levantamento sobre possíveis desvios de
II - produzir e salvaguardar diretrizes e instruções conduta dos integrantes da Guarda Municipal, que possam
relativas aos desvios de conduta dos integrantes da Guarda comprometer a honra, o conceito e a imagem institucionais ou
Municipal, em consonância com as normas estabelecidas pela da própria Administração Pública Municipal;
Corregedoria da Guarda Municipal de Belo Horizonte; II - acompanhar e analisar, continuamente, o moral
III - manter registro e acompanhamento dos casos de institucional;
desvios de conduta, informando, oportunamente, ao III - apoiar as atividades da Corregedoria da Guarda
Comando; Municipal, quando solicitado;
IV - zelar pela fiel observância das diretrizes estabelecidas IV - realizar pesquisas sociais de candidatos aos cargos da
para as atividades de inteligência; Guarda Municipal.
V - zelar pela observância da legislação em vigor relativa a
salvaguarda de informações, documentos, áreas, instalações e Art. 32 - À Gerência de Defesa Urbana compete:
materiais de natureza sigilosa; I - produzir informações para suporte às decisões
VI - prestar assessoria em assuntos de sua competência; operacionais;
VII - realizar estudos de análise de conjuntura relativos aos II - produzir informações sobre manifestações sociais de
fatores que possam influenciar a segurança urbana; interesse do Município, visando à adoção de medidas
preventivas de segurança;

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APOSTILAS OPÇÃO

III - produzir informações relativas a sinistros e catástrofes V - elaborar o Anuário Estatístico das atividades
naturais para apoio às atividades de Defesa Civil; desenvolvidas no ano, em conjunto com a Gerência de
IV - manter o acompanhamento das atividades Estatística;
operacionais da Guarda Municipal. VI - buscar identificar tendências, postos mais
problemáticos, horários mais críticos, com vistas ao emprego
Art. 33 - À Gerência de Apoio Técnico compete: eficaz dos recursos humanos e materiais.
I - dar suporte técnico, na área de eletrônica e de
telecomunicações, nas atividades de controle institucional; Subseção II
II - realizar filmagens e registro fotográfico de Da Gerência de Estatística
manifestações sociais de interesse da Segurança Urbana e/ou
do Município; Art. 37 - À Gerência de Estatística compete:
III - dar apoio às demais gerências em matéria de sua I - registrar, diária e continuamente, todas as intervenções
competência. realizadas pela Guarda Municipal, para fins de análise
estatística dos resultados obtidos;
Seção III II - coordenar a implantação de sistemas informatizados de
Da Gerência Técnico-Operacional registros de intervenções na Guarda Municipal e outros, em
coordenação com a Gerência de Análise Operacional;
Art. 34 - À Gerência Técnico-Operacional compete: III - colaborar na elaboração de palestras e apresentações
I - substituir o Comandante da Guarda Municipal de Belo diversas;
Horizonte em suas ausências ou impedimentos; IV - elaborar, em conjunto com a Gerência de Análise
II - elaborar, em consonância com as políticas de segurança Operacional, o Anuário Estatístico, com balanço anual de todas
urbana, a doutrina de emprego operacional da Guarda as atividades operacionais desenvolvidas.
Municipal;
III - colaborar com o planejamento e coordenação do Subseção III
emprego operacional da Guarda Municipal; Da Gerência de Segurança Física
IV - sistematizar as avaliações de interesse da segurança
urbana, de forma a permitir o emprego eficaz dos recursos Art. 38 - À Gerência de Segurança Física compete:
humanos e materiais; I - elaborar as análises de ambiência de segurança dos
V - cooperar com o planejamento e a supervisão do próprios municipais;
emprego integrado do efetivo da Guarda Municipal em eventos II - elaborar estudos para instalação de postos fixos da
que exijam coordenação centralizada do esforço operacional; Guarda Municipal;
VI - cooperar com o planejamento, a coordenação e o III - realizar visitas aos diversos próprios municipais,
controle do programa de instrução do contingente da Guarda visando transmitir orientações para segurança pessoal e
Municipal; coletiva aos gerentes e funcionários;
VII - cooperar com a implementação de diretrizes que IV - efetuar a segurança velada dos eventos especiais,
permitam o controle diário do efetivo lançado em serviço; conforme recomendação do Comando.
VIII - implementar diretrizes que permitam o controle
sistemático e diário das intervenções e ocorrências Subseção IV
verificadas; Da Gerência de Atividades Musicais
IX - supervisionar as análises de ambiência elaboradas Subseção acrescentada pelo Decreto nº 16.612, de
pelas Gerências de Segurança Física e de Segurança 19/4/2017
Patrimonial;
X - sugerir, em decorrência de análise operacional, a Art. 38-A - À Gerência de Atividades Musicais compete: Art.
movimentação de Guardas Municipais; 38-A acrescentado pelo Decreto nº 16.612, de 19/4/2017
XI - organizar e manter atualizado o Quadro de Eventos I - coordenar as atividades da Banda de Música da Guarda
Programados (QEP), informando a todos os interessados. Municipal, envolvendo a seleção de músicos dentre os
componentes da Guarda Municipal de Belo Horizonte, o
Art. 35 - Integram a Gerência Técnico-Operacional as treinamento, a aquisição de instrumentos musicais, partituras
seguintes gerências, de 2º nível: e mobiliário próprio para a sala de treinamento e
I - Gerência de Análise Operacional; apresentações;
II - Gerência de Estatística; II - relacionar-se com outras corporações musicais,
III - Gerência de Segurança Física. públicas ou privadas, visando o intercâmbio de
IV - Gerência de Atividades Musicais. Inciso IV conhecimentos, repertório, aperfeiçoamento dos músicos e
acrescentado pelo Decreto nº 16.612, de 19/4/2017 eventos culturais na música de interesse do Município;
III - propor e coordenar a participação da Banda de Música
Subseção I da Guarda Municipal em eventos sócio-culturais de interesse
Da Gerência de Análise Operacional do Município.

Art. 36 - À Gerência de Análise Operacional compete: Art. 39 - Integra a Gerência de Segurança Física a Gerência
I - manter análise estatística diária e continuada de todas de Segurança Patrimonial, de 3º nível, à qual compete:
as atividades operacionais realizadas pela Guarda Municipal; I - prestar assessoria na área de construção e reforma de
II - buscar a identificação de tendências das ocorrências, próprios, dentro dos princípios adequados de segurança;
visando a orientação do emprego mais eficaz dos recursos II - responsabilizar-se pela organização e treinamento de
humanos e materiais; voluntários nos próprios municipais, para prevenção e
III - buscar a identificação dos fatores causais das enfrentamento de sinistros;
ocorrências, visando orientar a adoção de medidas III - colaborar na elaboração das diretrizes para emprego
preventivas e/ou corretivas pelo Comando; da Guarda Municipal em situações de sinistros e/ou
IV - prestar apoio na realização de palestras e calamidades.
apresentações diversas;

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APOSTILAS OPÇÃO

CAPÍTULO IV Art. 45 - À Gerência de Registro e Arquivo de Feitos


DAS GERÊNCIAS DA CORREGEDORIA DA GUARDA compete:
MUNICIPAL DE BELO HORIZONTE I - executar protocolo e expedição de documentos;
Seção I II - fazer cumprir as cartas citatórias;
Da Gerência Administrativa e de Atividades III - encaminhar intimações;
Correicionais IV - encaminhar publicações para o DOM;
V - controlar as respostas de ofícios e encaminhá-los para
Art. 40 - À Gerência Administrativa e de Atividades autuação;
Correicionais compete: VI - manter atualizado o arquivo;
I - coordenar as atividades correicionais cartoriais da VII - prestar informações e suporte à Gerência de Feitos
Guarda Municipal de Belo Horizonte; Correicionais.
II - coordenar o cadastramento de todos os expedientes,
bem como o controle dos livros e registros; Seção II
III - coordenar a abertura, autuação e trâmite de processos Da Gerência Correicional
em apuração sumária, sindicância e processos administrativos
disciplinares; Art. 46 - À Gerência Correicional compete:
IV - coordenar a elaboração de portarias, atos, cartas I - coordenar a instrução de sindicâncias, e a emissão de
citatórias e intimações, e o seu cumprimento; seu relatório final;
V - coordenar o suporte nas audiências, o registro e II - coordenar e elaborar pareceres em matéria disciplinar;
controle das fichas de antecedentes disciplinares, e a coleta de III - coordenar diligências externas e de assuntos internos
dados com a emissão de pronunciamentos pertinentes; da Corregedoria;
VI - coordenar a distribuição das apurações sumárias, IV - coordenar a realização de audiências em processos de
sindicâncias e processos administrativos disciplinares, e a sindicância e o suporte às Comissões Revisional e Recursal;
emissão de pareceres em matéria de sua competência, para V - analisar e emitir relatório sobre denúncias.
decisão do Corregedor.
Art. 47 - Integram a Gerência Correicional as seguintes
Art. 41 - Integra a Gerência Administrativa e de Atividades gerências, de 2º nível:
Correicionais a Gerência de Feitos Correicionais, de 2º nível. I - Gerência de Desenvolvimento Correicional;
II - Gerência de Assuntos Internos.
Subseção I
Da Gerência de Feitos Correicionais Subseção I
Da Gerência de Desenvolvimento Correicional
Art. 42 - À Gerência de Feitos Correicionais compete:
I - supervisionar a realização de protocolos, arquivos e Art. 48 - À Gerência de Desenvolvimento Correicional
audiências dos processos; compete:
II - supervisionar o cadastramento de todos os I - supervisionar a instrução de sindicância;
expedientes, e o controle dos livros e registros; II - supervisionar a emissão de relatórios em processos de
III - supervisionar a abertura, autuação e trâmite de sindicância;
processos em apuração sumária, sindicância e processos III - supervisionar a abertura de processos de sindicância e
administrativos disciplinares; de processos administrativos disciplinares;
IV - supervisionar a elaboração de portarias, atos, cartas IV - supervisionar as diligências externas;
citatórias e intimações, e o seu cumprimento; V - supervisionar a realização de audiências;
V - supervisionar o suporte nas audiências, o registro e VI - supervisionar o protocolo e a expedição de
controle das fichas de antecedentes disciplinares, e a coleta de documentos e atos;
dados com a emissão de pronunciamentos pertinentes; VII - emitir pareceres em matéria de sua competência;
VI - supervisionar a distribuição das apurações sumárias, VIII - emitir relatório estatístico sobre atividades
sindicâncias e processos administrativos disciplinares, e a correicionais;
emissão de pareceres em matéria de sua competência, para IX - supervisionar o cumprimento dos atos dos processos.
decisão do Corregedor.
Art. 49 - Integra a Gerência de Desenvolvimento
Art. 43 - Integram a Gerência de Feitos Correicionais as Correicional a Gerência de Suporte Correicional, de 3º nível, à
seguintes gerências, de 3º nível: qual compete:
I - Gerência de Desenvolvimento de Feitos; I - dar suporte à instrução de processos de sindicâncias;
II - Gerência de Registro e Arquivo de Feitos. II - dar suporte para autuação de processos de sindicâncias
e processos administrativos disciplinares junto à Gerência de
Art. 44 - À Gerência de Desenvolvimento de Feitos Desenvolvimento Correicional;
compete: III - tramitar os processos de sindicância e os processos
I - elaborar portarias e atos; administrativos disciplinares;
II - emitir cartas citatórias e intimações; IV - elaborar pareceres em matéria de sua competência;
III - elaborar ofícios e documentos; V - dar suporte às comissões disciplinares, de recursos e
IV - encaminhar processos para aplicação de penalidades; revisional;
V - subsidiar na emissão de pareceres em matéria de sua VI - dar suporte em audiências.
competência;
VI - manter atualizado o controle de movimentação de Subseção II
processos ou quaisquer outros expedientes; Da Gerência de Assuntos Internos
VII - elaborar a agenda de depoimentos;
VIII - prestar informações e suporte à Gerência de Feitos Art. 50 - À Gerência de Assuntos Internos compete:
Correicionais. I - subsidiar, com informações e diligências, a Comissão
Disciplinar e a Gerência Correicional em processos
administrativos disciplinares e sindicâncias;

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II - realizar diligências externas; V - promover a remoção da população das áreas de perigo


III - realizar diligências em sindicâncias indiciárias e em iminente;
processos de sindicâncias; VI - acionar os órgãos competentes para a promoção da
IV - emitir relatório sobre diligências; guarda dos pertences de pessoas atingidas por acidentes ou
V - elaborar pareceres em matéria de sua competência; desastres;
VI - realizar pesquisas. VII - promover a remoção de pessoas desabrigadas ou
desalojadas para locais de refúgio ou abrigos, observando o
CAPÍTULO IV-A número de vagas disponíveis em colaboração com os demais
DAS GERÊNCIAS DA COORDENADORIA MUNICIPAL DE órgãos do Município;
DEFESA CIVIL VIII - articular ações integradas com os diversos órgãos do
Seção I município tendo em vista as ações de socorro, de prevenção,
Da Gerência de Gestão de Riscos Naturais de reabilitação e recuperação de áreas deterioradas por
acidentes ou desastres;
Art. 50-A – À Gerência de Gestão de Riscos Naturais IX - fazer os planos globais, específicos e de contingências
compete: na área de Defesa Civil;
I - elaborar projetos com vistas ao monitoramento e ao X - apresentar periodicamente ao Coordenador Municipal
gerenciamento de riscos e desastres naturais, propondo de Defesa Civil relatório sobre o andamento das atividades.
sistemas de alerta e alarme;
II - prestar consultoria nos assuntos pertinentes à área de Art. 50-D – Integram a Gerência Operacional da Defesa
climatologia e de previsões meteorológicas; Civil as seguintes gerências, de 3º nível:
III - propor e realizar estudos visando subsidiar a adoção I - Gerência de Coordenadoria de Operações Diurnas I;
de medidas de prevenção, proteção e/ou mitigação dos riscos II - Gerência de Coordenadoria de Operações Diurnas II;
pela Coordenadoria Municipal de Defesa Civil; III - Gerência de Coordenadoria de Operações Noturnas I;
IV - elaborar documentos, relatórios, apresentações e IV - Gerência de Coordenadoria de Operações Noturnas II.
análises solicitadas pelo Prefeito.
Subseção I
Seção II Das Gerências de Coordenadoria de Operações
Da Gerência Técnica Diurnas e Noturnas I e II

Art. 50-B - À Gerência Técnica compete: Art. 50-E - Às Gerências de Coordenadoria de Operações
I - promover o assessoramento técnico em todas as ações Diurnas e Noturnas I e II compete:
de defesa civil desenvolvidas pela Coordenadoria Municipal de I - coordenar diuturnamente as ações de Defesa Civil no
Defesa Civil; atendimento ao público;
II - realizar vistorias técnicas e emitir laudos ou relatórios II - orientar e fiscalizar o atendimento telefônico da central
para subsidiar decisões a serem tomadas pelo Coordenador 199;
Municipal de Defesa Civil; III - analisar situações de ocorrência e estabelecer
III - colaborar no planejamento e execução de treinamento prioridades no atendimento;
e/ou capacitação de recursos humanos para as ações de Defesa IV - assumir o atendimento nos casos de ocorrência de alta
Civil; complexidade;
IV - apoiar as equipes em ação de defesa civil a fim de V - compartilhar e/ou repassar atendimento de ocorrência
orientar os trabalhos de forma segura; de defesa civil às Secretarias de Administração Regional
V - realizar, de forma integrada com os demais órgãos Municipais, URBEL e demais órgãos do Município;
municipais, estudos continuados, análise e monitoramento em VI - fazer o relatório de Serviço do Turno constando todas
áreas de risco; as demandas e soluções dadas para cada caso;
VI - promover o levantamento de informações sobre áreas VII - apoiar e orientar a equipe de atendimento de
e situações de riscos de acidentes ou desastre, dentro do ocorrência de Defesa Civil.
Município, para subsidiar a elaboração de planos e cartas de
situação; Seção IV
VII - manter atualizado o cadastro de voluntários dos Da Gerência Administrativo-Financeira
Núcleos de Defesa Civil - NUDEC;
VIII - cadastrar recursos humanos e materiais de que Art. 50-F - À Gerência de Administrativo-Financeira
dispõe a Coordenadoria Municipal de defesa Civil e órgãos compete:
parceiros para o enfrentamento de situações de acidente ou I - formatar o orçamento anual e plurianual de
desastre; investimentos e custeio da Coordenadoria Municipal de Defesa
IX - apresentar periodicamente ao Coordenador Municipal Civil e do FEMCAMP;
de Defesa Civil relatório sobre o andamento das atividades. II – analisar, preparar e acompanhar o cumprimento da
programação financeira;
Seção III III - registrar e acompanhar a execução da programação
Da Gerência Operacional da Defesa Civil anual e plurianual, sugerindo alterações quando necessário;
IV - administrar os serviços internos, o pessoal, o material
Art. 50-C - À Gerência Operacional da Defesa Civil compete: de consumo, os veículos e o patrimônio móvel;
I - promover o salvamento da população atingida por V - cumprir e fazer cumprir as disposições aplicáveis aos
desastres naturais ou provocados pelo homem; servidores;
II - avaliar os danos e riscos a que está submetida a VI - coordenar as atividades relativas ao preparo da folha
população em área de risco e adotar medidas de proteção e/ou de pagamento;
mitigação dos riscos; VII - coordenar a implantação das atividades relacionadas
III - cadastrar os relatórios de vistorias no sistema com segurança do trabalho, segundo diretrizes emanadas da
informatizado de Defesa Civil; Secretaria Municipal de Administração e Recursos Humanos;
IV - manter cadastro das vistorias de monitoramento de
pontos críticos de risco de desastre;

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VIII - promover a guarda dos bens oriundos de aquisição Seção VII


e/ou doações recebidas, bem como o controle e distribuição à Da Gerência de Preparação para Emergências
população flagelada; Seção acrescentada pelo Decreto nº 16.587, de
IX - executar o acompanhamento dos serviços de terceiros 3/3/2017
prestados a Coordenadoria Municipal de Defesa Civil;
X - manter atualizados os arquivos de leis, decretos, Art. 50-I - À Gerência de Preparação para Emergências
normas e documentos de interesse da Coordenadoria compete: Art. 50-I acrescentado pelo Decreto nº 16.587, de
Municipal de Defesa Civil; 3/3/2017
XI - elaborar escala de serviço de pessoal de plantão e de I - planejar e implementar programas de capacitação
serviço de turnos. contínua dos recursos humanos da COMDEC e de todo o
sistema municipal de defesa e proteção civil (SIMDEC);
Seção V II - manter atualizados os planos de contingências para
Da Gerência de Controle e Expedição resposta aos desastres recorrentes na cidade;
III - planejar e executar simulados previstos nos Planos de
Art. 50-G - À Gerência de Controle e Expedição compete: Contingências para resposta aos desastres;
I - receber expedientes e documentos encaminhados ao IV - mobilizar, capacitar e treinar as comunidades
gabinete e às gerências a ele subordinadas, prepará-los para inseridas em áreas de risco de desastres;
despacho ou dar-lhes o encaminhamento devido; V - planejar e realizar as vistorias de prevenção e
II - preparar os contatos e reuniões de que o Secretário preparação nas áreas de risco, relatando e encaminhando aos
deva participar; demais órgãos do SIMDEC, as necessidades de intervenção
III - executar os serviços de digitação e organizar o arquivo mitigatória;
de correspondências e documentos; VI - controlar os estoques dos depósitos de assistência
IV - preparar a correspondência do Gabinete; humanitária, mantendo-os abastecidos, em conjunto com a
V - controlar a execução dos serviços externos de Gerencia Administrativo e Financeira;
responsabilidade do gabinete da Coordenadoria Municipal de VII - cadastrar, organizar e capacitar voluntários, para as
Defesa Civil. ações de prevenção, preparação e resposta aos desastres,
segundo a vocação e especialidade de cada um;
Seção VI VIII - mobilizar e capacitar os radioamadores para atuação
Da Gerência de Integração Institucional e Prevenção na ocorrência de desastres;
Seção acrescentada pelo Decreto nº 16.587, de 3/3/2017 IX - implementar o programa “Defesa Civil nas Escolas”, em
conjunto com a Secretaria Municipal de Educação;
Art. 50-H - À Gerência de Integração Institucional e X - apoiar a Gerência Operacional na implementação do
Prevenção compete: Art. 50-H acrescentado pelo Decreto nº Sistema de Comando em Operações, durante os processos de
16.587, de 3/3/2017 resposta aos desastres;
I - gerenciar a comunicação social da COMDEC, em XI - avaliar e propor ao Coordenador da COMDEC
alinhamento com as diretrizes da ASCOM; sugestões para a atualização da política municipal de defesa
II - gerenciar as redes sociais e o relacionamento com a civil.
mídia, priorizando a difusão oportuna dos alertas e de medidas
de auto proteção dos cidadãos; CAPÍTULO V
III - coordenar e registrar as ações pactuadas entre a DAS DISPOSIÇÕES FINAIS
Prefeitura de Belo Horizonte e a Organização das Nações
Unidas, na campanha “cidades resilientes”; Art. 51- Cada gerência referida neste Decreto poderá atuar
IV - desenvolver ações para ampliar a participação da em projetos especiais que lhes forem atribuídos, desde que
comunidade nas ações de proteção e defesa civil; pertinentes ao seu campo específico de competências.
V - ampliar a participação da iniciativa privada nas ações
de proteção e defesa civil, através de parcerias Art. 52 - As competências previstas neste Decreto para
institucionalizadas; cada gerência consideram-se atribuições e responsabilidade
VI - identificar e promover oportunidades de atuação dos respectivos titulares dos cargos.
conjunta com entidades de classe, visando capacitar os
associados quanto a proteção e defesa civil em caso de Art. 53 - Este Decreto entra em vigor na data de sua
desastres; publicação e revoga o Decreto nº 11.743, de 28 de junho de
VII - identificar fontes de recursos, elaborar planos de 2004.
trabalho e propor convênios com entes federados e
instituições, visando o desenvolvimento de ações de proteção
e defesa civil, com ênfase na prevenção e mitigação de 12. Lei Municipal 9.319, de 19 de
desastres;
VIII - planejar e desenvolver ações visando o intercâmbio
janeiro de 2007 – Estatuto da
com os sistemas de defesa e proteção civil de outros Guarda Municipal de Belo
municípios; Horizonte.
IX - organizar seminários, congressos e conferências
relativos ao tema da proteção e defesa civil, principalmente
envolvendo a participação popular e de instituições privadas;
LEI Nº 9.319, DE 19 DE JANEIRO DE 2007
X - desenvolver ações junto à comunidade acadêmica de
modo a incentivar a produção de conhecimento científico
Institui o Estatuto da Guarda Municipal de Belo Horizonte e dá
sobre a gestão de riscos e desastres no município; outras providências.
XI - avaliar e propor sugestões para a atualização da
política municipal de defesa civil. O Povo do Município de Belo Horizonte, por seus
representantes, decreta e eu sanciono a seguinte Lei:

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TÍTULO I como medida de primeiro esforço, antecedendo a atuação do


DAS DISPOSIÇÕES PRELIMINARES Corpo de Bombeiros de Minas Gerais;
CAPÍTULO I IX - planejar, coordenar e executar ações de interação com
DA DESTINAÇÃO E MISSÃO os cidadãos;
X - promover a realização de cursos, treinamentos,
Art. 1º - A Guarda Municipal de Belo Horizonte - GMBH - é seleções, seminários e outros eventos, visando ao constante
órgão integrante da Administração Direta do Poder Executivo aperfeiçoamento, qualificação e promoção de seus
do Município de Belo Horizonte, organizada com base na integrantes;
hierarquia e na disciplina, sob a autoridade suprema do XI - manter seus planos e ordens permanentemente
Prefeito de Belo Horizonte, com a finalidade de garantir atualizados, de forma a garantir sempre a qualidade de seus
segurança aos órgãos, entidades, agentes, usuários, serviços e serviços;
ao patrimônio do Município de Belo Horizonte, e tem como XII - assegurar que suas ações estejam sempre
princípios norteadores de suas ações: fundamentadas no respeito à dignidade humana, à cidadania,
I - o respeito à dignidade humana; à justiça, à legalidade democrática e aos direitos humanos;
II - o respeito à cidadania; XIII - atuar de forma preventiva nas áreas de sua
III - o respeito à justiça; circunscrição, onde se presuma ser possível a quebra da
IV - o respeito à legalidade democrática; situação de normalidade;
V - o respeito à coisa pública. XIV - atuar com prudência, firmeza e efetividade, na sua
área de responsabilidade, visando ao restabelecimento da
Art. 2º - Os uniformes, continências, honras, sinais de situação de normalidade, precedendo eventual emprego da
respeito, protocolo e cerimonial da Guarda Municipal de Belo Força Pública Estadual;
Horizonte serão determinados por ato do Chefe do Executivo. XV - manter relacionamento urbano e harmônico com as
Art. 2º com redação dada pela Lei nº 10.178, de 13/5/2011 instituições que compõem o Sistema de Defesa Social,
(Art. 1º) ADIN nº 1.0000.11.031191-7/000, do Tribunal de promovendo o intercâmbio e a colaboração recíprocos.
Justiça do Estado de Minas Gerais - PROCEDÊNCIA DO XVI - VETADO
PEDIDO – Lei nº 10.178 DECLARADA INCONSTITUCIONAL.
CAPÍTULO II
Art. 3º - A Guarda Municipal de Belo Horizonte subordina- DOS CONCEITOS BÁSICOS
se à Secretaria Municipal de Segurança Urbana e Patrimonial.
Art. 6º - Supervisão é a atividade permanentemente
Art. 4º - Compete ao Comandante da GMBH dirigir o órgão, desenvolvida em nome da autoridade competente, com o
nos aspectos técnico e operacional. propósito de apurar e determinar o exato cumprimento de
ordens e decisões.
Art. 4º - Compete ao Chefe da GMBH dirigir o órgão, nos
aspectos técnico e operacional. Art. 7º - Hierarquia é a ordem e a subordinação dos
Parágrafo único - A função de Chefe especificada no caput diversos cargos e funções que constituem a estrutura e a
deste artigo será exercida por servidor titular do cargo público carreira da Guarda Municipal e que, conforme a ordem
efetivo de Guarda Municipal, integrante da estrutura funcional crescente de níveis, investe de autoridade o cargo mais
da GMBH. Art. 4º com redação dada pela Lei nº 10.178, de elevado.
13/5/2001 (Art. 2º) ADIN nº 1.0000.11.031191-7/000, do § 1º - A civilidade é parte integrante da educação dos
Tribunal de Justiça do Estado de Minas Gerais - servidores da Guarda Municipal, competindo ao superior
PROCEDÊNCIA DO PEDIDO – Lei nº 10.178 DECLARADA hierárquico tratar os subordinados de modo respeitoso, e ao
INCONSTITUCIONAL. subordinado manter deferência para com seus superiores.
§ 2º - A camaradagem é indispensável à formação e ao
Art. 5º - Compete à Guarda Municipal de Belo Horizonte: convívio dos integrantes da Guarda Municipal, objetivando o
I - proteger órgãos, entidades, serviços e o patrimônio do aperfeiçoamento das relações sociais entre os mesmos.
Município de Belo Horizonte;
II - exercer a atividade de orientação e proteção dos Art. 8º - A hierarquia e a disciplina manifestam-se por meio
agentes públicos e dos usuários dos serviços públicos do exato cumprimento dos deveres civis e funcionais, em todos
municipais; os níveis, escalões, cargos e funções, e constituem a base
III - prestar serviços de vigilância nos órgãos da institucional da GMBH.
administração direta e nas entidades da administração § 1º - A hierarquia é a ordenação da autoridade em níveis
indireta do Município; diferentes, dentro da estrutura da GMBH.
IV - auxiliar nas ações de Defesa Civil sempre que § 2º - A disciplina do Guarda Municipal é a exteriorização
estiverem em risco bens, serviços e instalações municipais e, da ética do servidor e manifesta-se pelo exato cumprimento de
em outras situações, a critério do Prefeito; deveres, em todos os escalões e em todos os graus da
V - auxiliar o exercício da fiscalização municipal, sempre hierarquia, quanto aos seguintes aspectos:
que estiverem em risco bens, serviços e instalações municipais I - pronta obediência às ordens legais;
e, em outras condições e situações excepcionais, a critério do II - observância às prescrições legais e regulamentares;
Prefeito; III - emprego de toda a capacidade em benefício do serviço;
VI - atuar na fiscalização, no controle e na orientação do IV - correção de atitudes;
trânsito e do tráfego, por determinação expressa do Prefeito; V - colaboração espontânea com a disciplina coletiva e com
ADIN nº 1.0000.08.479114-4/000, do Tribunal de Justiça do a efetividade dos resultados pretendidos pela GMBH;
Estado de Minas Gerais - IMPROCEDÊNCIA DO PEDIDO: VI - respeito aos direitos humanos e sua promoção.
Inciso VIGENTE.
VII - garantir a preservação da segurança e da ordem nos Art. 9º - O princípio da subordinação rege todos os graus
próprios municipais sob sua responsabilidade; da hierarquia da GMBH, conforme o disposto nesta Lei e em
VIII - planejar, coordenar e executar as atividades de seu regulamento.
prevenção e combate a incêndios nos próprios municipais,

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TÍTULO II GMBH e da entidade encarregada de ministrar o curso, se


DO REGIME FUNCIONAL E DE TRABALHO houver, destacadamente os relativos a avaliação, horários,
CAPÍTULO I hierarquia, disciplina, direitos e obrigações, mediante a
DAS DISPOSIÇÕES GERAIS integral observância de seus códigos de ética e de disciplina.
§ 4º - O candidato que, durante o curso de formação, tiver
Art. 10 - O presente Estatuto é de aplicação exclusiva aos a sua conduta julgada inconveniente ou incompatível com os
servidores titulares dos cargos públicos efetivos integrantes critérios de planejamento e os regulamentos do sistema de
da estrutura funcional da GMBH, e no que couber, ensino, será imediatamente desligado e reprovado no
especialmente quanto ao Regime Disciplinar previsto nesta concurso.
Lei, aos ocupantes do cargo em comissão de Inspetor da § 5º - A critério do Secretário Municipal de Segurança
Guarda Municipal de Belo Horizonte. Urbana e Patrimonial, poderá ser dispensado, integral ou
Parágrafo único - É vedada a aplicação aos servidores parcialmente da frequência ao curso de formação, o servidor
titulares dos cargos públicos efetivos da GMBH da legislação público que já o tiver cursado na condição de contratado da
pertinente aos demais servidores públicos efetivos GMBH.
integrantes da estrutura funcional da Administração direta, § 6º - Reprovado no curso de formação, o candidato será
especialmente o disposto na Lei nº 7.169, de 30 de agosto de reprovado no concurso público, não lhe assistindo nenhum
1996. direito de ingresso no cargo público efetivo de Guarda
Municipal.
Art. 11 - Para os efeitos desta Lei, entende-se por servidor
a pessoa legalmente investida em cargo público ou função Art. 13 - Art. 13 revogado pela Lei nº 10.178, de
pública integrante da estrutura funcional da GMBH e da 13/5/2011
Secretaria Municipal de Segurança Urbana e Patrimonial.
Parágrafo único - Os cargos públicos previstos nesta Lei Art. 14 - O provimento dos cargos far-se-á mediante ato do
são providos em caráter efetivo ou em comissão. Prefeito.

CAPÍTULO II Art. 15 - A investidura em cargo público ocorrerá com a


DO INGRESSO posse e com a entrada em exercício.
Seção I
Das condições gerais Art. 16 - São formas de provimento dos cargos públicos do
quadro de pessoal da Guarda Municipal de Belo Horizonte:
Art. 12 - O cargo público efetivo de Guarda Municipal de 2ª I - nomeação;
Classe, integrante da estrutura funcional da GMBH, é acessível II - reversão;
a todos os brasileiros natos ou naturalizados, mediante III - reintegração;
concurso público de provas ou de provas e títulos. IV - recondução;
§ 1º - O candidato ao cargo público efetivo de Guarda V - aproveitamento.
Municipal de 2ª Classe, além dos requisitos constitucionais e
legais pertinentes, deverá atender às seguintes exigências: Seção II
I - possuir nível fundamental de escolaridade, exigindo-se, Da Nomeação
para os concursos públicos realizados a partir de 1º de janeiro
de 2013, o nível médio de escolaridade ou equivalente; Art. 17 - A nomeação far-se-á em caráter efetivo para o
II - estar no exercício dos direitos civis e políticos e quite cargo público de Guarda Municipal de 2ª Classe, e em
com as obrigações militares e eleitorais; comissão, para cargos declarados em lei de livre nomeação e
III - gozar de boa saúde física e mental, e não apresentar exoneração.
deficiência física, mental ou sensorial que o incapacite para o
exercício das atribuições do cargo público de Guarda Art. 18 - A nomeação para o cargo público efetivo de
Municipal; Guarda Municipal de 2ª Classe depende de prévia aprovação
IV - possuir idade mínima de 18 (dezoito) anos e altura em concurso público de provas ou de provas e títulos,
mínima de 1,65m (um metro e sessenta e cinco centímetros) observados a ordem de classificação e o prazo de validade do
para o sexo masculino, e de 1,60m (um metro e sessenta certame.
centímetros) para o sexo feminino; § 1º - Quando de sua nomeação e dentro do prazo previsto
V - não estar sendo processado nem ter sofrido no art. 20, o candidato terá direito à reclassificação no último
penalidades por prática de atos desabonadores para o lugar da listagem de aprovados, caso o requeira, podendo ser
exercício de suas atribuições como Guarda Municipal; novamente nomeado, dentro do prazo de validade do
VI - não registrar antecedentes criminais; concurso, se houver vaga.
VII - possuir idoneidade moral; § 2º - Quando mais de um candidato solicitar a
VIII - ser aprovado em todas as fases do concurso público reclassificação a que se refere o parágrafo anterior, o
a que se candidatar, conforme o regulamento desta Lei, reposicionamento respeitará a ordem de classificação inicial
especialmente em processo de avaliação física e psicológica, do candidato.
bem como no curso de formação específico da GMBH. § 3º - O direito previsto no § 1º deste artigo poderá ser
§ 2º - O curso de formação a que se refere o inciso VIII do § exercido uma única vez, por candidato, no mesmo concurso.
1º deste artigo será a etapa final do concurso para provimento
do cargo público efetivo de Guarda Municipal, durante o qual Seção III
o candidato aprovado para a etapa correspondente ao Da Posse
mencionado curso receberá uma bolsa mensal, em valor
equivalente a 1 (um) salário mínimo, de natureza Art. 19 - Posse é a aceitação formal, pelo servidor, das
indenizatória, e sobre a qual não incidirão quaisquer atribuições, dos deveres, das responsabilidades e dos direitos
descontos, à exceção dos dias de falta ao curso, que serão inerentes ao cargo público, concretizada com a assinatura do
descontados na forma prevista nos artigos 56 e 57 desta Lei. respectivo termo pela autoridade competente e pelo
§ 3º - Durante o curso de formação, serão aplicadas ao empossado.
candidato as regras dos planejamentos e dos regulamentos da

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APOSTILAS OPÇÃO

Parágrafo único - No ato da posse, o servidor apresentará Seção VI


declaração dos bens e valores que constituem seu patrimônio Da Estabilidade
e declaração quanto ao exercício ou não de outro cargo,
emprego ou função pública. Art. 28 - São estáveis após três anos de efetivo exercício os
servidores nomeados para cargo de provimento efetivo em
Art. 20 - A posse ocorrerá no prazo de 20 (vinte) dias, virtude de concurso público.
contados da publicação do ato de nomeação, prorrogável por § 1º - Para efeito do disposto no caput deste artigo,
igual período, motivadamente e a critério da autoridade excetuam-se os períodos das licenças previstas nos incisos I, II,
competente, ouvido o Secretário Municipal de Segurança III e IV do art. 87 desta Lei.
Urbana e Patrimonial. § 2º - Como condição para aquisição da estabilidade, é
obrigatória a avaliação especial de desempenho por comissão
Art. 21 - Vencido o prazo para a posse, o servidor terá seu instituída para essa finalidade.
ato de nomeação revogado, abrindo-se a vaga decorrente. § 3º - A avaliação especial de desempenho prevista no
parágrafo anterior, será realizada com base nos seguintes
Art. 22 - Só poderá ser empossado aquele que, em inspeção critérios, entre outros fixados por decreto:
médica feita pelo órgão municipal competente, for julgado I - desempenho satisfatório das atribuições do cargo;
apto, física e mentalmente, para o exercício do cargo, desde II - participação em atividades de aperfeiçoamento
que preenchidos, também, os demais requisitos exigidos pelo relacionadas com as atribuições específicas do cargo;
concurso público. III - disponibilidade para discutir questões relacionadas
com as condições de trabalho e com as finalidades da
Seção IV administração pública;
Do Exercício e Lotação IV - elaboração de trabalhos ou pesquisa, visando ao
melhor desempenho do serviço público;
Art. 23 - Exercício é o efetivo desempenho, pelo servidor, V - iniciativa na busca de opções para melhor desempenho
das atribuições do cargo público para o qual foi nomeado. do serviço;
§ 1º - É de 10 (dez) dias o prazo para o servidor público VI - observância de todos os deveres inerentes ao exercício
entrar em exercício, contados da posse. do cargo.
§ 2º - Será exonerado o servidor empossado que não entrar § 4º - Os critérios de que trata o § 3º deste artigo serão
em exercício no prazo previsto no parágrafo 1º deste artigo. determinantes para a decisão relativa à estabilidade do
§ 3º - A nomeação somente produzirá efeitos financeiros a servidor.
partir da data do início do efetivo exercício.
Art. 29 - A cada período de 365 (trezentos e sessenta e
Art. 24 - O início, a interrupção, a suspensão e o reinício do cinco) dias trabalhados, o servidor não detentor de
exercício serão registrados no assentamento individual do estabilidade será avaliado por comissão designada pelo
servidor. Secretário Municipal de Segurança Urbana e Patrimonial.
Parágrafo único - Ao entrar em exercício, o servidor § 1º - Será considerado aprovado na avaliação de
apresentará ao órgão competente os elementos necessários ao desempenho o Guarda Municipal que alcançar a média de 75%
seu assentamento individual. (setenta e cinco por cento) dos pontos apurados nas três
avaliações previstas.
Art. 25 - Lotação é o ato que determina o órgão ou a § 2º - Adquirida a estabilidade, os critérios previstos no §
unidade de exercício do servidor. 3º do art. 28 desta Lei serão utilizados para a avaliação
§ 1º - Fica vedada a cessão dos ocupantes de cargo permanente do Guarda Municipal.
público/posto hierárquico da Carreira da Guarda Municipal § 3º - O Executivo terá o prazo de 180 (cento e oitenta) dias,
para o Poder Legislativo do Município de Belo Horizonte ou ao final dos 3 (três) anos necessários para a integralização do
para os órgãos e entidades dos Poderes da União, dos Estados, estágio probatório, para apurar os resultados da avaliação de
do Distrito Federal e dos Municípios. cada Guarda Municipal, providenciando os encaminhamentos
§ 2º - É vedada a lotação dos ocupantes de cargo necessários para publicação da estabilidade ou
público/posto hierárquico da Carreira da Guarda Municipal encaminhamento da devida exoneração.
fora da estrutura da Secretaria Municipal de Segurança Urbana
e Patrimonial ou a sua cessão a outros órgãos e entidades da Art. 30 - O servidor público estável só perderá o cargo:
Administração direta e indireta do Poder Executivo do I - em virtude de sentença judicial transitada em julgado;
Município de Belo Horizonte, exceto em casos excepcionais, II - mediante processo administrativo em que lhe seja
observados a conveniência e o interesse do serviço, e desde assegurada ampla defesa;
que autorizados expressa e formalmente pelo Prefeito. III - mediante procedimento de avaliação periódica de
desempenho, assegurada ampla defesa.
Seção V Parágrafo único - Invalidada por sentença judicial a
Da Substituição demissão do servidor estável, será ele reintegrado, e o
eventual ocupante da vaga, se estável, reconduzido ao cargo de
Art. 26 - Substituição é o exercício temporário de cargo em origem, sem direito a indenização, aproveitado em outro cargo
comissão nos casos de impedimento legal ou afastamento do ou posto em disponibilidade com remuneração proporcional
titular. ao tempo de serviço.

Art. 27 - A substituição de que trata o art. 26 desta Lei Seção VII


depende de autorização do Secretário Municipal de Da Reversão
Administração e Recursos Humanos mediante proposta do
Secretário Municipal de Segurança Urbana e Patrimonial. Art. 31 - Reversão é o retorno à atividade do Guarda
Parágrafo único - O substituto fará jus à remuneração do Municipal aposentado por invalidez quando, por junta médica
cargo em comissão, paga na proporção dos dias de efetiva do órgão municipal competente, forem declarados
substituição. insubsistentes os motivos determinantes da aposentadoria e

Legislação 123
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APOSTILAS OPÇÃO

atestada sua capacidade para o exercício das atribuições do § 2º - Ao final de 2 (dois) anos de readaptação, o órgão
cargo. municipal competente expedirá laudo médico conclusivo
Parágrafo único - A reversão far-se-á a pedido ou de ofício. quanto à continuidade da readaptação, ao retorno do Guarda
Municipal ao exercício das atribuições do cargo ou quanto à
Art. 32 - O Guarda Municipal que retornar à atividade após aposentadoria.
a cessação dos motivos que causaram sua aposentadoria por
invalidez, e observada a contribuição previdenciária no Art. 40 - O Guarda Municipal readaptado que exercer, em
período, terá direito à contagem do tempo relativo ao período outro cargo ou emprego, funções consideradas pelo órgão
de afastamento para todos os fins, exceto para progressão municipal competente como incompatíveis com o seu estado
profissional. de saúde, terá imediatamente cassada a sua readaptação e
responderá a processo administrativo disciplinar.
Art. 33 - A reversão far-se-á no mesmo cargo ocupado pelo
Guarda Municipal à época em que ocorreu a aposentadoria, ou Art. 41 - A readaptação não acarretará aumento ou redução
em cargo decorrente de sua transformação. da remuneração do integrante da GMBH.

Art. 34 - Não poderá retornar à atividade o aposentado que Seção XI


já tiver completado 70 (setenta) anos de idade. Da Disponibilidade e do Aproveitamento

Seção VIII Art. 42 - O Guarda Municipal ficará em disponibilidade


Da Reintegração remunerada quando seu cargo for extinto ou declarado
desnecessário e não for possível o seu aproveitamento
Art. 35 - Reintegração é a reinvestidura do Guarda imediato em outro equivalente.
Municipal estável no cargo anteriormente ocupado ou no Parágrafo único - A declaração de desnecessidade do cargo
resultante de sua transformação, quando invalidada a sua e a opção pelo Guarda Municipal a ser afastado serão
demissão por decisão administrativa ou judicial, com devidamente motivadas.
ressarcimento do vencimento e das demais vantagens do
cargo. Art. 43 - O retorno à atividade de servidor em
Parágrafo único - Na hipótese de o cargo ter sido extinto, o disponibilidade far-se-á mediante aproveitamento obrigatório
Guarda Municipal ficará em disponibilidade, observado o em cargo de atribuições e vencimentos compatíveis com o
disposto nos artigos 42 até 46 desta Lei. anteriormente ocupado.

Art. 36 - O Guarda Municipal reintegrado será submetido a Art. 44 - O aproveitamento de Guarda Municipal que se
exame por junta médica do órgão municipal competente e, encontre em disponibilidade há mais de 12 (doze) meses
quando julgado incapaz para o exercício do cargo, será dependerá de prévia comprovação de sua capacidade física e
readaptado ou aposentado. mental por junta médica do órgão municipal competente.
§ 1º - Se julgado apto, o Guarda Municipal assumirá o
Seção IX exercício do cargo no prazo de 3 (três) dias, contados da
Da Recondução publicação do ato de aproveitamento.
§ 2º - Verificada a incapacidade definitiva, o Guarda
Art. 37 - Recondução é o retorno do servidor ao cargo Municipal em disponibilidade será aposentado.
anteriormente ocupado, correlato ou transformado, em razão
da reintegração de servidor demitido. Art. 45 - Será tornado sem efeito o aproveitamento e
cassada a disponibilidade do servidor que não entrar em
Seção X exercício no prazo legal, salvo caso de doença comprovada por
Da Readaptação junta médica do órgão municipal competente.

Art. 38 - Readaptação é a atribuição de atividades especiais Art. 46 - Sendo o número de servidores em disponibilidade
ao Guarda Municipal, observada a exigência de atribuições maior do que o de aproveitáveis, terá preferência o de maior
compatíveis com a limitação que tenha sofrido em sua tempo em disponibilidade e, no caso de empate, o de maior
capacidade física ou mental, verificada em inspeção médica tempo de serviço público municipal.
pelo órgão municipal competente, que deverá, para tanto,
emitir laudo circunstanciado. CAPÍTULO III
Parágrafo único - A atribuição de atividades especiais e a DA VACÂNCIA
definição do local do seu desempenho serão de competência
do Comandante da GMBH, observada a correlação daquela Art. 47 - A vacância do cargo público ou da função pública
com as atribuições do cargo público efetivo. ADIN nº decorrerá de:
1.0000.11.031191-7/000, do Tribunal de Justiça do Estado I - exoneração;
de Minas Gerais - PROCEDÊNCIA DO PEDIDO – Lei nº 10.178 II - demissão;
DECLARADA INCONSTITUCIONAL. III - destituição de cargo em comissão;
IV - aposentadoria;
Art. 39 - O Guarda Municipal readaptado submeter-se-á, V - falecimento.
semestralmente, a exame médico realizado pelo órgão
municipal competente, a fim de ser verificada a permanência Seção I
das condições que determinaram a sua readaptação, até que Da Exoneração
seja emitido laudo médico conclusivo.
§ 1º - Quando o período de readaptação for inferior a 1 Art. 48 - A exoneração de cargo público efetivo dar-se-á a
(um) ano, o Guarda Municipal apresentar-se-á ao órgão pedido do integrante da GMBH ou de ofício.
municipal competente ao final do prazo estabelecido para seu Parágrafo único - A exoneração de ofício dar-se-á:
afastamento. I - quando não satisfeitas as condições para a aquisição de
estabilidade;

Legislação 124
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II - quando, após tomar posse, o servidor não entrar em Parágrafo único - O ponto ou as demais formas de registro
exercício no prazo estabelecido. de presença destinam-se a controlar, diariamente, a entrada e
a saída de serviço dos integrantes da GMBH em seus
Art. 49 - A exoneração do cargo em comissão ou da função respectivos locais de trabalho.
pública dar-se-á:
I - a juízo do Prefeito; Art. 56 - O integrante da GMBH perderá:
II - a pedido do servidor integrante da GMBH. I - a remuneração do dia, se não comparecer ao seu posto
de serviço ou local de trabalho para o qual se encontrar
Seção II escalado;
Da Demissão II - a remuneração equivalente à hora de trabalho a cada
período de atraso ou saída antecipada acumulada no período
Art. 50 - A demissão será aplicada como penalidade, de uma semana, de até 30 (trinta) minutos.
precedida de processo administrativo disciplinar, assegurada
ao Guarda Municipal prévia e ampla defesa, ou em virtude de Art. 57 - No caso de faltas sucessivas, serão computados,
decisão judicial irrecorrível. para efeito de desconto, os domingos, os feriados e os dias de
folga intercalados.
Seção III
Da Destituição TÍTULO III
DOS DIREITOS E DAS VANTAGENS
Art. 51 - A destituição de cargo público de provimento em CAPÍTULO I
comissão será aplicada ao servidor nas hipóteses de infração DO VENCIMENTO E DA REMUNERAÇÃO
disciplinar sujeita às penalidades de suspensão e de demissão.
Art. 58 - Vencimento é a retribuição pecuniária pelo
Seção IV exercício do cargo público, com valor fixado em Lei.
Da Aposentadoria
Art. 59 - Remuneração é o vencimento do cargo acrescido
Art. 52 - O servidor titular de cargo público de provimento das vantagens pecuniárias permanentes ou temporárias
efetivo de Guarda Municipal vinculado ao Regime Próprio de estabelecidas em Lei.
Previdência será aposentado consoante as regras
estabelecidas na Constituição da República Federativa do Art. 60 - O vencimento do cargo público efetivo, acrescido
Brasil e na legislação pertinente. das vantagens de caráter permanente, é irredutível.

CAPÍTULO IV Art. 61 - Salvo por imposição legal ou mandado judicial,


DO REGIME DE TRABALHO nenhum desconto incidirá sobre a remuneração ou provento.
Seção I Parágrafo único - Mediante autorização do integrante da
Da Jornada GMBH, poderá haver consignação em folha de pagamento a
favor de terceiros, nos termos do regulamento.
Art. 53 - A jornada de trabalho dos servidores públicos
efetivos integrantes da Carreira da Guarda Municipal é de 8 Art. 62 - As reposições e as indenizações ao erário serão
(oito) horas diárias/40 (quarenta) horas semanais e poderá descontadas em parcelas mensais não excedentes à décima
ser distribuída em turnos diurnos e noturnos, inclusive em fim parte da remuneração ou provento em valores atualizados,
de semana, de acordo com as especificidades das atividades e observada a exceção prevista no art. 141 desta Lei.
das necessidades da GMBH, podendo ser praticado o sistema
de plantão. Caput com redação dada pela Lei 10.753, de Art. 63 - O integrante da GMBH em débito com o erário, e
17/09/2014 que for demitido ou exonerado, ou que tiver a sua
§ 1º - É considerada falta grave a ausência injustificada ao aposentadoria cassada, terá o prazo de 60 (sessenta) dias para
serviço, especialmente aos plantões. quitar o débito.
§ 2º - O ocupante de cargo de provimento em comissão Parágrafo único - A não-quitação do débito no prazo
cumprirá jornada de 40 (quarenta) horas semanais, podendo previsto implicará sua inscrição na dívida ativa do Município.
ser convocado sempre que houver interesse da administração,
sem que tal medida implique pagamento de horas Art. 64 - As indenizações e os auxílios não se incorporam à
extraordinárias. remuneração ou provento para qualquer efeito.
§ 3º - O exercício do cargo público de provimento em
comissão na Guarda Municipal é incompatível com o exercício Art. 65 - As vantagens pecuniárias não serão computadas,
de outra atividade, pública ou privada. nem acumuladas, para efeito de concessão de quaisquer
§ 4º - É defeso o exercício simultâneo de cargo em outros acréscimos pecuniários ulteriores, sob o mesmo título
comissão ou função gratificada e cargo de provimento efetivo. ou idêntico fundamento.

Seção II Seção I
Da Frequência e do Horário Das Indenizações

Art. 54 - A frequência será apurada, diariamente, por meio Art. 66 - Constituem indenizações ao integrante da GMBH:
de ponto, chamadas de pessoal ou mediante equipamentos de I - diárias;
comunicação, no início e ao término do horário do serviço. II - transporte.

Art. 55 - Salvo nos casos expressamente previstos em lei ou Art. 67 - Os valores das indenizações, assim como as
regulamento, é vedado dispensar o servidor de registro de condições para sua concessão, serão estabelecidos em
ponto ou das demais formas de registro de presença, bem regulamento específico.
como abonar faltas ao serviço.

Legislação 125
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Art. 68 - O integrante da GMBH que, a serviço, se afastar do Subseção II


Município, fará jus a passagens e diárias, para cobrir as Do Décimo Terceiro Salário
despesas de pousada, alimentação e locomoção urbana.
Parágrafo único - A diária será concedida por dia de Art. 75 - O décimo terceiro salário corresponde a 1/12 (um
afastamento, sendo devida pela metade quando o doze avos) da remuneração a que o servidor fizer jus no mês
deslocamento não exigir pernoite fora da sede. de dezembro, por mês de exercício no respectivo ano.
§ 1º - A fração superior a 15 (quinze) dias será considerada
Art. 69 - O Guarda Municipal que receber diárias e não se como mês completo.
afastar da sede, por qualquer motivo, fica obrigado a restituí- § 2º - A gratificação será paga até o dia 20 (vinte) do mês
las integralmente, no prazo de 5 (cinco) dias a partir do seu de dezembro de cada ano.
recebimento. § 3º - Juntamente com a remuneração do mês relativo às
Parágrafo único - Na hipótese de o Guarda Municipal férias regulamentares será paga, como adiantamento do
retornar à sede em prazo menor do que o previsto para o seu décimo terceiro salário, e mediante requerimento do
afastamento, restituirá as diárias em excesso no prazo previsto interessado, metade da remuneração recebida no mês.
neste artigo.
Art. 76 - O integrante da GMBH exonerado perceberá o
Art. 70 - O Guarda Municipal que se afastar do Município, a décimo terceiro salário, proporcionalmente aos meses de
serviço ou em treinamento, por mais de 30 (trinta) dias, fará exercício, calculado sobre a remuneração do mês da
jus a diária de valor inferior ao estabelecido no art. 68. exoneração.

