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AUTORAS E AUTORES
Apoio:
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Elizângela da Rocha Mota et. al. O potencial da multidisciplinaridade da
Psicologia: transgeneridade, intervenções, terceira idade, abuso sexual,
psicomotricidade, psicologia escolar e saúde mental. Organizado por
Evandro Brandão Barbosa. Manaus: CEULM/ULBRA, 2023.
Vários autores
ISBN: 978-65-00-80074-6
Formato: Digital
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Dedicamos este livro
As autoras e os autores.
AGRADECIMENTOS
As autoras e os autores.
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APRESENTAÇÃO
Boa leitura!
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SUMÁRIO
5
CAPÍTULO X – OS BENEFÍCIOS DO CURSO DE CORTE E COSTURA PARA
IDOSOS NO ORATÓRIO SANTO AFONSO,,,,,,,,,............................,,,,,218
6
CAPÍTULO I
1
Graduando do Curso de Psicologia do Centro Universitário Luterano De Manaus. Email:
faah.souza123@rede.ulbra.br
2
Graduanda do Curso de Psicologia do Centro Universitário Luterano De Manaus. Email: lollo91@rede.ulbra.br
3
Graduanda do Curso de Psicologia do Centro Universitário Luterano De Manaus. Email: naianepsi@rede.ulbra.br
4
Profa. Dra. em Psicologia Social, docente no Centro Universitário Luterano de Manaus. Email:
aparecida.martins@ulbra.br
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ABSTRACT:
1. INTRODUÇÃO
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população com 65 anos ou mais de idade chegará a 25,5% da população brasileira, ou
seja, com a quantidade aproximada de 58 milhões de idosos. (IBGE, 2018)
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confrontado com um chapéu contendo um espelho em seu interior e é questionado se
ele tira o chapéu para a pessoa refletida e o porquê da resposta.
10
técnicas arteterapêuticas como fortalecedoras da autoestima do idoso e descrever os
benefícios da arteterapia como instrumento na promoção da saúde da pessoa idosa.
Para tanto, abordaremos a temática no decorrer deste artigo nos itens a seguir:
Processo de envelhecimento; O envelhecimento da população brasileira e Arteterapia
como ferramenta terapêutica em saúde mental. No intuito de elucidarmos questões
pertinentes ao entendimento deste processo relativo a todos os indivíduos.
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que o idoso possa construir e reconstruir uma nova identidade e experimentar, através
da arteterapia, a reflexão crítica acerca do processo de envelhecimento, manejo de suas
emoções e autoestima.
2. JUSTIFICATIVA
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sobre o processo de envelhecimento, compreendendo a pessoa idosa como sujeito
ativo e participativo de suas relações sociais. Desta forma, o envelhecimento ativo
desempenha uma participação contínua da pessoa idosa, permitindo que percebem o
seu potencial para o bem-estar físico, mental e social ao longo de sua vida (OMS, 2005)
Certamente, para que o indivíduo tenha uma excelente qualidade de vida e bem-
estar pessoal, ressalta-se a importância de uma autoestima elevada que beneficie
diversos aspectos de sua vida de maneira objetiva e subjetiva (PARIOL, 2019). De
maneira subjetiva, podemos citar o bem-estar mental que também corrobora para a
potencialização da qualidade de vida do sujeito, caso contrário, uma baixa autoestima
pode acabar gerando diversos transtornos psicológicos, entre outros. (PARIOL, 2019)
13
tipo de intervenção recomendada para os idosos devido ao seu grande potencial e
sentido de estimulação, pois melhora as suas relações sociais e a sua autoestima”.
3. REFERENCIAL TEÓRICO
Há diversos estudos que apontam o maior número de pessoas idosas nos países
desenvolvidos, ou seja, onde há melhores condições sanitárias, melhor divisão de
riquezas entre a população, assim como o aumento de famílias menores, aquelas que
não têm intenção de procriar, diminuindo então a taxa de natalidade entre estes.
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condições em que se vive influenciam no processo de envelhecimento e na
forma com que se chega à velhice. Assim, o processo de envelhecimento é
influenciado também pela sociedade e pelo indivíduo (SALGADO, 2007, p. 68).
Segundo o Fabietti (2004) expressa que muitas pessoas chegam na terceira idade
em condições desfavoráveis em termos existenciais, relacionais, econômicos e de saúde
e em grande parte vivenciando essa etapa como uma fase negativa carregadas de
constrangimentos e empecilhos. Neste sentido Fontes (2007) ressalta o seguinte:
Nesse sentido, estas medidas visam contribuir para uma mudança de significado
atribuído ao envelhecimento, onde poderá ser tido como um processo saudável, natural
e funcional. Para tal, é necessário que o atual padrão aceito pela sociedade seja
desmistificado, ou seja, que o idoso seja visto não mais como incontestavelmente frágil,
passivo e adoecido, e sim como um membro ativo e capaz da sociedade, com direitos e
oportunidades correspondentes ao restante da população.
Fica claro que a população brasileira sofre com o desmantelamento dos serviços
públicos há muito tempo, porém com o aumento da expectativa de vida, e o constante
crescimento de pessoas idosas nos últimos anos, tem como consequência uma maior
precarização no que tange ao atendimento no setor de saúde pública, uma vez que essa
fatia da sociedade, necessita de maiores atenções médicas, visto que todos os fatores
mencionados anteriormente resultam no acúmulo de diversas patologias.
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Araújo (2012) pontua que para existir um bom desenvolvimento da população é
necessário que condições mínimas sejam ofertadas em todas as etapas da vida, para
que assim, esses indivíduos consigam chegar à terceira idade, em situações mais
satisfatórias, e as mudanças nas dinâmicas demográficas, se dão de maneira rápida, sem
que os outros campos, como a economia, política e social consigam alcançar seu ritmo.
Reconhece-se hoje que a população brasileira tem vivido cada vez mais e junto
a isso a preocupação em viver com mais qualidade de vida tem aumentado.
O Brasil é um jovem país de cabelos brancos. Todo ano, 650 mil novos idosos
são incorporados à população brasileira, a maior parte com doenças crônicas
e alguns com limitações funcionais. Em menos de 40 anos, passamos de um
cenário de mortalidade próprio de uma população jovem para um quadro de
enfermidades complexas e onerosas, típicas da terceira idade, caracterizado
por doenças crônicas e múltiplas, que perduram por anos com exigência de
cuidados constantes, medicação contínua e exames periódicos. O número de
idosos passou de 3 milhões em 1960, para 7 milhões, em 1975, e de 17
milhões em 2006- um aumento de 600% em menos de cinquenta anos.”
(VERAS, 2007, p. 2464)
Segundo Floriani et. al (2010) autoestima pode ser definida como a auto-
aceitação ou auto-rejeição, compondo um conjunto de percepções sobre si mesmo,
quanto a atitudes, crenças, princípios e valores, influenciando nas relações interpessoais
e na saúde mental. Logo, a diminuição da autoestima no processo de envelhecimento
torna-se assunto que deve ser discutido como de alta relevância, principalmente no
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âmbito do conceito do envelhecimento ativo, uma vez que,uma pessoa, sendo ela idosa
ou não, está com baixa autoestima, torna-se uma pessoa com ideais diminuídos e sem
perspectivas. Quando nos referimos ao processo de envelhecimento, a pessoa que está
vivenciando esta etapa da vida, necessita ter uma boa rede de apoio que vise
restabelecer ou fortalecer sua autoestima, para que desta maneira, haja melhor
aceitação de sua nova condição etária.
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Infelizmente essa etapa da vida tem ocupado um lugar de antagonismo segundo
estigmas difundido na sociedade, onde a pessoa na terceira idade é vista como
antiquada, obsoleta, frágil e altamente dependente, fatores dificultadores que a
autoestima seja alcançada.
[...] uma alimentação sem sabor, roupas antigas porque o corpo não oferece
mais nenhum tipo de sedução, um lugar para o seu descanso, com espaço
reduzido porque não há mais necessidade de expandir seus desejos, mesmo
porque o desejo é exclusividade dos jovens. (MONTEIRO, 2001, p. 32).
Diante disso é mister apontar que medidas que contorne essa visão devem ser
tomadas para o alcance de uma vida plena e saudável, uma vez que a autoestima está
intimamente ligada à autoaceitação e a práticas que trazem saúde e bem estar, ou seja,
autoestima tem relação direta com qualidade de vida.
A autoestima é formada por diversos sentimentos, mas para que ela seja
elevada, deve-se sobressair o de competência e valor pessoal, acrescida de
auto respeito e autoconfiança, refletindo o julgamento implícito da
capacidade de lidar com os desafios da vida”. Portanto é importante que se
desenvolva de uma forma harmônica a autoestima da pessoa idosa para que
esta não tenha como consequência o desenvolvimento de estados
psicopatológicos (SENA; MAIA, 2017).
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Atualmente, várias ferramentas e técnicas são utilizadas junto ao grupo da
terceira idade, com o intuito de propiciar melhora no que diz respeito ao modo como
este indivíduo se percebe. Uma destas técnicas é a arteterapia, que vem sendo
introduzida cada vez mais como ferramenta no fortalecimento de laços internos e
promoção de saúde.
Por outro lado, vale ressaltar que em meados de 1940, nos Estados Unidos da
América, a arteterapia firmou-se como um campo de conhecimento científico, através
de trabalhos propostos por Margareth Nauberg e que pelos resultados alcançados
através do estabelecimento de fundamentações teóricas para sua expansão como um
campo de saber, ficou conhecida como a “mãe” da arteterapia (COQUEIRO et.al, 2010)
Nessa perspectiva, vale ressaltar que a psicanálise teve uma grande influência
para a demarcação da arteterapia como campo de saber (COQUEIRO et.al, 2010), pois
a psicanálise freudiana, a partir do século XX, observou que os símbolos manifestados
através da produção artística, teria um significado importante, pois seria uma maneira
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do indivíduo manifestar de maneira inconsciente conteúdos de seu psiquismo, ou seja,
aspectos mais profundos de sua mente (JARDIM et.al, 2020; COQUEIRO et.al, 2010)
Ademais, podemos destacar que a arteterapia por meio do processo não verbal,
utiliza a arte como processo expressivo por meio das artes e dramatização, acolhendo
o indivíduo em toda sua subjetividade e complexidade (PHILIPPINI, 1998; JARDIM et.al,
2020). Além disso, estuda os diferentes aspectos do sujeito procurando aceitar as
particularidades do mesmo, seja afetivo, cognitivo, motor, social, entre outros, como
ferramenta terapêutica em saúde mental. (COQUEIRO et.al, 2010). Com base nisso, de
acordo com Jardim et.al, (2020), “a arteterapia é uma ferramenta que pode ser utilizada
na promoção da saúde da pessoa idosa, uma vez que seu potencial de estimulação
contribui para melhorar as relações sociais e a autoestima dessa população”. Nessa
perspectiva, Jardim et.al, (2020) ressalta o seguinte:
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As imagens produzidas por meio do processo expressivo na arteterapia são
projeções internas e manifestações pessoais. Elas permitem que o indivíduo
se expresse da sua maneira, dando um novo sentido a sua própria existência.
Pode-se afirmar que a arteterapia, ao trabalhar com processos expressivos,
constitui um caminho revelador e inspirador. Tal caminho terapêutico ajuda
o indivíduo a acreditar, desafiar, reconstruir, criar e expressar emoções e
sentimentos, que muitas vezes estão reprimidas na pessoa idosa. (p. 2)
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No dia 28.12 - primeiro encontro, foi criado um espaço de diálogo e reflexão
sobre a terceira idade e o "ser idoso", assim como temas concernentes à autoestima e
sua relação com a saúde mental. O encontro foi finalizado com a prática da dinâmica
"Para quem você tira o chapéu?”, onde o participante é confrontado com um chapéu
contendo um espelho em seu interior e é questionado se ele tira o chapéu para a pessoa
refletida e o porquê da resposta. Desde o início, ficou evidente o interesse e a
participação das pessoas do grupo.
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olhou no espelho e percebeu que havia envelhecido”. E que mesmo não tendo
percebido o processo, aceitou ter envelhecido.
No dia 04.11 - segundo encontro, foi proposto que cada participante desenhasse
um autorretrato ou algo que representasse um momento importante em suas vidas, ou
seja, uma percepção de si tanto fisicamente quanto de sua personalidade. Nesse
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sentido, vale destacar a importância da origem do desenho como uma forma de
linguagem não-verbal construída ao longo do tempo, permitindo-nos analisar e
compreender acerca do seu sentido histórico como uma ferramenta de comunicação e
expressão.
Desta forma, podemos compreender que o desenho sempre fez parte da vida do
ser humano e foi uma das primeiras formas de comunicação e expressão, assim, fazendo
que o homem primitivo marcasse sua história e identidade própria, expressado através
da pintura, imagens com alto conteúdo simbólico e atribuindo-lhe algum tipo de
significado.
Nessa perspectiva, isso nos leva a refletir e considerar que a produção gráfica, ou
seja, o desenho, assim como no processo onírico, pode ser uma forma privilegiada de
tentar entender esses conflitos inconscientes manifestados no indivíduo. Com base
nisso, Reis (2014) aponta que:
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Fica claro que o desenho é uma ferramenta que facilita a comunicação, pois
conforme explica Reis (2014, p. 143) “a mediação da arte na comunicação apresenta
algumas vantagens, entre as quais a expressão mais direta do universo emocional, pois
não passa pelo crivo da racionalização que acompanha o discurso verbal”, ou seja, o
desenho além de potencializar a criatividade do indivíduo é também um meio
privilegiado de acesso ao seu lado mais oculto.
Assim, diante do exposto, pudemos perceber que o desenho foi uma ferramenta
fundamental para que fossem identificados problemas ocultos e angustiantes que
pudessem ser trabalhados naquele momento, já que o papel do ambiente era de
potencializar a autoestima de cada participante. Em suma, no momento em que cada
participante desenhava um autorretrato ou algo que representasse um momento
importante em sua vida, pudemos observar que durante a produção do desenho,
aconteceu uma uma troca de experiências que estimulou a coordenação motora,
criatividade, memória e socialização, gerando um ambiente de bem-estar.
“Que a primeira coisa que veio na sua cabeça foi desenhar um vestido, já que
durante muitos anos foi costureira e que fazia design de vestido, fazendo se
sentir muito bem enquanto desenhava, pois lembra do que fez durante toda
a vida”.
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“Apresenta a sua família que é acreana e que se sente muito feliz ao expressar
isso no papel, pois sente muita felicidade pelo fato de que as conquistas
materiais de sua família em Manaus vieram aos poucos e isso lhe faz ter
orgulho”.
“Não sei muito desenhar e o meu desenho significa muitas coisas. O cachorro
representa o meu animal de estimação na qual eu gosto muito. A menina no
jardim representa eu quando criança e a outra menina mais velhinha significa
eu na velhice, ou seja, graças a Deus cheguei até aqui e deu para perceber
que passei por vários processos de lá pra cá. Me senti muito feliz em desenhar
(...) em relação ao castelo não sei dizer o que significa”.
“Essas fotos deu pra perceber quem estava feliz e triste”. (M. L. M. S, 83 anos).
“Na terceira idade uma pessoa idosa parece que viveu uma história bastante
feliz”. (R. N. B, 72 anos).
“Tem uma foto, a quarta foto apresentada, que aparece um casal de idosos
esbanjando uma vitória enorme e comemoram algum tipo de vitória
parecendo um casal que viveu uma alegria intensamente”. (L. P. A, 60 anos).
Com base nisso, podemos observar que fatores motivacionais dos idosos em
perceber as emoções expressas nos gestos faciais durante a apresentação estava
relacionada com o ambiente criado sob uma perspectiva de diálogo e reflexão. Buscou-
se resgatar a autoestima e autoconhecimento, onde se trabalhou os aspectos
relacionados com o seu lado emocional, onde tiveram a oportunidade de entrar em
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contato com suas emoções através do compartilhamento de experiências, assim,
potencializando o contato dos participantes com suas memórias e experiências.
