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2022 Para uma argumentação

humanística sólida, aliada


a uma eficiente
engenharia de texto.

Professora Roberta Matos e


Professor Maurício Alves
EIXO 2 :
Cultura,
Educação e
Trabalho
TEMA :
Desafios para promover a igualdade
de gênero no mercado de trabalho
no Brasil.
Temas relacionados:
1. Representatividade da mulher no cenário político
nacional.
2. O assédio e importunação sexual nos ambientes
públicos no Brasil.
3. A contribuição das mulheres para o meio científico.
4. O estigma do papel da mulher na sociedade brasileira.
PROJETO DE TEXTO
Teoria do Texto dissertativo
argumentativo com
professora
Roberta Matos
Nossa engenharia de
texto:
Estrutura prática!
Entendendo tese em duas
bases, dois caminhos para
argumentação.
Uma problemática, dois caminhos de argumentação, duas bases na tese

Base 1 Base 2
• Sociedade civil como foco da • Poder público como foco da
problematização: problematização:

Preconceito de gênero Negligência do Poder


enraizado da público em relação à
Sociedade civil, em efetivação dos direitos
todas as esferas e da mulher no mundo
laboral.
CONTEXTUALIZAÇÃO:
 Alusão à ilustração “We can’t do it”.
 Alusão histórica às leis relacionadas à igualdade de gênero no trabalho.
 Alusão ao legado de Nísia Floresta
 Alusão histórica ao sistema patriarcal, na Roma Antiga e no Brasil
 Alusão ao ODS 5
 Alusão à música “Maria Maria”, de Milton Nascimento.
 Alusão ao filme “Estrelas além do tempo”.
 Alusão ao filme “Do que as mulheres gostam”.
 Alusão filosófica a “A República” de Platão.
Introdução  Alusão filosófica “Para educar crianças feministas”, de Chimamanda Adichie

