REDAÇÃO NOTA 1000

De acordo com a pensadora brasileira Djamila Ribeiro, o primeiro passo a ser

tomado para solucionar uma questão é tirá-la da invisibilidade. Porém, no
contexto atual do Brasil, as mulheres enfrentam diversos desafios para que
seu trabalho de cuidado seja reconhecido, gerando graves impactos em suas
vidas, como a falta de destaque. Nesse sentido, essa problemática ocorre em
virtude da omissão governamental e da influência midiática.

Explicação introdução: A introdução, por ser a parte inicial do texto, designa,

geralmente o parágrafo pioneiro da redação e tem como o objetivo de retratar o
assunto que será abordado ao longo do texto podendo ser observado na introdução
desta redação que faz exatamente isso, introduzindo o tema da redação escolhida
"Desafios para o enfrentamento da visibilidade do trabalho de cuidados realizados
pela mulher no Brasil", onde Maria Luiza apresenta os tópicos dos dois
desenvolvimentos.

Dessa forma, em primeiro plano, é preciso atentar para o descaso estatal em

relação aos obstáculos enfrentados diariamente por mulheres que trabalham
como cuidadoras. Segundo John Locke, “as leis fizeram-se para os homens e
não para as leis”. No entanto, a inércia governamental direcionada à tais
pessoas não cumpre com o previsto na Carta Magna, visto que a falta de
investimento em políticas públicas causa dificuldades no âmbito profissional
deste setor - como a desvalorização salarial. Isso contribui para que suas
necessidades sejam cada vez mais negligenciadas.

Explicação desenvolvimento 1: Em seu desenvolvimento, Januzzi destaca o

descaso estatal em relação aos obstáculos enfrentados pelas mulheres que
trabalham como cuidadoras, apontando para a ineficácia das leis e a falta de
investimento em políticas públicas que deveriam garantir seus direitos. A citação de
John Locke reforça a ideia de que as leis devem servir a todos, mas a inércia
governamental não está cumprindo o que é previsto na Carta Magna do país,
resultando em desvalorização salarial e negligência das necessidades dessas
trabalhadoras. O parágrafo apresenta uma crítica contundente à atuação do Estado
em relação a esse grupo específico de profissionais, evidenciando a falta de amparo
e reconhecimento por parte das políticas públicas. Este argumento é fundamental
para embasar a proposta de intervenção que poderá ser apresentada
posteriormente.

Além disso, a influência dos meios digitais é um fator agravante no que tange
ao problema. Para Chimamanda Adichie, mudar o “status quo” - o estado atual
das coisas - é sempre penoso. Essa conjuntura pode ser observada no papel
que a mídia possui na luta diária de mulheres que exercem o trabalho do
cuidado ou doméstico, uma vez que ela auxilia no fortalecimento de uma
mentalidade social machista no país. Isso ocasionou o silenciamento da
população feminina, enraizando a lógica do patriarcado na sociedade. Diante
do exposto, as mulheres perdem a voz na busca por direitos profissionais na
área de cuidado, ao ser propagada a ideia de que essa função é sua, e
somente sua, obrigação.

Explicação do desenvolvimento 2: Nesse segundo desenvolvimento, já abordamos a

influência negativa dos meios digitais no contexto do trabalho do cuidado ou
doméstico, citando a escritora Chimamanda Adichie para enfatizar a dificuldade de
mudar o estado atual das coisas. Ele destaca o papel da mídia na perpetuação de
uma mentalidade social machista, que resulta no silenciamento das mulheres e no
fortalecimento do patriarcado na sociedade. A ideia central é que as mulheres
enfrentam obstáculos na busca por direitos profissionais nessa área devido à
disseminação da crença de que o trabalho do cuidado é exclusivamente sua
responsabilidade. Este parágrafo evidencia uma análise crítica da influência dos
meios digitais e da mídia na perpetuação de desigualdades de gênero, contribuindo
para a construção de um argumento consistente sobre o tema.

Portanto, é necessário que esta situação seja dissolvida. Para isso, o governo,
órgão responsável por garantir a condição e existência de todos, deve prover
apoio psicológico e financeiro às cuidadoras, por meio de investimentos e
pelo exercício das leis, a fim de sanar a vulnerabilidade socioeconômica
existente no cotidiano desses grupos. Paralelamente, os meios de
comunicação precisam combater a lógica de inferioridade e a concepção
machista agregadas a este trabalho. Assim, será possível solucionar esta
questão, pois será retirada do cenário de invisibilidade, como propõe Djamila.
Explicação da Conclusão: Em sua conclusão, Maria Luiza propõe por soluções para
a situação problemática discutida anteriormente. Ela destaca a responsabilidade do
governo em prover apoio psicológico e financeiro às cuidadoras, por meio de
investimentos e aplicação efetiva das leis, visando mitigar a vulnerabilidade
socioeconômica enfrentada por esses grupos no seu dia a dia. Além disso, ressalta
a importância dos meios de comunicação no combate à lógica de inferioridade e
concepções machistas associadas a esse tipo de trabalho. A referência a Djamila
Ribeiro sugere que trazer essas questões à luz é fundamental para resolver o
problema, retirando-o do cenário de invisibilidade. Este parágrafo apresenta
propostas concretas e alinhadas com as questões levantadas anteriormente,
buscando enfrentar os desafios identificados.