O documento discute como o filme "Up: Altas Aventuras" denuncia a marginalização e incompreensão da velhice na sociedade. Também analisa os desafios do envelhecimento populacional no Brasil, incluindo a necessidade de mais assistência médica para idosos e as implicações da reforma da previdência para essa população. Defende medidas para fortalecer os cuidados de saúde direcionados a idosos.
Descrição original:
Título original
Os impactos do envelhecimento da população brasileira
O documento discute como o filme "Up: Altas Aventuras" denuncia a marginalização e incompreensão da velhice na sociedade. Também analisa os desafios do envelhecimento populacional no Brasil, incluindo a necessidade de mais assistência médica para idosos e as implicações da reforma da previdência para essa população. Defende medidas para fortalecer os cuidados de saúde direcionados a idosos.
O documento discute como o filme "Up: Altas Aventuras" denuncia a marginalização e incompreensão da velhice na sociedade. Também analisa os desafios do envelhecimento populacional no Brasil, incluindo a necessidade de mais assistência médica para idosos e as implicações da reforma da previdência para essa população. Defende medidas para fortalecer os cuidados de saúde direcionados a idosos.
A partir de uma narrativa cômica e infanto-juvenil, o longa-metragem
“Up: Altas Aventuras” traz consigo a denúncia de uma construção social
baseada na marginalização e incompreensão da velhice. Sob esse viés, correlacionar, a partir da problematização apresentada pela obra cinematográfica, o fenômeno do envelhecimento populacional no Brasil com os seus possíveis impactos, seja de ordem social, seja da perspectiva político- econômica, trata-se do melhor caminho para discutir a referida problemática. Convém analisar, antes de tudo, as especificidades de tratamento requeridas pelos idosos. Nesse contexto, na medida em que o indivíduo avança em idade, devido ao desgaste progressivo do telômero (estrutura periférica do cromossomo celular), o organismo e, consequentemente, seu metabolismo, passam a estar mais propensos a desenvolver instabilidades genéticas, as quais, por sua vez, direcionam-se a diversas outras doenças, ora reumáticas, ora fisiológicas. Contudo, apesar da supracitada necessidade constante do acesso à saúde por tais pessoas, o contínuo aumento populacional desse grupo não foi acompanhado pela expansão da rede de assistência médica, como fruto de um sistema governamental alheio às exigências da terceira idade. Assim, tal fato se apresenta, pois, contrastante às garantias jurídico-sociais apresentadas pelo Art. 15 do Estatuto do Idoso. Vale ainda analisar a ambiência das considerações político-econômicas acerca do Direito Previdenciário, a qual, aos mais velhos, influenciará diretamente. Desse modo, dados apresentados pelo Relatório da CPI da Previdência demonstram a Seguridade Social como superavitária, contrapondo-se às justificativas proferidas pelos defensores da Reforma. Destarte, as medidas reformadoras em questão são resultadas, de fato, da instrumentalização do aparelho burocrático da república, por parte da inciativa privada, com o objetivo de se beneficiarem a partir do alongamento no tempo de contribuição ao Fundo de Aposentadoria. Percebe-se, novamente, a descontinuidade do compromisso do Poder Público em atender aos anseios dessa parcela da população. Torna-se evidente, portanto, a necessidade de medidas para associar o envelhecimento contínuo aos cuidados por ele requeridos. Para tanto, o Poder Legislativo, por meio de Emendas Parlamentares, tem de fortificar, nos estados e municípios, os complexos hospitalares, do Sistema Único de Saúde, direcionados aos Idosos, principalmente na área da geriatria e da reumatologia. Cabe, ainda, à sociedade civil, com o apoio técnico-informacional de ONGs, exigir, por meio da prática cidadã e de movimentos sociais, a execução, pelo Estado, do sistema jurídico de proteção ao idoso. Com essas medidas, pode-se minorar a problemática social, como a apresentada em “Up: Altas Aventuras”.