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A Constituição Federal Brasileira, promulgada em 1988, garante a todos os cidadãos a

igualdade perante a lei. Entretanto, no contexto hodierno, percebe-se que tal garantia não se
efetiva integralmente, haja vista que a questão do etarismo causa inúmeros impactos na
sociedade brasileira. Dessa forma, é válido destacar as causas que estimulam essa realidade,
dentre as quais se destacam a negligência governamental e a alienação social, a fim de superar
tal revés.

Nesse contexto, é evidente que a insuficiência estatal é um fator preponderante no


que tange a discriminação de indivíduos com idade avançada. Sob essa ótica, Zygmunt
Bauman, expoente sociólogo polonês, em sua teoria sobre as instituições zumbis, argumentou
que algumas instituições, dentre elas o Estado, perderam suas funções sociais, contribuindo
para diversos impasses na sociedade, assim como a questão do etarismo. Nesse sentido,
percebe-se que o contexto brasileiro se enquadra no pensamento supracitado, visto que o
preconceito em relação a idade está presente em grande parte da sociedade, sem que os
órgãos responsáveis por promover uma vida melhor à população atuem de forma
considerável, uma vez que não investem em políticas públicas com o intuito de reverter tal
entrave. Por consequência, as pessoas mais velhas se encontram à parte da sociedade, com
dificuldades para conseguirem empregos e sendo hostilizados ao tentarem ingressar em
universidades. Assim, é imprescindível combater a omissão governamental.

Outrossim, nota-se que a abstração social também colabora para a não erradicação
dos preconceitos em relação à idade. Sob esse viés, o musicólogo Vladmir Jankelevitch, em sua
obra “Paradoxo Moral”, exemplificou a cegueira do homem moderno diante das dificuldades
vividas pelo próximo, gerando uma realidade hostil, na qual problemas, como a questão do
etarismo, são observados. À vista disso, é evidente que o corpo social brasileiro se assemelha
ao descrito na obra, visto que a sociedade não se movimenta em prol da atenuação das
discriminações com os mais velhos, não mensurando o quão danoso isso é para a saúde
mental dos mesmos. Por conseguinte, diversos casos de velhofobia são divulgados nas mídias,
sem que tal problemática seja resolvida. Logo, é imprescindível combater o papel inerte da
sociedade.

Em síntese, a criação de medidas de combate aos impactos causados pelo etarismo


faz-se necessária. Para tanto, cabe ao Governo, responsável pelo bem-estar de todos,
assugurar os direitos da população mais velha, por meio do cumprimento da lei do Estatuto do
Idoso, que garante a não discriminação ou opressão, a fim de diminuir a porcentagem de
pessoas que sofrem com a velhofobia. Ademais, é dever das mídias, a exemplo da TV e das
redes sociais, fomentar debates acerca das consequências advindas dos preconceitos em
relação à idade, com a finalidade de conscientizar a população e instiga-la a agir. Destarte, o
Brasil estará mais perto do proposto no texto constitucional.
Nesse contexto, é evidente que a falta de preparo educacional contribui para a
velhofobia. Sob essa ótica, Immanuel Kant, expoente sociólogo alemão, argumentou que o ser
humano é o resultado da educação que teve, e, quando a mesma é efetiva, os problemas
sociais, como o impacto do etarismo na sociedade, podem ser superados. Nesse sentido,
percebe-se que o contexto brasileiro conta com uma lacuna na base educacional, visto que,
inúmeros casos de preconceitos em relação aos mais velhos são observados, uma vez que a
escola não tem cumprido seu papel no sentido de reverter o problema. Por consequência, tais
transtornos, quando não tratados, acarretam grandes prejuízos à saúde física e mental,
podendo ocasionar até mesmo a morte. Assim, é imprescindível combater a omissão
governamental.

Outrossim, nota-se que a abstração social também colabora para a não erradicação
dos distúrbios alimentares. Sob esse viés, o musicólogo Vladmir Jankelevitch, em sua obra
“Paradoxo Moral”, exemplificou a cegueira do homem moderno diante das dificuldades vividas
pelo próximo, gerando uma realidade hostil, na qual problemas, como os transtornos
alimentares, são observados. À vista disso, é evidente que o corpo social brasileiro se
assemelha ao descrito na obra, visto que a sociedade não se movimenta em prol da
erradicação dos distúrbios alimentícios, não mensurando o quão fatal são para quem os
possui. Por conseguinte, cerca de 5% da população brasileira sofre com tais transtornos, sendo
uma das taxas mais altas do mundo, segundo dados da OMS, em 2020. Logo, é imprescindível
combater o papel inerte da sociedade.

Em síntese, a criação de medidas de combate aos transtornos alimentares na


sociedade contemporânea faz-se necessária. Para tanto, cabe ao Governo, responsável pelo
bem-estar de todos, a disponibilização de suporte às pessoas com transtornos alimentares, por
meio do fornecimento de consultas com psicólogos e nutricionistas gratuitas nos postos de
saúde, a fim de diminuir a porcentagem de pessoas com tais distúrbios. Ademais, é dever das
mídias, a exemplo da TV e das redes sociais, fomentar debates acerca das consequências
advindas dos distúrbios alimentares, com a finalidade de conscientizar a população e instiga-la
a agir. Destarte, o Brasil estará mais perto do proposto no texto constitucional.

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