Seção II Art. 77 - O décimo terceiro salário não será considerado


Do Auxílio Pecuniário para cálculo de qualquer vantagem pecuniária.

Art. 71 - Será concedido vale-refeição ao servidor da Art. 78 - É extensivo ao inativo o décimo terceiro salário, a
Guarda Municipal em cumprimento da jornada prevista no § ser pago no mês de dezembro, em valor equivalente ao do
2º do art. 53 desta Lei. provento no mesmo mês.
Parágrafo único - Poderá ser concedido vale-lanche ao
servidor da GMBH em cumprimento da jornada prevista no § Art. 79 - No caso de remuneração composta de vantagem
2º do art. 53 desta Lei. de caráter temporário cujo valor seja variável, será
considerada a média aritmética atualizada dos valores
Art. 72 - Os vales-refeição e os vales-lanche serão recebidos, sob tal título, no respectivo exercício.
concedidos mensalmente, por antecipação.
Parágrafo único - A forma, as condições e o custeio do vale- Art. 80 - A gratificação natalina não será considerada para
refeição e do vale-lanche serão definidos em regulamento, cálculo de qualquer vantagem pecuniária.
admitida a sua concessão em espécie. Parágrafo único com
redação dada pela Lei 10.753, de 17/09/2014 (art. 6º), a Subseção III
partir de 1º/10/2014). Art. 72 regulamentado pelo Decreto Da Gratificação pelo Exercício de Atividades
nº 15.759, de 7/11/2014 (art. 1º). Insalubres

Seção III Art. 81 - O Guarda Municipal que trabalhe com


Das Gratificações e dos Adicionais habitualidade em locais insalubres ou em contato permanente
com substâncias insalubres, de acordo com avaliação da
Art. 73 - Além do vencimento e das vantagens previstas unidade competente, faz jus a um adicional a ser pago nos
nesta Lei, serão deferidos aos integrantes da GMBH as seguintes valores, segundo se classifique a atividade do
seguintes gratificações e adicionais: servidor nos graus mínimo, médio e máximo:
I - gratificação pelo exercício de cargo em comissão ou de
função gratificada; Cargo Insalubridade Insalubridade Insalubridade
II - décimo terceiro salário; Público Grau Mínimo Grau Médio Grau Máximo
III - gratificação pelo exercício de atividades insalubres; Efetivo (em R$) (em R$) (em R$)
IV - gratificação pela prestação de serviço extraordinário; Guarda
V - adicional por tempo de serviço; 24,00 48,00 96,00
Municipal
VI - gratificação pela função de instrutor em programa de
aperfeiçoamento profissional;
VII - adicional de férias; § 1º - Observada a legislação específica, o regulamento
VIII - adicional por serviço noturno. desta Lei definirá o quadro das atividades e operações
IX - adicional pelo exercício de atividades de risco. Inciso insalubres, os critérios de caracterização da insalubridade, os
IX acrescentado pela Lei 10.753, de 17/09/2014 (art. 7º). limites de tolerância aos agentes agressivos, meios de
proteção e o tempo máximo de exposição do servidor a esses
Subseção I agentes.
Da Gratificação pelo Exercício de Cargo em Comissão § 2º - A servidora gestante ou lactante será afastada,
ou de Função Gratificada enquanto durar a gestação e a lactação, das operações e locais
previstos neste artigo, exercendo suas atividades em local
Art. 74 - As gratificações pelo exercício de cargo em salubre.
comissão ou de função gratificada serão quitadas conforme § 3º - O direito ao recebimento da gratificação por
disposto na legislação municipal pertinente. atividades insalubres cessará quando o servidor deixar de
exercê-las ou quando forem eliminadas aquelas condições.

Art. 82 - Deverá haver permanente controle da atividade


de servidores em locais considerados insalubres.

Legislação 126
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Subseção IV § 7º - Uma vez programado e registrado no sistema


Da Gratificação pela Prestação de Serviço informatizado próprio, não serão permitidas alterações no
Extraordinário Plano de Férias Anual, exceto em casos de licença médica,
desde que iniciada antes do gozo e devidamente atestada pelo
Art. 83 - Será permitido serviço extraordinário para órgão competente, ou nas hipóteses de convocação
atender às necessidades do serviço, em situações excepcionais administrativa ou judicial, ou por necessidade de serviço.
e temporárias, respeitado o limite máximo de 2 (duas) horas
por jornada, assim consideradas as horas excedentes às Subseção VIII
jornadas previstas nos parágrafos 1º e 2º do art. 53 desta Lei, Do Adicional pelo Exercício de Atividades de Risco
conforme a hipótese. Subseção VIII acrescentada pela Lei 10.753, de
§ 1º - Até o limite de 60 (sessenta) horas mensais de 17/09/2014
serviço extraordinário, a remuneração será acrescida de 50%
(cinqüenta por cento) em relação à hora normal de trabalho. Art. 86-A - O Guarda Municipal faz jus a uma parcela
§ 2º - As horas que ultrapassarem o limite estabelecido no mensal denominada adicional pelo exercício de atividades de
parágrafo anterior terão acréscimo de 100% (cem por cento). risco, calculado sobre o vencimento-base do nível inicial de seu
posto hierárquico, à razão de 15% (quinze por cento) a partir
Subseção V de 1º de setembro de 2014 e de 15% (quinze por cento) a
Do Adicional por Tempo de Serviço partir de 1º de setembro de 2015, perfazendo, nesta data, o
percentual total de 30% (trinta por cento) sobre a referida
Art. 84 - Cada período de 5 (cinco) anos de efetivo exercício base de cálculo.
dá ao integrante da GMBH o direito ao adicional de 10% (dez
por cento) sobre o seu vencimento-base, o qual se incorpora Art. 86-B - É vedado o pagamento simultâneo do adicional
ao valor do provento de aposentadoria. pelo exercício de atividades de risco e da gratificação pelo
§ 1º - O integrante da GMBH fará jus ao adicional a partir exercício de atividades insalubres, sendo facultado ao servidor
do mês em que completar o quinquênio. optar pela vantagem pecuniária que lhe convier, caso ambas
§ 2º - Para os fins do disposto neste art. 84, é assegurado o lhe sejam devidas.
cômputo integral do tempo de serviço público, inclusive o
concernente a tiro de guerra, tendo vigência esse direito a CAPÍTULO II
partir da respectiva averbação. DAS LICENÇAS

Subseção VI Art. 87 - Conceder-se-á licença ao integrante da GMBH:


Da Gratificação pela Função de Instrutor em I - para tratamento de saúde e por motivo de acidente em
Programa de Aperfeiçoamento Profissional serviço;
II - por motivo de gestação, lactação ou adoção;
Art. 85 - O integrante da GMBH que exercer função de III - em razão de paternidade;
instrutor em programa de aperfeiçoamento de interesse do IV - por motivo de doença em pessoa da família;
Executivo, perceberá gratificação pelo exercício dessa função. V - para acompanhar cônjuge ou companheiro;
§ 1º - Para fazer jus à gratificação referida neste artigo, o VI - para o serviço militar;
integrante da GMBH exercerá a função sem prejuízo da sua VII - para tratar de interesses particulares;
jornada de trabalho. VIII - a título de assiduidade;
§ 2º - Os critérios para o implemento da gratificação IX - para aperfeiçoamento profissional.
prevista neste artigo serão definidos no regulamento desta Lei. § 1º - O ocupante de cargo em comissão não terá direito às
licenças previstas nos incisos V, VII e VIII desse artigo.
Subseção VII § 2º - As licenças para tratamento de saúde e por motivo
Do Adicional de Férias de acidente em serviço, de gestação, lactação ou adoção e
motivo de doença em pessoa da família serão precedidas de
Art. 86 - É de 25 (vinte e cinco) dias úteis o período de inspeção efetuada pelo serviço médico do órgão municipal
férias anuais do integrante da Guarda Municipal. competente.
§ 1º - Independentemente de solicitação, será pago ao
servidor, por ocasião das férias, um adicional correspondente Art. 88 - O Guarda Municipal que se encontrar licenciado
a 1/3 (um terço) da remuneração do período das férias. nas hipóteses especificadas nos incisos I, II, III e IV do art. 87
§ 2º - As férias anuais serão concedidas pelo Comandante desta Lei não poderá, no prazo de duração do afastamento
da GMBH, observado o Plano de Férias Anual. remunerado, exercer qualquer atividade incompatível com o
§ 3º - Para a montagem do plano anual de férias deverá ser fundamento da licença, sob pena de imediata cassação desta e
observado o limite de 1/12 (um doze avos) do efetivo da perda da remuneração, até que reassuma o exercício do cargo,
GMBH a ser colocado de férias a cada mês, observadas a sem prejuízo da aplicação das penas disciplinares cabíveis,
necessidade do serviço e, quando possível, a opção do sendo tal hipótese considerada falta grave.
interessado.
§ 4º - Após ingressar no serviço público, o servidor da Seção I
Guarda Municipal poderá gozar férias somente após o 11º Da Licença para Tratamento de Saúde e por Motivo de
(décimo primeiro) mês de exercício. Acidente em Serviço
§ 5º - O servidor da Guarda Municipal não poderá deixar
de gozar férias anuais, obrigatórias, no exercício a que Art. 89 - Será concedida ao Guarda Municipal licença para
corresponderem, ressalvada a hipótese daquele que tratamento de saúde e por motivo de acidente em serviço, a
completar o primeiro período aquisitivo entre os meses de pedido ou de ofício, com base em perícia médica realizada pelo
julho e dezembro, que poderá transferir o gozo de férias para órgão municipal competente.
o exercício seguinte, não podendo ser parcelado. § 1º - Sempre que necessário, a inspeção médica será feita
§ 6º - Em caráter excepcional, e por necessidade de serviço, na própria residência do servidor ou no estabelecimento
o gozo de férias poderá ser parcelado em dois períodos, sendo hospitalar onde estiver internado.
que um deles não poderá ser inferior a 10 (dez) dias.

Legislação 127
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§ 2º - Somente poderá ser concedida licença por prazo I - 30 (trinta) minutos, quando estiver submetida a jornada
superior a 15 (quinze) dias após exames efetuados por junta diária igual a 6 (seis) horas;
médica do órgão municipal competente. II - 1 (uma) hora, quando estiver submetida a jornada
diária superior a 6 (seis) horas.
Art. 90 - O Guarda Municipal somente poderá permanecer
em licença para tratamento de saúde por prazo superior a 24 Parágrafo único - A critério do serviço médico do órgão
(vinte e quatro) meses, se for considerado recuperável por municipal competente, poderá ser prorrogado o período de
junta médica do órgão municipal competente. vigência do horário especial previsto neste artigo.
§ 1º - Findo o biênio, o Guarda Municipal será submetido a
nova perícia. Art. 97 - A servidora que adotar ou obtiver guarda judicial
§ 2º - O Guarda Municipal poderá ser imediatamente de criança, para fins de adoção, terá direito a licença
aposentado por invalidez, caso a junta médica do órgão remunerada:
municipal competente conclua pela irreversibilidade da I - pelo período de 120 (cento e vinte) dias, se a criança
moléstia e pela impossibilidade de sua permanência em tiver até 1 (um) ano de idade;
atividade. II - pelo período de 60 (sessenta) dias, se a criança tiver
entre 1 (um) e 4 (quatro) anos de idade;
Art. 91 - Considerado apto em perícia médica, o Guarda III - pelo período de 30 (trinta) dias, se a criança tiver de 4
Municipal reassumirá imediatamente o exercício do seu cargo, (quatro) a 8 (oito) anos de idade.
computando-se como faltas injustificadas os dias de ausência
ao serviço após a ciência do resultado da perícia. Seção III
Da Licença-Paternidade
Art. 92 - Durante o prazo da licença, o Guarda Municipal
poderá requerer nova perícia, caso se julgue em condições de Art. 98 - A licença-paternidade será concedida ao Guarda
retornar ao exercício de seu cargo ou de ser aposentado. Municipal pelo nascimento de filho, pelo prazo de 5 (cinco)
Parágrafo único - No curso da licença, o Guarda Municipal dias úteis consecutivos, contados do evento.
poderá ser convocado para se submeter a reavaliação em Parágrafo único - O Guarda Municipal que adotar ou
perícia médica. obtiver guarda judicial de criança com até 180 (cento e
oitenta) dias de idade terá direito a licença remunerada de 5
Art. 93 - Para concessão de licença, considera-se acidente (cinco) dias corridos, contados a partir da data da guarda
em serviço o dano físico ou mental sofrido pelo Guarda judicial ou adoção definitiva.
Municipal, relacionado com o exercício das atribuições
específicas de seu cargo. Seção IV
Parágrafo único - Equipara-se ao acidente em serviço o Da Licença por Motivo de Doença em Pessoa da
dano: Família
I - decorrente de agressão física sofrida, e não provocada,
pelo integrante da GMBH no exercício de suas atribuições; Art. 99 - O integrante da GMBH poderá obter licença por
II - sofrido no percurso da residência para o local de motivo de doença de filho, cônjuge ou companheiro, desde que
trabalho e vice-versa; prove ser indispensável a sua assistência pessoal e não poder
III - sofrido no percurso para o local de refeição ou de volta prestá-la simultaneamente com o exercício das atribuições do
dele, no intervalo do trabalho. cargo.
§ 1º - A doença e a necessidade da assistência serão
Art. 94 - O acidente será provado em processo regular, comprovadas em inspeção a ser realizada pelo órgão
devidamente instruído, cabendo à junta médica do órgão municipal competente.
municipal competente descrever o estado geral do acidentado. § 2º - Em se tratando de parente não mencionado no caput
Parágrafo único - O Comandante da GMBH comunicará o do artigo, a licença nele prevista poderá ser concedida ao
fato à área competente visando ao início do processo regular integrante da GMBH que a requeira, desde que sejam
de que trata este artigo, no prazo de 10 (dez) dias contados do relevantes as razões do pedido, observados os requisitos
evento. especificados no parágrafo anterior.

Seção II Art. 100 - A licença será concedida, sem prejuízo da


Da Licença à Gestante, à Lactante e à Adotante remuneração, pelo prazo de até 30 (trinta) dias, consecutivos
ou não, em cada período de 12 (doze) meses, excedido o qual
Art. 95 - A integrante da GMBH, gestante, terá direito a 180 a concessão passará a ser sem remuneração.
(cento e oitenta) dias consecutivos de licença a partir do 8º Parágrafo único - É assegurado ao integrante da GMBH
(oitavo) mês de gestação. afastar-se da atividade a partir da data do requerimento da
§ 1º - Ocorrendo nascimento prematuro, a licença terá licença, devidamente motivado, e o seu indeferimento
início no dia do parto. obrigará o imediato retorno do mesmo e a transformação dos
§ 2º - À integrante da GMBH, gestante, é assegurado o dias de afastamento em licença sem remuneração.
desempenho de atribuições compatíveis com sua capacidade
de trabalho, desde que a inspeção médica do órgão municipal Seção V
competente o entenda necessário. Da Licença para Acompanhar Cônjuge ou
§ 3º - A integrante da GMBH não poderá exercer trabalho Companheiro
remunerando durante o tempo em que estiver licenciada.
§ 4º - A integrante da GMBH que adotar uma criança terá Art. 101 - O Guarda Municipal terá direito a licença sem
todos os direitos enumerados no presente artigo. remuneração quando o cônjuge ou companheiro, que detenha
a condição de servidor público efetivo, for mandado servir,
Art. 96 - Para amamentar o próprio filho, até a idade de seis independentemente de solicitação, em outro ponto do Estado
meses, a servidora lactante terá direito aos seguintes períodos ou do território nacional ou no estrangeiro, ou passar a exercer
diários: cargo eletivo fora do Município.

Legislação 128
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Parágrafo único - A licença será concedida mediante I - ter o servidor adquirido estabilidade;
pedido devidamente instruído e vigorará pelo tempo que II - estar o servidor no exercício da função do seu cargo;
durar a missão, a função ou o mandato do cônjuge ou III - ser favorável o parecer da chefia imediata e haver
companheiro. liberação do Secretário Municipal de Segurança Urbana e
Patrimonial;
Seção VI IV - haver autorização do órgão competente da Secretaria
Da Licença para Tratar de Interesses Particulares Municipal de Administração e Recursos Humanos;
V - haver substituto definido, quando for o caso;
Art. 102 - Mediante deliberação do Secretário Municipal de VI - ter aplicabilidade, no exercício da função, o curso ou
Segurança Urbana e Patrimonial, poderá ser concedida ao atividade de aperfeiçoamento.
Guarda Municipal estável, que conte com no mínimo 5 (cinco) Parágrafo único - Mediante o interesse do serviço, a
anos de efetivo exercício na Administração Direta do Poder participação do Guarda Municipal em cursos de capacitação
Executivo, licença para tratar de interesses particulares, sem poderá ser determinada por ato do Secretário Municipal de
remuneração, pelo prazo de até 2 (dois) anos, prorrogável por Segurança Urbana e Patrimonial, devidamente fundamentado.
mais 1 (um) ano.
§ 1º - A licença poderá ser interrompida a pedido do Art. 110 - Poderá ser concedida autorização para
servidor ou no interesse do serviço, devidamente motivado. participação em cursos ou atividades de aperfeiçoamento, com
§ 2º - Não será concedida nova licença antes de decorrido duração superior à determinada no § 1º do art. 108, com ou
novo prazo de 5 (cinco) anos a contar do término da licença. sem vencimentos.

Seção VII Art. 111 - Após o retorno, o servidor ficará obrigado a


Da Licença a Título de Assiduidade trabalhar na administração municipal pelo período
correspondente ao do afastamento, sob pena de ressarcimento
Art. 103 - Após cada período de 10 (dez) anos de efetivo aos cofres públicos municipais.
exercício em cargo da Administração Direta do Poder
Executivo do Município, o servidor titular do cargo efetivo de Art. 112 - As regras complementares a respeito da
Guarda Municipal fará jus a 6 (seis) meses de licença por concessão da licença de que trata esta Seção serão
assiduidade, com direito à percepção do seu vencimento e das estabelecidas pelo órgão competente.
vantagens de caráter permanente.
§ 1º - A concessão das licenças previstas nos incisos V e VII CAPÍTULO III
do art. 87 interrompe o período aquisitivo para obtenção da DAS CONCESSÕES
licença por assiduidade.
§ 2º - A licença de que trata esse artigo não poderá ser Art. 113 - Sem qualquer prejuízo, poderá o integrante da
dividida em períodos inferiores a 1 (um) mês. GMBH ausentar-se do serviço:
I - por 1 (um) dia:
Art. 104 - As faltas injustificadas ao serviço e as a) para doação de sangue;
decorrentes de penalidades disciplinares de suspensão b) para atender convocação judicial ou requisição de
retardarão a concessão da licença prevista no artigo anterior, autoridade policial, podendo o prazo ser ampliado, desde que
na proporção de 5 (cinco) dias para cada falta. a necessidade seja atestada pela autoridade convocante;
II - por 2 (dois) dias, em razão de falecimento de irmão;
Art. 105 - O gozo da licença por assiduidade ficará III - por 7 (sete) dias consecutivos, em razão de:
condicionado à conveniência do serviço. a) casamento;
b) falecimento de cônjuge, companheiro, pais ou filhos.
Art. 106 - O número de Guardas Municipais em gozo
simultâneo de licença por assiduidade não poderá ser superior CAPÍTULO IV
a 3% (três por cento) do efetivo da GMBH. DO TEMPO DE SERVIÇO

Art. 107 - A licença por assiduidade poderá ser convertida Art. 114 - A apuração do tempo de serviço será feita em
em espécie, por opção do servidor ou por necessidade de dias, que serão convertidos em anos, considerado o ano como
serviço, a critério da Administração. de 365 (trezentos e sessenta e cinco) dias.

Seção VIII Art. 115 - Além das concessões previstas no art. 113 desta
Da Licença para Aperfeiçoamento Profissional Lei, são considerados como de efetivo exercício os
afastamentos decorrentes de:
Art. 108 - O Guarda Municipal terá direito a licença para I - férias;
cursos ou atividades de aperfeiçoamento ou atualização II - exercício de cargo em comissão ou função pública nos
profissional relacionados com as atribuições específicas do órgãos da Administração Direta do Poder Executivo do
seu cargo público efetivo. Município de Belo Horizonte;
§ 1º - Para as atividades a que se refere o artigo poderão III - participação em programa de treinamento promovido
ser designados até 5% (cinco por cento) da jornada anual do ou aprovado pelo Município;
servidor, cumulativo por um período de até 7 (sete) anos. IV - júri e outros serviços considerados obrigatórios por
§ 2º - Na hipótese de cursos com carga horária superior à lei;
prevista para atividades de aperfeiçoamento no ano, as horas V - missão ou estudo no exterior, desde que relacionados
excedentes serão deduzidas das estabelecidas para os anos com as atribuições do cargo e autorizado o afastamento;
subsequentes, observado o limite de 7 (sete) anos. VI - licença:
§ 3º - Decorridos os 7 (sete) anos, independentemente do a) à gestante, à adotante e ao pai;
uso da licença pelo servidor, iniciar-se-á a nova contagem. b) para tratamento de saúde, exceto para progressão
profissional, observado o período máximo estabelecido no art.
Art. 109 - São condições para a concessão da licença a que 90, cumulativo ao longo do tempo de serviço público prestado
se refere o artigo anterior: ao Município, em cargo de provimento efetivo;

Legislação 129
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c) por motivo de acidente em serviço ou doença Art. 122 - O direito de petição prescreve:
profissional; I - em 5 (cinco) anos, quanto aos atos de demissão e de
d) a título de prêmio por assiduidade; cassação de aposentadoria ou disponibilidade, ou que afetem
e) por convocação para o serviço militar; interesse patrimonial e créditos decorrentes das relações de
VII - disponibilidade para atuar na presidência ou na trabalho;
diretoria de associação que congregue os integrantes da II - em 120 (cento e vinte) dias, nos demais casos, exceto
GMBH. Inciso VII acrescentado pela Lei nº 10.178, de quando outro prazo for estabelecido em Lei.
13/5/2011 (Art. 8º) ADIN nº 1.0000.11.031191-7/000, do Parágrafo único - Quando o ato impugnado não for
Tribunal de Justiça do Estado de Minas Gerais - publicado, o prazo será contado a partir da ciência ao
PROCEDÊNCIA DO PEDIDO – Lei nº 10.178 DECLARADA interessado.
INCONSTITUCIONAL.
Art. 123 - O pedido de reconsideração e o recurso quando
Art. 116 - Contar-se-á apenas para efeito de aposentadoria cabíveis, interrompem a prescrição.
e disponibilidade, observada, em qualquer hipótese, a
respectiva contribuição previdenciária: Art. 124 - Para o exercício do direito de petição, é
I - revogado pela Lei nº 10.497, de 26/6/2012 assegurada ao integrante da GMBH, ou a procurador por ele
constituído, vista de processo ou documento, sendo-lhes
II - a licença para acompanhar pessoa doente da família, no facultado fotocopiá-los a suas expensas.
período remunerado;
III - o tempo correspondente ao desempenho de mandato Art. 125 - A prescrição é de ordem pública, não podendo
eletivo federal, estadual, municipal ou distrital, anterior ao ser relevada pela administração.
ingresso no cargo público efetivo de Guarda Municipal;
IV - o tempo de serviço em atividade privada, vinculada ao Art. 126 - A administração deverá rever seus atos, a
Regime Geral de Previdência; qualquer tempo, quando eivados de ilegalidade.
V - revogado pela Lei nº 10.497, de 26/6/2012
VI - o tempo de licença para tratamento da própria saúde CAPÍTULO VI
que exceder o prazo a que se refere a alínea "b" do inciso VI do DA CARREIRA DE GUARDA MUNICIPAL
art. 115 desta Lei.
§ 1º - Após a reversão, o tempo em que o servidor esteve Art. 127 - Os ocupantes do cargo público efetivo de Guarda
aposentado será contado apenas para nova aposentadoria. Municipal integram o Plano de Carreira dos Servidores da Área
§ 2º - É vedada a contagem cumulativa de tempo de serviço de Atividades de Segurança Urbana e Patrimonial da
prestado concomitantemente em mais de um cargo ou função Prefeitura de Belo Horizonte, que será objeto de lei específica.
de órgãos ou entidades dos Poderes da União, Estados, Distrito
Federal e Municípios, autarquia, fundação pública, sociedade Art. 128 - O quantitativo do cargo público efetivo de
de economia mista e empresa pública, bem como em atividade Guarda Municipal é o previsto no Anexo Único desta Lei.
privada. Parágrafo único - As atribuições e as áreas de atuação do
Guarda Municipal são as previstas nesta Lei, sem prejuízo de
CAPÍTULO V outras, a serem estabelecidas em Decreto.
DO DIREITO DE PETIÇÃO
Art. 129 - O vencimentos-base atribuído aos ocupantes do
Art. 117 - O Guarda Municipal tem direito de petição às cargo público de Guarda Municipal é de R$400,00
autoridades competentes em defesa de seu direito ou (quatrocentos reais).
interesse legítimo.
Art. 130 - Ao ocupante do cargo público de provimento
Art. 118 - Cabe pedido de reconsideração à autoridade que efetivo de Guarda Municipal são proibidas a greve e a atividade
houver expedido o ato ou proferido a primeira decisão, não político-partidária. Art. 130 com redação dada pela Lei
podendo ser renovado. 10.753, de 17/09/2014
Parágrafo único - O requerimento e o pedido de
reconsideração de que tratam os artigos anteriores deverão Art. 131 - A Guarda Municipal oferecerá cursos na sua área
ser despachados no prazo de 5 (cinco) dias e decididos dentro de atuação, com o propósito de manter seus integrantes
de 30 (trinta) dias. capacitados e atualizados para o desempenho de suas
atividades, de participação facultativa ou obrigatória,
Art. 119 - Caberá recurso: conforme a hipótese.
I - do indeferimento do pedido de reconsideração;
II - das decisões sobre os recursos sucessivamente TÍTULO IV
interpostos. DO REGIME DISCIPLINAR
Parágrafo único - O recurso será dirigido à autoridade CAPÍTULO I
imediatamente superior à que tiver expedido o ato ou DA ÉTICA DA GMBH
proferido a decisão.
Art. 132 - A honra, o sentimento do dever e a correção de
Art. 120 - O prazo para interposição de pedido de atitudes impõem conduta moral e profissional irrepreensíveis
reconsideração ou de recurso é de 30 (trinta) dias, a contar da a todo integrante da GMBH, o qual deve observar, além dos
publicação ou da ciência, pelo interessado, da decisão demais preceitos desta Lei, os seguintes princípios de ética:
recorrida. I - amar a verdade e a responsabilidade como fundamentos
da dignidade profissional;
Art. 121 - A autoridade competente decidirá quanto ao II - observar os princípios da Administração Pública, no
efeito a ser atribuído ao recurso. exercício das atribuições que lhe couber em decorrência do
Parágrafo único - Provido o pedido de reconsideração ou o cargo;
recurso, os efeitos da decisão retroagirão à data do ato III - respeitar a dignidade da pessoa humana;
impugnado.

Legislação 130
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APOSTILAS OPÇÃO

IV - cumprir e fazer cumprir as leis, códigos, resoluções, VI - cumprir fielmente as ordens superiores, salvo se
instruções e ordens das autoridades competentes; manifestamente ilegais;
V - ser justo e imparcial na apreciação e avaliação dos atos VII - prestar atendimento e esclarecimentos ao público
que lhe couber avaliar; interno e externo, pessoalmente ou por meio das ferramentas
VI - zelar pelo seu próprio preparo profissional e de comunicação que lhe forem disponibilizadas;
incentivar a mesma prática nos companheiros, em prol do VIII - operar computadores, utilizando adequadamente os
cumprimento da missão comum; programas e sistemas informacionais postos à sua disposição;
VII - praticar a camaradagem e desenvolver o espírito de IX - redigir textos, ofícios, relatórios e correspondências,
cooperação; com observância das regras gramaticais e das normas de
VIII - ser discreto e cortês em suas atitudes, maneiras e comunicação oficial;
linguagem e observar as normas da boa educação; X - zelar pela guarda, economia e conservação dos
IX - abster-se de tratar, fora do âmbito apropriado, de materiais e equipamentos de trabalho e do patrimônio
assuntos internos da GMBH ou de matéria sigilosa; público;
X - cumprir seus deveres de cidadão; XI - propor à chefia imediata providências para a
XI - respeitar as autoridades civis e militares; consecução plena de suas atividades, inclusive indicando a
XII - garantir assistência moral e material à família ou necessidade de aquisição, substituição, reposição, manutenção
contribuir para ela; e reparo de materiais e equipamentos;
XIII - preservar e praticar, mesmo fora do serviço ou XII - zelar pelo cumprimento das normas de saúde e
quando já na inatividade remunerada, os preceitos da ética da segurança do trabalho e utilizar adequadamente
GMBH; equipamentos de proteção individual e coletivo;
XIV - exercitar a proatividade no desempenho profissional; XIII - ter iniciativa e contribuir para o bom funcionamento
XV - abster-se de fazer uso do posto para obter facilidade da unidade em que estiver desempenhando as suas tarefas;
pessoal de qualquer natureza ou encaminhar negócios XIV - manter-se atualizado sobre as normas municipais e
particulares ou de terceiros; sobre a estrutura organizacional da Administração Municipal;
XVI - abster-se do uso das designações: XV - atender às requisições para a defesa do Município,
a) em atividades liberais, comerciais ou industriais; bem como às solicitações da Corregedoria-Geral, da
b) para discutir ou provocar discussão pela imprensa a Corregedoria da GMBH e dos demais órgãos da Administração
respeito de assuntos institucionais; Municipal;
c) no exercício de cargo de natureza civil, na iniciativa XVI - levar ao conhecimento da autoridade superior as
privada; irregularidades ou as ilegalidades de que tiver conhecimento
d) em atividades religiosas; em razão do cargo, da função ou do serviço;
e) em circunstâncias prejudiciais à imagem da GMBH. XVII - ser leal às instituições a que servir;
Parágrafo único - Os princípios éticos orientarão a conduta XVIII - manter conduta profissional compatível com os
do Guarda Municipal e as ações da chefia imediata e mediata princípios reguladores da Administração Pública,
para adequá-las às exigências da Instituição, dando-se sempre, especialmente os princípios da legalidade, da impessoalidade,
entre essas ações, preferência àquelas de cunho educacional. da moralidade, da publicidade, da razoabilidade e da
eficiência, preservando o sigilo das informações;
CAPÍTULO II XIX - tratar com zelo e urbanidade o cidadão.
DAS AÇÕES DISCIPLINARES
CAPÍTULO IV
Art. 133 - As ações disciplinares relativas aos integrantes DAS INFRAÇÕES À DISCIPLINA
da Guarda Municipal de Belo Horizonte serão desenvolvidas
pela Corregedoria da GMBH, à qual compete a orientação geral, Art. 136 - Entende-se como infração à disciplina qualquer
mediante instruções e atos normativos, bem como a ofensa aos princípios éticos e aos deveres do Guarda
coordenação e a execução de todas as atividades relativas à Municipal, estabelecidos nesta Lei, em seu regulamento e na
disciplina dos servidores públicos da GMBH. legislação pertinente.

Art. 134 - À Corregedoria da GMBH serão encaminhadas as Art. 137 - Constituem infrações à disciplina, entre outras
comunicações relativas a faltas disciplinares de seus hipóteses, sem prejuízo das sanções cíveis e penais aplicáveis
integrantes, cabendo-lhe a iniciativa do procedimento, na à espécie:
forma prevista neste Estatuto. I - toda ação ou omissão não especificadas neste Estatuto
e/ou qualificadas como crime nas leis penais, praticadas
CAPÍTULO III contra:
DOS DEVERES DO GUARDA MUNICIPAL 1) a Bandeira, o Hino, o Selo e as Armas Nacionais, os
símbolos estadual e municipal e as instituições nacional,
Art. 135 - São deveres dos integrantes da Guarda Municipal estadual ou municipal;
de Belo Horizonte, além da observância aos princípios e 2) a honra, o decoro da classe, os preceitos sociais e as
garantias estabelecidos nos demais dispositivos desta Lei: normas da moral;
I - observar e cumprir as leis, os regulamentos, as 3) os preceitos de subordinação, regras, normas e ordens
instruções e as ordens vigentes; de serviço estabelecidas nas leis, regulamentos ou prescritos
II - manter assiduidade e pontualidade ao serviço; por autoridade competente;
III - trajar o uniforme completo e usar corretamente os II - todas as ações ou omissões contrárias à disciplina, tais
equipamentos e acessórios sob sua responsabilidade, zelando como as abaixo especificadas, entre outras passíveis de sanção
pela sua correta apresentação pessoal em público; disciplinar:
IV - desempenhar com zelo e presteza as atribuições do 1) chegar atrasado a qualquer ato de serviço ou chamada,
cargo ou função; sem motivo justificável;
V - participar de atividades de formação, aperfeiçoamento 2) omitir, em qualquer documento, dados indispensáveis
ou especialização sempre que for determinado, e repassar aos ao esclarecimento dos fatos;
seus pares informações e conhecimentos técnicos 3) atribuir a outro servidor atividades estranhas ao cargo
proporcionados pela Administração Municipal; ou função que ocupa;

Legislação 131
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4) deixar de comparecer a qualquer ato de serviço sem 34) valer-se do cargo ou função para lograr proveito
causa justificada; pessoal ou de outrem, em detrimento da dignidade da função
5) usar, durante o serviço, armamento, munição ou pública;
equipamento não autorizado; 35) recusar fé a documento público;
6) executar ou determinar manobras perigosas com 36) faltar com a verdade;
viaturas da Instituição; 37) envolver-se, ainda que de folga, em situações que
7) utilizar pessoal ou recursos materiais da instituição em comprometam a imagem, o nome e o prestígio da Instituição;
serviços ou atividades particulares; 38) deixar de observar a Lei em prejuízo alheio ou da
8) suprimir sua identificação no uniforme ou utilizar-se de Administração Pública;
meios para dificultá-la; 39) atribuir a pessoa estranha à Guarda Municipal, fora dos
9) tratar as pessoas com falta de zelo e urbanidade; casos previstos em lei, o desempenho de atividade que seja de
10) praticar a usura em qualquer de suas formas; responsabilidade sua ou de subordinado;
11) atuar como procurador ou intermediário, junto a 40) receber comissão ou vantagem de qualquer espécie,
repartição pública, salvo quando se tratar de benefícios em razão de suas atribuições;
previdenciários ou assistenciais de parentes até o segundo 41) exercer, mesmo fora das horas de trabalho, emprego
grau, de cônjuge ou companheiro; ou função em empresas com atividades ilegais ou que atentem
12) exercer, durante o horário de serviço, atividade a ele contra o decoro e a moral;
estranha, negligenciando o serviço e/ou prejudicando o seu
bom desempenho; Art. 138 - As instâncias cível, criminal e administrativa são
13) Alínea 13 revogada pela Lei nº 10.799, de independentes e podem se desenvolver concomitantemente.
26/1/2015 (Art. 6º) Parágrafo único - A instauração de processo cível ou
14) sobrepor ao uniforme peças ou acessórios não criminal não impede a imposição imediata, na esfera
previstos nas normas da instituição; administrativa, de penalidade cabível pela transgressão
15) deixar de preservar local de crime; disciplinar residual ou subjacente no mesmo fato.
16) opor resistência injustificada ao andamento de
documento, de processo ou à execução de serviço; Art. 139 - O julgamento das transgressões deve ser
precedido de exame que considere:
17) simular doença para esquivar-se ao cumprimento do I - os antecedentes do transgressor;
dever; II - as causas que a determinaram;
18) proceder de forma desidiosa durante o cumprimento III - a natureza dos fatos ou dos atos que a envolveram;
de suas atividades ou desempenhar inadequadamente suas IV - as consequências que dela possam advir.
funções, de forma intencional;
19) ausentar-se do serviço para o qual se encontrar CAPÍTULO V
escalado ou dos setores onde estiver prestando expediente, DA RESPONSABILIDADE
sem prévia autorização da chefia imediata;
20) retirar, sem prévia permissão da autoridade Art. 140 - O integrante da Guarda Municipal é responsável
competente, qualquer documento ou objeto da repartição ou civil, penal e administrativamente, pelo prejuízo a que der
do local onde estiver prestando serviço; causa contra a Fazenda Pública ou contra terceiros.
21) disparar arma de fogo desnecessariamente; Parágrafo único - A responsabilidade pessoal decorre de
22) praticar violência contra pessoa, em serviço ou fora ação ou omissão dolosa ou culposa.
dele;
23) ofender a dignidade ou o decoro de colega, Art. 141 - No caso de indenização à Fazenda Pública, por
subordinado, superior ou particular, bem como propalar tais prejuízo causado na modalidade dolosa, o integrante da GMBH
ofensas; será obrigado a repor, de uma só vez, o valor correspondente.
24) fazer uso de bebida alcoólica durante o serviço ou Parágrafo único - A indenização à Fazenda Pública, por
uniformizado; prejuízo causado na modalidade culposa, será descontada em
25) violar local de crime; parcelas mensais não excedentes à 10ª (décima) parte do
26) valer-se ou fazer uso do cargo para praticar assédio provento ou da remuneração líquidos, em valores atualizados.
sexual ou moral;
27) deixar de assumir a responsabilidade por seus atos ou Art. 142 - A responsabilidade administrativa não exime o
pelos atos praticados por servidor da Guarda Municipal, em integrante da GMBH da responsabilidade civil ou penal, nem o
função subordinada, que agir em cumprimento de sua ordem; pagamento da indenização a que ficar obrigado judicialmente
28) retirar ou tentar retirar, de local sob a administração o exime da pena disciplinar cabível.
da Guarda Municipal, objeto ou viatura sem ordem dos Parágrafo único - A responsabilidade patrimonial e
respectivos responsáveis; administrativa do integrante da GMBH será afastada no caso
29) participar de movimentos de natureza reivindicatória de absolvição criminal que dê como provada a inexistência do
ou de movimento grevista; fato ou de sua autoria.
30) praticar ato contra expressa disposição de lei ou deixar
de praticá-lo, em descumprimento de dever funcional, em Art. 143 - Tratando-se de dano causado a terceiros, a
benefício próprio ou alheio; Fazenda Pública promoverá ação regressiva contra o
31) manter sob sua chefia imediata, em cargo ou função de integrante da GMBH, na forma prevista em lei, nos casos em
confiança, cônjuge, companheiro ou parente, por que este agir com dolo ou culpa.
consanguinidade ou afinidade até o segundo grau; Parágrafo único - A obrigação de reparar o dano estende-
32) exercer, mesmo fora das horas de trabalho, emprego se aos sucessores e contra eles será executada, até o limite da
ou função em empresas, estabelecimentos ou instituições que herança recebida, na forma da legislação civil.
tenham relação com o Poder Público Municipal;
33) fazer contratos com o Poder Público Municipal, por si
ou como representante de outrem;

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APOSTILAS OPÇÃO

CAPÍTULO VI I - prática simultânea ou conexão de duas ou mais


DA ACUMULAÇÃO DE CARGOS infrações;
II - reincidência de transgressões;
Art. 144 - Ressalvados os casos previstos na Constituição III - conluio de duas ou mais pessoas;
da República, é vedada a acumulação remunerada de cargos IV - cometimento da transgressão:
públicos. a) durante a execução de serviço ou uniformizado;
Parágrafo único - A acumulação de cargos, empregos e b) em presença de subordinado;
funções, ainda que lícita, fica condicionada à comprovação da c) com abuso de autoridade hierárquica ou funcional;
compatibilidade de horários. d) com premeditação;
e) em presença de público ou de seus pares;
Art. 145 - O integrante da GMBH não poderá exercer mais f) com induzimento de outrem à co-autoria;
de um cargo em comissão ou mais de uma função pública. g) utilizando armamento, equipamento ou veículo da
Instituição.
Art. 146 - O integrante da GMBH, quando investido em
cargo de provimento em comissão, ficará afastado do cargo Art. 152 - A advertência é a admoestação verbal ou escrita
público efetivo. feita ao Guarda Municipal transgressor, conforme a hipótese,
aplicável de modo privado ou ostensivo.
CAPÍTULO VII
DAS PENALIDADES DISCIPLINARES E DA SUA Art. 153 - A repreensão será aplicada por escrito, nos casos
APLICAÇÃO de descumprimento de dever funcional previsto em lei,
Seção I regulamento ou norma interna que não justifique a imposição
Das Penalidades Disciplinares de penalidade mais grave, conforme a hipótese.

Art. 147 - São penalidades disciplinares, em ordem de Art. 154 - A suspensão será aplicada nos casos de
gravidade crescente: reincidência específica das faltas punidas com repreensão,
I - advertência; bem como nos casos de violação das proibições que não
II - repreensão; constituam infração sujeita à penalidade de demissão ou
III - suspensão até 90 (noventa) dias consecutivos; rescisão de contrato, e não poderá exceder a 90 (noventa) dias
IV - destituição de cargo em comissão ou de função pública. consecutivos.
V - demissão; § 1º - Será punido com suspensão de até 15 (quinze) dias
VI - cassação de aposentadoria. consecutivos o integrante da GMBH que, injustificadamente,
Parágrafo único - Conforme a hipótese, o integrante da recusar-se a ser submetido a inspeção médica determinada
Guarda Municipal que sofrer punição disciplinar poderá ser por autoridade competente, cessando os efeitos da penalidade
submetido a programa reeducativo. uma vez cumprida a determinação.
§ 2º - Será punido com suspensão de 15 (quinze) dias
Seção II consecutivos o integrante da GMBH que, injustificadamente,
Da Aplicação das Penalidades deixar de comparecer, quando comprovadamente convocado,
para prestar depoimento ou declaração perante a
Art. 148 - Na aplicação das penalidades, deverão ser Corregedoria-Geral do Município, a Corregedoria da GMBH ou
consideradas a natureza e a gravidade da infração cometida, perante quem presidir, na forma desta Lei, à sindicância ou ao
os danos que dela provierem para o serviço público e para a processo administrativo disciplinar.
Guarda Municipal, as circunstâncias agravantes ou atenuantes § 3º - Quando houver conveniência para o serviço, a
e os antecedentes funcionais. penalidade de suspensão poderá ser substituída por multa, na
base de 50% (cinquenta por cento) por dia de vencimento ou
Art. 149 - Não haverá aplicação de penalidade disciplinar remuneração, na proporção de tantos dias-multa quantos
quando for reconhecida qualquer causa de justificação. forem os dias de suspensão, ficando o integrante da GMBH
Parágrafo único - São consideradas causas de justificação: obrigado a permanecer no serviço para o qual se encontrar
I - ter havido motivo de força maior, plenamente escalado.
comprovado e justificado;
II - ter sido cometida a transgressão: Art. 155 - As penalidades previstas nos incisos I a IV do art.
a) na prática de ação meritória, em estado de necessidade, 147 desta Lei terão seu registro cancelado na ficha individual
no interesse do serviço ou da segurança urbana; de registro do Guarda Municipal após o decurso de 5 (cinco)
b) em legítima defesa própria ou de outrem; anos de exercício, se o mesmo não houver, nesse período,
c) em obediência a ordem superior, desde que não praticado nova infração disciplinar.
manifestamente ilegal; § 1º - O cancelamento do registro não surtirá efeitos
retroativos.
Art. 150 - São consideradas circunstâncias atenuantes: § 2º - O integrante da GMBH não será considerado
I - relevância dos serviços prestados; reincidente, para quaisquer efeitos disciplinares, após o
II - ter o agente confessado a autoria de infração ignorada decurso do prazo previsto no caput deste artigo.
ou imputada a outrem;
III - ter o infrator procurado diminuir as consequências da Art. 156 - A demissão será aplicada nos seguintes casos:
infração antes da punição, reparando os danos; I - crime contra a administração pública;
IV - ter sido cometida a infração: II - abandono de cargo ou função;
a) para evitar mal maior; III - desídia no desempenho de cargo ou função;
b) em defesa própria de seus direitos ou de outrem, desde IV - ato de improbidade;
que não constitua causa de justificação; V - incontinência, má conduta ou mau procedimento;
c) por motivo de relevante valor social. VI - insubordinação grave em serviço;
VII - ofensa física, em serviço, a servidor ou particular,
Art. 151 - São consideradas circunstâncias agravantes: salvo se em legítima defesa ou no estrito cumprimento do
dever, nos casos previstos em lei;

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APOSTILAS OPÇÃO

VIII - crimes contra a liberdade sexual e crime de Parágrafo único - O processo administrativo disciplinar
corrupção de menores; mandado instaurar pela Corregedoria da GMBH para apuração
IX - aplicação irregular de dinheiro público; do abandono de cargo, no qual serão assegurados a ampla
X - revelação de segredo do qual se apropriou em razão do defesa e o contraditório, será sempre precedido da publicação,
cargo ou função, para lograr proveito próprio ou alheio; no Diário Oficial do Município - DOM -, de edital de convocação
XI - lesão aos cofres públicos; do integrante da Guarda Municipal para comparecer ao órgão
XII - dilapidação do patrimônio público; em que estiver lotado.
XIII - corrupção;
XIV - acumulação ilícita de cargo, emprego ou função CAPÍTULO VIII
pública, desde que provada a má-fé do servidor. DA COMPETÊNCIA PARA A APLICAÇÃO DAS PENAS
Parágrafo único - As infrações previstas no art. 137 desta DISCIPLINARES
Lei, além dos atos que resultarem em violação aos demais
dispositivos desta Lei, também poderão ser punidos com a Art. 165 - As penalidades disciplinares serão aplicadas:
pena de demissão, caso sejam consideradas como infrações I - pelo Prefeito, quando se tratar de demissão ou rescisão
graves. contratual, destituição de cargo em comissão ou de função
pública, cassação de aposentadoria ou disponibilidade;
Art. 157 - Além dos casos enumerados no artigo anterior, é II - pelo Secretário Municipal de Segurança Urbana e
causa de demissão a sentença criminal transitada em julgado Patrimonial, quando se tratar de suspensão de integrante da
que condenar o integrante da GMBH a mais de dois anos de Guarda Municipal por mais de 30 (trinta) dias ou multa
reclusão. equivalente, e na hipótese do § 2º do art. 154 desta Lei;
III - pelo Comandante da Guarda Municipal de Belo
Art. 158 - Verificada a acumulação ilegal de cargos, Horizonte, quando se tratar de suspensão por até 30 (trinta)
empregos ou funções públicas, em processo administrativo dias ou multa equivalente, e nos casos de advertência e de
disciplinar, se ficar comprovada a boa-fé do Guarda Municipal, repreensão.
o mesmo poderá optar por um dos cargos. § 1º - As sanções de que tratam os incisos II e III deste
§ 1º - Provada a má-fé, o servidor perderá os cargos que artigo poderão ser aplicadas pelo Prefeito.
estiver exercendo no serviço público municipal e restituirá o § 2º - Se houver diversidade de sanções, sendo um ou mais
que tiver percebido indevidamente. de um acusado, a aplicação da penalidade caberá à autoridade
§ 2º - Sendo um dos cargos, emprego ou função, exercido competente para a imposição de pena mais grave.
em outra esfera administrativa, esta será comunicada da
demissão verificada na esfera municipal. Art. 166 - O ato de imposição da penalidade mencionará
sempre o fundamento legal e a causa da sanção disciplinar.
Art. 159 - Será cassada a aposentadoria ou a
disponibilidade do inativo que tenha praticado, na situação de Art. 167 - Constarão da ficha individual de registro do
atividade, falta punível com a pena de demissão. integrante da Guarda Municipal todas as penalidades que lhe
Parágrafo único - Para efeito do disposto neste artigo, ao forem impostas, incluídas as decorrentes da falta de
ato de cassação da aposentadoria ou da disponibilidade comparecimento às sessões do Tribunal do Júri para o qual for
seguir-se-á o de demissão. sorteado.
Parágrafo único - Sem prejuízo das penalidades previstas
Art. 160 - A destituição de cargo em comissão ou de função na lei processual, serão considerados como suspensão os dias
pública será aplicada nos casos de infração sujeita às em que o integrante da GMBH deixar de atender às
penalidades de suspensão e de demissão. convocações do Tribunal do Júri.
§ 1º - Constatada a hipótese de que trata este artigo, a
exoneração efetuada nos termos da lei será convertida em CAPÍTULO IX
destituição de cargo em comissão ou de função pública. DA PRESCRIÇÃO DA AÇÃO DISCIPLINAR
§ 2º - Sendo o integrante da GMBH detentor de cargo
público efetivo, a aplicação da penalidade de destituição do Art. 168 - A ação disciplinar prescreverá:
cargo em comissão ou de função pública não impedirá a I - em 5 (cinco) anos, no caso de infrações puníveis com
aplicação das penalidades de suspensão ou de demissão. demissão, cassação de aposentadoria ou de disponibilidade e
destituição de cargo em comissão ou de função pública.
Art. 161 - A demissão ou a destituição de cargo em II - em 2 (dois) anos, no caso de infrações sujeitas à pena
comissão ou de função pública, nos casos dos incisos IV, IX, XI, de suspensão.
XII, XIII e XIV do art. 156 desta Lei, implicará no ressarcimento III - em 6 (seis) meses, no caso de infrações sujeitas às
ao erário municipal, sem prejuízo da ação penal cabível. penas de advertência e de repreensão.
§ 1º - O prazo de prescrição começa a correr na data em
Art. 162 - A demissão para o detentor de cargo de que o fato imputável ao integrante da Guarda Municipal se
provimento efetivo ou a destituição de cargo em comissão ou tornou conhecido.
de função pública para o não-detentor de cargo provimento § 2º - Os prazos de prescrição previstos na lei penal
efetivo incompatibilizam o ex-integrante da GMBH para nova aplicam-se às infrações disciplinares que correspondam a
investidura em cargo público municipal pelo prazo de 5 fatos nela tipificados.
(cinco) anos. § 3º - A abertura da sindicância ou a instauração de
processo administrativo disciplinar interrompem a
Art. 163 - Considera-se desidiosa a conduta reveladora de prescrição.
negligência no desempenho das atribuições e a transgressão § 4º - Interrompido o curso da prescrição, o prazo
habitual dos deveres de assiduidade e pontualidade. começará a fluir novamente a partir da data do ato que a
interromper.
Art. 164 - Configura abandono de cargo a ausência
intencional do integrante da Guarda Municipal ao serviço por
mais de 30 (trinta) dias consecutivos.

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TÍTULO V conveniente, determinará a oitiva de outras testemunhas, a


DA APURAÇÃO SUMÁRIA, DA SINDICÂNCIA E DO reinquirição das já ouvidas, a inquirição das referidas, a
PROCESSO ADMINISTRATIVO DISCIPLINAR acareação, se necessária, a juntada de documentos ou a
CAPÍTULO I realização de prova técnica;
DA APURAÇÃO SUMÁRIA VII - abertura do prazo de 5 (cinco) dias úteis para a
apresentação das razões finais de defesa;
Art. 169 - Em se tratando de fatos puníveis com as sanções VIII - parecer do encarregado da sindicância, com relatório
de advertência e repreensão, o Secretário Municipal de e sugestão sobre a solução que entenda adequada;
Segurança Urbana e Patrimonial, o Corregedor da GMBH ou o IX - julgamento, oportunidade em que o Corregedor da
Comandante da GMBH poderá, se julgar conveniente, GMBH apreciará a prova dos autos e proferirá decisão,
determinar que se faça uma apuração sumária para a propondo a punição a ser aplicada, observado o disposto no
verificação dos fatos, sem as formalidades exigidas para a art. 165 desta Lei.
sindicância. § 1º - Ao sindicado será assegurado o direito de ampla
defesa, admitidos todos os meios a ela inerentes, sendo-lhe
Art. 170 - Na apuração sumária, seu encarregado deverá facultado acompanhar o feito individualmente ou fazer-se
limitar-se a ouvir e entrevistar as partes e as testemunhas, representar por advogado, juntar documentos pertinentes,
relatando os fatos com os esclarecimentos necessários e o seu formular quesitos e requerer prova técnica.
parecer conclusivo. § 2º - A sindicância será concluída no prazo de 40
(quarenta) dias consecutivos.
Art. 171 - O prazo para a conclusão da apuração sumária é § 3º - Caso haja necessidade de dilação do prazo, o
de 5 (cinco) dias úteis. sindicante solicitará prorrogação à autoridade competente,
que não poderá exceder de 15 (quinze) dias.
Art. 172 - O encarregado da apuração sumária será
designado pela autoridade que determinar sua execução, e os Art. 176 - Verificada, na fase de julgamento, a existência de
autos dessa apuração, quando conclusos, serão sempre falta punível com penalidade mais grave do que aquela
encaminhados ao Corregedor da GMBH a quem compete prevista no inciso V do art. 194 desta Lei, o Corregedor da
aprovar ou não o parecer apresentado pelo encarregado. GMBH, em despacho, determinará a providência constante do
inciso VI daquele artigo, expedindo a respectiva portaria.
CAPÍTULO II Parágrafo único - Os autos da sindicância integrarão os
DA SINDICÂNCIA autos do processo administrativo disciplinar.

