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O desafio de se conviver com a diferença

Na obra "A República", o filósofo grego Platão idealiza uma cidade livre de desordens e
problemas, em que o povo trabalha em conjunto para superar todos os obstáculos. Fora da
ilustre produção literária, com ênfase na sociedade brasileira, percebe-se o oposto dos
ideais de Platão, visto que o desafio de se conviver com a diferença representa um
obstáculo de grandes proporções. Assim, é notório que esse cenário antagônico é fruto
tanto da desigualdade social, quanto da ausência de medidas de inclusão social.

Nessa linha de raciocínio, é imperioso analisar a insuficiência de medidas governamentais


para combater a desigualdade social. Conforme o artigo 1° da Declaração Universal dos
Direitos Humanos, todos os indivíduos nascem livres e iguais em dignidade e direitos,
porém esse preceito não é concretizado na população, uma vez que a sociedade e o
Estado não buscam entender a importância da existência de culturas, cor de pele e
nacionalidades diferentes e, como consequência dessa negligência, acontece o
desrespeito, a violência, a segregação do mercado de trabalho e a exclusão social. Desse
modo, fica claro, que as autoridades, com urgência, precisam mudar o seu posicionamento
diante do impasse.

Outrossim, é crucial explorar o efeito da ausência de medidas de inclusão social como outro
agente influenciador do revés. De acordo com a perspectiva filosófica de São Tomás de
Aquino, todos os indivíduos de uma sociedade democrática possuem a mesma importância,
além dos mesmos direitos e deveres. Diante desse pressuposto, percebe-se que o Governo
não oferece o devido merecimento às diversas culturas da sociedade e, como consequência
disso, acontece o preconceito, a exclusão do ambiente social e o afastamento da educação
igualitária, que acarreta o aumento da intolerância social. Destarte, tudo isso retarda a
resolução do empecilho, já que a falta de medidas governamentais contribui para a
perpetuação desse cenário caótico.

Em virtude dos fatos mencionados, faz-se necessário que o Governo Federal, com o apoio
de ONGs, invista na divulgação de informações a respeito do desafio de se conviver com a
diferença. Ademais, essa ação deve ocorrer através de palestras nas redes sociais ou
instituições públicas, visando reconhecer formas de ter o bem-estar da população. Dessa
forma, pode-se concretizar a obra "A República" de Plantão.

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