Nessa perspectiva, vale ressaltar que uma boa autoestima é ter o discernimento
de se auto transformar, de se olhar com amor e empatia consigo mesmo, ou seja, cada
sujeito passa por uma autoavaliação de si que exige um bom preparo psicológico. Em
relação a este tema, vale destacar as opiniões de alguns participantes:
“Temos que nos aceitar do jeito que somos. Temos que aceitar a velhice como
um processo natural porque chegamos muito longe e temos uma longa
história pra contar”. (L. P. A, 60 anos).
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“Não tenho costume de me olhar no espelho pois tenho medo de que algo
me entristeça, porém, tenho que me acostumar com minha estética. Esse
encontro está me ajudando”. (M. H. L. S. P, 78 anos).
Por fim, os participantes sugeriram tirar fotos com todos juntos e para isso
buscou-se explorar a área externa do local. Escolheu-se os letreiros que identificam a
Universidade onde acontecem todos os encontros.
Quanto ao dia 25.11, data em que seria realizado último encontro, não foi
possível realizá-lo, considerando que os participantes do programa ULBRATI não
estariam presentes, haja vista que, nos fora informado haver um participante doente, e
dada a fragilidade em decorrência da idade dos mesmos, e em respeito aos demais, bem
como das recomendações do Ministério da Saúde, o encontro foi cancelado, não
havendo tempo hábil para novo encontro. Contudo, as lembranças elaboradas para cada
participante serão entregues em momento oportuno, pelo próprio coordenador do
projeto ULBRATI.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
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cunho psicológico, outrossim, o adoecimento mental potencializa o agravamento de
doenças fisiológicas.
Assim, o cuidado com a pessoa idosa deve estar em constante evidência, uma
vez que o número da população acima dos 60 anos de idade vem crescendo
significativamente nas últimas décadas, tornando evidente a necessidade de estudos
voltados à esta população, no tocante aos possíveis impactos negativos inerentes a faixa
etária que se chega. Logo pôde-se perceber que o cuidado com a autoestima da pessoa
idosa é primordial para que este(s) consiga(m) se sentir à vontade em sua nova etapa
de vida.
REFERÊNCIAS
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33
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35
Anexo 1 - Segundo Encontro: Autorretrato
36
Anexo 2
37
Imagem 7. Lembranças preparadas para entregar aos participantes
38
CAPÍTULO II
RESUMO
ABSTRACT
Sexual abuse against adolescents is a historical and social phenomenon with diverse
psychosocial consequences for victims. This article sought to analyze prevention strategies and
guidelines for coping with sexual violence and teenage pregnancy, as well as promoting and
addressing psychoeducational interventions aimed at the theme with students at Natália Uchoa
State School - Manaus/AM. The research methodology deals with psychoeducational
interventions in the modality of groups of students, with support in an exploratory and descriptive
bibliographic research with a qualitative approach. Two groups of high school students, aged
between 15 and 16, participated in the meetings. The group was systematized into three
meetings, lasting one hour and thirty minutes, held weekly. The results indicate that this is a
complex demand, which requires a social and affective support network. Interventions on sexual
abuse and teenage pregnancy provided spaces for dialogue among adolescents, contributing to
INTRODUÇÃO
40
gravidade que variam com o tipo de abuso, sua duração e o grau de
relacionamento da vítima com o agressor. Alguns estudos apontam os traumas
de infância/adolescência como responsáveis por cerca de 50% das
psicopatologias encontradas nos adultos (Craine et al., 1988, apud Zavaschi et
al., 2002). O comprometimento da saúde mental e a futura adaptação social das
vítimas variarão de indivíduo para indivíduo, conforme o tipo de violência sofrida
e a capacidade de reação diante de fatos geradores de estresse.
41
para a importância da informação e da educação em sexualidade como
ferramentas de prevenção à gravidez precoce, assim como discutir as violências
e abusos que vitimizam adolescentes e meninas. Além disso, o projeto ainda
busca executar na pratica, dinâmicas psicoterapêuticas no grupo com o objetivo
de prevenir e amenizar tais questões. Por meio da intervenção baseado neste
projeto, permite aos participantes um senso de participação, possibilitando a
experiência de viver um processo psicoeducacional em conjunto com um grupo
de pessoas que partilham as suas vivências e opiniões. Por fim, concluímos que
tal projeto de intervenção em grupo possibilitou resultados significativos na
medida em que, tanto o grupo selecionado, quanto as alunas de psicologia,
puderam beneficiar-se positivamente das atividades realizadas.
JUSTIFICATIVA
42
violência sexual e formas de identificação, bem como os meios de se proteger,
pedir ajuda e denunciar caso sejam vítimas ou testemunham o abuso sexual.
METODOLOGIA
43
44
45
REFERENCIAL TEÓRICO
CONCEITO DE ADOLESCÊNCIA
46
Para Feist et al (2015, p. 154) “a adolescência é um dos estágios do
desenvolvimento mais cruciais, porque, no final desse período, uma pessoa
precisa adquirir um sentimento firme de identidade do ego”. A adolescência
também era definida como um período de latência social, assim como a idade
escolar é um período de latência sexual; é uma fase adaptativa do
desenvolvimento da personalidade, é a Identidade versus Confusão de
Identidade que Erik Erikson mostra em Estágios do Desenvolvimento
Psicossocial (ERIKSON apud FEIST; FEIST; ROBERTS, 2015, P. 154).
47
Não são as famílias que abusam das crianças e adolescentes, mas os
indivíduos que a compõem. Dentro de uma mesma família podemos encontrar o
abusador, a vítima e também o membro ao qual esta mesma vítima pode ter a
confiança e segurança em buscar ajuda, embora a maioria das vítimas encontre
dificuldades nessa relação de confiança e prefira o silêncio e o segredo,
prolongando e acentuando o sofrimento. A família é responsável pela formação,
proteção, educação das crianças e adolescentes. Ela detém o papel de
educadora e delimitadora dos limites, sendo antes de tudo, a principal protetora
de seus descendentes (AZEVEDO; ALVES; TAVARES, 2018).
A cultura patriarcal ainda fala mais alto nas relações familiares, conforme
Marra (2016, p. 23), “A violência circula entre os membros do grupo familiar,
mostrando nada mais que o exercício e o direito da autoridade dos homens sobre
as mulheres e sobre os filhos – crianças e adolescentes”. Ainda segundo a
autora, “as narrativas que se constroem nesse espaço de sofrimento e dor ficam
muitas vezes silenciadas e o segredo se institui”.
48
que apresenta dificuldades, que tem como raiz a desigualdade, a dominação e
a exploração (MARRA, 2016).
ABUSO SEXUAL
O abuso sexual pode ocorrer tanto com o contato físico como com sua
ausência. Diante das possibilidades, é possível elencar alguns tipos de abuso
sexual. Abuso sem contato físico: a) abuso sexual verbal – tem o sentido de
despertar o interesse sexual da vítima através de conversas abertas; b)
telefonemas ou mensagens - com conteúdo obsceno; c) exibicionismo – a
intenção é chocar a vítima com atitudes inesperadas; d) voyeurismo – o
abusador obtém gratificação através da observação de atos ou órgão sexuais de
outra pessoa; e) pedofilia – fotografar as vítimas nuas ou em posições sedutoras
com objetivo sexual. O abuso sexual com contato físico: a) atos físicos que
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incluem penetração vaginal/anal, carícias nos órgãos genitais, masturbação,
sexo oral; b) prostituição – exploração sexual que visa fins econômicos
(ABRAPIA, 2002).
50
educacionais, bem como evasão escolar, são elementos desestruturadores da
vida dessas adolescentes.
51
Espera-se que a família eduque seus filhos balizando seus
comportamentos, ao indicar o certo e o errado, e protegendo-os de situações
que sozinhos não teriam condições de enfrentar. Nas famílias abusivas, esta
lógica encontra-se alternada, tendo em vista que muitas vezes os membros
“protetores" são exatamente os quem infringem esta concepção social e
transformam-se em agressores. Ainda que não seja a realidade somente de
famílias de grupos populares, a violência sexual é um problema de saúde
pública, sendo vivenciado por muitas famílias em situação de pobreza e
vulnerabilidade social (apud Siqueira at. al.; Gonçalves & Ferreira, 2002; Pfeiffer
& Salvagni, 2005).
52
dos casos de violência sexual ainda é pouco conhecida e acredita-se que a
subnotificação ainda seja muito grande (apud Siqueira at. al; Costa & cols.,
2007).
54
estratégico e privilegiado para desenvolver políticas de saúde pública para
jovens.
MEIOS DE APOIO
56
Estatuto da Criança e do Adolescente (Arts. 7° ao 85, do ECA) violados pode
acionar o Conselho Tutelar do seu município, listados a seguir:
CANAIS DE DENÚNCIAS:
DISQUE 100
57
Articular a rede de proteção a nível nacional junto aos agentes locais;
encaminhar as denúncias aos órgãos de defesa e responsabilização
competentes como o Ministério Público e o Conselho Tutelar; em casos de
extrema gravidade, acionar diretamente a polícia ou autoridade para que sejam
tomadas as devidas providências.
CONSELHO TUTELAR
DELEGACIA
59
MINISTÉRIO PÚBLICO
PODER JUDICIÁRIO
GRAVIDEZ NA ADOLESCÊNCIA
60
A gravidez, seja ela intencional ou não, gera uma série de impasses
comunicacionais nos níveis social, familiar e pessoal (ARAÚJO FILHO, 2011).
61
Segundo Menezes et al. (2012), a importância da escola para as mulheres
jovens, considerando o aprofundamento das experiências de desigualdade
social e de gênero, quanto menor o nível educacional das mulheres. O apoio de
todos é essencial para que as jovens mães e/ou grávidas continuem a estudar
(se assim o desejarem), porque o abandono e a repetência escolar limitam
significativamente as oportunidades de independência econômica das jovens,
sobretudo das camadas sociais mais baixas. a rede de apoio já se encontra
financeiramente enfraquecida.
62
ENCONTRO 1: Apresentação do projeto de intervenção em grupo a diretora da
escola estadual Natália Uchoa – Manaus, Maria Glaucimeire Silva Graça.
Solicitação de autorização para a realização das atividades propostas com uma
turma de alunos do primeiro ano do ensino médio.
63
No final de cada intervenção, os alunos tiveram tempo para que
pudessem falar sobre os temas sugeridos e tirarem dúvidas, assim como
foram deixadas breves informações sobre o setembro Amarelo. Frases
motivacionais foram deixadas com cada estudante simbolizando a
esperança. Tais frases foram envolvidas em pirulitos (doces), para lembra-
los de que a vida pode e precisa ser mais leve, mais doce. É válido ressaltar
a importante observação em relação a dificuldade desses estudantes em
fazer suas colocações diante dos temas, se mostraram pouco a vontade
quanto instigados a participar. Assim como foi percebido a evasão escolar
por motivos como a gravidez na adolescência, e comportamentos de pouco
interesse em se tratando de orientação sobre os temas sugeridos. Ainda
assim, a psicoeduccação foi realizada de forma efetiva nos quesitos de
orientação.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
64
quanto mais informações e palestras sobre o tema nas escolas, mais
probabilidade de reduzir o número dessas ocorrências.
65
O projeto trouxe também aprendizado para nós como discentes, pois
contribuiu para o nosso desenvolvimento acadêmico ao promover o
conhecimento, a reflexão e podermos colocar em pratica aquilo que
aprendemos nas aulas teóricas. Sendo assim, espera-se que, após a
intervenção, com as orientações e dúvidas esclarecidas, os alunos sejam
conscientizados e desenvolvam autonomia para lidar contra a violência sexual e
gravidez na adolescência. Ao concluir este projeto é de grande importância
afirmar novamente que a violência sexual sendo praticada contra crianças e
adolescentes é um quadro lamentável em todos os países do mundo e afeta a
legislação, que é a base legal por se responsabilizar em questão de zelar da
integridade e o bem-estar desses indivíduos. É importante que todos saibam que
a responsabilidade é de todos nós por se tratar de um assunto polêmico e
complexo, e que tais direitos são violados no vínculo familiar, na sociedade e no
Estado.
ANEXOS
66
REFERÊNCIAS
AZEVEDO, Maria Beatriz; ALVES, Marta da Silva; TAVARES, Júlia Rita Ferreira.
Abuso Sexual Intrafamiliar em Adolescentes e Suas Reflexões. Disponível
em: <
http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1870350X2018000
100002&lng=pt&nrm=iso> Acesso em: 30 ago. 2022.
68
DALGALARRONDO, Paulo. Psicopatologia e semiologia dos transtornos
mentais. 3. ed. Porto Alegre: Artmed, 2019.
HARTCHARD, C. J., Goodwin, J. L., Sidall, E., & Muniz, L. (2017). Perceptions
of abusive parenting behaviors: A preliminary exploration into the
underrecognition of mother-daughter sexual abuse. Journal of Child Sexual
Abuse, 26(4), 428-441. https://doi.org/10.1080/10538712.2017.1300971
» https://doi.org/10.1080/10538712.2017.1300971
69
NASCIMENTO, M. G. et al. Adolescentes grávidas: a vivência no âmbito
familiar e social. Adolescência & Saúde, v. 8, n.4, p. 41-47. 2011.
ZAVASCHI, M.L.S.; Satler, F.; Poester, D.; Vargas, C. F.; Piazenski, R.; Rohde,
L.A.P. et al - Associação entre trauma por perda na infância e depressão na
vida adulta. Revista Brasileira de Psiquiatria 24 (4): 189-195, 2002.
CAPÍTULOIII
70
Fabrinne Silva de Souza8
Linikelly Ribeiro Azevedo9
Marcos Vinicius França10
Robert Coelho dos Santos11
Elizângela da Rocha Mota12
RESUMO
O conceito de inteligência emocional está relacionado com a capacidade de o indivíduo
gerenciar suas emoções e a lidar com os outros, além da capacidade de lidar com tais
sentimentos de maneira apropriada e eficaz. Nessa perspectiva, a escola além de servir como
um parâmetro para que o sujeito encontre meios para o desenvolvimento de alguns atributos
fundamentais para o seu exercício em sociedade, possibilita o desenvolvimento intelectual,
cognitivo, social e mental do indivíduo. Nesse sentido, o presente estudo tem como objetivo
geral abordar a relevância da inteligência emocional no âmbito escolar com alunos do quinto
ano do ensino fundamental II do Centro Educacional Dom Quixote, e como objetivos
específicos explanar a importância do conhecimento das emoções, apresentar as
competências da inteligência emocional, bem como, proporcionar a prática da inteligência
emocional. A fim de atingir tal objetivo, foi elaborado uma revisão bibliográfica acerca da
temática, apoiado nos cinco pilares fundamentais para definir a inteligência emocional segundo
Daniel Goleman, que deram base para a elaboração deste projeto de intervenção, bem como,
um norte para o desenvolvimento dos métodos de execução e implementação. Portanto,
observou-se que o projeto de intervenção foi um meio de reflexão acerca da importância do
desenvolvimento da inteligência emocional no contexto escolar, bem como, auxiliou os alunos
no desenvolvimento das habilidades referentes à inteligência emocional, no manejo destas
eno desenvolvimento de uma boa relação interpessoal.
ABSTRACT
The concept of emotional intelligence is related to the individual's ability to manage their
emotions and those of others, as well as the ability to deal with such feelings in an appropriate
and effective way. In this perspective, the school, in addition to serving as a parameter for the
subject to find ways to develop some fundamental attributes for their exercise in society, enables
the intellectual, cognitive, social and mental development of the individual. In this sense, the
present study has as general objective to approach the relevance of emotional intelligence in
the school environment with students of the fifth year of elementary school II ofthe Dom
Quixote Educational Center, and as specific objectives to explain the importance of knowing
emotions, to present the competences of emotional intelligence, as well as providing the practice
of emotional intelligence. In order to achieve this objective, a bibliographic reviewon the subject
was prepared, supported by the five fundamental pillars to define emotional intelligence
according to Daniel Goleman, which provided the basis for the elaboration of this intervention
project, as well as a guide for the development of execution and implementation methods.