Art. 173 - Sindicância é o procedimento utilizado pela CAPÍTULO III


Administração para investigar, de maneira ágil e formal, atos e DO PROCESSO ADMINISTRATIVO DISCIPLINAR
fatos que envolvam integrantes da GMBH, antecedendo a
outras providências cíveis, criminais ou administrativas, Art. 177 - O processo administrativo disciplinar será de
sendo sua instauração determinada pelo Prefeito, pelo caráter contraditório, assegurada ao acusado ampla defesa,
Secretário Municipal de Segurança Urbana e Patrimonial ou com os meios a ela inerentes, sendo sua instauração
pelo Corregedor da GMBH. determinada pelo Prefeito ou pelo Secretário Municipal de
Segurança Urbana e Patrimonial ou pelo Corregedor da GMBH.
Art. 174 - A sindicância precederá o processo
administrativo disciplinar somente no caso de não haver Art. 178 - O processo administrativo disciplinar será
elemento de convicção suficiente para a imediata instauração conduzido por comissão disciplinar composta de 3 (três)
do segundo procedimento. integrantes, designada pelo Corregedor da GMBH.
Parágrafo único - A sindicância será instaurada: Parágrafo único - Os servidores designados para compor a
I - quando houver necessidade de maior tempo para coleta comissão disciplinar serão dispensados de suas atribuições
de provas que definam a responsabilidade ou a autoria de ordinárias, durante o período de exercício das funções
práticas irregulares; disciplinares.
II - quando se pretender avaliar a correta intensidade ou
consequências de uma infração; Art. 179 - Será obrigatória a instauração de processo
III - quando a complexidade dos fatos o exigir. administrativo disciplinar sempre que a falta imputada ao
integrante da GMBH ensejar a imposição de penalidade de
Art. 175 - A sindicância, sempre de caráter contraditório, suspensão por mais de 30 (trinta) dias, de demissão, de
desenvolver-se-á da seguinte forma: cassação de aposentadoria ou de destituição de cargo em
I - instauração por ato do Prefeito, do Secretário Municipal comissão ou de função pública.
de Segurança Urbana e Patrimonial ou do Corregedor da
GMBH, que designará um integrante da Corregedoria ou da Art. 180 - O processo administrativo disciplinar
Guarda Municipal como encarregado, para instrução e emissão desenvolver-se-á da seguinte forma:
de parecer; I - instauração, com a expedição da portaria do Prefeito, ou
II - citação do sindicado para interrogatório, a partir da do Secretário Municipal de Segurança Urbana e Patrimonial,
qual terá o prazo de 3 (três) dias úteis para oferecer defesa ou do Corregedor da GMBH, da qual constarão o resumo do
prévia, com arrolamento de testemunhas, até no máximo de 3 fato atribuído ao processado e a menção dos dispositivos
(três), e indicar as provas que pretender produzir; legais aplicáveis;
III - oitiva de testemunhas de denúncia, até o máximo de 3 II - citação do processado para o interrogatório, abrindo-
(três); se-lhe, em seguida, prazo de 3 (três) dias úteis para a
IV - oitiva de testemunhas do sindicado, até no máximo de apresentação da defesa prévia e de rol de testemunhas, até o
3 (três); máximo de 10 (dez), limitadas a 3 (três) para cada fato, e para
V - prazo de 2 (dois) dias úteis para o sindicado requerer a indicação das provas que quiser produzir;
diligências probatórias complementares; III - oitiva de testemunhas da denúncia, até o máximo de
VI - despacho do Corregedor da GMBH, que se manifestará 10 (dez), limitadas a 3 (três) para cada fato;
quanto a pedidos formulados pelo sindicado e, se entender

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IV - oitiva de testemunhas arroladas pelo processado, até o facultado o direito de assistir ao interrogatório, formular
máximo de 10 (dez), limitadas a 3 (três) para cada fato; perguntas e zelar pela fiel transcrição das respostas.
V - prazo de 3 (três) dias úteis para o processado requerer
diligências probatórias complementares; Art. 187 - Comparecendo o acusado, no dia e hora
VI - despacho do presidente da comissão, que se designados, será interrogado pela comissão disciplinar.
manifestará quanto ao pedido formulado pelo processado, na Parágrafo único - Havendo mais de um acusado, cada um
forma indicada no inciso V e, se entender conveniente, deles será ouvido em separado e, caso haja divergência entre
determinará a oitiva de outras testemunhas, a reinquirição das suas declarações, poderá ser promovida uma acareação entre
já ouvidas, a inquirição das referidas, a juntada de documentos eles.
ou a realização de prova técnica;
VII - abertura do prazo de 10 (dez) dias consecutivos para Art. 188 - Quando houver dúvidas quanto à sanidade
o processado apresentar razões finais; mental do acusado, a comissão disciplinar determinará que ele
VIII - julgamento, oportunidade em que a comissão seja submetido a exame pelo serviço médico do órgão
processante apreciará as provas e emitirá relatório, sugerindo municipal competente.
a penalidade a ser aplicada, observado o disposto no art. 147, Parágrafo único - O incidente de sanidade mental poderá
encaminhando-o, junto aos autos conclusos, ao Corregedor da ser suscitado pelo próprio acusado e será processado em autos
GMBH que decidirá quanto ao mérito e o remeterá à apartados e apensos aos autos principais, ficando suspenso o
autoridade competente para a aplicação da pena cabível. procedimento principal.
§ 1º - Ao processado será assegurado o direito de ampla
defesa, admitidos todos os meios a ela inerentes, sendo-lhe Art. 189 - O relatório é a peça que põe fim ao processo
facultado acompanhar o feito individualmente ou fazer-se administrativo disciplinar.
representar por advogado, juntar documentos pertinentes, § 1º - No relatório, serão apreciadas separadamente as
formular quesitos, e, às suas expensas, requerer prova técnica. irregularidades mencionadas na denúncia ou na portaria, à luz
§ 2º - A autoridade competente, na forma do art. 165 desta das provas colhidas e tendo em vista as razões da defesa.
Lei, decidirá sobre a penalidade a ser aplicada dentro de sua § 2º - A comissão decidirá, justificadamente, pelo
competência ou remeterá o processo à autoridade superior, arquivamento, pela absolvição ou pela punição do acusado,
caso entenda que deva ser aplicada pena que exceda à sua sugerindo, neste último caso, a penalidade cabível em relação
competência, justificando o ato. a cada uma das faltas consideradas, respeitada a competência
prevista no art. 165 desta Lei.
Art. 181 - A comissão disciplinar procederá a todas as § 3º - O motivo do arquivamento ou da absolvição ficará
diligências que julgar necessárias, ouvindo, se entender expresso no relatório devendo ajustar-se a uma das causas
conveniente, a opinião de técnicos ou peritos. mencionadas nos incisos I a IV do art. 194 desta Lei.
Parágrafo único - A comissão poderá denegar pedidos § 4º - A comissão disciplinar deverá sugerir no relatório
considerados impertinentes, meramente protelatórios ou quaisquer outras providências que lhe pareçam de interesse
desprovidos de interesse para o esclarecimento dos fatos, do serviço público.
fazendo-o justificadamente. § 5º - Reconhecida a responsabilidade do acusado, a
comissão do processo administrativo disciplinar observará o
Art. 182 - A citação ou intimação do acusado será pessoal, disposto no art. 148 desta Lei.
por carta expedida pelo presidente da comissão disciplinar,
assegurando-se-lhe vista dos autos. Art. 190 - O prazo para a conclusão do processo
§ 1º - O prazo para defesa, previsto no inciso VII do art. 180 administrativo disciplinar é de 60 (sessenta) dias
desta Lei, será observado mesmo quando houver mais de um consecutivos, prorrogável a critério do Corregedor da GMBH,
acusado, e será comum a todos. por prazo não superior a 20 (vinte) dias.
§ 2º - No caso de recusa do acusado em apor ciente na cópia
da citação, o prazo para defesa contar-se-á da data declarada Art. 191 - O Guarda Municipal que responder a processo
pelo servidor que realizou a diligência. administrativo disciplinar só poderá ser exonerado a pedido
ou aposentado voluntariamente, após a conclusão do feito e o
Art. 183 - Achando-se o acusado em local incerto e não cumprimento da penalidade acaso aplicada.
sabido ou no estrangeiro, a citação será feita por edital
publicado no DOM, durante 3 (três) dias consecutivos, CAPÍTULO IV
hipótese em que o prazo para defesa será contado da data da DAS DISPOSIÇÕES GERAIS
última publicação.
Art. 192 - A autoridade que tiver ciência de irregularidade
Art. 184 - O acusado que mudar de residência depois de no serviço público, envolvendo integrante da GMBH, deverá
citado fica obrigado a comunicar à comissão do processo comunicar imediatamente à Corregedoria da GMBH, para a
administrativo disciplinar o lugar onde poderá ser encontrado, adoção das medidas necessárias à sua imediata apuração.
sob pena de ser considerado em lugar incerto e não sabido, Parágrafo único - Quando o ato atribuído ao integrante da
para os efeitos de citação ou intimação. GMBH for definido como crime de ação pública
incondicionada, o Comandante da GMBH, ou quem tomar
Art. 185 - Considerar-se-á revel o acusado que, conhecimento do fato, dará imediato conhecimento à
regularmente citado, não apresentar defesa no prazo legal. Corregedoria da GMBH, que providenciará a devida
§ 1º - Ao acusado revel será designado um defensor dativo, comunicação à autoridade competente, para as providências
bacharel em Direito ocupante de cargo no serviço público cabíveis.
municipal.
§ 2º - A revelia será declarada nos autos e devolverá o Art. 193 - As denúncias de irregularidades, formuladas por
prazo para a defesa. escrito ou reduzidas a termo, serão objeto de investigação,
observado o seguinte:
Art. 186 - O acusado será cientificado, no ato da citação, de I - quando o fato narrado não configurar infração
que poderá fazer-se representar por advogado, ao qual é disciplinar, a denúncia será arquivada;

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II - a denúncia desacompanhada de elemento de instrução Art. 202 - Testemunha é a pessoa que presta depoimento
não impede a abertura de apuração sumária ou de sindicância. sob compromisso legal de dizer a verdade e não omiti-la.
§ 1º - Se a testemunha for servidor público municipal, será
Art. 194 - Da apuração sumária ou da sindicância poderá intimada pessoalmente com comunicação formal à sua chefia
resultar: imediata.
I - arquivamento, por falta de prova da existência do fato § 2º - Se a testemunha não for servidor público municipal,
ou da sua autoria; será convidada a depor.
II - arquivamento, por falta de prova suficiente à aplicação
da penalidade administrativa; Art. 203 - O depoimento será fielmente reduzido a termo,
III - absolvição, por existência de prova de não ser o não sendo lícito à testemunha trazê-lo por escrito, podendo
acusado o autor do fato; consultar anotações.
IV - absolvição, por existência de prova de não-ocorrência § 1º - As testemunhas serão inquiridas separadamente.
do fato ou por este não constituir infração de natureza § 2º - Poderá ser feita acareação entre os depoentes, na
disciplinar; hipótese de depoimentos contraditórios ou que se infirmem.
V - aplicação de penalidade de repreensão ou de suspensão
de até 30 (trinta) dias; Art. 204 - Aplicam-se subsidiariamente à sindicância ou ao
VI - instauração do processo administrativo disciplinar; processo administrativo disciplinar as normas dos Códigos de
Processo Civil e Penal.
Art. 195 - Do processo administrativo disciplinar poderá Parágrafo único - O servidor que responder a sindicância
resultar arquivamento ou absolvição, na forma do disposto ou a processo administrativo disciplinar poderá, às suas
nos incisos I a IV do art. 194 desta Lei, ou aplicação das expensas, extrair cópia integral ou parcial dos autos
penalidades previstas no art. 147 desta Lei. respectivos.

Art. 196 - Arquivados a apuração sumária, a sindicância ou Art. 205 - A autoridade sindicante, a processante ou aquela
o processo administrativo disciplinar, com base no disposto incumbida de aplicar a pena, será responsabilizada se der
nos incisos I e II do art. 194 desta Lei, poderão ser eles causa à prescrição de que trata o art. 168 desta Lei.
reabertos em vista de novas provas, desde que não haja
ocorrido a prescrição, na forma do art. 168 desta Lei. Art. 206 - Extinta a punibilidade pela prescrição, a
§ 1º - A decisão pela reabertura do procedimento caberá à autoridade indicada no art. 165 desta Lei determinará seu
Corregedoria da GMBH que, através de despacho registro nos assentamentos individuais do Guarda Municipal.
fundamentado, expedirá nova portaria.
§ 2º - Os autos arquivados serão apensados aos novos. CAPÍTULO V
DO RECURSO EM MATÉRIA DISCIPLINAR
Art. 197 - A apuração sumária, a sindicância e o processo
administrativo disciplinar poderão ser sobrestados, a Art. 207 - Das decisões proferidas com supedâneo em
qualquer tempo, mediante despacho fundamentado, pela apuração sumária, em sindicância ou em processo
autoridade que as determinar, caso seja necessária a conclusão administrativo disciplinar, caberá recurso, que será recebido
de ato processual que demande a extensão dos prazos fixados no efeito devolutivo.
à Administração.
Art. 208 - Não constitui fundamento para o recurso a
Art. 198 - O Secretário Municipal de Segurança Urbana e exclusiva alegação de injustiça da penalidade aplicada.
Patrimonial, mediante decisão fundamentada, poderá
determinar o afastamento preventivo do integrante da GMBH, Art. 209 - O prazo para a interposição do recurso é de 10
desde que necessário para garantir o curso normal da (dez) dias úteis e começa a fluir da data do recebimento, pelo
instrução. acusado, da notificação da decisão constante do relatório.
§ 1º - O afastamento preventivo não implicará prejuízo da Parágrafo único - Não caberá recurso da decisão que
remuneração ou da contagem do tempo de serviço. decidir o recurso original.
§ 2º - Caberá recurso ao Prefeito, caso o tempo de
afastamento preventivo supere 120 (cento e vinte) dias. Art. 210 - O julgamento do recurso competirá:
I - ao Prefeito, se a decisão recorrida partir dele próprio ou
Art. 199 - Não poderão proceder à sindicância ou compor do Secretário Municipal de Segurança Urbana e Patrimonial.
a Comissão do processo administrativo disciplinar cônjuge, II - ao Secretário Municipal de Segurança Urbana e
companheiro ou parente do acusado, consanguíneo ou afim, Patrimonial, se a decisão recorrida partir do Comandante da
em linha reta ou colateral, até o 3º (terceiro) grau. GMBH.

Art. 200 - A apuração sumária, a sindicância ou o processo Art. 211 - Provido o recurso, o acusado terá restabelecidos,
administrativo disciplinar serão conduzidos com parcial ou integralmente, conforme a decisão, os direitos
independência e imparcialidade, assegurado o sigilo perdidos em consequência daquelas, exceto em relação à
necessário à elucidação do fato ou exigido pelo interesse da destituição do cargo em comissão ou de função pública, a qual
Administração. será convertida em exoneração.
Parágrafo único - As audiências e as reuniões que ocorram
no curso dos procedimentos disciplinares terão caráter Art. 212 - Do recurso não poderão constar fatos novos e
reservado. nem dele poderá resultar agravamento de penalidade.

Art. 201 - Em qualquer fase de qualquer dos CAPÍTULO VI


procedimentos, até a apresentação da defesa final, poderão ser DA REVISÃO EM MATÉRIA DISCIPLINAR
juntados documentos.
Parágrafo único - Será indeferido o pedido de prova Art. 213 - O procedimento disciplinar poderá ser revisto a
pericial, quando a comprovação do fato não depender de qualquer tempo, a pedido ou de ofício, quando se aduzirem
conhecimento técnico de perito. fatos novos ou circunstâncias que militem em favor da

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APOSTILAS OPÇÃO

inocência do integrante da GMBH punido, agravem, atenuem III - nota meritória;


ou revelem a inadequação da penalidade aplicada. IV - referência elogiosa;
V - dispensa do serviço.
Art. 214 - O pedido de revisão será dirigido ao Secretário § 1º - A condecoração constitui-se em referência honrosa e
Municipal de Segurança Urbana e Patrimonial e apensado aos insígnia conferidas ao integrante da GMBH por sua atuação
autos do procedimento originário. relevante em intervenção de destaque na preservação da vida,
§ 1º - Se a decisão atacada houver sido proferida com base da integridade física e do patrimônio municipal, sendo
em apuração sumária ou sindicância, sua instrução será formalizada com a devida publicação no DOM e registro na
preferencialmente de responsabilidade do encarregado que a respectiva Ficha Individual.
presidiu e a decisão caberá ao Secretário Municipal de § 2º - Elogio é o reconhecimento formal da GMBH às
Segurança Urbana e Patrimonial. qualidades morais e profissionais do Guarda Municipal
§ 2º - Tratando-se de processo administrativo disciplinar, reveladas em atos ou fatos de grande repercussão interna ou
a comissão que proferiu o relatório atacado, externa, que mereçam destaque especial ao agente que
preferencialmente, apreciará o cabimento da revisão, de contribuiu para a elevação do nome da instituição, com a
acordo com o disposto no art. 213 desta Lei. devida publicidade no DOM e registro na Ficha Individual.
§ 3º - Caberá reclamação fundamentada ao Prefeito, no § 3º - Nota meritória é o reconhecimento da GMBH à
prazo de 5 (cinco) dias úteis, da decisão que negar seguimento participação de Guarda Municipal em ocorrência ou fato que
à revisão. demonstre suas qualidades, tais como a iniciativa, a coragem,
§ 4º - O prazo a que se refere o § 3º deste art. 214 contar- a dedicação, o altruísmo ou o seu conhecimento profissional,
se-á da data em que o interessado tomar ciência da decisão que com publicidade interna e registro na Ficha Individual.
negar seguimento à revisão. § 4º - Referência elogiosa é o registro na Ficha Individual
de citações ou informações de pessoas, autoridades ou
Art. 215 - Se a revisão for cabível, sua apreciação quanto ao entidades, que realcem os serviços prestados por Guarda
mérito competirá à Corregedoria da GMBH. Municipal, podendo ser transformada em Nota Meritória ou
Elogio, a critério do Comando da Guarda Municipal.
Art. 216 - Recebido o pedido de revisão, a Corregedoria da § 5º - Dispensa do serviço é a concessão ao Guarda
GMBH mandará autuá-lo e apensá-lo aos autos do Municipal de descanso adicional, além do previsto em escala,
procedimento originário. como recompensa por ato praticado ou por término de
§ 1º - Em qualquer caso, será dada vista ao requerente pelo trabalho relevante. Poderá ser concedida isolada ou
prazo de 10 (dez) dias, para tomar ciência do despacho e, se concomitante com as recompensas dos incisos I, II, III e IV do
quiser, arrolar testemunhas até o máximo de 5 (cinco). caput deste artigo.
§ 2º - Concluída a fase da instrução da revisão, o
requerente será intimado a apresentar suas alegações finais, Art. 222 - As recompensas previstas no artigo anterior
no prazo de 5 (cinco) dias úteis. serão conferidas:
§ 3º - Escoado o prazo de que trata o § 2º deste art. 216, a I - pelo Prefeito e pelo Secretário Municipal de Segurança
revisão receberá parecer quanto ao mérito, no prazo de 30 Urbana e Patrimonial, nos casos dos incisos I, II e V do caput
(trinta) dias consecutivos, e será encaminhada à autoridade do art. 221 desta Lei.
julgadora. II - pelo Comandante da Guarda Municipal de Belo
§ 4º - Na fase de julgamento, poderão ser determinadas Horizonte nos casos dos incisos III e IV do caput do art. 221
diligências consideradas necessárias ao melhor desta Lei.
esclarecimento do processo.
TÍTULO VII
Art. 217 - O julgamento da revisão competirá: DO CONTROLE E DA AVALIAÇÃO DO
I - ao Prefeito, se a decisão revisionada partir dele próprio COMPORTAMENTO DO GUARDA MUNICIPAL
ou do Secretário Municipal de Segurança Urbana e
Patrimonial. Art. 223 - O comportamento dos ocupantes do cargo
II - ao Secretário Municipal de Segurança Urbana e público efetivo de Guarda Municipal será permanentemente
Patrimonial, nos demais casos. aferido e registrado em seus assentamentos funcionais, para
os fins de seu controle, avaliação e designação para as
Art. 218 - Julgado procedente o pedido de revisão, serão atividades rotineiras, para as missões especiais, para a
tornadas sem efeito as penalidades aplicadas ao acusado, o que avaliação de sua permanência no serviço público e para a sua
implicará, somente se for o caso, no restabelecimento de todos progressão na carreira.
os direitos perdidos em consequência daquelas, exceto em Parágrafo único - Para os fins do disposto no caput, e sem
relação à destituição do cargo em comissão ou de função prejuízo das disposições complementares estabelecidas no
pública, a qual será convertida em exoneração. regulamento desta Lei, os comportamentos dos Guardas
Municipais terão as seguintes classificações:
Art. 219 - Da revisão a pedido não poderá resultar I - ao ingressar na instituição, o servidor terá sua conduta
agravamento da penalidade. classificada de ofício no conceito "bom";
II - a cada período de 60 (sessenta) meses, se não tiver
TÍTULO VI sofrido qualquer punição disciplinar, a conduta do servidor
DAS RECOMPENSAS DOS SERVIDORES DA GUARDA será classificada no conceito "ótimo";
MUNICIPAL III - a cada período de 48 (quarenta e oito) meses, se não
tiver atingido 4 (quatro) pontos negativos, a conduta do
Art. 220 - As recompensas constituem-se em servidor será classificada no conceito "muito bom";
reconhecimento aos bons serviços, atos meritórios e trabalhos IV - a cada período de 36 (trinta e seis) meses, se tiver
relevantes prestados pelo integrante da Guarda Municipal. atingido até 4 (quatro) pontos negativos, a conduta do
servidor será classificada no conceito "bom";
Art. 221 - São recompensas da Guarda Municipal: V - a cada período de 24 (vinte e quatro) meses, se tiver
I - condecoração por serviços prestados; atingido até 8 (oito) pontos negativos, a conduta do servidor
II - elogio; será classificada no conceito "satisfatório";

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VI - a cada período de 12 (doze) meses, tiver atingido dos cargos em comissão previstos no caput deste artigo
pontuação superior a 8 (oito) pontos negativos, a conduta do poderá se dar por recrutamento amplo.
servidor será classificada no conceito "irregular".
Art. 228 - O cargo de Ouvidor da Guarda Municipal de Belo
Art. 224 - Exclusivamente para os fins do artigo anterior, e Horizonte, previsto na Lei nº 9.011/05, de recrutamento
sem prejuízo da aplicação das penalidades devidas na hipótese amplo e livre nomeação e exoneração pelo Prefeito, com
de cometimento de infração, serão levadas à compensação as jornada de 8 (oito) horas diárias e remuneração equivalente à
condutas positivas e as negativas atribuídas ao Guarda de Gerente de 1º nível, tem as seguintes atribuições:
Municipal, conforme a seguinte gradação: I - receber reclamações relativas às atividades ou
I - recompensas: servidores da Guarda Municipal de Belo Horizonte, realizando
a) nota meritória - 1 (um) ponto positivo; apuração preliminar e encaminhando, se necessário, o caso ao
b) elogio - 2 (dois) pontos positivos; órgão competente;
c) condecoração - 4 (quatro) pontos positivos; II - exercer suas atividades com independência e
II - penas disciplinares: autonomia, buscando estabelecer canais de comunicação de
a) advertência - 1 (um) ponto negativo; forma aberta, honesta e objetiva, procurando sempre facilitar
b) repreensão - 2 (dois) pontos negativos; e agilizar a resposta às reclamações apresentadas;
c) suspensão: III - publicar no DOM, mensalmente, balanço das
- até 15 dias: 2,5 (dois e meio) pontos negativos; reclamações recebidas.
- de 16 a 30 dias: 3,0 (três) pontos negativos; Parágrafo único - Será criado, junto à Ouvidoria, o
- de 31 a 60 dias: 3,5 (três e meio) pontos negativos; Conselho Municipal de Segurança e Cidadania composto por
- de 61 a 90 dias: 4,0 (quatro) pontos negativos. representantes da sociedade civil organizada, sem
§ 1º - Não serão objeto de compensação as transgressões remuneração, e sua regulamentação será feita por decreto.
que violem os princípios norteadores das ações da Guarda
Municipal ou afetem o seu prestígio, ou que constituam crime. Art. 229 - O porte de armas pelos ocupantes dos cargos de
§ 2º - As compensações serão realizadas de ofício para a Guarda Municipal e de Inspetor da GMBH será autorizada
classificação da conduta do Guarda Municipal. pelos órgãos competentes e obedecerá a critérios e
§ 3º - É vedada ao Guarda Municipal que estiver procedimentos fixados na legislação própria, os quais deverão
classificado no comportamento irregular a progressão constar de regulamento específico em âmbito municipal.
profissional, bem como a participação em cursos ou em Parágrafo único - Para a utilização de arma por Guarda
atividades consideradas especiais pelo Secretário Municipal Municipal ou Inspetor da GMBH, é indispensável a frequência
de Segurança Urbana e Patrimonial. e aprovação em curso específico de capacitação e avaliação
sócio-psicológica, conforme previsto em legislação específica.
TÍTULO VIII
DAS DISPOSIÇÕES FINAIS E TRANSITÓRIAS Art. 230 - O Executivo buscará a cooperação com outras
esferas de governo, visando a compartilhar institucionalmente
Art. 225 - O Regime Disciplinar previsto nesta Lei aplica-se informações relevantes à segurança pública, bem como para
aos guardas municipais, contratados por necessidade de dotar o Município dos instrumentos necessários para
excepcional interesse público, aplicando-se-lhes a pena de interagir, de forma suplementar, na área de segurança pública.
rescisão contratual em todos os casos onde houver a previsão
das penas de demissão ou de suspensão por mais de 10 (dez) Art. 231 - A Guarda Municipal de Belo Horizonte terá a sua
dias, sem prejuízo da rescisão contratual motivada por implantação gradativa, assegurando-se o treinamento e
conveniência da Administração ou por outras hipóteses qualificação dos seus profissionais.
previstas na legislação pertinente.
Art. 232 - A partir de 19 de janeiro de 2006, fica prorrogada
Art. 226 - Para os fins dos artigos 223 e 224 desta Lei, os por mais 36 (trinta e seis) meses ou até o provimento integral
atuais guardas municipais, contratados por necessidade de do quantitativo do cargo público efetivo de Guarda Municipal,
excepcional interesse público, serão classificados no conceito previsto no Anexo Único desta Lei, a contratação temporária
"bom", a partir da entrada em vigência desta Lei. por excepcional interesse público de até 500 (quinhentos)
trabalhadores para o exercício das funções específicas do
Art. 227 - O cargo de Inspetor da GMBH, previsto na Lei nº referido cargo.
9.011, de 1º de janeiro de 2005, de recrutamento restrito e Parágrafo único - A autorização contida no caput deste
livre nomeação e exoneração pelo Prefeito, com jornada de 8 artigo estende-se à ocorrência de interrupção total ou parcial
(oito) horas diárias e remuneração equivalente à do Gerente das atividades da GMBH que, nos termos do regulamento,
de 3º nível, tem as seguintes atribuições, além da observância ponham em risco bens e serviços municipais, hipótese em que
aos demais preceitos desta Lei: os contratos terão prazo não superior a 180 (cento e oitenta)
I - zelar pela boa execução das atividades da Guarda, dias.
conforme adequados parâmetros de moralidade,
impessoalidade, eficiência e cortesia; Art. 233 - VETADO
II - inspecionar e avaliar o cumprimento de rotinas e
horários por parte dos membros da GMBH; Art. 234 - Ficam alteradas as denominações dos órgãos e
III - auxiliar, por meio de informações, na apuração da cargos, que compõem a estrutura da Secretaria Municipal de
demanda de serviços de guarda e na alocação do pessoal; Segurança Urbana e Patrimonial de Belo Horizonte, previstos
IV - auxiliar no recolhimento e sistematização de na Lei nº 9.011/05, nos seguintes termos:
informações relativas à segurança pública; I - Guarda Municipal Patrimonial para Guarda Municipal de
V - auxiliar no apoio logístico e material dos serviços de Belo Horizonte;
guarda, garantido sua economicidade. II - Corregedoria da Guarda Municipal Patrimonial para
Parágrafo único - Até que sejam preenchidos todos os Corregedoria da Guarda Municipal de Belo Horizonte;
cargos públicos efetivos de Guarda Municipal de Belo
Horizonte, previstos no Anexo único desta Lei, o provimento III - Comandante da Guarda Municipal Patrimonial para
Comandante da Guarda Municipal de Belo Horizonte;

Legislação 139
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APOSTILAS OPÇÃO

IV - Corregedor Guarda Municipal Patrimonial para (E) A forma federativa do Estado pressupõe a repartição
Corregedor da Guarda Municipal de Belo Horizonte; de competências entre os entes federados, que são dotados de
V - Inspetor Guarda Municipal Patrimonial para Inspetor capacidade de auto-organização e de autolegislação.
da Guarda Municipal de Belo Horizonte.
Parágrafo único - Fica alterada, ainda, a denominação do 02. (TRT - 8ª Região (PA e AP) - Analista Judiciário -
cargo de Ouvidor da Guarda Municipal Patrimonial para Tecnologia da Informação – CESPE/2016) Assinale a opção
Ouvidor da Guarda Municipal de Belo Horizonte. correta a respeito dos princípios fundamentais na Constituição
Federal de 1988 (CF).
Art. 235 - Ficam criados os seguintes cargos públicos (A) A valorização social do trabalho e da livre-iniciativa
comissionados, passando o Anexo I da Lei n° 9.011/05 a não alcança, indiscriminadamente, quaisquer manifestações,
vigorar acrescido desses cargos: mas apenas atividades econômicas capazes de impulsionar o
desenvolvimento nacional.
"ANEXO I (B) O conceito atual de soberania exprime o
QUADRO DE CARGOS DE PROVIMENTO EM COMISSÃO autorreconhecimento do Estado como sujeito de direito
DA ADMINISTRAÇÃO DIRETA DO PODER EXECUTIVO E DE internacional, mas não engloba os conceitos de abertura,
CORRELAÇÃO COM OS CARGOS ANTERIORES cooperação e integração.
(...) (C) A cidadania envolve não só prerrogativas que
viabilizem o poder do cidadão de influenciar as decisões
Cargo previsto na Cargo previsto Quantidade de políticas, mas também a obrigação de respeitar tais decisões,
Legislação Anterior nesta Lei vagas ainda que delas discorde.
Assessor (D) A dignidade da pessoa humana é conceito
Assessor Jurídico III 3 eminentemente ético-filosófico, insuscetível de detalhada
Jurídico III
Assessor qualificação normativa, de modo que de sua previsão na
Assessor Jurídico II 3 Constituição não resulta grande eficácia jurídica, em razão de
Jurídico II
Gerente se 1º seu conteúdo abstrato.
Gerente de 1º nível 10 (E) O valor social do trabalho possui como traço
nível
Gerente de 2º caracterizador primordial e principal a liberdade de escolha
Gerente de 2º nível 10 profissional, correspondendo à opção pelo modelo capitalista
nível
Gerente de 3º de produção.
Gerente de 3º nível 10
nível
03. (UNESP - Assistente Administrativo I –
Art. 236 - Fica o Poder Executivo autorizado a abrir VUNESP/2016) Conforme dispõe a Constituição Federal em
créditos adicionais ao orçamento vigente no valor de relação aos Princípios Fundamentais, assinale a alternativa
R$17.550.805,00 (dezessete milhões, quinhentos e cinquenta correta.
mil, oitocentos e cinco reais), para atender ao disposto nesta (A) A cidadania e a soberania são princípios que regem as
Lei, podendo ser reaberto no exercício financeiro seguinte, no relações internacionais do Brasil.
limite de seus saldos, nos termos dos arts 40 a 43, 45 e 46 da (B) Todo poder emana do povo, que o exerce por meio de
Lei Federal nº 4.320, de 17/03/1964. seus representantes eleitos indiretamente, nos termos da
Constituição.
Art. 237 - Ficam revogadas as leis nºs 8.486, de 20 de (C) São Poderes da União, dependentes e interligados entre
janeiro de 2003, e 8.794, de 2 de abril de 2004, o art. 50 da Lei si, o Legislativo e o Judiciário.
nº 9.154, de 12 de janeiro de 2006, e o art. 41 da Lei nº 9.155, (D) Os valores sociais do trabalho e o repúdio ao
de 12 de janeiro de 2006. terrorismo constituem objetivos da República Federativa do
Brasil.
Art. 238 - Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação, (E) A República Federativa do Brasil buscará a integração
ressalvados o caput e os parágrafos 1º e 2º do art. 53, que econômica, política, social e cultural entre os povos da América
retroagem seus efeitos a 1º de junho de 2006. Latina, visando à formação de uma comunidade latino-
americana de nações.

04. (IFFP - Assistente de Administração – FCM/2016)


Questões NÃO é um dos objetivos fundamentais da República Federativa
do Brasil
(A) garantir o desenvolvimento nacional.
(B) construir uma sociedade livre, justa e solidária.
01. (TRE-PI - Técnico Judiciário – Administrativo – (C) constituir uma supremacia perante os países da
CESPE/2016) A respeito dos princípios fundamentais da América Latina.
Constituição Federal de 1988 (CF), assinale a opção correta. (D) erradicar a pobreza e a marginalização e reduzir as
(A) A soberania nacional pressupõe a soberania das desigualdades sociais e regionais.
normas internas fixadas pela CF sobre os atos normativos das (E) promover o bem de todos, sem preconceitos de origem,
organizações internacionais nas situações em que houver raça, sexo, cor, idade e quaisquer outras formas de
conflito entre ambos. discriminação.
(B) A dignidade da pessoa humana não representa,
formalmente, um fundamento da República Federativa do 05. (DPU - Conhecimentos Básicos - Cargos 3 e 8 –
Brasil. CESPE/2016) Acerca dos princípios fundamentais expressos
(C) Os valores sociais do trabalho e da livre iniciativa visam na Constituição Federal de 1988 (CF), julgue o item a seguir.
proteger o trabalho exercido por qualquer pessoa, desde que
com finalidade lucrativa. A prevalência dos direitos humanos, a concessão de asilo
(D) Em decorrência do pluralismo político, é dever de todo político e a solução pacífica de conflitos são princípios
cidadão tolerar as diferentes ideologias político-partidárias, fundamentais que regem as relações internacionais do Brasil.
ainda que, na manifestação dessas ideologias, haja conteúdo ( ) Certo ( ) Errado
de discriminação racial.

Legislação 140
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06. (TJ-MT - Analista Judiciário - Ciências Contábeis – 10. (IFF - Operador de Máquinas Agrícolas –
UFMT/2016) No que diz respeito aos princípios FCM/2016) NÃO é um dos fundamentos da República
fundamentais da Constituição Federal da República Federativa Federativa do Brasil
do Brasil, de 1988, assinale a afirmativa correta. (A) a soberania.
(A) A República Federativa do Brasil tem como princípio a (B) a cidadania.
autodeterminação dos povos. (C) o singularismo político.
(B) A República Federativa do Brasil tem como (D) a dignidade da pessoa humana.
fundamento a igualdade entre os Estados.
(C) A concessão de asilo político e o pluralismo político são 11. (SAAE de Barra Bonita – SP - Almoxarife –
princípios da República Federativa do Brasil. INSTITUTO EXCELÊNCIA/2017) Com referência na
(D) A erradicação da pobreza e a redução das Constituição da República Federativa do Brasil TÍTULO I DOS
desigualdades sociais são fundamentos da República PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS Art. 1º A República Federativa
Federativa do Brasil. do Brasil, formada pela união indissolúvel dos Estados e
Municípios e do Distrito Federal, constitui-se em Estado
07. (Prefeitura de Quixadá – CE - Assistente Jurídico – Democrático de Direito e tem como fundamentos:
SERCAM/2016) Constituem objetivos fundamentais da
República Federativa do Brasil, SALVO: Assinale a alternativa CORRETA que apresenta os
(A) construir uma sociedade livre, justa e solidária. fundamentos:
(B) garantir o desenvolvimento nacional. (A) a soberania; a cidadania; a dignidade da pessoa
(C) erradicar a pobreza e a marginalização e reduzir as humana; os valores sociais do trabalho e da livre iniciativa; o
desigualdades sociais e regionais. pluralismo político.
(D) promover o bem de todos, sem preconceitos de origem, (B) prevalência dos direitos humanos; a soberania; a
raça, sexo, cor, idade e quaisquer outras formas de cidadania; a dignidade da pessoa humana; os valores sociais
discriminação. do trabalho e da livre iniciativa.
(E) promover a defesa da paz. (C) prevalência dos direitos humanos; a soberania; a
cidadania; solução pacífica dos conflitos; repúdio ao
08. (SAAE de Barra Bonita – SP - Almoxarife - Instituto terrorismo e ao racismo.
Excelência/2017) Com referência na Constituição da (D) Nenhuma das alternativas.
República Federativa do Brasil TÍTULO I DOS PRINCÍPIOS
FUNDAMENTAIS Art. 1º A República Federativa do Brasil, 12. (SAAE de Barra Bonita – SP - Almoxarife –
formada pela união indissolúvel dos Estados e Municípios e do INSTITUTO EXCELÊNCIA/2017) Sobre a Constituição da
Distrito Federal, constitui-se em Estado Democrático de República Federativa do Brasil TÍTULO I DOS PRINCÍPIOS
Direito e tem como fundamentos: FUNDAMENTAIS Art. 3º Constituem objetivos fundamentais
da República Federativa do Brasil:
Assinale a alternativa CORRETA que apresenta os I - construir uma sociedade livre, justa e solidária;
fundamentos: II - garantir o desenvolvimento nacional;
(A) a soberania; a cidadania; a dignidade da pessoa III - erradicar a pobreza e a marginalização e reduzir as
humana; os valores sociais do trabalho e da livre iniciativa; o desigualdades sociais e regionais;
pluralismo político. IV - promover o bem de todos, sem preconceitos de origem,
(B) prevalência dos direitos humanos; a soberania; a raça, sexo, cor, idade e quaisquer outras formas de
cidadania; a dignidade da pessoa humana; os valores sociais discriminação.
do trabalho e da livre iniciativa. V - igualdade entre os Estados;
(C) prevalência dos direitos humanos; a soberania; a VI - defesa da paz;
cidadania; solução pacífica dos conflitos; repúdio ao
terrorismo e ao racismo. Estão CORRETOS:
(D) Nenhuma das alternativas. (A) Os incisos I- II- IV e V.
(B) Os incisos I- II- III e IV.
09. (SAAE de Barra Bonita – SP - Almoxarife - Instituto (C) Os incisos II- IV- V e VI.
Excelência/2017) Sobre a Constituição da República (D) Nenhuma das alternativas.
Federativa do Brasil TÍTULO I DOS PRINCÍPIOS
FUNDAMENTAIS Art. 3º Constituem objetivos fundamentais 13. (SAAE de Barra Bonita – SP - Procurador Jurídico –
da República Federativa do Brasil: INSTITUTO EXCELÊNCIA/2017) De acordo com a
I - construir uma sociedade livre, justa e solidária; Constituição da República Federativa do Brasil. Art. 4º A
II - garantir o desenvolvimento nacional; República Federativa do Brasil rege-se nas suas relações
III - erradicar a pobreza e a marginalização e reduzir as internacionais pelos seguintes princípios: Analise os itens
desigualdades sociais e regionais; abaixo:
IV - promover o bem de todos, sem preconceitos de origem, I - independência nacional;
raça, sexo, cor, idade e quaisquer outras formas de II - prevalência dos direitos humanos;
discriminação. III - autodeterminação dos povos;
V - igualdade entre os Estados; IV - o pluralismo político.
VI - defesa da paz; V - igualdade entre os Estados;
VI - defesa da paz;
Estão CORRETOS:
(A) Os incisos I- II- IV e V. Estão CORRETOS os itens:
(B) Os incisos I- II- III e IV. (A) I- II- IV e V.
(C) Os incisos II- IV- V e VI. (B) I- III- IV- V e VI.
(D) Nenhuma das alternativas. (C) I- II- III- V e VI.
(D) Nenhuma das alternativas.

Legislação 141
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APOSTILAS OPÇÃO

14. (MPE-RN - Técnico do Ministério Público Estadual - sindical respectiva, limitada até o máximo independentemente
Área Administrativa – COMPERVE/2017) Os objetivos da contribuição prevista em lei
fundamentais da república brasileira são metas que o Estado (E) É facultativa a participação dos sindicatos nas
deve promover com força vinculante e imediata, servindo negociações coletivas de trabalho
como norte a ser seguido em toda e qualquer atividade estatal.
Nessa acepção, a Constituição Federal aponta, expressamente, 19. (Câmara de Maria Helena – PR - Advogado –
como objetivo fundamental a promoção FAUEL/2017) Acerca dos direitos e garantias fundamentais,
(A) do bem de todos, sem preconceitos de origem, raça, assinale a alternativa correta:
sexo e cor. (A) A falta de defesa técnica por advogado no processo
(B) de uma sociedade livre, justa e solidária com repúdio administrativo disciplinar ofende a Constituição.
ao racismo e ao terrorismo. (B) É inconstitucional a exigência de depósito ou
(C) da erradicação da miséria e da marginalização e da arrolamento prévios de dinheiro ou bens para admissibilidade
redução da desigualdade nacional. de recurso administrativo.
(D) da autodeterminação dos povos e dos direitos (C) Só é lícita a prisão civil de depositário infiel quando se
humanos. tratar de depositário nomeado pelo juízo.
(D) É constitucional a exigência de depósito prévio como
15. (TJ-MG - Titular de Serviços de Notas e de Registros requisito de admissibilidade de ação judicial na qual se
– Remoção – CONSUPLAN/2017) Constituem objetivos pretenda discutir a exigibilidade de crédito tributário.
fundamentais da República do Brasil, EXCETO:
(A) A construção de uma sociedade livre, justa e solidária. 20. (TRE-SP - Técnico Judiciário – Área Administrativa
(B) A garantia do desenvolvimento nacional, a erradicação – FCC/2017) Seria incompatível com as normas
da pobreza e da marginalização e a redução das desigualdades constitucionais garantidoras de direitos e garantias
sociais e regionais. fundamentais
(C) a promoção do bem de todos, sem preconceito de (A) o estabelecimento de restrições, por lei, à entrada ou
origem, raça, sexo, cor idade e quaisquer outras formas de permanência de pessoas com seus bens no território nacional.
discriminação. (B) a reunião pacífica, sem armas, em local aberto ao
(D) A defesa da paz, o repúdio ao terrorismo e a público, independentemente de autorização, mediante aviso
independência nacional. prévio à autoridade competente.
(C) a suspensão das atividades de associação por decisão
16. (TJ-MG - Outorga de Delegações de Notas e de judicial não transitada em julgado.
Registro – Provimento – CONSUPLAN/2017) São (D) a interceptação de comunicações telefônicas, para fins
fundamentos da República Federativa do Brasil, EXCETO: de investigação criminal, por determinação da autoridade
(A) O pluralismo político. policial competente.
(B) A soberania. (E) a entrada na casa, sem consentimento do morador, em
(C) A cidadania. caso de flagrante delito, durante a noite.
(D) A erradicação da pobreza e da marginalização e a
redução das desigualdades sociais e regionais. 21. (EBSERH - Advogado (HUGG-UNIRIO) – IBFC/2017)
Considere as normas da Constituição Federal sobre direitos e
17. (Prefeitura de Rio Branco – AC - Nutricionista – garantias fundamentais e assinale a alternativa INCORRETA.
IBADE/2017) O fundamento da República Federativa do (A) São assegurados, nos termos da lei, o direito de
Brasil decorrente do princípio do Estado Democrático de fiscalização do aproveitamento econômico das obras que
Direito, que consiste na participação política do indivíduo nos criarem ou de que participarem aos criadores, aos intérpretes
negócios do Estado e até mesmo em outras áreas de interesse e às respectivas representações associativas
público é: (B) São assegurados, nos termos da lei, a proteção às
(A) cidadania. participações individuais em obras coletivas e à reprodução da
(B) soberania. imagem e voz humanas, inclusive nas atividades desportivas
(C) dignidade da pessoa humana. (D) São assegurados, nos termos da lei, o direito de
(D) pluralismo político. fiscalização do aproveitamento econômico das obras que
(E) os valores sociais do trabalho e da livre iniciativa. criarem ou de que participarem aos criadores, aos intérpretes
e às respectivas representações sindicais e associativas
18. (EBSERH - Advogado (HUGG-UNIRIO) – IBFC/2017) (D) São assegurados, nos termos da lei, a proteção às
Considere as normas da Constituição Federal sobre a participações individuais em obras coletivas, excluídas as
liberdade de associação profissional ou sindical e assinale a atividades desportivas
alternativa correta. (E) São assegurados, nos termos da lei, o direito de
(A) A lei poderá exigir autorização do Estado para a fiscalização do aproveitamento econômico das obras que
fundação de sindicato, bem como o registro no órgão criarem ou de que participarem aos criadores, aos intérpretes
competente, vedadas ao Poder Público a interferência e a e às respectivas representações sindicais
intervenção na organização sindical
(B) É vedada a criação de mais de uma organização 22. (SEDF - Professor – Direito – QUADRIX/2017)
sindical, em qualquer grau, representativa de categoria Julgue o próximo item com relação ao Direito Constitucional.
profissional ou econômica, na mesma base territorial, que será A garantia constitucional quanto à impossibilidade de
definida pelos trabalhadores ou empregadores interessados, utilização, nos processos, de prova ilícita, mantém estreito
não podendo ser inferior à área de um Município vínculo com outros direitos e outras garantias também
(C) Ao sindicato cabe a defesa dos direitos e interesses constitucionais, como o direito à intimidade e à privacidade.
coletivos ou individuais da categoria, inclusive apenas em ( ) Certo
questões judiciais ( ) Errado
(D) A assembleia geral fixará a contribuição que, em se
tratando de categoria profissional, será descontada em folha,
para custeio do sistema confederativo da representação

Legislação 142
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APOSTILAS OPÇÃO

23. (Prefeitura de Mogi das Cruzes – SP - Procurador (E) inovou a concepção dos direitos humanos, porque
Jurídico - VUNESP/2016) Para a criação, incorporação, fusão universalizou os direitos civis, políticos, econômicos, sociais e
e desmembramento de Municípios, a Constituição Federal culturais, privilegiando os direitos civis e políticos em relação
exige a presença dos seguintes requisitos: aos demais.
(A) lei ordinária federal, estudo de viabilidade municipal,
plebiscito e lei complementar estadual. 27. (DPE-ES - Defensor Público – FCC/2016) A
(B) lei complementar federal, estudo de viabilidade Declaração Universal dos Direitos Humanos de 1948
estadual, plebiscito e lei estadual. (A) não tratou do direito à instrução, como direito à
(C) lei complementar federal, estudo de viabilidade educação.
municipal, plebiscito e lei estadual. (B) proibiu a pena de morte.
(D) lei federal nacional, estudo de viabilidade municipal, lei (C) restringiu-se aos direitos civis e políticos por se tratar
estadual e referendo. de um documento inaugural.
(E) lei complementar federal, estudo de viabilidade (D) não tratou do direito ao voto, por se tratar de um
municipal, referendo e lei estadual. direito político não reconhecido por todos os Estados
signatários.
24. (Câmara de Bandeirantes - SC - Auxiliar Legislativo (E) consolida a ética universal e, combinando o valor da
– ALTERNATIVE CONCURSOS/2016) Sobre a Organização liberdade com o da igualdade, enumera tanto os direitos civis
Político-Administrativa dos Municípios, analise as alternativas e políticos quanto os direitos econômicos sociais e culturais.
e indique a INCORRETA:
(A) A eleição do Prefeito, do Vice-Prefeito e dos 28. (IF Sudeste – MG - Assistente Social – FCM/2016) A
Vereadores, terá mandato de quatro anos, mediante pleito Declaração Universal dos Direitos Humanos das Nações
direto e simultâneo realizado em todo o País. Unidas afirma que
(B) O subsídio dos Vereadores será fixado pelas (A) todo ser humano tem direito ao trabalho, ao emprego
respectivas Câmaras Municipais em cada legislatura para a que lhe estiver disponível.
subsequente, observado o que dispõe esta Constituição, (B) o estado tem prioridade no direito à escolha do gênero
observados os critérios estabelecidos na respectiva Lei de instrução que será ministrado aos cidadãos.
Orgânica. (C) todo ser humano, acusado de um ato delituoso, deve
(C) A fiscalização do Município será exercida pelo Poder ser conduzido ao cárcere até que prove sua inocência.
Legislativo Municipal, mediante controle externo, e pelos (D) todo ser humano tem direito à instrução, que será
sistemas de controle interno do Poder Executivo Municipal. gratuita, pelo menos nos graus elementares e fundamentais.
(D) O controle externo da Câmara Municipal será exercido (E) todas as crianças, desde que nascidas dentro do
com o auxílio dos Tribunais de Contas dos Estados ou do matrimônio, gozarão de proteção, cuidados e assistência
Município ou dos Conselhos ou Tribunais de Contas dos especiais.
Municípios, onde houver.
(E) As contas dos Municípios poderão ficar, durante 29. A Declaração Universal dos Direitos Humanos
noventa dias, semestralmente, à disposição de qualquer aprovada pela ONU em 1948 declara expressamente.
contribuinte, para exame e apreciação, o qual poderá 1. Todo ser humano tem direito à liberdade de
questionar-lhes a legitimidade. pensamento, consciência e religião nos países ocidentais e
cristãos.
25. (Câmara de Bandeirantes - SC - Auxiliar Legislativo 2. Afirma que todos os seres humanos nascem livres e
– ALTERNATIVE CONCURSOS/2016) De acordo com a iguais em dignidade e direitos. São dotados de razão e
Constituição Federal compete privativamente à União legislar consciência e devem agir em relação uns aos outros com
sobre, EXCETO: espírito de fraternidade.
(A) Águas, energia, informática, telecomunicações e 3. Todo ser humano tem direito à liberdade de opinião e
radiodifusão. expressão; este direito inclui a liberdade de, sem interferência,
(B) Sistema monetário e de medidas, títulos e garantias dos ter opiniões e de procurar, receber e transmitir informações e
metais. ideias por quaisquer meios e independentemente de
(C) Política de crédito, câmbio, seguros e transferência de fronteiras.
valores. 4. Toda pessoa vítima de perseguição tem o direito de
(D) Direito civil, comercial, penal, processual, exceto o procurar e de gozar refúgio em outros países, mesmo em casos
eleitoral, o agrário, o marítimo, o aeronáutico, que são regidos de perseguição legitimamente motivada por crime de direito
pelo Exército e o do trabalho que é de competência do Estado. comum.
(E) Sistemas de poupança, captação e garantia da
poupança popular. Assinale a alternativa que indica todas as afirmativas
corretas.
26. (PC-GO - Conhecimentos Básicos – CESPE/2016) A (A) São corretas apenas as afirmativas 2 e 3.
Declaração Universal dos Direitos Humanos (B) São corretas apenas as afirmativas 3 e 4.
(A) não apresenta força jurídica vinculante, entretanto (C) São corretas apenas as afirmativas 1, 2 e 3.
consagra a ideia de que, para ser titular de direitos, a pessoa (D) São corretas apenas as afirmativas 1, 2 e 4.
deve ser nacional de um Estado-membro da ONU. (E) São corretas apenas as afirmativas 2, 3 e 4.
(B) não prevê expressamente instrumentos ou órgãos
próprios para sua aplicação compulsória. 30. Assinale a alternativa que NÃO está de acordo com a
(C) prevê expressamente a proteção ao meio ambiente Declaração Universal dos Direitos Humanos.
como um direito de todas as gerações, bem como repudia o (A) Todo ser humano tem o direito de deixar qualquer país,
trabalho escravo, determinando sanções econômicas aos inclusive o próprio, mas não a este regressar.
Estados que não o combaterem. (B) Todos os seres humanos nascem livres e iguais em
(D) é uma declaração de direitos que deve ser respeitada dignidade e direitos. São dotados de razão e consciência e
pelos Estados signatários, mas, devido ao fato de não ter a devem agir em relação uns aos outros com espírito de
forma de tratado ou convenção, não implica vinculação desses fraternidade.
Estados.

