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A objetificação da mulher na mídia brasileira é um tema de grande relevância

nos dias atuais. A mídia desempenha um papel significativo na formação de


valores e na construção de padrões de beleza. No entanto, muitas vezes, as
representações femininas na mídia são reduzidas a estereótipos e
objetificadas, perpetuando uma visão limitada e prejudicial da mulher.
Em primeiro lugar, é comum observar na televisão, na publicidade e na internet
a exibição de mulheres em situações que as destacam apenas pelo apelo
sexual, ignorando suas habilidades, inteligência e contribuições para a
sociedade. Isso reforça a ideia de que o valor da mulher está ligado
exclusivamente à sua aparência, desconsiderando suas qualidades pessoais e
profissionais. A hipersexualização constante da imagem feminina na mídia
também pode contribuir para a construção de padrões de beleza inatingíveis,
levando a problemas de autoestima e distúrbios alimentares entre as mulheres.
Além disso, a objetificação da mulher na mídia brasileira pode ter efeitos
negativos profundos, como a perpetuação da violência de gênero e a
desigualdade. Ao normalizar a visão da mulher como um objeto de desejo, a
mídia contribui para a manutenção de uma cultura machista, que precisa ser
combatida para alcançar uma sociedade mais igualitária. É crucial promover a
educação e a conscientização sobre a importância de representações
equitativas na mídia para combater essa realidade prejudicial.
Em resumo, é crucial repensar e desafiar a objetificação da mulher na mídia
brasileira. Promover uma representação mais ampla e respeitosa das
mulheres, enfatizando suas conquistas e capacidades, é fundamental para
combater estereótipos prejudiciais e construir uma sociedade mais justa e
inclusiva. Conscientizar o público sobre a responsabilidade da mídia nesse
processo é essencial para criar um ambiente mais saudável para as mulheres
em nossa sociedade.
A objetificação da mulher na mídia brasileira é um tema de grande relevância e
complexidade, que merece uma reflexão profunda. A mídia desempenha um
papel fundamental na construção de imagens e estereótipos de gênero, e
muitas vezes, infelizmente, perpetua a objetificação das mulheres.

A objetificação da mulher na mídia se manifesta de diversas maneiras. Um dos


aspectos mais visíveis é a hipersexualização, em que o corpo feminino é
explorado de forma excessiva e muitas vezes de maneira inadequada. Isso
ocorre em programas de televisão, revistas, publicidade e até mesmo em redes
sociais, onde a imagem da mulher é reduzida a um objeto de desejo,
desvalorizando sua individualidade e intelecto.

Além disso, a mídia muitas vezes reforça estereótipos de gênero prejudiciais,


retratando as mulheres como frágeis, submissas ou emocionalmente instáveis.
Essas representações contribuem para a perpetuação de desigualdades de
gênero na sociedade, limitando as oportunidades e a liberdade das mulheres.

A consequência mais grave da objetificação da mulher na mídia é a


perpetuação da cultura do estupro e da violência de gênero. Quando as
mulheres são retratadas como objetos de desejo, isso pode contribuir para a
desumanização e o desrespeito em relação a elas, aumentando o risco de
agressões sexuais.

Para combater a objetificação da mulher na mídia brasileira, é fundamental que


haja uma conscientização e um esforço conjunto da sociedade, das empresas
de mídia e dos legisladores. É necessário promover uma representação mais
igualitária e respeitosa das mulheres na mídia, incentivando a diversidade de
vozes e histórias. Além disso, a educação e a sensibilização sobre questões de
gênero devem ser promovidas desde cedo, para que as futuras gerações
possam quebrar os padrões prejudiciais estabelecidos.

Em resumo, a objetificação da mulher na mídia brasileira é um problema sério


que afeta não apenas as mulheres, mas toda a sociedade. É fundamental
reconhecer e combater essa prática, promovendo uma representação mais
justa e igualitária das mulheres na mídia e na sociedade como um todo. A
mudança começa com a conscientização e a ação coletiva.]
A marginalidade

Num segundo momento, a pobreza é identificada como uma doença da civilização, cuja
produção acompanha o próprio processo econômico. Agora, o consumo se impõe como um
dado importante, pois constitui o centro da explicação das diferenças e da percepção das
situações. Dois fatores jogam um papel fundamental. Ampliam-se, de um lado, as
possibilidades de circulação, e de outro, graças às formas modernas de difusão das inovações,
a informação constitui um dado revolucionário nas relações sociais. O radiotransistor era o
grande símbolo. A ampliação do consumo ganha, assim, as condições materiais e psicológicas
necessárias, dando à pobreza novos conteúdos e novas definições. Além da pobreza absoluta,
cria-se e recria-se incessantemente uma pobreza relativa, que leva a classificar os indivíduos
pela sua capacidade de consumir, e pela forma como o fazem. O estabelecimento de “índices”
de pobreza e miséria utiliza esses componentes. Ainda nesse segundo momento, que coincide
com a generalização e o sucesso da idéia de subdesenvolvimento e das teorias destinadas a
combatê-lo, os pobres eram chamados de marginais. Para superar tal situação, considerada
indesejável, torna-se, também, generalizada a preocupação dos governos e das sociedades
nacionais, por meio de suas elites intelectuais e políticas, com o fenômeno da pobreza, o que
leva a uma busca de soluções de Estado para esse problema, considerado grave mas não
insolúvel. O êxito do estado do bem-estar em tantos países da Europa ocidental e a notícia das
preocupações dos países socialistas para com a população em geral funcionavam com
inspiração aos países pobres, todos comprometidos, ao menos ideologicamente, com a luta
contra a pobreza e suas manifestações, ainda que não lhes fosse possível alcançar a realização
do estado de bem-estar. Mesmo em países como o nosso, o poder público é forçado a
encontrar fórmulas, saídas, arremedos de solução. Havia uma certa vergonha de não enfrentar
a questão.