Therefore, it was observed that the intervention project was a means of reflection about the
importance of developing emotional intelligence in the school context, as well as helping
students in the development of skills related to emotional intelligence, in their management and
in the development of a good interpersonal relationship.
8
Graduando em Psicologia pelo Centro Universitário Luterano de Manaus. E-mail: fabrinnisouza@gmail.com
9
Graduando em Psicologia pelo Centro Universitário Luterano de Manaus. E-mail: linikellyazevedo@rede.ulbra.br
10
Graduando em Psicologia pelo Centro Universitário Luterano de Manaus. E-mail:marcos.mv151515@rede.ulbra.br
11
Graduando em Psicologia pelo Centro Universitário Luterano de Manaus. E-mail: robert258914@rede.ulbra.br
12
Mestre em Educação em Ciência na Amazônia (UEA). elizangela.mota@rede.ulbra.br
71
Keywords: Emotional Intelligence; Psychosocial Intervention; School; Teens.
1 INTRODUÇÃO
75
tanto no ambiente escolar quando no laboral. Conforme Goleman (1998, p.128)
a Inteligência Emocional é composta por cinco competências emocionais e
sociais básicas classificadas por ele como:
76
A empatia é a preocupação com os sentimentos dos outros no caso os
clientes, como, por exemplo, observar os esses sentimentos e expectativas,
desenvolver empatia é à base das relações corporativas, Goleman (1998).
Desse modo a inteligência emocional, refere-se à capacidade de autoconhecer
e gerenciar os conflitos.
77
Sucessivamente as próximas duas cartas tem a intenção de reflexionar
quanto à motivação, como o sujeito busca realizar seus desejos e quais são
suas motivações, e se reconhecem.
Emocional.
3 DESENVOLVIMENTO HUMANO
4 ESTÁGIO ADOLESCÊNCIA
5 RESULTADOS E DISCUSSÕES
6.1 Primeiro encontro: Apresentação do objetivo do projeto
81
aborda o seguinte:
83
poderiam ter ficado acerca de alguma informação que não fora repassado de
maneira clara sobre o projeto de intervenção. Igualmente, foi sinalizado de
maneira positiva o entendimento dos alunos sobre as atividades propostas.
Dessa forma, Marques & Badaró (2022) abordam que a alegria “é uma
emoção básica vivenciada pela conquista ou obtenção tanto direta quanto
indireta de algum evento, objeto, relacionamento ou situação que é valorizado
pelo indivíduo”. De certo, podemos perceber que a alegria geralmente está
relacionada com um perfeito bem-estar físico e emocional do indivíduo.
Além disso, Marques & Badaró (2022) abordam que o medo também
pode ser classificado como uma das cinco habilidades básicas universais que
geralmente podem estar associados a sentimentos de ansiedade resultante de
uma expectativa apreensiva bem como nervosismo, observado no desenho do
aluno “O” e da aluna “A” ao relatarem que:
84
Sinto medo de ficar sozinho no escuro (“O”, 10 anos, aluno da
5ª série)
Por outro lado, a aluna “R”, 11 anos, ao destacar o desenho feito sobre
a emoção de tristeza, abordou que somente fica triste quando alguém lhe
magoa.Com base nisso, Marques & Badaró salientam a tristeza como:
89
preocupações em relação ao outro, ou seja, é uma habilidade fundamental que
proporciona uma construção de relacionamentos mais saudável, no sentido de
sentir o que o outro sentiria caso estivesse na mesma situação vivenciada por
ela (GOLEMAN, 1998). Por fim, o desenvolvimento de relações interpessoais
pode ser descrito como a capacidade de se relacionar bem com o próximo e
também proporcionar o desenvolvimento de uma comunicação mais assertiva
erespeitosa (GOLEMAN, 1999).
Além disso, a aluna “D” ressalta quando não consegue ser inteligente
emocionalmente da seguinte forma:
Por outro lado, a aluna “R” pensa que consegue ser inteligente
emocionalmente da seguinte maneira:
90
Quando eu não sou inteligente emocional eu quebro as
coisas e também desconto a raiva em minha prima. Quando
eu sou inteligente emocional a solução é dormir para passar
a raiva oupedir para minha prima não me estressar por que
eu estou brava (“R”, 10 anos, aluna da 5ª série)
Por fim, foi feito um breve resumo do que foi trabalhado durante este
encontro e também destacamos sobre alguns pontos relevantes que serão
trabalhados no próximo encontro tais como a apresentação e aplicação do
baralho “praticando a inteligência emocional” desenvolvido pelos organizadores
do projeto.
92
Referente a terceira competência de Goleman, ressalta a importância da
Motivação, seja ela interna ou externa. Sendo assim apresenta que o motivar-
se está relacionado ao:
Desse modo, a aluna “D” expressou ter motivação quando “eu desenho
e mexo no celular”.
93
relatou que “sim, eu me relaciono bem com as pessoas, eu respeito as
pessoas, quando elas me respeitam também, bem eu gosto das pessoas”. Por
outro lado, a aluna “R” relatou não se relacionar bem com as pessoas “bem,
não muito”.
6 CONSIDERAÇÕES FINAIS
94
explanaram de maneira eficaz o que significava cada uma delas, visto que um
dos objetivos do projeto de intervenção foi buscar maior reflexão acerca das
experiências cotidianas e das emoções produzidas por elas.
REFERÊNCIAS
95
CAPÍTULO IV
A Inteligência Emocional é fundamental para que os jovens consigam lidar com a diversidade de
sentimentos comuns na adolescência. O presente projeto buscou identificar e desenvolver
Inteligência Emocional em adolescentes do ensino médio do Instituto Federal do Amazonas -
Campus Distrito Industrial, assim como apresentar ferramentas para o gerenciamento das
emoções, estabelecendo um espaço para expressão criativa, discussão e reflexão acerca do
tema. A metodologia da pesquisa trata-se de intervenções biopsicossociais através de palestras,
dinâmicas de grupo e rodas de conversa. Direcionamos nosso trabalho a alunos com idade entre
14 e 16 anos, dando a esse público a oportunidade de aprender e despertar a percepção sobre
a relevância de adquirir as habilidades de Inteligência Emocional. Os resultados mostraram-se
positivos a observar pela aquisição de conhecimento e percepção mais aguçada dos alunos
acerca do tema.
ABSTRACT
Emotional Intelligence is essential for young people to be able to deal with the diversity of feelings
common in adolescence. This project sought to identify and develop Emotional Intelligence in
high school teenagers at the Federal Institute of Amazonas - Industrial District Campus, as well
as to present tools for managing emotions, establishing a space for creative expression,
discussion and reflection on the subject. The research methodology deals with biopsychosocial
interventions through lectures, group dynamics and conversation circles. We direct our work to
students aged between 14 and 16 years old, giving this audience the opportunity to learn and
awaken awareness of the relevance of acquiring Emotional Intelligence skills.
1. INTRODUÇÃO
97
para possíveis crises emocionais, assim como possíveis consequências,
utilizando-se dessas informações de maneira a promover bem-estar físico e
emocional, melhorando efetivamente a qualidade de vida e crescimento social.
Diante do exposto, propõe-se como problema: Como identificar e desenvolver
Inteligência Emocional em adolescentes?
99
por exemplo: Identificar e nomear as emoções próprias e dos outros, falar sobre
sentimentos e emoções, expressar emoções (positivas e negativas), acalmar-se,
aguentar suas emoções, controlar o humor, lidar com emoções negativas
(vergonha, raiva, medo), tolerar a frustração e demonstrar um bom espírito
esportivo.
2. REFERÊNCIAL TEÓRICO
100
Emocional foi definido academicamente pela primeira vez por Salovey e Mayer
(1990), como uma subforma de Inteligência Social que abrange a habilidade de
monitorar as emoções e sentimentos próprios e dos outros, discriminá-los e
utilizar essas informações para orientar pensamentos e ações.
102
situação. Esse autocontrole ajuda a sincronizar as experiências emocionais com
o processo de aprendizagem, facilita a recuperação das interrupções da vida
sem reprimir sentimentos indesejados e desagradáveis e saber adiar a
gratificação quando necessário.
2.2.3. Automotivação
2.2.4. Empatia
103
Adolescência Culturalmente a adolescência é a passagem dos 12 aos 24
anos, e é visto como um preparatório para a vida social adulta.
104
formas socialmente padronizadas de comportamento constituem a
cultura da sociedade (MARTINS, 1987, pags. 28 e 29).
3. METODOLOGIA
106
5. ANÁLISE E DISCUSSÃO DE DADOS
107
5° Encontro: Foi explanado sobre as Habilidades Sociais, a importância dos
relacionamentos interpessoais e como cultivá-los. Depois foi realizada a
Dinâmica do Elogio. E por último, uma atividade extra de reconhecimento de
emoções, sonhos e projetos. E para finalizar aplicamos novamente outro mapa
mental.
6. CONSIDERAÇÕES FINAIS
7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
MAYER, J. D., DiPaolo, M. T., & Salovey, P. (1990). Perceiving affective content
in ambiguous visual stimuli: A component of emotional intelligence. Journal of
Personality Assessment, 54, 772-781.
109
PIAGET, Jean. Psicologia da inteligência. / Jean Piaget; tradução de
Nathanael C. Caixeiro, 2ª Ed. – Rio de Janeiro: Zahar, 1977
8. ANEXOS
110
Imagem 02 – Alunos fazendo atividades do Baralho das Emoções.
112
Imagem 06 – Mapa Mental Inicial.
113
Imagem 07 – Mapa Mental Final.
114
115
CAPÍTULO V
ABSTRACT
The present work aims to identify the factors that contribute to the homelessness of individuals
and their difficulties in social reintegration and reintegration into the labor market. From
psychosocial interventions carried out with the sheltered of a Municipal Hostel in the city of
Manaus-Am, we were able to observe the relationships between the researched members, in
addition to issues related to unemployment, self-esteem and professionalization. To this end, the
methodology used was action research which, among its forms of work, helps the researcher to
know the investigated population as well as the action carried out in the place.
118
INTERVENÇÕES PSICOSSOCIAIS NO ENFRENTAMENTO DA
VULNERABILIDADE SOCIAL E SITUAÇÃO DE RISCO
120
o equivalente à 619 artigos produzidos por profissionais da psicologia de toda
américa, o que significa mais estudos acerca do bem estar profissional e toda a
gama de peripécias vivenciadas pelos colaboradores de empresas, e por
conseguinte mais formas de alinhar os padrões éticos e humanos às práticas
empresariais. Outro estudo, feito por psicólogos Sociais foi “Oficinas de
intervenção psicossociais, do contexto ao texto fotográfico” no qual Santos e
Felippe (2009) abordam as experiências obtidas com a intervenção realizada em
um grupo de beneficiários do Bolsa família que juntos formavam o “Projeto
Geração de Trabalho e Renda: Construindo Uma Alternativa Solidária e Cidadã”
onde auxiliavam outras famílias a receberem alimentos orgânicos de baixo custo.
122
É primordial a existência desses abrigos em nossa sociedade, pois há um
número excessivo de pessoas que estão a margem de uma vida digna,
geralmente julgadas e marginalizadas, essas instituições têm um imenso papel
de resgatar e socializar o indivíduo, suprir necessidades básicas como; no
entanto, a funcionalização desses espaços sem o acompanhamento necessário
e contínuo de um profissional da Psicologia não possibilita em nenhum cenário
desenvolvimento pessoal dos abrigados e sim a maior segregação social , pois
não se está tratando o problema, mas sim, escondendo em albergues longe da
vista de todos.
Entende-se por “morador de rua”, àquelas pessoas que têm uma situação
de relação crônica com o habitar nas ruas (Santos, 2014). Distinguindo-se do
termo: “pessoas em situação de rua”, pois dá-se o sentido de algo passageiro
e/ou transitório, passível de mudança, além de ser o termo mais utilizado
atualmente, por trazer sentido mais humanizado ao referirmo-nos a este público.
De acordo com MATTOS (2006, p. 226):
123
mochileiros, pardais, os andarilhos, trecheiros e demais grupos de sujeitos que
se enquadrem dentro da heterogeneidade do termo, quais transformam as ruas
no seu espaço de convivência (Abreu e Salvadori, 2015).
125
única perspectiva, por não mostrar possibilidades de solução direciona a pessoa
em situação de rua a fragilidade na autoestima, interferindo diretamente no
autocuidado. Um estudo realizado por Cavalcante et al (2015) identificou que a
fragilidade dos laços afetivos, o enfraquecimento da vida social e dos sofrimentos
advindos da desvalorização da pessoa, do isolamento e da solidão, são
condições psicossociais que induzem a desmotivar-se em relação à própria vida
e a perder o sentido existencial.
126
relações e ampliar o horizonte existencial de cada integrante, isto por meio da
experiência e vivência compartilhada e do reconhecimento da diversidade de
formas de existir (CUPERTINO, 2008, p. 2). Assim, os indivíduos são projetados
para vivências, tempos e espaços diversos, promovendo o estabelecimento de
redes de entendimento e solidariedade, com uma psicologia mais voltada para o
devir, empenhada em colocar em movimento o que está cristalizado e não em
diagnosticar e ajustar os desvios (CUPERTINO, 2007, p. 3.
Castilho (2002) refere que a terapia grupal começa com a seleção dos
participantes seus clientes de terapia individual ou pessoas que buscam de
maneira espontânea o grupo, se inscrevendo e aguardando realização da
chamada para o início dos encontros grupais. Existem vários critérios que o
facilitador pode utilizar para a construção de um grupo como, idade, sexo,
profissões, etc, para a estruturação e grupos homogêneos e heterogêneos, com
objetivos direcionados a demanda tratada em grupo. Esses grupos podem ser
abertos, onde havendo a saída de um integrante, outro pode ocupar o seu lugar,
ou fechados, em que há desde o contrato grupal a impossibilidade de entrada de
novos integrantes ao grupo e teoricamente aqueles que se iniciaram no grupo,
devem permanecer até a data aprazada.
127
biológicas, que se refere ao mínimo imprescindível para que uma família tenha
seu sustento como casa, roupas, comida, etc. Outro fator relevante trata sobre a
população ter acesso a serviços e bens públicos, como meios de transportes
públicos, saúde, educação, serviços sanitários, água potável e etc.
128
por conta do capital acumulado. Nesse sentido, o capitalismo tende a descartar
todos aqueles que não o interessam para o seu mercado, além das relações. De
acordo com Marx, "pessoas se relacionam com o mundo de forma a rejeitar o
outro, logo que o desejo cesse; tais relações se tornam quase “coisas”,
mercadorias. “A mercadoria é, antes de mais nada, um objeto externo, uma coisa
que, por suas propriedades, satisfaz necessidades humanas, seja qual for a
natureza delas, provenham do estômago ou da fantasia''. (1998, p.41).
129
METODOLOGIA
131
A equipe iniciou as visitas ainda no mês de março, tendo estabelecido
uma visita a cada 15 dias, desta maneira, as visitas ocorrem duas vezes a cada
mês, findando as intervenções no mês de junho.
TABELA 1:
ATIVIDADES REALIZADAS MESES
Levantamento de dados/triagem X X
Entrega do relatório X
Encerramento X
135
TABELA 2
DESCRIÇÃO DA DESPESA VALOR EM PERCENTUAL 10% VALOR TOTAL PARA
R$ EM R$ CADA DESPESA EM R$
136
convivência é estarem em grupos, ainda que temporários, criando assim um
novo vínculo afetivo.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
REFERÊNCIAS
ALETHEIA no.47-48 Canoas dez. 2015, Universidade do Vale do Rio dos Sinos
(UNISINOS)
138
BRASIL. (2009). Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome.