Legislação 143
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APOSTILAS OPÇÃO

(C) Todo ser humano tem direito a receber dos tribunais (A) De quatorze anos de idade, inclusive na condição de
nacionais competentes remédio efetivo para os atos que aprendiz.
violem os direitos fundamentais que lhe sejam reconhecidos (B) De quatorze anos de idade, salvo na condição de
pela constituição ou pela lei. aprendiz.
(D) Todo ser humano tem direito, em plena igualdade, a (C) De dezesseis anos de idade, salvo na condição de
uma justa e pública audiência por parte de um tribunal aprendiz.
independente e imparcial, para decidir sobre seus direitos e (D) De dezesseis anos de idade, inclusive na condição de
deveres ou do fundamento de qualquer acusação criminal aprendiz.
contra ele. (E) De dezessete anos de idade, inclusive na condição de
aprendiz.
31. Quanto às considerações enunciadas no preâmbulo da
Declaração Universal dos Direitos Humanos, marque a 35. (Prefeitura de Sul Brasil – SC - Educador Social –
afirmativa INCORRETA. ALTERNATIVE CONCURSOS/2017) De acordo com o
(A) O desprezo e o desrespeito pelos direitos humanos Estatuto da Criança e do Adolescente, Lei n.º 8.069/90, art. 69,
resultam em atos bárbaros que ultrajam a consciência da o adolescente tem direito à profissionalização e à proteção no
humanidade. trabalho, observados os seguintes aspectos:
(B) Aspira-se por um mundo em que todos gozem de I. Respeito à condição peculiar de pessoa em
liberdade de palavra, de crença e da liberdade de viverem a desenvolvimento.
salvo do temor e da necessidade. II. Capacitação profissional adequada ao mercado de
(C) É essencial que os direitos humanos sejam protegidos trabalho.
por meio de rebeliões contra a opressão para que o ser III. Remuneração do adolescente em relação ao trabalho
humano não seja compelido ao império da lei. prestado.
(D) Os povos das Nações Unidas reafirmaram, na Carta da (A) Somente I e III estão corretas.
ONU, sua fé nos direitos humanos fundamentais, na dignidade (B) Somente I e II estão corretas.
e no valor do ser humano e na igualdade de direitos entre (C) Somente II e III estão corretas.
homens e mulheres. (D) Somente I está correta.
(E) Todas estão corretas.
32. (PC-PA - Delegado de Polícia Civil – FUNCAB/2016)
Com relação à Declaração Universal dos Direitos Humanos, é 36. (SEDF - Monitor de Gestão Educacional –
correto afirmar que a(os): CESPE/2017) À luz do Estatuto da Criança e do Adolescente
(A) três valores fundamentais dos direitos humanos são a (ECA) — Lei n.º 8.069/1990 — e da CF, julgue o item seguinte.
liberdade, a igualdade e a fraternidade. Conforme o ECA, professores que submeterem estudantes
(B) pessoas vítimas de perseguição tem direito de procurar sob sua autoridade, guarda ou vigilância a vexame ou a
asilo em outro país, mesmo nos casos em que a perseguição é constrangimento serão passíveis de detenção de um a seis
motivada por crimes de direito comum. meses.
(C) liberdade de opinião e de expressão não inclui a ( ) Certo
liberdade de transmitir informações por qualquer meio e ( ) Errado
independente de fronteiras.
(D) direitos de liberdade previsto são relativos à esfera 37. (SEDF - Monitor de Gestão Educacional –
individual, não prevendo liberdades políticas relativas à CESPE/2017) À luz do Estatuto da Criança e do Adolescente
participação do povo no governo. (ECA) — Lei n.º 8.069/1990 — e da CF, julgue o item seguinte.
(E) liberdade religiosa é acessível a qualquer pessoa desde Os conselhos tutelares das regiões administrativas do DF
que sua manifestação seja feita de forma coletiva e em são compostos por seis membros indicados pela SEE/DF, com
particular apenas. mandatos fixos de quatro anos.
(..) Certo
33. (PC-GO - Conhecimentos Básicos – CESPE/2016) A ( ) Errado
Declaração Universal dos Direitos Humanos
(A) não apresenta força jurídica vinculante, entretanto 38. (SEDF - Monitor de Gestão Educacional –
consagra a ideia de que, para ser titular de direitos, a pessoa CESPE/2017) À luz do Estatuto da Criança e do Adolescente
deve ser nacional de um Estado-membro da ONU. (ECA) — Lei n.º 8.069/1990 — e da CF, julgue o item seguinte.
(B) não prevê expressamente instrumentos ou órgãos Situação hipotética: Maurício completou quatorze anos de
próprios para sua aplicação compulsória. idade e deseja trabalhar, mas não quer abandonar seus
(C) prevê expressamente a proteção ao meio ambiente estudos. Assertiva: Nesse caso, o direito de proteção especial
como um direito de todas as gerações, bem como repudia o permite que Maurício seja admitido ao trabalho, cabendo ao
trabalho escravo, determinando sanções econômicas aos Estado garantir seu acesso à escola.
Estados que não o combaterem. ( ) Certo
(D) é uma declaração de direitos que deve ser respeitada ( ) Errado
pelos Estados signatários, mas, devido ao fato de não ter a
forma de tratado ou convenção, não implica vinculação desses 39. (SEDF - Monitor de Gestão Educacional –
Estados. CESPE/2017) À luz do Estatuto da Criança e do Adolescente
(E) inovou a concepção dos direitos humanos, porque (ECA) — Lei n.º 8.069/1990 — e da CF, julgue o item seguinte.
universalizou os direitos civis, políticos, econômicos, sociais e Situação hipotética: Lorena, que tem dez anos de idade,
culturais, privilegiando os direitos civis e políticos em relação relatou à sua professora que está sofrendo maus-tratos em
aos demais. casa. Assertiva: Nesse caso, a professora deverá relatar o
episódio ao diretor da escola; este, por sua vez, terá de,
34. (Prefeitura de Sul Brasil – SC - Agente Educativo – imediatamente, comunicar o caso ao conselho tutelar, sendo o
ALTERNATIVE CONCURSOS/2017) De acordo com o injustificável retardamento e(ou) a omissão puníveis na forma
Estatuto da Criança e do Adolescente, Lei n.º 8.069/90, art. 60, estabelecida no ECA.
é proibido qualquer trabalho a menores: ( ) Certo
( ) Errado

Legislação 144
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40. (Prefeitura de Cruzeiro – SP - Instrutor de Desenho (C) Fornecer vestuário adequado, se for privada, e
Técnico e Mecânico - Instituto Excelência/2017) Em assistência religiosa mesmo àqueles que não desejarem e de
relação ao Estatuto da Criança e do Adolescente, assinale a acordo com suas crenças.
alternativa incorreta: (D) Celebrar contrato escrito de prestação de serviço com
(A) A falta ou a carência de recursos materiais constitui o idoso, especificando o tipo de atendimento, as obrigações da
motivo suficiente para a perda ou a suspensão do poder entidade e prestações decorrentes do contrato, com os
familiar. respectivos preços, se for o caso.
(B) Aos pais incumbe o dever de sustento, guarda e
educação dos filhos menores, cabendo-lhes ainda, no interesse 45. (MPE/GO – Promotor de Justiça- MPE/GO/2016) De
destes, a obrigação de cumprir e fazer cumprir as acordo com o Estatuto do Idoso (Lei n. 10.471/03):
determinações judiciais. (A) O Ministério Público tem legitimidade para a
(C) Os filhos, havidos ou não da relação do casamento, ou promoção da tutela coletiva dos direitos de pessoas com idade
por adoção, terão os mesmos direitos e qualificações, igual ou superior a sessenta anos, mas não poderá atuar na
proibidas quaisquer designações discriminatórias relativas à esfera individual de direitos dessa parcela da população, uma
filiação. vez que a senilidade não induz incapacidade para os atos da
(D) Nenhuma das alternativas estão corretas. vida civil.
(B) O idoso, que necessite de alimentos, deverá acionar
41. (IF-AP - Auxiliar em Assuntos Educacionais – simultaneamente os filhos, cobrando de cada qual, na medida
FUNIVERSA/2017) O Estatuto da Criança e do Adolescente de suas possibilidades.
(ECA) aplica-se a pessoas com (C) O Poder Judiciário, a requerimento do Ministério
(A) até doze anos de idade incompletos. Público, poderá determinar medidas protetivas em favor de
(B) até dezoito anos de idade incompletos. idoso em situação de risco, tais como: requisição de
(C) idade entre doze e dezesseis anos. tratamento de saúde, em regime ambulatorial, hospitalar ou
(D) idade entre doze e dezoito anos. domiciliar; encaminhamento à família ou curador, mediante
(E) até dezoito anos de idade e, excepcionalmente, até 21 termo de responsabilidade; abrigamento em entidade.
anos de idade. (D) O Poder Público tem responsabilidade residual e, no
âmbito da assistência social, estará obrigado a assegurar os
42. (Prefeitura de Cruzeiro – SP - Auxiliar de direitos fundamentais de pessoa idosa, em caso de inexistência
Desenvolvimento Infantil - Instituto Excelência/2016) de parentes na linha reta ou colateral até o 3º grau.
Assinale a alternativa INCORRETA sobre o Estatuto da Criança
e do Adolescente. 46. (Prefeitura de Xaxim/SC – Assistente Social –
(A) A função de membro do Conselho Nacional e dos ASSCONPP/2015) Assinale a alternativa correta a respeito do
Conselhos Estaduais e Municipais dos direitos da criança e do estatuto do idoso.
adolescente é considerado de interesse público relevante e (A) Priorização do atendimento do idoso por sua própria
não será remunerado. família, em detrimento do atendimento asilar, exceto dos que
(B) Intervenção precoce: a intervenção das autoridades não a possuam ou careçam de condições de manutenção da
competentes deve ser efetuada logo que a situação de perigo própria sobrevivência.
seja conhecida. (B) Atendimento preferencial imediato e individualizado
(C) O Exercício efetivo da função de conselheiro constituirá junto aos órgãos públicos e privados prestadores de serviços à
serviço público relevante e estabelecerá presunção de população.
idoneidade moral. (C) Garantia de acesso à rede de serviços de saúde e de
(D) Examinar-se á desde logo com pena de assistência social locais.
responsabilidade e não possibilidade de liberação mediata, a (D) Todas as alternativas estão corretas
internação depois da sentença pode ser determinada pelo
prazo máximo de 30 dias. 47. (PC-SC - Delegado de Polícia - ACAFE/2014) Analise
as afirmações a seguir, identifique o que constitui crime
43. (AL-MS - Agente de Polícia Legislativo – FCC/2016) praticado contra o idoso e assinale a alternativa correta.
Sobre a adoção, nos termos preconizados pelo Estatuto da I Obstar o acesso de alguém a qualquer cargo público por
Criança e do Adolescente, motivo de idade.
(A) o adotante deve ser, no mínimo, 18 anos mais velho que II Recusar, retardar ou dificultar atendimento ou deixar de
o adotando. prestar assistência à saúde, sem justa causa, a pessoa com mais
(B) é permitida a adoção por procuração. de 55 anos.
(C) se um dos cônjuges adota o filho do outro, mantêm-se III Deixar de cumprir, retardar ou frustrar, sem justo
os vínculos de filiação entre o adotado e o cônjuge do adotante motivo, a execução de ordem judicial expedida nas ações em
e os respectivos parentes. que for parte ou interveniente pessoa com mais de 65 anos.
(D) é vedada a adoção conjunta pelos divorciados, IV Reter o cartão magnético de conta bancária relativa a
separados judicialmente e pelos ex-companheiros. benefícios, proventos ou pensão de pessoa com mais de 70
(E) o estágio de convivência que precede a adoção não anos, bem como qualquer outro documento, com objetivo de
poderá, em nenhuma hipótese, ser dispensado pela autoridade assegurar recebimento ou ressarcimento de dívida.
judiciária. (A) Todas as afirmações estão corretas.
(B) Apenas II e III estão corretas.
44. (Prefeitura de Natal/RN - Advogado – (C) Apenas I, II e III estão corretas
IDECAN/2016). Estabelece o Estatuto do Idoso que NÃO (D) Apenas I, III e IV estão corretas.
constitui obrigação das entidades de atendimento ao idoso: (E) Apenas III e IV estão corretas.
(A) Oferecer instalações físicas em condições adequadas
de habitabilidade. 48. (MPE/SC - Promotor de Justiça - MPE-SC) Analise os
(B) Comunicar ao Ministério Público, para as providências enunciados das questões abaixo e assinale se ele é Certo ou
cabíveis, a situação de abandono moral ou material por parte Errado.
dos familiares. A Lei n. 10.741/03 (Estatuto do Idoso) possui tipo penal
específico para punir tabelião que lavrar ato notarial que

Legislação 145
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APOSTILAS OPÇÃO

envolva pessoa idosa sem discernimento de seus atos e sem a (A) comunicar ao juiz as situações de abandono moral ou
devida representação legal. material por parte dos familiares.
(A) Certo (B) celebrar contrato escrito ou verbal de prestação de
(B) Errado serviço com o idoso.
(C) elaborar e remeter ao Ministério Público plano
49. (PC-SP - Investigador de Polícia - VUNESP) Minerva, individual de atendimento para cada caso com vistas à
45 anos de idade, é filha de Pomona, 62 anos de idade. Ambas reintegração familiar.
vivem juntas. Quando Pomona veio a adoecer gravemente, (D) administrar os rendimentos financeiros de seus
Minerva a levou para um hospital público e lá a abandonou sob usuários.
os cuidados médicos do estabelecimento, não mais retornando (E) proporcionar cuidados à saúde, conforme a
para buscá-la. Essa conduta de Minerva. necessidade do idoso.
(A) é considerada um crime de preconceito punível pelo
Estatuto do Idoso 54. (Prefeitura de Sul Brasil – SC - Educador Social –
(B) não é considerada como crime, uma vez que Pomona, ALTERNATIVE CONCURSOS/2017) De acordo com o
embora abandonada, foi deixada sob cuidados médicos. Estatuto do Idoso, Lei nº 10.741/2003, art. 23, a participação
(C) não é considerada crime, por se tratar de hospital dos idosos em atividades culturais e de lazer será
público, que tem a obrigação legal de cuidar de Pomona. proporcionada mediante descontos de pelo menos
(D) seria considerada crime pelo Estatuto do Idoso apenas _____________________ nos ingressos para eventos artísticos,
se Pomona fosse maior de 65 anos de idade. culturais, esportivos e de lazer, bem como o acesso
(E) é considerada um crime pelo Estatuto do Idoso. preferencial aos respectivos locais.
(A) 5% (cinco por cento)
50. (DPE/PB - Defensor Público – FCC) O Estatuto do (B) 15% (quinze por cento)
Idoso define o idoso como aquele com idade igual ou superior (C) 25% (vinte e cinco por cento)
a (D) 50% (cinquenta por cento)
(A) 60 (sessenta) anos, garantindo a ele todos os direitos (E) 75% (setenta e cinco por cento)
previstos no respectivo diploma legal.
(B) 65 (sessenta e cinco) anos, garantindo a ele todos os 55. (TRF - 2ª REGIÃO - Analista Judiciário - Serviço
direitos previstos no respectivo diploma legal. Social – CONSUPLAN/2017) O Estatuto do Idoso regula os
(C) 70 (setenta) anos, garantindo a ele todos os direitos direitos assegurados às pessoas com idade igual ou superior a
previstos no respectivo diploma legal. sessenta anos. Sobre estes direitos previstos na Lei Federal nº
(D) 60 (sessenta) anos, mas estabelecendo idades e 10.741, de 1º de outubro de 2003, é INCORRETO afirmar que:
circunstâncias diferenciadas para o exercício pleno de todos os (A) Ao idoso que esteja no domínio de suas faculdades
direitos previstos no respectivo diploma legal. mentais é assegurado o direito de optar pelo tratamento de
(E) 65 (sessenta e cinco) anos, mas estabelecendo idades e saúde que lhe for reputado mais favorável.
circunstâncias diferenciadas para o exercício pleno de todos os (B) O Poder Público criará e estimulará programas de
direitos previstos no respectivo diploma legal. profissionalização especializada para os idosos, aproveitando
seus potenciais e habilidades para atividades regulares e
51. (DPE/AM - Defensor Público – FCC) O Estatuto do remuneradas.
Idoso define a violência contra o idoso como sendo (C) Os benefícios de aposentadoria e pensão do Regime
(A) o atentado contra a pessoa do idoso, nos termos da lei Geral da Previdência Social observarão, na sua concessão,
penal. critérios de cálculo que preservem o valor real dos salários
(B) a prática dos crimes contra a vida, de lesões corporais, sobre os quais incidiram contribuição, nos termos da
de periclitação da vida e da saúde e contra a liberdade legislação vigente.
individual do idoso. (D) Aos idosos, a partir de sessenta e cinco anos, que não
(C) o crime que envolver violência doméstica e familiar possuam meios para prover sua subsistência, nem tê-la
contra o idoso. provida por sua família, é assegurado o benefício mensal de
(D) o atentado contra os direitos fundamentais do idoso. um salário-mínimo, nos termos da Lei Orgânica da Assistência
(E) a ação ou omissão praticada em local público ou Social – Loas. O benefício já concedido a qualquer membro da
privado que lhe cause morte, dano ou sofrimento físico ou família nos termos exposto anteriormente será computado
psicológico. para os fins do cálculo da renda familiar per capita a que se
refere a LOAS.
52. (DPE/SC - Técnico Administrativo – FEPESE)
Assinale a alternativa correta de acordo com o Estatuto do 56. (Prefeitura de Sul Brasil – SC - Educador Social –
Idoso. Alternative Concursos/2017) De acordo com o Estatuto do
(A) É dever exclusivo dos familiares prevenir as ameaças Idoso, Lei nº 10.741/2003, art. 28, o Poder Público criará e
ou violação aos direitos do idoso. estimulará programas de:
(B) A proteção ao idoso deve ser restrita à preservação de I. Profissionalização especializada para os idosos,
sua saúde física e mental. aproveitando seus potenciais e habilidades para atividades
(C) Somente as pessoas físicas poderão ser regulares e remuneradas.
responsabilizadas pela inobservância das normas de II. Preparação dos trabalhadores para a aposentadoria,
prevenção e proteção ao idoso. com antecedência mínima de 5 (cinco) anos, por meio de
(D) O Estatuto do Idoso, por ser norma especial em razão estímulo a novos projetos sociais, conforme seus interesses, e
da matéria, impede a aplicação de qualquer outra legislação. de esclarecimento sobre os direitos sociais e de cidadania.
(E) Todo cidadão tem o dever de comunicar à autoridade III. Estímulo às empresas públicas para admissão de idosos
competente qualquer forma de violação a esta Lei que tenha ao trabalho.
testemunhado ou de que tenha conhecimento. (A) Somente I está incorreta.
(B) Somente II e III estão incorretas.
53. (TJ/RJ - Comissário da Infância e da Juventude – (C) Somente III está incorreta.
FCC) Segundo prevê o Estatuto do Idoso, é obrigação da (D) Somente I e III estão incorretas.
entidade de atendimento ao idoso (E) Todas estão corretas.

Legislação 146
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APOSTILAS OPÇÃO

57. Entre os objetivos prioritários do Município de Belo


Horizonte encontramos priorizar o atendimento das
demandas da sociedade civil de educação, saúde, transporte,
moradia, abastecimento, lazer e assistência social. Anotações
( ) Certo
( ) Errado

58. Ao Município de Belo Horizonte é permitido


estabelecer culto religioso.
( ) Certo
( ) Errado

59. A instituição e a extinção de autarquia e fundação


pública dependerá de decreto.
( ) Certo
( ) Errado

60. Julgue o item a seguir:


A alienação de bem móvel é feita mediante procedimento
licitatório e depende de avaliação prévia.
( ) Certo
( ) Errado

61. Analise as assertivas:


I- É vedado ao Poder Público edificar, descaracterizar ou
abrir vias públicas em praças, parques, reservas ecológicas e
espaços tombados do Município, ressalvadas as construções
estritamente necessárias à preservação e ao aperfeiçoamento
das mencionadas áreas.
II- A Lei Orgânica Municipal veda a acumulação
remunerada de cargos públicos.
III- A aposentadoria do servidor ocorrerá aos trinta e cinco
anos de serviço, se homem, e aos trinta, se mulher, com
proventos integrais.
IV - O Vereador é inviolável por suas opiniões, palavras e
votos proferidos no exercício do mandato e na circunscrição
do Município.

Está correto o que se afirma em:


(A) I, II, III, IV
(B) II, III e IV
(C) I, III e IV
(D) I, II e III

62. O Prefeito será suspenso de suas funções nas infrações


político-administrativas, se admitida a acusação e instaurado
o processo, pela Câmara.
( ) Certo
( ) Errado

Respostas

01. E. / 02. C. / 03. E. / 04. C. / 05. Certo.


06. A. / 07. E. / 08. A / 09. B / 10. C
11. A / 12. B / 13. C / 14. A. / 15. D.
16. D. / 17. A. / 18. B / 19. B / 20. D
21. D / 22. Certo / 23. C. / 24. E. / 25. D.
26. B / 27. E. / 28. D. / 29. C/ 30. A
31. C / 32. A. / 33. B / 34. B. / 35. B.
36. Errado. / 37. Errado. / 38. Certo. / 39. Certo. / 40. A.
41. E. / 42. D. / 43. C. / 44. C / 45 C.
46. D. / 47. D / 48. A / 49. E / 50. D
51. E / 52. E / 53. E / 54. D. / 55. D.
56. B. / 57. Certo. / 58. Errado. / 59. Errado. / 60. Certo.
61. C. / 62. Certo.

Legislação 147
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APOSTILAS OPÇÃO

Legislação 148
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NOÇÕES DE GEOGRAFIA URBANA

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APOSTILAS OPÇÃO

por existirem mais bares per capita do que em qualquer outra


grande cidade do Brasil.

Concepção Urbanística Inicial4

Experiência pioneira no Brasil, o plano urbanístico de Belo


Horizonte foi elaborado pela Comissão Construtora da Nova
Capital, chefiada pelo engenheiro Aarão Reis desde sua
instalação, em março de 1894, até maio de 1895, ocasião em
UNIDADE I que Reis foi substituído pelo engenheiro Francisco de Paula
Bicalho.
1.1. Introdução; A ideia de construir uma nova capital para Minas Gerais
1.2. Belo Horizonte, características remontava à Inconfidência Mineira; sua retomada nos
do município: dimensões; primeiros anos da República resultava não apenas das
limitações oferecidas pela velha capital Ouro Preto, mas
população; respondia também a demandas colocadas pelo rearranjo das
1.3. Concepção urbanística inicial; forças econômicas e políticas do Estado.
1.4. As grandes avenidas dentro do A decisão de construir a nova capital no local onde se
erguia o Arraial de Belo Horizonte (anteriormente
Contorno; denominado Curral d'El-Rey) foi embasada por minucioso
1.5. As principais ruas do centro: relatório, também coordenado por Reis, sobre as condições
características, sentido e nomes. oferecidas pelas as localidades indicadas: além do Arraial de
Belo Horizonte, pleiteavam tornar-se capital Barbacena, Juiz
de Fora, Várzea do Marçal e Paraúna. Em um estudo inédito no
Brasil, em que foi detidamente avaliada a potencialidade de
Belo Horizonte, característica do município: dimensões cada uma dessas localidades em termos de salubridade,
e população facilidades para a construção em geral e possibilidades de
abastecimento, iluminação e articulação viária, bem como os
1Belo Horizonte é um município brasileiro, capital do custos demandados para a implantação da nova capital em
estado de Minas Gerais. Com uma área de aproximadamente cada uma delas, a comissão concluiu que Belo Horizonte e
331,4012, possui uma geografia diversificada, com morros e Várzea do Marçal atendiam às exigências para a implantação
baixadas, distando 716 quilômetros de Brasília, a capital da nova capital, sendo Várzea do Marçal considerada mais
nacional. Cercada pela Serra do Curral, que lhe serve de adequada por já possuir ligação com a rede ferroviária. Por
moldura natural e referência histórica, foi planejada e questões políticas, o Congresso Mineiro acabou escolhendo a
construída para ser a capital política e administrativa do localidade de Belo Horizonte para a implantação da nova
estado mineiro sob influência das ideias do positivismo, num capital.
momento de forte apelo da ideologia republicana no país. Para compor a comissão encarregada dos trabalhos de
Sofreu um inesperado acelerado crescimento projetação e implantação da nova cidade, Reis convidou vários
populacional, chegando a mais de 1 milhão de habitantes com engenheiros - em sua grande maioria formados pela Escola
quase 70 anos de fundação. Entre as décadas de 1930 e 1940, Politécnica do Rio de Janeiro, incluindo aí seus colaboradores
houve também o avanço da industrialização, além de muitas na precedente comissão para a escolha da localidade da futura
construções de inspiração modernista, notadamente as casas capital, bem como vários "arquitetos-projetistas" e artistas
do bairro Cidade Jardim, que ajudaram a definir a fisionomia com alguma trajetória internacional, como José de Magalhães,
da cidade. que cursou a École des Beaux-Arts, em Paris, o francês Paul
De acordo com o censo realizado pelo Instituto Brasileiro Villon, discípulo de Alphand, ou o suíço João Morandi, com
de Geografia e Estatística (IBGE) em 2016, sua população é de estudos na França e que trabalhou na construção de La Plata,
2.513.4513 habitantes, sendo a sexta cidade mais populosa do na Argentina.
país. Belo Horizonte já foi indicada pelo Population Crisis O plano elaborado para Belo Horizonte resume boa parte
Commitee, da ONU, como a metrópole com melhor qualidade da cultura técnica e das preocupações estéticas do século 19
de vida na América Latina e a 45ª entre as 100 melhores relativas à cidade. Ele denota conhecimento do plano de
cidades do mundo. Hoje a cidade tem o quinto maior PIB entre l'Enfant para Washington, da reforma realizada por
os municípios brasileiros. Haussmann em Paris e, sobretudo, do plano de La Plata, que
A cidade é mundialmente conhecida e exerce significativa lhe era contemporâneo e com o qual o plano de Belo Horizonte
influência nacional e até internacional, seja do ponto de vista divide uma mesma concepção geral.
cultural, econômico ou político. Conta com importantes Fervoroso adepto do positivismo, Reis buscou estruturar
monumentos, parques e museus, como o Museu de Arte da sua proposta em sintonia com os avanços da ciência e da
Pampulha, o Museu de Artes e Ofícios, o Museu de Ciências técnica de seu tempo, que ele buscava acompanhar de perto.
Naturais da PUC Minas, o Circuito Cultural Praça da Liberdade, Para ele, o planejamento da cidade deveria "obedecer às mais
o Conjunto Arquitetônico da Pampulha, o Mercado Central e a severas indicações e exigências modernas da hygiene,
Savassi, e eventos de grande repercussão, como o Festival conforto, elegância e embellezamento". A cidade que propôs,
Creamfields Brasil, o Festival Internacional de Teatro, Palco e destinada a abrigar inicialmente 30.000 habitantes, com um
Rua (FIT-BH), Festival Internacional de Curtas e o Encontro horizonte de população em torno de 200.000 habitantes,
Internacional de Literaturas em Língua Portuguesa. É também estruturava-se em três zonas: a urbana, a suburbana e a de
nacionalmente conhecida como a "capital nacional do boteco", sítios. Uma avenida de contorno, com uma largura de 35
metros, marcava o limite entre as zonas urbana e suburbana.

1 Fonte: http://www.encontraminasgerais.com.br/sobre-belo-horizonte.htm 3 Fonte: http://cidades.ibge.gov.br/xtras/perfil.php?codmun=310620 Acesso em


Acesso em 06 de junho de 2017. 06 de junho de 2017.
2 Fonte: http://cidades.ibge.gov.br/xtras/perfil.php?codmun=310620 Acesso em 4 Fonte: http://www.urbanismobr.org/bd/documentos.php?id=2780 Acesso em

06 de junho de 2017. 06 de junho de 2017.

Noções de Geografia Urbana 1


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APOSTILAS OPÇÃO

A zona urbana caracterizava-se por um traçado plantas e projetos desenvolvidos pela Comissão Construtora
geométrico - com o qual se retomava a tradição do traçado em da Nova Capital.
xadrez em cidades construídas ex-nihilo - sendo o cruzamento
das vias em ângulo reto interrompido por diagonais a 45 graus. As grandes avenidas dentro do Contorno5
Ela era subdividida em quarteirões com 120 por 120 metros e
seus lotes regulares mediam 10 metros de frente por 50 A Avenida 17 de Dezembro ou Avenida do Contorno, nome
metros de profundidade. Uma grande avenida de 50 metros de adotado pelo próprio Aarão Reis foi traçada pela Comissão
largura atravessava a cidade de Norte a Sul (a atual Avenida Construtora da Nova Capital para ser o limite entre a Zona
Afonso Pena), no interior do anel de contorno. Particular Urbana e a Zona Suburbana. Ela dividiria a área reservada para
interesse foi concedido às áreas verdes e ao paisagismo, os profissionais liberais, comerciantes e funcionários públicos
propondo-se um grande parque em posição central, com da área destinada à população de menor poder aquisitivo.
frente de 800 metros dando para essa avenida Norte-Sul. As Dentro dos limites da Avenida tudo foi pensado e projetado
ruas foram dimensionadas com 20 metros de largura e com um para dar suporte ao crescimento racional e ordenado da nova
renque de árvores ao meio; as avenidas com 35 metros de capital a começar pelo traçado que distingue a zona urbana das
largura e árvores nas laterais. demais regiões da capital até os dias atuais, além dos serviços
A zona urbana articulava-se em torno de um centro de água, esgoto, calçamento até a arborização e recolhimento
administrativo formado pelo palácio do governo e pelas de lixo entre outros serviços. Nos primeiros anos do Século XX
secretarias, junto ao qual desenvolvia-se o Bairro dos já era visível a extrapolação dos limites da Contorno pela
Funcionários. Faziam parte ainda da zona urbana, o Bairro malha urbana da capital, principalmente nas colônias agrícolas
Comercial, conjugando as praças do Mercado e da Estação, os que circundavam a zona urbana. Um dos motivos desse
palácios do Congresso e da Justiça, a Municipalidade, uma crescimento a partir dos subúrbios da capital era de que em
capela, um hotel, escolas, hospital e jardim zoológico. No limite toda a zona limítrofe com a Avenida do Contorno as leis que
entre as zonas urbana e suburbana, no Alto do Cruzeiro, regulamentavam a delimitação dos lotes para a construção
previa-se a construção da igreja matriz. eram bem mais brandas do que os critérios definidos pela
A zona suburbana possuía quarteirões maiores, com 250 Prefeitura para as construções na zona urbana, que impunha
por 250 metros e lotes em dimensões variadas. As ruas tinham inúmeras restrições para a liberação de uma determinada
14 metros de largura e não se previa arborização para elas. obra. Esse fato aliado à especulação imobiliária que
Para essa zona foram projetados equipamentos como o inflacionou os terrenos dentro da zona urbana além da
hipódromo, o cemitério, o matadouro, as casas de máquinas necessidade de se povoar as vastas áreas suburbanas foram os
dos esgotos, as oficinas do ramal férreo e os reservatórios de principais motivos para a lenta ocupação da dita zona além de
água, tomando-se o cuidado de situar as atividades poluentes atrasar a abertura e a finalização de diversas ruas e avenidas,
nos terrenos mais baixos e o reservatório de água na parte entre elas a própria Contorno.
mais alta da cidade. A Avenida, até o início dos anos 20 exibia todo o seu
A dimensão simbólica no delineamento da nova capital traçado apenas nas Plantas Cadastrais da capital. Ela era na
mineira foi muito importante: além de se tratar de uma cidade- verdade retalhos que circundavam a zona urbana. A Avenida
capital, sede portanto do poder político, ela devia, ademais, existia em fragmentos na área central, no bairro Floresta e em
expressar o novo Brasil que se pretendia construir com a partes dos bairros Serra, Santa Efigênia e Funcionários. Nos
república. Neste sentido, a construção da nova cidade a partir outros trechos a Avenida era apenas uma estrada estreita de
da tabula rasa propiciada pela destruição do arraial sobre a terra ou mesmo uma trilha, como nas imediações dos bairros
qual ela se assentou pode ser entendida como uma metáfora Cidade Jardim e Santo Agostinho, regiões que foram
da ruptura que ela pretendia introduzir. O simbólico atuou, urbanizadas e ocupadas anos mais tarde.
portanto, como elemento ordenador da implantação dos Sobre a Avenida disse o chefe da Seção de Obras da
principais edifícios públicos, de que é um bom exemplo o Prefeitura em 1920 “A Avenida do Contorno não está ainda
centro cívico constituído, numa esplanada elevada, pela praça aberta e regularizada de modo a contornar, de facto, a cidade;
da Liberdade, dominada pelo Palácio do Governo e delimitada, mas sei-o-á um dia e, portanto, precisa ser conservado o seu
nas laterais, pelas secretarias de estado. traçado primitivo”. A partir de 1920 a finalização da Avenida
À ordem e ao rigor do planejamento da zona urbana passou a ser prioridade por parte da Prefeitura pois a cidade
contrapor-se-á, entretanto, desde sua implantação, o apresentava uma expansão na Zona Suburbana,
desenvolvimento "espontâneo" da sua zona suburbana, principalmente nas áreas limítrofes com a Contorno. Muitos
ocupada pela população pobre da cidade. Inaugurada com trechos da Avenida simplesmente haviam virado quarteirões
muito ainda por fazer, em 12 de dezembro de 1897, a cidade devido à falta de uma Seção de Cadastro eficaz da Prefeitura
só se consolidará algumas décadas depois, num processo que permitiu a ocupação irregular em diversos trechos da
marcada por esse desenvolvimento diferenciado entre a zona Avenida.
compreendida pela Avenida do Contorno e aquela que lhe era Podemos citar como exemplo o trecho da Avenida do
exterior. Contorno no cruzamento com a Avenida Carandaí e parte da
Após a inauguração da capital, vários dos engenheiros, Avenida Araguaia (Francisco Sales). A Avenida foi projetada
arquitetos e projetistas que participaram da Comissão pela Comissão Construtora para ter cerca de trinta e cinco
Construtora estabeleceram-se definitivamente na cidade, metros de largura, mas em 1920 tinham apenas cinco metros
como técnicos do serviço público, autônomos ou professores, de largura devido à existência ai de um lote irregular “vendido”
a partir da fundação da Escola Livre de Engenharia (1911). pela Prefeitura no início do Século. Nesse caso a Planta
Este enraizamento na nova cidade contribuiu para a vigência Cadastral foi simplesmente ignorada e para continuar a
dos padrões urbanísticos e arquitetônicos implantadas pela abertura da Avenida foi necessário um acordo com o “dono” do
Comissão Construtora e que só começarão a ser questionados terreno, não sem ônus para a Prefeitura. Ainda nessa década a
na década de 30. Avenida foi regularizada entre a área central e a Avenida
Os estudos necessários para a elaboração da planta geral Barbacena e no fim da década regularizada nos bairros de
da cidade foram agrupados em uma publicação intitulada Santa Tereza e Santa Efigênia.
Revista Geral dos Trabalhos, onde também foram anexadas as

5Referência: SOUZA, B. JOÃO. Bairros de Belo Horizonte. Avenidas e ruas de BH.


Disponível em: < http://bairrosdebelohorizonte.webnode.com.br/avenidas-e-
ruas-de-bh-/> Acesso em 07 de junho de 2017.

Noções de Geografia Urbana 2


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APOSTILAS OPÇÃO

Durante a década de 30 até a sua conclusão já nos anos 40 Rua da Bahia: Decantada em prosa e verso – como na
a Avenida foi aberta e regularizada em alguns trechos entre o famosa frase do compositor mineiro Rômulo Paes, “A minha
bairro Funcionários e o Barro Preto. Foi nesse trecho que a vida é esta, subir Bahia e descer Floresta”, gravada no metal de
Avenida sofreu uma drástica alteração em relação ao seu um monumento, a via despertou o interesse e a atenção de
traçado projetado pela Comissão Construtora. Como podemos boêmios, literários e artistas.
ver na imagem abaixo o trecho compreendido entre a Rua Rio O poeta Carlos Drummond de Andrade dizia que a Rua da
de Janeiro e a Rua Ouro Preto são na verdade trechos da Bahia era a mais mineira das vias públicas, carregada de um ar
Avenida Barbacena e Rua Antônio de Albuquerque, trechos de importância que até “irritava” as demais ruas de Belo
estes que foram incorporados à Avenida do Contorno quando Horizonte. O principal motivo era seu valor cultural, já que
da sua abertura. desde o início do século era referência de comércio, ponto de
Na época em que se resolveu dar continuidade à Avenida encontro da boemia e via de acesso à política da capital. A rua
do Contorno certamente houve um estudo da área em que nasceu para ligar o centro comercial (Praça da Estação) ao
deveria ser aberta a Avenida e três motivos levaram o Poder administrativo (Praça da Liberdade).
Público a relocar a Avenida suprimindo 12 quarteirões que Em um traçado geométrico, que sobe magro e reto, Bahia
seriam construídos dentro da zona urbana e que diminuiu afora, após ser retalhada por 17 ruas e 3 importantes avenidas,
consideravelmente a sua área. O primeiro motivo é o fato de a via abriga 36 construções tombadas pelo Patrimônio
que seria muito oneroso e dispendioso realizar uma drenagem Municipal.
das áreas brejosas do Leitão, áreas que até os dias atuais, Em seu percurso de aproximadamente 3 quilômetros,
mesmo estando totalmente ocupadas, saneadas e corta ruas como Tupinambás, Carijós e Tamoios, o Viaduto de
impermeabilizadas continuam apresentando sérios Santa Tereza e Avenida Afonso Pena. Ela sempre esteve
problemas nos períodos chuvosos, um retrato do desprezo e presente na planta oficial da capital, projetada pelo engenheiro
negligência dos órgãos responsáveis ao permitir a ocupação Aarão Reis, entre 1894 e 1897.
desenfreada nas vertentes do Córrego, sem levar em Seu nome é uma homenagem ao Estado da Bahia.
consideração a sua topografia além que, se esse trecho tivesse
sido aterrado e nivelado quando da abertura da Avenida Rua dos Caetés: Três anos após a inauguração de BH, a Rua
Prudente de Morais, na canalização do Córrego em 1970 os dos Caetés se destacava como a principal via econômica da
problemas seriam bem menores. capital. Um dos motivos foi o seu traçado privilegiado que liga
O segundo motivo é que nessa época já existia a Rua a Praça Rio Branco (Praça da Estação) à Praça Rui Barbosa
Joaquim Murtinho, aberta exatamente no local em que deveria (Praça da Rodoviária). A fama de rua comercial começou com
passar a Avenida e que já contava com diversas casas. os imigrantes sírios, libaneses e árabes. Hoje, os pontos de
Remanejar a população ai residente e alargar a rua certamente venda montados pelos estrangeiros são administrados por
seria mais oneroso para a Prefeitura do que mudar o traçado seus descendentes. A rua e sua adjacência é tombada pelo
da Avenida para uma região ainda desabitada. O terceiro Patrimônio histórico. O corredor é considerado um museu ao
motivo é que já existia uma consciência da necessidade de céu aberto, pois dezenas de imóveis de várias fases
preservação da sede da Fazenda do Leitão, ultimo casarão arquitetônicas do início do século XX continuam com suas
remanescente da Freguesia do Curral del Rey. A Avenida, se fachadas originais.
aberta conforme a Planta Cadastral incluiria o casarão dentro Primeira via a obedecer as diretrizes do Caminhos da
dos limites da Zona Urbana e assim selaria a sua demolição. Cidade, de prioridade ao pedestre. Quando Belo Horizonte foi
Conforme já foi dito foi feita uma grande mudança nos construída, algumas ruas e avenidas da região central
arruamentos dessas Seções, ao mesmo tempo em que eram adquiriram características próprias e marcantes. A Rua dos
realizadas obras de infraestrutura sanitária no vale do Córrego Caetés e a Avenida do Comércio (atual Avenida Santos
do Leitão área de extrema importância para a Prefeitura Dumont) abrigaram o centro comercial da nova capital.
devido à arrecadação de impostos, entre outros fatores. Após Inicialmente, instalaram-se na Caetés os comerciantes de
a relocação da avenida entre as ruas Rio de Janeiro e Ouro origem árabe, síria e libanesa, que vendiam produtos de
Preto ela foi concluída no início dos anos 40 permitindo a armarinho, tecidos e enxovais. Com o passar dos anos,
expansão de uma área importante da capital, ocupada a partir chegaram as lojas de artigos esportivos, perfumaria e
da gestão JK pela população de maior poder aquisitivo e restaurantes. Sua localização estratégica, que a torna eixo de
proporcionando a melhoria do acesso a toda a Zona Suburbana ligação entre as Praças da Rodoviária, Sete e da Estação,
da capital. vocacionou o comércio a atender às pessoas que vinham das
A Avenida do Contorno é apenas uma das diversas vias que cidades do interior. Por sua vocação e sua localização, grande
sofreram modificações no seu traçado original devido às número de pedestres por ali circula.
construções irregulares ou por necessidade de se acompanhar Outro aspecto importante da Caetés é sua condição de
um curso d’água. No caso da Contorno a mudança foi mais museu arquitetônico ao ar livre. Ao longo da via, são
drástica, a tal ponto de extinguir diversos quarteirões da Zona encontradas amostras de vários estilos da arquitetura, como
Urbana que na verdade, em relação a arrecadação de impostos ecletismo, modernismo e art-déco. Estes estilos marcam
e venda de lotes não fez diferença pois a área suprimida se épocas diferentes da construção e da consolidação de Belo
tornou anos mais tarde uma área nobre da capital, Horizonte como centro urbano. Essas peculiaridades levaram
conservando-se assim até os dias atuais. Ao modificar a PBH a escolhê-la como a primeira via a ser tratada dentro das
acertadamente o traçado da Avenida desviando-se da área diretrizes do Projeto Caminhos da Cidade, que propõe que o
brejosa do Córrego do Leitão a Prefeitura evitou um problema modo a pé seja visto como uma forma de transporte,
que ainda existe na área no período chuvoso, mas que priorizando, antes de tudo, o pedestre.
certamente seria muito mais grave caso a Avenida tivesse sido Entre as intervenções realizadas destacam-se a ampliação
aberta segundo o traçado original devido ao grande fluxo de e melhoria da pavimentação de suas calçadas, novo asfalto
veículos que passam diariamente pela Avenida. para as pistas de rolamento, a implantação de projeto
paisagístico, a instalação de equipamentos urbanos específicos
As principais ruas do centro: características, sentido e e a reformulação do sistema de iluminação pública, com
nomes6 focalização especial para os edifícios históricos que se
destacam no conjunto. Vale salientar que algumas fachadas de

6 http://bairrosdebelohorizonte.webnode.com.br/avenidas-e-ruas-de-bh-/

Noções de Geografia Urbana 3


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APOSTILAS OPÇÃO

edificações históricas da rua foram recuperadas, numa Rua do Ouro: A Rua do Ouro começa na Av. do Contorno,
parceria entre Câmara de Dirigentes Lojistas e Telemar, com o com Av. Getúlio Vargas e termina na Avenida Bandeirantes, no
apoio da PBH. Bairro Serra, Região Centro-Sul da capital.
Em seu percurso, corta as Ruas Monte Alegre, Palmira,
Rua Jacuí: Conhecida como o “caminho da roça” nos anos Caraça e Trifana. O seu trajeto sinuoso foi construído pela mão
20, a rua Jacuí ligava a capital a Santa Luzia, cortando, naquela do homem, acompanhando o trajeto feito pelos burros que
época, a região essencialmente rural de Belo Horizonte. levavam os carroceiros, primeiros moradores do bairro.
Principal acesso aos bairros da região Nordeste, a rua era Consta na história que dois deles, que viviam no local entre
coberta por lascas de pedra e areia e caracterizava-se por uma uma população de sitiantes e donos de chácaras, no final de
via de passagem entre a região e o centro da cidade. cada dia trabalho, soltavam a tropa, que ia subindo,
Em meados dos anos 20 e no início dos 30, com os diversos procurando o melhor lugar para passar. Isso determinou as
loteamentos de chácaras e fazendas, a paisagem da rua curvas da via, pelo menos até a altura da Rua Caraça, já que, no
começou a mudar e traços urbanísticos ganharam destaque. restante do trajeto, que segue até a Av. Bandeirantes, conforme
Ruas foram abertas, sempre pensadas como paralelas ou dados históricos, foi obra dos padres capuchinhos.
transversais à Jacuí. Construções foram margeando seu trajeto O seu nome seguiu a tradição de Belo Horizonte, em que
e um diversificado comércio concentrou-se no trecho do cada bairro tem suas ruas referenciadas a um tema. No Bairro
bairro Renascença, com a criação da Companhia Renascença Serra, as ruas têm nome de metais. Alguns deles foram
Industrial. modificados, como a Rua Chumbo, que se transformou em Rua
A fábrica têxtil promoveu uma grande mudança na região. Estevão Pinto.
Os apitos da fábrica comandavam o dia-a-dia das centenas de Atualmente, por volta de 750 veículos por dia trafegam no
operários e ditava o som que se ouvia na rua Jacuí. Uma local.
curiosidade é que foi no bairro Renascença, nas festas e
desfiles promovidos pela Companhia Industrial, que o talento
da tecelã Clara Nunes foi revelado.
Com a “revolução industrial” da rua Jacuí era necessária a
UNIDADE II
implantação de uma linha de bonde mais próxima à região, que 2.1. A expansão da cidade além
pudesse deslocar o grande número de trabalhadores que se dos limites da Av. do Contorno;
dirigiam à via todos os dias. Com isso, em 1936, a linha de
bonde do bairro Renascença, que fazia o trajeto
2.2. Estradas de fazendas que se
Floresta/Renascença, foi inaugurada e, já naquela época, a rua transformaram em ruas.
Jacuí centralizava em seu eixo grande parte do tráfego da
região.
Daquele tempo só restaram alguns antigos moradores e A expansão da cidade além dos limites da Av. do
sete casarões tombados pelo Patrimônio Histórico Municipal. Contorno7
As edificações preservam suas características originais e
atraem a atenção das pessoas que costumam passar pelo local. Baseada no projeto de Aarão Reis (foi o chefe da comissão
Hoje, a Jacuí é considerada a maior rua de Belo Horizonte por de construção de Belo Horizonte. Aarão Reis desenhou o
alguns guias da cidade, com 4.172 metros de extensão e passa traçado urbano da nova capital mineira. Todo o planejamento
pelos bairros Floresta, Graça, Renascença e Ipiranga. Ela de representação, arquitetura, e construção foi feito por ele
começa na rua Pouso Alegre e termina na avenida Cristiano nos anos entre 1894 e 1897), de 1894, Belo Horizonte cresceu
Machado, perto do Minas Shopping. a partir de um plano que previa uma diferenciação do seu
território de acordo com as classes sociais.
Rua Mármore: Começa na Rua Hermílio Alves e termina Foi uma cidade criada e planejada pelo poder público para
na Rua Conselheiro Rocha, na esquina da Estação do Metrô. Em se tornar polo político e econômico do estado de Minas Gerais.
seu percurso de pouco mais de um quilômetro, corta oito ruas O traçado central do plano é possível observar uma malha
como Gabro, Estrela do Sul e Tenente Durval. perpendicular de ruas cortadas por avenidas em diagonal;
A rua foi projetada na planta oficial da capital, quando foi quarteirões de dimensões regulares e uma avenida em torno
pensado o Bairro de Santa Tereza. Em 1898, parte do que seria do perímetro, atualmente Avenida do Contorno. Destinada a
hoje o bairro, teve outros nomes em razão dos imigrantes abrigar o aparelho estatal e as residências dos funcionários
estrangeiros que começavam a ocupar a região. Antes o local públicos e antigos moradores de Ouro Preto. A zona
se chamou Colônia Américo Werneck, Bairro da Imigração, suburbana, além dos limites da Avenida do Contorno, seria
Alto do Matadouro, Bairro do Quartel e Fundos da Floresta. reservada para a futura expansão da cidade, caracterizada por
Não foram achados documentos que justifiquem o nome padrões urbanísticos mais flexíveis e por precária provisão de
"Mármore". De acordo com moradores antigos, assim como infraestrutura e equipamentos urbanos, e para a localização de
outras ruas, há outras referências aos minerais nas ruas do sítios e chácaras. A zona rural, por sua vez, estaria além da
bairro. faixa suburbana e consistiria no cinturão verde, sendo
Na Praça Duque de Caxias, que fica na Rua Mármore, foi formada por colônias agrícolas com a função de abastecer a
instalado o 5º Batalhão da Força Pública, que em 1924, enviou cidade de produtos agrícolas e hortigranjeiros8.
soldados a São Paulo para combater a Coluna Prestes. Na Esse modelo criou um caráter elitista e segregatório a
mesma época, foi instalado o 5º Batalhão da Polícia Militar de capital. O poder público tendo o controle ao acesso à terra era
Minas Gerais, que permaneceu no bairro por mais de 40 anos. então o responsável pela ocupação dos terrenos. Apesar dos
Em 1972, foi substituído pelo 16º BPM, atualmente lotes serem transferidos para outros proprietários, muitos não
responsável pelo policiamento da região, mas que hoje fica na foram prontamente ocupados, favorecendo a retenção de
Rua Tenente Vitorino. terras na zona urbana e a especulação imobiliária, o que

7OSMAR, H. R. S.; STEPHAN, I. I. C. Segregação na Região Metropolitana de Belo 8 CAMPOS, P.R.; MONTE-MOR, R. L. M. O arquipélago de Ribeirão das Neves: a velha
Horizonte: o estigma de Ribeirão das Neves/MG. Revista Políticas Públicas & segregação na metrópole belo-horizontina. Caderno de Produção Discente do
Cidades, v.3, n.2, p. 128 – 144, mai/ago, 2015. Núcleo de Pós-Graduação em Arquitetura e Urbanismo. Escola de Arquitetura da
Universidade Federal de Minas Gerais, Belo Horizonte, p. 118 - 139, 30 nov. 2009.