DELIMITAÇÃO: Nesse viés, fica evidente ser ainda um árduo


desafio, no Brasil, promover a igualdade de gênero no mundo do
trabalho.
TESE: Ressaltar dois aspectos que serão ressaltados nos PA1 E PA2.
Nesse ínterim, cabe ressaltar BASE 1: o preconceito de gênero enraizado na
sociedade, BASE 2: assim como a postura negligente do Estado em relação
à efetivação dos direitos da mulher no meio laboral.
PA1:
TÓPICO FRASAL: Nesse contexto, em primeiro lugar, é pertinente abordar a postura
ainda preconceituosa da sociedade como fomentadora da desigualdade de tratamento entre
os gêneros no âmbito profissional.
ESTRATÉGIA ARGUMENTATIVA: Acerca desse aspecto, sob a perspectiva histórica,
convém ressaltar as raízes do problema pautadas na sociedade patriarcal rural do século
XIX no Brasil...
RELAÇÃO DA E.A + PROBLEMATIZAÇÃO (ANÁLISE CRÍTICA): Essa raíz
história repercute, ainda, na realidade, uma vez que os salários...
REFLEXÃO AUTORAL DE FINAL DO PARÁGRAFO: Dessa forma, infere-se
Desenvolvimento que...
PA2:
TÓPICO FRASAL 2: Em segundo lugar, é coerente observar, com criticidade, a ineficácia do
Poder Público em se fazer cumprir o amparo jurídico, com isonomia, independente de gênero, no
meio laboral.
ESTRATÉGIA ARGUMENTATIVA 2: Nesse sentido, com base nesse raciocínio, é pertinente
trazer o Objetivo do Desenvolvimento Sustentável 5... Uma vez nossa legislação se baseia nessas
prerrogativas.
RELAÇÃO E.A + PROBLEMATIZAÇÃO (ANÁLISE CRÍTICA): Essa prerrogativa, todavia,
não se efetiva devidamente na atual situação nacional, uma vez que...
RELEXÃO AUTORAL DO FINAL DO PARÁGRAFO: Depreende-se, assim, que essa
problemática passa pela negligência legislativa...
RETOMADA + CONECTIVO + MODALIZAÇÃO:
É evidente, portanto, que a resolução desse impasse deve se dar pelo combate à descriminação de
gênero no corpo social, assim como pela ação efetiva do Poder Público no estabelecimento dos
direitos garantidos ao grupo em questão.
BLOCO 1: Para isso, AGENTES o setor empresarial e as instituições sociais AÇÃO devem
estabelecer normas internas pontuais, baseadas na Constituição e nas leis trabalhistas para
combater o atitudes que respaldem o preconceito em relação às mulheres e aos demais
CONCLUSÃO gêneros que se encaixam em minorias sociais, em todas as profissões MODO/MEIO . Isso
Intervenção em 5 seria feito por meio da contratação sem restrição sexista, além da concessão de salários
elementos adequados ao cargo, para mulheres e homens, estimulando, assim, a denúncia ao Ministério
Público, em casos de tratamentos diferenciados pela empresa ou pelos colegas de trabalho.
EFEITO Essas medidas visam acabar com os prejuízos sofridos pelas mulheres em suas
E.1: Ação
jornadas profissionais.
E.2: Agente
E.3: Modo/meio BLOCO 2: Ademais, o AGENTE Poder Executivo, na figura do Ministério da Mulher, da
E.4: Efeito Família e dos Direitos Humanos, aliado ao Poder Judiciário / Ministério Público AÇÃO
E.5: Detalhamento devem enfatizar as conquistas jurídicas desse grupo, fomentar o cumprimento delas em todos
os setores sociais, fiscalizar e punir com multas quem infringir as leis que apregoam
igualdade de gênero no meio laboral. MODO/MEIO Isso deve acontecer por intermédio de
campanhas de alerta e exposição sobre os riscos de punição daqueles que não cumprirem as
leis, assim como por meio da efetiva e rápida punição das empresas e pessoas que
apresentarem posturas preconceituosas em relação a isso. EFEITO Esse compilado de ações
teria por objetivo romper com o estigma de inferiozação da mulher no mercado de trabalho,
por conseguinte
CHAVE DE OURO:acabarDesse
com essa
modo,histórica desigualdade.