Rua: Aprendendo a contar: Pesquisa Nacional sobre População em
Situação de Rua Brasília, DF: o autor.
https://www.fiotec.fiocruz.br/noticias/projetos/6893-a-atuacao-do-psicologo-e-
sua-importancia-para-a-sociedade
139
S. F. C.Almeida (Org.), Psicologia Escolar: ética e competências na
formação profissional (pp. 105-124). Campinas, SP: Alínea.
Nunes, F. C., SOUSA, J. M., PINHO, E. S., CAIXETA, C. C., BARBOSA, M. A.,
COSTA, A. P. Fatores Impulsores E Restritivos Da Prática Com Grupos Em
Serviços Comunitários De Atenção Psicossocial. Ciênc. saúde coletiva 27
(01) 17 Jan 2022.
SILVA, Enid Rocha Andrade da, e AQUINO, Luseni Maria Cordeiro de. “Os
Abrigos para Crianças e Adolescentes e o Direito à Convivência Familiar e
Comunitária”. In Políticas Sociais – Acompanhamento e Análise, n. 11, ago
2005, IPEA, p. 186.
140
CAPÍTULO VI
RESUMO
24
Discente do curso de Psicologia da ULBRA Manaus.
25
Discente finalista do curso de Psicologia da ULBRA Manaus.
26
Discente do curso de Psicologia da ULBRA Manaus.
27
Profª. Ma. e Coordenadora do curso de Psicologia da ULBRA Manaus.
141
haver muitas referências quanto a esta temática, a pesquisa descreve-se como exploratória,
evidenciando inicialmente alguns teóricos que servirão de base para a elaboração,
desenvolvimento e aplicação deste projeto. Como parte também da metodologia, a intervenção
envolveu encontros presenciais e remotos; roda de conversa e entrevista semiestruturada. Sabe-
se empiricamente, até o momento, que a transição de gênero tem um grande impacto negativo
nos indivíduos transgêneros, tanto no aspecto psicológico como no meio social, deixando marcas
emocionais que podem persistir por toda a vida.
ABSTRACT
This article aims to investigate the psychological effects of the transgender transition in a group
of young transgender people from Manaus/AM, as an intervention project of the Discipline PEI
(Interdisciplinary Extension Program) - Psychosocial Intervention of the Psychology course at
CEULM/ULBRA. Gender transition is a complex process, which requires reflection on the
difficulties experienced by transgender youth during this process. It is also important to
investigate, identify and understand their difficulties regarding the mitigating psychological
aspects of transgenderism. Because there are not many references on this topic, the research is
described as exploratory, initially highlighting some theorists who will serve as a basis for the
elaboration, development and application of this project. As part of the methodology, the
intervention involved face-to-face and remote meetings; conversation wheel and semi-structured
interview. It is empirically known, so far, that the gender transition has a great negative impact on
transgender individuals, both psychologically and socially, leaving emotional marks that can
persist throughout life.
INTRODUÇÃO
142
Características biológicas de nascimento fazem do ser humano o seu
gênero, logo, a sociedade expõe tais diferenças no dia a dia – menino ou menina,
homem ou mulher, macho ou fêmea, masculino ou feminino. Nesse diapasão,
Ferreira & Bonan (2020) aduzem que muitas são as normas que tratam a saúde
como direito universal, discutem a despatologização das pessoas LGBT e
apresentam a dimensão relacional como condição central da qualidade da
assistência à saúde.
O ser humano tem a sua orientação sexual que pode variar e são
denominadas como: heterossexual, homossexual, assexual, bissexual ou
pansexual. Nesse sentido, pessoas transgêneros podem se sentir atraídas
fisicamente e afetivamente de diferentes formas, não reduzindo apenas ao seu
gênero imposto e/ou identificado. Esta pesquisa surgiu a partir da disciplina PEI
(Programa de Extensão Interdisciplinar), denominada Intervenção Psicossocial,
do curso de Psicologia do CEULM/ULBRA como proposta de um projeto de
intervenção iniciado no 2° semestre de 2022.
REFERENCIAL TEÓRICO
143
A importância de estudos sobre gênero
Nesse diapasão, Ferreira & Bonan (2020) aduzem que muitas são as
normas que tratam a saúde como direito universal, discutem a despatologização
das pessoas LGBT e apresentam a dimensão relacional como condição central
da qualidade da assistência à saúde. Defendem que a boa relação usuário-
profissional pressupõe uma escuta ativa e qualificada, uma vez que essa
qualificação da relação está diretamente relacionada à revelação da orientação
sexual e/ou identidade de gênero nos serviços de saúde – condição
indispensável para uma assistência resolutiva e o estabelecimento de linhas de
cuidado, tendo em vista que a populações LGBT mostraram preocupações
diversas no que se refere a revelar-se ou não aos profissionais de saúde.
145
sociais de aparência e comportamento de um determinado gênero. (ARAÚJO et.
al., 2019, apud JESUS, 2012).
146
defasada. O gênero é uma construção social no qual impuseram a partir de
condições biológicas de cada indivíduo.
O sujeito que não conhece sobre tais aspectos acreditar que um indivíduo
que nasceu com características físicas e biológicas de denominação masculino
que, ao longo de seu desenvolvimento psíquico, físico, social, subjetivo e
maturacional, não se identificou com o seu gênero binário, o mesmo opta por
fazer o processo de transição de gênero, logo, adquire características fisio-
biológicas do gênero no qual se identifica, assim, tornando-se mulher trans, a
mesma pode ter uma orientação sexual no qual sente atração por pessoas do
mesmo sexo, ou seja, outras mulheres.
O pansexual sente-se atraído por seres humanos e tais pessoas com essa
orientação sexual têm uma percepção de que cada pessoa é apenas uma
pessoa sem a necessidade de enquadrá-las em algum estereótipo construído
socialmente.
METODOLOGIA
148
pesquisa exploratória, bibliográfica e qualitativa acerca dos efeitos psicológicos
na transgeneridade.
ANÁLISE E DISCUSSÃO
CONSIDERAÇÕES FINAIS
149
A partir do projeto apresentado conquistamos uma base teórica e prática
para compreender e analisar o contexto de transição da pessoa transgênero. Os
encontros foram fundamentais para termos um olhar mais critico e analítico de
como esse processo é complexo na vida de cada individuo e ainda como o
sofrimento psíquico é desgastante para a construção deste processo.
REFERÊNCIAS
DINIZ, Maria Helena; Curso de direito civil brasileiro. Imprensa: São Paulo,
Saraiva,
2001. ISBN: 9786555597431 Disponibilidade: Rede Virtual de Bibliotecas; STF,
STJ. Acesso em: 25/11/2022
150
FOCAULT, M.. História da sexualidade I: a vontade de saber. Rio deJaneiro,
RJ: Graal. 2001.
151
CAPÍTULO VII
Resumo
A pressão alta é uma doença crônica caracterizada pelos níveis elevados da pressão sanguínea
nas artérias. Ela acontece quando os valores das pressões máxima e mínima são iguais ou
ultrapassam os 140/90 mmHg (ou 14 por 9). Este artigo tem como objetivo identificar e
compreender os principais problemas que impossibilitam os pacientes Hipertensos de uma UBS
em Manaus à adesão ao tratamento da doença, além de incentivar o autocuidado e ampliar os
conhecimentos inerentes ao tema. Trata-se de uma pesquisa quantitativa do tipo exploratório-
descritivo, utilizando o estudo retrospectivo. Foram realizados quatro encontros à UBS. Um grupo
composto por 10 integrantes do programa de hipertensos da Unidade chamado “HIPERDIA” foi
convidado para que fossem aplicadas dinâmicas que levassem à obtenção dos resultados da
pesquisa através da entrevista e questionário, e a implementação de boas práticas para uma
melhor qualidade de vida. Após a avaliação concluiu-se 58,3% dos pacientes têm dificuldades
no agendamento de consultas, 33,3% relatam a falta de tempo para cuidar da saúde e 8,33%
informam que não sentem mal-estar, logo é excluída à necessidade de comparecer a unidade
básica de saúde para acompanhamento.
INTRODUÇÃO
28
Acadêmica de psicologia - Centro universitário luterano de Manaus e-mail: francinethrodrigues552@gmail.com
29
Acadêmica de psicologia - Centro universitário luterano de Manaus- e-mail: upjessica@gmail.com
30
Acadêmico de psicologia - Centro universitário luterano de Manaus – e-mail: leo.sousaleon@hmail.com
31
Acadêmico de enfermagem - Centro universitário luterano de Manaus – e-mail: patrickolivero2802@gmail.com
32
Drª em psicologia social – universidade federal do amazonas e Profª no Centro universitário Luterano de Manaus
152
A unidade Básica de saúde é composta por programas de prevenção e
cuidados aos usuários que entram ou são acompanhados pela equipe
multiprofissional. Entre esses, destacamos de forma especial o programa de
HIPERDIA, que foca no cuidado de usuários com hipertensão, uma doença
crônica, comum no Brasil e que exige do sistema de saúde um cuidado na
atenção primária, analisando os usuários acompanhados pela instituição,
levando os mesmos a conhecer e praticar o autocuidado. Quando o paciente é
conhecedor e receptor do fluxo de atendimento e acesso a UBS, torna-se
assíduo, independente da distância de sua residência.
FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
153
Introdução ao conceito de saúde no Brasil
No Brasil, por muito tempo prevaleceu uma cultura onde a população não
entendia os meios e as formas de promover saúde e prevenir doenças,
consolidando apenas modelos curativos, quando o cidadão procura o sistema de
saúde somente quando já está doente, com muita dor ou em estados
irreversíveis.
154
CONCEITOS DE HIPERTENSÃO E CRONICIDADE
A Hipertensão é uma doença em que 90% dos casos são herdados dos
pais, porém há vários fatores que levam a influência da pressão arterial, como:
Fumo, consumo de álcool, obesidade, estresse, consumo exagerado de sal,
colesterol alto, e o sedentarismo. Segundo o Ministério da Saúde, no Brasil, 388
pessoas morrem por dia por hipertensão.
155
Além dos dados explorados acima, foram coletados ainda raça,
escolaridade e estado civil. A maioria dos prontuários não continha esses dados,
mesmo eles sendo importantes para traçar o perfil do paciente e auxiliar na
adesão efetiva ao tratamento e no prognóstico da doença. Tratando-se de raça,
entre os homens, 44,82% dos prontuários não possuem os dados e, os que
possuem registro, a maioria é parda (34,50%). Em relação às mulheres; 35,29%
não constam nos prontuários e 33,33% são brancas, correspondendo à maioria.
A escolaridade dos pacientes também foi analisada e percebeu-se que, entre os
homens 68,97% não havia dados registrados e 31,03% são alfabetizados, têm
ensino fundamental incompleto e ensino médio completo. Observando as
mulheres, notou-se que 47,05% não possuem dados no prontuário e 52,95% não
sabem ler/escrever, são alfabetizadas, possuem ensino fundamental incompleto,
ensino fundamental completo, ensino médio incompleto e ensino médio
completo. Por último foi analisado o estado civil, o qual se percebeu, entre os
homens, que 75,86% não possuíam essa informação registrada e 24,14%, são
casados e solteiros. Enquanto entre as mulheres, 49,02% são solteiras e
casadas e 50,98% não constam nos prontuários (Cruz, 2022).
156
construção de protocolos locais que organizem a atenção à pessoa com doença
crônica. ((BRASIL, 2006)
157
buscados fora do horário da unidade básica reforçam a preocupação da equipe
em apoiar a população na resolução dos problemas.
RECEPÇÃO E ACOLHIMENTO
158
sedentarismo. Além desses, outros autores acrescentam ainda o tabagismo e a
não adesão ao tratamento.
161
PSICOEDUCAÇÃO E APLICAÇÕES DA PSICOLOGIA EM CONTEXTOS DE
SAÚDE
(ministério da Saúde)
Sendo tais orientações seguidas pelo paciente, espera-se que ele tenha
a consciência de que é o principal responsável pelo equilíbrio de sua condição,
seja percebendo suas emoções, evitando maus hábitos, remodelando
comportamentos e principalmente entendendo sua relação com a condição
crônica com a hipertensão.
163
● Aceitação: entender que é plenamente possível ter hipertensão e manter
a qualidade de vida. Aceitar que as mudanças na rotina farão parte da
vida, e que não será pior, apesar de algumas dificuldades na adaptação.
● Adesão ao tratamento: conscientizar-se das diferentes consequências de
não seguir as orientações médicas e psicoeducativas.
● Relaxamento: momentos de relaxamento durante períodos do cotidiano,
são benéficos, pois vai na contramão de comportamentos estressores.
Contribuindo para um equilíbrio dos níveis pressóricos.
● Questionamento de pensamentos e de atitudes: O modo como se pensa
e age reflete diretamente em funções fisiológicas do organismo. O corpo
tende a responder, por exemplo, com o aumento dos batimentos
cardíacos se predominar ou remoer pensamentos de raiva ou
catastróficos, e isso eleva os níveis de estresse e consequentemente da
PA.
Discussão de resultados
167
Na pesquisa 100% dos pacientes informam que a UBS fornece a
medicação para hipertensão sempre que eles necessitam e que não tiveram
experiências negativas com falta de remédio durante a chegada deles na
unidade. Em relação aos motivos que podem interferir na decisão de um
acompanhamento mais frequente na Unidade Básica, 58,3% cita a dificuldade
de agendamento de consultas, 33,3% relatam a falta de tempo para cuidar da
saúde e 8,33% informam que por não sentirem mal-estar, não veem a
necessidade de comparecer a unidade básica de saúde para acompanhamento.
No que tange a outras pessoas no mesmo recinto familiar que também possuem
hipertensão, 40% dos pacientes possuem outras pessoas da família com o
diagnóstico e 60% não possuem. Em relação a outras situações crônicas de
saúde 50% não possuem outras condições crônicas, 30% possuem diabetes e
20% possuem outras comorbidades.
Dos fatores que os pacientes entendem que influenciam para que tenham
dificuldade em controlar a sua pressão arterial temos como resultado 31,25%
stress, 25% má alimentação, 18,75% relataram que não tem dificuldade em
controlar a pressão, e 50% das respostas se distribuíram nos fatores álcool,
ansiedade, não apoio/ajuda da família para seguirem o tratamento e vida
profissional. Com a finalidade de explorar os sentimentos que os pacientes
tiveram ao receber o diagnóstico, 36,84% sentiram tristeza, 21,05% sentiram
medo, 15,78% sentiram ansiedade, 10,52% sentiram raiva, 10,52% dos
pacientes sentiram indiferença, e 5,26% apenas, se sentiram aliviados em ter um
diagnóstico validado para seguirem cuidando da saúde.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
REFERÊNCIAS
https://doi.org/10.25248/reas.e1633.2019
ANEXOS
170
A equipe no primeiro encontro, conhecendo a unidade Básica de Saúde (04-11-
2022)
171
Conversando com a enfermeira responsável (11-11-2022)
172
A equipe com a enfermeira (11-11-2022)
173
A equipe com os pacientes hipertensos no primeiro encontro de
psicoeducação (18-11-2022)
174
Dia do quarto encontro: apresentação dos resultados
175
Confraternização com as pacientes após a prática de psicoeducação
(25-11-22)
176
Folder distribuído para os pacientes da UBS dr Silas de Oliveira
177
CAPÍTULO VIII
RESUMO
33
Graduanda em psicologia pelo Centro Universitário Luterano de Manaus. E-mail:
barbarauchoa@rede.ulbra.br
2
Graduanda em psicologia pelo Centro Universitário Luterano de Manaus. E-mail:
thamarabrasilmarinho@rede.ulbra.br
3
Orientadora: Elizângela Mota. Mestre em Educação em Ciência na Amazônia (UEA). E-mail:
elizangela.mota@ulbra.br
178
Palavras-chave: Ensino; Aprendizagem Baseada em Problemas; Fenômenos Psicológicos.