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intensificou o processo de segregação espacial do município Villaça11 argumenta que inicialmente a expansão urbana
de Belo Horizonte. de Belo Horizonte direcionou-se para o sul da zona urbana, em
De acordo com Fernandes9 com a construção da nova direção aos municípios limítrofes, todavia, com o gradual
capital, muitos estrangeiros vieram habitar em Belo Horizonte. aumento da população de renda média e alta na zona central,
O motivo principal que levou a emigração da Europa foi à fuga não havia espaço para a classe popular. Nesse contexto,
da crise econômica que o continente estava passando. Esses observou-se a criação de bairros destinados à população
imigrantes contribuíram para o processo de ocupação do solo excluída, já que a busca por lotes com preços mais acessíveis
e para a expansão territorial de Belo Horizonte. Porém, não fez com que a população menos abastada se afastasse cada vez
havia na área urbana espaço para abrigar a população mais da chamada zona urbana delimitada pela Avenida do
estrangeira nem a população nativa mais pobre, atraída pelas Contorno. A partir de então começa ficar claro o processo de
obras de construção do município. Não somente devido à periferização da capital mineira.
ausência de terrenos como também principalmente aos altos A história de Belo Horizonte revela o surgimento de duas
preços da terra na zona urbana, tais fatores forçaram os cidades em uma só: uma oficial, planejada, e bem equipada em
segmentos menos favorecidos da população a se fixarem fora termos de serviços e equipamentos se com uma população
dos perímetros da Avenida do Contorno. Era clara a intenção rarefeita – “a Belo Horizonte dos ricos”; a outra, populosa,
dos idealizadores da capital em direcionar o adensamento da concentrando a precariedade e a carência – “a Belo Horizonte
cidade a partir do centro em direção às periferias, conforme dos pobres”.
justificativa de Aarão Reis, sobre a Avenida Afonso Pena. É dessa maneira que o processo de periferização em Belo
Na capital mineira, o Estado, um dos agentes responsáveis, Horizonte decorreu de um contexto em que especulação
atuou de forma a contribuir para a consolidação da segregação imobiliária, observada na zona urbana central da cidade, atuou
sócio espacial, uma vez que foi o responsável pelo processo de de forma intensa para acumular capital, contribuindo para o
ocupação do solo. De acordo com Corrêa o espaço urbano é um deslocamento da classe menos favorecida para as regiões nos
produto social, no qual os muitos agentes que nele atuam, de arredores da capital. Esse deslocamento para as regiões
acordo com seus interesses, buscam, uma (re)produção do periféricas foi intensificado, pela criação de loteamentos a
espaço. partir dos anos 197012.
A área central era dotada de infraestrutura urbana, vias e
aparatos comerciais e institucionais, entretanto não Estradas de fazendas que se transformaram em ruas
completamente ocupada, com altos preços de lotes, valores
esses devidos ao intuito de selecionar a população que ali Rua Padre Eustáquio: Quem passa pela Rua Padre
viesse habitar. A periferia, por outro lado, cresceu ausente de Eustáquio, na Região Noroeste, nem sempre percebe o
infraestruturas coletivas para a crescente demanda patrimônio histórico escondido ao longo da via. Antes da
populacional. fundação de Belo Horizonte, em 1897, ela já existia, na forma
O contexto atual das periferias que em alguns casos deram de estrada, sob o nome de Contagem, pois ia a tá a cidade de
origens a cidades formadas confirma esse crescimento ausente Contagem. Por lá, passavam tropeiros que traziam do interior
de um planejamento adequado. Como exemplo, Ribeirão das alimentos e demais produtos comercializados em Belo
Neves que com quase trezentos mil habitantes e não conta com Horizonte, na época Curral Del Rey.
um terminal rodoviário que facilite o acesso aos municípios A rua de hoje foi construída respeitando o traçado da
vizinhos. antiga estrada e só passou a ter o nome atual depois da morte
A intencionalidade do Governo do Estado em adensar a do padre holandês Humberto Van Lieshout, o Padre Eustáquio,
capital no sentido centro-periferia foi realizada com a adoção em 1943. O pároco morou na cidade por um ano antes de
de preços diferenciados para os terrenos, de acordo com os morrer, mas sua popularidade fez com que a sociedade pedisse
recursos urbanos que as regiões detinham. Não somente o a mudança do nome.
governo estadual atual de forma a proporcionar essa dinâmica, Ela começa na Avenida Nossa Senhora de Fátima e termina
como também os promotores imobiliários que virão no na esquina com a Rua Curupaiti, quando passa a chamar-se
território de Ribeirão das Neves áreas que seriam favoráveis Rua Pará de Minas. Em seu percurso, corta as ruas Tremedal,
para a instalação de loteamentos direcionados às famílias de Castigliano, Progresso, Francisco Sales e Henrique Gorceix.
baixa renda. Na rua convivem a modernidade de prédios mais jovens,
Segundo Fernandes e Brito10 o poder público planejou um com estabelecimentos comerciais e construções das décadas
sistema viário de forma que a área urbana fosse de 1940 e 1950.
explicitamente separada das demais, mas que ao mesmo
tempo o acesso da população residente nas áreas suburbanas Rua Padre Pedro Pinto: A história da Rua Padre Pedro
fosse facilitado. A autora explica que a Avenida do Contorno foi Pinto, localizada na Região de Venda Nova, começa por volta
construída com a função de “separar e valorizar a área urbana” de 1711, quando a região começou a ser povoada. A via atual,
e a Avenida Afonso Pena como a viabilizadora do “acesso da antiga Rua Direita, que também foi chamada de Estrada do
população de baixa renda à área central”: Carretão, por onde passavam tropeiros, é uma parte do que
No entanto, o Estado falhou em seu propósito de controlar restou do traçado original do antigo “Caminho dos Currais da
a ocupação do solo e expansão do município, na medida em Bahia”.
que favoreceu o processo de concentração da terra: o governo Pela estrada, que mais parecia uma trilha, passavam
estadual permitiu que poucos indivíduos (ou grupos de forasteiros que vinham do Norte, Nordeste e do Sul do Brasil,
indivíduos) se tornassem proprietários de um grande número com gado e mercadorias para abastecer as minas de ouro.
de lotes. Em decorrência dessa concentração, o mercado Em 1954, por meio de projeto do então vereador João de
imobiliário belo-horizontino passou a se caracterizar por Paulo Pires, a via recebeu nome de Padre Pedro Pinto, em
intensa especulação. homenagem ao pároco da Matriz de Santo Antônio, falecido em
1953.

9 FERNANDES, J. S.; BRITO, F. A expansão urbana de Belo Horizonte e da RMBH: a Seminário sobre Economia Mineira, XIII, 2008, Diamantina. Anais do XIII
mobilidade residencial e o processo de periferização, nos anos 80 e 90. In: Seminário sobre Economia Mineira. Belo Horizonte: CEDEPLAR, 2008.
Seminário sobre Economia Mineira, XIII, 2008, Diamantina. Anais do XIII 11 VILLAÇA, F. J. M.. O espaço intra-urbano no Brasil. São Paulo: Studio Nobel

Seminário sobre Economia Mineira. Belo Horizonte: CEDEPLAR, 2008. Editora, 1998. 373p.
10 FERNANDES, J. S.; BRITO, F. A expansão urbana de Belo Horizonte e da RMBH: a 12 COSTA, H. S. M. . Some theoretical formulations on the production of popular

mobilidade residencial e o processo de periferização, nos anos 80 e 90. In: residential land developments. Etc (UFF), v. 1, p. 21-37, 2007.

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Em seu trajeto, de aproximadamente 6 km, que começa na os bondes. A população, especialmente as pessoas de classes
esquina da Rua Acre com Avenida Civilização e termina na mais altas e famílias tradicionais, se encontravam na avenida
Avenida D. Pedro I, corta vias importantes, como as Avenidas durante o footing no final das tardes. Entre as localidades mais
Vilarinho e Elias Antônio Issa, além das Ruas Dr. Francisco marcantes desse período que desapareceram com o passar do
Raul Machado e José Martins de Souza, passando pelos bairros tempo destacam-se a loja de roupas femininas Slooper, a
Candelária, Letícia, Piratininga, São João Batista e Lagoinha. chapelaria Londres, a sapataria Clark e o Café Galo.
Na década de 60, os fícus foram derrubados para
alargamento da avenida (embora os motivos oficiais do corte,
UNIDADE III alegados pelo Poder Público à época, tenham sido a
contaminação das plantas por pragas e a proliferação de
3.1. As grandes avenidas que saem insetos), e os bondes foram desativados para aumentar as
da Av. do Contorno; pistas de rolamento de automóveis.
3.2. As avenidas sanitárias: A avenida sempre teve início na Praça Rio Branco, onde,
desde a década de 70, se localiza a Rodoviária de Belo
avenidas construídas sobre ou nas Horizonte, mas originalmente terminava na praça do Cruzeiro,
margens de córregos e ribeirões; atual Praça Milton Campos. Em 1970, sua extensão foi
3.3. As principais avenidas dos prolongada até a Praça da Bandeira, chegando aos pés da Serra
bairros. do Curral e adquirindo o traçado que possui hoje.

Avenida Alfredo Balena: Avenida Alfredo Balena é uma


das avenidas da região Centro Sul de Belo Horizonte. Ela é
Avenidas13 considerada a Avenida dos Hospitais, por cortar uma região
hospitalar.
Avenida Afonso Pena: A Avenida Afonso Pena é O nome da avenida foi escolhido em homenagem ao grande
considerada, por muitos, a mais importante de Belo Horizonte. farmacêutico, médico e humanista ítalo-brasileiro Alfredo
Inaugurada junto com a nova capital de Minas Gerais, é o Balena, um dos fundadores da Faculdade de Medicina da
coração econômico e um dos referenciais urbanos belo- UFMG. Antes de mudar de nome, era chamada Avenida
horizontinos. Estende-se hoje por 4,3 km no sentido norte-sul. Mantiqueira.
Quase em linha reta, percorre os bairros Centro, Funcionários,
Serra e Mangabeiras. Ao lado das avenidas Amazonas e do Avenida Amazonas: A Avenida Amazonas de Belo
Contorno, é uma das principais vias de tráfego da cidade. Horizonte é uma das principais vias da cidade, junto com a
Inicia-se no Centro, na Praça Rio Branco, conhecida como avenida do Contorno e a Avenida Afonso Pena.
Praça da Rodoviária. Cruza com a Avenida Amazonas na Praça Ela cruza a Avenida Afonso Pena na altura da Praça Sete,
Sete de Setembro, ponto considerado o hipercentro de Belo passa pela Praça Raul Soares (trecho no qual nela está
Horizonte e marcado por um obelisco, monumento localizado o Edifício JK construído no período em que o mesmo
comemorativo do centenário da Independência Nacional governou a cidade) e rumando para Oeste, cruzando com a
apelidado pela população de "Pirulito". Intercepta a Rua da Avenida do Contorno e a Avenida Barbacena, cruzando bairros
Bahia. Corta a Avenida Getúlio Vargas, formando a Praça ABC. como Barro Preto, Prado, Barroca, Alto Barroca, Nova Suíça,
Atravessa as Avenidas Brasil, na Praça Tiradentes, e do Gameleira, Nova Gameleira, dentre outros.
Contorno, na Praça Milton Campos, servindo de limite à região Nela está localizado um grande centro de convenções, o
da Savassi. Continua avançando em direção à Serra do Curral e Expominas, os campus I, II E VI do CEFET-MG e a
ultrapassa o traçado pré-planejado da cidade. Termina na Transitolândia (5° Batalhão da Polícia Militar), parque
Praça da Bandeira, Bairro Mangabeiras, onde intercepta a educativo que tenta ensinar crianças e jovens a educação no
Avenida Bandeirantes. trânsito. Termina na BR-381, próximo a Contagem.
Possui grande apelo arquitetônico, marcado por estilos de
diferentes épocas. Ao longo de seu percurso, encontram-se Avenida dos Andradas: A Avenida dos Andradas é uma
vários pontos históricos e culturais importantes, além de das importantes avenidas de Belo Horizonte. Ela nasce no
igrejas de diversos cultos e órgãos dos poderes públicos centro da cidade e vai até o município de Sabará.
municipal, estadual e federal. Destacam-se o prédio da Em 2006 foi construído um boulevard arborizado, sob o
Prefeitura, o Cine-Teatro Brasil, a Igreja São José, o Parque ribeirão Arrudas, através das obras de recuperação do centro
Municipal, o Teatro Francisco Nunes, o Automóvel Clube, o da cidade, financiado pela prefeitura e pelo governo estadual,
Palácio da Justiça Rodrigues Caldas, o Consevatório da UFMG, desde a Alameda Ezequiel Dias até as proximidades da
o Palácio das Artes, o Edifício Acaiaca, o Othon Palace Hotel, o Rodoviária.
Café Nice, o Centro Cultural do Instituto Moreira Salles e a
Bolsa de Valores Minas-Espírito Santo-Bahia. Aos domingos, Avenida Antônio Abrahão Caram: A Avenida Antônio
abriga a Feira de Artes e Artesanato. Abrahão Caram é a avenida que liga o Mineirão e o Mineirinho
A Avenida foi projetada para funcionar como eixo norte-sul (e, por consequência, a Avenida Presidente Carlos Luz) à
do perímetro urbano da "Cidade de Minas Gerais" e Avenida Antônio Carlos.
inaugurada, junto com Belo Horizonte, no final do século XIX, Ela passa ao lado do campus Pampulha (o principal) da
em 12 de dezembro de 1897. A planta original de Aarão Reis Universidade Federal de Minas Gerais. Ela atravessa também
concebeu a Afonso Pena como a mais larga via da cidade, com os bairros São Luís e São José, na Pampulha.
50m de largura (as demais avenidas teriam 35m; as ruas na
zona urbana, 20m; e as suburbanas, 14m). Avenida Antônio Carlos: A Avenida Antônio Carlos é a
Durante o século XX, sofreu várias alterações que principal artéria de trânsito da regional da Pampulha, em Belo
modificaram consideravelmente o projeto original, tendo sido Horizonte bem como de importância geral para a cidade.
ampliada e alargada. Começa ao fim da pista da Lagoa da Pampulha (sendo o
Nas primeiras décadas do século passado, havia fícus outro lado da mesma ligada à avenida Pedro I). Nela está
plantados em ambos os lados da via e trilhos por que passavam localizado o Campus da Universidade Federal de Minas Gerais,

13 http://bairrosdebelohorizonte.webnode.com.br/avenidas-e-ruas-de-bh-/

Noções de Geografia Urbana 6


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principal universidade do estado de Minas Gerais. Devido à recebeu a sugestão de mudança de nome para avenida
saturação dos últimos anos, passa, desde 2005, por um Marechal Floriano, o que foi impedido pelo então presidente
processo de duplicação. do Estado, Bias Fortes, durante a inauguração da cidade, no
século XIX.
Avenida Augusto de Lima: A Avenida Augusto de Lima é A avenida João Pinheiro começa na Praça da Liberdade, no
uma das principais da região central de Belo Horizonte. Ela bairro Funcionários, e vai até a Avenida Augusto de Lima, na
passa pela Praça Raul Soares e também leva ao Mercado região Centro-Sul da capital. Ela abriga uma variedade de
Central. atrativos como Arquivo Público Mineiro, Grupo Escolar Afonso
Pena, Departamento de Trânsito de Minas Gerais (Detran-MG),
Avenida Brasil: Avenida Brasil é uma importante avenida Faculdade de Direito da Universidade Federal de Minas Gerais,
da região Centro Sul de Belo Horizonte, que vai da Praça da Colégio Promove, Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL),
Liberdade, na região da Savassi, até a Avenida do Contorno. Ela Associação Médica de Minas Gerais, além de hotéis,
é famosa por cortar regiões extremamente valorizadas da lanchonetes, restaurantes e estabelecimentos comerciais
cidade, como por exemplo o bairro Funcionários. diversos.
O atual nome da avenida refere-se ao mineiro da cidade do
Avenida Pres. Carlos Luz: A Avenida Presidente Carlos Serro, João Pinheiro da Silva, homem que fez história na vida
Luz, chamada simplesmente por Carlos Luz ou pelo antigo política mineira. Ele era zelador e preparador do laboratório
nome, Catalão, é uma importante via que conecta a Avenida de física e química da Escola Normal de São Paulo. Professor e
Pedro II à Lagoa da Pampulha, em Belo Horizonte. advogado, fundou a primeira faculdade da capital – a Escola
Essa Avenida é um caminho para quem quer chegar na Livre de Odontologia de Belo Horizonte – localizada na rua
UFMG pela região oeste da capital, e, por consequência, no Guaicurus, 266, Centro.
bairro Ouro Preto, onde ficam as repúblicas universitárias. Logo que entrou na política, João Pinheiro foi escolhido
No final de 2005, o canteiro central da avenida foi para secretário de governo e primeiro vice-presidente de
reformado, e agora possui trechos novos de grama e ladrilhos. Minas Gerais, em 1889. Mas, em agosto do mesmo ano, pediu
A Catalão cruza com o Anel Rodoviário na altura do Shopping demissão. Depois disso, foi presidente interino do Estado e, em
Del Rey. seguida, presidente efetivo. Ele também ocupou o cargo de
deputado federal, vereador e presidente da Câmara de
Avenida Cristiano Machado: Principal corredor da região Vereadores da cidade de Caeté.
Norte de Belo Horizonte, sendo também importante para as Em fevereiro de 1905, após indicação da comissão
regiões Nordeste, Pampulha e Venda Nova. É uma das vias executiva do Partido Republicano Mineiro, foi eleito senador
mais largas de Belo Horizonte, tendo uma pista central da República. Um mês antes, havia lançado o Manifesto ao
reservada para ônibus e quatro pistas de ida e volta. Nela se Eleitorado Mineiro, no qual expôs suas idéias políticas,
localiza um dos maiores shopping centers da cidade, o Minas discorreu sobre a economia brasileira e fez uma análise dos
Shopping, e também um dos seus hotéis mais luxuosos, o Ouro primeiros 15 anos do regime republicano. Um ano depois,
Minas. Começa no Túnel Lagoinha-Concórdia, único da cidade, novamente assumiu o cargo de presidente de Minas Gerais.
e termina na MG-10 (que conecta a cidade ao Aeroporto Nos meses que esteve presidente do Estado, João Pinheiro
Internacional Tancredo Neves, no município de Confins). A preocupou-se em desenvolver a agricultura e a mineração.
exemplo da Avenida Antônio Carlos, passa por um processo de
alargamento e melhoria, dentro do projeto de construção da Linha Verde: O Projeto Linha Verde, lançado em 24 de
Linha Verde. maio de 2005 pelo governo do estado de Minas Gerais, é o
Entre os principais locais da avenida, se destacam o Minas maior conjunto de obras viárias em Belo Horizonte e região
Shopping e o bairro Cidade Nova, que é um dos bairros que metropolitana nas últimas décadas. O empreendimento inclui
mais crescem em Belo Horizonte. intervenções nas avenidas Andradas e Cristiano Machado e na
Rodovia MG-010. Uma via de trânsito rápido, com 35,4 km de
Avenida Cristóvão Colombo: A Avenida Cristóvão extensão, irá ligar o centro de BH ao Aeroporto Internacional
Colombo fica em Belo Horizonte, na região da Savassi, e é a Tancredo Neves, na cidade Confins. A Linha Verde visa
principal avenida desse bairro. Essa via conecta a Avenida do beneficiar mais de 3,5 milhões de pessoas, em quase 100
Contorno com a Praça da Liberdade, passando pela Praça da bairros da capital e mais de dez municípios. As obras foram
Savassi, que é o encontro da Cristóvão Colombo com a Avenida iniciadas no final de 2005.
Getúlio Vargas. A Linha Verde foi lançada para requalificar a área próxima
à estação rodoviária e ao Parque Municipal, além de desafogar
Avenida Getúlio Vargas: A Avenida Getúlio Vargas fica na o trânsito, garantindo segurança, para motoristas e pedestres
região Centro Sul de Belo Horizonte, e é responsável por que trafegam na avenida Cristiano Machado, principal acesso
conectar dois pontos da Avenida do Contorno. à região norte da Região Metropolitana de Belo Horizonte e às
Na Praça da Savassi, ela se encontra com a Avenida regionais Nordeste, Venda Nova e Norte. O incremento do
Cristóvão Colombo e em seu cruzamento com a Avenida Aeroporto Internacional Tancredo Neves deu à via
Afonso Pena está a Praça do ABC. importância estratégica na economia, transformando-a em
Denominada originalmente Av. Paraúna, conforme a prioridade para o Governo de Minas e para a Prefeitura de Belo
planta original da cidade, planejada por Aarão Reis, a avenida Horizonte. A Linha Verde vai melhorar a articulação viária e de
passou a se chamar Getúlio Vargas por meio do decreto 0037, transporte da capital com Ribeirão das Neves, São José da
de 9 de novembro de 1938. Ao longo de seus quase dois Lapa, Santa Luzia, Pedro Leopoldo, Vespasiano, Lagoa Santa e
quilômetros, a avenida abriga importantes referências da outros municípios.
cidade, como a sede do Tribunal Regional do Trabalho, a sede As obras serão realizadas em três partes: a cobertura de
do jornal Estado de Minas, além de luxuosos restaurantes, uma extensão de 1,4 km do Ribeirão Arrudas, entre a alameda
bares, lojas e agências bancárias. Ezequiel Dias e a rua Rio de Janeiro; a intervenção na avenida
Cristiano Machado, entre o túnel Tancredo Neves e o término
Avenida João Pinheiro: Uma das mais tradicionais da rodovia MG-010, numa extensão de 12 km; a duplicação e
avenidas do centro de Belo Horizonte leva o nome de Avenida restauração de uma extensão de 22 km da rodovia MG-010,
João Pinheiro, uma homenagem a João Pinheiro da Silva. entre o viaduto sobre a avenida Pedro I (Belo Horizonte) e o
Originalmente chamado de avenida Liberdade, o local também acesso ao Aeroporto Internacional Tancredo Neves.

Noções de Geografia Urbana 7


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Avenida Mário Werneck: Mário Werneck é a principal Sede da Rede Minas;


avenida do bairro Buritis,região Oeste de Belo Horizonte. Shopping Ponteio;
Atualmente, ela está passando por um processo de duplicação. BH Shopping.
Avenida N. Sra. Do Carmo: A avenida Nossa Senhora do
Carmo é uma importante avenida de Belo Horizonte, de Avenida Otacílio Negrão de Lima: Otacílio Negrão de
intenso trânsito local, e que também constitui via de saída da Lima, foi ministro do governo Eurico Gaspar Dutra. Otacílio
cidade para trechos que se identificam a Zona da Mata mineira, Negrão de Lima, avenida que contorna a Lagoa da Pampulha,
cidades da Estrada Real, o Rio de Janeiro, entre outros. na região da Pampulha em Belo Horizonte, é uma homenagem
O início da avenida é na verdade o km 0 da BR 356. O km ao ministro, e nela é disputada anualmente a Volta
Zero está no entroncamento com a avenida do Contorno, na Internacional da Pampulha.
região da Savassi, em Belo Horizonte.
Os primeiros quatro quilômetros recebem o nome de
avenida Nossa Senhora do Carmo, até o entroncamento com a Avenida Pasteur: Exatos 115 anos depois de planejada, a
rodovia estadual MG-030 (acesso à sede de Nova Lima, Avenida Pasteur é quase a mesma daquela imaginada pela
próximo ao BH Shopping), continuando até o km 8 ainda com comissão que criou a cidade de Belo Horizonte em 1895. As
características de uma via expressa urbana, considerada até ruas são calçadas com pedras irregulares. O canteiro central é
mesmo pelo DNIT como "trecho urbano" (via com largo, arborizado, gramado e usado como ponto de descanso
características de avenida). No trecho inicial, na esquina com a para pedestres depois do almoço. Nas pistas de rolamento, dos
avenida do Contorno, é conectada à rua Rio Grande do Norte
dois lados da avenida, cabe apenas um automóvel em cada
por meio de uma trincheira.
Nos tempos do Arraial Curral Del Rey, anterior a criação da mão, e mesmo assim a Pasteur nunca ficou engarrafada. Não
Nova Capital (Belo Horizonte), o que hoje conhecemos como fosse pelos prédios em seu entorno, que ocuparam o lugar das
Avenida Nossa Senhora do Carmo, era denominada "Estrada antigas casas de família, poderia-se dizer que, para ela, o
do Mutuca". Essa estrada tinha mais ou menos o mesmo trajeto tempo não passou.
que hoje tem a Avenida Nossa Senhora do Carmo. A estrada Apesar de possuir pouco mais de 100 metros de extensão
contornava o "Morro Redondo" (curva do Ponteio) e seguia
(um quarteirão), a avenida causa um misto de surpresa e
rumo ao viaduto do Mutuca e Rio de Janeiro. A única referência
histórica da dita Estrada do Mutuca, registrada em admiração, já que parece ser bem pequena, diferente das
levantamentos topográficos do final do século 19, está na outras avenidas da cidade.
planta da Fazenda do Capão, que pertencia a Ilídio Ferreira da A principal responsável pela conservação das
Luz e que encontra-se arquivada no Arquivo Público Mineiro e características da Avenida Pasteur foi a construção do Colégio
Arquivo Público da Cidade - PBH. Seguindo-se o sentido rumo Pedro II, localizado de frente para a Avenida Alfredo Balena,
ao Rio de Janeiro, verifica-se claramente nessa planta que a entre as ruas Padre Rolim e Rio Grande do Norte. O Colégio foi
Estrada do Mutuca, atual Nossa Senhora do Carmo, cortava por
erguido na década de 1930, tomou um pedaço da avenida,
um lado a Fazenda do Capão (bairros São Bento e Santa Lúcia
nos dias de hoje) e por outro lado a Lagoa Seca, dentro da planejada inicialmente para servir como retorno entre a
Fazenda do Capão Pequeno (bairro Belvedere nos dias de Alfredo Balena – que à época chamava-se Avenida Mantiqueira
hoje). Ambas as Fazendas pertenciam a Ilídio Ferreira da Luz. – e a Avenida Brasil.
A Fazenda do Capão foi desapropriada pelo Estado de Minas
Gerais em 1894 para a criação da Nova Capital e a Fazenda do Avenida Pedro II: Avenida Pedro II é uma importante via
Capão Pequeno deu origem à terceira porção do bairro que conecta a Avenida do Contorno ao Anel Rodoviário, em
Belvedere.
Belo Horizonte, ligando o centro da cidade à região nordeste.
Em 2008 e 2009, a Av. Nossa Senhora do Carmo passou por
um processo de replanejamento, de modo a abrigar em suas Caracteriza-se pelo comercio intenso, principalmente no ramo
pistas centrais faixas exclusivas para o transporte coletivo por automotivo, com diversas lojas de peças, serviços e revenda de
ônibus. O projeto, executado pela prefeitura, é denominado automóveis.
Portal Sul e teve por objetivo resolver um dos principais
gargalos do trânsito de Belo Horizonte. Avenida Santos Dumont: No início do século XX, Belo
Muito embora a população belorizontina, e mesmo a
Horizonte era uma cidade pacata e silenciosa. Os primeiros
imprensa, tenham sempre se referido à avenida por este nome,
o fato é que ela fora registrada em 1955 somente como conjuntos urbanos se definiam entre as largas avenidas, ainda
"Senhora do Carmo". Quando das obras ocorridas em 2009, sem calçamento, insinuando uma metrópole futura. Entre as
por questões meramente burocráticas, foram instaladas placas principais vias da época estava a antiga rua do Comércio, atual
registrando o nome original, sem o termo "Nossa". A imprensa, avenida Santos Dumont, ligando a Praça da Estação à praça Rio
inclusive, passou a se referir ao "novo" nome. A mudança Branco.
causou irritação na população, especialmente nos moradores O presidente do Estado de Minas Gerais, Francisco Sales, e
próximos à avenida e nos mais antigos.
o prefeito de Belo Horizonte, Francisco Bressane Azevedo,
Em maio de 2010, o nome "Nossa Senhora do Carmo",
consagrado pela população, foi definitivamente adotado por concentravam seus esforços para o crescimento da cidade.
força de Lei municipal Mas, até então, predominava o sossego na capital. O jovem
A Avenida Nossa Senhora do Carmo de Belo Horizonte escritor Monteiro Lobato, ao visitar o município, em 1903,
nasce na Avenida do Contorno, na Savassi, e acaba onde a BR descreveu a calmaria. "Positivamente funcionários que subiam
040 retoma o seu trajeto em direção ao Rio de Janeiro. Alguns e desciam lentamente, a fingir de transeuntes. Transeuntes
até chegam a dizer que a Nossa Senhora do Carmo é uma públicos. Daí o sono que dava aquilo. Uma semana passada lá
continuação dessa BR.
deixava a impressão de meses."
Essa avenida passa ao lado dos locais: O clima tranquilo foi quebrado com a chegada do inventor
Pátio Savassi; do avião 14 Bis, Alberto Santos Dumont, também em 1903, que
Marista Hall; desfilou pelas avenidas da cidade no "Landau" presidencial -

Noções de Geografia Urbana 8


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uma carroça puxada por quatro cavalos de raça. A capital, mercados. As distâncias entre Belo Horizonte e algumas
agradecida pela honraria, em homenagem ao mineiro ilustre capitais são as seguintes: Brasília (716 km) São Paulo (586
deu à rua do Comércio o nome de avenida Santos Dumont. km), Rio de Janeiro (434 km), Vitória (524 km), Salvador
Em 1947, Joversino Emílio de Pádua, João Gabriel de (1.372 km), Fortaleza (2.528 km) e Porto Alegre (1.712 km).
Mattos e José Simplício Dias, os dois últimos já falecidos,
decidiram investir no Armazém Dias que, dez anos depois, deu
lugar à Loja Elétrica, na avenida Santos Dumont. "Naquela
época, o ramo de atuação era de secos e molhados e já havia
uma seção de tomadas e lâmpadas. Como a cidade estava
crescendo e aumentou a demanda por materiais elétricos, o
armazém foi transformado na loja", conta Mariângela Marinho
Delazari, contadora da empresa há 35 anos.
Anos depois, diante dos desafios e necessidades de apoio
às atividades comerciais, foi instalado na avenida Santos
Dumont, em 1960, o Clube dos Diretores Lojistas de Belo
Horizonte (CDL-BH), com sede no Edifício Araxá,
posteriormente transferida para a avenida João Pinheiro. Hoje,
a via guarda alguns prédios antigos que, silenciosamente,
teimam em contar a história do progresso da cidade entre o
trânsito intenso de pessoas e veículos. Vale salientar que
prevalece no local a sua principal marca: as atividades
comerciais que impulsionaram e ainda contribuem de maneira
importante para a economia da cidade. Rodovia Fernão Dias (BR 381): É a principal ligação entre
as regiões metropolitanas de Belo Horizonte e São Paulo.
Forma um dos mais importantes eixos de transporte de carga
Avenida Silva Lobo: O nome da avenida, localizada na
e de passageiros de todo o Brasil, passando por municípios de
região Oeste da capital, é uma homenagem ao médico Dr. médio porte como Lavras, Varginha, Três Corações, Santa Rita
Francisco Cândido da Silva Lobo, que nasceu em Salvador, do Sapucaí, Pouso Alegre e Extrema, na região Sul de Minas. A
Bahia, em 1872. Formado aos 23 anos de idade, ele transferiu- Fernão Dias dá acesso também à BR 116, que liga o Rio de
se em 1897 para Caconde, São Paulo, onde passou a medicar. Janeiro à Bahia, além de Vitória, passando por Governador
Grande figura política em Caconde, Silva Lobo presidiu a Valadares, no Vale do Rio Doce. O nome da rodovia
Câmara Municipal e exerceu o cargo de prefeito. Foi notável homenageia o bandeirante Fernão Dias, que contribuiu para
desbravar o território de Minas Gerais no século 17.
também por sua grande caridade e sutileza nas relações
sociais. Rio de Janeiro - Belo Horizonte - Brasília (BR 040):
Partindo de Belo Horizonte, com pista dupla até Sete Lagoas, a
Avenida Tancredo Neves: A Avenida Tancredo Neves é BR 040 atravessa o Noroeste de Minas ligando Belo Horizonte
uma avenida da região noroeste de Belo Horizonte. É a à capital federal, numa extensão total de 716 km. No outro
principal via do bairro Castelo, onde se localiza o seu principal sentido, passando pela Zona da Mata e Campo das Vertentes,
ponto comercial. dá acesso ao Rio de Janeiro, com extensão de 434 km. Na Zona
da Mata, a BR 040 liga Belo Horizonte à principal cidade-polo
da região, Juiz de Fora, que abriga empresas automobilísticas,
agroindustriais, moveleiras, metalúrgicas, cimenteiras, têxteis
UNIDADE IV e produtoras de papel e papelão. Na região do Campo das
4.1. Os acessos e saídas da cidade; Vertentes, leva aos acessos para cidades como São João del Rei,
Tiradentes e Congonhas, municípios de atração turística no
4.2. As rodovias federais e circuito histórico.
estaduais.
Rio-Bahia (BR 116): Forma um corredor viário que corta
o leste e o noroeste de Minas Gerais, permitindo acesso ao Rio
14Minas
de Janeiro, Espírito Santo e Bahia. Relevante para a economia
Gerais tem a maior malha rodoviária do Brasil, brasileira, esta estrada serve também de elo entre as regiões
equivalente a 16% de toda a malha viária existente no país. No Sul e Sudeste do Brasil com o Nordeste.
estado, são 269.546 km de rodovias. Deste total, 7.689 km são
de rodovias federais, 23.663 km de rodovias estaduais, e BR 262: Liga Vitória, capital do Espírito Santo e importante
238.191 km, de rodovias municipais. porto de exportação, ao Triângulo Mineiro, passando pela
Quanto às características das estradas, a malha federal é Região Metropolitana de Belo Horizonte. A rodovia está
estrategicamente localizada como um dos principais acessos à
toda pavimentada. A estadual se divide em 13.995 km
região Centro-Oeste do País. Também dá acesso a Uberaba,
pavimentados e 9.724 km não pavimentados. A maioria das entrada do Triângulo Mineiro, uma das regiões mais ricas do
rodovias municipais não é pavimentada. Brasil, com grande projeção no setor de agronegócios e
Belo Horizonte situa-se no entroncamento de grandes tecnologia de ponta.
rodovias, o que permite a integração de Minas Gerais com os
maiores centros urbanos do País e com os principais

14 www.mgweb.mg.gov.br/governomg/portal/m/governomg/conheca-
minas/5662-rodovias/5146/5044

Noções de Geografia Urbana 9


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BR 050: Liga Uberaba, Araguari e Uberlândia e é um


decisivo corredor de tráfego na região do Triângulo Mineiro, UNIDADE V
além de dar acesso aos Estados de Goiás e de São Paulo.
5.1. Os municípios da Grande Belo
BR 153: Liga Frutal à cidade de Prata, no Triângulo Horizonte - características - áreas
Mineiro, e funciona como um importante corredor paralelo à conurbadas.
BR 050, auxiliando o transporte de carga na região.

BR 365: Liga o Triângulo e o Norte de Minas a Goiás e dá 16A Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH),
acesso à rodovia Rio-Bahia, além de levar aos principais
também chamada de Grande Belo Horizonte, foi criada em
corredores viários para os demais Estados limítrofes com
1973 pela Lei Complementar Federal n.º 14/73, e, atualmente,
Minas.
é regulamentada por leis complementares do Estado de Minas
Gerais (LEC n.º88/2006 e LEC n.º 89/2006). Com uma
BR 135: É o caminho para o Norte do Estado, conduzindo
população de 5 873 841 habitantes, conforme a estimativa de
às cidades de Montes Claros e Pirapora, com suas indústrias
julho de 2016, é a terceira maior aglomeração urbana do
têxteis, mecânicas, de ferro-liga, processamento de frutas e
Brasil, a maior do Brasil fora do eixo Rio-São Paulo. É ainda o
vegetais.
88º maior aglomerado urbano do mundo.
Mesmo a Grande Belo Horizonte sendo a 3a maior região
BR 459: Faz a conexão entre Poços de Caldas, Pouso
metropolitana do Brasil, sua sede, a cidade de Belo Horizonte,
Alegre, Santa Rita do Sapucaí e Itajubá, nas regiões Sul e
ocupa a 6a posição entre os municípios mais populosos do
Sudeste de Minas.
país. Só nos anos 2000 a população da cidade foi superada pela
de Brasília e Fortaleza. Esse fenômeno ocorre porque o
BR 267: Liga a BR 381, no Sul do Estado, a Juiz de Fora, na
município de Belo Horizonte, com área de 331Km2, é
Zona da Mata mineira.
relativamente pequeno se comparado às duas maiores cidades
do Brasil, São Paulo (1.521Km2) e Rio de Janeiro (1.197Km2).
BR 265: É também um importante corredor de acesso às
Outra peculiaridade é que a participação da cidade de Belo
cidades de Alpinópolis, Boa Esperança, Lavras e São João del
Horizonte na população total da região metropolitana vem
Rei.
caindo a cada ano, ou seja, os municípios vizinhos a Belo
Horizonte crescem mais que a capital, uma vez que há falta de
Anel Rodoviário (Belo Horizonte)15
espaços disponíveis no município e os poucos que restam são
Anel Rodoviário (oficialmente, “Anel Rodoviário Celso
encarecidos.
Mello Azevedo”) é uma via expressa da grande Belo Horizonte,
A RMBH é o centro político, financeiro, comercial,
construída nos anos 50 para desafogar o crescente tráfego de
educacional e cultural de Minas Gerais, representando em
carga que passava pelo Centro de Belo Horizonte. Atualmente
torno de 40% da economia e 25% da população do estado de
recebe fluxo diário de 120 mil veículos com aproximadamente
Minas Gerais. Seu produto Interno bruto (PIB) somava em
27km de extensão, se iniciando na união das rodovias BR-262
2012 cerca de R$ 149,4 bilhões, dos quais cerca de 40%
e BR-381, na altura dos bairros Goiânia e Nazaré, na porção
pertenciam à cidade de Belo Horizonte.
Nordeste, e se terminando no encontro da BR-040 com a BR-
A legislação da Região Metropolitana de Belo Horizonte foi
356, no bairro Olhos d'Água (Região Oeste). O objetivo
reformada em 2004 pelo Estado, por meio de uma Emenda à
principal dessa via é permitir que veículos atravessem a
Constituição Estadual. Minas Gerais foi o primeiro Estado do
capital sem passarem pelo Centro, da mesma forma que
país a criar o conceito de "cidadão metropolitano" em sua
também permite que um habitante do sul chegue mais
legislação. A sociedade civil, em uma Conferência que ocorre
facilmente do oeste ao norte da cidade, e vice-versa.
de dois em dois anos, elege dois representantes dos cidadãos
O Anel cruza algumas das principais vias da cidade, pela
metropolitanos para o Conselho Deliberativo.
ordem: Linha Verde / Cristiano Machado, Antônio Carlos,
Catalão, Pedro II, Via Expressa e Avenida Amazonas. A BR-040
Colar Metropolitano
adentra a região metropolitana oriunda de Brasília via bairro
Califórnia, a noroeste do centro de Belo Horizonte.
A Lei Complementar nº89, de 12/01/2006, define o Colar
O trecho que corresponde a justaposição da BR-262 e da
Metropolitano de Belo Horizonte como sendo a formação de
BR-381 segue até a confluência com a BR-040 e com a Avenida
municípios do entorno da região metropolitana atingidos pelo
Vereador Cicero Idelfonso, próximo ao Alto dos Pinheiros. A
processo de metropolização. Com a redação desta lei, foi
partir dali a rodovia, correspondendo agora à confluência das
integrado à Região Metropolitana de Belo Horizonte o Colar
3 BRs, segue até o cruzamento com a Avenida Amazonas,
Metropolitanno, atualmente composto de 16 municípios:
ponto a partir do qual a BR-040 segue sozinha até o fim do
Barão de Cocais, Belo Vale, Bom Jesus do Amparo, Bonfim,
Anel. Muitas pessoas chamam o anel somente de BR-262,
Fortuna de Minas, Funilândia, Inhaúma, Itabirito, Itaúna,
sendo a referência visível até mesmo em endereços de fabricas
Moeda, Pará de Minas, Prudente de Morais, Santa Bárbara, São
próximo ao Olhos d'Água, mesmo em trecho já desvinculado
Gonçalo do Rio Abaixo, São José da Varginha e Sete Lagoas.
da BR-381 e da BR-262 propriamente dita, que segue
Com economia baseada principalmente no setor industrial,
justaposta à BR-381 em direção ao bairro Cidade Industrial em
Sete Lagoas é a maior e mais importante cidade do Colar
Contagem, vindo essas a se desvencilharem somente em
Metropolitano. O Município abriga fábricas de empresas como
viaduto bem avante, já no limite ocidental da cidade de Betim.
a Ambev, Bombril, Elma Chips, Itambé Laticínios e Iveco,
O anel concentra 45,5% dos acidentes registrados pela
dentre outras.
Polícia Militar Rodoviária (PMRv) na região metropolitana em
Outros municípios do Colar que se destacam são Itabirito e
2012, e estes são frequentes principalmente no trecho de 5 Km
São Gonçalo do Rio Abaixo com elevados PIB baseados na
entre os bairros Olhos d'Água e Betânia. Os riscos são
mineração de ferro; também Itaúna e Pará de Minas, que
aumentados por um alto número de ocupações desordenadas
possuem população se aproximando de 100 mil habitantes em
e irregulares próximas à pista, chegando a 3 mil famílias.
cada município.

15 pt.wikipedia.org/wiki/Anel_Rodovi%C3%A1rio_(Belo_Horizonte) 16 pt.wikipedia.org/wiki/Regi%C3%A3o_Metropolitana_de_Belo_Horizonte

Noções de Geografia Urbana 10


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Municípios Cercada pela Serra do Curral, que lhe serve de moldura


natural e referência histórica, foi planejada e construída para
A Região Metropolitana de Belo Horizonte é constituída ser a capital política e administrativa do estado mineiro sob
por 34 municípios, além de outros 16 municípios no colar influência das ideias do positivismo, num momento de forte
metropolitano, elencados no quadro abaixo: apelo da ideologia republicana no país. Sofreu um inesperado
acelerado crescimento populacional, chegando a mais de um
milhão de habitantes com quase setenta anos de fundação.
Entre as décadas de 1930 e 1940, houve também o avanço da
industrialização, além de muitas construções de inspiração
modernista, notadamente as casas do bairro Cidade Jardim,
que ajudaram a definir a fisionomia da cidade.
De acordo com a mais recente estimativa realizada pelo
IBGE em 2016, sua população era de 2.513.451 habitantes,
sendo o mais populoso município de Minas Gerais, o terceiro
da Região Sudeste, depois de São Paulo e Rio de Janeiro, e o
sexto mais populoso do Brasil. A capital mineira é também
sede da terceira concentração urbana mais populosa do país.
Belo Horizonte já foi indicada pelo Population Crisis
Commitee, da ONU, como a metrópole com melhor qualidade
de vida na América Latina e a 45ª entre as 100 melhores
cidades do mundo. Em 2010, Belo Horizonte gerou 1,4% do
PIB do país, e em 2013 era o quarto maior PIB entre os
municípios brasileiros, responsável por 1,53% do total das
riquezas produzidas no país. Uma evidência do
desenvolvimento da cidade nos últimos tempos é a
classificação da revista América Economía, na qual, já em 2009,
Belo Horizonte aparecia como uma das dez melhores cidades
para fazer negócios da América Latina, segunda do Brasil e à
frente de cidades como Rio de Janeiro, Brasília e Curitiba.
A cidade é mundialmente conhecida e exerce significativa
1 Baldim influência nacional e até internacional, seja do ponto de vista
cultural, econômico ou político. Conta com importantes
É um município brasileiro do estado de Minas Geais. monumentos, parques e museus, como o Museu de Arte da
Localizado no vetor norte da Região Metropolitana de Belo Pampulha, o Museu de Artes e Ofícios, o Museu de Ciências
Horizonte, historicamente conhecido pela larga produção de Naturais da PUC Minas, o Circuito Cultural Praça da Liberdade,
hortifrutigranjeiro tem se destacado no econômico como o Conjunto Arquitetônico da Pampulha, o Mercado Central e a
grande produtor de doces, contando com oito grandes Savassi, e eventos de grande repercussão, como o Festival
indústrias que tem seus produtos distribuídos para o mercado Internacional de Teatro, Palco e Rua (FIT-BH), Festival
regional, nacional e internacional. Internacional de Curtas e o Encontro Internacional de
A união de três sesmarias (Rótulo, Trindade e Zabelê) que Literaturas em Língua Portuguesa. É também nacionalmente
deram origem ao município de Baldim, anteriormente conhecida como a "capital nacional dos botecos", por existirem
denominado de Pau Grosso, devido a uma parada de tropeiros mais bares per capita do que em qualquer outra grande cidade
que tinha às margens do córrego do Pau Grosso um enorme do Brasil.
Jequitibá onde descansavam de suas jornadas pela Estrada
Real que cortava o município. Na fazenda Zabelê havia um 3 Betim
Registro da Coroa Portuguesa que recolhia tributos dos
negociantes que pela região passavam. É um município brasileiro do estado de Minas Gerais e faz
A cidade fica próxima à Serra do Cipó, atração natural da parte da Região Metropolitana de Belo Horizonte. Possui
região. O município apresenta um potencial turístico com 425.873 habitantes (IBGE/2012). Em 2013, sediou a nona
inúmeras escavações rochosas, grutas e sumidouro, também edição do mundial de clubes de voleibol masculino no Ginásio
possui sítios arqueológicos cadastrados no IPHAN, ruinas de Divino Braga.
casas subterrâneas e achados do período pré-colonial,
remanescentes estruturas de lavras de ouro conserva 4 Brumadinho
fragmentos da passagem do desbravador, Manuel Borba Gato
como escavações, aquedutos que serviam conduziam água nas É um município brasileiro do estado de Minas Gerais,
escavações das Minas do Rio das Velhas, datada de 1711, localizado na Região Metropolitana de Belo Horizonte. De
aproximadamente. acordo com o censo realizado pelo IBGE em 2012, sua
Apresenta uma estrutura de apoio turístico, como hoteis, população é de 35.085 habitantes.
pousadas, Colônia de Férias, restaurantes e um bom acesso O nome "Brumadinho" deve-se ao fato do local estar
rodoviário. próximo à antiga vila de Brumado Velho, que por sua vez teria
sido assim denominada pelos bandeirantes por causa das
2 Belo Horizonte brumas comuns em toda a região montanhosa em que se situa
o município, especialmente no período da manhã.
É um município brasileiro e a capital do estado de Minas Embora o município de Brumadinho seja atravessado
Gerais. Pertence à Mesorregião Metropolitana de Belo pelas rodovias BR-381 (São Paulo-Belo Horizonte) e BR-040
Horizonte e à Microrregião de Belo Horizonte. Com uma área (Rio de Janeiro-Belo Horizonte), e seja possível chegar à sede
de aproximadamente 331km², possui uma geografia municipal a partir de ambas as rodovias, o acesso mais curto
diversificada, com morros e baixadas, distando 716 da capital à cidade de Brumadinho é pela rodovia MG-040, a
quilômetros de Brasília, a capital nacional, sendo a segunda chamada Via do Minério, uma estrada mais direta que sai da
capital de estado mais próxima da capital federal, atrás apenas região do Barreiro, na parte sudoeste da capital, e atravessa os
de Goiânia.

Noções de Geografia Urbana 11


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municípios de Ibirité e Mário Campos antes de chegar a 11 Ibirité


Brumadinho. Há uma curta divisa direta de Brumadinho com
o município da capital, mas localizada numa remota área É um município do estado de Minas Gerais, no Brasil. Sua
montanhosa, sem estradas e de difícil acesso. população é de 171.932 habitantes (IBGE/2014). Integra a
Região Metropolitana de Belo Horizonte. O Município de
5 Caeté Ibirité localiza-se na Zona Metalúrgica, fazendo parte da
Microrregião 182 (Belo Horizonte). Limita-se com os
É um município da Região Metropolitana de Belo municípios de Belo Horizonte pelo leste e nordeste, Contagem
Horizonte, em Minas Gerais, no Brasil. De acordo com o censo e Betim pelo norte, Sarzedo pelo oeste e Brumadinho pelo sul.
realizado pelo IBGE em 2010, sua população é de 40.750 Sua área é de 73,83 quilômetros quadrados. A sede do
habitantes. município, a 882 metros de altitude, tem a sua posição
É neste município que se encontra a Serra da Piedade. No determinada pelas coordenadas geográficas de 20º 01'15" de
alto, há um santuário católico que recebe romeiros. No mesmo latitude sul e 40º 03'52" de longitude oeste (Estação
lugar, funciona o Observatório Astronômico Frei Rosário, da Ferroviária).
Universidade Federal de Minas Gerais. Além disso a cidade De acordo com a classificação de hierarquia urbana
possui um time de futebol, o Real de Caeté. adotada pela Fundação João Pinheiro para o Estado de Minas
Gerais, em 1988, Ibirité foi identificada como centro local de
6 Capim Branco 9º nível, integrando a região polarizada por Belo Horizonte.
Até abril do ano de 2017, a cidade possuía um CEP único
É um município brasileiro do estado de Minas Gerais. Sua para todo o município, a partir de então, cada rua da cidade
população aferida em 2008 pelo IBGE era de 9.155 habitantes. passa a ter um CEP individual, segundo os correios isso foi feito
Pertence à Região Metropolitana de Belo Horizonte. para facilitar e agilizar o processo de entrega de
correspondências na cidade.
7 Confins
12 Igarapé
É um município brasileiro do estado de Minas Gerais. Sua
população em 2015 era estimada em 6.478 habitantes. É um município da Região Metropolitana de Belo
Pertence à Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH). É Horizonte, no estado de Minas Gerais, no Brasil. Seu atual
onde se encontra o Aeroporto Internacional Tancredo Neves, prefeito é José Carlos Gomes Dutra.
principal porta de entrada de MG e ponto de ligação de Belo
Horizonte com o Brasil e o mundo. É o 5º aeroporto mais 13 Itaguara
movimentado do país e está em operação desde 1984.
Em Confins está localizado também o Aeroporto Industrial É um município do estado de Minas Gerais, no Brasil.
de Belo Horizonte, primeiro aeroporto industrial do Brasil. Pertence à Região Metropolitana de Belo Horizonte. A sede do
município está localizada a 95 quilômetros de Belo Horizonte.
8 Contagem Devido ao grande fluxo migratório para a capital do estado, a
população da cidade se mantém na mesma média populacional
É um município brasileiro do estado de Minas Gerais na a vários anos.
Região Metropolitana de Belo Horizonte. É o município com a
terceira maior população do estado, com 648.766 habitantes 14 Itatiaiuçu
segundo estimativa do IBGE em 2015.
Ao longo do tempo, os limites geográficos do município É um município brasileiro do estado de Minas Gerais, na
perderam-se em virtude do seu crescimento horizontal em Região Metropolitana de Belo Horizonte.
direção à capital, ocasionando uma intensa conurbação com Localizado em plena Cordilheira do Espinhaço, nas
Belo Horizonte. Contagem integra a Grande BH, sendo um dos encostas da Serra do Itatiaiuçu, na Zona Metalúrgica, o
mais importantes municípios dessa aglomeração urbana, município, com 267 quilômetros quadrados, tem como
principalmente pelo seu grande parque industrial. Seu sistema principal atividade econômica a mineração de ferro. É,
viário, planejado para comportar um fluxo intenso de veículos também, grande produtor de hortifrutigranjeiros além de
e de carga, é feito através das principais rodovias do país, a BR- possuir pecuária de corte e leite. Num clima temperado
381 (Fernão Dias - acesso a São Paulo), BR-262 (acesso a tendendo para o frio, a cidade-sede está a 890 metros de
Vitória e Triângulo Mineiro) e a BR-040 (acesso a Brasília e Rio altitude e a 70 quilômetros de Belo Horizonte, localizada às
de Janeiro). margens da BR-381 (Rodovia Fernão Dias), que liga o estado
de Minas Gerais ao estado de São Paulo.
9 Esmeraldas O município é dividido em 8 povoados e dois distritos:
Santa Terezinha de Minas e Pinheiros.
É um município brasileiro do estado de Minas Gerais, 15 Jaboticatubas
localizado na Região Metropolitana de Belo Horizonte. Sua
população, de acordo com estimativas do Instituto Brasileiro É um município brasileiro do estado de Minas Gerais. Sua
de Geografia e Estatística (IBGE), era de 66.237 habitantes em população em 2010 era de 17.119 habitantes. Pertence à
2014. Região Metropolitana de Belo Horizonte.

10 Florestal 16 Juatuba
É um município brasileiro do estado de Minas Gerais,
pertencente a Mesorregião Metropolitana de Belo Horizonte e É um município brasileiro do estado de Minas Gerais,
a Microrregião de Pará de Minas. Segundo o censo realizado localizado no vetor oeste da Região Metropolitana de Belo
pelo IBGE em 2010, possui 6.603 habitantes. Integra a Região Horizonte.
Metropolitana de Belo Horizonte, estando a uma distância de
65 quilômetros da capital.
A cidade possui um campus da Universidade Federal de
Viçosa.

Noções de Geografia Urbana 12


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17 Lagoa Santa 23 Pedro Leopoldo

É um município brasileiro do estado de Minas Gerais, É um município brasileiro do estado de Minas Gerais. Sua
localizado na Região Metropolitana de Belo Horizonte. Lagoa população estimada em 2016 era de 63.406 habitantes. Situa-
Santa encontra-se a 800 metros de altitude, possui 231,9 km² se na Região Metropolitana de Belo Horizonte, a 46
de área e uma população de 52.526 habitantes (IBGE/2010). quilômetros a noroeste da capital mineira, ligando-se a esta
Está localizada a 35 km de Belo Horizonte. através das rodovias estaduais MG-010 e MG-424.