A pobreza estrutural globalizada

O último período, no qual nos encontramos, revela uma pobreza de novo tipo, uma pobreza
estrutural globalizada, resultante de um sistema de ação deliberada. Examinando o processo
pelo qual o desemprego é gerado e a remuneração do emprego se torna cada vez pior, ao
mesmo tempo em que o poder público se retira das tarefas de proteção social, é lícito
considerar que a atual divisão “administrativa” do trabalho e a ausência deliberada do Estado
de sua missão social de regulação estejam contribuindo para uma produção científica,
globalizada e voluntária da pobreza. Agora, ao contrário das duas fases anteriores, trata-se de
uma pobreza pervasiva, generalizada, permanente, global. Pode-se, de algum modo, admitir a
existência de algo como um planejamento centralizado da pobreza atual: ainda que seus
autores sejam muitos, o seu motor essencial é o 35 mesmo dos outros processos definidores
de nossa época. A pobreza atual resulta da convergência de causas que se dão em diversos
níveis, existindo como vasos comunicantes e como algo racional, um resultado necessário do
presente processo, um fenômeno inevitável, considerado até mesmo um fato natural.
Alcançamos, assim, uma espécie de naturalização da pobreza, que seria politicamente
produzida pelos atores globais com a colaboração consciente dos governos nacionais e,
contrariamente às situações precedentes, com a convivência de intelectuais contratados – ou
apenas contratados – para legitimar essa naturalização. Nessa última fase, os pobres não são
incluídos nem marginais, eles são excluídos. A divisão do trabalho era, até recentemente, algo
mais ou menos espontâneo. Agora não. Hoje, ela obedece a cânones científicos – por isso a
consideramos uma divisão do trabalho administrada – e é movida por um mecanismos que traz
consigo a produção das dívidas sociais e a disseminação da pobreza numa escala global. Saímos
de uma pobreza para entrar em outra. Deixa-se de ser pobre em um lugar para ser pobre em
outro. Nas condições atuais, é uma pobreza quase sem remédio, trazida não apenas pela
expansão do desemprego, como, também, pela redução do valor do trabalho. É o caso, por
exemplo, dos Estados Unidos, apresentado como o país que tem resolvido um pouco menos
mal a questão do desemprego, mas onde o valor médio do salário caiu. E essa queda do
desemprego não atinge igualmente toda a população, porque os negros continuam sem
emprego, em proporção talvez pior do que antes, e as populações de origem latina se
encontram na base da escala salarial. Essa produção maciça da pobreza aparece como um
fenômeno banal. Uma das grande diferenças do ponto de vista ético é que a pobreza de agora
surge, impõe-se e explica-se como algo natural e inevitável. Mas é uma pobreza produzida
politicamente pelas empresas e instituições globais. Estas, de um lado, pagam para criar
soluções localizadas, parcializadas, segmentadas, como é o caso do Banco Mundial, que, em
diferentes partes do mundo, financia programas de atenção aos pobres, querendo passar a
impressão de se interessar pelos desvalidos, quando, estruturalmente, é o grande produtor da
pobreza. Acatam-se, funcionalmente, manifestações da pobreza, enquanto estruturalmente se
cria a pobreza ao nível do mundo. E isso se dá com a colaboração passiva ou ativa dos governos
nacionais. Vejam, então, a diferença entre o uso da palavra pobreza e da expressão dívida
social nesses cinqüenta anos. Os pobres, isto é, aqueles que são o objeto da dívida social,
foram já incluídos e, depois, marginalizados, e acabam por ser o que hoje são, isto é, excluídos.
Esta exclusão atual, com a produção de dívidas sociais, obedece a um processo racional, uma
racionalidade sem razão, mas que comanda as ações hegemônicas e arrasta as demais ações.
Os excluídos são o fruto dessa racionalidade. Por aí se vê que a questão capital é o
entendimento do nosso tempo, sem o qual será impossível construir o discurso da liberação.
Este, desde que seja simples e veraz, poderá ser a base intelectual da política. E isso é central
no mundo de hoje, um mundo no qual nada de importante se faz sem discurso.

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