ABSTRACT
The post-pandemic reveals the consequences of changes in basic education, which impacts the
mental health of teachers, as they face daily problems at work added to the catalyst for the
COVID-19 pandemic. The general objective is to analyze school psychology in the mental health
bias of teachers in a post-pandemic period in an elementary school I in Manaus, as well as the
specific objectives to develop socio-emotional skills to manage existing interpersonal
relationships in the school context, intervene in group considering the individual and environment
in the process of transformation and promoting mental health based on Vygotsky's sociocultural
theory in a post-pandemic scenario. This is a qualitative field research, outlined with Vygotsky's
socio-historical approach in the school environment with teachers. Spaces for dialogue are
important for the development of the human person, providing the opportunity to visualize viable
and effective strategies for the problems faced during teaching. In this way, school psychology
has transformative instruments, applied to the promotion of teachers' mental health, resulting in
an improvement in people's quality of life.
1 INTRODUÇÃO
179
professores bem como as famílias, segundo suas características
socioeconômicas”. (GONÇALVES; GUIMARÃES, 2021, p. 774).
180
A escola possui cinco salas climatizadas, uma quadra esportiva, refeitório,
cozinha, sala da direção e secretaria. Os funcionários são acolhedores e
receptivos, além disso o corpo docente é aberto a sugestões de atividades.
181
MÉTODO
2.1-TIPO DE ESTUDO:
2.2-LOCAL
183
Os instrumentos consistem em um levantamento de dados. O contrato, possui a
apresentação das regras para ambas as partes envolvidas. A primeira parte do
é composta, a saber: idade, se é professor, de qual disciplina (opcional).
Posteriormente, as regras e acordos.
Departamento ou setor
1º Encontro – 03/06/2022
184
de maneira real os problemas com impressões de agora, na posição de
observador da situação.
2º Encontro – 10/06/2022
3º Encontro – 21/06/2022
185
para realizar a intervenção, sendo o horário do HTP para não interferir em suas
atividades com os alunos.
3.0. Resultados/Discussão
186
Na busca de contenção da propagação do vírus, os pesquisadores
orientaram sobre a importância das medidas preventivas e os impactos
benéficos na sociedade, inclusive adotar o distanciamento físico (GONÇALVES;
GUIMARÃES, 2021). Nesse sentido, as instituições de ensino mudaram os
meios de mediar o conhecimento, optou-se pelo virtual, conhecido popularmente
como remoto. E em 2022 com o retorno de todas as instituições foi marcado pela
readaptação gradativa a nova realidade.
1º Encontro – 03/06/2022
Participante A
187
Foi solicitado um exemplo, de problemática vivenciado no âmbito da
escola ou da docência. A participante A, disse que a relação dela com a Z estava
desagradável, pois segundo a professora:
188
2º Encontro – 10/06/2022
Participante A
- PA: A pessoa que sai apreende que vai ficar a vida toda fugindo dos
professores.
Participante C
PC: Uma vez estava com a professora e ela deixou as coisas na sala
fiquei chateada, por ela desfazer o que tinha feito. Depois, parei para
refletir a aula é dela, independente se é na sala ou na quadra ela coloca
as coisas onde preferir. Eu fiquei tão chateada, porém fiz esse
exercício. Eu não gosto de ficar onde falam mal das pessoas não me
sinto bem, prefiro sai, mas aprendi que eu tenho que me expressar e
falar o que gosto e não gosto antes colocava tudo para dentro de mim.
I: Na emoção é algo que não tem como controlar, porém o que você
faz tem. A única coisa seria você se acolher e saber que é humano
190
sentir a emoção. Ao longo da semana tenta se acolher quando não sair
como planejado.
Participante A
- PA: Só fiquei sabendo porque uma aluna disse que a irmã dela já
tinha recebido as rifas e a minha turma não recebeu. Sabendo disso
perguntei para a Z, porque sua turma não tinha recebido. A Z disse que
a máquina tinha quebrado. Sabe mana ela podia ter dito, eu dava um
jeito de imprimir. Agora, justifica isso. Eu respirei fundo e lembrei de
você.
191
levantado o questionamento sobre o conceito amplo que toda psicologia seria
individual, mas segundo as contribuições desse autor, a psicologia individual
também seria de certa forma social (Faria et al., 2019).
participante C
Na terceira semana, foi realizado o segundo encontro com a participante
C que ficou com uma atividade para desenvolver durante a semana. Essa
professora tem uma certa dificuldade em se abrir, tem muito cuidado com as
palavras e muito medo de estar julgando alguém. Por exemplo, não gosta de
citar nomes, não gosta de transmitir ideias julgadoras de outras pessoas, a
participante C constantemente vigilante no seu comportamento para não ser
injusta com ninguém.
-PC Sabe semana passada teve uma coisa que a Z decidiu no começo
estava muito chateada e até pensei dizer para a pessoa porque iria
prejudicar a minha turma. Eu fiquei muito feliz, porque deu tudo certo
sem eu precisar fazer nada veio a ordem de cima. E eu fiquei muito
feliz. Mas não quero mais tarefa (risos) porque não quero mais passar
por isso.
1º Encontro – 03/06/2022
Participante B
3º Encontro – 21/06/2022
Participante B
194
- Eu consigo lidar bem com essas coisas no sentido emocional não
chego a ficar triste, sei separar.
Entende como é o sistema e sabe que "uma andorinha só não faz verão",
mas mesmo assim ela dá o melhor, depois disso a participante B falou um pouco
sobre a vida, sobre o casamento, os filhos, sobre o esforço que faz em elaborar
uma boa aula. Ademais, fez questão de mostrar os cartazes que utiliza durante
as aulas, falou sobre as viagens que fez e sobre a vontade de fazer o curso de
psicologia, pois é uma área que ela sempre se identificou, informalmente estudou
e trouxe para a sua família alguns ensinamentos.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
REFERÊNCIAS
CAPÍTULO IX
198
Ana Rosa Monteiro36
Caio Vinícius Pessoa da Silva37
Maria Karolina Nunes Araújo38
Maria Aparecida da Silva Martins39
RESUMO
O presente artigo é um estudo teórico-prático que irá abordar questões acerca de como a prática
do bullying afeta as relações interpessoais dentro do âmbito escolar e o impacto que essa
problemática causa na adolescência, a partir de uma intervenção realizada na Escola Estadual
de Tempo Integral Isaac Benzecry com estudantes na faixa de 11 a 13 anos, onde trouxemos a
temática do Bullying e debatemos a respeito do assunto e realizamos dinâmicas com os alunos.
Dentro desse âmbito, será discutido o conceito de Grupos Operativos, teoria de Pichon-Rivièree,
e iremos abordar sobre os processos de desenvolvimento cognitivo e psicossocial, nas visões
de Erik Erikson e Jean Piaget.
ABSTRACT
This article is a theoretical-practical study that will address questions about how the practice of
bullying affects interpersonal relationships within the school environment and the impact that this
problem causes in adolescence, based on an intervention carried out at Escola Estadual de
Tempo Integral Isaac Benzecry with students between 11 and 13 years old, where we brought
the topic of Bullying and debated about it and held dynamics with the students. Within this scope,
the concept of Operative Groups, Pichon-Rivièree's theory, will be discussed, and we will also
address the processes of cognitive and psychosocial development, in the visions of Erik Erikson
and Jean Piaget.
INTRODUÇÃO
36
Graduanda de Psicologia do Centro Universitário Luterano de Manaus
37 Graduando de Psicologia do Centro Universitário Luterano de Manaus
38 Graduanda de Psicologia do Centro Universitário Luterano de Manaus
39
Profª. Dra. de Psicologia do Centro Universitário Luterano de Manaus
199
meio dessas discussões, foi-se decidido abordar as esferas que estruturam as
relações das práticas de bullying juntamente com o seu impacto na vida escolar,
e como a psicologia opera e intervém nesta correlação.
Objetivos Específicos:
GRUPOS
201
Desde os primórdios o ser humano tende a agrupar-se para garantir a sua
sobrevivência, e temos a família como o grupo primordial, onde instintivamente se
dava como um lugar de proteção. No decorrer dos tempos o homem se viu na
necessidade de estar incluso em outros grupos além do familiar, sendo estes os
agentes necessários para o desenvolvimento dos pensamentos, desejos e
condutas de seus integrantes.
Um grupo pode ser formado por uma quantidade limitada de pessoas, com
o mesmo objetivo e pensamentos, tais como podem ser estudados dentro dos
processos grupais. Um conjunto de pessoas com fins de executar uma
determinada tarefa foi sistematizada por Enrique Pichon-Rivièree (1907-77) como
grupos operativos. Na adolescência é muito comum essa formação de grupos,
onde jovens se unem a seus iguais, a fim de se abster de suas ansiedades.
202
A psicoterapia analítica de grupo é, em nosso entendimento, a terapia
de escolha na adolescência, por corresponder à natural inclinação dos
adolescentes de procurar no grupo de iguais a caixa de ressonância
ou continente para suas ansiedades existenciais. Por meio do interjogo
de identificações projetivas, propiciado pelo grupo terapêutico, pode o
adolescente adquirir insight de aspectos de sua crise transicional, que
defensivamente escotomizar, e melhor superar as vicissitudes
peculiares a essa etapa evolutiva.
ADOLESCÊNCIA
203
de hormônios faz parte também da grande instabilidade de humor presente
nessa fase.
205
operações, ou seja, uma operação à segunda potência.
(PIAGET,2002, páginas 48 e 49)
206
determinado ponto não está mais defendendo ideais próprios e sim defendendo
cegamente algo que se apossou de suas ideias.
BULLYING
207
Diante do que foi amplamente abordado, se faz possível a observação de
fatores conflituosos que desestabilizam os processos saudáveis perante as
relações do grupo abordado: O grupo em que se fazem presentes os
adolescentes. Em consequência dessas averiguações, nota-se que esses
processos de conflitos relacionais possuem configurações deficitárias, nas quais
afetam e influenciam de forma significativa o desenvolvimento e o bem-estar de
crianças e adolescentes, findando no que se pode configurar como bullying.
Segundo o autor Leymann (2009), os processos que configuram o bullying
podem se caracterizar por comportamento de ordem agressiva, que influenciam
de forma degradante o ambiente, provocando mazelas morais e psicológicas,
modificando os ambientes seguros, perpassando em contextos que incluem
processos de desmotivação e violência.
METODOLOGIA
211
relação a problemática, apurando assim ideias e se deparando com outras
percepções.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
213
grupal. Em contrapartida notou-se por meio das observações e das práticas
interventivas, as potencialidades que este grupo apresenta para que possa
promover atividades que visem estimular as relações afetuosas e saudáveis, e
“psicoeducar” acerca do processo estrutural do bullying – Origem das práticas
agressivas; os motivos, as formas de enfretamento e as consequências.
REFERÊNCIAS
215
SILVA, Ana Beatriz B. Mentes perigosas na escola. 1ª Ed. Rio de Janeiro:
Editora Fontanar, 2010. What is workplace bullying? Disponível em: <
http://www.tuc.org.uk/tuc/rights_bullyatwork.cfm >. Acesso em: 21 de mai.
2022.
SILVA, Paulo Sérgio Modesto; VIANA, Meire Nunes; CARNEIRO, Stania Nágila
Vasconcelos. O desenvolvimento da adolescência na teoria de Piaget. O
desenvolvimento da adolescência na teoria de Piaget, Www.psicologia.pt, ano
2011, p. 1-12, 16 dez. 2011. Disponível em: www.psicologia.pt.com.br. Acesso
em: 30 maio 2022.
WEBSTER, J.; WATSON, J.T. Analyzing the past to prepare for the future:
writing a literature review. MIS Quarterly & The Society for Information
Management, v.26, n.2, pp.13-23, 2002.
CAPÍTULO X
216
Antônia Daisy Silva da Costa, CEULM/ULBRA, daisycosta@rede.ubra.br
Gabryelle Redman Baptista, CEULM/ULBRA, redman@rede.ulbra.br
Marcos Vinicius França, CEULM/ULBRA, marcos.mv151515@rede.ulbra.br
Maria Aparecida da Silva Martins, Profª Dra. do Curso de Psicologia do
CEULM- ULBRA.
Resumo
Abstract
This article aims to describe the results of the beneficial participation of the elderly
in a sewing group, addressing the biopsychosocial aspects of aging in a group.
We intend to report from the experience with elderly women participating in a
sewing course. The focus will be action research and will have content of group
intervention and the relationships between the members of the group and has as
main theme the positive symptoms of the active participation of the elderly in the
aforementioned group. To conclude, it can be seen that, even with the limitations
of aging, physical and mental activities are possible and viable as long as there
217
is a flexibility in the technique that allows achieving the objectives for which the
work is proposed.
INTRODUÇÃO
Tendo em vista que o contexto social onde estamos inseridos reflete em muitas
de nossas atitudes, percebemos a importância de investigar o caráter benéfico
da participação em um ambiente grupal, assim como seus inúmeros
equivalentes no ponto de vista da saúde mental. Para isso, a psicologia utiliza-
se de inúmeras técnicas que possibilitem uma contemplação mais acurada,
ampliando o enquadramento da temática proposta e configurando estereótipos
enraizados como estagnação e impossibilidade da pessoa idosa em ser
produtiva e contribuir para a sociedade. Diante disso a Psicologia por meio de
intervenções em grupos aborda aspectos relacionados ao bem estar, físico e
mental, autoestima, combate o enfraquecimento dos neurônios e auxilia na
plasticidade neural, que nada mais é do que
218
temáticas concretas, apontando os principais ganhos na participação de grupos
operativos. A pesquisa busca concatenar conhecimentos bibliográficos com as
práticas observadas no local referido, ampliando a concepção sobre os diversos
materiais, e produzindo uma visão bilateral.
219
como um grupo, pois falta-lhe a estrutura relacional ou seja a troca de interações.
Com isso, se faz necessário aludir a definições em que o trabalho de grupo seja
compreendido de maneira clara e concisa considerando a complexidade deste
tema e suas inúmeras peculiaridades.
220
mantém preservado de novas angústias. O segundo atribui-se às ansiedades
paranóides, que se conservam devido às inseguranças do indivíduo frente à
situações novas, que testam suas capacidades, e o força a desestruturar crenças
e reformular artifícios para lidar com as demandas propostas pelo mentor do
grupo.
Assim, o que uma pessoa diz, pensa ou sente em um grupo deve ser
compreendido como comunicando algo sobre o conjunto no qual está inserida.
(CASTANHO, 2012 P.51). Entende-se então que o grupo é mais do que a soma
das partes, pois está em um processo de constante transformação, devido a
fluidez das relações e dos processos de introjeção e projeção presentes nessas
organizações.
No entanto, cabe observar que é a concatenação das ideias que irá produzir
mudanças significativas, tanto individuais quantos coletivas, pois a simples tarefa
de aprendizagem não agregada a um acompanhamento que viabilize a
ressignificação de padrões sociais internalizados e preconcebidos ao longo de
muito tempo, não surtirá o efeito almejado pelo coordenador do grupo.
221
Os estudos acerca do envelhecimento estão cada vez mais presentes nas
sociedades, dado que as populações, como é o caso do Brasil, estão
envelhecendo mais e com grande disparidade entre os velhos e os adolescentes.
Ressignificar-se após tantas perdas é e ainda será por um longo período a maior
tarefa dos idosos do Brasil e provavelmente do mundo nessa circunstância pós
pandemia. Diante deste contexto e dos anteriormente referidos, pensamos então
em como as atividades extradomiciliares são benéficas para a saúde mental,
física, social e por vezes espiritual dos mais velhos. Para fornecer qualidade de
vida ao idoso na sociedade foram criadas em 2006 academias ao ar livre e
espaços como Centro de Convivência do Idoso que em sua resolução o
Conselho Nacional de Assistência Social (CNAS) tem como foco principal
desenvolver atividades que auxiliem no processo de envelhecimento saudável
dos indivíduos, por estar ciente da importância de atividades físicas e mentais
nesse ciclo da vida, da mesma forma que é necessário que as empresas e
órgãos empregatícios tenham ambientes favoráveis e sem discriminação que
acolham o público idoso (IPEA, 2016).
224
administração dos cursos oferecidos, são estes: curso de Corte e costura, Curso
de informática básica, Curso de alfabetização e et cetera.
