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No livro ”Cidadãos de Papel”, do escritor Gilberto Freire, é narrado um país com um conjunto
de leis bastante consistentes, no entanto, elas se atêm no plano teórico. Diante disso, a
realidade ficcional não se destingue do cenário brasileiro, pois, apesar de ser um direito
constitucionalmente garantido, o amparo a comunidade e povos tradicionais na nação é algo
que compactua com a realidade da obra, podendo ver essa problemática no desafio da
valorização desse povo. Isso se dá por negligência estatal e falta de empatia.

Sob esse viés, é importante pontuar a falta de participação do estado em busca de finalizar esse
empecilho. Segundo Bauman, conhecido pelo termo "instituição zumbi", as instituições que,
embora continuem com a essência, perderam a função social viram zumbis. Desse modo, tal
teoria pode ser associada no âmbito brasileiro, o qual o estado, cuja função é manter o bem-
estar da população, não cumpre seu papel, pois não faz políticas públicas com finalidade de
incluir esses indivíduos, negando, assim, sua função, e causando um afastamento desses seres
da sociedade, logo contribuindo com a adversidade citada. Por tanto, é notória a necessidade
de reformulação estatal urgente.

Outrossim, é fulcral pontuar que a falta de empatia ajuda na disserminação dessa problemática.
De acordo com o movimento “Iluminismo”, a sociedade só evolui se um se mobilizar com o
problema do outro, coisa eu, uma vez comprada com a sociedade, não é posto em prática. A
falta de importância de terceiros sobre a valorização dos povos tradicionais causa pouca
repercussão sobre essa situação, compactuando com o silenciamento midiático, formando,
assim, outro fator em prol dessa ocorrência adversa. Dessa forma, cabe medidas de intervenção
em busca de solucionar essa prática individualista.

Assim, torna-se evidente a necessidade de soluções com o objetivo de mitigar os pontos que
fazem com que o processo de enaltecer os cidadãos tradicionais seja um desafio. Urge que,
Governo Federal, cuja função é manter a harmonia da sociedade, crie leis e eventos que
promovam a participação desses povos, com finalidade de torna-los parte da sociedade. Além
de, por meio das mídias, libere informações dos feitos dos mesmos, através de postagens nas
redes sócias, a fim de tornar a valorização algo comum, e não um desafio. Somente assim, a
realidade de "Cidadãos de papel” se diferenciaria do nosso país.

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