no Brasil, enredos como a de “Estrelas além do
tempo” seria apenas resquício de um passado permeado pela injustiça e pela
Análise crítica
do cenário
nacional na
redação
Desigualdade confirmada
O mercado de trabalho brasileiro ainda é injusto e abusivo com as
mulheres, tanto em relação às vagas disponíveis, quanto aos
salários pagos pelos empregadores.
De acordo com dados da Pesquisa Nacional por Amostra de
Domicílio (Pnad), relativa ao ano de 2018, divulgada pelo Instituto
Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a taxa de desemprego
no período foi de 11,6%, mas com diferenças significativas entre
homens (10,1%) e mulheres (13,5%). A diferença ocorreu nas cinco
regiões do país, com destaque para o Norte, onde a diferença entre
homens e mulheres foi a maior (22,9 pontos percentuais), e para o
Sudeste, com a menor diferença (17,7 pontos percentuais).
Disparidade salarial e maternidade
Além de todo o contexto citado até aqui que submeteu as mulheres a privações e injustiças
que refletiram em atraso na entrada ao mercado de trabalho e à qualificação profissional, há
dois pontos determinantes para a disparidade salarial: a discriminação e a
maternidade.
A discriminação foi e ainda é um agente para a desigualdade salarial. Inclusive, por muito
tempo, a legislação foi discriminatória e permitia que houvesse anúncios de emprego
direcionados exclusivamente aos homens e era lícito o pagamento inferior às mulheres.
Já os fatores culturais contribuíam com a discriminação perpetuando as ideias sobre papéis e
aptidões de gênero. Há cerca de duas gerações, por exemplo, ainda era raridade encontrar
mulheres em profissões como de advogada, médica, engenheira, etc. As mulheres eram tidas
como incapazes para raciocínios lógicos e exatos.
Arte
na
redação
A imagem, inspirada na modelo e operária Geraldine Hoff Doyle, tornou-se símbolo da mulher
trabalhadora. É muito comum ver a imagem nas redes sociais. A representação de uma mulher
que arregaça as mangas e mostra seu forte bíceps – como um símbolo de sua força – é muitas
vezes atrelada ao feminismo. A ilustração foi criada pelo designer gráfico J. Howard Miller, em
1943, como uma propaganda para a fábrica Westinghouse Electric Corporation. O intuito era
incentivar as mulheres estadunidenses a trabalharem nas fábricas durante a Segunda Guerra
Mundial. Na época, os homens eram convocados para a guerra e, portanto, a mão-de-obra
masculina era escassa. O título, “We Can Do It!” (em tradução livre, “Nós Podemos Fazer
Isso!”), faz referência a essa capacidade feminina de executar tarefas antes tidas como
exclusivamente masculinas. A imagem, inspirada na modelo e operária Geraldine Hoff Doyle,
tornou-se símbolo da mulher trabalhadora. Originalmente, porém, não havia nenhuma ligação
com o verdadeiro empoderamento feminino. O objetivo da propaganda era estritamente
econômico, visando, apenas, a convocação das mulheres para a indústria.
Como fazer alusão à obra?
A ilustração “We cant do it!”, apesar de ter sido feita apenas com
intuito de convencer as mulheres a trabalharem nas fábricas
durante a 2ª Guerra Mundial, pois os homens estavam em
guerra, tornou-se símbolo da luta das mulheres pela igualdade no
cenário laboral da atualidade, uma vez que a imagem visa
desconstruir a ideia do “sexo frágil”. Todavia, ainda no século
XXI, a desigualdade de gênero persiste no mercado de trabalho
no Brasil e no mundo, tornando pertinente a alusão à força da
mulher, explicitada na famosa peça publicitária.
Suporte avançado
em humanas com
professor
Maurício Alves
Conceitualização
e etmologia
na
redação
História
na
redação
ALUSÃO AO PATRIARCADO