METODOLOGIA:
Perante o que foi discorrido, o estudo para a estruturação deste artigo foi
realizado a partir do contato com o Oratório, o qual se concretiza como um
trabalho de pesquisa-ação, uma vez que este método não utiliza somente o
levantamento e interpretação de dados mas a intervenção e ação que trabalha
numa visão coletiva, participativa e recíproca na construção do conhecimento
(Baldissera, 2001). Assim, foram realizadas rodas de conversas que nos
proporcionaram o levantamento de dados necessários para a identificação de
demandas e na construção das possíveis intervenções. A instituição foi
escolhida pelo grupo devido a identificação com a causa e indicação de colegas
universitários, relatando as atividades realizadas no âmbito referido.
Assim como J. E de 64 anos também tem o grupo como prioridade na sua rotina.
E. que participa de um outro grupo de idosas, mora com uma filha e sua família.
Diz que o grupo é muito importante para ela, não só pela costura, mas também
pelas conversas e partilhas que elas têm no local. Aposentada, E. já foi técnica
227
de enfermagem e tem graduação em Letras. Hoje ela diz que não consegue se
ver parada em casa sem fazer nada, “tenho sempre que estar fazendo alguma
atividade ou curso para não entrar em depressão ou tristeza” disse ainda que
sempre que tem oportunidade de viajar ela sai da cidade em busca de novas
aventuras e novas amizades. Relata que sempre espera ansiosamente a
próxima aula do curso e que já aprendeu bastante sobre corte e costura com a
professora, que descreveu como sendo uma mulher batalhadora e muito
determinada. E. é solteira e criou a única filha com bastante dificuldades mas diz
que nunca pensou em desistir e que o grupo, agora na sua fase idosa, ajuda
muito com a questão da solidão.
No grupo tem ainda T. de 29 anos, que é casada e tem um filho. Sendo a mais
nova do grupo diz que aprende muito com as colegas, não só corte e costura,
mas também com a experiência de vida das senhoras do curso. Diz estar muito
contente com a parceria que elas têm que não pretende sair do curso tão cedo.
Não trabalha atualmente pois escolheu cuidar do seu filho enquanto o marido
trabalhava, pois segundo ela, não quer perder a infância de seu bebê e o marido
cuida dele nas horas em que ela está no curso. T. relata que sempre achou muito
lindo o ato de costurar e quer poder produzir suas próprias roupas e de sua
família e que quando está na aula com suas parceiras se sente muito bem e
acolhida. Diz que manter sua mente ocupada com essa atividade é muito
importante e estar com outras mulheres que entendem a importância disso
também é muito gratificante.
A professora L. pontuou a união da turma, a oração que ela faz com as alunas
no início e ao final da aula, a necessidade que cada uma tem em aprender a
costurar, o foco das alunas em aprender nas aula, a gratidão em ajudar a
comunidade e citou o sonho de Dom Bosco em especializar e evangelizar as
pessoas, disse ainda que estava a mais de vinte anos aposentada, se
reencontrou na igreja a muitos anos e que desde lá vem estudando mais,
evangelizando e repassando todo o seu conhecimento para ajudar outras
pessoas da comunidade. E. expressou seus sentimentos pelo grupo como se
fossem uma família, uma terapia ocupacional em que ela recebe conhecimento
e se sente bem ao mesmo tempo, onde ela também pensa em repassar esse
conhecimento para outras pessoas futuramente. J. citou pontos importantes para
ela neste curso que são, a união de todas desde o início das aulas, o apoio e a
230
sensação de terapia que permite que ela se conecte dia a dia, semana a semana,
e que tudo aquilo tem sido maravilhoso pra ela. Na sequência fizemos uma
dinâmica de autoestima mostrando o reflexo delas no espelho, pedimos então
que elas falassem sobre a mulher que estavam vendo, elas falaram de suas
dificuldades e superações, falaram sobre a vida em comunidade, a dificuldade
de uma imigração, histórias de uma mãe solteira e uma avó que cuida de seus
netos sendo uma acometida por um câncer. A intervenção neste dia foi finalizada
com nosso agradecimento pela participação das alunas e da professora do
curso.
232
DESCRIÇÃO DA DESPESA VALOR PERCENTUAL VALOR TOTAL
EM R$ 10% EM R$ PARA CADA
DESPESA EM R$
CONSIDERAÇÕES FINAIS
São grupos como estes que possibilitam na sociedade a plena vivência de todas
as pessoas. Com depoimentos como os que obtivemos através da intervenção
é que podemos enxergar a importância da sua oferta na comunidade. Além do
que, grupos como esses, que incentivam a participação de idosos em atividades
prazerosas com finalidade filantrópica, beneficiam nossa sociedade em diversos
sentidos. No Oratório o curso de corte e costura doará as peças produzidas pelas
senhoras para a maternidade que se encarregará de distribuir às mães que não
233
podem comprar seu próprio enxoval, beneficiando com um efeito em cadeia, as
mães, as senhoras do oratório e a sociedade em geral.
REFERÊNCIAS
234
Central Única dos Trabalhadores. Disponível em
https://www.cut.org.br/noticias/pais-tem-33-9-milhoes-de-idosos-e-22-9-
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Estresse Na Terceira Idade - Https://Doi.Org/10.1590/1413-82712019240312
CAPÍTULO XI
238
Adriane Bezerra de Souza40
Inês Nogueira Magalhães41
Rafaela Christi Ane Mano de Assis42
Maria Aparecida da Silva Martins43
Resumo
Abstract
40
Graduanda do curso de Psicologia da Centro Universitário Luterano de Manaus
(drykka.psic@gmail.com)
41
Graduanda do curso de Psicologia da Centro Universitário Luterano de Manaus
(ines.inesmagalhaes@gmail.com)
42
Mestre em História Pública pela Universidade Estadual do Paraná (Unespar) e graduanda
do curso de Psicologia da Centro Universitário Luterano de Manaus
(rafaelachristi@gmail.com)
43
Doutora em Sociedade e Cultura na Amazônia pela Universidade Federal do Amazonas
(Ufam) e professora do curso de Psicologia da Centro Universitário Luterano de Manaus.
239
psychotherapeutic dynamics in the group with the aim of preventing and
alleviating the symptoms related to Burnout Syndrome.
Introdução
240
Nesse sentindo, pretende-se abordar temáticas referentes a Síndrome de
Burnout como forma de promover aos membros do grupo o conhecimento e o
autocuidado no ambiente ocupacional e, principalmente, no hospitalar. Além
disso, o projeto ainda busca executar na pratica, dinâmicas psicoterapêuticas no
grupo com o objetivo de prevenir e amenizar os sintomas relacionados a
Síndrome de Burnout.
Delimitação do tema
Hipótese/pergunta de pesquisa
Justificativa
241
Inferir de forma positiva no que diz respeito a graduação de primeiro
período de Enfermagem da faculdade ULBRA/Manaus, na busca da prevenção
de questões psicossomáticas no que tange a profissão, tendo em vista que o
trabalho do enfermeiro, por sua própria natureza e características, revela-se
especialmente suscetível ao fenômeno do estresse ocupacional, assim como o
Burnout, ansiedade e depressão. A história da enfermagem revela que desde
sua implementação no Brasil ela é uma categoria marginalizada. Enfermeiros,
técnicos e auxiliares de enfermagem vêm, ao logo das décadas, sendo
submetidos a baixos salários, excesso de carga horária e ainda excesso de
pacientes por plantão, sendo que ao longo de sua jornada todos esses fatores
causam desgastes físicos e emocionais, causando doenças em ambos os
sentidos. Portanto, o presente projeto objetiva inferir sobre os fazeres desta
profissão no intuito da prevenção de questões e doenças físicas e mentais, assim
como objetiva inferir no manejo de como lidar e cuidar do corpo e das emoções
no decorrer da profissão. A exaustão emocional é caracterizada pelos
sentimentos de estar sobrecarregado e exaurido de seus recursos físicos e
emocionais, levando ao esgotamento de energia para investir nas situações que
se apresentam no trabalho (Maslach et al., 2001).
Objetivos
242
Geral
o Apresentar possíveis intervenções psicoterapêuticas voltadas a
prevenção da Síndrome de Burnout e a promoção da saúde mental em
um grupo formado por acadêmicos do curso de enfermagem da
Ulbra/Manaus.
Específicos
o Abordar temáticas sobre a Síndrome de Burnout no intuito de promover
aos membros do grupo conhecimento e autocuidado no ambiente
ocupacional;
o Executar dinâmicas psicoterapêuticas no grupo afim de prevenir e
amenizar sintomas relacionados a Síndrome de Burnout.
Metodologia
243
Encontro 1: Apresentação do projeto de Intervenção em Grupo a
coordenadora do curso de enfermagem da Faculdade Ulbra - Manaus, Adriane
Gama. Solicitação de autorização para a realização das atividades propostas
com uma turma de alunos do segundo período em sala de aula.
44
CID é a Classificação Estatística Internacional de Doenças e Problemas Relacionados com
a Saúde determina a classificação e codificação das doenças e uma ampla variedade de
sinais, sintomas, achados anormais, denúncias, circunstâncias sociais e causas externas de
danos e/ou doença. A CID é uma das principais ferramentas epidemiológica do cotidiano de
profissionais da área da saúde. A principal função do CID é monitorar a incidência e
prevalência de doenças, através de uma padronização universal.
244
será necessário escrever 3 sentimentos positivos para substituir as sensações
ruins e que estão gerando preocupações. Dessa forma, cada vez que o
acadêmico sentir emoções intrusivas possa observá-las e transformá-las em
algo que motive seu trabalho e desempenho. Serão utilizadas fitas de papel,
caneta e lixeira.
Referencial teórico
245
No mesmo país, Moreno por volta de 1932, inseriu a prática que
denominou como psicoterapia de grupo, na qual, além da fala eram
representados papeis (como um teatro) abrindo espaço para a criatividade,
autonomia e confiança emergirem. Os membros tornavam-se agentes
terapêuticos uns dos outros (KATIS et al., 1976). Mais tarde nomeou esta prática
como psicodrama, dividida em etapas como aquecimento, dramatização e
comentários, neste processo os indivíduos tornavam-se mais conscientes de
suas relações.
Consoante com Kaplan & Sadock (1983), através das práticas dos
psiquiatras Marsh e Lazell que utilizavam de aulas para abordarem os temas
relacionados às possíveis origens e sintomas dos transtornos dos pacientes
internados promovendo uma reeducação era observada maior sociabilidade
entre eles que relatavam melhoras nos sintomas e buscavam encontrar soluções
para o seus sofrimentos mentais vários psiquiatras aderiram à prática de
psicoterapia em grupo com pacientes acometidos de esquizofrenia nas
instituições.
De acordo com Neufeld & Rangé (2017), a terapia em grupo diverge das
outras abordagens terapêuticas por possuir o senso de pertencimento em prol
da saúde mental e dar relevância aos fatores sociais, a noção de comunidade e
o tratamento social para o que era considerada psicopatologia social.
247
Desde a iniciação da vida acadêmica, o universitário vivencia mudanças
biológicas, psicológicas e sociais e se depara com aspectos estressores durante
todo esse percurso. O sofrimento psíquico atinge grande parte dessa população,
e pode ser caracterizado por um acentuado e duradouro desconforto emocional,
angústia, tristeza, falta de expressão afetiva, esgotamento emocional,
isolamento social, dentre outros sintomas. Os motivos do sofrimento psíquico
inicialmente se apresentam nas dificuldades de adaptação dos universitários no
início do curso, e até mesmo referente sobre as expectativas quanto ao término
da graduação, de como será sua vida após esse processo acadêmico. Essa
expectativa de futuro, da proximidade com o sofrimento e até mesmo de
percepção da profissão em relação a possíveis mortes de pacientes, são alguns
dos estressores mais significativos. Tais questões podem ser associadas a uma
percepção negativa do ambiente acadêmico, podendo causar queda na
qualidade de vida.
248
Segundo Hespanhol (2005), o termo Burnout foi primeiramente utilizado
por Freudenberg em 1970 para nomear uma síndrome de exaustão e de
desilusão em trabalhadores voluntários na área da saúde, devido a frustração de
expectativas no trabalho. Essa síndrome acarreta principalmente em trabalhos
com contato direto com seres humanos, ou seja, sobretudo os serviços de saúde,
sociais, da justiça e da educação.
Cronograma
250
Atividades/ Mês Abril Maio Junho Julho
Definição do tema 04 e 11
Elaboração do Projeto 18 e 25
Levantamento Bibliográfico 02 e 09
Considerações Finais
251
As intervenções foram divididas em quatro encontros, das quais
obtivemos resultados e conclusões significantes referente a proposta inicial
desse projeto. No primeiro encontro (Imagem 1), as alunas de psicologia
realizaram a primeira parte da entrevista com a coordenadora do curso, Adriane
Gama, onde foi possível recolher informações pertinentes ao curso de
Enfermagem da Ulbra/Manaus e, assim, elaborar as intervenções adequadas ao
grupo em especifico. Em suma, atualmente, encontram-se inscritos no Conselho
Regional de Enfermagem do Amazonas (COREN-AM, 2017) 8.239 enfermeiros,
quantitativo pequeno frente às necessidades de saúde-doença-cuidado do
homem amazônida, bem como de formação e qualificação profissional das
novas gerações em nível técnico, graduação e pós-graduação.
253
a turma de primeiro ano, devido ao maior número de matriculados na mesma
sala. As praticas a serem aplicadas foram explanadas a coordenadora e
aprovada pela mesma. Ficou, então, definido a aplicação de Psicoeducação
sobre o tema proposto, a pratica de Mindfulness, além de uma dinâmica de grupo
para promover o autoconhecimento e ressignificação emocional.
254
presentes nos informativos distribuídos para cada participante do grupo (Imagem
3).
Referencias
256
KAPLAN, H. I. & SADOCK, B. S.: Comprehensive group psychotherapy.
Baltimore: Williams & Williams, 1983.
257
Silva PO, Cavalcante-Neto JP. Associação entre níveis de atividade física e
transtorno mental comum em estudantes universitários. Motricidade 2014;
10(1):49-59.
CAPÍTULO XII
258
RESUMO
A saúde mental é uma pauta que ganha cada vez mais atenção e sua
importância na vida de todos nós é cada vez mais destacada. No nível da
empresa, é de extrema importância que ela tenha ações constantes que
promovam a saúde mental e autoestima de seus funcionários, pois trabalham
muitas vezes como segunda casa trabalhadores que passam o dia inteiro na
empresa. A síndrome de Burnout (SB) foi descrita pela primeira vez em 1974
pelo psiquiatra Herbert Freudenberger (Freudenberger, 1974) e agora está
incluída na Classificação Internacional de Doenças CID-11, código QD85
(Organização Mundial da Saúde [OMS], 2019). Dentre várias doenças laborais
a mais comum entre os colaboradores de algumas instituições é o Burnout, a
partir disso entende-se a necessidade de se trabalhar o tema e promover um
ambiente que ofereça estímulos para desenvolvimento autoestima e incentivo
aos cuidados da saúde mental com a finalidade de se evitar um possível
desenvolvimento da síndrome de Burnout possa vir a prejudicar os
colaboradores.
ABSTRACT
Mental health is an agenda that is gaining more and more attention and its
importance in the lives of all of us is increasingly highlighted. At the company
level, it is extremely important that it has constant actions that promote the mental
health and self-esteem of its employees, as workers who spend the whole day at
the company often work as second homes. Burnout syndrome (BS) was first
described in 1974 by the psychiatrist Herbert Freudenberger (Freudenberger,
1974) and is now included in the International Classification of Diseases ICD-11,
code QD85 (World Health Organization [WHO], 2019). Among several
occupational diseases, the most common among employees of some institutions
is Burnout, from this it is understood the need to work on the theme and promote
an environment that offers stimuli for the development of self-esteem and
incentive to mental health care with the purpose of to avoid a possible
development of the Burnout syndrome that could harm the collaborators.