18 Mário Campos 24 Raposos

É um município brasileiro do estado de Minas Gerais, É um município brasileiro do estado de Minas Gerais. Sua
localizado na Região Metropolitana de Belo Horizonte. Sua população estimada em 2010 era de 15.345 habitantes.
população aferida pelo IBGE em 2010 era de 13.214 Pertence à Região Metropolitana de Belo Horizonte.
habitantes. Localiza-se a 38 km da capital mineira.
Mário Campos é considerada uma estância hidromineral. A 25 Ribeirão das Neves
maior fonte do mundo de vazão espontânea de água mineral
fica em Mário Campos. É um município brasileiro do estado de Minas Gerais,
localizado na Região Metropolitana de Belo Horizonte. Sua
19 Mateus Leme população em julho de 2015 era de 322 659 habitantes.
Ribeirão das Neves foi considerada um município
É um município brasileiro do estado de Minas Gerais. dormitório, pois a maior parte de seus moradores trabalhavam
Pertence à Região Metropolitana de Belo Horizonte. Localiza- na capital mineira, ou nos municípios vizinhos que também
se a 61km de Belo Horizonte e a 21km de Itaúna. fazem parte da Região Metropolitana de Belo Horizonte.
Foi assim nomeado em homenagem bandeirante paulista O município possui atualmente algumas fábricas, que
Mateus Leme, que fundou em Minas Gerais o arraial de fortalecem o crescimento do município, e um comércio em
Itatiaiaçu. Seria o mesmo que, como capitão-mor, chegaria à crescimento, contando com muitos bares, pizzarias, salões de
Bahia, onde, de 1715 a 1717, combateu índios bravios. Beleza, supermercados, magazines, diversos bancos como CEF,
É o local de instalação do 1º radar meteorológico de Minas Banco do Brasil, Bradesco, Itaú, que ainda abriga uma parte
Gerais. Seu território é composto pelos distritos de Serra Azul pequena da população economicamente ativa.
e Azurita, e pelo povoado de Sítio Novo. O município possui três macrorregionais: o distrito de
Justinópolis, a regional Centro e a regional Veneza.
20 Matozinhos
26 Rio Acima
É um município brasileiro do estado de Minas Gerais.
Pertence à Região Metropolitana de Belo Horizonte. Sua É um município brasileiro do estado de Minas Gerais. Sua
população aferida pelo IBGE em 2013 era de 36.031 população estimada em 2006 era de 8.096 habitantes. Situa-se
habitantes. a 34 quilômetros de Belo Horizonte, na Região Metropolitana
Antigo distrito criado em 1823/1891 e desde 1923 domina de Belo Horizonte.
o município de Pedro Leopoldo, foi elevado à categoria de Possui diversas cachoeiras e nascentes. É a única cidade
município pela lei estadual nº 1058 31 de dezembro de 1943. mineira com 100% do território localizado dentro da APA Sul
- área de proteção ambiental que comporta 14 municípios da
21 Nova Lima Grande BH.
Em sua divisa com Itabirito, encontra-se um dos mais
É um município brasileiro do estado de Minas Gerais, relevantes trechos da Estrada Real. Trata-se da estrada que
localizado na Região Metropolitana de Belo Horizonte fazia a ligação entre Santa Bárbara e Ouro Preto através da
(RMBH). Sua população estimada em 2013 é de 87.391 única passagem na serra do Espinhaço. Esta passagem é um
habitantes (IBGE/2013). local conhecido como "Bocaina" e está localizado na serra do
Diversas minas ficam no município, incluindo as minas de Gandarela, que faz parte da serra do Espinhaço. Sendo a única
Morro Velho, Mostardas e Rio de Peixe. Diversos minerais são passagem para a Serra do Ouro Fino (Sta Barbara), os escravos
extraídos no município, principalmente o minério de ferro e o fugitivos, na época do império, armavam ciladas para as tropas
ouro. reais em busca de ouro, armas, animais de carga e
A cidade de Nova Lima integra a Região Metropolitana de suprimentos.
Belo Horizonte. O fato de fazer fronteira com o centro-sul do O então governador da província, Visconde de Barbacena,
município de Belo Horizonte, região mais rica da capital, tem seguindo ordens de Portugal, construiu uma base para
atraído moradores de alta renda para Nova Lima, os quais se garantir a passagem onde hoje é conhecido como a “Fazenda
instalam nos diversos condomínios de alto luxo da cidade e da Casa de Pedra”.
prédios residenciais dos bairros Vila da Serra e Vale do Sereno.
Um estudo divulgado pela prefeitura do município de 27 Rio Manso
Itabira em 29 de abril de 2010 revelou que Nova Lima é a
primeira cidade de Minas Gerais em qualidade de vida. É um município brasileiro do estado de Minas Gerais,
localizado na Região Metropolitana de Belo Horizonte.
22 Nova União Localiza-se a 63km de Belo Horizonte e a 52 km de Itaúna. Sua
população estimada em 2007 era de 5.002 habitantes.
É um município brasileiro do estado de Minas Gerais,
pertencente à Região Metropolitana de Belo Horizonte. 28 Sabará
Localiza-se a 19º41'24" de latitude sul e 43º34'47" de
longitude oeste, a uma altitude de 937 metros. Sua população É um município do estado de Minas Gerais, localizado na
aferida pelo IBGE em 2008 era de 5.554 habitantes. Possui Região Metropolitana de Belo Horizonte. Sua população em
uma área de 172,914 km². 2016 era de 135.196 habitantes, segundo estimativas do IBGE.

Noções de Geografia Urbana 13


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APOSTILAS OPÇÃO

É constituído pelos distritos de Carvalho de Brito, Ravena e extorquida por várias famílias que vieram de fora e tomaram
Mestre Caetano. suas terras.
Muitas pessoas famosas nasceram em Vespasiano, como os
29 Santa Luzia ex-jogadores de futebol Eder Aleixo, o Bomba de Vespasiano,
que jogou na seleção brasileira, e João Bosco dos Santos, Buião,
É um município brasileiro do estado de Minas Gerais, que jogou em vários clubes do Brasil.
pertencente à Região Metropolitana de Belo Horizonte. A cidade é administrada pela prefeita Ilce Rocha, que está
Localiza-se a 19º46'11" de latitude sul e 43º51'05" de em seu 1° mandato.
longitude oeste, a uma altitude de 751 metros. Sua população
de acordo com a Estimativa 2015 pelo IBGE é de 216.254
habitantes, com a maior concentração populacional e UNIDADE VI
atividade comercial no distrito de São Benedito, situado a oito
quilômetros do centro do município. 6.1. As Secretarias Regionais da
PBH; localização e áreas de
30 São Joaquim de Bicas abrangência.
É um município brasileiro do estado de Minas Gerais. Sua
população estimada pelo IBGE em 2010 era de 25.619
habitantes. Pertence à Região Metropolitana de Belo (Prezado candidato, aqui trouxemos as principais
Horizonte. Secretarias de Belo Horizonte, caso queira ter acesso as demais,
acesse: https://prefeitura.pbh.gov.br/)
31 São José da Lapa
Secretaria Municipal de Segurança Urbana e
É um município brasileiro do estado de Minas Gerais. Sua Patrimonial17
população aferida em 2010 pelo IBGE é de 18.801 habitantes.
Pertence à Região Metropolitana de Belo Horizonte. A Secretaria Municipal de Segurança Urbana e Patrimonial
-SMSEG- foi criada pela Lei 8.620, de 18 de julho de 2003, para
32 Sarzedo coordenar as políticas municipais na área de segurança, em
conjunto com o Estado e a União, visando reduzir o índice de
É um município brasileiro do estado de Minas Gerais. criminalidade em Belo Horizonte.
Localiza-se a 20º02'07" de latitude sul e 44º08'41" de Compete à SMSEG, no âmbito das políticas de segurança no
longitude oeste, a uma altitude de 796 metros, situado às município, planejar a operacionalidade das políticas de
margens da rodovia MG-40, entre os municípios de Ibirité e segurança no âmbito do município, com vistas à redução da
Mário Campos, tendo como limite ao norte o município de criminalidade. A SMSEG também viabiliza o entrosamento do
Betim, separados pelo Ribeirão Sarzedo, e ao sul o município Poder Público Municipal com os órgãos de segurança de outros
de Brumadinho, separados pela Serra Três Irmãos, extensão níveis federativos que atuem em Belo Horizonte, entre outras
da Serra do Curral. Pertence à Região Metropolitana de Belo atribuições.
Horizonte. Determina a lei que cabe à SMSEG financiar estudos e
Sua população estimada em 2008 era de 24.828 desenvolver projetos voltados à segurança e planejar a
habitantes. Possui uma área de 62,1974 km² e cerca de 39 operacionalidade das políticas públicas de segurança social,
bairros. em conjunto com órgãos municipais, visando à diminuição da
criminalidade. Além disto, a Secretaria formula e aplica
33 Taquaraçu de Minas métodos preventivos para reduzir a violência e a sensação de
insegurança, diretamente ou em colaboração com órgãos
É um município da Região Metropolitana de Belo municipais.
Horizonte, em Minas Gerais, no Brasil. Um novo modelo de participação municipal no provimento
da segurança urbana
34 Vespasiano Este modelo de participação municipal no provimento da
segurança urbana consolida a participação direta da capital
É um município brasileiro do estado de Minas Gerais. mineira na arena da segurança pública. A inserção definitiva
Localiza-se a 19º41'31" de latitude sul e 43º55'24" de do município de Belo Horizonte no cenário da segurança
longitude oeste, a uma altitude de 693 metros. Sua população, pública foi uma resposta do governo ao anseio por uma
de acordo com estimativas do Instituto Brasileiro de Geografia segurança pública eficaz, democrática e cidadã.
e Estatística (IBGE) era de 116.506 habitantes em 2014. A política da segurança urbana municipal advoga o
Pertence à Região Metropolitana de Belo Horizonte. Possui desenvolvimento de um trabalho de interação entre os órgãos
uma área de 70,3464 km². municipais e os órgãos de defesa social estaduais e federais,
É a sede da Cidade do Galo, centro de treinamento do Clube baseado no trinômio da informação compartilhada,
Atlético Mineiro, e da Faculdade da Saúde e Ecologia Humana planejamento conjunto e atuação integrada.
(FASEH). Situa-se a 15km do Aeroporto Internacional de
Confins. Secretaria Municipal de Esporte e Lazer
A cidade antigamente era conhecida como Arraial do
Capão. Mas depois da construção da linha férrea projetada A Secretaria Municipal de Esporte e Lazer (SMEL) se
pelo Engenheiro Vespasiano, para atender a construção da dedica a elaboração, implementação, monitoramento e
Indústria de cimentos Liz, ela se emancipou e hoje tem 67 anos. avaliação de políticas públicas de esporte e de lazer na cidade
Antigamente as terras da cidade pertencia a senhora Dona de Belo Horizonte. Por meio de suas ações busca promover a
Mariana da Costa, que após ficar cega, devido ao descuido de universalização do direito com base nos preceitos da
mexer com plantas desconhecidas, ela foi enganada e intersetoralidade e da inclusão social.

17 Fonte: https://prefeitura.pbh.gov.br/ Acesso em 06 de junho de 2017.

Noções de Geografia Urbana 14


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Por meio de seus programas, a SMEL atende, direta e Na Educação Infantil, o atendimento para alunos de 4 a 5
indiretamente, crianças e adolescentes, jovens e adultos, anos é universalizado, contudo trabalha-se para estender ao
idosos e pessoas com deficiência em núcleos próprios, escolas, máximo o atendimento para crianças de 0 a 3. A rede recebe
pistas de caminhada e praças, em instituições de longa cerca de 40 mil crianças em prédios próprios, sejam escolas
permanência (asilos) e em ações de lazer, dentre outros. que oferecem Educação Infantil ou Unidades Municipais de
As ações da Secretaria Municipal de Esporte e Lazer Educação Infantil (Umeis). Além disso, outras 23 mil crianças
(SMEL) são planejadas e executadas com a perspectiva de são atendidas hoje em creches conveniadas, que são
garantir o acesso ao Esporte e Lazer como direitos sociais. Visa instituições privadas, confessionais ou comunitárias de
promover o desenvolvimento humano e a inclusão social sob caráter filantrópico, sem fins lucrativos, credenciadas pela
os princípios da democracia, transparência e qualidade. Secretaria Municipal de Educação (Smed) para receber alunos
Em consonância com a Política Nacional de da Educação Infantil.
Desenvolvimento do Esporte, a política adotada pela SMEL se O Ensino Fundamental, por sua vez, conta com o maior
baseia em quatro vertentes de trabalho: implementação e número de alunos: 113 mil estudantes em quase 200 escolas.
gestão de programas esportivos e de lazer, apoio organização Diante de um número tão grande, o quadro de professores
e realização de eventos esportivos e de lazer, implementação e também é extenso. Atualmente, são mais de 22 mil educadores
gestão de equipamentos esportivos e apoio a entidades do atuando na RME, considerando professores de ensino
esporte amador. Busca integrar suas ações com as áreas da fundamental, professores de educação infantil, pedagogos,
Cultura, Saúde, Educação, Política Social garantindo o acesso bibliotecários, auxiliares, entre outros.
da população a bens e serviços públicos de qualidade. A Educação de Jovens e Adultos é ofertada em 119 escolas
municipais e em espaços não escolares como associações
Secretaria Municipal de Desenvolvimento comunitárias, centros de convivência, centros culturais,
instituições religiosas e empresas dentre outros, visando
A Secretaria Municipal de Desenvolvimento foi criada pela favorecer o acesso àqueles que desejam concluir seus estudos.
Lei Nº 10.101, de 14 de Janeiro de 2011, com a finalidade de Mais de 12 mil estudantes frequentam essa modalidade de
articular a definição e a implementação da política de ensino em mais de 420 turmas de EJA espalhadas por toda a
desenvolvimento econômico do Município, de forma integrada cidade.
e intersetorial, visando ao fomento industrial, comercial e de O perfil da Educação, em Belo Horizonte, demonstra não
prestação de serviços, à promoção de programas estratégicos só o tamanho e as especificidades da Rede Municipal, como
de planejamento urbano e à execução de atividades destinadas aponta para metas desafiadoras. Um dos compromissos da
ao desenvolvimento econômico sustentável do Município, atual gestão da Smed é diminuir ao máximo o déficit de vagas
harmonizado com a inclusão social de todos os cidadãos. na Educação Infantil e, para isso, além da inauguração de
Entre as competências da Secretaria Municipal de novos espaços e da ampliação da rede de creches conveniadas,
Desenvolvimento, está a coordenação da estratégia, outras estratégias estão em estudo para oferecer para à
monitoramento e avaliação dos planos, programas e projetos população uma rede capaz de absorver o máximo da demanda
de desenvolvimento do município, em consonância com o existente.
planejamento e intervenções urbanísticas e definições do O trabalho da Smed, contudo, visa não somente garantir
Plano Diretor do Município. É também responsável pelas vaga aos estudantes, mas oferecer educação de qualidade para
políticas de desenvolvimento turístico, científico e tecnológico cada uma das crianças, dos adolescentes e dos adultos que
e atividades de relações internacionais do Município, em frequentam as salas de aulas. Para tanto, as estratégias
conjunto com os demais órgãos e entidades da Administração pedagógicas adotadas pelas escolas da Rede têm, hoje, foco na
Municipal. formação de leitores. Os professores, coordenadores
pedagógicos e gestores das escolas são orientados a trabalhar
Secretaria Municipal de Finanças atividades de leitura com os estudantes, seja nas aulas
regulares, seja em projetos desenvolvidos pelas unidades. Um
A Secretaria Municipal de Finanças é o órgão responsável estudante com desenvoltura em leitura tem mais condições de
pela gestão das receitas e das despesas de Belo Horizonte. Para absorver, satisfatoriamente, os conteúdos de outras
isso, planeja e coordena as políticas relativas às áreas disciplinas, além de garantir participação efetiva na sociedade
financeira, contábil, fiscal e tributária, desenvolvendo em seu papel de cidadão.
programas, projetos e atividades que otimizem as receitas, Vale ressaltar, em último aspecto, que a Secretaria
promovam o equilíbrio nas contas públicas e garantam a promove uma política de diálogo constante com todas as
justiça tributária. escolas, mas preza também pela autonomia das unidades.
É função da Secretaria Municipal de Finanças coordenar e Embora o objetivo da Educação seja garantir um padrão de
fiscalizar o pagamento dos impostos e a aplicação dos recursos qualidade para toda a Rede, a Smed respeita as
em investimentos, na folha de pagamento, manutenção da particularidades de cada instituição e incentiva que
máquina pública e outras demandas financeiras, para garantir professores, gestores e servidores desenvolvam, no âmbito
a oferta dos serviços essenciais ao cidadão e o constante das escolas, atividades que reflitam a identidade de suas
aperfeiçoamento na prestação desses serviços. unidades e das respectivas comunidades escolares.

Secretaria Municipal de Educação Secretaria Municipal de Obras e Infraestrutura

Belo Horizonte é uma das maiores cidades do país e, como A Secretaria Municipal de Obras e Infraestrutura tem por
tal, conta com um amplo sistema educacional. A Rede finalidade articular a definição e a implementação da política
Municipal de Educação (RME) atende, prioritariamente, de obras públicas a cargo do Município, inclusive sua política
conforme determina a Constituição Brasileira, alunos da de moradia.
Educação Infantil (0 a 5 anos) e do Fundamental (6 a 14), mas Compete à Secretaria Municipal de Obras e Infraestrutura:
também fazem parte do público das escolas municipais - Coordenar o desenvolvimento de projetos e a execução
estudantes da Educação de Jovens e Adultos. Os números de obras públicas a cargo do Município, por administração
demonstram a amplitude do trabalho na capital mineira, afinal direta ou por meio de terceiros, competindo-lhe, ainda, a
são mais de 190 mil alunos em mais de 500 estabelecimentos elaboração e a execução do orçamento referente a planos,
ligados à Rede Municipal. programas e projetos de obras de edificação, pavimentação,

Noções de Geografia Urbana 15


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infraestrutura, moradia e saneamento básico relativo ao Secretaria Municipal de Saúde


sistema de drenagem;
- Coordenar a elaboração das políticas de estruturação Belo Horizonte conta atualmente com 152 centros de
urbana, de habitação e de saneamento básico relativo ao saúde, 588 equipes de Estratégia Saúde da Família, o Hospital
sistema de drenagem no Município; Metropolitano Odilon Behrens, o Hospital Metropolitano Dr.
- Normatizar, monitorar e avaliar a realização de obras Célio de Castro.
públicas; São oito Centros de Referência em Saúde Mental
- Coordenar a fixação de metas e diretrizes que viabilizem (CERSAM), três Centros de Referência em Saúde Mental Álcool
a implementação de obras relativas aos sistemas viário e e outras (CERSAM-AD) e dois Centros de Referência em Saúde
rodoviário municipal; mental infantil (CERSAMi). A capital conta ainda com 9 Centros
- Planejar, acompanhar e fiscalizar a execução de trabalhos de Convivência.
topográficos e geotécnicos das obras municipais; Na atenção especializada, são cinco Unidades de
- Coordenar a estratégia, monitorar e avaliar a Referência Secundária (URS), nove Centros de Especialidades
implementação dos planos, programas e projetos de obras de Médicas (CEM), quatro Centros de Especialidades
saneamento básico relativo ao sistema de drenagem, Odontológicas (CEO), quatro Centros de Reabilitação (CREAB),
pavimentação, infraestrutura, edificação de próprios públicos, dois Centros de Referência em Saúde do Trabalhador
equipamentos urbanos e de moradia; (CEREST), dois Centros de Testagem e Aconselhamento (CTA),
- Planejar, implementar, executar e avaliar o processo de um Centro Municipal de Oftalmologia (CMO), um Centro
contratação de obras e serviços referentes aos planos, Municipal de diagnóstico por imagem (CMDI).
programas e projetos de obras de manutenção, edificação, A rede de Urgência e Emergência é composta por nove
saneamento básico relativo ao sistema de drenagem, Unidades de Pronto-Atendimento (UPA), um Serviço de
pavimentação, infraestrutura e moradia, em colaboração com Urgência Psiquiátrica Noturno (SUP) e o SAMU.
outros órgãos e entidades da Administração Municipal; A rede de apoio ao diagnóstico possui cinco laboratórios
- Licitar e contratar serviços e obras de engenharia para a distritais, um laboratório central, um laboratório de Doenças
construção, a recuperação e a manutenção de próprios Sexualmente Transmissíveis, nove laboratórios de UPA.
públicos, dos equipamentos urbanos, de saneamento básico A Vigilância em Saúde tem em sua estrutura um
relativo ao sistema de drenagem, de pavimentação do Laboratório de Bromatologia, um Centro de Referência em
Município, de conjuntos habitacionais e de intervenções em Imunobiológicos Especiais (CRIE), um Laboratório de
Zonas de Especial Interesse Social - ZEIS -, de forma integrada Zoonoses, um Centro de Controle de Zoonoses, quatro centro
e intersetorial, inclusive sob a forma de concessão ou de esterilização de cães e gatos, uma Unidade Móvel de
permissão, sendo que tais competências poderão ser Castração e o Serviço de Atenção ao Viajante.
delegadas às entidades da Administração Indireta do Poder Na promoção à saúde, são 76 Academias da Cidade em
Executivo, no todo ou em parte, por meio de ato específico do funcionamento, com mais de 20 mil alunos e 127 locais que
titular da pasta; promovem a prática Lian Gong.
- Delegar às entidades da Administração Indireta do Poder
Executivo o gerenciamento dos contratos de sua competência;
- Monitorar o andamento das obras públicas contratadas a UNIDADE VII
terceiros;
- Gerenciar o Fundo Municipal de Habitação Popular e o
7.1. Os próprios municipais;
Fundo Municipal de Saneamento; 7.2. Tipos; características;
- Coordenar a política de moradia no Município; localização.
- Coordenar o desenvolvimento de projetos e a execução
de obras de conjuntos habitacionais, edificações e
parcelamentos de interesse social e as atividades de produção
de moradia; LEI N° 9.691, DE 19 DE JANEIRO DE 2009
- Normatizar, monitorar e avaliar as ações de intervenção
em conjuntos habitacionais de interesse social no Município; Dispõe sobre identificação de próprio público, de
- Manter atualizado, em conjunto com a URBEL, o banco de passagem, de bairro, de distrito e de imóvel urbano e dá outras
dados unificado das famílias beneficiadas pelos programas do providências.
Município; O Povo do Município de Belo Horizonte, por seus
- Implementar ações visando à organização e à convivência representantes, decreta e eu sanciono a seguinte Lei:
dos grupos de famílias beneficiárias dos programas
habitacionais, especialmente no que diz respeito à gestão de CAPÍTULO I
áreas de uso coletivo; DISPOSIÇÕES PRELIMINARES
- Prestar suporte técnico e administrativo ao Conselho
Municipal de Habitação e ao Conselho Municipal de Art. 1º - O Município adotará, nos termos desta Lei,
Saneamento - COMUSA; sistemas de identificação de próprio público, de passagem, de
- Coordenar e avaliar a preparação de documentação bairro, de distrito e de imóvel urbano.
técnica de planos, programas e projetos para captação de
recursos junto a órgãos e instituições nacionais e CAPÍTULO II
internacionais, em colaboração com outros órgãos e entidades DO SISTEMA DE DENOMINAÇÃO OFICIAL DE PRÓPRIO
da Administração Municipal, e monitorar a sua execução; PÚBLICO, DE PASSAGEM, DE BAIRRO E DE DISTRITO
- Planejar e coordenar a relação institucional com os entes
federados para a execução de obras públicas; Seção I
- Planejar e definir as diretrizes da política de serviços Dos Conceitos
prestados em regime de concessão de sua competência; Subseção I
- Coordenar a execução de suas atividades administrativas Dos Próprios Públicos
e financeiras;
- Desenvolver outras atividades destinadas à consecução Art. 2º - Para os fins desta Lei, entende-se por próprio
de seus objetivos. público o bem dominial ou o que se destine ao uso comum ou

Noções de Geografia Urbana 16


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ao uso especial, nos termos da Lei Orgânica do Município de pedestre ou de veículo a um logradouro oficial vizinho a esse
Belo Horizonte - LOMBH. imóvel.
Parágrafo único - A passagem a que se refere o caput deste
Art. 3º - Os próprios públicos classificam-se em: artigo poderá ter sua caracterização alterada desde que, no seu
I - logradouro oficial; todo ou em trecho, haja processo de aprovação de planta de
II - prédio público; parcelamento do solo que a torne logradouro oficial.
III - área de equipamentos urbanos e comunitários;
IV - espaço livre de uso público; Subseção III
V - obra urbanística de qualquer natureza. Do Bairro

Art. 4º - É logradouro oficial aquele que atenda a, pelo Art. 12 - Para os fins desta Lei, entende-se como bairro o
menos, uma das seguintes condições: conjunto de áreas públicas ou particulares constituídas por
I - estar oficializado em planta de parcelamento do solo logradouros oficiais, lotes, quarteirões, espaços livres de uso
aprovada; público, equipamentos urbanos e comunitários, passagens,
II - constituir terreno integrante do patrimônio público; terrenos indivisos e glebas, com a finalidade de promover a
III - ter sido implantado pelo poder público. setorização e a ordenação do contexto urbano municipal.
§ 1º - A delimitação de bairro a que se refere o caput deste
Art. 5° - Os logradouros oficiais são constituídos pelos artigo está prevista no Mapa de Delimitação de Bairro,
elementos do sistema viário público que se prestam à criação constante do Anexo I desta Lei.
de endereços para os imóveis urbanos. § 2º - O bairro a que se refere o caput deste artigo
apresenta tipologia única, incorporando em sua denominação
Art. 6° - VETADO termos como “vila”, “jardim” ou “parque” nos casos de
I - VETADO duplicidade.
II - VETADO (§ 2º promulgado em 230/3/2009 e publicado em
III - VETADO 25/03/2009)
IV - VETADO § 3º - Os limites e denominações estabelecidos nesse mapa
V - VETADO deverão ser observados e utilizados pelas entidades do poder
VI - VETADO público, concessionárias de serviço público e entidades
VII - VETADO delegatárias.
a) VETADO
b) VETADO Art. 13 - Os documentos expedidos pelo Executivo nos
c) VETADO quais haja a necessidade de identificação em Cartório de
VIII - VETADO Registro de Imóveis deverão apresentar a correlação, para
IX - VETADO cada terreno ou lote, entre as denominações a que se referem
X - VETADO o art. 12 e aquelas relativas às delimitações para fins cartoriais,
XI - VETADO conforme mapa de limite de zonas fiscais referente ao
XII - VETADO Cadastro Imobiliário.
XIII - VETADO
XIV - VETADO Subseção IV
XV - VETADO Do Distrito

§ 1º - VETADO Art. 14 - VETADO


§ 2º - VETADO
Art. 15 - VETADO
Art. 7° - O espaço livre de uso público é aquele destinado a I - VETADO
praça, a parque, a reserva ambiental e a demais áreas II - VETADO
protegidas de interesse ambiental. III - VETADO
Parágrafo único - VETADO IV - VETADO
I - VETADO V - VETADO
II - VETADO VI - VETADO
VII - VETADO
Art. 8º - Área de equipamento urbano é aquela destinada a VIII - VETADO
sistemas de abastecimento de água, de coleta e tratamento de IX - VETADO
esgoto, de coleta de águas pluviais, de gás canalizado, de Parágrafo único - VETADO
energia elétrica e de comunicação. I - VETADO
II - VETADO
Art. 9º - Área de equipamento comunitário é aquela III - VETADO
destinada a serviços públicos de educação, de saúde, de IV - VETADO
cultura, de lazer, de segurança e similares. V - VETADO
VI - VETADO
Art. 10 - Obra urbanística é a intervenção que propicia a VII - VETADO
criação de espaço peculiar no ambiente urbano, não abrangida VIII - VETADO
nos conceitos relacionados nesta Subseção. IX - VETADO

Subseção II Seção II
Da Passagem Da Outorga de Nome Oficial

Art. 11 - Para os fins desta Lei, entende-se como passagem Art. 16 - Será outorgado nome oficial a próprio público, a
a servidão de imóvel de propriedade particular caracterizada, passagem e a bairro, em complementação da tipologia
de fato, como de domínio público, para permitir o acesso de pertinente.

Noções de Geografia Urbana 17


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§ 1º - A outorga de nome a passagem não implica alteração Parágrafo único - Não constitui duplicidade de
de propriedade. denominação a outorga de nome a quarteirão fechado, a
§ 2º - Para os fins desta Lei, não constituem objeto de ciclovia ou a largo que façam parte de rua, avenida, alameda ou
outorga de nome oficial os casos de afixação de placa em travessa.
homenagem a pessoa, entidade, fato, data e outros que não
impliquem a identificação de próprio público, de passagem e Art. 23 - A outorga de nome oficial a próprio público e a
de bairro. passagem dar-se-á por lei, que deverá dispor sobre a
identificação e a localização destes.
Art. 17 - O nome outorgado poderá apresentar até 3 (três) Parágrafo único - A outorga de que trata o caput deste
palavras, excetuadas as partículas gramaticais. artigo será feita por decreto quando se tratar de regularização
de parcelamento do solo promovida pelo poder público em
Art. 18 - Não se qualifica a ter nome oficialmente área de interesse social, conforme aprovação de projeto
outorgado: respectivo ou plano de inclusão social.
I - a área ou a via interna de condomínio e de conjunto
habitacional que não tenha sido oficializada na respectiva Art. 24 - O processo de outorga de nome oficial por lei a
planta de parcelamento do solo aprovada; próprio público ou a passagem será instruído com:
II - a área não oficializada como próprio público e em que I - indicação do próprio público ou da passagem;
esteja instalado equipamento público. II - indicação do nome que se pretende outorgar;
III - relato explicativo sobre o nome indicado;
Art. 19 - Não se qualifica a receber nome oficial diferente IV - informação sobre a identificação, a localização, a
do nome da via da qual faça parte: oficialização e a regularidade do próprio público ou sobre a
I - a alça viária de trevo; caracterização como passagem;
II - a via marginal que promova a captação e o V - informação sobre os nomes de bairro nos quais o
direcionamento de fluxo de veículos para ordenação de acesso próprio público ou a passagem se localizem;
à via de maior fluxo; VI - códigos do Cadastro Técnico Municipal.
III - o canteiro separador de pistas. (Art. 24 promulgado em 23/03/2009 e publicado em
25/03/2009)
§ 1º - Para cada um dos elementos a que se refere o caput
deste artigo, poderá ser utilizado, complementarmente ao Art. 25 - O processo de outorga de nome oficial por decreto
nome outorgado, termo ou expressão que o identifique. a próprio público será instruído com:
§ 2º - A restrição a que se refere o caput deste artigo não se I - indicação do próprio público;
aplica no caso de existência de espaço livre de uso público, II - indicação do nome que se pretende outorgar;
conforme disposto no art. 7º desta Lei, ao longo de vias. III - relato explicativo sobre o nome indicado;
IV - declaração das associações comunitárias existentes na
Art. 20 - Poderá ser utilizado o termo “trecho” - seguido de área abrangida pelo projeto de anuência ao nome proposto,
algarismo arábico -, complementarmente ao nome outorgado, mediante ata de assembleia registrada em cartório;
para identificação dos segmentos distintos de via pública ou de V - informação sobre a identificação e a localização do
passagem que se tenha tornado descontínua. próprio público;
(Art. 20 promulgado em 23/03/2009 e publicado em VI - informação sobre os nomes de bairro nos quais o
25/03/2009) próprio público se localize;
VII - códigos do Cadastro Técnico Municipal;
Art. 21 - É vedado denominar próprio público, passagem e VIII - levantamento dos nomes existentes do próprio
bairro: público.
I - com nome de pessoa viva; (Art. 25 promulgado em 23/03/2009 e publicado em
II - com nome de pessoa que tenha sido condenada 25/03/2009)
judicialmente por crime hediondo, por crime contra o estado
democrático, a administração pública ou os direitos Art. 26 - A outorga de nome a bairro que for criado e venha
individuais; a se sobrepor parcialmente à delimitação de um ou mais
III - com letras isoladas ou em conjuntos que não formem bairros, previstos no Anexo I desta Lei, ou a modificar essa
conteúdo lógico, ou com números não considerados em delimitação será feita mediante lei específica.
expressões relativas a datas, excetuados os casos de nomes
provisórios previstos no art. 28 desta Lei; Art. 27 - O projeto de lei que objetivar a criação de novo
IV - com palavras, expressões ou nomes estrangeiros que bairro será instruído com:
dificultem a legibilidade e assimilação pela população, salvo I - relato sobre a necessidade de criação do bairro e sobre
quando adaptados à grafia do idioma latino ou do anglo-saxão. o alcance social da proposta;
II - memorial com a descrição da área abrangida, com a
Art. 22 - É vedada a duplicidade de denominação de referência e a identificação dos logradouros oficiais ou das
próprio público, a qual se entende por outorgar: passagens que delimitem essa área;
I - o mesmo nome a mais de um próprio público, a mais de III - informação sobre o nome dos bairros que se pretenda
uma passagem ou a mais de um bairro; alterar, com seus respectivos códigos do Cadastro Técnico
II - o mesmo nome a um logradouro oficial e a uma Municipal;
passagem; IV - cópia da ata de audiência pública registrada em
III - mais de um nome ao mesmo próprio público, à mesma cartório, na qual se demonstre a anuência da comunidade com
passagem ou ao mesmo bairro; a delimitação da área e com o nome que se pretende outorgar;
IV - denominação que se refira à mesma pessoa ou a V - cópia da publicação de convocação da audiência pública
entidade, fato, data e outros, nos casos a que se referem os a que se refere o inciso IV deste artigo.
incisos I, II e III deste artigo, ainda que sejam utilizadas Parágrafo único - A audiência pública a que se referem os
palavras ou expressões distintas. incisos IV e V deste artigo deverá:

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I - ser convocada com, pelo menos, 2 (duas) semanas de a manutenção de placas indicativas das denominações de
antecedência, em veículo de comunicação regional ou próprios públicos e de passagens.
municipal; § 1º - O proprietário ou o possuidor de imóvel poderá
II - ser realizada no distrito em que o bairro se localize. instalar, a suas expensas, a placa indicativa de denominação a
(Art. 27 promulgado em 23/03/2009 e publicado em que se refere o caput deste artigo, desde que respeitados os
25/03/2009) padrões estabelecidos, conforme regulamentação.
§ 2º - Poderá ser prevista a afixação, em caráter
Art. 28 - Até que o nome seja oficialmente outorgado, o suplementar, de placas que contenham relato explicativo
logradouro oficial e a passagem serão identificados por uma sobre a denominação outorgada a próprio público ou a
denominação provisória atribuída pelo Executivo. passagem.
Parágrafo único - VETADO
Art. 33 - O Executivo poderá delegar, mediante licitação, a
Seção III confecção e a instalação de placas indicativas a que se refere o
Da Modificação de Nome caput do art. 32 desta Lei, sem ônus para o Município.
§ 1º - VETADO
Art. 29 - É vedado modificar nome que tenha sido § 2º - VETADO
oficialmente outorgado há mais de 10 (dez) anos a próprio § 3º - VETADO
público, a passagem e a bairro, salvo em caso de duplicidade § 4º - VETADO
de nome ou do disposto no inciso II do art. 21 desta Lei.
Art. 34 - A placa indicativa será afixada em muro ou parede
Art. 30 - O próprio público e a passagem poderão ter seus de prédio de esquina ou mais próximo a esta, em poste de rede
nomes modificados por lei, observado o disposto no art. 29 de distribuição de energia elétrica ou em suporte próprio, de
desta Lei, nas seguintes hipóteses: fácil e imediata visibilidade.
I - substituição integral por outro nome, por conveniência Parágrafo único - Nos casos de implantação de projetos de
pública, para corrigir infração a esta Lei ou quando o nome parcelamento do solo, as placas indicativas de denominações
oficial não tiver sido assimilado pela comunidade; a que se refere o caput do art. 32 desta Lei serão afixadas em
II - alteração de parte de nome sem alterar sua essência, suporte próprio.
mediante inclusão ou supressão de palavra ou de partícula (Parágrafo único promulgado em 23/03/2009 e publicado
gramatical; em 25/03/2009)
III - verificação de descumprimento do disposto nesta Lei;
IV - verificação de duplicidade. Art. 35 - Da placa a ser instalada em logradouro oficial ou
§ 1º - Correção de grafia poderá ser feita mediante em passagem deverá constar:
republicação da norma que outorgou o nome. (Caput promulgado em 23/03/2009 e publicado em
§ 2º - Em caso de existência de dois nomes para um mesmo 25/03/2009)
próprio público, preservar-se-á o nome que, oficial e I - o nome oficialmente outorgado ao próprio público ou à
cronologicamente, tenha sido o primeiro atribuído a esse passagem, ou a denominação provisória a esses atribuída
próprio público. enquanto não tiverem recebido nome oficial;
§ 3º - Em caso de existência de um mesmo nome para mais (Inciso I promulgado em 230/3/2009 e publicado em
de um próprio público de mesma espécie, prevalecerá o nome 250/3/2009)
do próprio que, oficial e cronologicamente, tenha primeiro II - a denominação da região administrativa na qual o
recebido o nome outorgado. trecho do logradouro oficial ou da passagem esteja incluído;
(Inciso II com redação dada pela Lei nº 10.334, de 2011
Art. 31 - O projeto de lei que objetivar a modificação de (Art. 1º))
nome de próprio público, de passagem e de bairro será III - VETADO
instruído com: IV - VETADO
I - relato sobre a necessidade de promover a modificação, V - a indicação da numeração oficial de endereçamento dos
caracterizando-se o enquadramento da mudança segundo as imóveis localizados nas esquinas do quarteirão no qual a placa
hipóteses relacionadas no art. 30 desta Lei; for afixada.
II - indicação do elemento a ter nome modificado, com (Inciso V promulgado em 23/03/2009 e publicado em
informação sobre nomes oficiais já outorgados a ele; 25/03/2009)
III - indicação do nome que se pretende outorgar;
IV - relato explicativo sobre o nome indicado; Art. 36 - O Executivo definirá, no que se refere às placas
V - informação sobre a identificação, a localização, a indicativas, seus suportes, dimensões, formato, altura de
oficialização e a regularidade do próprio ou sobre sua fixação, disposição do conteúdo, cores, especificação do
caracterização como passagem, na qual constem o nome do material de confecção e gabaritos de localização.
bairro em que esse próprio público se localize; Parágrafo único - É vedada a utilização de logotipo, cor e
VI - códigos do Cadastro Técnico Municipal; fonte de caracteres direta ou indiretamente relacionados a
VII - para o caso de logradouro oficial e de passagem, autoridade pública, a partido político ou a entidade religiosa.
abaixo-assinado firmado por, pelo menos, 60% (sessenta por
cento) dos moradores do próprio público a ser renominado, CAPÍTULO III
acompanhado de cópia de comprovante de residência dos DO SISTEMA DE IDENTIFICAÇÃO DOS IMÓVEIS
subscritores. URBANOS
(Art. 31 promulgado em 23/03/2009 e publicado em
25/03/2009) Art. 37 - A identificação dos imóveis urbanos, para fins de
endereçamento, será feita por meio de numeração própria,
Seção IV definida em plano de concessão ou de retificação desenvolvido
Das Placas Indicativas e implementado pelo Executivo.
(Art. 37 promulgado em 23/03/2009 e publicado em
Art. 32 - O Executivo ou o responsável pela implantação de 25/03/2009)
projeto de parcelamento do solo providenciará a instalação e

Noções de Geografia Urbana 19


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APOSTILAS OPÇÃO

Art. 38 - VETADO fácil visibilidade, na entrada do imóvel a que se refere, não


I - VETADO podendo ser obstruída por elemento de qualquer natureza.
II - VETADO § 3º - Fica o Executivo autorizado a proceder à instalação
III - VETADO de placas indicativas com a numeração concedida ou
IV - VETADO retificada, nos casos em que julgar conveniente.
§ 1º - VETADO
§ 2º - VETADO CAPÍTULO IV
DO GERENCIAMENTO DE INFORMAÇÃO URBANÍSTICA
Art. 39 - O início do logradouro oficial ou da passagem, para
fins de definição da numeração, observará a seguinte Art. 44 - Fica criado o Cadastro Municipal de Referência de
orientação: Endereçamento - CMRE -, sob responsabilidade do Executivo.
I - do centro da Cidade - a partir da Praça Sete de Setembro § 1º - VETADO
- para a periferia, no sentido dos bairros; I - VETADO
II - do norte para o sul; II - VETADO
III - do leste para o oeste; § 2º - VETADO
IV - do nordeste para o sudoeste;
V - do sudeste para o noroeste. Art. 45 - Do Cadastro de que trata o art. 44 desta Lei devem
§ 1º - Em caso de existir mais de um início de numeração, constar, no mínimo, informações sobre:
será observado o sentido que mais benefício trouxer aos I - no que se refere a próprio público, a passagem, a bairro
imóveis existentes e ao que venha a ser implantado e a distrito:
futuramente. a) nome oficial - em vigor ou não;
§ 2º - A orientação de numeração de imóvel com frente b) nome de domínio público e de uso corrente;
exclusiva para praça obedecerá ao sentido anti-horário, a c) codificação atribuída;
partir de um ponto qualquer da praça. d) existência e localização de placa indicativa de nome;
e) relato sobre a que ou a quem o nome se refere, sempre
Art. 40 - Em caso de necessidade de identificar diferentes que esta informação esteja disponível;
unidades e partes autônomas de uma edificação ou conjunto II - no que se refere a sistema de identificação de imóvel
de edificações, serão consideradas, complementarmente, as urbano:
seguintes siglas: a) categorização do imóvel, caso este constitua bem
I - CS, para casa; dominial do patrimônio municipal;
II - AP, para apartamento; b) categorização do imóvel que tenha sido declarado de
III - LJ, para loja; interesse cultural;
IV - SL, para sala; c) numeração concedida ou retificada - em vigor ou não -
V - GP, para galpão; com a respectiva referência cronológica;
VI - BL, para bloco; d) numeração existente, sempre que esta esteja disponível.
VII - BX, para box delimitado por elemento não Parágrafo único - A delimitação de que trata o § 1º do art.
permanente ou removível; 12 desta Lei será atualizada no Cadastro a que se refere o caput
VIII - VG, para vaga de garagem delimitada. deste artigo, para efeito de detalhamento, nos casos em que
(Art. 40 promulgado em 23/03/2009 e publicado em houver imprecisão ou dúvida.
25/03/2009)
Art. 46 - Fica criado o Grupo de Gestão de Informação
Art. 41 - O Executivo poderá, a qualquer tempo, promover Urbanística - GGIU -, composto por técnicos:
retificação total ou parcial da identificação de imóvel urbano I - do Legislativo Municipal;
adotada por iniciativa própria ou em atendimento a II - do Executivo Municipal;
reclamação de interessado. III - do órgão executivo da região metropolitana de Belo
§ 1º - A retificação de que trata o caput deste artigo será Horizonte;
comunicada ao proprietário do imóvel atingido. IV - dos órgãos e entidades da administração direta e
§ 2º - VETADO indireta;
V - das concessionárias de serviços públicos.
Art. 42 - No caso da retificação prevista no art. 41 desta Lei, § 1º - Os órgãos a que se referem os incisos IV e V do caput
poderá ser mantido o número anterior simultaneamente ao deste artigo integrarão o GGIU mediante convênio específico.
novo número, desde que se acresça àquele a expressão: § 2º - Caberá ao técnico do Executivo Municipal a que se
“número antigo”. refere o inciso II do caput deste artigo a presidência do GGIU.
Parágrafo único - A coexistência das duas numerações a
que se refere o caput deste artigo não poderá exceder a 180 Art. 47 - O Grupo de Gestão de Informação Urbanística -
(cento e oitenta) dias, contados a partir do recebimento da GGIU - terá as seguintes finalidades:
comunicação da atribuição de novo número ao imóvel. I - compatibilizar os bancos de dados de informações de
(Art. 42 promulgado em 23/03/2009 e publicado em endereçamento e toponímia dos diversos elementos que
25/03/2009) compõem a malha urbana;
II - democratizar as informações sobre os elementos a que
Art. 43 - A edificação e o muro de lote vago deverão se refere esta Lei;
ostentar a numeração concedida ou retificada por meio de III - manter o Cadastro Municipal de Referência de
placas ou letreiros afixados às expensas do proprietário ou de Endereçamento;
quem detenha a posse do imóvel. IV - acompanhar a legislação relativa aos objetivos do
§ 1º - É proibida a afixação de placa ou de letreiro que GGIU;
ostente numeração diversa daquela concedida ou retificada V - propor alterações que visem à adequação e à aplicação
pelo Executivo. desta Lei;
§ 2º - A placa ou letreiro que contenha a numeração VI - criar comissões temáticas;
concedida ou retificada pelo Executivo será afixada em local de VII - elaborar seu regimento interno.
§ 1º - VETADO

Noções de Geografia Urbana 20


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APOSTILAS OPÇÃO

§ 2º - Os órgãos e entidades da administração direta e § 3º - Considera-se reincidência, para fins do § 3º deste


indireta e as concessionárias de serviços públicos a que se artigo, o cometimento da mesma infração pela qual já tenha
referem os incisos IV e V do art. 46 desta Lei são sido aplicada penalidade no prazo de 12 (doze) meses, contado
corresponsáveis pela inserção, manutenção e atualização de da última comunicação por prática dessa infração ou
dados. persistência nesta.
§ 3º - Após as informações relacionadas nos incisos I e II do § 4º - Os valores de multa serão reajustados anualmente,
art. 45 desta Lei terem sido disponibilizadas no Cadastro nos mesmos termos da legislação específica em vigor.
Municipal de Referência de Endereçamento, os entes § 5º - O pagamento de multa não implica regularização da
integrantes do GGIU deverão atualizar seus cadastros no prazo infração nem prejudica responsabilização civil ou criminal
de 180 (cento e oitenta) dias. cabível.
(Art. 52 promulgado em 23/03/2009 e publicado em
CAPÍTULO V 25/03/2009)
DAS INFRAÇÕES E PENALIDADES
Art. 53 - O Executivo poderá, a qualquer tempo, retirar
Art. 48 - São infrações, para os efeitos desta Lei: publicidade irregular, sem prejuízo de aplicação da multa de
I - falta de afixação de placa de identificação em imóvel que trata o art. 51 desta Lei.
urbano; (Art. 53 promulgado em 23/03/2009 e publicado em
II - afixação de placa de identificação de imóvel 25/03/2009)
contrariamente às disposições desta Lei;
III - colocação de elemento que impeça ou dificulte a visão Art. 54 - Da aplicação de penalidade àquele que responder
da placa indicativa de denominação; pela infração poderá ser apresentada defesa, com efeito
IV - depredação ou retirada indevida da placa indicativa de suspensivo, no prazo de 5 (cinco) dias úteis, a contar da data
denominação; da comunicação a que se refere o parágrafo único do art. 50
V - colocação de publicidade na placa indicativa de desta Lei.
denominação contrariamente às disposições desta Lei. (Art. 54 promulgado em 23/03/2009 e publicado em
Parágrafo único - Não será considerado infração o fato 25/03/2009)
decorrente de caso fortuito ou de força maior que venha a
determinar obstrução da visualização, avaria, deterioração ou CAPÍTULO VI
alteração de placa indicativa de denominação e de DISPOSIÇÕES GERAIS
identificação de imóvel urbano.
(Art. 48 promulgado em 23/03/2009 e publicado em Art. 55 - VETADO
25/03/2009)
Art. 56 - VETADO
Art. 49 - Responde pela infração aquele que, por ação ou
omissão, der causa a ela ou concorrer para sua prática ou dela Art. 57 - VETADO
se beneficiar.
(Art. 49 promulgado em 23/03/2009 e publicado em Art. 58 - O Executivo manterá cópia do processo de outorga
25/03/2009) de nome oficial a próprio público, a passagem, a bairro ou a
distrito.
Art. 50 - O cometimento de infração ao disposto nesta Lei (Art. 58 promulgado em 23/03/2009 e publicado em
implica a aplicação das seguintes penalidades: 25/03/2009)
I - advertência;
II - multa; CAPÍTULO VII
III - cassação de exploração comercial de placa indicativa. DISPOSIÇÕES TRANSITÓRIAS E FINAIS
Parágrafo único - As penalidades previstas no caput deste
artigo serão comunicadas a quem responder pela infração, Art. 59 - Até que seja implementado o Cadastro Municipal
devendo a irregularidade ser sanada no prazo de 30 (trinta) de Referência de Endereçamento, as informações sobre
dias, contado a partir da data da comunicação. identificação, localização, codificação e regularidade de
(Art. 50 promulgado em 23/03/2009 e publicado em logradouro, de passagem, de bairro e de distrito deverão ser
25/03/2009) solicitadas ao órgão competente do Executivo.

Art. 51 - A multa será aplicada quando o infrator não sanar Art. 60 - Até que seja implementado o Cadastro Municipal
a irregularidade no prazo fixado na comunicação a que se de Referência de Endereçamento, o Executivo comunicará à
refere o parágrafo único do art. 50 desta Lei. Fundação Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística -
(Art. 51 promulgado em 23/03/2009 e publicado em FIBGE -, bem como às empresas e concessionárias de serviços
25/03/2009) públicos, o nome outorgado ou modificado de logradouro
público, de passagem, de bairro e de distrito.
Art. 52 - As multas correspondentes às infrações descritas
no art. 48 desta Lei obedecerão à seguinte escala: Art. 61 - Ficam revogados:
I - R$ 100,00 (cem reais), para as infrações previstas nos I - a Lei nº 1.403, de 27 de setembro de 1967;
incisos I e II; II - VETADO
II - R$ 200,00 (duzentos reais), para as infrações previstas III - VETADO
nos incisos III e IV; IV - a Lei nº 6.916, de 1º de agosto de 1995;
III - R$ 300,00 (trezentos reais), para a infração prevista no V - a Lei n° 6.936, de 16 de agosto de 1995;
inciso V. VI - a Lei nº 7.130, de 20 de junho de 1996;
§ 1º - As demais infrações a esta Lei ensejarão a aplicação VII - a Lei nº 7.133, de 2 de julho de 1996;
de multa no valor de R$ 100,00 (cem reais). VIII - a Lei n° 7.412, de 28 de novembro de 1997;
§ 2º - As multas serão aplicadas em dobro, em caso de IX - a Lei nº 7.627, de 15 de dezembro de 1998;
reincidência. X - a Lei nº 7.893, de 30 de novembro de 1999;
XI - o art.184 da Lei nº 8.137, de 21 de dezembro de 2000;

Noções de Geografia Urbana 21


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XII - a Lei nº 8.207, de 5 de setembro de 2001;


XIII - a Lei nº 8.235, de 15 de outubro de 2001; A Praça do Papa, antes conhecida como Praça Israel
XIV - a Lei nº 8.385, de 17 de junho de 2002; Pinheiro, é um mirante de onde se concebe uma das melhores
XV - a Lei nº 9.077, de 18 de janeiro de 2005; vistas de Belo Horizonte, pois encontra-se a mil e cem metros
XVI - a Lei nº 9.358, de 26 de abril de 2007. de altitude. Seu nome foi modificado, popularmente, após a
visita do Papa João Paulo II, que, em sua visita ao local,
Art. 62 - Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação. pronunciou a frase “que belo horizonte”. Hoje o local serve
para a realização de shows e pregações religiosas.
Belo Horizonte, 19 de janeiro de 2009
Marcio Araújo de Lacerda A Praça da Estação ou Praça Rui Barbosa, foi um
Prefeito de Belo Horizonte importante ponto de apoio durante a construção de Belo
Horizonte, pois o local abrigava os materiais para a obra. Por
sua localização na estação da cidade, foi agraciada com o
UNIDADE VIII primeiro relógio público, ao alto de sua torre. Seu prédio é de
estilo neoclássico, com estátuas de bronze lembrando os
8.1. Pontos turísticos e inconfidentes e dois leões de mármore.
Monumentos de Belo Horizonte.
Na inauguração de Belo Horizonte, um dos principais
pontos da cidade era a Praça da Liberdade. No ano de 1969,
a mesma foi invadida por feirantes, causando vários danos à
Ocupada pelo bandeirante João Leite da Silva Ortiz, em
sua arquitetura. Porém, em 1990 as feiras foram proibidas no
1701, a região da Serra do Curral (Curral Del Rei) desenvolveu-
local, iniciando-se as obras de restauração da praça, que hoje
se através da agricultura e criação de gado, atividade iniciada
se encontra toda reformada, mas seguindo o estilo eclético e
na Fazenda do Cercado. O povoamento foi se firmando na
neoclássico da época de sua fundação. Na praça ficam
região, até que se tornou parada obrigatória a outros viajantes
localizados os prédios do Palácio do Governo e as primeiras
que por ali passavam.
Secretarias de Estado.
Em 1890, com a chegada da nova era governista, um grupo
de sócios do Clube Republicano do Arraial, escolheram um
Questões
novo nome para a região, a fim de deixar para trás as estremas
da monarquia no Brasil, dando ao município de Sabará o nome
01. (Guarda Municipal de Belo Horizonte - Fundação
de Belo Horizonte.
Guimarães Rosa/2010)
A estrutura de Ouro Preto, capital do Estado na época, não
suportava mais os avanços do crescimento local, motivo pelo
qual ocorrera a mudança da capital para Belo Horizonte. Daí
em diante seu crescimento foi grande, vindo a se tornar uma
das mais importantes metrópoles do país. Hoje em dia a capital
mineira possui grandes atrações turísticas, para quem deseja
conhecer a região.