O patriarcado é o domínio social ou uma


estrutura de poder social centralizada no
homem ou no masculino, baseada na própria
ideia de “paters”, figura do pai, e relaciona
instâncias públicas e privadas da vida social.
ALUSÃO À FAMÍLIA PATRIARCAL NA ROMA ANTIGA
A associação entre famílias e patriarcado remete à origem do termo
"família", oriundo do vocábulo latino “famulus”, que significa
"escravo doméstico". Esse novo conceito de união de indivíduos
consolidou-se enquanto instituição na Roma Antiga, tornando-se a
base da formação de toda estrutura social da humanidade. A família
romana tinha como centro o homem, enquanto as mulheres
assumiam um papel secundário. A autoridade do “pater familiae”
sobre os filhos prevalecia até mesmo sobre a autoridade do Estado e
duraria até a morte do patriarca, que poderia, inclusive, transformar
seu filho em escravo e vendê-lo”. É válido ressaltar que o
patriarcado não significa o poder do pai, mas o poder masculino,
centrado na figura do homem.
PATRIARCALISMO: ANDROCRACIA E ANDROCENTRISMO

A ideia de patriarcalismo, como estrutura social, é ainda uma


construção social considerada “androcrática” e “androcêntrica”.
Androcracia se refere às diferentes dominações e estruturas de poder
que um homem, por ser especificamente homem, pode construir em
sua sociedade.
*
Androcentrismo se relaciona às preponderâncias que as ações
masculinas terão nessa sociedade, ou seja, a atenção e mesmo a
importância que essas ações possuem e tem capacidade de transformar
atividades ou situações sociais.
ALUSÃO ÀS ESTRUTURAS PATRIARCAIS
NO BRASIL
No Brasil, associam a formação da sociedade e do Estado Brasileiro
com a construção de estruturas patriarcais, relacionando-as com o
patrimonialismo, em que a figura do pai, ou do senhor de terras, é
extremamente forte na sociedade a ponto de organizar por séculos
as dinâmicas sociais, econômicas, políticas e domésticas. Nessa
estrutura, todas as mulheres estão sujeitas a uma posição de
inferioridade por sua posição ser vista como um apêndice do
patriarca, destinadas a geração de filhos (legítimos ou bastardos)
para domínio e herança daquele.
EDUCAÇÃO PARA MULHERES
Dentre as primeiras legislações, mesmo para as meninas que
conseguiam ter acesso à escola, a experiência educacional era
completamente diferente entre os gêneros: os aprendizados delas
eram para torná-las ainda mais competentes para o casamento.
Atividades manuais eram ensinadas: cozinhar, bordar, estudar
francês, tocar piano, danças. Dizia-se, na época, que as mulheres
eram boas em trabalhos manuais e que não se importavam em
desenvolver atividades repetitivas. Aos poucos, ao serem incluídas
no mercado de trabalho, elas ocupavam somente determinados
empregos e o conceito de carreira era exclusividade dos homens.
ALUSÃO AO PAPEL DA ESCRITORA NÍSA FLORESTA, PIONEIRA
EM EDUCAÇÃO DAS MULHERES NO BRASIL, E O INÍCIO DA
EMANCIPAÇÃO FEMININA
Ainda no século XIX, iniciaram-se os primeiros diálogos
contra as condições opressoras inerentes àquela época.
Incentivada pelos movimentos europeus que buscavam a
transformação cultural do papel da mulher na sociedade,
Nísia Floresta, considerada a primeira feminista do Brasil
e da América Latina, buscou, por meio da escrita e de seu
trabalho educacional, incentivar a educação das mulheres
como forma de libertação de seus lares. Ela entendeu que
a atitude primária da emancipação das brasileiras era
inseri-las nas salas de aula.
Sociologia e
Filosofia na
redação
O que o filósofo Platão tem a dizer sobre isso?
Em sua universal obra filosófica “A
República”, o filósofo grego Platão
procura estabelecer os princípios de
uma cidade justa. Para ele, exposto
no Livro IV, uma sociedade justa
deve partir do princípio que, em
relação ao trabalho, homens e
mulheres gozam da mesma natureza,
sendo indispensável que as mulheres
tenham igual tratamento.
Como fazer alusão à obra?
Em sua universal obra “A República”, o filósofo grego
Platão procura estabelecer os princípios de uma “cidade
justa”, baseada na premissa que assegura que homens e
mulheres gozam da mesma natureza, sendo
indispensável a igualdade de tratamento entre gêneros
no meio laboral. Nesse sentido, assim como defende esse
postulado filosófico, no Brasil, deve ser mitigado todo
preconceito de gênero no campo profissional
Direito na
redação
Em primeiro, destaque-se a Constituição de 1988 inovou também
ao inaugurar seu Texto trazendo os direitos fundamentais, e já em
seu artigo 5º, inciso I, estabelece expressamente a igualdade entre
homens e mulheres em geral:
“Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer
natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros
residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade,
à igualdade, à segurança e à propriedade.
‘I – homens e mulheres são iguais em direitos e
obrigações, nos termos desta Constituição”.
Quais
ODSs usar
neste
tema?
Como fazer alusão à obra?
A igualdade de gênero não é apenas um direito humano fundamental,
mas a base necessária para a construção de um mundo pacífico,
próspero e sustentável, desse modo, é legítimo o esforço de alcance do
Objetivo de Desenvolvimento Sustentável 5, norma estipulada pela
ONU em 2015, que defende o alcance da igualdade de gênero e o
empoderamento de todas as mulheres e meninas. Nesse contexto,
evidencia-se o Brasil na contramão dessa prerrogativa, uma vez que os
salário e o tratamento dado à mulher, em suas profissões, ainda são
desiguais.
Música
na
redação
Maria, Maria É preciso ter graça
É preciso ter sonho sempre
Lá lá lá lerererê lerererê
Hei! Hei! Hei! Hei!
Milton Nascimento Quem traz na pele essa marca Ah! Hei! Ah! Hei! Ah! Hei!
Maria, Maria Possui a estranha mania Ah! Hei! Ah! Hei! Ah! Hei!
É um dom, uma certa magia De ter fé na vida Lá lá lá lerererê lerererê!
Uma força que nos alerta Mas é preciso ter força Lá lá lá lerererê lerererê!
Uma mulher que merece viver e amar É preciso ter raça Mas é preciso ter força
Como outra qualquer do planeta É preciso ter gana sempre É preciso ter raça
Maria, Maria Quem traz no corpo a marca É preciso ter gana sempre
É o som, é a cor, é o suor Maria, Maria Quem traz no corpo a marca
É a dose mais forte e lenta Mistura a dor e a alegria Maria, Maria
De uma gente que ri quando deve chorar Mas é preciso ter manha Mistura a dor e a alegria
E não vive, apenas aguenta É preciso ter graça Mas é preciso ter manha
Mas é preciso ter força É preciso ter sonho sempre É preciso ter graça
É preciso ter raça Quem traz na pele essa marca É preciso ter sonho, sempre
É preciso ter gana sempre Possui a estranha mania Quem traz na pele essa marca
Quem traz no corpo a marca De ter fé na vida Possui a estranha mania
Maria, Maria Ah! Hei! Ah! Hei! Ah! Hei! De ter fé na vida
Mistura a dor e a alegria Ah! Hei! Ah! Hei! Ah! Hei!!
Mas é preciso ter manha Lá lá lá lerererê lerererê
Como fazer alusão ?
A composição “Maria Maria”, do ícone da música popular
brasileira, Milton Nascimento, por meio da utilização do
nome que representa boa parte das mulheres brasileiras,
traduz a força, a luta e o sofrimento na busca por respeito
e igualdade. Essa clássica canção nacional ainda se faz
pertinente, uma vez que ainda persistem a desigualdade e
o preconceito de gênero na sociedade, como comprovado
pelos dados do mundo do trabalho no Brasil.
Literatura na

redação
O que Chimamanda Adichie tem a dizer sobre isso?