Sabe-se que a saúde mental é uma pauta que tem ganhado cada vez
mais atenção e vem sendo cada vez mais evidenciada a sua importância em
qualquer âmbito de nossas vidas. No âmbito corporativo é de extrema
importância que se haja constantemente ações que promovam a saúde mental
e autoestima de seus colaboradores, uma vez que o trabalho é muitas vezes
como a segunda casa dos trabalhadores que passam muitas vezes o dia todo
na empresa. Tendo isto em vista observa-se que os trabalhadores que não tem
suas necessidades assistidas tornam-se cansados e sobrecarregados o que
pode vir a se tornar um esgotamento emocional e físico viabilizando assim o
surgimento da síndrome de Burnout. A síndrome de Burnout (SB) foi descrita
pela primeira vez em 1974 pelo psiquiatra Herbert Freudenberger
(Freudenberger, 1974) e agora está incluída na Classificação Internacional de
Doenças CID-11, código QD85 (Organização Mundial da Saúde [OMS], 2019).
É considerada uma resposta prolongada a estressores emocionais e
interpessoais crônicos no trabalho, classificados como exaustão emocional,
despersonalização e ineficiência. Manifesta-se principalmente por sintomas de
cansaço persistente, falta de energia, adoção de comportamentos de
distanciamento emocional, insensibilidade, indiferença ou irritabilidade
relacionados ao trabalho, aos quais se somam sentimentos de ineficiência e
baixo crescimento pessoal.
JUSTIFICATIVA
REFERENCIAL TEÓRICO
1. A Autoestima
263
organização do trabalho, que vão desde baixo reconhecimento e recompensas,
desproporcionalidade de tarefas atribuídas e concluídas até falta de recursos e
problemas de infraestrutura.
3. Burnout
264
A síndrome de Burnout (SB) foi descrita pela primeira vez em 1974 pelo
psiquiatra Herbert Freudenberger (Freudenberger, 1974) e agora está incluída
na Classificação Internacional de Doenças CID-11, código QD85 (Organização
Mundial da Saúde [OMS], 2019). Christina Maslach (1976) propôs um modelo
teórico para descrever a SB, definindo-a como uma resposta de longo prazo a
estressores interpessoais crônicos no trabalho, manifestada em três dimensões
interdependentes: exaustão emocional, despersonalização e redução da
realização pessoal (Maslach , Schaufeli & Leiter, 2001). A exaustão emocional é
caracterizada por se sentir sobrecarregada e esgotada de recursos físicos e
emocionais, levando ao esgotamento de energia para investir em situações que
surgem no trabalho (Maslach et al., 2001).
METODOLOGIA
266
Mediante a problemática apresentada no presente projeto juntamente
com suas demandas de pesquisa, verifica-se a potencialidade do emprego de
diversas ferramentas para que se possa ser assertivo no processo de angariação
de dados. Para investigar as problemáticas propostas, visa-se se apropriar de
métodos voltados para a revisão bibliográfica, no qual explana Gil (2007), a
revisão de cunho bibliográfico é configurada se embasando em produções já
findadas, como artigos científicos, teses e livros, se compactuando assim com
um rigor de exploração de conhecimento, consentindo mais completude em
relação a problemática, apurando assim ideias e se deparando com outras
percepções. Visa-se a partir desses aparatos teóricos, os processos de
investigação sobre desenvolvimento da síndrome de Burnout no ambiente
corporativo e a conscientização para se evitar a síndrome. O público alvo deste
projeto de pesquisa intervenção são colaboradores da instituição e será uma
aplicada às atividades baseadas em roda de conversa e entrevistas semi
estruturadas com o intuito de abordar a temática da síndrome de Burnout como
preveni-la no ambiente corporativo, as atividades serão realizadas no tempo de
intervalo das funcionários e não afetará em suas atividades.
ATIVIDADES 1º 2º 3º 4º 5º
Encontro Encontro Encontro Encontro
Encontro
1 Integração 22/11 x x x x
2 Aplicação de escalas x 24/11 x x x
e questionário sobre
burnout.
267
3 Roda de Conversa x x 29/11 x x
sobre o Burnout
4 feedback, técnicas x x x 01/12 x
para aliviar os sintomas
e encerramento.
PRINCÍPIOS ÉTICOS
· Princípios fundamentais
270
4. O psicólogo atuará com responsabilidade, por meio do contínuo
aprimoramento profissional, contribuindo para o desenvolvimento
da Psicologia como campo científico de conhecimento e de prática.
5. O psicólogo contribuirá para promover a universalização do acesso
da população às informações, ao conhecimento da ciência
psicológica, aos serviços e aos padrões éticos da profissão.
6. O psicólogo zelará para que o exercício profissional seja efetuado
com dignidade, rejeitando situações em que a Psicologia esteja
sendo aviltada.
7. O psicólogo considerará as relações de poder nos contextos em
que atua e os impactos dessas relações sobre as suas atividades
profissionais, posicionando-se de forma crítica e em consonância
com os demais princípios deste Código.
RESULTADOS E DISCUSSÕES
273
respostas semelhantes em várias intensidades no que diz respeito ao nível de
satisfação dos colaboradores.
274
Fonte: Google Forms, 2022.
275
Figura 7 e 8: Percentual de respostas do Questionário de Satisfação com o trabalho.
276
Fonte: Google Forms, 2022.
278
30% para 30-40 anos, 30% para 40-50 anos e 10% com uma única resposta
para 59.
279
de burnout afirmaram não saber do que se tratava. Através da pesquisa
realizada, evidenciou-se que muitos colaboradores não possuem sequer um
meio de aliviar o estresse adquirido em um dia de trabalho, o que é um fator
preocupante uma vez que estas atividades são fundamentais para a manutenção
da saúde mental.
280
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Sherafat, F. D. (2002). Produtividade na ótica do trabalhador: uma análise dos aspectos que
afetam o desempenho, criatividade e auto-estima dos funcionários no ambiente de trabalho.
Disponível em: < https://repositorio.ufsc.br/handle/123456789/83395>. Acesso em: 11 de
Novembro de 2022.
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realização:qualidade de vida na universidade. Psicologia, Saúde e Doenças, 7(1),83-88.[fecha
de Consulta 15 de Novembro de 2022]. ISSN: 1645-0086. Disponível em:
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Maslach, C., Schaufeli, W. B. & Leiter, M. P. (2001). Job burnout. Annual Review Psychology,
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2, p. 167-173, dez. 2006 . Disponível em
<http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1413-
82712006000200005&lng=pt&nrm=iso>. acessos em 08 dez. 2022.
281
ANEXO 1
Sua participação é opcional, caso opte por não participar das intervenções
é um direito seu e você poderá pela sua não participação. A pesquisa será feita
no Centro Universitário Luterano de Manaus - CEULM/ULBRA, localizado no
endereço Avenida Carlos Drummond de Andrade, Conjunto Atílio Andreazza,
1460 - Japiim, Manaus - AM, 69077-730, onde os colaboradores participarão de
atividades didáticas utilizando-se para isso de metodologias como dinâmicas de
grupo, rodas de conversa sobre autoestima, reflexões sobre autoestima e
burnout. Para isso, será usado/a materiais como escalas e rodas de conversa
sobre a temática do burnout, que são considerados (a) seguros (a), e você não
corre nenhum risco participando deste projeto. Caso aconteça algo que gere
incômodo ou desconforto, você pode nos procurar pelos telefones que estão
informados no começo deste documento. Os caminhos a serem percorridos no
presente projeto de intervenção são o de desenvolver consciência sobre o que
é o Burnout, como reconhecer o processo burnout e o que fazer para evitar, e
por fim, a conscientização sobre como auxiliar e orientar um colega de trabalho
com burnout, sendo assim, para seu um procedimento que visa beneficiar o
usuário.
282
A participação e suas respectivas respostas para as escaladas serão
anônimos; assegurando assim o sigilo integral de sua participação. Os
resultados da pesquisa serão descritos em relatório, mas sem identificar os
colaboradores ue participaram. Se você tiver dúvidas com relação ao estudo,
direitos do participante, ou riscos relacionados ao estudo, você deve contatar a
supervisora deste projeto, professora/ psicóloga Elizangela da Rocha Mota /
Contato: 992127675 do Centro Universitário Luterano de Manaus - ULBRA.
Eu _____________________________________________
Data: ____/____/_____
___________________________________________
Nome Completo
Organizador do Projeto
283
ANEXO 2:
284
CAPÍTULO XIII
Resumo
45
Geovanna Silva de Sousa, aluna do Centro Universitário Luterano de Manaus, acadêmica do
curso de Psicologia. E-mail: geovanna.sousa@rede.ulbra.br
46
Lia Brasil Pimenta, aluna do Centro Universitário Luterano de Manaus, acadêmica do curso
de Psicologia. E-mail: liabrasil1012@rede.ulbra.br
47
Naomi Torres Martins, aluna do Centro Universitário Luterano de Manaus, acadêmica do
curso de Psicologia. E-mail: naomitorresm@rede.ulbra.br
48
Maria Aparecida da Silva Martins, Doutora em Psicologia Social e professora da disciplina
de Práticas Interprofissionais de Educação em Saúde – Centro Universitário Luterano de
Manaus. E-mail: cida_psi21@hotmail.com
285
vinte e dois anos participaram ativamente. O trabalho foi construído e executado
em quatro visitas, utilizou-se de recursos como um questionário para base da
pesquisa, criou-se perguntas para suceder a análise de como os alunos
visualizavam sua vida acadêmica. Também foram realizados atividades
interativas e intervencionistas para abranger ainda mais o contexto do trabalho.
Conclui-se assim, a proposta do projeto de pesquisa, sendo satisfatória no
quesito de motivar, sensibilizar e compreender o ambiente, o indivíduo e a
escola.
Abstract
The objective of the proposed work was to develop a research in the field of
school psychology to understand the learning difficulty of third year high school
students. The research was also done to observe the process of youth, maturity
and expectations about the next phase of life that is approaching to consolidate
the end of adolescence. The present research took place in a public school in the
city of Manaus. To fulfill the study, eighteen students between the ages of
seventeen and twenty-two actively participated. The work was built and executed
in four visits, using resources such as a questionnaire as the basis of the
research, questions were created to succeed the analysis of how students viewed
their academic life. Interactive and interventionist activities were also carried out
to further cover the context of the work. In conclusion, the proposal of the
research project was satisfactory in terms of motivating, sensitizing, and
understanding the environment, the individual, and the school.
Introdução
Justificativa
288
É possível compreender que com os avanços tecnológicos e melhorias
educacionais existem recursos que ajudam os jovens pré-vestibulandos que
estão cursando o ensino médio, em específico aos finalistas do terceiro ano.
Porém esse amparo não é suficiente tendo em vista a demanda de jovens com
dificuldade em acompanhar a complexidade de assuntos cobrados no vestibular,
ou sem recursos para acessar esses conteúdos pagos. Ademais observando
que aos olhos da sociedade existe um padrão a ser seguido por todos os jovens
que estão passando por esta fase da vida: fazer o vestibular, passar para uma
universidade pública e ingressar no mercado de trabalho, sem considerar todas
as dificuldades enfrentadas por esses estudantes em suas vidas fora da escola,
problemas esses às vezes sem suporte suficiente para todos, tornando esse
momento bastante turbulento, de muita pressão e inseguranças. Além das
desigualdades socioeconômicas também é preciso analisar os problemas
individuais de cada aluno, desde as dificuldades de estudo até a não
compreensão de como executá-los, o não entendimento de todas essas
questões dificulta ainda mais a evolução desse ano decisivo na vida dos alunos,
podendo acarretar muitas vezes a frustração prematura ou até desistência.
289
Desenvolvimento e formação dos jovens na adolescência
290
correspondem entre si. No período que diz respeito a infância do indivíduo é
construído uma idealização de figuras importantes em suas vidas, geralmente
seus pais. Porém conforme este sujeito vai crescendo, sua visão das pessoas
que até então eram admiráveis vai sendo quebrada, pelo simples fato de que
todos possuem falhas, ou seja, sua forma de observar o todo ao seu redor é
ampliada, gerando certa maturidade. Pode-se observar a corroboração deste
fato a seguir:
293
limitadas a assuntos específicos cobrados no vestibular, o que acaba dificultando
ainda mais o processo de aprendizagem.
296
Quando o aluno é respeitado como protagonista dentro da sala de aula,
tão importante no processo de aprendizado quanto o professor, ele sente seus
órgãos sensoriais (sentidos) e a cognição (percepção, memória, interpretação,
pensamento, crítica e criação) aptos para uso no processo de aprendizagem.
Construir um novo modelo de relação com o adolescente vem a ser de extrema
importância para o seu melhor aprendizado, em especial no terceiro ano do
ensino médio, vindo a ser um ano decisivo em suas vidas que carrega junto
consigo a cobrança da sociedade em que estão inseridos em conjunto com sua
cobrança interior. A escola deve apresentar principalmente alternativas que
permitam ao adolescente desenvolver sua capacidade criativa. Sua capacidade
de protagonizar a cena escolar. De ser também sujeito, e não somente um
espectador que vai a aula ouvir o professor e sujeitar-se as suas representações
de sabedoria. (HELLER, 1970: 17).
297
Dentro do âmbito escolar é possível perceber que são vários fatores a influenciar
esse processo de aprendizagem, um dos mais presentes no último ano do ensino médio
é a ansiedade gerada pela cobrança de si mesmos em suprir as expectativas da
sociedade, passando no vestibular e ingressando em uma universidade, porém alguns
estudantes não conseguem alcançar tais feitos no mesmo ano de conclusão do ensino
médio, e alguns ainda desistem por não se acharem capazes o suficiente de sua
conclusão. A ansiedade é gerada pela sensação de medo ao extremo no cérebro
humano, infelizmente ela se faz presente dentro do ambiente escolar, com isso acaba
prejudicando o desempenho acadêmico dos alunos levando em consideração que
alguns não se sentem motivados pelos seus tutores, que em sua maioria utilizam de
métodos de ensino nada dinâmicos não facilitando o processo de ensino-aprendizagem.
(ROSA; 2011)
Muitos professores que trabalham nas escolas de ensino regular não estão
preparados para lidar com PCD, a priori, pessoas surdas, estando presentes em uma
sala de aula precisam de um certo cuidado a mais por terem um processo de interação
298
diferente dos demais estudantes, os tutores têm um importante papel na vida dos alunos.
Não é possível oferecer uma educação adequada em uma escola que atenda às
necessidades dos alunos sem a contribuição ativa do professor no processo
educacional. Em qualquer processo de aprendizado a interação de modo dinâmico entre
professor-aluno se faz necessária para a transferência de conhecimento aos alunos.
Justifica-se, portanto, a existência de estudos que corroboram o diálogo dinâmico em
sala de aula ser algo indispensável em um processo envolvendo aprendizagem, então
esse cuidado em construir uma metodologia de ensino que atenda a todos se faz
necessário. (CÁSSIA; 2009; p.4)
299
O questionário foi aplicado no segundo encontro, com o objetivo de
compreender os alunos e apresentá-los a pesquisa que estávamos executando.
Foram preenchidos como informações adicionais para a análise somente idade
e sexo, acreditamos que colocar o campo “nome” não traria respostas sinceras.
Ao final da aplicação, realizamos a tabulação dos dados conforme o que foi
preenchido pelos alunos:
300
Partindo do princípio da tabulação, foi possível obter a seguinte análise
de cada questão apresentada:
301
Convertendo essas informações da tabulação para percentil, tendo como base
a fórmula matemática cálculo de frequência relativa por frequência absoluta obtendo
assim a porcentagem das respostas maiores de cada questão apresentada:
302
Nos dois últimos encontros foram realizadas atividades de intervenção junto
aos alunos para interação e captação de informações das opiniões dos alunos sobre o
tema abordado. A primeira atividade interativa foi aplicada no terceiro encontro, foi
separado algumas perguntas que seriam feitas para a turma e eles deveriam responder
se eram verdadeiros ou falsos dentro do conhecimento que eles tinham. Nessa atividade
foi possível observar a curiosidade deles para aprofundamento do assunto, com
perguntas e querendo entender mais o porquê as questões eram falsas, ou verdadeiras.