Uma das construções mais interessantes de Belo Horizonte


é o prédio do Centro de Cultura Tal, obra de 1914, inspirada
no estilo arquitetônico neogótico português. A edificação só se
tornou centro cultural em 1997.

Em 1943 inaugurou-se a Casa do Baile, uma construção de


fachada diferenciada por suas formas circulares e sinuosas,
projetada por Oscar Niemeyer. A mesma chama atenção pela A Praça Raul Soares é uma das principais praças de Belo
beleza de sua arquitetura, que se completa com uma ponte de Horizonte. Construída em estilo francês, está situada na
onze metros. Na época da inauguração, o local funcionava com confluência das vias públicas:
um dos principais salões de dança de Belo Horizonte, mas hoje (A) Avenida Olegário Maciel, Avenida Paraná, Avenida
representa a memória da arquitetura e do design desenvolvido Augusto de Lima e Avenida Amazonas.
pelo arquiteto. (B) Avenida Olegário Maciel, Avenida Augusto de Lima,
Avenida Amazonas e Rua Santa Catarina.
Ainda nesse ano, foi inaugurada a Igreja de São Francisco (C) Avenida Olegário Maciel, Avenida Augusto de Lima,
de Assis, popularmente conhecida como igrejinha da Avenida Bias Fortes e Avenida Amazonas.
Pampulha por estar localizada às margens da lagoa. Nas (D) Avenida Olegário Maciel, Rua Rio Grande do Sul,
dependências internas da igreja encontram-se 14 painéis de Avenida Augusto de Lima e Avenida Amazonas.
Cândido Portinari, retratando a via sacra. A arquitetura da
igreja é feita com arcos que lembram as montanhas de Minas 02. (Guarda Municipal de Belo Horizonte - Fundação
Gerais, decorados com belíssimos mosaicos em azul e branco. Guimarães Rosa/2010) Em relação à cidade de Belo
A igreja é um grande monumento cultural de Belo Horizonte, Horizonte, marque a alternativa INCORRETA.
por manter presente os trabalhos de Oscar Niemeyer, Burle (A) Foi considerada a metrópole com melhor qualidade de
Marx, Ceschiatti e Portinari. vida da América Latina pela ONU.
(B) Foi considerada entre as cem melhores do mundo para
O Museu da Pampulha também é uma obra de Oscar se viver.
Niemeyer, a primeira construída na Pampulha, sendo (C) Ostenta o título de “Cidade Dormitório” da Região
inaugurada como cassino. A partir de 1957, tornou-se museu, Metropolitana.
tendo em sua estrutura interna um acervo de mais de (D) Possui, ainda, o diploma de “Cidade Modelo da Área
novecentas obras, além de salas de multimídia, biblioteca, café Ambiental”.
e loja de souvenir. A ideia de Niemeyer para a construção da
obra foi baseada nos fundamentos de Le Corbusier.

Noções de Geografia Urbana 22


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03. (Guarda Municipal de Belo Horizonte - Fundação II. É um dos maiores parques urbanos do país, com matas
Guimarães Rosa/2010) Marque a alternativa abaixo que NÃO que ocupam a maior parte dos seus 2,3 milhões de m². III. Além
é característica do Palácio da Liberdade de Belo Horizonte. de funcionar como centro de pesquisa e educação ambiental,
(A) Reflete a influência do estilo inglês na arquitetura da aberto a todos da comunidade, dispõe de várias opções de
capital, com requintes de acabamento. lazer.
(B) A escada de ferro e estruturas metálicas foram IV. Possui três opções de visita: o Roteiro das Águas, o
importadas da Bélgica. Roteiro da Mata e o Roteiro do Sol.
(C) Destacam-se os jardins em estilo rosal, de Paul Villon.
(D) Destacam-se o Salão de Banquete à Luís XV e as Marque a alternativa CORRETA.
pinturas do Salão Nobre, uma homenagem às artes, e o grande (A) Apenas os itens I, II e III são verdadeiros.
painel de Antônio Parreira. (B) Apenas os itens I, III e IV são verdadeiros.
(C) Apenas os itens I, II e IV são verdadeiros.
04. (Guarda Municipal de Belo Horizonte - Fundação (D) Apenas os itens II, III e IV são verdadeiros.
Guimarães Rosa/2010) Para deslocar do centro de Belo
Horizonte ao Aeroporto de Confins, você utiliza a “Linha 09. (Guarda Municipal de Belo Horizonte - Fundação
Verde”, por meio da rodovia: Guimarães Rosa/2010) Enumere a segunda coluna de acordo
(A) MG 030. com a primeira.
(B) MG 010. 1. Roteiro Marcos da Modernidade (Pampulha).
(C) MG 024. 2. Roteiro Ofícios de Minas (Praça da Estação e Av. Afonso
(D) MG 020. Pena/ Centro).
3. Roteiro Sínteses de Minas (Mercado Central e Entorno).
05. (Guarda Municipal de Belo Horizonte - Fundação 4. Roteiro Passado e Presente (Praça da Liberdade e
Guimarães Rosa/2010) Belo Horizonte NÃO se limita Savassi).
territorialmente com o seguinte município da Região 5. Roteiro Horizontes da Cidade (Serra do Curral e
Metropolitana: Mangabeiras).
(A) Brumadinho.
(B) Betim. ( ) Minascentro.
(C) Ribeirão das Neves. ( ) Museu das telecomunicações.
(D) Ibirité. ( ) Igreja da Boa Viagem.
( ) Praça da Estação.
06. (Guarda Municipal de Belo Horizonte - Fundação ( ) Casa do Baile.
Guimarães Rosa/2010) ( ) Catedral da Fé.
( ) Praça da Bandeira.
( ) Museu de Escola de Minas Gerais.
( ) Museu de Artes e Ofícios.
( ) Museu de Arte.
( ) Rua do Amendoim.
( ) Museu Giramundo.
( ) Jardim Japonês.
( ) Diamond Mall.
( ) Museu dos Brinquedos

O preenchimento CORRETO da segunda coluna


corresponde à enumeração:
(A) 3, 5, 4, 2, 1, 3, 5, 4, 2, 1, 5, 2, 1, 3 e 4.
(B) 3, 2, 1, 3, 4, 3, 5, 4, 2, 1, 1, 2, 4, 5 e 3.
(C) 3, 2, 4, 2, 1, 5, 5, 4, 2, 1, 5, 1, 2, 3 e 4.
(D) 3, 2, 4, 3, 1, 3, 5, 4, 2, 1, 5, 2, 1, 3 e 4.
A “Cidade Administrativa” do Estado de Minas Gerais,
recentemente inaugurada, localiza-se no município de:
Respostas
(A) Lagoa Santa.
(B) Belo Horizonte.
01-C / 02-C / 03-A / 04-B / 05-B / 06-B / 07-D / 08-D /
(C) Vespasiano.
09-A
(D) Santa Luzia.

07. (Guarda Municipal de Belo Horizonte - Fundação


Guimarães Rosa/2010) Entre as capitais dos Estados
brasileiros, abaixo listadas, Belo Horizonte possui maior
contigência populacional somente em relação à capital do
Anotações
Estado do:
(A) Rio de Janeiro.
(B) Bahia.
(C) Ceará.
(D) Paraná.

08. (Guarda Municipal de Belo Horizonte - Fundação


Guimarães Rosa/2010) O Parque das Mangabeiras é um dos
roteiros turísticos de Belo Horizonte. Sobre ele, podemos
dizer:
I. Está localizado nas encostas da Serra do Curral, foi
projetado pelo paisagista Burle Marx e inaugurado em 1971.

Noções de Geografia Urbana 23


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HISTÓRIA DE BELO HORIZONTE

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APOSTILAS OPÇÃO

regiões de Sete Lagoas, Contagem, Santa Quitéria


(Esmeraldas), Buritis, Capela Nova do Betim, Piedade do
Paraopeba, Brumado Itatiaiuçu, Morro de Mateus Leme,
Neves, Aranha e Rio Manso.
Em seguida, vieram as primeiras escolas e o comércio ia se
desenvolvendo. No centro do arraial, os devotos ergueram a
Matriz de Nossa Senhora da Boa Viagem. Porém, esse ciclo de
prosperidade durou pouco. As regiões que constituíram o
arraial foram se separando dele, tornando-se autônomas. A
UNIDADE I população acabou diminuindo e, por consequência, a
economia começava a decair. No final do século XIX, eram
1. A Fundação de Belo cerca de 4 mil habitantes.
Horizonte: A rotina de vida no arraial era simples e monótona, com
1.1. Aspectos históricos e boa parte do dia dedicado ao trabalho em casa ou na lavoura.
O entretenimento era conseguido nos pequenos pontos de
políticos de Belo Horizonte - comércio que resistiram à diminuição da população. Por volta
1897-1930; das 19h, muitos começavam a se recolher e em alguns dias da
1.2. Belo Horizonte e a semana, à noite, era comum as mulheres se reunirem para
fazer novenas, enquanto os homens improvisavam conversas
República Liberal: Elites em algo como um boteco. Nos fins de semana o arraial ganhava
Dirigentes e o Lugar do vida, quando os moradores das redondezas vinham participar
Povo; das missas ou visitar parentes. Mas era nas datas especiais que
o arraial tornava-se mais alegre: nas Festas Juninas, no Natal
1.3. O Projeto da Cidade de ou no Dia da Padroeira.
Belo Horizonte: Vocação Contudo, esse cenário bucólico iria se modificar. Com a
Política, Exclusão Social e Proclamação da República (1889), a esperança de novas
transformações na localidade começava a despontar.
Positivismo Republicano; Deixando o passado monárquico do Brasil para trás, em 1893,
1.4. Os Grupos Sociais e os foi proposta a mudança da capital de Minas Gerais, Ouro Preto
Conflitos Políticos na para o Curral del Rei, pois a antiga capital não tinha estrutura
que permitisse expansão urbana. Foi com euforia que os
Fundação da Cidade de Belo moradores receberam a notícia da nova construção da nova
Horizonte. capital. Durante três dias houve muita comemoração. O Arraial
pôs-se em festa, com missa solene, discursos, bandas de
música e bailes. E os habitantes já sonhavam com a
Fundação de Belo Horizonte1 modernização e o progresso que o título de capital traria para
A Cidade de Minas originou-se, por volta de 1701, da a região.
procura de ouro coordenada pelo bandeirante João Leite da A nova capital foi inaugurada e transferida oficialmente em
Silva Ortiz que atingiu a Serra de Congonhas. Ao invés do ouro, 12 de dezembro de 1897, chamando-se Cidade de Minas. A
o bandeirante acabou se deparando com um local de belas cidade foi então planejada e construída inspirada nos modelos
paisagens, ladeado pela Serra, de clima ameno e propício à urbanos de Paris e Washington, e seu projeto foi executado de
agricultura. Resolveu estabelecer-se no lugar, construindo a 1894 a 1897 de modo que pudesse acompanhar o crescimento
Fazenda do Cercado, com sua pequena plantação e criação de e a expansão urbana e demográfica que lhe era esperada. Ao
gado. ser inaugurada, Cidade de Minas contava com uma população
A Fazenda ia progredindo e atraindo cada vez mais de 10 mil habitantes. O nome da cidade mudaria para Belo
pessoas. A partir desse pequeno agrupamento, um arraial Horizonte somente em 1901 e com o passar dos anos, o
começava a se formar ao redor da Fazenda. Viajantes e tropas crescimento da capital mineira seria vislumbrado em toda sua
que por ali passavam, conduzindo gado da Bahia para as grandiosidade, perpassando os dias atuais.
minas, tinham o arraial como ponto de parada. O pequeno
povoado foi então batizado de Curral del Rei e a Serra que era Aspectos históricos e políticos de Belo Horizonte -
chamada de Congonhas mudou seu nome para Serra do Curral. 1897-193023
E os viajantes que rotineiramente circulavam por ali pediam Belo Horizonte foi inaugurada a 12 de dezembro de 1897,
proteção à Nossa Senhora da Boa Viagem, que acabou por uma exigência da Constituição do Estado. Entretanto,
tornando-se a padroeira do local. parte de suas construções não havia sido concluída e algumas
Aos poucos, o Curral del Rei foi crescendo, basicamente de suas ruas e avenidas eram apenas "picadas" abertas no
pela sua lavoura (cujas frutas eram vendidas para outros meio do mato. A crise econômica que tomava conta do país e
locais), criação e comércio de gado e a fabricação de farinha. do Estado tinha feito com que muitas obras ficassem
Poucas fábricas, ainda muito simples, instalaram-se pela paralisadas, à espera de recursos. O comércio e a indústria
região, produzindo algodão e fundindo ferro e bronze. Das ligada à construção civil, que tinham se desenvolvido bastante
pedreiras, extraía-se granito e calcário. nos anos anteriores, agora enfrentavam dificuldades. A cidade
Com a decadência da mineração no estado, o arraial se não se industrializou no ritmo que se esperava e permaneceu
expandiu. As 30 ou 40 famílias existentes no início, passaram sem atividades econômicas expressiva durante anos. Os
a ser 18 mil habitantes. Na época, o Curral del Rei englobava as trabalhadores foram os mais prejudicados - os que não

1Fonte: Portal Online da Prefeitura Municipal de Belo Horizonte. Disponível em: < pTaxonomiaMenuPortal&app=historia&tax=11825&lang=pt_BR&pg=5780&taxp
https://www.thecities.com.br/artigo/Brasil/Minas-Gerais/Belo- =0&> Acesso em 07 de junho de 2017.
Horizonte/hist%C3%B3ria/1764/> Acesso em 07 de junho de 2017. 3 Referência: Prefeitura de Belo Horizonte. A poesia toma conta da cidade. Novo
2 Referência: Prefeitura de Belo Horizonte. Os primeiros anos. Novo Portal. Portal. Disponível em: <
Disponível em: < http://portalpbh.pbh.gov.br/pbh/ecp/comunidade.do?evento=portlet&pIdPlc=ec
http://portalpbh.pbh.gov.br/pbh/ecp/comunidade.do?evento=portlet&pIdPlc=ec pTaxonomiaMenuPortal&app=historia&tax=11821&lang=pt_BR&pg=5780&taxp
=0& > Acesso em 07 de junho de 2017.

História de Belo Horizonte 1


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perderam o emprego tiveram seus salários atrasados durante melhores condições de trabalho, educação, transporte, saúde e
meses. moradia.
Tudo isso contribuía para tornar a Capital uma cidade Os anos vinte marcam uma época romântica da história da
entediante e sem graça. Sua aparência inacabada e empoeirada capital. Entre passeios de bonde e sessões de cinema, entre
dava a impressão de abandono. As ruas e avenidas - largas conversas nos cafés e o footing, a vida seguia alegre. Belo
demais para uma população não muito numerosa - pareciam Horizonte era a "Cidade-Jardim" ou "Cidade Vergel", onde o
estar sempre vazias. Para piorar a situação, as diversões eram verde das árvores saltava das ruas e invadia as casas, tomando
poucas e não conseguiam espantar a decepção e a tristeza dos quintais e pomares.
primeiros habitantes. Nesse período, a capital viu nascer a geração de escritores
Na área central, a Rua da Bahia era território de elite. Nela, modernistas que iria se destacar no cenário nacional. Carlos
ficava o único teatro da cidade, o Soucasseaux, uma espécie de Drumond de Andrade, Cyro dos Anjos, Luís Vaz, Alberto
um barracão coberto de zinco, onde se apresentavam Campos, Pedro Nava, Emílio Moura, Milton Campos, João
companhias de teatro e música e onde se improvisava um Alphonsus, Abgar Renault e Belmiro Braga, reunidos no Bar do
botequim. Nessa rua também ficavam os principais bares e Ponto, no Trianon ou na Confeitaria Estrela, eram rapazes
cafés, lugar onde os homens se encontravam para conversar, inquietos que mudaram o panorama da literatura brasileira.
falar de política e da vida. Ao anoitecer, a rua virava palco para No campo das artes e da cultura, a cidade experimentou
o footing (moças e rapazes desfilavam, trocando olhares, numa um grande desenvolvimento. Enquanto o Teatro Municipal
espécie de namoro bem comportado). vivia seus anos de glória, novas salas de cinema eram
Na tentativa de espantar o tédio, os jovens fundavam inauguradas como os cines Pathê, Glória, Odeon e Avenida. Em
clubes como o Rose, o Violetas, o dos Jardineiros do Ideal, o 1926, o maestro Francisco Nunes fundou o Conservatório
Santa Rita Durão e o Elite. Além de festas e bailes, esses Mineiro de Música. No ano seguinte, era criada a Universidade
Grêmios tinham a intenção de promover a literatura. Outros de Minas Gerais. Em 1929, fundou-se Automóvel Clube, ponto
clubes eram criados durante os carnavais e os mais famosos de encontro da elite belo-horizontina.
foram os Matakins, os Diabos de Luneta e os Diabos de Casaca, Como um reflexo do fim da I Guerra Mundial, em 1918, a
que promoviam festas, desfiles de carros alegóricos, batalhas indústria de Belo Horizonte ganhou impulso na década de
de confetes, serpentinas e, é claro, lança-perfume. vinte. Os serviços urbanos foram ampliados para atender a
O Parque Municipal (na época quatro vezes maior) era uma população sempre crescente. Parecia, finalmente, que a
muito frequentado nos fins-de-semana. Ali, a sociedade modernidade tinha chegado à Capital. Inauguraram-se
encontrava espaço para praticar esportes, passear ou fazer grandes obra, como o viaduto de Santa Tereza, a nova Matriz
piqueniques, enquanto bandas tocavam "retretas". Também da Boa Viagem e o Mercado Municipal. Os automóveis
era lá que as paróquias comemoravam datas religiosas, com circulando pelas ruas tornaram-se comuns, exigindo a criação
quermesses e barraquinhas. de um código de trânsito e da primeira autoescola. Surgiram
A população pobre e os operários, contudo, não tinham também os auto-ônibus, complementando p serviço dos
acesso a essas formas de lazer. Preferiam os botequins nos bondes.
bairros, os jogos de bola e a tômbola, uma espécie de bingo Como prova do desenvolvimento e do prestígio, Belo
onde os prêmios não valem dinheiro. É que eles viviam em Horizonte recebeu a visita dos reis da Bélgica, em 1920. Na
locais distantes do centro e sua condição financeira os impedia ocasião, toda a Praça da Liberdade foi reformulada, adquirindo
de participar das diversões pagas. Além disso, na área central o seu aspecto atual. Em 1922, para comemorar os cem anos da
eles eram alvo fácil da polícia, que, por causa de um simples Independência Brasileira, a Praça 12 de Outubro passou a se
passeio, podia prendê-los, alegando "vadiagem". chamar Praça Sete de Setembro e ganhou o famoso "Pirulito".
Essa onda de progresso continuou ao longo da década de
Progresso em marcha lenta 30. Na periferia, surgiram novos bairros. Cresceram nessa
Nas duas primeiras décadas deste século, Belo Horizonte época Lourdes, Barreiro, Nova Suíça, Gameleira, Renascença,
viveu, alternadamente, períodos de grande crise e surtos de Sagrada Família e Parque Riachuelo. Muitas favelas também
desenvolvimento. As fases de maior crescimento começaram a se formar. A expansão da cidade aconteceu sem
corresponderam aos anos de 1905, 1912-13 e 1917-19. Aos um maior controle ou planejamento e isso trouxe sérios
poucos, pequenas fábricas começaram a funcionar na cidade, problemas urbanos. Muitos dos novos bairros não possuíam os
ampliou-se o fornecimento de energia elétrica, retomaram-se serviços básicos de água, luz e esgotos. Enquanto isso, o centro
as obras inacabadas, expandiram-se as linhas de bonde, permanecia relativamente vazio. Na arquitetura, surgiram
criaram-se praças e jardins e a cidade ganhou arborização. O novidades: o primeiro edifício de dez andares e um novo estilo
número de empregos cresceu e a Capital passou a atrair mais de fachadas, como a do Cine Brasil.
habitantes. A Revolução de 3 de outubro de 1930, que levou Getúlio
A vida social também começou a se agitar, com a Vargas ao poder, também marcou a história da cidade. Tomada
substituição do teatrinho Soucasseaux pelo elegante Teatro de surpresa, a população assistiu à troca de tiros entre
Municipal (1909) e com a inauguração de diversos cinemas. revolucionários e as forças federais, no cerco ao Quartel do 12º
Frequentar as salas dos cineteatros Colosso, Comércio, RI. Nos anos seguintes, a ditadura do Estado Novo traria o
Familiar, Progresso, Bijou e Paris tornou-se não só uma fechamento do Poder Legislativo, o controle da imprensa e o
obrigação para os belo-horizontinos, como também um clima tenso da repressão. Como consequência da política de
pretexto para encontros e conversas. Nessa época em que modernização da economia implantada por Vargas, as bases
cinema fazia muito sucesso, nasceu o gosto do belo- para o desenvolvimento industrial da cidade foram lançadas,
horizontino pela moda, com famosas costureiras imitando os criando-se a zona industrial de Belo Horizonte.
modelos vestidos pelas atrizes mais conhecidas. Dois acontecimentos importantes na década foram o 2º
Foi também com o crescimento da cidade que a massa de Congresso Eucarístico Nacional, em 1936, que reuniu milhares
trabalhadores começou a lutar contra as injustiças sociais. A de católicos na Praça Raul Soares, e a Exposição de Arte
primeira grande greve ocorreu em 1912 e paralisou a cidade Moderna, no mesmo ano. O período viu, ainda, nascerem as
por 15 dias. Liderado por trabalhadores da construção civil, duas primeiras rádios da cidade a Rádio Mineira (1931) e a
que defendiam uma jornada de trabalho de oito horas, o Rádio Inconfidência (1936). Com seus programas de auditório,
movimento teve apoio de grande parte da população. transmitidos ao vivo, elas viveriam seus anos dourados na
Mobilizando-se através de greves, os operários conseguiram década seguinte. A capital começava a amadurecer.
ser reconhecidos como cidadãos, com direito a reivindicar

História de Belo Horizonte 2


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Belo Horizonte e a República Liberal: Elites Dirigentes e formas e pelo uso de esquadrias metálicas, concreto, vidros e
o Lugar do Povo4 revestimentos de mármores e pastilhas.
Os anos quarenta trazem a modernidade e dão um ar de Foi nos anos 50 que a cidade passou a ser influenciada pelo
metrópole à Belo Horizonte. Nessa época, a capital ganhou estilo de vida americano. Aquela era a época das grandes
várias indústrias, abandonando seu perfil de cidade orquestras, que faziam sucesso não apenas no rádio, como
administrativa. O impulso para isso foi dado pela criação de também na recém-inaugurada TV Itacolomi. Nas boates e nos
um Parque Industrial, em 1941. O setor de serviços também clubes cada vez mais numerosos tinham lugar as "horas
começou a crescer com o fortalecimento do comércio. O centro dançantes" e os bailes de gala. Já para a população mais pobre,
da cidade tornou-se, então, uma área valorizada, a diversão acontecia mesmo na rua, proporcionada pelas
principalmente para a construção de edifícios, e passou a apresentações do cine grátis.
sofrer a especulação imobiliária.
O grande responsável pela transformação de Belo O Projeto da Cidade de Belo Horizonte: Vocação
Horizonte foi o prefeito Juscelino Kubitschek. Com o objetivo Política, Exclusão Social e Positivismo Republicano5
de renovar a capital, promovendo um surto de Uma cidade ordenada, funcionando como um organismo
desenvolvimento e modernização, JK realizou diversas obras saudável esse era o objetivo dos engenheiros e técnicos que
que projetaram internacionalmente o nome da cidade. idealizaram Belo Horizonte. Para alcançá-lo, era necessário
A mais importante delas foi o Complexo Arquitetônico da projetar um cidade física e socialmente higiênica uma cidade
Pampulha inaugurado em 1943. Desenhado pelo jovem saneada, livre de doenças, mas também livre de desordens e
arquiteto Oscar Niemeyer, o complexo era formado por quatro revoluções.
obras principais a Igreja de São Francisco de Assis, a Casa do O projeto criado pela Comissão Construtora, finalizado em
Baile, o Cassino e o Iate Golf Clube instaladas às margens da maio de 1895, inspirava-se no modelo das mais modernas
lagoa artificial. Com suas linhas originais e modernas, Oscar cidades do mundo, como Paris e Washington. Os planos
Niemeyer fez da Pampulha um dos maiores exemplos da revelavam algumas preocupações básicas, como as condições
arquitetura modernista brasileira. de higiene e circulação humana. Dividiram a cidade em três
Também foi uma iniciativa de Juscelino Kubitschek, a principais zonas: a área central urbana, a área suburbana e a
construção de um conjunto habitacional no bairro São área rural.
Cristóvão, localizado na Avenida Antônio Carlos, que, na época No centro, o traçado geométrico e regular estabelecia um
se chamava Avenida Pampulha. O Conjunto IAPI (Instituto de padrão de ruas retas, formando uma espécie de quadriculado,
Aposentadorias e Pensões dos Industriários), como foi Mas largas, as avenidas seriam dispostas em sentido diagonal.
denominado, surgiu como uma alternativa para o problema da Esta área receberia toda a estrutura urbana de transportes,
moradia na cidade e como uma tentativa da Prefeitura de educação, saneamento e assistência médica. Abrigaria,
ordenar a região da Lagoinha. Em 1941, também com projeto também, os edifícios públicos dos funcionários estaduais. Ali
de Oscar Niemeyer, o Palácio da Artes começou a ser também deveriam se instalar os estabelecimentos comerciais.
construído. Seu limite era a Avenida do Contorno, que naquela época se
Um pouco mais tarde, já no final da década, um outro chamava de 17 de Dezembro.
marco na arquitetura da capital seria inaugurado: o Edifício A região suburbana, formada por ruas irregulares, deveria
Acaiaca, na Avenida Afonso Pena. Com sua fachada de linhas ser ocupada mais tarde e não recebeu de imediato a
retas e sóbrias, onde se destacavam as faces de dois índios, o infraestrutura urbana. A área rural seria composta por cinco
Acaiaca era o maior e mais moderno prédio de Belo Horizonte, colônias agrícolas com inúmeras chácaras e funcionaria como
com os elevadores mais velozes da cidade. Nessa época, ainda um cinturão verde, abastecendo a cidade com produtos
aconteceu a construção do Teatro Francisco Nunes (1949), no hortigranjeiros.
Parque Municipal, e da primeira estação rodoviária da cidade. A implantação de tão grandioso projeto tinha, porém, uma
Se a marca dos anos 40 foi a modernização da arquitetura exigência: a completa destruição do arraial que ali se
da cidade, os anos 50 ficariam conhecidos como a década da localizava e a transferência de seus antigos habitantes para
indústria, em razão do surto de desenvolvimento alcançado outro local. Rapidamente, os horizontinos tiveram suas casas
pela capital. A criação da Cemig, em 1952, e o desenvolvimento desapropriadas e demolidas, sendo-lhes oferecidos novos
da Cidade Industrial, nas proximidades de Belo Horizonte imóveis a um preço muito alto. Sem condições de adquirir os
(Contagem) são dois fatores que explicam esse crescimento. valorizados terrenos da área central, eles foram empurrados
Nessa década, caracterizada pelo grande êxodo rural, a para fora da cidade, indo se refugiar em Venda Nova ou em
população da cidade dobra de tamanho, passando de 350 mil cafuas na periferia.
para 700 mil habitantes. Surgem novos bairros, como o Sion e A capital traçada pela Comissão Construtora era um lugar
o São Pedro. Uma nova avenida é aberta, sendo chamada de elitista. Seus espaços estavam reservados somente aos
Cristiano Machado. Os problemas urbanos e a falta de moradia funcionários do Governo e aos que tinham posses para
tornam-se mais graves. Preocupado com o crescimento adquirir lotes. Acreditava-se que os problemas sociais, como a
desordenado da cidade, o prefeito Américo René Gianetti dá pobreza, seriam evitados com a retirada dos operários, assim
início à elaboração de um Plano Diretor para Belo Horizonte. que a construção da cidade estivesse concluída. Mas, na
A cidade torna-se vertical com uma série de prédios cada prática, não foi isso que aconteceu. Belo Horizonte foi
vez mais altos sendo construídos. É dessa época o Edifício inaugurada às pressas, estando ainda inacabada. Os operários,
Clemente Faria, feito para ser a sede do Banco Lavoura (atual aglomerados em meio às obras, não foram retirados e, sem
Banco Real), na Praça Sete. Projetados por Oscar Niemeyer, o lugar para ficar, assim como os horizontinos, formaram favelas
Edifício JK, o Edifício do Bemge, o prédio do Colégio Estadual na periferia da cidade. A primeira, a do Leitão - ficava nas
Milton Campos (atual Estadual Central), o Edifício Niemeyer e proximidades do atual Instituto de Educação, em plena
a sede da Biblioteca Pública Estadual são belos exemplares da Avenida Afonso Pena. Essa massa de trabalhadores que não
arquitetura moderna caracterizados pela simplificação de eram considerados cidadãos legítimos de Belo Horizonte

4Referência: Prefeitura de Belo Horizonte. Nasce uma Moderna Metrópole. Novo 5Referência: Prefeitura de Belo Horizonte. O traçado da cidade e a exclusão social.
Portal. Disponível em: < Novo Portal. Disponível em: <
http://portalpbh.pbh.gov.br/pbh/ecp/comunidade.do?evento=portlet&pIdPlc=ec http://portalpbh.pbh.gov.br/pbh/ecp/comunidade.do?evento=portlet&pIdPlc=ec
pTaxonomiaMenuPortal&app=historia&tax=11822&lang=pt_BR&pg=5780&taxp pTaxonomiaMenuPortal&app=historia&tax=11827&lang=pt_BR&pg=5780&taxp
=0&> Acesso em 07 de junho de 2017. =0&> Acesso em 07 de junho de 2017.

História de Belo Horizonte 3


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revelava o grau de injustiça social existente nos seus primeiros


anos de vida. UNIDADE II
2. Belo Horizonte em Transição
Os Grupos Sociais e os Conflitos Políticos na Fundação
da Cidade de Belo Horizonte6 à Modernidade - 1930-1980:
A discussão sobre a mudança da capital mineira não surgiu 2.1. As Fases do
no século passado; era, ao contrário, uma ideia muito antiga. A Desenvolvimento Econômico de
primeira tentativa de transferir a sede do Governo para uma Belo Horizonte;
cidade diferente de Ouro Preto data de 1789, quando os 2.2. Desenvolvimento
inconfidentes planejaram instalar a capital de sua república
Econômico e as Questões
em São João Del Rei. Depois disso, mais quatro tentativas
foram feitas, todas fracassadas. A questão só veio a ser Sociais, Urbana e Ambiental;
considerada após a Proclamação da República. Só que dessa 2.3. Evolução Demográfica,
vez, não se trava de uma simples transferência, mas a Social e Econômica da Nova
construção de uma nova cidade. Cidade.
Uma série de fatores favorecia a ideia de mudança. Em 2.4. O Intervencionismo Estatal
primeiro lugar, para se destacar o novo cenário republicano,
e o Desenvolvimento de Belo
Minas Gerais precisava mostrar-se politicamente unida e forte.
A construção de uma nova capital, localizada no centro Horizonte;
geográfico do Estado, poderia facilitar o equilíbrio das diversas 2.5. O lugar de Belo Horizonte
facções políticas que então disputavam o poder. entre as capitais brasileiras
Os republicanos também desejavam promover o progresso
de Minas Gerias, tornando-o um Estado industrializado e
moderno. A cidade de Ouro Preto não oferecia condições
adequadas para o crescimento econômico esperado. Os Belo Horizonte em Transição à Modernidade - 1930-
transportes e as comunicações eram dificultados pelo relevo 198078
acidentado da cidade e as estruturas de saneamento e higiene
não comportavam mais um aumento da população. A (As décadas de 1920, 1930, 1940 e 1950 foram tratadas em
construção de uma nova capital, planejada de acordo com tópicos da unidade I. Veremos aqui acontecimentos relativos às
essas exigências era a solução para o problema do décadas de 1970, 1980 e 1980.).
crescimento.
Um outro fator contribuiu para fortalecer a ideia de O crescimento econômico transformou o perfil de Belo
mudança. Ouro Preto, cidade histórica, guardava em sua Horizonte na década de 60. Sem respeito pela memória da
arquitetura uma série de símbolos e marcas do passado cidade, o progresso avançou sobre suas ruas, demolindo casas,
colonial que os republicanos queriam enterrar. Com suas erguendo arranha-céus, derrubando árvores, cobrindo tudo de
ruelas e becos, suas igrejas barrocas e suas casas, porões e asfalto. Já não era possível reconhecer a "Cidade-Jardim" que
senzalas, a velha capital lembrava os anos da dominação tanto encantara os poetas; a cidade verde tinha ficado no
portuguesa, das conspirações e da escravidão. Uma nova passado. Era preciso desafogar o trânsito e as avenidas
cidade, planejada segundo os valores modernos, seria o rasgavam cada vez mais o tecido da cidade. Até o "Pirulito" foi
símbolo de uma nova era. retirado da Praça Sete, como parte das transformações
Em 1891, o presidente do Estado, Augusto de Lima, radicais, e foi deixado no Museu Abílio Barreto.
formulou um decreto determinando a transferência da capital A descaracterização da cidade fez-se sem remorsos. Se os
para um lugar que oferecesse condições precisas de higiene. espaços verdes desapareciam, se a beleza das antigas
Adicionada à Constituição Estadual, a lei provocou muitos construções era transformada em pó, em seu lugar surgiam
protestos da população ouropretana. Os mineiros dividiram- edifícios modernos, novas e novas indústrias.
se entre os "mudancistas", favoráveis à nova capital, e os "não- Os anos 60 foram marcados pelo crescimento das
mudancistas". Cada um desses grupos fundou seu jornal, indústrias e das instituições financeiras. Nessa época, Belo
promovendo reuniões e debates. Horizonte começou a irradiar seu crescimento e suas cidades
O Governo Estadual, enfrentando essas disputas, criou um vizinhas também receberam muitos investimentos e fábricas.
Comissão de Estudos para indicar, dentre cinco localidades, a Esse progresso, contudo, não se fez sem o agravamento das
mais adequada para a construção da nova cidade. O Congresso desigualdades e problemas sociais. O surgimento de inúmeras
mineiro, a quem cabia a decisão final, votou a favor de Belo favelas comprova o desequilíbrio causado pela concentração
Horizonte. Assim, a 17 de dezembro de 1893, a lei n.º 3 foi de renda.
adicionada à Constituição Estadual, determinando que a nova Mas, não foi somente o desenvolvimento econômico que
sede do Governo fosse erguida em Belo Horizonte, chamando- modificou a rotina de Belo Horizonte. A instauração da
se Cidade de Minas. ditadura militar, após o Golpe de 64, também levou a
No prazo máximo de quatro anos, a capital deveria ser população às ruas. Primeiro foram as mulheres católicas - que
inaugurada. A lei criava ainda a Comissão Construtora, com seus terços em punho, apoiaram o "movimento que nos
composta de técnicos responsáveis pelo planejamento e livrara do perigo comunista". A manifestação foi denominada
execução das obras. Em sua formação, estavam alguns dos a "Marcha da Família com Deus pela Liberdade". Mais tarde,
melhores engenheiros e arquitetos do país, chefiados por vieram os estudantes - dessa vez, protestando contra a falta de
Aarão Reis liberdade, o desrespeito aos direitos humanos e
constitucionais. Inúmeras vezes, a Praça Sete assistiu à

6 Referência: Prefeitura de Belo Horizonte. A luta pela mudança. Novo Portal. pTaxonomiaMenuPortal&app=historia&tax=11823&lang=pt_BR&pg=5780&taxp
Disponível em: < =0&> Acesso em 07 de junho de 2017.
http://portalpbh.pbh.gov.br/pbh/ecp/comunidade.do?evento=portlet&pIdPlc=ec 8 Referência. Prefeitura de Belo Horizonte. Os cidadãos redescobrem Belo

pTaxonomiaMenuPortal&app=historia&tax=11826&lang=pt_BR&pg=5780&taxp Horizonte. Novo Portal. Disponível em: <


=0&> Acesso em 07 de junho de 2017. http://portalpbh.pbh.gov.br/pbh/ecp/comunidade.do?evento=portlet&pIdPlc=ec
7 Referência. Prefeitura de Belo Horizonte. O progresso avança pela cidade. Novo pTaxonomiaMenuPortal&app=historia&tax=11824&lang=pt_BR&pg=5780&taxp
Portal. Disponível em: < =0&> Acesso em 07 de junho de 2017.
http://portalpbh.pbh.gov.br/pbh/ecp/comunidade.do?evento=portlet&pIdPlc=ec

História de Belo Horizonte 4


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multidão ser dispersada com bombas e a prisão de Ainda assim os problemas não desapareceram. A
manifestantes. Em 1978, seria a vez da campanha pela anistia Pampulha, um dos principais cartões-postais da cidade, era
dos presos políticos mobilizar os belo-horizontinos. uma lagoa praticamente morta, tão poluída estavam suas
Na década de 70, a cidade era o próprio retrato do caos. águas. Uma praga de aguapés havia tomado conta de quase
Com um milhão de habitantes, belo Horizonte continuava toda a superfície da lagoa, reproduzindo-se
crescendo desordenadamente. Nas regiões norte e oeste e nos descontroladamente e provocando um desequilíbrio
municípios vizinhos, com a criação de distritos industriais e a ecológico.
instalação de empresas multinacionais, a população tornou-se Em 1990, a Lei Orgânica do Município foi aprovada,
cada vez mais densa. Na tentativa de resolver os problemas trazendo avanços em diversos setores sociais. Em 92, criou-se
causados pela falta de planejamento, foram tomadas várias o Conselho Deliberativo do Patrimônio Cultural do Município
medidas: criou-se o Plambel e instituiu a Região Metropolitana para tratar do tombamento de construções de valor histórico.
de Belo Horizonte. Espaços como a Praça da Liberdade, a Praça da Assembleia e o
A política de crescimento econômico acelerado, porém não Parque Municipal, que se encontravam abandonados e
resolvia os problemas sociais. A crise prolongada e os baixos desvalorizados, foram recuperados e a população voltou a
salários levaram a população mais uma vez às ruas, já no final frequentá-los e a cuidar de sua preservação. Em 96, o Plano
da década. Professores da rede pública e operários da Diretor da cidade e a Lei de uso e Ocupação do Solo passaram
construção civil, paralisando a cidade na greve de 1979, a regular e ordenar o crescimento da capital.
mostraram seu descontentamento com relação aos problemas A cultura passou a ser valorizada como um instrumento de
econômicos e sociais, mas também em relação ao regime conquista da cidadania. Assim, surgiram inúmeros projetos
militar. com o objetivo de popularizar a arte. O Grupo de Teatro Galpão
é um dos que levam seus espetáculos às ruas. Com ele surgiu a
A chegada dos anos 80 marcou o início de uma mudança iniciativa do Festival Internacional de Teatro Palco e Rua. Na
nas relações do belo-horizontino com sua cidade. O dança, há os exemplos dos grupos 1º Ato e Corpo. Na música, o
crescimento desordenado e os problemas de perda de Coral Ars Nova, já se apresentou em todos os continentes e
importantes marcos da história de Belo Horizonte, a venceu diversos concursos internacionais de coros, e o Grupo
degradação ambiental e as desigualdades sociais, foram pouco Uakti, principal grupo de música instrumental e experimental
a pouco, tornando-se algumas das maiores preocupações dos do Brasil.
cidadãos. A consciência de que é preciso cuidar da cidade, ao
mesmo tempo permitindo seu desenvolvimento e garantindo As Fases do Desenvolvimento Econômico de Belo
a qualidade de vida de seus habitantes, difundiu-se cada vez Horizonte
mais entre a população. Desenvolvimento Econômico e as Questões Sociais,
Foi ao longo da década de 80 que o belo-horizontino Urbana e Ambiental
redescobriu o espaço das ruas, fazendo dele o palco de suas
manifestações, de seus protestos e de suas artes. Em 1980, 9A progressão social
milhares pessoas tomaram a Avenida Afonso Pena e a então O município de Belo Horizonte tem sido reconhecido pela
Praça Israel Pinheiro (hoje, Praça do Papa) para receber o atratividade e crescente concentração de empresas de
próprio Papa João Paulo II. Em 83, diversas entidades e serviços e comércio nos últimos anos. Com a modernização
cidadãos saíram às ruas para protestar contra a demolição do administrativa em curso avançado, abre-se oportunidade para
prédio do Cine Metrópole, defendendo seu tombamento pelo a promoção mais enfática de ações de fomento econômico. As
Patrimônio Histórico. Em 84, a multidão lotou a Praça da políticas públicas municipais para tal têm ganhado ritmo
Rodoviária para dar força à campanha "Diretas Já", crescente.
participando do comício que reuniu nomes como Tancredo O Prefeito Márcio Lacerda propôs um novo modelo de
Neves, Ulisses Guimarães, Brizola e Lula. Um ano depois, os gestão estratégica, denominado BH Metas e Resultados. Parte
mesmos manifestantes chorariam a morte do recém-eleito de um planejamento de longo prazo para Belo Horizonte,
presidente Tancredo Neves, acompanhando seu velório no desdobrado em 12 áreas de resultados e seus respectivos
Palácio da Liberdade. Mais recentemente, em 92, seria a vez programas, projetos e metas. Complementa-se com uma
dos jovens "cara-pintadas" protestarem contra a corrupção e permanente avaliação dos resultados das políticas públicas,
exigirem o impedimento do presidente Fernando Collor. dos programas e dos projetos em andamento, com
transparência e participação popular.
Uma mentalidade diferente daquela que orientou o Uma das 12 áreas de resultados é a Prosperidade. O tema
crescimento nas décadas anteriores começava a surgir. As Prosperidade merece destaque na estratégia de longo prazo da
obras realizadas na cidade ganharam nova direção. Em 1981, capital mineira, buscando desenvolver serviços de valor
adotou-se um novo sistema de transporte, na tentativa de agregado e criar ambiente propício aos negócios e aos
melhorara situação do trânsito na cidade. Foi iniciada a investimentos. Em meio à crescente inserção internacional da
implantação do metrô de superfície como uma alternativa economia brasileira, o desenvolvimento da economia do
rápida, segura e menos poluente para o transporte de massa. conhecimento e a agregação de valor à produção manifestam-
Em 84, a canalização do Ribeirão Arrudas, que está sendo se como importantes fatores para a sobrevivência das
concluída agora em 1997, pôs fim ao problema das enchentes empresas nos mercados nacional e internacional, cada vez
que todos os anos causava prejuízos ao centro da capital. mais competitivos.
A memória da cidade começou a ser mais valorizada, com No médio prazo, os principais desafios para uma Belo
o tombamento de vários edifícios de importância histórica. A Horizonte mais próspera incluem maior simplificação e a
população ganhou, ainda, diversos espaços de lazer, como o desburocratização do ambiente para a criação e o
Parque das Mangabeiras, inaugurado em 82, e o Mineirinho. A desenvolvimento de negócios e a promoção de investimentos
área de saúde também experimentou grandes avanços com a produtivos privados.
redução do número de casos de poliomielite e tétano, graças
às campanhas de vacinação infantil.

9 Prefeitura Municipal de Belo Horizonte. Disponível em: < =ecpTaxonomiaMenuPortal&app=desenvolvimentoeconomico&lang=pt_BR&p


http://portalpbh.pbh.gov.br/pbh/ecp/comunidade.do?evento=portlet&pIdPlc g=8842&tax=27516>. Acesso em junho de 2017.

História de Belo Horizonte 5


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A Oportunidade
Em 2006, foi sancionado pelo Presidente da República o Estatuto Nacional da Microempresa e Empresa de Pequeno Porte,
conhecido como Lei Geral da Micro e Pequena Empresa. É uma das mais modernas legislações do mundo, determinando tratamento
diferenciado, simplificado e favorecido aos pequenos negócios. É uma política pública competente para a progressão social.
Com a nova lei, ficou mais simples para os pequenos negócios pagar impostos, obter crédito, ter acesso à tecnologia, exportar,
vender para o governo e se formalizar, dentre outras. Os pequenos negócios são mais de 99% das empresas formais do país.
As Microempresas, Empresas de Pequeno Porte e Empreendedores Individuais podem acessar com tratamento diferenciado e
privilegiado o mercado de compras governamentais. Dentre todos os capítulos da Lei Geral da Micro e Pequena Empresa, o capítulo
que trata das compras pelos governos, é o que possui maior potencial de dinamização da economia.
Também são cerca de 10 milhões dos negócios informais existentes no país. Com menos burocracia e mais oportunidades, é
possível gerar novos empregos, mais renda e melhorar os resultados. Aos informais foi facilitada a formalização, permitindo acessar
integralmente os benefícios dos negócios formais, dentre eles a previdência social. A Lei Geral da Micro e Pequena Empresa busca
tornar a formalidade um bom negócio, na perspectiva do atual informal.

O papel do Município
É no município que as pessoas vivem, as empresas existem e as políticas se materializam.
Cabe aos municípios regulamentar alguns dos aspectos apresentados da Lei Geral e, principalmente, implementá-la, fazendo com
que as oportunidades do novo marco legal, possam resultar em um ambiente favorável aos negócios e, impactar favoravelmente o
desenvolvimento econômico e social do município.
Complementando a oportunidade do novo marco legal, destaca-se, no médio prazo, o fato de a capital mineira ser uma das cidades-
sede da Copa do Mundo de Futebol da FIFA, a ser realizada no Brasil em 2014, com decorrentes benefícios diretos ao setor de turismo
e seus serviços associados.

O Ambiente Propício à Conjugação Social e Econômica para os Pequenos


Belo Horizonte possui um histórico de organização social, onde se destacam o pioneirismo e o estágio alcançado no modelo de
orçamento participativo e a capilaridade e o nível de organização das redes sociais.
A bem sucedida experiência do orçamento participativo começa a cruzar-se com outras políticas públicas, como as de
infraestrutura, por exemplo, no projeto Vila Viva; ou mesmo as de produção, como no projeto Fábricas Sociais.
As redes sociais belo-horizontinas que aqui interessam são as que atuam tipicamente como redes de solidariedade local no combate
à pobreza e à exclusão social e na promoção do desenvolvimento local. As redes unem os indivíduos organizando-os de forma
igualitária e democrática e em relação aos objetivos que eles possuem em comum. A ampla informação compartilhada por todos,
favorece a formação de uma cultura de participação e a evolução da cidadania.
Com o advento da sanção da Lei Geral da Micro e Pequena Empresa e com o desejo da gestão 2009-2012 de melhorar o ambiente
de negócios no município tornando-o o melhor município para o desenvolvimento dos pequenos negócios no país, a tecnologia social
do orçamento participativo, suas derivadas e as redes sociais agora podem apoiar o alcance desse objetivo, sobretudo para a efetivação
da inclusão de milhares de Empreendedores Individuais.
O sucesso da experiência da capital mineira facilitará e acelerará as possibilidades de bons resultados nos demais municípios que
compõem a região metropolitana de Belo Horizonte.

Evolução Demográfica, Social e Econômica da Nova Cidade


As informações a seguir foram retiradas do IBGE:

Evolução Demográfica e Social

Evolução Populacional10
Ano Belo Horizonte Minas Gerais Brasil
1991 2.020.161 15.743.152 146.825.475
1996 2.077.136 16.567.989 156.032.944
2000 2.238.526 17.891.494 169.799.170
2007 2.412.937 19.273.506 183.987.291
2010 2.375.151 19.597.330 190.755.799
Fonte: IBGE: Censo Demográfico 1991, Contagem Populacional 1996, Censo Demográfico 2000, Contagem Populacional 2007 e Censo Demográfico 2010;

Pirâmide Etária
Idade Belo Horizonte Minas Gerais Brasil
Homens Mulheres Homens Mulheres Homens Mulheres
0 a 4 67.689 65.522 649.660 627.206 7.016.614 6.778.795
anos
5 a 9 73.647 71.221 726.034 702.961 7.623.749 7.344.867
anos
10 a 14 86.338 85.153 858.109 830.051 8.724.960 8.440.940
anos
15 a 19 90.895 91.815 868.022 851.253 8.558.497 8.431.641
anos
20 a 24 106.240 112.538 874.104 859.390 8.629.807 8.614.581
anos

10 cidades.ibge.gov.br/painel/populacao.php?codmun=310620

História de Belo Horizonte 6


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25 a 29 110.707 120.055 851.586 853.105 8.460.631 8.643.096


anos
30 a 34 102.211 111.603 790.229 805.450 7.717.365 8.026.554
anos
35 a 39 84.424 94.405 694.342 722.116 6.766.450 7.121.722
anos
40 a 44 78.564 90.757 671.738 702.039 6.320.374 6.688.585
anos
45 a 49 75.266 89.662 628.195 666.388 5.691.791 6.141.128
anos
50 a 54 66.370 81.578 548.830 584.829 4.834.828 5.305.231
anos
55 a 59 52.018 66.901 441.415 479.714 3.902.183 4.373.673
anos
60 a 64 39.958 53.230 339.165 376.212 3.040.897 3.467.956
anos
65 a 69 28.991 40.022 251.626 290.172 2.223.953 2.616.639
anos
70 a 74 21.442 31.962 191.852 233.376 1.667.289 2.074.165
anos
75 a 79 14.504 23.814 129.276 168.843 1.090.455 1.472.860
anos
80 a 84 8.440 16.960 76.292 112.030 668.589 998.311
anos
85 a 89 3.979 8.976 34.862 56.569 310.739 508.702
anos
90 a 94 1.394 3.963 12.469 24.269 114.961 211.589
anos
95 a 99 358 1.247 3.332 7.576 31.528 66.804
anos
Mais de 78 254 739 1.904 7.245 16.987
100 anos
Fonte: IBGE: Censo Demográfico 2010;

Destino Final do Lixo - 2010


Coletado diretamente por serviço de limpeza 745389
Colocado em caçamba de serviço de limpeza 12889
Queimado (na propriedade) 800
Enterrado (na propriedade) 15
Outro destino 2982
Fonte: IBGE, Censo Demográfico 2010.

Rendimento Domiciliar per capita - 2010


Até 1/2 salário mínimo 78552
De 1/2 a 1 salário mínimo 164799
De 1 a 2 salários mínimos 195394
De 2 a 5 salários mínimos 170932
Mais de 5 salários mínimos 128282
Fonte: IBGE, Censo Demográfico 2010.

População residente, por situação do domicílio e sexo - 2010


Urbana Rural
Total 2375151 0
Homens 1113513 0
Mulheres 1261638 0
Fonte: IBGE, Censo Demográfico 2010.

População residente, por grupos de idade - 2010


0 a 14 anos 449965
15 a 59 anos 1626009
60 anos ou mais 299177
Fonte: IBGE, Censo Demográfico 2010.

População residente e domicílios 1980 - 2010


1970 1980 1991 2000 2010
Domicílios 229571 383973 499958 628334 762136
População 1235030 1780839 2020161 2238526 2375151
Fonte: IBGE, Censo Demográfico 1970/2010.

História de Belo Horizonte 7


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Número de eleitores, por grupos de idade - 2010


16 e 17 anos 9092
18 a 69 anos 1725547
70 anos ou mais 192797
Fonte: Tribunal Superior Eleitoral - TSE, Registros Administrativos 2016.

Índice de Desenvolvimento Humano


Belo Horizonte 0,81
Minas Gerais 0,731
Brasil 0,727
Fonte: Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento - PNUD 2010.

Evolução Econômica11

Despesas e Receitas orçamentárias

Despesas e Receitas orçamentárias


Variável Belo Horizonte Minas Gerais Brasil
Receitas 7.955.736 461.146.647 42.111.468
Despesas 7.873.315 412.501.044 37.742.140
Fonte: Contas anuais. Receitas orçamentárias realizadas (Anexo I-C) 2014 e Despesas orçamentárias empenhadas (Anexo I-D) 2014. In: Brasil. Secretaria do Tesouro
Nacional. Siconfi: sistema de informações contábeis e fiscais do setor público brasileiro. Brasília, DF, [2015]. Disponível em: https://siconfi.tesouro.gov.br/siconfi/index.jsf.
Acesso em: jul. 2015.
Nota 1: A DCA do Estado de Rio Grande do Norte foi desconsiderada no FINBRA por causa de inconsistências. Favor veja a notícia que fala sobre este assunto no link:
https://siconfi.tesouro.gov.br/siconfi/pages/public/conteudo/conteudo.jsf?id=2701
Nota 2: Atualizado em 28/08/2015, às 16:15h. Os valores estavam 100 vezes menores em função de erro no formato de exibição.