Reconhecida como um grande nome da literatura africana, Chimamanda vem


ganhando notoriedade por trazer a discussão dos ideais feministas de uma
forma mais abrangente, sem estereótipos e destacando a importância de
homens e mulheres abrirem a mente para a mudança de posturas culturais que
atrapalham no processo de equiparação de direitos entre os dois gêneros.
Chimamanda Ngozi Adichie, em “Para educar crianças feministas” retoma o
tema da igualdade de gêneros neste manifesto, com quinze sugestões de como
criar filhos dentro de uma perspectiva de igualdade. Escrito no formato de uma
carta da autora a uma amiga que acaba de se tornar mãe de uma menina, Para
educar crianças feministas traz conselhos simples e precisos de como oferecer
uma formação igualitária a todas as crianças, o que se inicia pela justa
distribuição de tarefas entre pais e mães. E é por isso que este breve manifesto
pode ser lido igualmente por homens e mulheres, pais de meninas e meninos.
Partindo de sua experiência pessoal para mostrar o longo caminho que ainda
temos a percorrer, Adichie oferece uma leitura essencial para quem deseja
preparar seus filhos para o mundo contemporâneo e contribuir para uma
sociedade mais justa.
Como fazer alusão à obra?
A escritora Chimamanda Ngozi Adichie, em “Para educar
crianças feministas”, obra escrita no formato de uma carta da
autora a uma amiga que acabara de se tornar mãe de uma
menina, oferece uma leitura essencial para quem deseja preparar
seus filhos para o mundo contemporâneo e contribuir para uma
sociedade mais justa, uma vez que, na carta, ela orienta como
criar filhos dentro de uma perspectiva de igualdade. Nesse viés,
essa obra se faz extremamentenecessária para que se possa refletir
sobre a situação das mulheres no cenário laboral do Brasil.
Como fazer alusão ?
Na obra “Sobreviventes e guerreiras: uma breve história da mulher no
Brasil”, a historiadora Mary Del Priore apresenta mulheres brasileiras
que mudaram os rumos da história e afirma que, para que uma nova
ordem social se torne realidade, é preciso procurar no passado as raízes
do poder dos homens sobre as mulheres, sobretudo, aprender com elas e
como fizeram para serem ouvidas. Nesse sentido, essa obra
historiográfica sobre a condição as mulheres no Brasil se faz necessária
na atualidade, uma vez que ainda persistem a desigualdade e o
preconceito de gênero na sociedade, como comprovado pelos dados do
mundo do trabalho no Brasil.
Cinema
na
redação
O filme “Estrelas além do tempo” se passa no
auge da corrida espacial travada entre Estados
Unidos e Rússia durante a Guerra Fria, em que
uma equipe de cientistas da NASA, formada
exclusivamente por mulheres afro-americanas,
provou ser o elemento crucial que faltava na
equação para a vitória dos Estados Unidos,
liderando uma das maiores operações
tecnológicas registradas na história americana
e se tornando verdadeiras heroínas da nação.
Como fazer alusão à obra?
No filme “Estrelas além do tempo”, a saga da mulher em busca de
reconhecimento e igualdade no mundo do trabalho é evidenciada
na trajetória de mulheres cientistas negras que protagonizaram
uma das maiores operações tecnológicas na história americana na
época da Guerra Fria, contudo tiveram que transpor diversos
obstáculos pelos preconceitos racial e de gênero sofridos. Nesse
viés, apesar de muito tempo ter se passado e de diversas
conquistas realizadas, no Brasil, ainda há barreiras para o
reconhecimento igualitário da mulher do mundo do trabalho.
O filme “O Que As Mulheres Gostam” é uma
comédia romântica protagonizada por Mel
Gibson e Helen Hunt, que conta a história do
profissional Marketing Nick, que tenta
manter o seu status em uma grande empresa
de comunicação. Nick é um típico homem
machista que sofre um acidente, passando a
ter o dom de poder ler a mente de todas as
mulheres, inclusive de sua Chefe, Darcy
Maguire. Por conta disso, ele começa a mudar
o seu estilo de vida, se apaixona por Darcy e
passa a ser mais reconhecido dentro da
agência.
Como fazer alusão à obra?
O filme “O Que As Mulheres Gostam” é uma comédia romântica
que conta a história de um profissional, tipicamente machista,
que tenta manter o seu status em uma grande empresa de
comunicação e que após um acidente passa a ter o dom de poder
ler a mente de todas as mulheres, inclusive de sua Chefe, uma
empoderada mulher pela qual ele se apaixona e, devido a isso,
começa a mudar e admitir a igualdade de gênero, principalmente
no mercado de trabalho. Esse enredo, apesar de fictício,
assemelha-se ao conflito vivenciado ainda hoje no Brasil.
Façam a proposta!
Estamos juntos!
Roberta e Maurício

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