Com essa interação conseguimos ganhar mais confiança da turma e o interesse deles
para com a nossa pesquisa.
No último e quarto encontro foi proposto para a turma uma caixa de desabafos.
Eles escreveriam um bilhete com algo que os viesse a mente e seria sorteado
posteriormente para promover uma roda de conversa em cima do assunto sorteado. Os
bilhetes seriam escritos de forma anônima, para que dessa forma, fosse possível
promover a intervenção sem expor a pessoa que compartilhou aquele desabafo,
acreditávamos também que tratando dos assuntos poderia ajudar alguém com um
problema semelhante. Essa atividade promoveu bastante reflexão e interação dos
alunos, eles participaram ativamente com perguntas e opiniões. Alguns assuntos
303
abordados através da caixa do desabafo: Métodos de como melhorar a aprendizagem;
pressão no último ano da escola; respeito com as pessoas; julgamento com o outro e
psicologia.
304
DUARTE e OLIVEIRA 2004), a competição e a realização individual,
excessivamente valorizada atualmente, podem dar origem à ansiedade social.
Neste contexto, as pessoas desenvolvem atitudes que atendem às expectativas
de outrem para que possam ser aceitos, sob pena de serem rejeitados ou
desvalorizados.
305
Nesta visita foi possível realizar o encontro com os alunos da turma para
aplicação de um questionário e explicar o projeto para os alunos da instituição. Os
professores foram receptivos e compreensivos com a pesquisa, em contraponto, da
coordenação e gestora. Foi possível perceber a alta inclusão da escola para com os
alunos com deficiência auditiva, cujo tinham uma intérprete disponível em sala de aula,
nos foi informado por um dos professores que no total existem 3 intérpretes na escola,
visando dessa forma auxiliar na educação desses alunos. Foi utilizado um questionário
para escolha de 5 perceptivas em relação a aprendizagem, cada aluno recebeu um
questionário e respondeu de acordo com o que achava compatível com si mesmos. Não
solicitamos o preenchimento dos nomes, para que os alunos ficassem mais confortáveis
e suas respostas ficassem mais sinceras. Os professores informaram que na parte da
tarde a maioria dos alunos já são maiores de idade e alguns já trabalham, por isso o
quantitativo de alunos da tarde tende a ser menor do que os alunos da manhã. O
professor de educação física ressaltou que devido a quadra de esportes ser aberta, o
calor pela parte da tarde é uma limitação para as atividades práticas.
306
aprendizagem. Nós orientamos que é necessário diálogo para alinhamento de ideias,
maneiras de como ele pode melhorar continuamente o seu processo de ensino e
compreensão junto com os alunos que necessitam da sua mudança de didática.
307
Considerações Finais
Valendo lembrar que o ponto de partida deste estudo se deu pelo fato do
terceiro ano do ensino médio ser um ano de muitas incertezas para os jovens
que caminham em direção a vida adulta, carregando consigo toda a bagagem
que a vida lhes proporciona, a cobrança de suas famílias e da escola em estudar
todo o assunto cobrado no vestibular em um ano e passar no exame nacional do
ensino médio (ENEM), que gera ansiedade, podendo interferir em suas vidas,
logo interferindo em seu processo de aprendizagem.
308
O caminho que percorremos permitiu ampliar as visões que antes eram
minimalistas sobre o processo de aprendizagem desses estudantes e como as
dificuldades presentes em suas vidas interferem em seus processos de
aprendizado, gerando então um ciclo vicioso de universitários que estão pouco
familiarizados com a sede pelo conhecimento, e uma sociedade que cobra um
padrão inalcançável de perfeição.
Referências
309
Disponível em: <https://www.ufrgs.br/psicoeduc/wiki/O_Adolescente_na_Escola>.
Acesso em novembro de 2022.
310
PAÍN, Sara. Diagnóstico e tratamento dos problemas de aprendizagem.
Tradução Ana Maria Netto Machado. Porto Alegre: Artmed, 1985.
SANTOS, Betina Pinto. MIRANDA, Neire Oliveira Pinto. Alunos com déficit de
atenção: O cotidiano em sala de aula. Revista Científica Multidisciplinar Núcleo do
Conhecimento. Ano 05, Ed. 11, Vol. 15, pp. 106-117. Novembro de 2020. ISSN: 2448-
0959, Disponível em: https://www.nucleodoconhecimento.com.br/educacao/sala-de-
aula, Acesso em novembro de 2022.
311
Anexos
Figura 2 - Infraestrutura
312
Figura 3 - Confecção das lembrancinhas
313
Figura 6 - Alfabeto em Libras
314
CAPÍTULO XIV
RESUMO
ABSTRACT
INTRODUÇÃO
316
momento que nós como sujeitos envolvidos tivemos um primeiro olhar atento
para a realidade das crianças,
OBJETIVO GERAL
OBJETIVO ESPECÍFICO
317
Oferecer atividades psicomotoras para trabalhar as relações sociais com
os coleguinhas de turma e os profissionais que estão ligado diretamente
no cotidiano das crianças.
PROBLEMÁTICA
JUSTIFICATIVA
319
cognitivo dessas crianças do próprio corpo e de noção espaço-temporal,
formando assim um complemento para o desenvolvimento da aprendizagem
escolar “.
As fases que segundo esse teórico passam por quatro estágios distintos:
Sensório-motor, Pré-operatório, Operatório-concreto e Operatório- formal. O
público-alvo que a equipe irá aplicar as atividades está relacionado com o estágio
2 Pré-operatório (2 a 7 anos). Onde as crianças estão na faixa etária de 5/6 anos.
Pré-operatório (2 a 7 anos): a criança é capaz de simbolizar, de evocar objetos
ausentes, estabelecendo diferenças entre significante e significado, o que
possibilita distância entre o sujeito e o objeto, por meio da imagem mental, a
criança é capaz de imitar gestos, mesmo com a ausência de modelos.
METODOLOGIA
320
crianças para que elas tenham o interesse no aprendizado e obtenha o
conhecimento daquilo que foi proposto de forma descontraída. Sempre dando a
oportunidade da criança se desenvolver na sua fase, essas atividades acarretam
ao indivíduo muitas melhorias no decorrer do seu cotidiano.
321
dinâmica, PAZ, AMOR, SORRISO E BEM – VINDOS! Realizamos a atividade
com cartazes, pincel, materiais simples, mas que podem ser utilizados para
atividades de compreensão das crianças. E que é muito divertido para cada uma
delas pois elaborando a atividade de forma correta a criança tem muitos
benefícios educativos, pois cada uma tem sua subjetividade, com as palavras de
emoções, a criança expressa seus sentimentos de forma autêntica, as crianças
da faixa etária de 5 anos, estão na fase do descobrimento de tudo que está ao
seu contorno.
Dinâmica do balão
322
Fazendo-os entender que eles podem conseguir realizar os sonhos e
ainda presentear e serem presenteados por outras pessoas. As crianças
desenvolveram a atividade da forma que a idade delas propõe, sempre na
ludicidade e brincadeiras. Mas a equipe soube contorna a situação e as crianças
interagiram e realizaram com sucesso a atividade proposta.
Brincadeira da corda
Esta atividade possuiu como objetivo desenvolver a coordenação motora
ampla, o esquema corporal, estimular a orientação espacial e temporal, ampliar
o equilíbrio, a lateralidade e melhorar o tônus muscular. De forma instrumental
se foi usado como material, uma corda de quatro metros em média.
Boliche
323
importante para o crescimento tanto físico, como cognitivo, pois auxilia as
mesmas na sua compreensão do que está sendo aplicado.
Basquete
FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
325
Consonante ao que se foi dito, Apud, Fonseca (1995) afirma que a
Psicomotricidade não é exclusiva de um novo método ou de uma “escola” ou de
uma “corrente’ de pensamento, nem constitui uma técnica, um processo, mas
visa fins educativos pelo emprego do movimento humano.
326
Segundo Fonseca, (2000, p. 89):
328
A psicomotricidade trabalhada no desenvolvimento da criança e na
aprendizagem, endossa o processo de ensino e funções motoras, objetivando a
prática do movimento em todas as etapas da vida de uma criança.
CRONOGRAMA
Quadro 1
INTERVENÇÃO PROPOSTA
Data da Atividade Objetivo da Recursos Número de
intervenção realizada atividade utilizados participant
es
CONSIDERAÇÕES FINAIS
331
aprende diversas formas de estar no mundo. Dentre ela perceber que está
aprendendo coisas novas tais como: pintar, desenhar, jogar, identificar músicas.
Findando este projeto se foi possível perceber por meio das observações
e intervenções se possível averiguar que a partir dessas experiências, se faz de
grande valia a ótica de integração de saberes no tocante aos fatores da
psicomotricidade no âmbito escolar ou não, possibilitando uma prática mais
assertiva e de maneira consequente, uma assistência muito mais amparada em
instrumentos e métodos eficazes para o auxílio dessas problemáticas.
REFERÊNCIAS
FONSECA, Vítor da. Psicomotricidade. 3 ed. Martins Fontes, São Paulo. 2000.
332
file:///C:/Users/gabri/OneDrive/Imagens/tcc9-6%20(3).pdf: Acesso em: 28 de
Set, 2020.
333
ANEXOS
334
335
336
337
CAPÍTULO XV
Resumo
49
Graduanda do curso de Psicologia da Centro Universitário Luterano de Manaus
(ines.inesmagalhaes@gmail.com)
50
Graduanda do curso de Psicologia da Centro Universitário Luterano de Manaus
(mikaeli.nakor@gmail.com)
51
Psicóloga, mestre em Educação em Ciências na Amazônia pela Universidade do Estado do
Amazonas (UEA) e coordenadora do Curso de Psicologia na Ulbra-Manaus
(coordpsico@ulbra.br)
52
Mestre em História Pública pela Universidade Estadual do Paraná (Unespar) e graduanda
do curso de Psicologia da Centro Universitário Luterano de Manaus
(rafaelachristi@gmail.com)
338
Palavras-chave: Intervenção psicossocial; Psicoeducação; Saúde mental.
Abstract
Introdução
339
trabalho, o que, por sua vez, alimentou a ansiedade entre os estudantes
universitários.
340
A dimensão científica deste trabalho é resultado dos conhecimentos e
dados obtidos através da pesquisa teórica e do emprego das atividades em
conjunto com o público-alvo. Ao observar as necessidades de pesquisas do
cenário pós Covid-19, no ambiente educacional e os atores envolvidos,
apreendem-se as lacunas de estudos diante do impacto causado pela retomada
das rotinas escolares, bem como, a compreensão do adoecimento psicossocial,
como os sintomas de ansiedade e a exigência de adaptação e ajustamento ao
cotidiano escolar. Portanto, verificou-se a viabilidade de elaborar um projeto de
pesquisa com ênfase nos estudos dos quadros ansiosos perante as exigências
acadêmicas na perspectiva pós Covid-19 para disseminar o conhecimento sobre
a aplicabilidade de intervenções psicossociais com os alunos calouros de uma
universidade em seu primeiro contato com o cotidiano do ensino superior visando
o bem-estar e o bom desempenho acadêmico e profissional.
Referencial Teórico
341
Manaus, capital do Amazonas, já havia sido palco de elevadas taxas de
incidência e mortalidade pela Covid-19 em maio de 2020, o que causou,
inclusive, colapso do sistema funerário durante a primeira onda da pandemia,
trazendo sofrimento à sua população. Nas últimas semanas de dezembro de
2020 e primeiras semanas de janeiro de 2021, nova onda de casos deixou a
cidade em choque, trazendo o colapso do sistema municipal de saúde por falta
de leitos de enfermaria, leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) e oxigênio.
Enquanto isto, outras capitais do País conseguiram manter o controle, ao menos
até o início de 2021, da demanda aos serviços de saúde (BARRETO et al, p.
1127).
343
de forma normal, quando ela aparece como uma resposta às situações que
ameaçam o indivíduo o preparando para evitar as ameaças que ele possa
encontrar, ou patológica, quando ela passa a gerar um sofrimento ao sujeito
capaz de desestabiliza-lo (KAPLAN; SADOCK; GREBB, 1997).
344
INTERVENÇÕES EM TERAPIA COGNITIVO COMPORTAMENTAL EM
UNIVERSITÁRIOS COM SINTOMAS DE ANSIEDADE
345
fisiológicas causadas pelo medo, como: aumento do ritmo cardíaco, pressão
elevada, tremores, rigidez e respiração curta. Portanto, “a presença constante
do medo na mente envia ao corpo a mensagem de que ele precisa estar sempre
no limite, em alerta para o perigo e isso se torna parte de uma espiral negativa
elevada” (LEAHY, 2011, p. 187).
346
A realimentação fornece informações sobre os efeitos das intervenções
aplicadas bem como oferece subsídios para a avaliação da finalidade do projeto.
As trocas realizadas desde as primeiras visitas de elaboração até as práticas
realizadas geram a autonomia no grupo, para que sejam seus gerenciadores
emocionais e não o de apenas receptores de informações por parte das
idealizadoras. Também disponibiliza a análise de pontos que necessitam ser
melhorados ou mesmo modificados do trabalho como um todo.
Metodologia
347
348
Análise e discussão dos dados
349
Segundo encontro: Roda de conversa com a finalidade de conhecer as
opiniões do grupo e realizar uma psicoeducação sobre ansiedade. A sala de aula
foi organizada com a ajuda dos acadêmicos em forma de círculo para que
ocorresse uma conversa sobre os acontecimentos sociais e de saúde durante a
pandemia COVID-19. Então, as acadêmicas iniciaram a temática e solicitaram
que os integrantes falassem sobre esse momento vivido. O desconhecimento da
gravidade da doença no início, a necessidade do distanciamento físico, a
superlotação nos centros de saúde, a falta de oxigênio, o medo da morte e luto,
o impacto na renda familiar e os sintomas de ansiedade fizeram-se presentes
nas falas dos membros e assim foi realizada uma psicoeducação sobre os
sintomas de ansiedade. Após este contato com os participantes foi apresentado
o Inventário da Ansiedade para preenchimento objetivado uma avaliação dos
sintomas percebidos e uma linha de base para direcionar as intervenções
psicossociais. As acadêmicas instruíram sobre a utilização e leram cada item
para que os alunos respondessem. Ao término, foram entregues as fichas.
Com base nisso utilizamos do quadro branco com uma tabela inserido por
nós acadêmicas de 3 colunas com o tema “Se pior acontecer” na primeira coluna
constava situação, segunda como me sente, terceira o que passou pela minha
cabeça, quarta o que de pior pode acontecer?. Os mesmos foram convidados a
citar uma situação que lhe causa alguma dessas emoções, a escolhida como
mais intensa foi o medo.
351
O que passou pela minha cabeça: Eu não conseguirei passar em algumas
das avaliações.
Aluno 3: Pensava que somente eu me sentia assim, acabei vendo que ter
esse medo não é tão incomum.
352
para o organismo produzir endorfina hormônio encarregado pela sensação de
bem-estar.
Considerações Finais
353
Por meio dos estudos para a construção do projeto de intervenção em
questão, percebemos que, devido as intensas preocupações em torno da
pandemia da Covid-19, inúmeras universidades precisaram interromper as
atividades presenciais, situação que contribuiu diretamente para o surgimento
de efeitos psicológicos negativos entre universitários, como por exemplo, a
ansiedade, a qual é um transtorno complexo e que pode se manifestar de
diversas formas.
354
enfrentamento frente à carga emocional relacionada à ansiedade produzida
durante as alterações expressivas no cotidiano dos estudantes do curso de
História da UFAM.
Referências
DEL PRETTE, A. & DEL PRETTE, Z.A.P. Psicologia das Habilidades Sociais:
terapia e educação. Petrópolis: Vozes Editora, 2001.
356
ANEXOS
357
358
359
360
361