Produto Interno Bruto (Valor Adicionado)

Produto Interno Bruto (Valor Adicionado)


Variável Belo Horizonte Minas Gerais Brasil
Agropecuária 1.487 15.568.048 105.163.000
Indústria 16.105.159 54.306.183 539.315.998
Serviços 50.309.935 97.398.820 1.197.774.001
Fonte: IBGE, em parceria com os Órgãos Estaduais de Estatística, Secretarias Estaduais de Governo e Superintendência da Zona Franca de Manaus - SUFRAMA.
NOTA 1: Os dados de 2014 estarão sujeitos a revisão na próxima divulgação.
NOTA 2: Os dados da série revisada (2010 a 2014) têm como referência o ano de 2010, seguindo a nova referência das Contas Nacionais.

11 http://cidades.ibge.gov.br/painel/economia.php?lang=&codmun=310620&search=minas-gerais|belo-horizonte|infogr%E1ficos:-despesas-e-receitas-
or%E7ament%E1rias-e-pib

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Produto Interno Bruto dos Municípios - 2013

Produto Interno Bruto dos Municípios - 2013


Agropecuária 1315,208
Indústria 15657133,84
Serviços1 45651220,64
Administração e Serviços Públicos 8496132,298
Impostos 11620906,28
Fonte: IBGE em parceria com os Órgãos Estaduais de Estatística, Secretarias Estaduais de Governo e Superintendência da Zona Franca de Manaus - SUFRAMA, 2013.

(1) Exclusive Administração e Serviços Públicos.

Produto Interno Bruto per capita 2010 - 2013

Produto Interno Bruto per capita 2010 - 2013


2010 2011 2012 2013
Belo Horizonte 24934,13 27590,5 31004,1 32844,41
Minas Gerais 17919,28439 20277,55178 22244,00493 23646,21347
Brasil 20371,64193 22734,5577 24779,53165 26445,71548

Fonte: IBGE em parceria com os Órgãos Estaduais de Estatística, Secretarias Estaduais de Governo e Superintendência da Zona Franca de Manaus - SUFRAMA, 2013.

Pessoas ocupadas por setor 2007 – 2013

Pessoas ocupadas por setor 2007 - 2013


2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013
Agricultura 5098 4309 3784 3790 3250 5404 4903
Comércio 157184 165850 170428 181961 187100 196866 195112
Indústria 191820 210154 212521 228148 236412 259253 251791
Serviços 848993 907552 930100 983933 1021065 1045067 1047631

História de Belo Horizonte 9


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O Intervencionismo Estatal e o Desenvolvimento de Belo populacional e sob a expectativa de reduzir os índices de


Horizonte desemprego em áreas da cidade.
Compreender12 a importância de adoções de técnicas de O Estado, por medida de conveniência e no intuito de
intervenção do Estado na gestão metropolitana no contexto propiciar o desenvolvimento do capitalismo sem bloquear o
atual é fundamental, haja vista que são nestes locais onde se livre funcionamento do mercado, adotou uma postura, quase
encontram 36% da população brasileira, ou seja, 70,6 milhões que paralisante, diante das reais necessidades
de habitantes concentrados em 15 regiões metropolitanas socioeconômicas da metrópole.
(IBGE, 2009). No caso especifico da região metropolitana de No final da década de 80, tem como resultado as periferias
Belo Horizonte, nela se encontra 25% da população do Estado e cidades periféricas a Belo Horizonte com elevado número de
de Minas Gerais, ou seja, 5,3 milhões de habitantes. construções ilegais, segregação residencial, ausência de
No próprio Plano Mineiro de Desenvolvimento Integrado, urbanização compatível, saneamento básico insuficiente,
criado pela Lei Estadual n. 15.032 de 20/01/2004 e atualizado destruição ecológica, e ainda, serviços públicos precários ou
pela Lei 17.007 de 28/09/2007, há o reconhecimento das inexistentes em alguns espaços urbanos.
dificuldades enfrentadas pelo governo Estadual e pela Na década de 90, diante da herança de desigualdades
sociedade, na adoção de políticas eficazes em face do sociais articuladas com as políticas neoliberais de regulação,
crescimento urbano acelerado nas últimas décadas e da do enfraquecimento do Estado, da sobreposição e do
consolidação dos espaços cornubados e complexos. fortalecimento dos donos do poder econômico, a região
metropolitana de Belo Horizonte se tornou densamente
É inegável que é nas Metrópoles que se encontram a vulnerável, os seus bairros periféricos foram os mais
constituição, o crescimento e o movimento significativo das precarizados, fazendo com que o desemprego, a violência e a
atividades econômicas e sociais brasileiras. Contudo, também favelização se tornassem “irreversíveis”.
é certo, que esta concentração dos meios de produção, da ... a dinâmica socioeconômica da RMBH, foi alterada
circulação e dos empregos, tem gerado profundas dramaticamente nos anos de 1990, seja pelo processo de
discrepâncias entre os municípios, os Estados Membros e privatização das empresas estatais, pela maior abertura
dentro das próprias regiões metropolitanas, resultando em comercial, pela crise fiscal do setor público, pelos programas
maximização das desigualdades regionais e sociais. de estabilização, valorização cambial entre 1994 e 1999, pelas
Temos, portanto, um processo e um quadro urbanístico elevadas taxas de juros e, consequentemente baixo
totalmente contraditório, de um lado, têm-se a produção de crescimento econômico. (...) As áreas mais atingidas
riqueza, a priorização de investimentos públicos e privados; de socialmente foram os vetores oeste (região mais
outro, a perda da qualidade de vida, a dilatação da pobreza e a industrializada) e norte (onde prevalecem cidades-
concentração de renda. dormitórios), os quais apresentaram expressivo crescimento
Diante desta realidade, ao Estado não cabe outra do desemprego, da informalidade e da criminalidade.
alternativa senão planejar, ou seja, deve-se se buscar a ação A centralização da metrópole à cidade de Belo Horizonte,
estatal, a fim de permitir a revisão dos efeitos perversos da também contribuiu sobremaneira para concentração de
acumulação de riquezas e das políticas neoliberais renda, aumento da desigualdade social em relação à moradia,
reguladoras excludentes. Atendendo, assim, aos objetivos do educação e saúde. Ou seja, uma violência aos direitos
Estado Democrático de Direito, bem com o exercício dos fundamentais do cidadão ditados pela Constituição de 1988.
direitos individuais e sociais previstos na Constituição Percebe-se, na caótica formação da metrópole Belo
brasileira de 1988. Horizontina, o Estado mineiro se mostrou impotente para
administrá-la e atender os anseios dos “cidadãos
Aspectos gerais de região metropolitana de belo metropolitanos”. Ocorrendo também a incapacidade do Estado
horizonte. de promover o planejamento à luz dos princípios
A região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH) foi Constitucionais, que poderia garantir o desenvolvimento
institucionalizada pela primeira vez, através da Lei sustentável da dita região metropolitana (art. 25, parágrafo
Complementar Federal, nº 14 de 08/06/1973. Contudo, a terceiro da Constituição da República do Brasil).
interação entre a capital Mineira e os municípios limítrofes já A Constituição do Estado de Minas Gerais de 1989, alterada
era plenamente visível desde a década de 40. Vindo a pela Emenda Constitucional de n. 65 de 25/11/2004, versou,
sedimentar nas décadas de 50 a 60, com o incremento do logicamente, sobre a região metropolitana dentro dos
processo de industrialização mineira e o “boom” demográfico parâmetros da Constituição de 1988, fixando o que considera
da região Metropolitana de Belo Horizonte, onde neste região metropolitana, exigindo o seu planejamento integrado,
período, passou de 500 mil habitantes para 1,5 milhão. estabelecendo a sua estrutura institucional e definindo
A necessidade da criação da referida região metropolitana, interesse comum. Vejamos:
já se fazia presente na vida dos munícipes, dado o grau de
interação dos primeiros municípios a integrarem a metrópole. Art. 45 - Considera-se região metropolitana o conjunto de
Todavia este processo já nasceu contraditório e excludente. Municípios limítrofes que apresentam a ocorrência ou a
Desde o início do processo de industrialização mineira, tendência de continuidade do tecido urbano e de
houve nítida preferência de investimentos na cidade de Belo complementaridade de funções urbanas, que tenha como
Horizonte, sob a justificativa dela ser o centro da metrópole e, núcleo a capital do Estado ou metrópole regional e que exija
por tanto deveria ser o centro das atividades econômicas, das planejamento integrado e gestão conjunta permanente por
decisões políticas, dos serviços públicos e da fixação de parte dos entes públicos nela atuantes.
infraestrutura.
Como se não bastasse, dentro da própria cidade de Belo Art. 46 - Haverá em cada região metropolitana:
Horizonte, esta discrepância era talvez mais visível, com a I - Uma Assembleia Metropolitana;
criação das periferias e dos famosos conjuntos habitacionais. II - um Conselho Deliberativo de Desenvolvimento
Conjuntos construídos conforme a vontade do capital Metropolitano;
imobiliário, sob as justificativas de receber a população vinda II - uma Agência de Desenvolvimento, com caráter técnico
do interior, sob o pretexto de diminuir a concentração executivo;

12 Texto extraído de “O PLANEJAMENTO ESTATAL E A REGIÃO https://www.direito.ufmg.br/revista/index.php/revista/article/download/16


METROPOLITANA DE BELO HORIZONTE”, de Giovani CLARK e Anna Carolina 0/148
Gomes dos REIS. Disponível em:

História de Belo Horizonte 10


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IV - um Plano Diretor de Desenvolvimento Integrado; O desafio de planejar a metrópole é reconhecido na Lei


V — um Fundo de Desenvolvimento Metropolitano. mineira n. 15.032/2004, o chamado Plano Mineiro de
Desenvolvimento Integrado, mas os objetivos deste planejar,
Art. 43 - Considera-se função pública de interesse comum todavia, não são nada animadores. Segundo consta no referido
a atividade ou o serviço cuja realização por parte de um documento, são considerados um dos principais objetivos do
Municipal isoladamente, seja inviável ou cause impacto nos “planejamento metropolitano” “fortalecer a cidade-pólo e
outros Municípios integrantes da região metropolitana. promover o seu desenvolvimento”. Percebemos assim, mais
§1° - A gestão de função pública de interesse comum será uma vez, em um círculo vicioso, que a idéia de políticas
unificada. públicas recai sobre a cidade pólo (a capital).
A metrópole Belo Horizonte apesar de ter encontrado, a
Minas Gerais partir do ano 2000, uma pequena estabilidade quanto à
Obviamente, a Região Metropolitana de Belo Horizonte é densidade populacional, ainda esbarra com sérios problemas
gerida pelo Estado de Minas Gerais, que por sua vez ampliou o de desenvolvimento econômico e desigualdade social, em
número de Municípios integrantes, através da Lei virtude da ausência de planejamento e da inexistência da
Complementar Estadual n.º 89/2006 e deixou a referida consciência metropolitana.
metrópole com a atual composição de 34 municípios Desde a formação da RMBH, o que se percebe é a adoção
integrantes. de medidas de políticas econômicas com resultados limitados,
Ademais, a Lei Complementar mineira n. 88/2006, versa concentradores e elitista, constituindo uma sumária exclusão
sobre o planejamento e a gestão da RMBH, ficando as da maioria dos municípios do processo deliberativo e dos
complexas missões a cargo da Assembleia Metropolitana, do frutos daquelas.
Conselho Deliberativo de Desenvolvimento Metropolitano e da A dificuldade de pensar a região metropolitana como um
Agência de Desenvolvimento Metropolitano. “todo” e não apenas a capital, e ainda, a institucionalização da
A participação dos Municípios se dá principalmente no subserviência dos demais municípios à Belo Horizonte,
Conselho Deliberativo de Desenvolvimento Metropolitano, consolida o nosso sistema violador de direito básicos do
mas devemos atentar ao fato, que embora a estrutura da homem previstos dos artigos 5º ao 7º da nossa Constituição.
RMBH, seja de 34 municípios, o artigo 5º da referida Lei
Complementar n. 88/2006, prevê a participação direta de Planejamento estatal e a região metropolitana
apenas 6(seis) municípios, sendo que Belo Horizonte, Ao discorrer sobre o tema “metrópole”, no caso específico
Contagem e Betim, devem obrigatoriamente participar do da Metrópole de Belo Horizonte, é inevitável falar sobre o
conselho, restando apenas 3(três) vagas a ser disputada entre instituto do planejamento na Constituição de 1988, como
os outros 31 Municípios. imprescindíveis a realização do nosso desenvolvimento social
A lei Complementar de Minas Gerais n. 88/2006, tem como e econômico.
objetivo principal o planejamento integrado das várias áreas Apesar de ser amplamente fixado pela Constituição de
de interesse como: saúde, educação, meio ambiente, 1988 como pressupostos para se atingir seus objetivos
saneamento básico, desenvolvimento sócio econômico e constitucionais, o Planejamento é frequentemente
realização de programas e projetos. Certamente têm-se aqui desprezados pelos governantes e pela própria Ciência do
uma incoerência, como promover um planejamento integrado Direito.
de 34 municípios, se, em tese, 28 municípios são excluídos do Planejamento é definido por Souza, como “ato político para
processo deliberativo. efetivar a intervenção do Estado no domínio Econômico”.
A referida Lei Estadual prevê ainda a criação de uma Ensina o mestre Washington Peluso Albino de Souza:
Agência de Desenvolvimento Metropolitano de caráter técnico (...) Planejamento (...) constitui-se o “o ato de planejar” e
e executivo. Esta agência foi criada mediante Lei prende-se essencialmente a ideia de racionalizar o emprego de
Complementar mineira de n. 107 de 12 de janeiro de 2009, meios disponíveis para deles retirar os efeitos mais favoráveis.
para fins de, segundo artigo 1ª da referida lei: “planejamento, Seu conceito está intimamente ligado no sentido do que seja
assessoramento e regulação urbana, viabilização de econômico, visto como este traduz o intuito de obter maior
instrumentos de desenvolvimento integrado da Região vantagem do emprego de meios escasso, para sua consecução.
Metropolitana de Belo Horizonte - RMBH - e apoio à execução de (Souza)
funções públicas de interesse comum, com autonomia Ainda sobre o Planejamento, o Prof. Eros Roberto Grau
administrativa e financeira” (Minas Gerais, 2010, p. 101). escreve:
Até a presente data a única medida tomada para O planejamento consiste na aplicação de técnicas de
implementar a Agência foi à nomeação dos cargos diretivos e previsão e pressuposição da ação coordenada do Estado como
seus respectivos salários. Nada foi realizado, qualquer ato no um todo, no intuito de realizar fins previamente definidos da
que tange a realização técnica do planejamento metropolitano. forma mais completa e rápida possível. Em suma, é uma
Frisamos que em toda a história de existência da atividade-meio para o alcance de objetivos estatais, o que se
metrópole, vários órgãos foram implantados para atender as expressa documentalmente em um ‘plano’, o qual contempla
finalidades da criação da RMBH, contudo todos acabaram por as metas e os meios de ação, sendo um método de intervenção
serem extintos em face da completa inatividade destes órgãos, nas atividades econômicas com vistas à sua ordenação para
seja pela prestação de ações insuficientes ou por serem melhor funcionamento da ordem social.(Grau)
incapazes de planejar e executar suas funções. O “problema” de planejar a metrópole de forma integrada
Utilizando as palavras do Professor Giovani Clark, no livro é histórico, a começar pela sua Instituição em 1973, mediante
“Questões Polêmicas de Direito Econômico”, no capítulo o a Lei Complementar Federal, n.º 14, que na forma tipicamente
“fetiche das leis”, no âmbito da região metropolitana temos o brasileira, impôs, a União, a formação de metrópoles sem
“fetiche dos órgãos.” Percebemos que os poderes públicos considerar a realidade socioeconômica e o nível de integração
criam órgãos ao sabor da conveniência estatal e do poder de cada região.
econômico privado, pondo sobre eles todas as expectativas de No caso da região Belo Horizonte, apesar de grande parte
planejamento, normatização e realização de projetos. É como dos municípios terem um grau de interação acentuado,
se por apenas em um lance de mágica, com a mera criação de existiram exemplos de distorções, como é o caso da inclusão
órgãos, os problemas da região metropolitana pudessem ser da cidade de Caeté como município integrante da metrópole,
resolvidos. cujo motivo foi o simples fato desta cidade ser o local onde
residiram dois ex-governadores do Estado de Minas Gerais:

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João Pinheiro e Israel Pinheiro. De fato, a cidade de Caeté não enfrentados em conjunto e não na individualidade de cada
tinha o perfil para ser incluída na RMBH, mas seria Município ou de determinado setor público ou privado.
interessante ter “status” de pertencer à metrópole. Desde a instituição da região Metropolitana, os poderes
Ainda hoje, temos distorções, como são exemplos: a legislativo, executivo e judiciário brasileiro deveriam
inclusão dos Municípios de Nova União (cidade 100% rural), empreender esforços para promover um planejamento
Baldim e Rio Manso, como integrantes da referida região integrado dos municípios, mediante um modelo de
metropolitana, cujo os graus de interação são considerados organização administrativa, que propicie um real
“muito baixo” e as condições sociais “ruim”, segundo dados do desenvolvimento e não um mero crescimento modernizante.
Observatório das Metrópoles, colhidos em 2004 (Andrade). É Contudo, as tentativas ou as ações dos governantes têm se
neste quadro incoerente, que se encontra a região mostrado ineficazes para solução dos problemas
metropolitana de Belo Horizonte, onde a tarefa de planejar é metropolitanos em nações em desenvolvimento ou
casa vez mais difícil e necessária a fim de termos um efetivo subdesenvolvidas como a nossa.
desenvolvimento.
Criada sob a égide do período militar de 1964 a 1985, o Conclusão
planejamento inicial das regiões metropolitanas brasileiras foi As questões debatidas neste trabalho demonstram a
marcado pela mera regulação do espaço territorial, em importância do planejamento como técnica de intervenção
atendimento ao capital imobiliário e a indústria do consumo, Estatal no Domínio Econômico e social para reduzir as
sem considerar o impacto social a ser causado posteriormente, desigualdades, eliminar a pobreza, distribuir as riquezas
ou seja, a segregação residencial e a estratificação social. produzidas no processo produtivo e estabelecer ações que
A ação estatal no referido período autoritário fortaleceu os favoreçam o pleno desenvolvimento da região metropolitana
efeitos da regulamentação, ficando evidente no âmbito da de Belo Horizonte.
Região Metropolitana de Belo Horizonte e as demais regiões Apesar de haver várias vozes afirmando que a criação das
brasileiras, dada a alta densidade demográfica, a centralização regiões metropolitanas é um grande erro em face da grande
de investimentos e um (des)planejamento sócio econômico dificuldade de gerir estas regiões e equilibrar interesses de
perverso. Posteriormente, embora desvalorizado pela todos. Ainda assim é inegável que as interações dos Municípios
ideologia neoliberal reguladora dos anos 90, o ato de planejar das regiões metropolitanas passam pelo Planejamento e
passou a se tornar, no século XXI, um importante meio capaz intervenção combinada e/ou contratual, bem como pela
de promoção do desenvolvimento integrado das Metrópoles. formação urgente de uma efetiva consciência metropolitana.
Aqui devemos relevar a importância do planejamento O presente artigo comprova que a região metropolitana de
como pressuposto de eficácia para qualquer plano, que é a Belo Horizonte é um exemplo de “ausência de planejamento” e
peça técnica do planejamento. Ao planejar, a metrópole de desigualdades locais. As intervenções combinada e/ou
mapeia-se a realidade social e econômica e traçam-se metas e contratual se mostram adequadas com os princípios do nosso
objetivos que favorecerão o desenvolvimento sustentável da Estado Democrático de Direito, seja porque permitem a
região. participação dos indivíduos e da sociedade e possibilitam
A falta de um planejamento ou seu desvirtuamento traz objetivamente transformar a realidade caótica metropolitana.
uma série de prejuízos para sociedade, uma vez que o Somente um planejamento legítimo, democrático e real
instrumento realizador dos direitos fundamentais se instrumentalizará o principal objetivo de qualquer
transforma em mecanismo de favorecimento às elites políticas planejamento Estatal, ou seja, de efetivação dos direitos
e econômicas. fundamentais, a garantia do bem estar social e do
Ademais, no planejamento da região Metropolitana, os desenvolvimento socioeconômico, no caso especifico, da
Municípios integrantes terão que ter a possibilidade de região metropolitana de Belo Horizonte.
diminuir as suas desigualdades e promover relações
produtivas e sociais solidárias entre eles, buscando o O lugar de Belo Horizonte entre as capitais brasileiras
desenvolvimento equilibrado e não apenas o crescimento Capital de Minas Gerais13 (MG), Belo Horizonte é o
modernizante. município mais populoso do Estado com uma população de 3
Quando não ocorre nenhuma transformação, seja social, milhões de habitantes aproximadamente.
seja no sistema produtivo, não se está diante de um processo Com intensa vida cultural, a cidade é conhecida
de desenvolvimento, mas da simples modernização. Com a mundialmente e já foi considerada a melhor capital da América
modernização, mantém-se o subdesenvolvimento, agravando Latina no tocante à qualidade de vida.
a concentração de renda. Ocorre assimilação do progresso Seu primeiro nome foi Capital de Minas. O planejamento de
técnico das sociedades desenvolvidas, mas limitada ao estilo Belo Horizonte é inspirado em Washington e o projeto é de
de vida e aos padrões de consumo de uma minoria responsabilidade dos engenheiros Aarão Reis e Francisco
privilegiada. Embora possa haver taxas elevadas de Bicalho.
crescimento econômico e aumentos de produtividade, a A construção foi iniciada em 1893 e a inauguração ocorreu
modernização não contribui para melhorar as condições de em 12 de dezembro de 1897. Hoje, Belo Horizonte conta com
vida da maioria da população. 23 municípios integrando a região metropolitana, onde vivem
O crescimento sem desenvolvimento, como já foi dito, é 4,8 milhões de habitantes.
aquele que ocorre com a modernização, sem qualquer Se você tivesse que escolher uma capital para viver no
transformação nas estruturas económicas e sociais (...) Brasil, qual escolheria? Segundo um levantamento feito pela
(Bercocivi) consultoria Macroplan14, a melhor resposta seria Curitiba. De
Por outro lado, em vista das experiências de acordo com a pesquisa, esta é a melhor capital brasileira para
(des)planejamento Metropolitano feitas até então, é se viver atualmente. O segundo lugar ficou com Florianópolis,
imperioso, a busca de novas possibilidades de integração real seguido por Vitória, Belo Horizonte e, em quinto lugar, São
dos Municípios, de forma a garantir os meios de intervenção Paulo.
que possam garantir a efetivação dos direitos fundamentais,
na medida em que os problemas Metropolitanos devem ser

13 https://www.todamateria.com.br/estado-de-minas-gerais/ 14 http://epocanegocios.globo.com/Brasil/noticia/2017/04/melhores-e-
piores-capitais-para-morar-no-brasil.html

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Já do lado oposto, Macapá aparece como a pior capital para Capitais Brasileiras16
se morar. Porto Velho é a segunda pior. Maceió, Belém e São A divisão política brasileira foi definida pela Constituição
Luís completam a lista das cinco piores capitais brasileiras de 1988. Nela, os 26 Estados, o Distrito Federal e suas 27
para se viver. capitais, estão agrupados em cinco regiões geográficas.
O estudo Desafios da Gestão Municipal avaliou as 100 Uma capital é a cidade onde reside o governo central e toda
maiores cidades do Brasil, que representam metade do a sede administrativa do Estado. As capitais podem existir em
Produto Interno Bruto (PIB) do país, em 16 indicadores diferentes níveis ou hierarquias, sendo nacionais ou estaduais.
divididos em quatro áreas: educação e cultura, saúde, De forma geral, uma capital é a cidade que tem mais destaque
segurança e saneamento e sustentabilidade. num campo social, cultural ou econômico.
O estudo também mostra quais foram as cidades mais bem “Havia forte tendência à concentração urbana em escala
colocadas em cada categoria. Vitória foi a melhor capital no regional, o que deu origem a importantes polos de crescimento
quesito Educação e Cultura, seguida por Florianópolis e São urbano e econômico, com influência em grandes extensões do
Paulo. A Macroplan ressalta que os 25 municípios com melhor território. É o caso de Belém, Fortaleza, Recife, Salvador, Belo
nota em educação estão nas regiões Sul ou Sudeste. Neste Horizonte, São Paulo, Rio de Janeiro, Curitiba e Porto Alegre,
grupo, destaque para o Estado de São Paulo, que abriga 19 capitais de estados que, posteriormente, constituíram regiões
municípios (incluindo a capital). metropolitanas que abrigavam aproximadamente 18% da
Em Saúde, as capitais mais bem colocadas foram Curitiba, população do país em 1950, cerca de 25% em 1970 e mais de
Palmas e Vitória. Em segurança, São Paulo é a capital mais bem 30% em 2010.” (Sene & Moreira, 2013, pg.204)
colocada. Da lista, 10 capitais se destacam no grupo dos 25
cidades com menores notas nessa categoria, sendo 8 capitais
do Nordeste (Recife, Natal, João Pessoa, Aracaju, Maceió,
Teresina, Fortaleza e São Luís) e 2 capitais do Centro-Oeste
(Goiânia e Cuiabá).
Em saneamento básico e sustentabilidade, Curitiba se
destaca como a capital com maior nota, seguida por Goiânia,
São Paulo e Salvador.

Melhores capitais
Posição no
Posição Capital
ranking geral
1 Curitiba (PR) 9
2 Florianópolis (SC) 17
3 Vitória (ES) 19
4 Belo Horizonte (MG) 20
5 São Paulo (SP) 21
Mapa político do Brasil: divisão por estados. Imagem: Wikimedia commons.
Piores capitais
Lista do Estados e Capitais por região
Posição no
Posição Capital Região Norte
ranking geral
1 Macapá (AP) 98 Acre – Capital: Rio Branco.
2 Porto Velho (RO) 94 Amapá – Capital: Macapá.
3 Maceió (AL) 93 Amazonas – Capital: Manaus.
4 Belém (PA) 89 Pará – Capital: Belém.
5 São Luís (MA) 85 Rondônia – Capital: Porto Velho.
Roraima – Capital: Boa Vista.
Belo Horizonte15, carinhosamente chamada de “BH”, é uma Tocantins – Capital: Palmas.
capital recheada de atrativos para os mais variados gostos.
Para quem gosta de história e cultura, vale a pena visitar a Região Nordeste
Praça da Liberdade, antes onde ficavam prédios do governo, Alagoas – Capital: Maceió.
agora um interessante complexo cultural. Aos domingos, ali Bahia – Capital: Salvador.
perto você vai conferir uma feira de artesanato e variedades, Ceará – Capital: Fortaleza.
com mais de 2.500 expositores. Maranhão – Capital: São Luís.
Os amantes de arquitetura não podem deixar de ir até o Paraíba – Capital: João Pessoa.
Complexo Arquitetônico da Pampulha – Patrimônio Mundial Pernambuco – Capital: Recife.
da UNESCO. Além da bela lagoa e do Museu de Arte da Piauí – Capital: Teresina.
Pampulha, a Igreja São Francisco de Assis é o grande destaque Rio Grande do Norte – Capital: Natal.
do local, pois traz um combo de referências importantes: obra Sergipe – Capital: Aracaju.
de Oscar Niemeyer, com pinturas de Cândido Portinari e
paisagismo de Burle Marx. Belo Horizonte ainda reserva Região Centro-Oeste
ótimos bares e restaurantes para seus visitantes, para provar Goiás – Capital: Goiânia.
tudo de melhor que a culinária mineira tem a oferecer. Mato Grosso – Capital: Cuiabá.
Mato Grosso do Sul – Capital: Campo Grande.
Distrito Federal – Capital: Brasília.

15https://www.viajali.com.br/capitais-brasileiras-e-suas-principais-atracoes/
16SENE, E.; MOREIRA, J. C. Geografia Geral e do Brasil: Espaço Geográfico e
Globalização. Volume 3. São Paulo: Scipione, 2013.

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Região Sudeste analisa as prioridades dos pretendentes aos cargos públicos


Espírito Santo – Capital: Vitória. em algumas das maiores cidades do Estado.
Minas Gerais – Capital: Belo Horizonte. De acordo com Monte-Mór, hoje as necessidades da
São Paulo – Capital: São Paulo. população não são atendidas nesse quesito. “Deveríamos ter
Rio de Janeiro – Capital: Rio de Janeiro. vários modais, metrô, uma boa rede de ônibus, variações de
modos de transporte públicos que se integrassem entre si.
Região Sul Hoje nem integração tarifária temos”, critica ele, referindo-se
Paraná – Capital: Curitiba. ao sistema em que o cidadão usa o mesmo cartão para pegar
Rio Grande do Sul – Capital: Porto Alegre. vários meios de transporte e tem desconto se pega um ônibus
Santa Catarina – Capital: Florianópolis. depois do metrô, por exemplo.
Isso se reflete na preferência do belo-horizontino pelo
Capital Federal carro. Em dez anos, de 2005 a 2015, a frota de veículos da
Brasília, além de ser a capital federal é também a sede do cidade praticamente dobrou, passando de 626 mil para 1,17
Governo do Distrito Federal. Está localizada no Centro-Oeste milhão. Enquanto isso, no mesmo período, a frota de ônibus
do Brasil, na região conhecida como Planalto Central. aumentou apenas 39%, de acordo com dados do IBGE. Nesse
setor, o Move, sistema de corredores de ônibus, tem sido
Grandes Metrópoles Nacionais citado pela atual administração como um bom exemplo.
A maior metrópole nacional é a cidade de São Paulo, capital Monte-Mór afirma que o sistema é fundamental, se for
do Estado de mesmo nome. É seguida por Rio de Janeiro e “bem gerido”. “Hoje a questão é como a pessoa vai sair de casa
Brasília. Essas três cidades apresentam poder de polarização e chegar até o Move. Tem que ser implementado por outras
em escala nacional, sendo São Paulo a de maior influência. formas”, diz.
Demais metrópoles nacionais, que apresentam poder de O cientista econômico Edson Paulo Domingues, da UFMG,
polarização em escala regional, são: Manaus, Belém, Fortaleza, afirma que é preciso ficar atento à verticalização da cidade e
Recife, Salvador, Curitiba, Goiânia, Porto Alegre e Belo ao encarecimento dos imóveis. “O custo de vida de BH sempre
Horizonte. foi menor do que o de São Paulo, mas nos últimos anos essa
diferença diminuiu. Uma das coisas que mais pesa nisso é o
preço da moradia. Isso valoriza o espaço urbano, mas cria
UNIDADE III problemas de habitação”, diz.
Outro problema citado pelos economistas é a questão da
3. Belo Horizonte sustentabilidade. Monte-Mór relembra que, no final de junho,
Contemporânea: Desafios e o índice de gases do efeito estufa chegou a 1,76 toneladas de
Processos no Campo do gás carbônico por habitante (tCO²/hab), quase dobrando nos
últimos 14 anos. As medidas já são maiores do que as de São
Desenvolvimento Urbano e Paulo. “E 70% disso vem do transporte”, aponta Monte-Mór.
Econômico-social: Domingues aponta que é preciso que a cidade tenha planos
3.1. Industrialização e de longo prazo, para 20, 30 anos. “O que se imagina para a
cidade daqui a esse tempo? Poderia se fazer uma meta de longo
Urbanização Belo- prazo para uma cidade mais sustentável, por exemplo”,
Horizontinas: Dilemas explica. (Larissa Veloso)
Atuais;
Industrialização e Urbanização Belo-Horizontinas:
3.2. Expansão Industrial e a Dilemas Atuais
Face Moderna de Belo
Horizonte: Industrialização, Expansão Industrial e a Face Moderna de Belo
Horizonte: Industrialização, Urbanização e Favelização18
Urbanização e Favelização; Um dos fatores principais foi a chegada da Fiat, nos anos
3.3. Perspectivas 70, no município de Betim, na Grande BH, o que tornou seu
Econômicas e Culturais para polo industrial ainda maior.
As favelas de Belo Horizonte remontam à fundação da
Belo Horizonte. cidade, em 1897. O planejamento da nova capital não previa
espaço de moradia para os operários, que foram obrigados a
se assentarem ilegalmente na periferia. Assim, não só os
Belo Horizonte Contemporânea: Desafios e Processos conceitos de cidade formal e informal surgem juntos, um
no Campo do Desenvolvimento Urbano e Econômico- existindo apenas na presença do outro, como o avanço das
social17 duas dimensões de cidade também é paralelo: na década de
Trânsito é um dos principais desafios para Belo Horizonte 1940, as favelas cresceram ao longo de três grandes vias
A cidade, construída especialmente para ser a capital do (avenidas Amazonas e Antônio Carlos e Anel Rodoviário),
Estado, passou de 2,5 milhões de habitantes e enfrenta enquanto o restante se expandia igualmente.
problemas de uma metrópole. Um dos principais, segundo o Nas décadas de 1950 e 1960, as favelas atingem uma taxa
arquiteto e urbanista Roberto Luiz Monte-Mór, da Faculdade de crescimento maior que o restante da cidade: os 36 mil
de Ciências Econômicas da UFMG, é o trânsito. “As questões habitantes que moravam em vilas em 1950 mais do que
urbanas são inúmeras, mas a questão do transporte público é triplicaram 15 anos depois, chegando a 120 mil pessoas. Em
uma das grandes. Não apenas o investimento, mas a gestão 1985, a população nos aglomerados já era de 550 mil pessoas.
desse sistema”, diz o especialista, ouvido pelo Aparte em uma “Esse crescimento aponta para a acentuação de um modelo de
série que será publicada semanalmente neste espaço e que desenvolvimento da cidade que perpetua a segregação

17Referência: OTEMPO. Trânsito é um dos principais desafios para Belo Horizonte. 18RODRIGUES, L. LAGES, L. A reinvenção da favela. UFMG Diversa. Disponível em:
O Tempo, A.Parte. Disponível em: < < https://www.ufmg.br/diversa/17/index.php/aglomerados/a-reinvencao-da-
http://www.otempo.com.br/hotsites/aparte/tr%C3%A2nsito-%C3%A9-um-dos- favela> Acesso em 07 de junho de 2017.
principais-desafios-para-belo-horizonte-1.1339507> Acesso em 07 de junho de
2017.

História de Belo Horizonte 14


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socioespacial”, analisou o historiador Samuel Rodrigues de Com área de influência de 5 milhões de habitantes e uma
Oliveira, no artigo “O movimento de favelas de Belo Horizonte economia predominantemente centrada no setor terciário,
e as representações do passado (1960-1980)”. responsável por 86% da arrecadação do município, BH se
transformou no principal polo de atração e difusão de
Reforma urbana produção econômica não industrial da região central do
As primeiras favelas da capital mineira surgiram sob a Sudeste, a partir da expansão de atividades movidas pela
égide dos debates em torno da reforma urbana. Em 1955, criatividade, inovação, alta tecnologia e produção de bens e
apenas 600 das 2500 habitações da periferia possuíam título serviços.
de posse. “Era uma insegurança muito grande”, diz Samuel de A cidade sempre teve destaque no panorama brasileiro no
Oliveira. Considerando a densidade populacional daquela que se refere à arquitetura, ao artesanato, à música, à dança,
época, a reforma urbana não demandaria muito esforço. Mas o artes plásticas, à gastronomia, à produção de moda e design de
número de habitantes da periferia se multiplicaria móveis e, em tempos de economia criativa, também no
rapidamente. E só no governo de João Goulart, de 1961 a 1964, desenvolvimento de tecnologias de informação, comunicação
a reforma urbana passou a ser vislumbrada no Brasil. e startups, biotecnologia, saúde e excelência médica, cervejas
Acompanhando o governo federal, o prefeito de Belo artesanais e design. Inúmeras empresas nasceram na região e
Horizonte da época, Jorge Carone, editou, em junho de 1963, trouxeram fama nacional e internacional para suas marcas e
um decreto-lei que desapropriava terras. criadores.
Mas foi só na década de 80, com ações do Programa de Belo Horizonte figura entre os 25 melhores destinos da
Desenvolvimento Comunitário (Prodecom), que as favelas de América Latina para se fazer negócios, e o quarto destino
Belo Horizonte começaram a ser beneficiadas com obras de nacional, de acordo com o estudo anual elaborado pela
urbanização. Naquela época, a disparidade entre a favela e a América Economia Intelligence. Este ranking leva em conta
dita “cidade formal” chegou a níveis sem precedentes. “Não índices como o capital humano, dinamismo econômico,
havia assistência educacional ou de saúde. As associações de infraestrutura e conectividade, marco político e social, bem
favelas é que se encarregavam dessa tarefa, através de como sustentabilidade. Sua região metropolitana, formada por
convênios com professores e com as faculdades de medicina”, 34 municípios, é a sétima maior da América Latina.
descreve Samuel Oliveira. O Aeroporto Internacional Tancredo Neves –BH Airport –
19A industrialização de Belo Horizonte foi marcada por se tornou um importante “hub” da malha aérea brasileira. O
longos períodos de estagnação econômica e recessão. Ela tem aeroporto tem voos diários para os principais destinos do país
hoje, um dos maiores polos industriais do país, com empresas e voos diretos para as Américas e Europa, operados por
de ponta nas áreas de confecção, calçados, informática, companhias nacionais e internacionais. Para os próximos anos
alimentação e turismo. está previsto a implantação da Aerotrópole Belo Horizonte em
Um dos fatores principais foi a chegada da Fiat, nos anos seu entorno. Já o Aeroporto Carlos Drummond de Andrade, na
70, no município de Betim, na Grande BH, o que tornou seu Pampulha, tem ampla estrutura, recebendo voos nacionais e
polo industrial ainda maior. regionais – cobrindo as principais cidades-polo do interior
mineiro – e está localizado a apenas 8 km do centro da cidade.
Caro(a) candidato(a), caso queira enriquecer teus estudos Além disso, Belo Horizonte conta com uma excelente
há um artigo publicado na “DILEMAS: Revista de Estudos de infraestrutura para a atração de encontros de negócios e
Conflito e Controle Social” com o título: Mercado do crack e a eventos, sejam eles de pequeno, médio ou grande porte. A
violência urbana na cidade de Belo Horizonte, que poderá ser realização de eventos tem conquistado cada vez mais espaço
acessado pelo seguinte endereço eletrônico: como atrativo de Belo Horizonte com o número crescente de
https://revistas.ufrj.br/index.php/dilemas/article/viewF congressos, feiras, eventos técnico-científicos e exposições. Os
ile/7285/5864>, faça boa leitura e estudos. principais setores envolvidos são: agronegócios, cultura,
ciências exatas, ciências médicas, ciências sociais, engenharias,
Ainda há outro trabalho intitulado “Belo Horizonte: uma esportes, gastronomia, moda e tecnologia.
cidade para a modernidade mineira” que trata sobre o A capital mineira desempenha papel fundamental para
processo de modernização estrutural e política da capital a manter o Brasil bem posicionado no Ranking Mundial de
partir da década de 1920. Ele está disponível no seguinte Eventos Internacionais da ICCA (International Congress and
endereço: Conference Association), entidade que mede a participação
http://www2.pucminas.br/imagedb/documento/DOC_D dos destinos na captação de eventos internacionais. Em 2014
SC_NOME_ARQUI20070514091138.pdf manteve a 6ª colocação no ranking nacional.
Por ter sido uma das cidades sede da Copa do Mundo FIFA
Perspectivas Econômicas e Culturais para Belo 2014 e da Copa das Confederações em 2013, recebeu novos
Horizonte.20 investimentos, entre eles a melhoria da mobilidade urbana, a
Belo Horizonte, expoente do planejamento urbano construção de novos hotéis e espaços para realização de
brasileiro, é uma metrópole jovem, que dialoga com a tradição eventos. O maior evento esportivo do mundo trouxe para a
e a modernidade, oferecendo aos moradores e visitantes uma capital de Minas Gerais uma agenda internacional intensa que
completa infraestrutura urbana. fortalece os elos da cadeia produtiva do turismo de negócios
A capital mineira vem se destacando no cenário do na capital.
Turismo de Negócios e Eventos, que se desenvolve como um
econômico dinâmico devido à sua capacidade de geração de Aerotrópole - A implantação da Aerotrópole Belo
emprego e renda. A constante inovação e qualidade na Horizonte em torno do Aeroporto Internacional Tancredo
prestação de serviços, variedade de atrativos, lazer e Neves (AITN), em Confins, na Região Metropolitana de Belo
entretenimento, junto à posição geográfica privilegiada no Horizonte (RMBH), é a grande estratégia do governo estadual
mapa brasileiro (a cidade está a 434 km do Rio de Janeiro e a para a atração de novos investimentos para a região e o
586 km de São Paulo - as duas principais cidades do Brasil- e a fomento de um bom ambiente de negócios.
716 km da capital, Brasília) possibilitam um diferencial
competitivo ao destino.

19 Disponível em: <https://goo.gl/pIyYJ3>. Acesso em junho de 2017. 20 Referência. BELO HORIZONTE. Panorama. Belo Horizonte, Minas Gerais.
Disponível em: <http://www.belohorizonte.mg.gov.br/negocios/cidade-para-os-
negocios/panorama> Acesso em 07 de junho de 2017.

História de Belo Horizonte 15


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O turismo de negócios é apontado como uma das vocações Questões21.


econômicas da capital. Empresários do setor enxergam na
constituição da Aerotrópole a mola propulsora capaz de (As questões a seguir correspondem ao último concurso
elevar, definitivamente, Belo Horizonte à categoria de cidade realizado para o mesmo cargo e de mesmo edital.).
internacionalizada.
A área tem um raio de 25 quilômetros em torno do 01. A transferência da capital de Ouro Preto para Belo
aeroporto e cinco quilômetros em cada margem do rodoanel. Horizonte, na época chamada “Cidade de Minas”, ocorreu em
O objetivo é que seja possível o deslocamento de qualquer decorrência:
ponto da aerotrópole ao aeroporto em 35 minutos. Os I. da localização privilegiada de Belo Horizonte, num
primeiros empreendimentos já entregaram os projetos planalto central de Minas Gerais.
executivos e alguns, como os hotéis, já começaram a operar. A II. das ótimas condições geográficas e o clima agradável de
inclusão de investimentos e negócios do setor aéreo e Belo Horizonte.
aeroespacial no plano de negócios do Vetor Norte da Capital III. da exploração excessiva do ouro e seu esgotamento,
impulsionou e deve continuar alavancando a implantação da com a decadência da mineração em Ouro Preto, que foi
aerotrópole. perdendo seu prestígio como Capital.
IV. da imposição política de Afonso Pena, então governador
Rede Hoteleira - Para atender demanda latente e com a de Minas Gerais.
indução da Copa do Mundo FIFA 2014, houve uma forte Marque a alternativa CORRETA.
expansão da rede hoteleira em Belo Horizonte e na região (A) Apenas os itens I e II estão corretos.
situada dentro de até 80 km da capital. (B) Apenas os itens I, II e III estão corretos.
Os novos hotéis da capital disponibilizam espaços para (C) Apenas os itens II, III e IV estão corretos.
eventos e tarifas competitivas. Com o renovado parque (D) Todos os itens estão corretas
hoteleiro, Belo Horizonte conta com redes internacionais e
mais de 160 empreendimentos entre hotéis, apart-hotéis, 02. No brasão de Belo Horizonte, símbolo da cidade,
pousadas e albergues, disponibilizando mais de 31 mil leitos. aparecem duas datas: 17 de dezembro de 1893 e 12 de
dezembro de 1897, respectivamente, o dia em que ficou
Eventos em BH - Belo Horizonte possui uma excelente decidida a transferência da sede do governo e o dia da
infraestrutura para receber eventos de todos os portes. São instalação oficial da nova capital.
centenas de espaços para a realização de eventos entre Em relação à transferência da capital mineira de Ouro
pavilhões de feiras e exposições, centros de convenções, Preto para Belo Horizonte, é CORRETO afirmar que:
auditórios, espaços em hotéis, arenas multiuso, centros (A) foi consensual entre os moradores de Belo Horizonte e
esportivos, museus, dentre outros. Ouro Preto.
Seus principais espaços para eventos e convenções estão (B) foi nomeado um grupo da Nova Capital chefiada pelo
entre os maiores e mais bem equipados do país. O Expominas engenheiro João Leite da Silva Ortiz para a mudança.
é um dos mais modernos. Com capacidade para 45 mil pessoas (C) o nome oficial de Belo Horizonte só foi adotado
e estacionamento para 2.100 veículos, é o único centro de definitivamente quatro anos mais tarde, em 1901.
convenções da América Latina ligado diretamente a uma (D) carinhosamente Belo Horizonte ganhou vários
estação de metrô e o único do país a oferecer climatização e apelidos com forma de facilitar a transferência para a nova
tratamento acústico em todos os ambientes. O Minascentro capital
possui diversificada infraestrutura, o que permite sediar
eventos de diversos formatos e dimensões. São oito auditórios, 03. A construção da capital, ao final do século XIX, tinha
com capacidade total de 3.100 lugares, dezoito salas de apoio como objetivo divulgar as ideias de modernidade e progresso,
e capacidade total para 10 mil pessoas. que refletiam mudanças que ocorriam no país e no exterior,
principalmente no campo da arquitetura e do planejamento
Além dos negócios urbano.
Cercada pela Serra do Curral, Belo Horizonte possui
diversos parques, museus, centros culturais, casas de shows. A Marque a alternativa que NÃO corresponde a ideia de
vida cultural da capital é uma atração à parte. Os festivais modernidade e progresso presente na construção de Belo
gastronômicos movimentam, anualmente, a noite boêmia da Horizonte.
capital. Cerca de 18,6 mil bares e restaurantes oferecem ao (A) A fundação da capital mineira figurava, sem dúvida,
visitante a oportunidade de desfrutar da tradicional nessa perspectiva de um projeto plantado no futuro.
gastronomia mineira, reconhecida mundialmente por sua (B) A capital mineira foi construída em consonância com
originalidade e tempero. Para as compras, o destaque fica por as novas tendências urbanas e em sintonia com a estratégia
conta do Mercado Central - com cerca de 400 lojas - e dos polos política da ordem, em especial, da Europa à época.
de moda do Barro Preto, Prado e Lourdes, além da Savassi. (C) A demolição da antiga Matriz de Boa Viagem na capital
A arquitetura de Oscar Niemeyer, os renomados grupos de mineira e o propósito de se erguer uma nova igreja matriz no
dança, teatro e música, as cervejas artesanais, o famoso queijo mesmo local.
mineiro, o rico artesanato de madeira, metal, pedras, fibras (D) A construção da capital mineira visava a implantação
naturais e outros materiais, além da proximidade com cidades de uma cidade que primasse pela beleza, pela estética, pelos
históricas e o íntimo contato com a natureza fazem da padrões arquitetônicos, sendo ao mesmo tempo espelho que
encantadora capital mineira o lugar ideal para quem quer refletisse a imagem do novo tempo que se instaurava no país.
conhecer e vivenciar o melhor da cultura brasileira.
04. “PROIBIDO PISAR NO GRAMADO
Talvez fosse o melhor dizer:
PROIBIDO COMER O GRAMADO
A prefeitura vigilante
vela a soneca das ervinhas.

21 Fonte: <https://www.pciconcursos.com.br/provas/download/guarda-
municipal-prefeitura-belo-horizonte-mg-fgr-2010>

História de Belo Horizonte 16


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APOSTILAS OPÇÃO

E o capote preto do guarda é uma bandeira da noite. III. O transporte elétrico sobre trilhos que pode ser usado
[estrelada de funcionários.” como alternativa ao metrô e, principalmente aos ônibus,
Carlos Drumonnd de Andrade –Reunião, 1971. situação inédita em BH.
IV. A ampliação dos metrôs é um exemplo para o
Pode-se inferir, com base no texto acima, que o escritor transporte de massa como acontece nas grandes metrópoles
Carlos Drumonnd de Andrade tinha preocupação: do país e do exterior.
(A) em criticar a omissão da Prefeitura de Belo Horizonte A partir das medidas acima listadas, pode-se dizer:
com o meio ambiente. (A) Apenas as alternativas I, II e III estão corretas.
(B) com a preservação do espaço público, possivelmente (B) Apenas as alternativas II, III e IV estão corretas.
uma praça pública através da prefeitura de Belo Horizonte. (C) Apenas as alternativas I, II e IV estão corretas.
(C) destacar a importância do Guarda Municipal em (D) Todas as alternativas estão corretas.
proteger o patrimônio público.
(D) fazer apologia do autoritarismo militar da época, em 08. Em relação à participação das associações de
especial o vigilante noturno. moradores nas lutas urbanas, pode-se dizer:
I. que os dados existentes, desde a transferência da capital
05. A respeito de Belo Horizonte, pode-se dizer que foi para Belo Horizonte até hoje, são bastante significativos para
inventada três vezes. analisar a trajetória da melhoria urbana da cidade.
I. A primeira vez foi a invenção política (1897-1914) – obra II. que alguns partidos políticos tiveram relevância por
da república que queria demarcar o início de novos tempos, incluírem em suas propostas partidárias a participação das
superar o passado colonial-imperial tido como fator de atraso associações.
e estagnação. III. que a Igreja católica, em seu todo, incorporou-se de
II. A segunda foi a invenção mercantil (1914-1980) que corpo e alma aos movimentos associativos, como ocorreu em
culminou com a privatização de serviços, o domínio dos outras partes do país.
interesses econômicos, a modernização e a verticalização da IV. todos os municípios que integravam a Região
cidade, a expansão da infraestrutura material e a Metropolitana de Belo Horizonte em 1980 contavam com
industrialização. associações de base.
III. A terceira invenção é a social – que tendo antecedentes Marque a alternativa CORRETA.
nas lutas sociais, que resistiram à tendência excedente, que (A) Apenas o item I está correto;
marca o projeto da cidade desde o início, consolidou-se nos (B) Apenas o item II está correto;
anos 80-90 pela emergência de uma série de iniciativas (C) Apenas o item III está correto;
democráticas populares. (D) Apenas o item IV está correto.

Marque a alternativa CORRETA. 09. De 1967 até 1979, os prefeitos de Belo Horizonte
(A) Apenas o item I é verdadeiro. deixaram de ser eleitos para serem nomeados. Este período
(B) Apenas os itens II e III são verdadeiros. corresponde ao regime militar implantado no país.
(C) Apenas os itens I e II são verdadeiros.
(D) Todos os itens são verdadeiros. Assinale qual prefeito abaixo foi eleito pelo voto popular e
não nomeado.
06. “Por que ruas tão largas? (A) Dr. Célio de Castro.
Por que ruas tão retas? (B) Dr. Oswaldo Pieruccetti.
(C) Dr. Luiz Verano.
Cidade grande é isso? (D) Dr. Maurício de Freitas Teixeira Campos.

Aqui tudo é exposto 10. Estudos para o Plano Diretor de BH/2010 mostram:
evidente I. a concentração de estabelecimentos comerciais,
cintilante. Aqui industriais e de serviços na área central e suas imediações
obrigam-me a nascer de novo, desarmado”. II. equipamentos sociais de saúde, educação e lazer bem
Carlos Drumonnd de Andrade – Boitempo II. distribuídos nas 9 (nove) regionais.
III. que o nível de distribuição das atividades e
Na crônica poética acima, o autor faz menção à cidade de equipamentos proporciona a mesma segregação social que o
Belo Horizonte: processo de metropolização e periferização cristalizou.
(A) como uma cidade igual as demais. IV. que temos duas cidades convivendo lado a lado: a
(B) como uma cidade moderna, positivista, eugênica, que cidade das classes média e alta, e a cidade da periferia com
veio para romper com o passado. índices urbanos e sociais semelhantes ao da primeira.
(C) que nasceu por acaso, como um símbolo ideológico
cultural. Com base nas informações acima, marque a alternativa
(D) como um fruto espontâneo da aglomeração de casas CORRETA.
levantadas por uma conjunção de interesses e posicionamento (A) Apenas os itens I e II são verdadeiros.
estratégico. (B) Apenas os itens II e III são verdadeiros.
(C) Apenas os itens III e IV são verdadeiros.
07. O transporte com carros em Belo Horizonte está (D) Apenas os itens I e III são verdadeiros.
insuportável. Caso não seja tomada medida para diminuir o
número de automóveis em BH e outras metrópoles brasileiras, Respostas.
o alardeado colapso será inevitável. Especialistas em
transportes apostam como medidas eficazes para evitar o caos 01 – B / 02 – C / 03 – C / 04 – B / 05 – D / 06 – B /
do trânsito de BH e cidades vizinhas: 07 – C / 08 – B / 09 – A / 10 - D
I. Elaboração de planejamento para crescimento ordenado
da região metropolitana de Belo Horizonte.
II. A implantação de um modelo intermodal como solução
para desafogar o tráfego e melhorar o transporte na Capital.

História de Belo Horizonte 17


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Anotações

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